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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM TERAPIA COGNITIVO- COMPORTAMENTAL FABIANA APARECIDA ARAUJO MARÇAL

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Academic year: 2021

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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM TERAPIA COGNITIVO- COMPORTAMENTAL

FABIANA APARECIDA ARAUJO MARÇAL

A CONTRIBUIÇÃO DA TERAPIA COGNITIVO- COMPORTAMENTAL E SUAS TÉCNICAS NO

TRANSTORNO DO PÂNICO

SÃO PAULO 2019

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FABIANA APARECIDA ARAUJO MARÇAL

A CONTRIBUIÇÃO DA TERAPIA COGNITIVO-

COMPORTAMENTAL E SUAS TÉCNICAS NO TRANTORNO DO PÂNICO

Trabalho de conclusão de curso de especialização.

Área de concentração: Terapia cognitivo -comportamental Orientadora: Profª. Dra. Renata Trigueirinho Alarcon

Coorientadora: Profª. Msc. Eliana Melcher Martins

SÃO PAULO 2019

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Fica autorizada a reprodução e divulgação deste trabalho, desde que citada à fonte.

Marçal, Fabiana Aparecida Araújo.

A contribuição da terapia Cognitivo-comportamental e suas técnicas no transtorno do pânico.

Fabiana Araújo Marçal, Renata Trigueirinho Alarcon, Eliana Melcher Martins – São Paulo, 2019.

23 f. + CD-ROM

Trabalho de conclusão de curso (especialização) - Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-comportamental (CETCC).

Orientadora: Profª. Drª. Renata Trigueirinho Alarcon Coorientadora: Profª. Msc. Eliana Melcher Martins

1 Transtorno do pânico, 2. Terapia cognitivo-comportamental. I. Marçal, Fabiana Aparecida Araújo . II. Alarcon, Renata Trigueirinho. III. Martins, Eliana Melcher.

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Fabiana Aparecida Araújo Marçal

A contribuição da terapia Cognitivo-comportamental e suas técnicas no transtorno do pânico.

Monografia apresentada ao Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-comportamental como parte das exigências para a obtenção do título de Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental.

BANCA EXAMINADORA

Parecer:____________________________________________________________

Prof._______________________________________________________________

Parecer:____________________________________________________________

Prof._________________________________________________________

São Paulo, _____de ______________de_____.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todos os meus pacientes, que me fazem buscar cada vez mais conhecimento para poder atendê-los da maneira mais adequada e assim conseguir de alguma forma trazer clareza e sentido as suas vidas.

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AGRADECIMENTOS

Sou grata a Deus por me dar a cada dia a possibilidade de me tornar uma pessoa melhor, ao grande amor da minha vida, meu marido e amigo Edinho, que durante esse período de curso sempre me apoiou e me motivou. À nossa filha Sofia, que mesmo tão pequena já compreende a importância de irmos em busca dos nossos objetivos, mesmo que em algum momento, tenhamos que abrir mão do nosso convívio diário. À minha mãe, que me ensinou o verdadeiro significado da palavra “RESILIÊNCIA”, e todo seu apoio, sem ela não conseguiria me dividir em tantas para dar contar de tudo. Sou grata a todos que cruzaram meu caminho e me permitiram a troca de vivencias tão boa. MUITO OBRIGADA!

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RESUMO

O Transtorno do pânico (TP) é uma doença crônica, que pode ser manejada com tratamento medicamentoso e psicoterápico para gerenciamento dos sintomas e melhor qualidade de vida dos seus portadores. Não se tem uma causa única para sua manifestação, é sabido que possui fatores genéticos e ambientais associados. A característica chave do transtorno é a manifestação de sintomas de ansiedade de forma abrupta, causando extremo desgaste ao individuo, em que o mesmo passa a evitar lugares em que os ataques ocorreram. O trabalho presente visou conhecer melhor o TP e como a aplicabilidade da Terapia Cognitivo-comportamental (TCC) e suas técnicas podem contribuir para melhor controle dos sintomas e forma de gerenciá-los. Conclui-se que este trabalho fornece informações relevantes sobre a aplicabilidade da TCC no Transtorno do pânico. O trabalho discorre sobre técnicas da TCC mais usadas no tratamento do transtorno do pânico e traz como resultado que a TCC é eficaz no tratamento.

Palavras- chave: Transtorno do pânico, Terapia Cognitivo-comportamental, Técnicas.

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ABSTRACT

Panic Disorder (PD) is a chronic disease that can be managed with medication and psychotherapeutic treatment to manage the symptoms and better quality of life of its patients. If there is no single cause for its manifestation, it is known to have associated genetic and environmental factors. The key feature of the disorder is the manifestation of anxiety symptoms in an abrupt manner, causing extreme wear to the individual, in which the individual starts to avoid places where the attacks occurred.

The present work aimed to know better the PD and how the applicability of Cognitive- Behavioral Therapy (CBT) and its techniques can contribute to better control of the symptoms and how to manage them. It is concluded that this work provides relevant information about the applicability of CBT in Panic Disorder. The paper discusses the most commonly used CBT techniques in the treatment of panic disorder and results in that CBT is effective in treatment.

Key words: Panic disorder, Cognitive Behavioral Therapy, Techniques.

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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO ... 8

2. OBJETIVO ... 10

3. METODOLOGIA ... 11

4. RESULTADOS ... 12

4.1 CONHECENDO O TRANSTORNO DO PÂNICO ... 12

4.2 A TCC E SUAS TÉCNICAS NO TRATAMENTO DO TRANSTORNO DO PÂNICO .... 13

5 DISCUSSÃO ... 18

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 20

REFERÊNCIAS ... 21

ANEXO ... 23

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1.INTRODUÇÃO

A ansiedade pode ser percebida como um estado emocional, com componentes psicológicos e fisiológicos, que faz parte da vivência normal humana.

Pode também ser entendida como um sentimento caracterizado por desconforto pré- tensão, advindo da antecipação de perigo, de algo estranho ou desconhecido.

A leitura que se faz do perigo e a consciência de nossa própria vulnerabilidade podem ajudar a sobreviver desde a tenra infância. Quando o individuo nasce em um ambiente hostil, é capaz de identificar perigo em seus pequenos sinais de aviso, que foram críticos a sua sobrevivência emocional e física.

Partindo desse pressuposto, não seria profícuo não ter ansiedade, pois o sujeito estaria a todo tempo tão tranquilo, que não tomaria medidas precisas para se defender dos perigos da vida diária. Em nível fisiológico, o medo e ansiedade elevam a produção de certos níveis de hormônios e substâncias como adrenalina, que fazem humanos e animais fugirem ou lutarem contra situações aversivas (FARIA, 2011).

Os transtornos de ansiedade são vistos como um dos principais problemas de saúde mental dos Brasileiros e estão entre os transtornos psiquiátricos mais frequentes na população, acometendo tantos adultos como crianças, com prevalência estimada durante o período de vida de 9% e 15%, respectivamente.

Entretanto, menos de 30 % das pessoas que sofrem de ansiedade buscam tratamento (FARIA, 2011).

O transtorno do pânico (TP) é conhecimento pela manifestação de ataques abruptos de ansiedade, acompanhados por sintomas físicos e afetivos e pelo medo exacerbado de um novo ataque. É comum a evitação de locais e situações nas quais esses ataques foram manifestados. O transtorno do pânico tende a ser crônico em mais de 85% dos casos, e a presença dos sintomas minimiza a qualidade de vida e o funcionamento psicossocial dos portadores (HELDT et al, 2008).

Conforme Manfro (2008), se comparado a outros transtornos de ansiedade, o inicio do TP é frequentemente tardio, afetando de duas a três vezes mais mulheres do que os homens, e pode atingir até 3,5% da população durante a vida. Os portadores de TP apresentam menos produtividade e utilizam com frequência os

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serviços públicos de saúde, como pronto atendimento, consulta e exames. O transtorno está atrelado à um alto custo social.

Para Reyes e Fermann (2016), a terapia cognitivo-comportamental (TCC) é vista por muitos como a principal abordagem cognitiva da nossa atualidade, integrando técnicas e conceitos cognitivos e comportamentais. A pesquisa, juntamente com a parte clinica evidenciam minimização dos sintomas e redução de taxas de recorrência, com ou sem medicação, em uma extensa variedade de transtornos psiquiátricos. A TCC baseia-se na teoria de que a forma como o sujeito estrutura suas experiências determina a forma como o mesmo se sente e se comporta.

Este trabalho tem como função estudar a eficácia que a terapia cognitivo- comportamental denota no tratamento com pacientes portadores do transtorno do pânico, e as técnicas que oferecem melhor respostas para manejo da psicopatologia.

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2. OBJETIVO

Estudar a eficácia da Terapia Cognitivo-comportamental e as principais técnicas usadas no tratamento do Transtorno do pânico.

2.1 OBJETIVOS ESPECIFICOS

- Compreender o transtorno do pânico

- Estudar a aplicabilidade da TCC no transtorno do pânico

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3. METODOLOGIA

A fim de atender os objetivos propostos, elaborou-se uma busca bibliográfica com dados científicos relevantes sobre a contribuição da Terapia Cognitivo- comportamental.

A busca foi realizada nos bancos de dados Scielo e biblioteca USP. Os indicadores que nortearam esta pesquisa foram Transtorno do Pânico, TCC, técnicas.

Como critérios de inclusão definiram-se artigos publicados somente em português, entre os anos de 2005 a 2019. Os critérios de exclusão foram artigos em outras línguas diferentes do português, em período anterior a 2005 e que incluam outras patologias que não Transtorno do Pânico.

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4. RESULTADOS

4.1 CONHECENDO O TRANSTORNO DO PÂNICO

O transtorno do pânico é caracterizado por ataques de ansiedade recorrentes, atrelados a sensações de mal estar intenso, associado a sintomas físicos e cognitivos que se apresentam de forma abrupta, alcançando intensidade máxima em até 10 minutos. Estes ataques sempre vêm atrelados de preocupações exacerbadas e persistentes, ou mudanças significativas do comportamento em relação à possibilidade de manifestação de novos ataques de ansiedade. Os pacientes com TP mantém os sintomas por muito tempo, que podem durar até uma década de visitas as emergências médicas antes do diagnóstico (MANFRO et al, 2009).

Além do sofrimento psíquico e do prejuízo psicossocial vivenciado pelos portadores do transtorno do TP, ele está atrelado a uma série de outros desfechos que, empiricamente, explicam seu tratamento como um problema de saúde pública.

Pacientes com TP apresentam menor produtividade e mais taxas de absenteísmo no trabalho, são usuários em demasia dos serviços de saúde, procedimento laboratoriais, um risco elevado, independente das comorbidades, de ideação suicida e de tentativas (MANFRO et al, 2009).

O TP é mais de duas vezes mais prevalente em mulheres, iniciando seu curso no final da adolescência para inicio da vida adulta, com média de surgimento entre os 20 e 30 anos, dificilmente há casos de manifestação na infância. Estudos evidenciam que a comorbidade psiquiátrica é uma regra e não uma exceção do TP, dentre elas: agorafobia, ansiedade generalizada, ansiedade social, depressão e transtornos do humor e outras. Os autores mencionam que o TP é multifatorial, sendo que fatores ambientais e fatores genéticos denotam contribuir para esse transtorno (MANFRO et al, 2009).

Zuardi (2016) corrobora com os autores supramencionados, dizendo que a etiologia do TP ainda não é genuinamente conhecida, podendo ser manifestado por fatores genéticos e ambientais que resultam em modificações em algumas áreas cerebrais.

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Por outro lado, o estilo de vida e hábitos da atualidade contribuem para que exista um número extenso de pessoas vivendo situações robustas de angustias, exigências e de pressões constantes. Esses eventos estressores provocam um desequilíbrio no organismo, o que desfecha com uma resposta biológica e comportamental ao fator estressante. Sendo assim, associa-se ao estresse, uma grande parcela de responsabilidade pelo aparecimento do transtorno do pânico. O surgimento de um transtorno, que seja emocional ou psicossomático (orgânico), está relacionamento a frequência e duração das vivências que o individuo julga como estressoras para si e não, necessariamente, da força do evento de vida propriamente dito (FARIA, 2011).

De acordo com o DSM V (2014), o transtorno do pânico é caracterizado dentro dos transtornos de ansiedade e seus principais sintomas são: náuseas, falta de ar, sensação de asfixia, sudorese taquicardia, sensação de desmaio, tremores, ondas de frio ou calor, medo de enlouquecer e sensação de morte iminente. Esses sintomas surgem sem aviso prévio, de forma abrupta, sem indicar nenhum desencadeador aparente. E logo após a ocorrência do evento estressor, o portador desenvolve uma preocupação intensa com a possibilidade de uma nova ocorrência.

Dentre os transtornos de ansiedade, o transtorno do pânico vem sendo estudado maciçamente nas últimas décadas, consequentemente obtendo avanços em seu diagnóstico e tratamento. Existem dois tipos de tratamento para o TP, sendo elas a psicoterapia individual/grupos e a farmacológica, combinadas ou não (BRESCHI E CASTRO, 2013).

4.2 A TCC E SUAS TÉCNICAS NO TRATAMENTO DO TRANSTORNO DO PÂNICO

A Terapia Cognitivo-comportamental é uma abordagem de psicoterapia bastante usada para transtornos psiquiátricos, em que se baseia em preceitos sobre a função cognitiva no controle das emoções e dos comportamentos humanos (VIEIRA e MARQUES, 2016).

A TCC é uma psicoterapia ativa que envolve constantemente o entrosamento cliente e terapeuta. Estabelecem-se objetivos de mudanças entre os envolvidos, bem como o monitoramento contínuo do progresso rumo a tais objetivos. O principal

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objetivo da TCC é que o paciente desenvolva habilidades novas e estilos de enfrentamento profícuos (SOUZA et al, 2012).

A TCC consiste em um conjunto de psicoterapia que se baseia na teoria de que o modo como o sujeito estrutura suas vivências, determina a forma de como ele se sente e se comporta. Conforme esta teoria, os sentimentos não são meramente determinados pelas situações, mas pela maneira com que as pessoas interpretam os eventos. Dessa forma, os transtornos psicológicos nascem de um modo distorcido de interpretar os fatos, influenciado, assim, os afetos e os comportamentos (REYES E FERMANN, 2016).

Segundo Heldt et al (2008) estudos evidenciam os benefícios do tratamento farmacológico e da TCC no Transtorno do Pânico. Entretanto muitos pacientes, mesmo medicados, seguem manifestando sintomas. A terapia Cognitivo- comportamental para o transtorno do pânico é uma terapêutica com uma excelente resposta em curto e longo prazo, especialmente no que diz respeito aos sintomas residuais e por vezes persistentes da doença.

Estudos indicaram que a TCC pode alterar o curso do TP, não exclusivamente para prevenir recaídas, mas também porque prolonga o espaçamento entre as crises. O tratamento breve com TCC está atrelado a altos níveis de paciente livres do pânico (75%). O resultado demonstrado através de estudos denotam que os resultados da TCC são melhores que a de farmacologia de longo prazo: 87% dos paciente permanecem sem as crises no primeiro ano e 75- 81% permanecem sem sintomas dois anos após o tratamento com a TCC breve (MANFRO et al, 2008).

A TCC para o transtorno do pânico é também vinculada à melhora nas condições de comorbidades e qualidade de vida. De acordo com os modelos cognitivos comportamentais, os ataques do pânico surgem a partir de interpretações distorcidas e catastróficas das sensações aflitivas do corpo. Tonturas e taquicardia podem ser interpretadas, como um ataque cardíaco ou infarto iminente. Essas leituras feitas pelo individuo maximizam a excitação e as sensações corporais, confirmando desta forma para o sujeito que ele está em perigo, gerando no mesmo mais interpretações catastróficas e ansiedade em nível ascendente (MANFRO et al, 2008).

O tratamento inicial com a TCC é dirigido para o aumento da consciência por parte do portador, de seus pensamentos automáticos, e num segundo momento,

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terá como foco as suas crenças nucleares e subjacentes. O tratamento poderá ser iniciado identificando e questionamento pensamentos automáticos, onde o terapeuta orienta o paciente a monitorar seu padrão de pensamentos (REYES E FERMANN, 2016).

A TCC tem como premissa básica o descondicionamento das sensações aflitivas corpóreas, fazendo uso dos princípios de aprendizagem objetivando o enfraquecimento dos comportamentos disfuncionais. A TCC se emprega para a correção da hipervigilância, das crenças disfuncionais o que são limitantes para a vida do paciente. Antes de iniciar o tratamento, seja medicamentoso ou psicoterápico, deve ser realizado o diagnóstico de TP e se há comorbidades associadas. Após o diagnóstico realizado, é importante a verificação do inicio, da duração e frequência e dos desencadeantes dos ataques. O automonitoramento é necessário para a avaliação e tratamento do TP. É importante que seja averiguado se o paciente tem depressão, ansiedade antecipatória, insônia, dependência em relação aos familiares e agorafobia. É importante que o paciente exponha quais os sintomas psicossomáticos que caracterizam seus ataques e quais os pensamentos automáticos e crenças que mantém suas crises. O tratamento pelo modelo da TCC tem como foco eliminar os sintomas que mais causam desconforto para o paciente, como a ansiedade e insônia. A TCC traz tarefas que podem ser realizadas individualmente e ou/em grupos. A TCC dispõe de inúmeras técnicas para o tratamento do TP (BAERE, 2015).

4.3 TÉCNICAS UTILIZADAS PELA TCC NO MANEJO DO TRANSTORNO DO PÂNICO

 PSICOEDUCAÇÃO: o primeiro passo do tratamento é a psicoeducação com o paciente. A técnica tem como propósito retificar os mitos e a leitura do senso comum sobre os sintomas do transtorno do pânico, e corrigir as interpretações disfuncionais sobre os próprios sintomas. Quando as interpretações disfuncionais são corrigidas, o paciente busca novos significados para os seus pensamentos, compreendo os de forma mais racional e adaptativa. A psicoeducação inclui o conceito do TP, as influências psicológicas, orgânicas as causas, os sintomas e as explicações sobre o momento cognitivo-comportamental (BAERE, 2015).

 TREINO DE RESPIRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA: Respirar de forma errada conduz a hiperventilação e ao aumento de oxigenação sanguínea, tornando-se

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semelhante as sensações vividas durante o ataque de pânico. Esta técnica ajuda no controle da ansiedade (BAERE, 2015).

 RELAXAMENTO MUSCULAR PROGRESSIVO: Esta técnica consiste em tensionar e logo relaxar os principais grupos musculares do corpo, um de cada vez. A reposta do relaxamento, frequência cárdica diminuída, pressão sanguínea reduzida decorrente da contração dos diferentes sítios do corpo, gera produção de endorfinas que são trazem a sensação de relaxamento e bem estar (BAERE, 2015).

 ESPOSIÇÃO INTEROCEPTIVA: consiste na indução de forma gradativa das sensações físicas para que o paciente seja habituado a elas e que condiciona lãs com leituras catastróficas é disfuncional, pois são sensações comuns que outras pessoas também podem sentir. Ao longo do tempo a sensação deixa de ser devastadora, tornando se apenas desconfortável. Nos primeiros momentos, a exposição acontece no próprio consultório e há distintas formas de induzir as sensações. Correr sem sair do lugar pode evocar taquicardia no paciente, já a tontura pode ser evocada girando a cadeira do paciente. Essa técnica pode funcionar bem, como uma preparação para exposição in vivo (BAERE, 2015).

 SETA DESCENDENTE: No TP a técnica seta descendente é profícua para corrigir pensamentos e crenças atreladas aos sintomas físicos. É vantajosa para corrigir o pensamento catastrófico do paciente e os cálculos errados de probabilidade. A técnica consiste no questionamento constante sobre o real significado de um pensamento até alcançar seu significado mais adequado (BAERE, 2015).

 A.C.A.L.M.E- S.E : cada letra da palavra explicita um passo para que o sujeito consiga gerenciar as situações que julga temíveis. Deve ser lida em voz alta e é importante tenha uma cópia para ler, caso sinta necessidade (BAERE, 2015).

O ensaio clinico em grupo realizado por Finkler et al (2016), demonstra como a aplicabilidade das técnicas da TCC resulta numa melhora para os portadores de TP. O ensaio consistiu em 12 sessões em grupo para pacientes com TP. Aplicou-se Inventário de Pânico – Hamilton Ansiedade e Impressão Clinica Global (ICG) no inicio e término do trabalho, a fim de determinar a gravidade do transtorno, como também, sua frequência, intensidade e o prejuízo na qualidade de vida. Os 9 grupos estudados no período de 2006 a 2011, contou com a aprendizagem das técnicas a fim de levar a compreensão cognitiva o medo dos sintomas apresentados no TP, por

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meio da Psicoeducação, assim como, a simulação dos sintomas físicos através da Exposição Interoceptiva, fazendo que com que o paciente experimentasse sensações fisiológicas similares aos vividos durante o ataque, levando o paciente a refletir sobre seus pensamentos automáticos, no intuito de identificar as evidencias das interpretações distorcias. Os resultados apresentaram melhora significativa nos sintomas de TP. após o tratamento por TCC, havendo significativa diminuição dos sintomas de agorafobia, ansiedade, depressão, como também, diminuição na intensidade e frequência dos ataques.

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5 DISCUSSÃO

Atualmente há uma demanda crescente de pacientes com sintomas ansiosos nos consultórios de psicologia e psiquiatria. Tais sintomas podem se apresentar de forma somática, comportamental ou cognitiva. Os transtornos de ansiedade são diagnosticados quando suas manifestações são exacerbadas, duradouras ou desproporcionais a situações externas, causando um prejuízo para a vida do paciente. O TP consiste na presença de ataques abruptos de ansiedade, acompanhados de sintomas afetivos e físicos, um medo ter um novo ataque, evitação de ambientes nos quais já ocorreram ataques. Acredita-se que predisposições genéticas e psicológicas maximizem a vulnerabilidade da manifestação do medo vivenciado por indivíduos que convivem com o transtorno (BAERE, 2017).

Há evidências clínicas que atribuem eventos estressores com o primeiro ataque do pânico. Circunstâncias de vida negativas, como doença ou rupturas de vínculos, separações ou conflitos domésticos, surgem nos relatos de alguns pacientes quando questionados sobre as condições precipitadoras do pânico. O TP é mais comum em mulheres, sua manifestação geralmente ocorre no inicio da adolescência. Há um risco sete vezes maior de um familiar de primeiro grau, de um paciente com TP, possa manifestar o mesmo transtorno (BAERE, 2017).

Sabido de que a resposta do paciente com transtorno do pânico é o medo na vigência de sensações aflitivas no corpo, os tratamentos com base na terapia cognitivo comportamental (TCC) tem evidenciado eficácia satisfatória de bons resultados. A TCC tem como intuito descondicionar as sensações aflitivas que o paciente sente no corpo e seus medos, utilizando princípios de aprendizagem para o enfraquecimento dos comportamentos distorcidos. O tratamento do TP pelo método cognitivo-comportamental tem como premissa sucumbir os sintomas que são desconfortáveis para o paciente e que por isso causam sofrimento, minimizando sua qualidade de vida (BAERE, 2017).

Luz (2004) menciona um dos pioneiros da TCC, Aaron Beck e seus diversos trabalhos sobre depressão, observando a eficácia da TCC para distintas psicopatologias, comprovando também eficácia no tratamento com de paciente com

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transtorno do pânico. Para ele, a parte cognitiva ajuda os sujeitos a mudarem seus padrões de pensamentos que causam seus temores.

Carvalho et al (2008) corrobora dizendo que a Terapia cognitivo- comportamental é a modalidade psicoterápica mais estudada para o manejo do TP, tendo evidenciado nos mais diversos estudos experimentais ser fortemente eficaz.

A TCC une conceitos e técnicas de duas abordagens, a cognitiva e a comportamental. A terapia cognitiva se vale do conceito da estrutura biopsicossocial.

Pesquisas acadêmicas evidenciam a eficiência da abordagem e demonstram a influência do pensamento sobre o comportamento, a genética e o ambiente (SADOCK, 2007).

Conclui-se que este trabalho levanta importantes informações a cerca da aplicabilidade das técnicas da TCC no transtorno de pânico, mencionando as técnicas mais utilizadas. Outras técnicas podem ser levantadas em uma futura pesquisa de artigos publicados em outras línguas.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

São nítidos os benefícios e eficácia da aplicabilidade da TCC nos quadros psiquiátricos, inclusive no transtorno do pânico. Por se tratar de uma patologia grave e incapacitante, é necessário tratamento, pois os pacientes sofrem de forma significativa, devido as suas interpretações distorcidas dos sintomas que desfecham nos seus corpos.

A aplicabilidade da Terapia Cognitivo-comportamental no Transtorno do pânico possibilita, na sua grande maioria, resultados altamente eficazes, pois se beneficia de estratégias que colaboram com o reestabelecimento do quadro sintomatológico.

A psicoeducação favorece ao paciente melhor compreensão da sua doença, sintomas de como gerenciar todos os estímulos aversivos vivenciados.

Há evidência de eficácia para o tratamento do transtorno de pânico tanto pelo método farmacológico quanto pela TCC, sendo também evidenciado que a TCC mostra mais claramente sua eficácia a longo prazo quando ocorre a suspensão do medicamento.

Em linhas gerais, o tratamento objetiva corrigir pensamentos catastróficos que pioram o quadro de ansiedade e medo e colaboram para que o paciente mantenha o comportamento de evitação. Por meio de técnicas para aliviar a ansiedade, mudanças cognitivas e exposições interoceptivas, os indivíduos têm mais capacidade de exposição a situações de medo, melhorando sua qualidade de vida.

É importante salientar que cada paciente tem sua singularidade, sendo necessário uma boa anamnese para avaliar qual técnica trará melhor resposta e efetividade para a individualidade do paciente que busca o tratamento.

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REFERÊNCIAS

BAERE, Tais Belmonte, técnicas cognitivas comportamentais para o transtorno do pânico, 2015. Disponível em: http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0937.pdf acesso em 28/04/2019

BRESCHI, Mariana Andrade; CASTRO, Martha Moreira Cavalcante. A Interferência Dos Transtornos de Personalidade no Tratamento do Transtorno de Pânico: Uma Abordagem Cognitivo-Comportamental. 2013. Disponível em:

https://www5.bahiana.edu.br/index.php/psicologia/article/view/178 Acesso em 01/05/2019 FARIA, Kátia Figueiredo, uma revisão bibliográfica de técnicas cognitivo comportamentais utilizadas no transtorno de ansiedade generalizada, TP e fobia social, 2011 Disponível https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/40110 acesso em 30/04/2019

FINKLER ET AL. Temperamento e Caráter na Reposta à Terapia Cognitivo- Comportamental para Transtorno de Pânico. 2016. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-37722016000200218&lang=pt Acesso em 20/05/2019

HELDT ET AL, Utilização de técnicas da TCC em grupos para pacientes com sintomas residuais do transtorno do pânico: seguimento de 2 anos. 2008, Disponível em https://lume.ufrgs.br/handle/10183/28907 acesso em 01/05/2019

LUZ, E. J. Terapia cognitivo-comportamental. IN: Knapp, P. (org.). Terapia Cognitivo- comportamental na Prática Psiquiátrica. Porto Alegre: Artmed, 2004.

MANFRO, Gisele Gus et al . Terapia cognitivo-comportamental no transtorno de pânico. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo 2008 Available from

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151644462008000600005&

lng=en&nrm=iso acesso em 01/05/2019.

MATTA ET AL, Intervenções Cognitivos Comportamentais no Transtorno De Humor Bipolar. 2010. Disponível: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=28420658004 acesso em: 26/04/2019

REYES, Amanda Neumann, FERMANN, Ilana Luiz, eficácia da terapia cognitivo- comportamental, no transtorno de ansiedades, 2017 Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808568720170001000 08 acesso em 30/04/2019

SOUZA ET AL. A Terapia Cognitivo-comportamental no Tratamento do Transtorno Bipolar. 2012. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/20651019/a-

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terapia-cognitivo-comportamental-no-tratamento-do-transtorno-bipolar Acesso em 01/05/2019

VIEIRA, Thailany; MARQUES, Eunaihara Ligia Lira. Possíveis estratégias e técnicas de manejo para o Transtorno Bipolar na perspectiva cognitivo-comportamental.

2016. Disponível em:

http://www.psicologia.pt/artigos/ver_artigo_licenciatura.php?possiveis-estrategias-e- tecnicas-de-manejo-para-o-transtorno-bipolar-na-perspectiva-cognitivo-

comportamental&codigo=TL0418&area=d5 Acesso em : 01/05/2019

ZUARDI, Antonio W. Características básicas do transtorno de ansiedade generalizada. 2016. Disponível em: http://revista.fmrp.usp.br/2017/vol50-Supl-1/SIMP5- Caracteristicas-basicas-do-transtorno-de-ansiedade-generalizada.pdf Acesso em 01/05/2019

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ANEXO

Termo de Responsabilidade Autoral

Eu, Fabiana Aparecida Araújo Marçal, afirmo que o presente trabalho e suas devidas partes são de minha autoria e que fui devidamente informado da responsabilidade autoral sobre seu conteúdo.

Responsabilizo-me pela monografia apresentada como Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização em Terapia Cognitivo-comportamental, sob o título “A Contribuição da Terapia Cognitivo-comportamental e suas técnicas no transtorno do pânico” isentando, mediante o presente termo, o Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-comportamental (CETCC), meu orientador e coorientador de quaisquer ônus consequentes de ações atentatórias à "Propriedade Intelectual", por mim praticadas, assumindo, assim, as responsabilidades civis e criminais decorrentes das ações realizadas para a confecção da monografia.

São Paulo, _____de ______________de,_______

_______________________

Assinatura do (a) Aluno (a)

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