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IGREJA É PARA OS DOENTES EJF ÁZARA

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Academic year: 2022

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IGREJA É PARA OS DOENTES

EJF ÁZARA

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 2

DEDICATÓRIA ... 3

HEDONGELHO ... 4

GRANDE PORCARIA!! ... 10

INSTITUCIONOFOBIA ... 19

A IGREJA É PARA DOENTES ... 31

QUEM É BOM? ... 36

ONDE ESTÁ A LUZ? ... 41

JULGANDO OS DE DENTRO ... 51

A BENÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO ... 56

NOVOS ISCARIOTES, VELHA GANÂNCIA ... 62

IMATURIDADE ESPIRITUAL ... 79

E QUANDO VIER A TEMPESTADE? ... 91

A LETRA MATA ... 95

A CRUZ E A PÁSCOA ...100

UM DIA PARA A CELEBRAÇÃO ...106

DEUS ESTÁ MORTO? ...115

A ARTE DA BUFOFAGIA* ...120

UMA PARÁBOLA ...126

O TREM ...126

BIBLIOGRAFIA ...133

(3)

INTRODUÇÃO

A igreja tem resgatado os doentes? Vamos meditar no Evangelho que hoje é pregado no Brasil, será que estamos prontos? Vivemos o Evangelho ou o Hedongelho? Por que há tantos vivendo a institucionofobia?

Precisamos fugir dos Novos Iscariotes, que com sua ganância têm vendido falsas bênçãos e aprisionado a muitos, por causa de sua Imaturidade espiritual. Mas, e quando vier as tempestades? Onde estará a luz?

Não percamos o Trem! Pois, Deus não está morto.

REV. EJF ÁZARA

Elogios, comentários, sugestões, críticas, protestos, ofensas ou processos. Escreva para:

Email: edsazara@yahoo.com.br

Zap: (93) 99226-7905

(4)

DEDICATÓRIA

É claro que não poderia deixar de dedicar este ao meu Senhor, pois é por Ele, por meio dEle e

para Ele todas as coisas.

Dedico-o também à minha amada esposa:

Alessandra, ao meu serelepe e alegre filho:

Calebe, o electric boy, à minha mãe, também

uma amante da leitura, que me influenciou, e

aos meus irmãos que me incentivaram, os de

sangue, e os que se tornaram pelo sangue dEle.

(5)

HEDONGELHO

Mas ainda que nós ou um anjo do céu pregue um evangelho diferente daquele que lhes pregamos, que seja

amaldiçoado!

(Gálatas 1:8 - NVI)

Paulo foi um grande evangelista missionário, e

também um pastor que se preocupava muito com as

ovelhas do seu Mestre. No texto acima encontramos um

verdadeiro pastor decidido a abrir os olhos de seus

queridos e amados gálatas para verem claramente o

perigo do desvio da verdade maravilhosa do Evangelho

da graça. O perigo em questão era o legalismo

exacerbado dos crentes judeus, que ainda queriam mantê-

los presos aos rigores da Lei Mosaica, o ponto principal

era a circuncisão, rito ultrapassado que já havia,

inclusive, encontrado um substituto: o batismo. O

apóstolo estava tão irritado com tanta fraqueza espiritual,

que evocou maldição sobre os rigorosos legalistas, que,

simplesmente, pisavam na cruz e na graça.

(6)

Obviamente, mesmo tendo passado milhares de anos, e com um vasto material sobre justificação pela fé, não apenas em Gálatas, mas também em Romanos (um presente gracioso de Deus), encontramos facilmente legalistas nos dias de hoje, e sempre encontraremos. Há pessoas que "não largam o osso", não podem aceitar um presente assim, sem fazer por merecer, como se fosse possível merecer um décimo de segundo de vida sequer.

Não merecemos nada. Somos tão injustos que não seria injustiça alguma se todos nós fôssemos mandados para o destino aterrorizante do lar futuro e final do Cramunhão e sua corja. Contudo, em sua infinita graça e bondade, o Pai decidiu por seu beneplácito dar aos seus amados um melhor destino.

Nos tempos pós-modernos de hoje o ascetismo já

não é tão popular, apesar de muitos ainda acreditarem

que é preciso "pagar o preço para conseguir as bênçãos",

ou até mesmo para conseguir o perdão. Para que se tenha

uma ideia de como muitas pessoas enxergam Deus, basta

observar algumas frases que são ditas por aí: "Será que

atirei pedra na cruz?", "Deus vai pesar a mão sobre

você!"

(7)

Se por um lado o legalismo com tendências ascéticas sempre foi um grande perigo para o verdadeiro Evangelho, por outro o hedonismo tem sido, atualmente um perigo ainda maior. O hedonismo é caracterizado pela busca da felicidade a qualquer custo, ou a busca desenfreada pelo prazer. Em casos extremos isso pode ser notado nos casos de abuso sexual de crianças, por exemplo, em que o abusador busca o prazer sem se preocupar com a dor e o trauma causados à vítima. Outro caso extremo é o do assassino em série que mata apenas pelo prazer em ver suas vítimas sofrerem e agonizarem.

Mas, não há apenas casos extremos, o hedonismo é mais comum que isso. Vivemos em uma geração em que cada vez mais esta filosofia é adotada como um estilo de vida padrão. Em muitos casos, senão a maioria, inconscientemente. Muitos vivem sob tal propósito sem mesmo saber o significado do termo.

Vivemos um tempo de grandes decepções com as

instituições, isso tem sido motivo inclusive para afastar a

muitos da igreja. Muitos têm, inclusive, aproveitado esta

crise institucional para viverem uma vida desregrada com

menos peso na consciência: "E eu vou perder meu tempo

indo à igreja? Prefiro ser crente no meu quarto, minha

(8)

comunhão é entre eu e Deus, oro, leio a Bíblia e depois vou curtir minha vida em algum bar ou na balada, afinal:

Deus é amor, e nunca vai punir ninguém."

O vazio permanece. Um vazio tão profundo que é preciso que se faça todo esforço (em vão) para que seja preenchido. Mas, como diz a antiga música do Fruto Sagrado: "...o vazio no peito é do tamanho de Deus e a fome da sanguessuga é fome de Deus." (A sanguessuga, O que na verdade somos, 2005). Por mais que o hedonista tente satisfazer seus prazeres, jamais estará saciado e sempre desejará mais, mais, mais e mais, infinitamente.

Infelizmente, igrejas "evangélicas" têm

aproveitado o espírito da época e tem modificado

exaustivamente o Evangelho para adaptar-se ao "gosto do

freguês", tornando a Verdade em mentira, transformando

o Evangelho em Hedongelho. Um palatável, suave,

atrativo e tentador caminho religioso. O Hedongelho não

tem cruz, não tem dor, não tem renúncia, só tem bênçãos

e vitórias. Nele não se vive de fé em fé (Rm. 1:17), mas,

de vitória em vitória. No Hedongelho Jesus também é

pregado, é até reverenciado e adorado, seu nome é

engrandecido e exaltado, pois Ele é fonte de bênçãos,

(9)

mas seu senhorio é negligenciado e até ignorado se os anseios do crente não são satisfeitos. É necessário exigir, cobrar, reivindicar a restituição. O Senhor deixa de ser Soberano, já que nesta teologia Ele está preso às suas

"promessas", o problema é que a maioria de tais promessas são embustes de untados com títulos de ungidos intocáveis. Já não mais suportam a sã doutrina e agora querem ouvir o que lhes agrada somente (II Tm.

4:3). Por isso, os novos líderes religiosos são produzidos em série, fazem um curso rápido e depois de uma "oração poderosa" são untados com uma mãozada de azeite de oliva comprado no supermercado por por $15 a latinha, mas que segundo os famosos líderes religiosos é óleo ungido com poder ministroformador.

Se Paulo escrevesse uma carta aos cristãos do Brasil do século XXI, certamente seria de protesto tal qual foi a carta aos gálatas, a diferença é que certamente o alvo principal não seria o legalismo judaizante, mas sim o Hedongelho sofista que tem iludido e manietado em seus rincões, milhões de vidas famintas como as filhas da sanguessuga (Pv. 30:15).

QUANDO

(10)

Quando a noite chegar, a lua brilhar, a estrela pulsar Quando o amor sorrir, o bebê dormir, o céu se abrir Quando a madrugada romper, o sonho antever, o sono ceder

Quando o cenário se compor, o sol se opor, a esperança supor

Quando o galo cantar, o sol levantar, a flor desabrochar Quando o dia sorrir, a manhã surgir, a lua partir

Quando o bebê chorar, a mãe amamentar, o pai levantar Quando a água ferver, o café se beber, o pão se comer Quando o motor ligar, a engrenagem iniciar, a cidade acordar

Quando o dia findar, outro começar, a rotina continuar Quando o verão surgir, o inverno partir, a chuva extinguir

Quando o rei morrer, o reinado esmaecer, o príncipe crescer

Quando o império desabar, o déspota se curvar, e outro levantar

Quando o século partir, o milênio surgir, o ciclo seguir Quando o homem se deitar, e depois acordar, e Ele chegar

Quando Ele surgir, aos seus reunir, a história concluir.

(11)

GRANDE PORCARIA!!

Título chocante e provocante propositadamente.

Esta minha reflexão baseia-se no capítulo 3 da carta de Paulo aos filipenses. O apóstolo é um verdadeiro pastor, preocupado com as ovelhas do Senhor chega a este capítulo orientando-os a serem muito cuidadosos com os falsos mestres, que aqui ele chama de cães, é bom saber que cães naquela época não tem nada a ver com a imagem de hoje. Hoje os cães são verdadeiros xodós, a figura de um cão hoje, inspira carinho e afeição, mas naquela época os cães viviam em matilhas em busca de comida, sempre latindo e agredindo. Era uma imagem muito negativa.

Paulo foi duro? Certamente, pois era necessário, muito diferente dele, os judaizantes a quem ele chama

"carinhosamente" de cães, não pensavam como o

apóstolo. Não devemos confundir judaizantes com

judeus, estes mantêm sua esperança na Lei, aqueles

haviam se unido aos cristãos na fé em Jesus, mas, qual o

(12)

problema? O problema é que apesar disso, estes não abriam mão da sua "valiosíssima" herança, e o orgulho de serem os herdeiros da promessa, da Lei, dos profetas e até do Messias. Para eles não bastava ser apenas povo de exclusiva propriedade de Deus, mas o próprio Deus era visto como sua propriedade, assim como seu Cristo, o Messias. Sendo assim só havia uma maneira dos gentios receberem a Cristo, tornando-se judeus, obviamente. Daí a insistente necessidade de circuncidar a todos. Tanta arrogância irritou Paulo grandemente. Pois, não lhes bastava serem rigorosos entre eles, queriam levar o rigor a todos, desta forma, os afastava totalmente da graça de Cristo.

O apóstolo aos gentios jamais aceitaria inerte tal

investida destes legalistas fanáticos. Por isso, admoesta-

os a entenderem que a verdadeira circuncisão não era a

feita na carne, mas a do coração. Ou seja, não são as

regras que os tornariam merecedores da vida eterna, não

existe nada mais carnal que confiar em si mesmo, em

seus próprios méritos para ser aceito por Deus. O cristão

que compreende o Evangelho sabe que nada o torna mais

próximo de Deus que andar no Espírito, e este andar nada

mais é do que uma total entrega e dependência de Deus.

(13)

Onde estava a confiança dos cães? Justamente naquilo que Paulo era expert, doutor e herdeiro. Tais homens se achavam especiais por sua herança étnica, religiosa e moral. E é aí que o apóstolo entra com sua biografia da mais alta patente, cheia de "pedigrees" e reputações. Quem mais que ele poderia orgulhar-se por sua herança nobre, por sua educação, por seu favor e zelo religioso? Paulo superava a todos, era muito mais zeloso e fervoroso, além de ser um legítimo descendente da sua nação.

Contudo, Paulo, que tinha antes grande rigor, zelo

e admiração por sua religião e herança, ao ponto de ter se

tornado um grande perseguidor dos primeiros cristãos,

encontrou-se com Cristo a caminho de Damasco, um

encontro dramático que levou o fariseu de Tarso a refletir

seriamente sobre sua fé, e depois de compreender por

obra do Espírito Santo em sua vida, não teve outra

decisão a tomar, senão a de reconhecer que tudo o que

antes era extremamente valioso para ele, agora não

passava de "skubalon" - "a porção não nutritiva dos

alimentos refugada pelo organismo", ou seja, bos..., bom

você já sabe. É claro que nenhuma das traduções bíblicas

traz esta palavra, todos os tradutores procuraram usar um

(14)

termo mais fácil de ser assimilado por todos, assim nós vamos encontrar os termos: "lixo", "refugo", ou

"esterco", este último o mais próximo, mas que ameniza bastante a palavra de Paulo, afinal, esterco é algo útil.

Mas, a realidade é que o ex-fariseu não alisou nenhum um pouco. Sua intenção era ser bem claro, até mesmo duro, totalmente inequívoco.

Há ainda uma questão a ser esclarecida, nós

geralmente não conseguimos compreender objetivamente

por que Paulo teve de considerar como perda sua

herança, afinal de contas, nós tivemos experiências

completamente diferentes da dele. E mais, ele afirma que

sua herança era para ele lucro. Nós, geralmente não

consideramos lucro nosso passado obscuro e sujo,

contudo, o irrepreensível e zeloso fariseu tinha uma vida

exemplar. Eu não posso orgulhar-me de meu passado, Já,

em termos de justiça religiosa, Paulo era um exemplo,

entretanto, foi exatamente este zelo que o impedia de

conhecer a Verdade, até que Cristo revelou-se

gloriosamente a ele. Aí sim, não lhe restava mais

dúvidas, "a sublimidade do conhecimento de Cristo

Jesus" era para ele agora uma nova e muito mais valiosa

herança, muita acima de sua irrepreensível religião, que

(15)

agora passou a ser vista por ele como uma "grande porcaria", sem valor algum, pois ele compreendeu que não passava de um mero e inútil esforço humano, completamente infrutífero.

Nos versos seguintes o apóstolo aos gentios deixa

ainda mais claro o motivo de desprezar totalmente seu

passado de grande "reputação" e "pedigree", para, por

meio da fé, conhecer a Cristo e o poder de sua

ressurreição, para também dela participar. E no verso 12

encontramos uma magistral e esclarecedora palavra de

Paulo: "Não que já a tenha alcançado, ou que seja

perfeito; mas vou prosseguindo, para ver se poderei

alcançar aquilo para o que fui também alcançado por

Cristo Jesus." - Bíblia JFA Offline. Durante séculos se

discute a maneira correta de relacionar harmoniosamente

a soberania de Deus e a responsabilidade humana, mas

Paulo não foge do tema, para que ninguém esqueça, ou

despreze um dos lados e enfatize outro, ele deixa claro

que jamais alcançou a perfeição, mas segue em busca de

alcançar, o quê? Aquilo para o que foi alcançado por

Cristo, em outras palavras, o cristão só pode alcançar

aquilo que busca, se Cristo já o buscou. A santidade não

é inerte, tampouco é uma busca humana, ela é fruto de

(16)

uma ação divina em nossas vidas. O cristão deve frutificar, mas só frutifica se estiver na videira. Soberania e responsabilidade sempre andam juntas. O apóstolo compreendeu enfim, que buscava sozinho a justiça, que já lhe estava completamente disponível gratuitamente, bastava-lhe a fé, e Jesus lhe concedeu a caminho de Damasco.

No capítulo 2 Paulo havia escrito a respeito da renúncia do próprio Senhor Jesus, mesmo sendo Deus, o criador de todo este imenso e complexo universo decidiu vir até nós, humilhando-se totalmente, a ponto de depender de humanos para se alimentar, de ser protegido, para poder ser o único e suficiente sacrifício para a remissão dos nossos pecados. O apóstolo seguiu seu exemplo, mas, abriu mão de suas riquezas por outro motivo, por compreender de forma muito clara que, seu tesouro era lixo, refugo, uma porcaria sem valor.

E como isso se aplica a nós?

Muitos acreditam que isso só se aplica somente a

religiosos que não largam o osso da religião metódica e

legalista. Tais quais os judaizantes, muitos religiosos de

hoje creem ser extremamente necessário que sigamos sua

(17)

ideologia religiosa. Mas, não é só isso. O texto aplica-se também a todos nós. Quantas pessoas você conhece, e você pode ser uma delas, que dizem: "olha, não sou santo, reconheço, mas nunca roubei, nem matei, pago meus impostos, sou um ótimo cidadão, até faço muita caridade, sou muito solidário, acho até que mereço o céu". São muitos que, não dizem exatamente isso, mas pensam algo bem semelhante. É uma fé toda depositada em si mesmo, em suas obras, mas que deveriam, como Paulo, considerar todas suas elas como grande porcaria, como algo completamente descartável de tão impuro.

Sim, nossas obras de justiça, que muitas vezes nos

gloriamos delas, são, como Isaías nos revela: "trapo da

imundícia" (64:6). E você sabe que trapo é esse? Bom,

naquela época as mulheres não tinham supermercados

para comprarem absorventes íntimos, então só lhes

restava usar pedaços de tecidos, trapos, que se tornavam

imundamente asquerosos, claro. Percebem a relação das

palavras de Paulo e Isaías? Toda religião humana que se

baseia em atos de justiça própria é repugnante, por isso

figuras tão pesadas são apresentadas, não é para chocar e

causar uma simples comoção, e sim para nos alertar o

quanto é inútil e perigoso, e até mesmo vergonhoso,

(18)

confiar em si mesmo. "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" Rm. 3:23 - Bíblia JFA Offline

Assim como Paulo, devemos nos lançar na graça, nos colocar sob a cruz de Cristo, só nela podemos nos gloriar, pois nos gloriamos nos seus méritos e não nos nossos, aliás, que méritos temos? Muitos ainda parecem acreditar que no juízo final haverá uma balança em que se colocarão nossos pecados de um lado, e nossas "Boas obras de justiça" do outro. A boa notícia é que está redondamente enganado quem pensa assim (eu estaria perdido). Graças a Deus que "nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus". Rm. 8:1.

Sola gratia!

FIZESTE-ME FILHO

Eis que do barro me fizeste, me formaste com seu Espírito e seu amor

Eis que no mundo nada sou senão mera criatura, cheio de lutas e dor

Eis que longe sempre andei de teus caminhos, peregrino e abandonado

Eis que o mundo não me conhece, nem ama, nem por ele fui adotado

Eis que sem destino certo, o que me esperava era o fim

triste e vão

(19)

Mas, eis que veio teu Filho, que me amou, levou-me a Ti, e fez-me seu irmão

Eis que hoje sou mais que feliz, sou teu, somente teu e de mais ninguém

Eis que o mundo abandonou-me, mas seus anjos, no céu

cantam amém!

(20)

INSTITUCIONOFOBIA

Muitos supostos cristãos têm trazido extremo constrangimento aos cristãos evangélicos. Temos que ser sinceros, Jesus não nos chamou para ODIAR os homossexuais, nem para APEDREJAR garotinhas do candomblé, muito menos para UNGIR "vassouras da libertação" (artimanha ridícula). O padrão de Deus sempre foi o amor, a Ele e ao próximo, nunca houve uma mensagem sequer de ódio nas palavras do Grande Mestre. Sua única intolerância foi à hipocrisia dos arrogantes, e também ao pecado que escraviza o HOMEM. Sim, você leu certo, PECADO, alguns acreditam ser uma palavra antiquada e ultrapassada, que deve ser completamente abandonada. Mas, com certeza não é este o propósito de Deus. Nós que necessitamos de mudança e não a Palavra, pois ela é eterna!

Voltando ao assunto, nos últimos tempos

assistimos nas mídias uma avalanche de maus exemplos

nossos, daqueles que deveriam ser paradigmas à

sociedade. Mas, finalmente algo exemplar aconteceu,

(21)

fruto de uma grande tragédia. Não foi no Brasil, mas envolveu cristãos, discriminação e intolerância, foi nos EUA. Um jovem extremamente perturbado entrou em uma igreja, sentou-se ao lado do pastor, ouviu o estudo bíblico por uma hora e depois anunciou, FRIAMENTE, que estava ali para matar negros, sua primeira vítima foi o reverendo e depois outras oito pessoas inocentes. Com aquele infame e extremamente CRUEL atentado, afirmou ele, pretendia iniciar uma guerra RACIAL (que palavra estúpida, pois só existe uma raça, a HUMANA). Mas, seu objetivo não teve sucesso, por quê? Simplesmente porque BRANCOS E NEGROS se uniram em ORAÇÃO e PERDÃO. Que acontecimento mais lindo!

Agora é que vem meu questionamento: Por que

tal atitude não “bombou” nas redes sociais? Por que não

se comentou tanto isso? A resposta é simples: Não é nada

negativo para a igreja, ao contrário é extremamente

positivo. É claro que não podemos negar nossos pecados,

nossos erros, nossa própria intolerância, mas, a verdade é

que para muitos, é muito mais satisfatório, gratificante e,

principalmente, conveniente, CRITICAR os erros dos

crentes. É muito mais fácil "descer a lenha" em fanáticos

que vociferam maldições aos homossexuais, ou em

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loucos que atiram pedras em crianças inocentes de outro credo, ou em LOBOS VORAZES que arrancam o dinheiro suado de fiéis com seu PODRE "Evangelho" da prosperidade. Mais fácil ainda, e que geralmente acontece, é a GENERALIZAÇÃO, a multiplicação de estereótipos. Para muita gente a maior alegria e felicidade é colocar todos nós cristãos dentro do mesmo saco e dizer com o peito estufado: "Igreja é tudo comércio e opressão, por isso prefiro ficar de fora!"

Por que tais atitudes são comuns, tão populares?

Vejo isso como um dos grandes prazeres dos

comentaristas de plantão, e funciona muito bem como

uma "válvula de escape", como um grande desabafo dos

feridos de alma, dos enfermos, frutos da própria igreja

que distorce continuamente o Evangelho e prega tudo,

menos a GRAÇA DE CRISTO. Grande parte dos

detratores da igreja hoje são DESIGREJADOS, que não

suportaram a escravidão da religiosidade vazia de amor e

graça e se afastaram. E hoje, "atiram pedras nos telhados

da igreja" como um MECANISMO DE DEFESA, isso

lhes faz sentir muito bem. "Estou fora porque Deus não

está ali!" É um discurso comum, uma grande desculpa

para ficar de fora. A verdade é que, enquanto eles não

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conhecerem o verdadeiro Evangelho, seguirão distantes, famintos, desejando as "alfarrobas dos porcos", enquanto os irmãos mais velhos continuarem a pregar a "Duralex", eles estarão distantes da casa do Pai e em guerra com os mais velhos, que lhes colocam barreiras intransponíveis nas entradas da igreja.

É por causa de atos como esses que nos últimos anos tem se intensificado o número de pessoas que, por um ou vários motivos, acabaram se afastando completamente de sua igreja. Decepcionados, não querem se aproximar de nenhuma. Alguns, de forma radical, quase cheguevariana, abominam qualquer tipo de liderança eclesiástica.

Infelizmente, alguns estão feridos de tal forma que sempre apresentam discursos negativos como justificativa, para se manterem longe. Muitas vezes, até acusando de empresas todas as igrejas, além de chamar a praticamente todos os pastores não de missionários, mas de mercenários, ladrões.

É óbvio que não podemos negar o momento atual

do Brasil em termos religiosos, e reconhecer que a

acusação que já fizeram, parodiando o lema do Sebrae,

tem seu fundamento: "Pequenas igrejas, grandes

(24)

negócios." Contudo, deve-se "jogar fora o bebê junto com a água da banheira?" Certamente que não.

O motivo de escrever esta reflexão se dá por um acontecimento que ocorreu no Facebook, há algum tempo. Houve uma discussão acalorada, um debate, entre cristãos enganjados e um jovem desigrejado, que insistentemente, afirmava que a igreja institucionalizada deve ser completamente desprezada, pois, no discurso dele e de outros, não devem existir hierarquia, liderança, dízimos, ofertas, etc. O que importa é a fé particular de cada um e por aí vai.

Tal discurso não é novo, mas, infelizmente tem feito mais mal que bem. Grande parte dos desigrejados têm se enfraquecido na fé, por se isolarem completamente daqueles que poderiam ajudá-los.

Será que Deus realmente não deixou líderes? Será que é possível viver o cristianismo virtual, alimentado apenas com vídeos no YouTube e textos de sites, sem a comunhão da igreja, mesmo com todas as suas falhas e mazelas? A institucionalização é o verdadeiro mal da fé?

Ou o problema é mais profundo?

(25)

Gostaria de trazer os argumentos bíblicos que revelam o propósito de Deus em ter uma liderança na igreja.

"E o fizeram, enviando suas ofertas aos presbíteros pelas mãos de Barnabé e Saulo." (Atos 11:30- NVI).

Gostaria de iniciar com este texto que é bem conhecido de todos, pois enfatiza a ajuda aos pobres. De fato este é o contexto, em um momento de fome, ofertas foram enviadas para ajudar os carentes, o que chamo sua atenção é que os discípulos enviaram as ofertas, pelas mãos de Barnabé e Paulo, aos presbíteros, por quê? Não, não vou dizer que eles foram os beneficiados, não é isso, o que fica claro ali é que os presbíteros eram os líderes da igreja, por isso eles receberam para distribuir aos carentes. A igreja sempre teve líderes. Liderança é algo natural.

"Paulo e Barnabé designaram-lhes presbíteros em cada igreja; tendo orado e jejuado, eles os encomendaram ao Senhor, em quem haviam confiado." (Atos 14:23 - NVI).

E quanto a esse texto? Paulo e Barnabé fundaram

igrejas em Listra, Derbe e Antioquia e em todas deixou

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líderes (Presbíteros, anciãos), homens experientes e tementes a Deus, com condições de orientar, alimentar e proteger o rebanho das variadas heresias que surgiram no jovem cristianismo (At. 20:28-30). E como surgiram!

No início do cristianismo surgiram terríveis heresias, que negavam ora a divindade de Jesus, ora a sua humanidade, outras negavam a personalidade do Espírito Santo, entre outras, como o gnosticismo, docetismo, apolinarismo, arianismo, entre outros ismos. Com tantos perigos à fé, era natural e fundamental que líderes fossem instruídos mais profundamente na Palavra para proteger o rebanho com o ensino claro das Escrituras, por isso Paulo defende que esses devem receber apoio financeiro (ITm.5:17-18).

Que tal Atos 15?

"Chegando a Jerusalém, foram bem recebidos pela igreja, pelos apóstolos e pelos presbíteros, a quem relataram tudo o que Deus tinha feito por meio deles.

Então se levantaram alguns do partido religioso dos

fariseus que haviam crido e disseram: "É necessário

circuncidá-los e exigir deles que obedeçam à lei de

Moisés". Os apóstolos e os presbíteros se reuniram para

considerar essa questão." (Atos 15:4-6 - NVI).

(27)

Veja o papel extremamente importante dos líderes da novíssima igreja, um concílio para debaterem a ingerência dos judeus que queriam forçar os cristãos gentios a se tornarem judeus, porque a circuncisão era exatamente isso. Pedro falou, Paulo e Barnabé falaram e também Tiago, líderes, colunas da igreja. Que tomaram uma decisão extremamente importante naquele momento crucial da jovem igreja.

Existem vários outros textos que falam claramente de liderança. Mas, eu acredito que alguns só aceitam a palavra de Jesus, como se os apóstolos não tivessem autoridade para falar inspirados pelo Espírito Santo. Sendo assim, aí vai.

Quero que vocês leiam com sabedoria e cuidado:

"Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: "Simão, filho de João, você me ama realmente mais do que estes?" Disse ele: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo". Disse Jesus: "Cuide dos meus cordeiros".

Novamente Jesus disse: "Simão, filho de João, você

realmente me ama?" Ele respondeu: "Sim, Senhor tu

sabes que te amo". Disse Jesus: "Pastoreie as minhas

ovelhas". Pela terceira vez, ele lhe disse: "Simão, filho de

João, você me ama? " Pedro ficou magoado por Jesus lhe

(28)

ter perguntado pela terceira vez "Você me ama?" e lhe disse: "Senhor, tu sabes todas as coisas e sabes que te amo". Disse-lhe Jesus: "Cuide das minhas ovelhas.

(João21:15-17 - NVI).

Será que Jesus não estava dando uma missão a Pedro? Por que Ele disse: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha igreja" (Mt.16:18), Pedro era a pedra viva sobre a qual a igreja estava sendo edificada, mas, não era a única, todos os apóstolos eram e os primeiros cristãos (IPe.2:5-8). Pedro foi o líder dos discípulos desde o início, Pedro aparece como o primeiro nome na lista de Lucas em Atos 1, reunidos depois da ascensão de Cristo (v13), Pedro foi o que pregou no dia de pentecostes, leia os primeiros capítulos de Atos e verá que Pedro sempre era visto como o líder. Obviamente, Pedro não foi o primeiro papa (uma invenção católica) (Mt.23:9) Pedro cometeu erros, foi até repreendido por Paulo (Gl.2:11), ainda assim Pedro admirava e respeitava Paulo (IIPe.3:15-16).

Não existe razão alguma para negar que Deus

colocou líderes sobre a igreja. O problema está no fato de

que alguns exercem a liderança sem o devido amor, de

(29)

fato, alguns se apoderaram do rebanho, como se fosse seu, e não do Senhor (IPe.5:2).

Existem algumas pessoas que não conseguem ver o agir de Deus por meio das instituições. Como se o poder de Deus pudesse ser limitado pelos homens. Além disso, a maioria não leva em consideração a história, quantas benfeitorias as instituições das igrejas já concederam à humanidade! Pensemos nos hospitais e nas grandes universidades, só para citar duas. Como vemos, não foram apenas mazelas que as igrejas institucionalizadas produziram.

O surgimento das instituições foi natural, e isso jamais vai invalidar ou impedir a ação do Espírito Santo.

A realidade é que alguns sofrem do que decidi

chamar de institucionofobia, pavor, medo, rejeição à

instituições, como se todas as mazelas do mundo e da

igreja, fossem culpa da institucionalização. Mas, não é

verdade, instituições são formadas por humanos, e aí está

o grande problema, nós seres humanos somos pecadores

por natureza, corruptíveis e corruptores por natureza. Por

isso, qualquer instituição é problemática, basta olharmos

o momento político que vivemos no Brasil. Quantas

instituições corrompidas! Elas foram corrompidas pelos

(30)

seus representantes e não o contrário. É triste reconhecer, mas, onde nós seres humanos estamos, aí haverá corrupção. Instituições não corrompem os seres humanos, os seres humanos que corrompem as instituições.

Mas, a Igreja do Senhor, a Igreja invisível, dentro das igrejas visíveis é a Noiva que está sendo adornada, santificada, mesmo com pessoas falhas e frágeis, para o casamento final. Temos de fazer parte dessa Igreja. Fazer parte da VISÍVEL não nos impede de fazer parte da INVISÍVEL, nem o contrário. De fato, nos ajuda. Pois, somos um grupo de miseráveis carentes da graça de Deus, ajudando a carregar as cruzes uns dos outros.

Enquanto isso o PAI continuará com os olhos por cima da porteira aguardando o retorno dos seus amados filhos que se foram, pronto a correr e lhes abraçar, beijar, vestir, festejar e restaurar. Ao mesmo tempo insistirá com os que ficaram: "Tudo que é meu é de vocês", "Parem de buscar futilidades consumíveis, vocês têm a mim e a minha graça, isso lhes basta!" Lc.15.

A DECISÃO

Quem dizem as pessoas que sou eu?

(31)

Elias, João, ou um profeta que já morreu.

Mas, e vocês, o que dizem de mim, discípulos da intimidade?

Tu és o Messias, o filho de Deus, o caminho, a vida, a verdade.

Questionamentos de um momento tão crucial e de comoção.

Chegava tão rapidamente a última ida a Jerusalém,aproximava a crucificação.

Ao deserto precisava o líder, seus amigos levar

Ao deixar os seus era preciso sua comunidade preparar Lunático, farsante, médico, mestre ou profeta

Negativa ou positiva nenhuma destas resposta é certa Firmados na rocha, em uma pedra de canto

Somente os iluminados pelo Espírito Santo

Pedra que pode construir ou destruir, juntar ou afastar Pedra que se pode crer ou duvidar, confessar ou negar.

Posta diante da humanidade, impossível se ignorar Mais cedo ou mais tarde, uma decisão todos terão de tomar.

Qual será a sua? O que você vai escolher?

O certo é que sobre o muro não poderá permanecer.

(32)

A IGREJA É PARA DOENTES

O título é um pouco chocante, e a intenção era essa.

"Mas os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau aos olhos do Senhor, depois da morte de Eúde" (Jz.

4:1Bíblia JFA Offline).

Quando era ainda jovem na fé e avidamente lia a bíblia desde Gênesis, textos como esse me deixavam chateado com os judeus, pensava comigo mesmo, "oh povo difícil, teimoso". E tenho certeza que não era o único. Sei que muitos ainda pensam assim. Apesar de ainda pensar assim, acredito que não devo ser tão duro.

Hoje, amadurecido entendo que não devo julgá- los tão duramente, afinal, olhemos para nós, somos melhores? Somos mais fiéis? A igreja é completamente diferente? Mas, o que a Palavra nos mostra?

Quando saímos do AT e vamos para o NT,

precisamente à Primeira carta aos Coríntios, encontramos

Paulo às lutas para explicar a estes cristãos o que vem a

ser a igreja. Lá ele usa várias figuras: edifício, lavoura,

(33)

corpo. Havia tantos problemas. Mas, qual igreja você conhece sem problemas, somente com cristãos fiéis e fervorosos?

Quando olhamos para Israel vemos a nós mesmos, a igreja é muito parecida. Olhemos para dentro.

Quando Jesus foi preso todos os discípulos que antes pareciam dispostos a morrer por ele (Jo.11:16), fugiram, um o traiu, outro o negou e por 40 dias ficaram escondidos, até que o Espírito Santo os deu forças para seguirem.

Mas, a história nos mostra que seguimos titubeando pelos séculos. Nunca chegamos nem perto da perfeição. E, claro, nunca seremos perfeitos.

Philip Yancey faz uma comparação muito

interessante da igreja com o AA. Bill Wilson, seu

fundador, certa vez, depois de lutar por seis meses em

abstinência contra o alcoolismo, viajou e depois de um

negócio frustrado encontrava-se em um bar, pensando

consigo: "preciso de um trago", lutando com tal

pensamento, veio-lhe outro: "Não, não preciso de um

trago, preciso de outro alcoólatra". Entrou em contato

com um médico amigo e ali nascia os AA. Yancey

argumenta: “A igreja é o lugar onde posso dizer, sem

(34)

vergonha alguma: 'Não preciso pecar, preciso de outro pecador’” (Igreja: porque me importar? Sepal. São Paulo, 2000).

Algo que aprendi com o Pr. Gelson, em Londrina, é que não se pode ser cristão sozinho, isso é impossível, nós precisamos uns dos outros. Não acredito na "igreja virtual" nos "pastores virtuais", a Internet não substitui a igreja física, local. Podemos até (e somos, este texto objetiva isso) ser edificados em sites cristãos, mas nada substitui o relacionamento. Os cristãos devem ajudar-se, admoestar-se, exortar-se. Há momentos, que vamos chorar e pedir: "irmão ore comigo, está difícil".

Precisamos da graça de Deus e do poder do Espírito Santo para vencer o pecado, mas também precisamos de outros, precisamos de ombros para abraçar e buscar ajuda. É aí que a nossa semelhança com os AA é ainda mais forte. Somos um monte de pessoas enfermas que não têm forças em si mesmas para continuar e vencer. Os alcoólatras e os viciados em drogas lutam contra o vício que é mais forte que eles, nós contra o pecado, mais forte que nós (Rm. 7:19).

Assim como os AA, nós temos passos a seguir,

temos metas, alvos, baseados em um livro, que é nossa

(35)

regra de fé e prática. Igrejas não são perfeitas, todas são cheias de falhas, mas tem algo que distingue claramente todas elas: o foco, o alvo. "Olhando para Jesus, autor e consumador da nossa fé" (Hb. 12:2). Nem todas as igrejas mantêm tal foco, muitas perderam o sentido de corpo, a melhor figura da igreja apresentada por Paulo.

Muitas se transformaram em circo de histerias insanas, outras, em clube social, e o pior de tudo, várias não passam de pequenas empresas que mercadejam

"bênçãos" com seus templos suntuosos e abomináveis.

Contudo, assim como em Israel sempre havia o remanescente fiel, os Elias, os Josués e Calebes, os Danieis, Otonieis, ainda há igrejas centradas na Palavra, nunca serão perfeitas, mas têm um alvo a seguir que as mantêm de pé.

Claro, para concluir não poderia deixar de citar as palavras do próprio Mestre: "Os sãos não necessitam de médicos, mas sim, os doentes" (Mt. 9:12).

Se tudo lhe vai bem, sua vida é perfeita, e você

não se reconhece como pecador a igreja não é o seu

lugar. Mas, se você é cheio de falhas como eu? Seu lugar

é na igreja. Venha caminhar junto!

(36)

NÃO ESTAMOS PRONTOS

Não se assuste com as grandes ondas, mas passe a admirar o mar

Não lhe traga temor o vento, mas contemple a paisagem como uma mensagem

Não lhe incomode os pesadelos sinistros, mas fortaleça- se com sonhos risonhos

Não se irrite com os injustos, mas enfrente a lida com sua vida

Não lhe atormente erros passados, mas descanse no perdão da salvação

Não seja cínico diante do mal, mas vença a maldade com santidade

Não se creia pronto nem terminado, mas creia no agir certeiro do Oleiro

Não acredite ser todo justo, mas descanse na justificação de nosso IRMÃO

Não lhe traga pânico o mal atroz, mas descanse no

Senhor de todo amor!

(37)

QUEM É BOM?

Uma pergunta no Facebook me levou a escrever a reflexão a seguir: Quem é o melhor, o filho pródigo, ou o mais velho (Lc.15)?

Creio ser extremante importante afirmar que

nenhum dos dois, pois, foi exatamente isso que Jesus quis

ensinar. Geralmente, temos o costume de tomar partidos

e escolher um lado, mas, esta dicotomia ou este

dualismo, não existe na humanidade, o que Jesus ensinou

nesta parábola Paulo deixou bem claro em suas cartas,

principalmente na carta aos Romanos. Deus encerrou

todos na desobediência para ser misericordioso com

todos (11:13-32). Explicando melhor, a parábola em

questão foi ensinada para mostrar, principalmente ao

judeu religioso, rigoroso, que o Pai ama e espera que

todos os seus filhos voltem-se para Ele, tanto os que o

abandonaram e saíram para o mundo exterior, como

aqueles que ficaram em casa, mas, têm o coração ainda

duro, e, tristemente, se acham mais justos que os demais.

(38)

O filho mais jovem, “matou” seu pai, sim, parece radical, mas, é a verdade, este foi seu pior pecado. Jesus ensinou que a motivação já tipifica o crime, ou o pecado (Mt.5:21-28). Quando o jovem disse: “Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe” (Lc.15:12), na verdade, ele dizia:

“Morre logo para que tenha a minha herança!”. Parece muito forte, mas, é exatamente este o ensino da parábola, não é segredo para ninguém, hoje, e muito mais naquela época, que a herança só era conquistada com a morte do pai dos herdeiros.

Foi um insulto gravíssimo, o pior de todos, talvez.

Mas, o Pai continuou todos os dias, como deixa bem claro o versículo 20, amando e esperançoso da volta do filho desobediente, por que o pai o avistou? Certamente, porque TODOS os dias olhava para o horizonte, na esperança que ele voltasse um dia, e isto aconteceu, para sua maior alegria.

E o filho mais velho? Este me faz lembrar uma

música do Fruto Sagrado, “A volta dos que não foram”, o

mais novo estava perdido longe de casa, o mais velho

estava perdido dentro da própria casa. Este se indignou

porque o pai recebeu o filho mais novo. Mas, qual o seu

(39)

maior pecado? O versículo 29 esclarece. Ele afirmou que servia ao pai por muitos anos, e que nunca transgrediu uma ordem sua. Vamos pensar sobre isso, seria verdade tal afirmação? Será que ele NUNCA transgrediu uma ordem do pai?

Tenho certeza que já havia transgredido, voltando a Romanos (3:10): “Não há justo, nenhum sequer”, mas, ele acreditava ser totalmente justo, fato de indignar-se com a festa feita pelo pai ao irmão (inveja, ciúme) já deixa claro como ele era transgressor e não um perfeito justo. E o pior de tudo é que ele acreditava ser merecedor de uma festa, inclusive, uma festa da qual nem seu pai faria parte, mas apenas ele e seus amigos, não havia espaço para o progenitor, nem para o irmão rebelde. Em outras palavras, ele havia conquistado sua recompensa, seu quinhão, seu galardão.

Mas, o pai lhe deixa claro: “Meu filho, tu sempre

estás comigo, tudo que é meu é teu” (31). O que o pai

quis dizer? “Não é o fato de você ser totalmente

obediente, mas, sim, o fato de você estar comigo, do meu

lado, sempre, é junto a mim que você tem tudo, você não

precisa fazer por merecer, siga ao meu lado, como seu

(40)

irmão mais jovem agora está fazendo, e vocês terão tudo que é meu. Nunca me abandonem!”

Resumindo, qual o melhor filho? Nenhum, não há melhor filho, só há o melhor PAI. Vocês se lembram do jovem rico que foi questionar a Jesus acerca da vida eterna (Mc.10:17-22)? Ele diz a Jesus: “Bom Mestre...”

A primeira coisa que Jesus lhe disse foi: “Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus.”

Jesus não estava negando que seria bom, mas, queria

deixar claro ao jovem que o pensamento que estava em

seu coração estava errado, como revela de Mateus 19:16

o texto paralelo, não são atos de bondade ou ser bom o

tempo todo que nos permite ter vida eterna, e quando

Jesus lhes falou dos mandamentos, tal qual o filho mais

velho o jovem afirmou: “...tenho observado desde a

minha juventude.” É óbvio que Jesus sabia que isso não

era verdade, nós sabemos que não era verdade, o próprio

jovem sabia que não verdade, mas, ao invés de recriminá-

lo Jesus apenas fez-lhe um convite que provaria ou não

se ele cumpria de fato, pelo menos o primeiro

mandamento. Quando Jesus disse que deveria deixar tudo

e segui-lo, percebeu a fraqueza de sua falácia, ele

não cumpria a Lei, já que não amava a Deus acima de

(41)

suas posses. Resumindo, só há um que é BOM, e Este decidiu ser misericordioso para com todos, os desobedientes, você e eu.

DE PÉ COM ALHEIOS PÉS Virtude que leva a quietude

Que em esperança demonstra confiança Supera fracassos, vence obstáculos Ultrapassa barreiras de todas as maneiras Não se detém, por nada, nem ninguém E sonha acordado, determinado

Os olhos postos no futuro, decidido, maduro Sente ansiedade, temores, vaidade

Reconhece sua fraqueza, o medo, a incerteza Titubeia, claudica, cai, mas, prostrado não fica

Fortalece-se com a Verdade, com a Graça e a Bondade Prostra-se, como servo, ante o eterno Verbo

Está de pé, com alheios pés.

(42)

ONDE ESTÁ A LUZ?

O mundo em que vivemos é cada vez mais tenebroso. As pessoas, em geral, estão mais tensas, mais ansiosas e mais intolerantes.

Por que o mundo está tão beligerante? Por que a paz está tão distante?

Temos que ter um olhar mais crítico para o presente e para nós mesmos. O que podemos fazer para ajudar o mundo a ser um melhor lugar para se viver? Ou será que nem deveríamos pensar sobre isso? Será que deveríamos viver nossas vidas e nem nos preocuparmos com o que acontece na esquina, pois, o que interessa é o porvir?

São muitas perguntas. Será que a Palavra do Senhor se ocupa desses temas? Traz-nos respostas o Senhor e seus servos profetas e apóstolos?

Muitos cristãos, sinceros, tementes a Deus, não

aceitam a política, digo a verdadeira política, não a

politicagem. Para muitos, o cristão deve ser radical, não

se pode aceitar as afrontas aos nossos caros valores.

(43)

Muitos têm se levantado como "paladinos da família e dos bons costumes" e representantes de todos os cristãos, algo impossível de existir, já que há tanta diversidade entre os cristãos no país. Mas, ainda assim temos visto nos últimos dias grandes confrontos midiáticos, principalmente, nas redes sociais, pessoas colocando-se como legítimos representantes de toda uma classe heterogênea.

Quem os constituiu nossos advogados?

Qual deve ser a verdadeira luta dos cristãos?

No livro de Atos, no capítulo 5 há um verso que chama bastante a atenção, no finalzinho: "Os apóstolos saíram do Sinédrio, alegres por terem sido considerados dignos de serem humilhados por causa do Nome." (Atos 5:41 - NVI). Este verso remete às palavras de Jesus: "Bem- aventurados serão vocês quando, por minha causa os insultarem, perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês. Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a recompensa de vocês nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês". (Mateus 5:11-12 - NVI).

Hoje, infelizmente, a maioria de nós não tem tanta

disposição assim. É claro, não quero com isso dizer que

(44)

devemos simplesmente nos calar diante das injustiças.

Apenas, acredito que não deveríamos ser tão beligerantes, não aceitando um mínimo de perseguição.

Parece que não há a mínima vontade de sofrer por Cristo.

Ser perseguidos faz parte da caminhada, nós cristãos não devemos buscar aplausos ou aceitação incondicional da sociedade, a cultura cristã - a verdadeira cultura, os valores reais, como os do sermão do Monte, ou das cartas Paulinas, não os achismos dos evangélicos - deve ser encarada como uma contracultura dentro de uma sociedade hedonista. Não faz sentido viver o verdadeiro Evangelho e não ser mal visto pela sociedade como um todo.

É verdade que ainda recebemos reconhecimento de governos e outras instituições por obras sociais pautadas no amor ao próximo com base na Palavra de Deus. Contudo, outros valores, fundamentais à vida do discipulado incomodam muita gente. A luz sempre incomodará as trevas. Quanto mais Fiel for a igreja, mais perseguição ela sofrerá, está escrito (IITm.3:12).

Portanto, se houver perseguição por nossa

fidelidade a Deus e a sua Palavra deveríamos ficar

(45)

felizes, pois, isso seria uma confirmação da nossa fé.

Infelizmente, há quem sofra não por ser fiel, mas, por ser injusto. Há alguns anos um famosíssimo líder de uma poderosa instituição neo pentecostal foi preso por estar sendo investigado por suas práticas, lembro-me muito bem dele afirmar ser perseguido por causa do Evangelho, uma afirmação bem cínica, aliás.

O apóstolo Pedro escreveu : "Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem. Mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome." IPe.4:15-16. Há quem sofra não por ser fiel, mas, muito ao contrário, por ser infiel, era o seu caso, e é o caso de muitos que, já foram investigados pela Polícia Federal por envolvimento em um golpe de âmbito nacional que pode ter prejudicado 25 mil pessoas, em 2017.

Mais um escândalo, entre outros milhares

cometidos no meio evangélico que só vem a ser causa de

tropeços para muitos. Nessas ocasiões você lê

comentários do tipo: "As igrejas não passam de negócios

para arrancar dinheiro dos simples." Infelizmente, haverá

ainda quem diga que está sendo vítima de perseguição.

(46)

Neste caso a única vítima inocente é o Evangelho que acaba desmoralizado. Nem mesmo aqueles que caíram no golpe, apesar de serem vítimas, não são tão inocentes assim, deveriam atentar para o ensino de Paulo em 1 Timóteo 6: 9 e 10: "Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores." O sábio apóstolo sabia que toda ganância é uma armadilha, principalmente para aqueles que deveriam descansar no cuidado do Pai, que deveriam não buscar os tesouros deste mundo, mas, o reino eterno Deus (Mt.6:19:34).

Um dos maiores valores ensinados por Jesus é

que seu reino não é deste mundo, talvez seja um dos

valores mais esquecidos e desprezados pelos evangélicos

hoje, cuja fé está pautada em um ensino materialista e

antibíblico. Infelizmente, por causa desta mensagem

distorcida do verdadeiro Evangelho, a figura de um

pregador ou pastor é, geralmente, mal vista, assim como

a de um político, advogado, professor ou qualquer outro

profissional evangélico.

(47)

Assim, só podemos concluir que parte da rejeição que sofremos, não está diretamente ligada à perseguição por causa da justiça (Mt.5:10), mas, por causa das nossas próprias falhas. Fazer distinção entre joio e trigo não é uma tarefa fácil, na verdade, nem é humanamente possível (Mt.13:30,41), somente o Senhor pode fazê-la por meio dos seus anjos.

Concluindo, que sejamos fiéis, ainda que sejamos rejeitados por muitos, nossa segurança não está aqui, e sim no Senhor. Somos luz e sal, que façamos diferença, só assim verão nossas obras e saberão a diferença.

LUZ DA CRUZ Na pequena cidade

a Luz brilhou ofuscando o rei impenitente Luz que atraiu sábios distantes,

adoradores, tementes

A Luz que brilhou e saldou os pastores,

(48)

iluminou o caminho dos animais do curral, do campo, da manjedoura,

seu berço natal.

Luz que brilhou reveladora a Simeão, que revelou-se consoladora a Ana, Luz tão tenra e frágil,

mas, já eterna e soberana.

Luz que veio para os seus, Que tentaram apagar seu fulgor, impedir seu ofuscante brilho, e negar seu amor.

Luz que em Caná

fez água em vinho se transformar,

em Naim reviveu um jovem,

(49)

para de sua mãe cuidar.

Luz que por Lázaro, seu amigo Uma lágrima verteu

Luz que brilhou para Zaqueu, o rico E também para o mendigo Bartimeu Luz que alimentou multidões

Sobre as águas andava Pregou em todos os rincões Com crianças se sentava Luz que fez de Simão, Pedro, De Tomé um crente

De um publicano, um apóstolo

E de Madalena, mulher temente

Luz que ensinou o amor,

(50)

A humildade praticou foi ignorada pelos "sábios", mas aos pequenos conquistou.

Luz eterna e imortal, Tentaram apagar essa Luz, E seu brilho sem igual, cravando-a numa cruz.

Trevas apoderaram-se da terra, E a Luz sob rochas colocada, O chão tremeu e a Luz surgiu Ainda mais determinada.

Chegada a hora de voltar à sua fonte, Pequenos reflexos deixou,

A Luz distribuiu seu brilho,

(51)

Foi-se do mundo, mas, nunca o abandonou.

Esta Luz se encontra entre nós, Seus discípulos sua luz refletirão, Pois, a verdade dos fatos

É que a Luz revela o cristão.

(52)

JULGANDO OS DE DENTRO

Na atualidade há muita discussão a respeito dos valores morais que atingem a família, e os perigos que ela passa. Há até mesmo uma espécie de guerra moral na nossa sociedade.

Paulo ao escrever a sua primeira carta aos

coríntios no capítulo 5 chama a atenção dos seus filhos

na fé para algo extremamente importante na igreja, o

combate à imoralidade. A preocupação do apóstolo é que

no meio dos santos havia um homem que se dizia

discípulo de Cristo, mas, vivia uma vida completamente

antagônica à imagem do Mestre. Por isso, o zeloso pastor

ordena que tal pessoa seja expurgada do meio deles como

se expurga o fermento velho (v.5-7). Paulo enfatiza que

já havia orientado seus discípulos a não ter nem

comunhão com esse e com outros que, ESTAVAM NA

IGREJA, mas não eram dignos do Senhor (v.9). No

versículo seguinte (10) ele deixa claro algo

completamente esquecido pelos “Grandes defensores da

(53)

família brasileira”. O que devemos combater? A imoralidade do mundo? Ou nossa própria imoralidade?

O sábio apóstolo nos ensina de forma muito clara, tão clara, que é para mim incompreensível, como esses pregadores de hoje não percebem o mal que estão fazendo ao Evangelho. Há um ditado pesado que diz:

“Tem coisas que são como b...(ou m...), quanto mais se mexe mais fede”. Sei que muitos não gostaram deste ditado citado por mim. Peguei pesado? Pode ser, mas quero chamar a atenção de todos para o que está acontecendo. Estão dando tiros para todos os lados, e simplesmente estão errando feio o alvo. Sejamos sinceros, a igreja brasileira é um exemplo de moral e santidade? Somos um exemplo de amor ao próximo e aos famintos e pobres? Nem precisamos responder.

O fato é que, se a igreja brasileira fosse mais bíblica, fosse mais parecida com a igreja primitiva, seria muito diferente. Nós temos é que espalhar Evangelho e o amor, sim. Mas, temos que viver o Evangelho e o amor.

O problema, é que o Evangelho no Brasil está todo

distorcido.

(54)

Muitos convocam a igreja para a “guerra” aos ataques imorais dos de fora, mas eles mesmos distorcem o Verdadeiro Evangelho, e querem postar de moralistas.

Não vejo razão alguma para ficarmos irritados com as atitudes de ímpios que zombam do Evangelho, Deus não nos chamou para isso. Não! Ele nos chamou para irmos e dar frutos que permaneçam (Jo.15:16). Se fosse para nos preocupar com a vida dos de fora, não poderíamos permanecer neste mundo (v.10).

O problema dos evangélicos no Brasil é que estamos nos preocupando demais com os pecados alheios. Não devemos dar lição de moral para quem não segue a Jesus, temos que ensinar o caminho do discipulado para quem segue, porque se conseguíssemos fazer com que os evangélicos seguissem a Cristo de fato, isso faria uma enorme diferença neste mundo.

Como Paulo conclui o capítulo 5: “Pois, como haveria eu de julgar os de fora da igreja? Não devem vocês julgar os que estão dentro? DEUS JULGARÁ OS DE FORA.” (v.12, 13a).

Quanta simplicidade na Palavra de Deus! Quanta

clareza! Mas, tem gente que só fica preocupado com a

vida dos outros e esquece sua própria realidade.

(55)

Aprendamos com o apóstolo Paulo, vamos cuidar de nós mesmos, pregar e VIVER o Evangelho. Vamos parar com esse papo de guerra. As pessoas fazem o que fazem porque são os seus valores (deturpados, claro), Deus vai julgá-las, não nós. Elas não querem nossa moral, querem viver suas vidas. Deixemos essas pessoas dentro de seus padrões e elas ficarão mais no canto delas.

Este tipo de guerra só fomenta o ódio. O que adiantaria lavar o exterior do copo, se o interior permanecer sujo (Mt.23:25; Lc.11:39), será que se as pessoas mudassem seu comportamento isso faria delas dignas do céu? Será que o comportamento exemplar é o caminho? Quanta obviedade nessas perguntas.

Vejamos que um dos motivos principais que

levam famosos pregadores a se ocuparem com isso está

na sua teologia manca, que enfatiza a responsabilidade

humana, e se esquece de que nosso Deus é Soberano, e

que é por graça e não por força ou Lei. Sei que muitos

não concordarão comigo e vão até dizer: “Você se mostra

às vezes duro, outras vezes conivente.” Contudo, penso

que tenho minha opinião baseada nas Escrituras. Você

pode não concordar, mas use a Palavra de Deus para

refutá-la.

(56)

EM UM MUNDO

Em um mundo injusto, os justos não precisam se justificar

Em um mundo de mentiras, os francos não devem mentir Em um mundo corrupto, os honestos não podem se corromper

Em um mundo violento, os pacíficos não devem agredir Em um mundo de trevas, iluminados devem reluzir Em um mundo cego, os visionários precisam enxergar Em um mundo em decadência, os firmes precisam fortalecer

Em um mundo mau, os que amam o bem devem abençoar

Em um mundo impuro, o sal precisa salgar

(57)

A BENÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO

"Disse o SENHOR a Moisés: Fala aos filhos de Israel que me tragam oferta; de todo homem cujo coração o mover para isso, dele recebereis a minha oferta."

Estas palavras estão em Êxodo 25:1-2, foram

dadas a Moisés por ocasião da construção do tabernáculo,

de todos seus utensílios e das vestes sacerdotais, todo o

povo foi convocado a doar, as palavras que Moisés usou

foram as seguintes: "Tomai, do que tendes, uma oferta

para o SENHOR; cada um, de coração disposto,

voluntariamente a trará por oferta ao SENHOR: ouro,

prata, bronze..."( Êxodo 35:5). O que chama a atenção

nestes textos é o fato de que não havia uma ordem ou

exigência, Deus disse a Moisés que cada homem deveria

ser movido por seu coração, o líder dos hebreus enfatizou

que, além de um coração disposto, as pessoas deveriam

ser voluntárias. O capítulo 35:21 revela que: "veio todo

homem cujo coração o moveu e cujo espírito o impeliu e

trouxe a oferta ao SENHOR para a obra da tenda da

congregação, e para todo o seu serviço, e para as vestes

(58)

sagradas." Não havia constrangimento, nem ameaças, ou promessas de prosperidade financeira, ainda assim o povo, aqueles mesmos que murmuraram, que se rebelaram, que fizeram outro deus de ouro (Cap.32), reconheceram que deveriam ser gratos ao Senhor por toda a sua graça bendita que os libertou da escravidão do Egito com mão forte e poderosa, seus corações, ainda falhos e pecadores, não se fecharam para a contribuição necessária para a obra do Senhor. Houve tanta disposição em cooperar e contribuir com seus bens de ouro e prata que foi necessário (incrível isso) Moisés proibir ao povo que continuasse contribuindo: "...e disseram a Moisés: O povo traz muito mais do que é necessário para o serviço da obra que o SENHOR ordenou se fizesse. Então, ordenou Moisés — e a ordem foi proclamada no arraial, dizendo: Nenhum homem ou mulher faça mais obra alguma para a oferta do santuário. Assim, o povo foi proibido de trazer mais."

(Cap. 36:5-6). A obra do Senhor certamente precisa de contribuição, de auxílio, não de quem busca

"negociar" bênçãos, mas, como afirma o apóstolo Paulo :

"Cada um contribua segundo tiver proposto no coração,

(59)

não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria." ( 2 Coríntios 9:7). As palavras do apóstolo tinham como base o testemunho e o desprendimento que ele mesmo apresenta nesta mesma carta no Cap. 8 a respeito dos irmãos da Macedônia que:

"...se mostraram voluntários, pedindo-nos, com muitos rogos, a graça de participarem da assistência aos santos."(8:3-4). Que incrível testemunho de Paulo, os irmãos macedônios rogavam, ou seja, pediam com insistência, a graça de socorrer os necessitados, para eles não era um peso a contribuição com a obra, mas um grande privilégio. Infelizmente, muitas vezes, nós cristãos enxergamos a contribuição com a obra como um peso, ou, como uma obra de nossa justiça digna de mérito, ainda que Isaías nos deixa claro que nossas justiças não passam de algo asqueroso como um absorvente usado (64:6). Outras vezes enxergamos nossos dízimos e ofertas apenas como uma lei a ser seguida.

Contribuir com a obra do Senhor é muito mais

que um mandamento, é um privilégio de poucos, nós

cristãos já fomos tão ricamente abençoados, com bênçãos

(60)

tão ricas e eternas como são apresentadas por Paulo no primeiro capítulo da carta aos efésios, que se torna uma grandíssima ingratidão retermos dízimos e ofertas, como esquecermos tudo o que Cristo fez na Cruz, como esquecermos o perdão de Deus, como esquecermos que Ele nos elegeu nele antes da fundação do mundo, como esquecermos que Ele nos amou quando ainda éramos pecadores, como esquecermos que Ele nos Deus vida estando nós mortos em delitos e pecados? Temos motivos de sobra para sermos gratos, temos motivos de sobra para confiar no cuidado daquele que nos disse:

"...não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?" (Mt.6:25).

Por isso, nada justifica confiarmos no passageiro e

consumível salário integral, ou nas riquezas. Não é nosso

emprego ou empresa que nos proporcionará segurança,

por isso Jesus nos ensinou a não acumular tesouros nos

quais poderemos colocar nossos corações, nossa

confiança e até nossa devoção (6:19-24). Deus nos livre

de sermos tão pobres e miseráveis ao ponto de termos só

o consumível como abrigo dos temporais desta vida!

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