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Sou candidato por vontade própria. Apresento-me com toda a minha força e energia. A minha disponibilidade é total.

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Academic year: 2021

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Apresento hoje a minha candidatura ao cargo de Secretário-Geral do Partido Socialista. Apresento-me em nome de valores, de um projecto e de uma enorme vontade de mudança.

Sou candidato por vontade própria. Apresento-me com toda a minha força e energia. A minha disponibilidade é total.

Os socialistas conhecem-me e sabem que podem contar comigo.

Tenho consciência do momento difícil que o país atravessa. E essa é uma das motivações da minha disponibilidade para liderar o nosso PS. Alguns, em minha defesa pessoal, tentaram convencer-me a não me candidatar. Mas este é o tempo certo para quem está na política com convicções e por causas.

A razão da minha acção política são as pessoas, e é em nome delas que estou na política.

Candidato-me hoje em nome de todos aqueles que, nas circunstâncias difíceis em que se encontra o país, continuam a acreditar nos valores da liberdade, da igualdade de oportunidades e da solidariedade.

Candidato-me em nome de todos os que recusam aceitar a pobreza e as desigualdades sociais como uma fatalidade.

Candidato-me com a ambição de ajudar a construir um PORTUGAL socialmente coeso, com justiça social, com uma forte e dinâmica classe média, onde nenhuma pessoa fique para trás ou deixe de ter cuidados de saúde, de educação e de protecção social em função das suas capacidades económicas.

Candidato-me hoje porque acredito numa sociedade em que o centro da vida política é a dignidade das pessoas, a satisfação das suas necessidades fundamentais, a sua autonomia e a luta pela concretização das suas aspirações pessoais e profissionais.

Candidato-me porque acredito nas novas gerações.

Confio no potencial criativo dos jovens, na sua vontade de mudança e candidato-me em nome dos seus anseios e das suas dificuldades em encontrar emprego, constituir família e de ser verdadeiramente autónoma.

Nenhum líder político pode dormir descansado quando a geração mais qualificada de sempre abandona o país pela falta de oportunidades.

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No momento que o país atravessa são sobretudo estes jovens que trazem valor acrescentado às soluções de recuperação da economia.

É com eles que conto para a construção de um país melhor.

Esta é a geração com que Abril e a República sonharam. Darei o meu melhor para concretizarmos esse sonho. O sonho dos progressistas de esquerda que ao longo de séculos deram e dão o seu contributo para fazer avançar as sociedades.

Estou aqui porque acredito na cultura como forma de expressão e de emancipação social.

Candidato-me hoje porque acredito que o socialismo democrático, o modelo social Europeu, o estado providência e a cidadania activa constituem as traves mestras do Partido Socialista.

Candidato-me porque acredito no trabalho digno e no valor da cidadania.

Candidato-me porque acredito que o bem de todos não pode ficar sujeito ao bem de alguns.

Candidato-me porque acredito na solidariedade entre gerações e num sistema de segurança social em que ninguém fique na indignidade.

Num país capaz de criar um sistema nacional de saúde onde ninguém fica de fora pela sua condição sócio-económica.

Candidato-me pela dignidade das mulheres neste país, pela verdadeira igualdade de género e pelo potencial desaproveitado ao longo de gerações.

Porque acredito que é possível ter melhor qualidade de vida, com mais conciliação entre a vida pessoal, laboral e familiar.

Candidato-me porque acredito que os portugueses têm o direito de ser felizes e o exercício da política tem como objectivo proporcionar condições para a sua felicidade.

O Partido Socialista inscreve na sua génese os valores do humanismo onde o centro do exercício da política reside nas pessoas, nas suas aspirações e nos seus sonhos.

É por isso que aqui estou a dizer presente!

Portugal e o Partido Socialista confrontam-se com desafios que exigem determinação, uma forte vontade de mudar e um objectivo inquestionável:

dar esperança e melhorar a vida dos portugueses.

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Vontade de mudar políticas e métodos.

Mudar a relação entre os partidos e a sociedade civil.

Mudar com responsabilidade, transparência, diálogo e envolvência.

No respeito pelas diferenças e na valorização do que nos une.

Abrir um novo ciclo. Dar esperança a Portugal e aos portugueses.

É este o meu objectivo. É este o desígnio da minha candidatura.

Para isso, é igualmente determinante abrir um novo ciclo no Partido Socialista. Aos militantes, aos simpatizantes, a todos os que se identifiquem com os nossos valores e preocupações sociais.

Iniciar uma fase de responsabilidade onde se assumem os compromissos e se lançam novos desafios.

Em primeiro lugar, colocar a ética e a transparência como matrizes do nosso comportamento.

A liberdade de pensar sem constrangimentos.

A liberdade de decidir apenas e só em função do bem comum.

A liberdade de assumir um projecto envolvente, de todos e para todos. Sem exclusão ou preconceito.

Neste sentido, e é este o segundo compromisso, é meu desejo que o PS seja vivido, sentido e participado pelos militantes e simpatizantes. Para mim, as militâncias e a participação política não se esgotam nesta ou naquela eleição mas constitui um dever quotidiano de militância ser capaz de

transformar a vida das pessoas, incorporar os seus anseios e ajudar a construir uma melhor sociedade.

Quero um PS solidário e que respeite a diferença de opinião.

Quero abrir janelas para que entre ar fresco. Não só a brisa da juventude mas também o saber e a opinião dos que têm um percurso maior, com mais experiencia.

O pressuposto é que todos, mas todos, têm um espaço de partilha, discussão e de reflexão.

Todos em pé de igualdade.

Todos são válidos.

É preciso saber ouvir para, depois, decidir.

É também minha intenção fazer com que esta não seja uma casa fechada,

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A liberdade de ouvir, participar e decidir tem de ser um espaço mais amplo.

É urgente, é vital, abrir o PS à sociedade.

Em múltiplos sentidos.

Reforçar o PS como uma plataforma credível, dinâmica e aberta.

Aberta a novos valores.

Aberta a novas gerações.

Aberta aos que têm um pensamento diferente.

Aberta aos que querem afirmar a sua cidadania.

Aberta às ideias.

Aberta aos sonhos.

São conhecidas as minhas posições sobre o sistema partidário. Desilusão.

Desencanto. As palavras estão gastas. Perderam significado. Precisamos de novas atitudes e de novos métodos de trabalho. PS atractivo à inteligência e ao melhor que existe na sociedade.

É meu propósito lançar um amplo debate no interior da família socialista para modernizarmos o nosso PS, melhorar e aprofundar os espaços de participação dos militantes, mais debate político e mais opinião. Cada militante tem a sua opinião e cada opinião deve ter a oportunidade de ser escutada e debatida.

Lançarei esse debate já no próximo Congresso e quero concluí-lo no primeiro semestre do próximo ano.

Mais e melhor participação, mais debate político e mais abertura é o sentido desta minha proposta. Um partido que vá ao encontro das pessoas, que as saiba ouvir, é a minha exigência. Sempre acreditei na política feita com as pessoas e para as pessoas e é isso que vou concretizar com o apoio e o envolvimento de todos os socialistas. Um PS à altura do novo ciclo e do século XXI.

Este é o projecto que me move.

Este é o PS que desejo. Um PS que honra os seus fundadores que eu aqui cumprimento num abraço sentido e especial.

Este é o PS que considero capaz de se adaptar às novas exigências e com capacidade para ser, de novo, um PS de futuro, um PS vencedor.

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É este o novo ciclo que quero abrir.

Um ciclo de esperança.

Um ciclo de mudança.

Um ciclo de credibilidade e responsabilidade.

Avanço com esta candidatura num momento particularmente difícil para o País e para o PS.

No entanto, o que me move é o futuro.

Em relação ao passado, só tenho uma palavra a dizer a todos os que ocuparam cargos de responsabilidade no Partido Socialista: obrigado por tudo o que fizeram.

Quando ganhamos, ganhamos todos. Quando perdemos, perdemos todos.

Somos todos responsáveis.

O Partido Socialista tem uma história de que nos orgulhamos.

A dignidade do Secretário-geral na noite das eleições colocou um ponto final no passado. Vamos agora iniciar um novo ciclo.

Conto com todos. Este não é um movimento por mim. Este é um movimento pelos valores do socialismo democrático.

O Partido Socialista tem uma grandeza que resulta da acção de todos os militantes. Do Norte ao Sul do País, dos Açores à Madeira. Lutam diariamente pelos nossos ideais. Quero, aliás, lembrar as dificuldades de participação democrática com que os nossos camaradas da Região Autónoma da Madeira se confrontam dia-a-dia.

Estão sempre presentes na minha memória como exemplo de coragem e de amor à causa pública. E daqui lhes quero garantir o meu apoio e empenho no desafio eleitoral que vão disputar no próximo Outono.

As eleições regionais da Madeira não são só um assunto dos socialistas madeirenses. Estaremos convosco. Como estaremos com os socialistas dos Açores no aprofundamento da qualidade da autonomia, no respeito pelo Estado unitário que é Portugal.

Uma palavra também para os autarcas socialistas ou eleitos em listas do PS.

Presidentes de Câmara, vereadores, Presidentes de Juntas de Freguesia.

São uma das faces mais visíveis do papel do PS na sociedade portuguesa.

Com o seu esforço, a sua dedicação, a sua força, têm sabido honrar o nome do Partido Socialista.

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As próximas eleições autárquicas de 2013 serão uma das minhas principais preocupações.

Quero que o PS volte a ser o principal partido nas autarquias portuguesas.

Sei que há uma força interior no Partido que deverá ser potenciada.

Sei que há um trabalho que está a ser feito. Com credibilidade, com transparência, com mérito e em prol das comunidades locais.

Estivemos no processo de implantação do poder autárquico. É uma das nossas conquistas e temos a honra de contar com alguns dos melhores autarcas.

São exemplo de dedicação, credibilidade e proximidade com as populações.

São exemplo de um modelo que devemos aprofundar e alargar a outras frentes.

É o caso do Grupo Parlamentar do PS.

Como sabem, liderei o processo de reforma da Assembleia da República.

No quadro dos princípios que estiveram na base desse processo, reafirmo a autonomia do Grupo Parlamentar.

Mais, retomo propostas que fiz no passado recente e que visam libertar os deputados da disciplina partidária em questões que não têm a ver com a matriz do PS, com a governabilidade e com os compromissos eleitorais.

Foi assim que me pautei no passado.

Sou coerente.

Ao assumir o cargo de líder do PS, não defendo correias de transmissão e constrangimentos à liberdade de quem representa os cidadãos que o elegeram.

Também aqui pretendo iniciar um novo ciclo.

Mantenho e até vou reforçar esses princípios – é preciso enobrecer o trabalho do Parlamento e dos deputados.

Com o mesmo objectivo defendo uma alteração do sistema eleitoral.

Sei que, no momento difícil em que vivemos, não é uma prioridade. Mas é inadiável. Consta do nosso programa eleitoral e vamos cumpri-lo. Quero uma maior relação entre o Deputado e os eleitores. Melhorar a qualidade da representação.

O PSD, se for coerente com o que prometeu, não pode inviabilizar.

Quero e desejo um Partido Socialista livre.

Quero e desejo um Partido Socialista com credibilidade.

Quero e desejo um Partido Socialista com identidade. Com base nos seus

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valores.

Ética, liberdade, responsabilidade e também solidariedade, justiça social.

São valores que não se trocam por pacotes de ajuda.

São valores que não dependem de conjunturas.

São valores que são a nossa alma e esta não tem preço.

É com este pressuposto que o PS vai assumir os compromissos assinados com as entidades internacionais.

A nossa assinatura é para manter.

Fui dos primeiros a defender um compromisso. Mantenho o que disse e com a mesma liberdade afirmo que, na forma como essas medidas serão implementadas, não abdicaremos de defender os nossos valores. A defesa dos mais desfavorecidos, a igualdade de oportunidades e acesso universal à Educação, Saúde e Justiça. Honrar os compromissos de acordo com os nossos valores inscritos na nossa Declaração de Princípios.

Uma outra prioridade para a qual manifesto o meu total empenho é a aposta no crescimento económico para defesa do emprego.

Para todas as medidas que vão neste sentido, podem contar com o nosso empenho.

O nosso problema de sempre. Crescimento económico. Industrialização.

Defendo uma relação sadia com o Governo. Não aposto no bota-abaixo e no discurso negativista.

Também aqui a minha aposta é a de um novo ciclo. Oxalá os restantes partidos o saibam entender e se abram, sem tabus, a novos diálogos e compromissos.

Vamos constituir-nos como alternativa e, desde já, contribuir com propostas.

Urge ultrapassar as dificuldades. Queremos fazer parte da solução e não ser um problema.

Mas quero clarificar: somos o principal partido da oposição.

Alternativa. E não ficar à espera que o Governo apodreça. Alternativa e não rotativismo. A minha ambição é elaborar uma proposta política que, nestes quatro anos, conquiste a confiança e o entusiasmo dos portugueses. O poder sempre foi, para mim, um meio para transformar a sociedade e não um fim em si mesmo. Terei oportunidades para o demonstrar através dos actos.

Dessa alternativa faz parte integrante o nosso pensamento sobre a Europa. E

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actualmente não há projecto europeu. A solidariedade dos pais fundadores…

A Europa monetária e a governação política e económica. Não há união monetária sem união política e governação económica.

Mas não é só a Europa. Também a família socialista, trabalhista e social- democrata está desorientada. São necessárias referências e oferecer à Europa uma política alternativa à desastrosa governação conservadora. Só dois países são governados por socialistas!

Quero que o PS esteja na primeira linha desse combate e escreverei uma carta aos líderes dos partidos amigos dos países europeus para mobilizar na elaboração dessa proposta alternativa a este estado de coisas.

Eu estou aqui porque escolhi a esperança em vez do desânimo.

Escolhi a combatividade por um Portugal mais justo, pensando nos milhares de jovens que procuram soluções para o seu futuro.

Eu estou aqui porque ao longo dos anos vi e senti a energia contagiante de mulheres e homens socialistas que nunca pediram nada a ninguém, mas que são os primeiros a defender o PS.

Quero um País que se assuma. Quero um País onde não haja qualquer destino que não possa cumprir, que não possa ser superado.

Quero um Partido moderno, participativo, que debata com profundidade e que não fuja às dificuldades.

Os militantes socialistas têm muito trabalho pela frente. Eu sou um militante como muitos milhares em todo o País.

Disponibilizo-me nesta fase da minha vida para servir o Partido Socialista da forma que melhor sei, contando com o empenho de todos.

É este o meu propósito. São estes os meus valores.

Uma palavra final para Francisco Assis. Merece todo o meu respeito e sei que hoje somos adversários internos. Amanhã seremos companheiros na luta pela defesa dos nossos valores e de um PS mais forte.

É assim que percepciono a vida política. Com nobreza, com gratidão, com humildade e também com determinação no que acreditamos.

Por isso, vos convido, a todas e a todos, para esta caminhada, para que sejamos vencedores do nosso tempo.

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Dirijo-me a todas e a todos os socialistas sem excepção, jovens socialistas, mulheres socialistas, sindicalistas, autarcas, militantes e simpatizantes, de Portugal e espalhados pelas comunidades portuguesas: não me importa o que fizeram ontem, quero apenas beneficiar da vossa generosidade e disponibilidade para ajudarmos Portugal e o PS neste novo ciclo.

Quero partir ao vosso lado. Juntos. Nesta caminhada. O caminho é difícil. Mas só chegaremos longe se formos juntos.

Este é o tempo. O tempo do novo ciclo.

Sei bem a esperança que esta disponibilidade despertou em cada um de vós.

É com esperança e confiança que hoje daqui partimos. Desta sala cheia de história, mas cientes de que em cada canto deste país há milhares de pessoas que acreditam em nós.

Referências

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