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LUCIANA C. MEDEIROS INFLUENCIA DA CONSCIÊNCIA CORPORAL NAS AULAS DE GINASTICA LOCALIZADA

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Academic year: 2022

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LUCIANA C. MEDEIROS

INFLUENCIA DA CONSCIÊNCIA CORPORAL NAS AULAS DE GINASTICA LOCALIZADA

Monografia apresentada como pré- requisito para conclusão do curso de Licenciatura em Educação Fisica do Departamento de Educação Fisica, Setor de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Paraná.

SIMONE RECHIA

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incentivaram a

continuar o caminho.

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Agradeço aos meus pais que me ensinaram o valor da vida e das pessoas, a toda minha familia, às amigas Larissa, Mirela, Patricia, Melanie, ao amigo Ovande, a minha orientadora Simone e aos bons professores do Curso de Licenciatura em Educação Fisica.

"Cada pessoa que passa em nossa vida leva um pouco de nós.

Umas levam muito e deixam pouco; outras levam pouco e deixam muito.

E. . . outras não passam,, ficam. . . "

III

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RESUMO...v

1 INTRODUÇÃO ... „ „ ... 1

1.1 PROBLEMA. ____________ 2 1.2 JUSTIFICATIVA...2

1.3 OBJETIVOS...3

2 REVISÃO DE LITERATURA 4

2.1 CONSCIÊNCIA CORPORAL... 4

2.2 CONSCIÊNCIA CORPORAL E EDUCAÇÃO FÍSICA.. ... 14

2.3 A CONSCIÊNCIA CORPORAL E O MOVIMENTO HUMANO...20

2.4 GINÁSTICA LOCALIZADA... 28

2.5 A GINÁSTICA LOCALIZADA EA CONSCIÊNCIA.COREORAL-... 36

3 METODOLOGIA...44

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 47

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RESUMO

Os limites da vida cotidiana geram bloqueios à observação dos mais simples trabalhos musculares tornando as partes do corpo e o seu todo mecânico e inconsciente. A Consciência Corporal é uma das dimensões do sujeito que pode ser trabalhada visando a totalidade e a unicidade em busca do aumento da qualidade de vida para as funções do dia-a-dia e também do lazer, despertando o ser para suas grandes possibilidades motoras através do conhecimento objetivo do próprio corpo. As atividades da Ginástica Localizada podem ser facilitadoras dessa grande abordagem, através da ação direta e constante sobre os alunos, aumentando a motivação e o vinculo do aluno com a atividade fisica.

V

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muitos caminhos a serem pesquisados e trilhados em busca de uma área de conhecimento que possa ser entendida realmente como educação, atuando sobre o individuo em seus aspectos físicos, sociais, afetivos, cognitivos e intuitivos.

A pesquisa feita sobre consciência corporal tem como objetivo trazer à tona, esclarecer e confirmar, situações e modos de perceber e trabalhar com esse ser complexo denominado homem, tratando-o como ser indivisivel e ainda leigo no que diz respeito ao próprio corpo e suas necessidades e capacidades.

Este trabalho é capaz de despertar em seu leitor no minimo indagações sobre seus movimentos diários e, para os profissionais da área, uma reflexão sobre os objetivos (ou sobre quais deveriam ser) de se educar o corpo, e sobre o futuro dos individuos com os quais temos contato todos os dias, podendo ampliar sua atuação e a visão de si mesmo.

A ginástica localizada surge como excelente e eficaz para o alcance dos objetivos após um trabalho consciente do professor aumentando a motivação e o prazer dos grupos na prática dessa atividade e levando suas vivências para sempre

gravadas para sempre no corpo e na mente.

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1.1 PROBLEMA

As pessoas dificilmente conseguem se ver como um ser total, fragmentando-se e esquecendo-se de conhecer e olhar seu próprio corpo. 0 corpo é uma área defendida, cheio de conflitos: pode, não pode; toca, não toca; mostra, não mostra.

A todo momento sofremos conflitos morais em relação ao que designamos como meu corpo.

Assim como o homem, as aulas de ginástica localizada tendem a incorporar uma concepção de corpo de acordo com a sociedade na qual está inserida e com o momento histórico que a mesma atravessa. "0 corpo é nosso instrumento para a realização de nosso objetivo dentro do mundo. Esse instrumento pode ser grosseiro e pesado ou harmonioso e receptivo - cabe a nós escolher". (GELS, 1987, p. 42).

A Ginástica Localizada é uma prática de cultura corporal nas academias. É possivel utilizar a Ginástica Localizada como meio de construção da consciência corporal?

1.2 JUSTIFICATIVA

Esse trabalho busca aprofundar o conhecimento nas áreas de consciência corporal e da ginástica localizada, destacando a relevância do aluno conhecer e gostar de trabalhar com seu corpo e a influência que esse movimento consciente trás para o próprio aluno e para a dinâmica das aulas. Cabe ao profissional de educação fisica operacionalizar os valores e

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resgatar um trabalho responsável sobre o corpo, sobre a consciência corporal e seus valores dentro e fora das aulas de ginástica localizada. 0 corpo em movimento é a expressão da consciência corporal e ao trabalhá-lo é preciso buscar o desenvolvimento de uma consciência critica, passando a observar, sentir e compreender o corpo em sua relação com o mundo, de modo concreto e não subjetivo.

1.3 OBJETIVOS

♦ Analisar se é importante para o aluno ter consciência corporal na prática da ginástica localizada para absorver a totalidade dos movimentos tornando-os mais eficazes;

♦ Verificar a eficácia do alcance aos objetivos para o aluno gue constrói, progressiva e conscientemente, a sua consciência corporal através de métodos alternativos aplicados aos exercicios das aulas de Ginástica Localizada;

♦ Analisar se a ação docente é um dos fatores que influenciam os alunos a perceberem de forma mais concreta a realização dos movimentos ginásticos.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 CONSCIÊNCIA CORPORAL

O corpo possui uma dimensão subjetiva. É através da subjetividade do ser e de sua dimensão histórica que ele manifesta sua iniciativa, emoções, segurança e revela o significado de suas vivências corporais, bem como suas dificuldades e necessidades através de simbologias próprias plenamente envolvidas por aspectos afetivos e emocionais, externado pela comunicação não-verbal. Fica dificil perceber o pensamento na prática corporal ou o corpo no pensamento.

Embora, felizmente, estar oculto não implica em dizer inexistente. A visão de que processos mentais pertencem a uma esfera psicológica, enquanto os processos fisicos a esfera orgânica, nega a unidade do individuo. Segundo BRITO,

"consciência corporal é mais que um processo mental. Ela é, com base nessa premissa, a percepção mental da atividade corporal. Ser consciente é perceber as sensações produzidas pelo corpo" (BRITO, 1996, p.41).

0 homem sempre admitiu a idéia de que pode atuar sobre o seu corpo e que ele faz exatamente o que se pretende. Essa idéia se torna falsa a medida que o corpo expressa gestos e posições que quase sempre não se percebe. Mesmo lutando, o homem sente dificuldade de se libertar das pré-concepções

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impostas pela cultura e daquilo que acredita ser o senso comum. Essa analogia é importante porque, enquanto seres humanos, é possivel agir de duas maneiras: voluntária e involuntariamente. "Os atos involuntários constituem uma manifestação direta da vivacidade do corpo, enquanto os movimentos voluntários têm uma qualidade mecânica" (LOWEN apud. BRITO, 1996,p.41). Ainda em seu ponto de vista, quanto maior a interferência da vontade num movimento, mais espontâneo e gracioso ele será.

Para NANNI,

"Consciência Corporal é a capacidade que o individuo possui para reconhecer e controlar o corpo como u m todo e seus componentes pelas partes segmentares e a partir dai alcançar habilidades motoras e possibilidades de explorar o interrelacionamento com o outro, objetos e o meio ambiente em geral pelos conhecimentos práticos da mecânica corporal" (NANNI, 1997, p . 69

Ainda segundo NANNI, "é a concretização que o individuo tem de seu próprio corpo, de como e em que ritmo ele se movimenta, de sua posição no espaço e em seu meio-ambiente. Enfim, seria a percepção de: como se move?; quando se move?; porque se move?;

onde se move? (NANNI, 1997, p.86).

Consciência é uma palavra que tem muitas acepções. Pode se defini-la como estar desperto, estar alerta ao que acontece ao nosso redor, e também como a capacidade de perceber a realidade de uma forma estruturada e interagir de acordo com os estimulos recebidos e selecionados pelo sistema nervoso.

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Estar consciente é estar atento, aberto para si mesmo, trazendo a dimensão subjetiva do corpo para o mundo através da percepção de si mesmo perante os estímulos, observando-se objetivamente. As ações podem ter a vivacidade da involuntariedade, mas sem fugir a percepção, que pode parecer automática, mas na verdade é um fenômeno aprendido. "0 ser humano não é apenas reflexos, nem uma justaposição deles.

Somos uma totalidade, constituímos uma organização neuro- psicológica social muito complexa."( VISHNIVETZ,1995,p.66).

A pessoa não consciente tem áreas em seu corpo nas quais faltam sensações e, portanto, não estão em sua consciência. Em circunstâncias comuns, as pessoas não prestam atenção em suas sensações corporais, a não ser em situações de dor extrema ou de intenso prazer. Por exemplo, os indivíduos, em sua maioria, não percebem as expressões de seu rosto, não sabem se sua aparência está triste ou zangada. Alguns, têm expressões faciais de dor tão evidente que quem observa se surpreende ao perceber que a pessoa não está consciente disso. Outras partes do corpo a que as pessoas costumam não estar atentas, são as pernas, as nádegas, as costas e os ombros. Apesar de saberem da existência dessas áreas, muitos não as sentem como partes vivas do corpo, não podendo dizer se estão contraídas, relaxadas, para frente ou para trás. Para MEDINA (1990,p.60),"

a consciência do homem pode ser entendida como o estado pelo qual o corpo percebe a própria existência e tudo o mais que

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existe." Merleau Ponty (apud MEDINA, 1990,p.23) diz que "a consciência é a percepção e a percepção é a consciência".

Sendo assim, pode se dizer que a consciência está gravada no corpo e isso pode representar nossa liberdade ou prisão.

Saúde, bem-estar, segurança, essas responsabilidades são confiadas aos médicos, psiquiatras, cônjuges, filhos. A responsabilidade da vida, do corpo, é deixada a cargo dos outros e quando se renuncia a autonomia passa-se a pertencer àqueles que recuperam o corpo. "Qualquer distúrbio da capacidade de sentir plenamente o próprio corpo corrói a confiança de si, como também a unidade do sentimento corporal e cria, ao mesmo tempo, a necessidade de compensação."

Reich,(apud Berthéràt,1987,p .101)

O mundo onde se vive, inclusive a experiência do próprio corpo, são ditados pelo modo como se aprendeu a percebê-lo.

Mudando a percepção, mudar-se-á a experiência do corpo e do mundo.

O corpo é formado por cerca de sessenta trilhões de células, equipado com relógios de extrema precisão que registram e respondem aos cinco sentidos básicos e a cada mudança fisica e ambiental, como gravidade, temperatura, pressão, luz e outros. Possui ainda órgãos que permitem a percepção das sensações proprioceptivas que registram e podem responder a todo estimulo sensorial, além das sensações cinestésicas que proporcionam a percepção interior ou

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orgânica, sentindo-se a existência do corpo. Segundo NANNI (1997),existe também a discriminação cinestésica externa, que é o conceito sobre o corpo total, superfícies corporais, membros inferiores e superiores, postura corporal, divisões direita/esquerda e os julgamentos perceptivos do próprio corpo em relação ao espaço, ou seja, relação do próprio corpo e deste com o meio ambiente. FREIRE, "As pessoas conhecem o que experimentam e não que escutam. Como todo processo de conhecimento é epidérmico, é sensitivo, até o conhecimento mais intelectual tem que passar por aí".(Apud CLARO, 1988, p.

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Se não se sente a relação com o corpo, não será porque dificilmente a relação entre as partes do corpo é percebida?

Quanto a relação cabeça e corpo a ruptura é quase sempre total. Poucas pessoas chegam à consciência de que a cabeça está ligada à coluna vertebral, assim como os braços e as pernas. Cabeça e corpo formam o todo, fiel e íntegro. " A tomada da consciência do corpo como totalidade onde cada elemento depende do outro, é necessário do equilíbrio e a saúde do ser". ( BERTHERAT, 1987, p.145).

No entanto pode-se, não admitir o que diz o corpo, reduzido-o ao silêncio, sem perceber-lhe as mensagens. Para buscar a consciência corporal, é preciso perceber o tempo, como quando se vai tomar o pulso. Não se trata de ir devagar mais sim de observar sua velocidade, o ritmo que vem do

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interior do corpo. Além de coragem para iniciar esse trabalho, ela se torna imprenscindível também para não abandoná-lo no meio do caminho ou quando se percebe que o próprio ser é seu objetivo e, ao mesmo tempo, o maior obstáculo. "Mas a consciência do corpo não se dá. Não há movimento nem método que a conceba. A consciência do corpo, conquista-se. É de quem resolve procurá-la". (Berthéràt, 1987,p.203).

As atividades corporais são produtos de origem cultural.

Vive-se dentro de uma tradição cultural na qual nosso corpo sofre uma série de repressões por preconceitos e normas sociais. Imprime-se as marcas nos corpos, porque o corpo representa a memória de espaço e tempo. A repressão enfraquecem as emoções. Todos negam de alguma forma o corpo, por tanto negando as experiências. "Estamos criando a nossa imagem corporal imitando os outros e não desenvolvendo a própria experiência". (BRUHNS, 1985, p.69).

Cuidar do corpo na cultura mundial significa tratar da saúde e do prazer. Viver o prazer só é possivel em um corpo flexivel, equilibrado, com movimento fluído e que permita manter a sensibilidade. Situações de auto-conhecimento levam a pessoa a ficar mais atenta ao que faz e como faz, aprendendo a se cuidar, isso significa manter sua saúde. Gradualmente, pode se tornar independente quanto aos cuidados pessoais, visto que confia na percepção de si mesma para saber o que está lhe acontecendo em certos momentos.

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"Nosso corpo somos nós. É nossa única realidade perceptível. Não se opõe à nossa inteligência, sentimentos, alma. Ele os incluí e dá-lhes abrigo. Por isso, tomar consciência do próprio corpo é Ter acesso ao ser inteiro..., pois o corpo e espírito, psiquico e físico, e até força e fraqueza representam não a dualidade do ser, mais sua unidade". (Berthéràt, 1987, p . 14).

As experiências corporais são as primeiras experiências que servirão para a vida inteira, porque esse é o contato real com a vida. É através do corpo que chegam as informações de tudo o que acontece dentro e fora da pessoa. Essas informações corporais servem como base para o desenvolvimento fisico, psíquico e cognitivo do indivíduo. NANNI(1997), faz a distinção de quatro estágios que ajudam no alcance da consciência corporal; o primeiro estágio tem como objetivo a percepção das partes do corpo através do trabalho da postura.

A postura do indivíduo é elaborada pelos padrões de sua imagem corporal influenciada também pela sua relação com o mundo exterior. O segundo estágio tem como objetivo a percepção dos grupos musculares, articulações e ligamentos e para tal a autora sugere a técnica de observação das tensões e flexibilidade muscular e articular a partir de movimentos básicos. O terceiro estágio tem como objetivo a percepção dos fluxos energéticos emanados principalmente do esterno e plexo solar, e esse estágio se justifica por ser através da energia vital produzida pela atividade biológica que o ser humano se relaciona consigo mesmo, com os outros, com o mundo. No quarto e último estágio a atenção deve-se voltar para a consciência

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da dinâmica do movimento, para concentração de energia que produz esse movimento com suas qualidades, nuances e

graduações (forte, fraco, intenso).

Segundo VTSHNIVETZ (1995), o desenvolvimento da consciência corporal passa por dois estágios distintos, sendo que o primeiro estágio prepara o corpo para toda atividade posterior, aumentando e aguçando a capacidade de atenção para o próprio corpo através da tomada de consciência de toda superficie da pele. 0 estágio posterior desenvolve a consciência do espaço interno do corpo, articulações, ossos e órgãos internos.

A autora sugere que essas experiências podem começar pela sensibilização da pele. A pessoa ao dirigir sua atenção para cada parte do corpo e integrar s relações entre umas e outras completa a percepção de todo corpo. A longo prazo, esse trabalho estimula os receptores e com o tempo a pessoa adquire maior desenvoltura ao mover-se no espaço. A expansão da consciência dos osso melhora a postura e a percepção de alinhamento de uma maneira real e concreta, tanto em posição estática quanto em movimento.

VISHNIVETZ (1995) completa que a experiência desses processos trás modificações para o dia-a-dia do individuo e a melhora da coordenação e do equilíbrio. Facilita também a atividade do transporte, pois há economia das forças utilizadas para carregar, segurar, empurrar, puxar e levantar

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pesos após a análise prévia do movimento considerando os ossos como alavancas mecânicas.

"Criamos o nosso corpo assim como criamos a experiência do nosso mundo". ( BRITO, 1996,p.129). Desde tenra idade se aprende a não usar o corpo de maneira natural, própria a cada estrutura. Não se pode esquecer que o desenvolvimento do organismo depende da riqueza da estimulação externa, mas a imagem corporal é criada a partir da imitação do outro, limitando o desenvolvimento da própria experiência. A imagem corporal sofre transformações de acordo com amadurecimento do individuo e a aquisição da consciência de seu próprio corpo.

Ela incide inicialmente sobre os sentimentos existentes em relação à estrutura corporal e sobre os comportamentos motores. A imagem corporal e o desenvolvimento da consciência dos mecanismos e bases fisiológicas do próprio corpo é o conjunto de conhecimentos considerados como intuição, "...uma intuição de conjunto ou um conhecimento imediato que temos de nosso corpo em posição estática ou em movimento, na relação de suas diferentes partes entre si e sobretudo nas relações com o espaço e os objetos que nos circundam". (LE BOULCH, apud.

NANNI, 1997,p.53).

Na concepção fenomenológica a imagem corporal está dentro da percepção do individuo e da consciência corporal.

"A teoria do esquema corporal é já implicitamente uma teoria de percepção. Temos reaprendido a sentir nosso corpo,

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temos encontrado de novo, por debaixo do saber objetivo e distante do corpo, outro saber que temos, porque sempre está conosco e porque somos corpo". (Merleau-Ponty, apud NANNI, 1997, p. 109).

Identificado como corpo físico, esse corpo é tratado atendendo às suas necessidades básicas, procurando preservar sua plástica, estética e bem-estar. Visando a integração social, cultua-se apaixonadamente os corpos, fixando imagens pré-concebidas e algumas vezes atentando para a saúde física e mental. Embora as necessidades básicas sejam satisfeitas, existe grande distância do conhecimento do que seja viver e como cuidar da saúde a partir do corpo. Segundo VISHNIVETZ,

"Auto-conhecimento significa aprender a perceber e a me perceber, a identificar uma dor, a tomar consciência de minhas necessidades, horários de descanso, hábitos posturais, reações diante de situações de estresse, etc.". (VISHNIVETZ, 1995, p.11)

Atualmente, a maior preocupação é satisfazer a condição de se estar bem consigo desde que também com as representações exigidas pela sociedade. A propaganda de massa estimula o cuidado com o corpo através de métodos que impõe modelos ideais de perfeição e execução. Quando se fala em conscientização, essas orientações são uma grande agressão para o indivíduo ir ao encontro de si mesmo. Para desenvolver a consciência corporal a pessoa passa por um processo de

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ampliação da percepção para aumentar a confiança do que percebe em seu próprio corpo e dos processos psicológicos muitas vezes ligados ao processo corporal, reconhecendo-se no

que está acontecendo.

"... mas libertar os corpos obedientes, produtivos, úteis, alienados, adequados a u m modelo imposto, requer um trabalho não apenas a nível superficial, mas que atinja também outro níveis de consciência mais profundo. Somente as atividades que se dediquem a pensar e viver o corpo e que se p roponham a modificar as regras que inibem a consciência corporal, dificultarão a manipulação desse corpo no qual o homem vive". {BRUHNS, 1985, p . 107).

2.2 CONSCIÊNCIA CORPORAL E EDUCAÇÃO FÍSICA

O dualismo ainda se manifesta no processo educacional atual dividindo-o em educação fisica e mental, como se fossem coisas que nada têm em comum. O ser que pensa é o mesmo que sente, se um dos dois faltar é o mesmo que faltar tudo. É preciso preparar o aluno para a vida e não apenas para o acúmulo de informações. É preciso trabalhar o aluno como pessoa, pessoa inteira, com suas emoções, percepções,

sentidos, expressão, critica, criatividade. "O que ousamos chamar de educação se dirige apenas para o que está acima do pescoço; do que está dai para baixo fica para os médicos -

sempre que doer". (CLARO, 1988, p.69).

As metas da educação convergem para que fique anulada qualquer iniciativa consciente do individuo para refletir sobre seu lugar na sociedade, levando a um circulo vicioso onde não tendo oportunidade de olhar para si mesmo, não

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chegará ao raciocínio do todo. Desde as primeiras séries o corpo é fator condicionante da educação. 0 corpo da criança é moldado pelas condições sociais do espaço, castrando seus movimentos para ajustá-la aos limites da escola, de casa, enfim, do seu meio. Assim, a organização e ação dos adultos e educadores tende a limitar a criança em um espaço insuficiente às suas necessidades de movimento.

As questões referentes entre a consciência e o corpo tem como finalidade atingir a Educação Fisica além da força muscular, dos esportes de competição e dos limitados aspectos de saúde trabalhados na escola, alcançando assim a aprendizagem na administração do próprio corpo. Considerando outros aspectos humanos como consciência e energia o conceito de corpo representado na atividade corporal adquire maior dimensão do que um simples treinamento fisico destinado, teoricamente, a aperfeiçoar, manter ou restabelecer o bom funcionamento do organismo. 0 objetivo passa a ser a individualização, a descoberta e novas realizações.

Segundo FREIRE,

"Se poderia dizer que cérebro não é braço, mas que, n e m por isso, são melhores ou piores u m em relação ao outro. Olhos, nariz e pernas não são superiores ou inferiores, são apenas diferentes.

Sabemos apreciar razoavelmente as diferenças, sabemos distinguir umas coisas das outras, mas não sabemos ao certo o que é que integra tudo isso, pois não convivemos b e m com a idéia de corpo como totalidade sistêmica", (FREIRE,1991, p . 47)

e ainda, "Sentir-se corpo muda tudo. Faz com que as pessoas tomem novas atitudes diante da vida". (FREIRE, 1991, p. 67).

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Consciência corporal como estrutura percepto-motora tem por base componentes como atenção visual, dimensão espacial, lateralidade e identificação das partes do corpo, envolvendo também componentes externos como direcionalidade, orientação espacial, sentido do movimento total/parcial cinestésico, além de outras contribuições facilmente alcançadas pela Educação Fisica critica, consciente e estruturada. A consci6encia das partes do corpo, de como movimentar seus segmentos corporais unilateral, bilateral ou alternadamente a variedade de vivências corporais e experiências de sentir e perceber o corpo contribuem para ampliar e alcançar os objetivos da Educação Fisica.

"0 que se viu e o que se vê são programas e conteúdos frios, desinteressados, estáticos, que tratam o mundo e o h o m e m que está ai como se este mundo não tivesse nenhuma relação conosco e como se o homem não fossemos nós m e s m o s . A ênfase tem recaido sempre - e cada vez mais - nas técnicas, nos chamados "pacotes" ou nas informações abstratas que servem, quando muito, para instruir, mas nunca para educar de v e r d a d e " . (MEDINA,1990,p .21/22).

A Educação Fisica deixará de ser apenas fisica para ser vista como educação quando se tornar consciente da humanidade de todos os homens e da unicidade de cada individuo em particular, rejeitando a concepção dualista do ser humano para quem seu papel seria sobretudo (ou somente) ao físico e abrir particularmente para a necessidade de se saber cultural e político, refletindo sobre o futuro cidadão que se educa e na construção e melhoria da sociedade. "A educação (toda

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educação) é simultaneamente um processo cultural individual e um fenômeno social". (Manuel SÉRGIO,1991,p.99).

Tais ponderações nos fazem repensar sobre a corporeidade do século XXI. Os profissionais da Educação Fisica têm duas alternativas: ou continuam manipulando o corpo como se esse fora simples coisa burra que se adestra, ou despertam para o fato de se trabalhar e sentir o corpo como a maneira de se estar no mundo como ser sensivel e inteligivel.

"Não basta ensinar ao homem uma especialidade. Porque se tornará assim uma máquina utilizável, mas não uma personalidade. É necessário que adquira u m sentimento, u m senso prático daquilo que vale a pena ser aprendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto. A não ser assim, ele se assemelhará, com seus conhecimentos profissionais, mais a u m cão ensinado do que a uma criatura harmoniosamente d e s e n v o l v i d a " . (Albert Einstein, apud.BRITO,1996,p . 136).

A ênfase não deveria ser dada à técnica, mas ao homem na sua totalidade e no seu desenvolvimento equilibrado.

Supervalorizar a técnica é um dos produtos da concepção reducionista e mecanicista que a cada dia se distancia das informações trazidas por outras áreas de conhecimento. Quando se vai olhar o corpo, trabalhar com o corpo, deve-se vê-lo com todas as faces visiveis e invisíveis, as experiências oferecidas devem ser refletidas e interpretadas.

A Educação Fisica estruturada conscientemente implica ao professor tomar contato com a realidade(tanto da situação pessoal, passado e futuró, como da que o cerca) de forma muito intensa e, ao mesmo tempo, com as limitações e possibilidades

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que essa realidade apresenta, pois em alguns casos a tomada da consciência de um problema contém sua solução imediata, outras vazes, encontrar a solução requer análise e ponderação. "As mudanças mais radicais não ocorrem espontaneamente, sem revoluções. Mas é preciso, antes de mais nada, se dispor a assumir um compromisso, consigo mesmo, com os outros, com o mundo e com a vida. 0 resto começará a acontecer a partir

daí".(MEDINA,1990,p.16).

Alguns problemas nascem na formação do professor de Educação Física, o esporte é dado com características de rendimento e, em raras exceções, como estratégia de educação global. Quando o profissional sai da Universidade e se vê diante de um aluno que não quer ou não goste de fazer esporte, não sabe o quê fazer, pois sua formação visou predominantemente o estudo do gesto e do ato motor enquanto técnica. O aprendizado de técnicas isoladas aliena o estudante da Educação Física e o transforma num simples instrutor e repetidos de exercícios. Vivenciar diferentes técnicas motoras e pedagógicas com espírito crítico e percebendo onde uma pode complementar a outra, cria a oportunidade para deixar emergir características pedagógicas próprias, favorecendo a configuração de um estilo, de conteúdos, e a sistematização desses, diminuindo a estereotipia criada dentro da nossa profissão.

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Quando os universitários e profissionais da Educação Fisica se espantam diante de novas possibilidades de se pensar e atuar com e sobre o corpo, distante dos padrões habituais de suas práticas, pode-se perceber uma suscetibilidade à reflexão e a possíveis transformações. 0 próprio esporte, que ainda hoje funciona como sustentáculo da Educação Física, está abrindo espaço para profissionais de outras áreas, restando aos professores, técnicos, pouco mais do que cumprirem ordens de médicos, nutricionistas, psicólogos e assim por diante.

Tais críticas são pertinentes e merecem avaliação de quem já percebeu que a Educação Fisica tem papel mais amplo e importante do que repetir exercícios indefinidamente ( mesmo que com alguns critérios ) . As atividades que caracterizam o movimento humano serão tanto mais ricas quanto mais aproximarem do homem a expressão significativa da própria vida. Essas modificações não são, contudo, uma tarefa fácil.

"A Educação Fisica é, hoje, como afinal as demais ciências, não uma questão irresolúvel, e nem uma questão resolvida, mas uma questão a resolver". (SÉRGIO,1991,p.49)

Lamentavelmente é comum, também na Educação Física, encontrarmos indivíduos que pregam coisas que não entendem, e outros que às vezes chegam a compreendê-las, mas por comodismo continuam pregando aquilo em que já não mais acreditam. Tais fatos fazem com que as ações se transformem em mentiras que em nada contribuirão para promover o homem a níveis superiores de

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vida. Entretanto, apenas discursos e idéias são insuficientes para destruir o antiquado e o absurdo para substitui-lo pelo moderno e coerente.

As atividades fisicas quer enquanto expressão de lazer, quer enquanto expressão de valorização humana ou como parte do curriculo escolar, têm sido motivo de atenção nos últimos tempos de psicólogos, médicos, educadores, etc. De repente é preciso cuidar do corpo, enquanto saúde, estética, bem-estar, enfim, objetivando sempre o aumento da qualidade de vida em cotidianos tão diversificados. Se esse fenômeno do corpo pode trazer saldos positivos para a formação de uma verdadeira 'cultura do corpo' mais permanente e consistente, dependerá de aproveitarmos o momento histórico que estamos vivendo de valorização do soma. Pode ter sido iniciado o instante do professor de Educação Fisica, após rever suas práticas pedagógicas, mostrar à sociedade e aos profissionais de outras áreas sua importância e seu grande campo de atuação aplicado ao movimento humano.

2.3 A CONSCIÊNCIA CORPORAL E O MOVIMENTO HUMANO

A atitude, a postura ou os movimentos exprimem o que sente o sujeito aqui e agora, na situação atual, tal como ele a vive. Expressamos e comunicamos nossos pensamento e afetos por nossa conduta, nossos movimentos. Estes contêm nossa história pessoal condensada no presente.

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"Adquirimos desde cedo u m repertório minimo de gestos, nos quais não pensamos mais. Durante o resto da vida, repetimos esses movimentos sem criticá-los, sem lembrar que são apenas uma amostra de nossas v i r t u a l i d a d e s . Todos nós usamos no máximo uma centena de variações dentre os 2.000 movimentos (no minimo) dos quais o ser humano é capaz. Mas nunca levariamos a sério que m nos dissesse que somos débeis motores".(Berthéràt,1987,p . 67).

0 mundo tecnológico condenou o homem quase à imobilidade.

A imobilidade é um grande obstáculo à percepção do corpo, pois o ser humano é dotado de músculos, articulações e outras tantas outras tantas estruturas criadas para locomoção e amplos movimentos. Carregamos partes do corpo que não se mexem há anos. Quanto mais 'zonas mortas' no corpo , menos vivos nos sentiremos. Só através da atividade que nossas percepções sensoriais podem se desenvolver, mas não da atividade mecânica que é capaz de nos embrutecer, o movimento só serve como revelação do indivíduo quando se toma consciência do modo pelo qual ele se realiza e onde age. "A atividade corporal significa principalmente a existência de movimento no corpo, porque qualquer tipo de paralisação é mortal para o homem". (BRUHNS, 1985,p.73) .

Nossos músculos são encarregados do movimento; desde o menor movimento o dedinho do pé às sinergias mais complexas.

Mas se também não é possível mexer alguma parte do corpo, é porque o músculo não deixa. De fato nossos músculos não servem apenas par realizar movimento; eles podem travar o movimento, o que infelizmente acontece com frequência. Em vez de estarem elásticos, tornam-se duros como freios de metal. Seja como

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for, não é necessariamente uma paralisia permanente. Um músculo rigido não chega a ser tão grave quanto um nervo paralisado, e talvez por isso torna-se muito mais corriqueiro e tão banal que as pessoas muitas vezes já não dão atenção.

Incapazes de se contrairem, incapazes de se descontrairem, esses músculos podem parecer mortos, mas não estão e qualquer minima chance eles aproveitam e são capazes de contrair, descontrair, mexer, reviver. Têm esse dom para sempre.

"Sem grande receio de erro pode-se dizer que 415 dos 'reumatismos' (são vários) poderiam ser aliviados ou curados se nós aprendêssemos a nos mover; vale dizer que quase todos eles surgem após anos e anos de abusos mecânicos, com o corpo se movendo continuamente sob a ação de sobrecargas mecânicas cujas funções

são mostrar força de vontade e produzir

r e u m a t i s m o " . (FELDENKRAIS,1997,p . 12).

É extremamente dificil corrigir um hábito defeituoso de postura ou movimento, mesmo quando se consegue reconhecê-lo com clareza, pois é necessário corrigir tanto o defeito como a maneira que ele se manifesta na ação. É necessária muita persistência e bastante conhecimento para conseguir um movimento de acordo com o que se aprende e não segundo se está acostumado. 0 hábito torna-se tão forte que é impossivel mudá- lo confiando apenas nas sensações. Algum esforço mental consciente deverá ser exercido até que a posição recém- ajustada deixe de ser percebida como anormal e se torne um novo hábito. Segue-se que qualquer postura é aceitável, contanto que não entre em conflito com a lei da natureza: a

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estrutura esquelética deverá contrapor-se ao empuxo da gravidade, deixando os músculos livres para o movimento. 0 sistema nervoso e a estrutura esquelética desenvolvem-se juntos, sob a influência da gravidade, de tal forma que o esqueleto manterá o corpo sem dispêndio de energia e apesar do empuxo da gravidade. Se acaso os músculos têm que realizar o trabalho do esqueleto, eles não apenas usam desnecessariamente energia, como são impedidos de realizar sua função principal que é a de mudar a posição do corpo ou de suas partes, isto é, produzir movimento. "A gente não fica doente; vai ficando aos poucos durante anos de abuso e inconsciência. Nunca é o tempo a causa do enrijecimento, mas sim o uso inadequado do corpo".(BERTHÉRÀT,1987,p.101).

Parece razoável supor que se aumentarmos o grau de nossa consciência de esforço muscular, quando nossos músculos estão trabalhando voluntariamente, aprenderemos a reconhecer os esforços musculares que, por força do hábito, não percebemos.

0 indivíduo consciente das partes de seu corpo atinge a sensação de estar se movimentando não mais como uma cópia, mas produzindo entro de si, para si, a contração muscular e a posterior realização do movimento. A medida que o sentimento e a consciência se expressam na atitude corporal, surge também o prazer do movimento e qualquer atividade corporal torna-se graciosa. "Todo movimento que enfeia a pessoa nunca poderá ser benefício. Temos o senso inato da beleza. Não o contrariem

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nunca, e muito menos em nome da

ciência".(BERTHÉRÀT,1987,p.137).

0 trabalho corporal mecânico, dissociado da emoção, da consciência e da busca do prazer, manipula o corpo sutil e dissimuladamnte sob o pretexto do corretivo. Não se pode pretender harmonizar a movimentação de um corpo sem aproximá- lo de suas necessidades, e sem desabrochá-lo para a consciência e expressão.

0 sistema nervoso ocupa-se do movimento mais do que de qualquer outra coisa, porque não se pode perceber, sentir ou pensar sem uma série de ações complexas elaboradas,

inicialmente pelo cérebro para manter o corpo contra a força da gravidade, ao mesmo tempo sabendo-se o lugar onde está e em que posição. Para saber nossa posição ou para mudá-la, devemos usar nossos sentidos, nosso sentimento e nossa força de pensamento. A propriocepção e a sensibilidade existem primeiro para aumentar a percepção e ação dos auto-reguladores capazes de manter o equilibrio, a posição necessária, o enrijecimento corporal bem distribuido, para que desde aquele gesto ou movimento menor possa ser bem executado.

Toda atividade muscular é movimento, toda ação origina-se na atividade muscular; os músculos se contraem como resultado de uma série interminável de impulsos do sistema nervoso.

Dentro de cada integração nós nos tornamos conscientes(e quando nos tornamos) somente daqueles elementos que envolvem

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os músculos e o envoltório (a pele). Fazer não significa conhecer. A execução de uma ação não significa que se saiba, mesmo superficialmente, o que se está fazendo ou como.

Tentando-se executar uma ação cm consciência, isto é, seguindo-a detalhadamente, logo se descobrirá que a mais comum das ações é um mistério. Pode-se aprender então que o auto- conhecimento não vem sem esforço considerável e pode mesmo interferir na execução das ações. 0 pensamento e o intelecto são os inimigos do automatismo. Este fato é ilustrado pela velha estória da centopéia que não sabia mais andar depois que lhe perguntaram em que ordem ela movia sus múltiplas pernas

(FELDENKRAIS,1997,p.67/68).

É bastante frequente que ao se perguntar a uma pessoa o que ela está fazendo que ela se torne confusa e tenha dificuldade em continuar. Sem consciência há a capacidade de realizar o que os sistemas cerebrais fazem a sua própria maneira; o automatismo e as ações rápidas dos sistemas cerebrais são expressos quase que imediatamente, enquanto que a parte relacionada ao pensamento vem vagarosamente, quando a ação está quase completa ou completa.

A consciência pode não ser essencial à vida, mas é mais desenvolvida no homem do que em qualquer outro animal para possibilitar o reconhecimento das necessidades e a seleção dos meios para aumentar sua satisfação pessoal e até a qualidade de vida. 0 homem tem possibilidades de ser dotado não apenas

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de uma consciência altamente desenvolvida, mas também da capacidade específica da abstração, permitindo que saiba o que acontece dentro de si quando usa esse poder. Percepção é a consciência unida a noção do que está acontecendo diante daquela situação ou dentro de si. Esses fatores são influenciados por variáveis inúmeras como cultura, história pessoal, espaço físico entre tantas outras complexidades que facilitam ou dificultam a busca e encontro do controle do músculo voluntário, pensamento e processos de abstração necessários a totalidade do movimento, mesmo quando essa totalidade não é muito perfeita.

"A consciência é a percepção e a percepção é a consciência. A partir dai podemos trabalhar mais desimpedidos a idéia de que a consciência é u m fenômeno que se aproxima muito mais do corpo orgânico concreto que das abstrações. Desta forma poderiamos dizer que a consciência está gravada no corpo, e isso pode representar nossa liberdade ou prisão". (MEDINA, 1990, p. 123).

A incapacidade de sentir o próprio leva o homem à busca de compensações, muitos recorrendo à imitação; trata-se do adestramento do corpo e não da tomada de consciência do movimento em que o próprio indivíduo teria encontrado o amadurecimento através do uso tanto do cérebro quanto dos músculos. Toda experiência é uma atividade consciente que a pessoa 'vive' levando a uma apreensão direta e imediata de certas situações em uma ou várias esferas do ser. É considerada por muitos filósofos como ponto de partida de conhecimento e seu fundamento; pode-se dizer que é a base do

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aprendizado. Uma experiência afeta todas as esferas do ser e tem a capacidade de influenciar e modificar o ser humano em todos seus aspectos como sua relação com o meio. Os defeitos são usados no aperfeiçoamento para ajudar sua progressão. Os defeitos e desvios não devem ser suprimidos ou superados, mas usados para orientar a correção. Uma auto-imagem completa envolveria plena consciência de todas as articulações da estrutura do esqueleto, bem como da superficie inteira do corpo - costas, lado, entrepernas e assim por diante. Esta é uma condição ideal e consequentemente rara. Toda experiência é subjetiva e individual, apesar de se dar no contexto e na história do sujeito.

Para compreender um movimento é preciso sentir e não forçar. A força que não é convertida em movimento, não desaparece simplesmente, mas se dissipa em prejuizo das juntas, músculos e outras partes do corpo utilizadas no esforço. Tudo o que fazemos bem não nos parece dificil. Pode- se até dizer que os movimentos que nos parecem dificeis não estão sendo realizados corretamente. Em alguns casos a experiência deverá ser repetida várias vezes antes que seja reconhecida pelo organismo do individuo. Finalmente pode-se tornar consciente da maior parte do que acontece dentro de si, principalmente através dos músculos.

Quaisquer que sejam os caminhos buscados e/ou percorridos a experiência, a percepção e a consciência do corpo são

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processos individuais e intransferíveis, pois para discriminar é preciso sentir; sem habilidade de concentração e diferenciação a deficiências do aprendizado total do ser.

Relato de um aluno ( Apud VISHNIVETZ, 1995, p.177):

"Me dei conta de alguns padrões de movimento errados que eu realizava normalmente. Baseado nessa experiência, continuei minha busca para encontrar uma nova maneira de mover-me e libertar-me de meus padrões habituais de movimento, que provocavam tensões desnecessárias. Isso significa para m i m reconhecer minha própria realidade e assim decidi e comecei a agir, modificando o que fosse necessário, mantendo-me completamente alerta e consciente do que estava fazendo, de como estava realizando e como me sentia com a modificação interna e externa de certas atitudes. Foi u m ato intencional e pessoal, porque tomei uma decisão e me tornei responsável por ela, e agi corretamente sobre minha realidade co t i d i a n a " .

2.4 GINÁSTICA LOCALIZADA

De alguns anos para cá tem-se dado ênfase em trabalho científicos relacionados ao trabalho corporal. Surgiram e estão sendo aplicadas as mais diversas atividades fisicas visando abranger a heterogeneidade de indivíduos que buscam clubes, parques, praias, spas, academias para o exercicio fisico.

Novas formas de cuidar do corpo e a grande diversidade de atividades deram vida ao novo conceito - Fitness. Um conceito que diz respeito à capacidade de estar bem condicionado, com saúde e disposição tanto para tarefas diárias como para o lazer.

"Os anos 90 caminham para uma cultura do corpo, o conhecimento da necessidade de cuidá-lo de forma consciente,

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sem exageros, respeitando os seus limites, desenvolvendo as várias capacidades que estão relacionadas tanto com o condicionamento fisico como com a saúde". (GIUSELINI, 1995, p.03) .

Diante dessa metas a ginástica localizada surge como excelente alternativa para ser utilizada nos programas e objetivo dos grupos mais diversos nas academias, clubes e trabalhos personalizados.

Os principais objetivos da ginástica localizada são desenvolver a força e a resistência muscular localizada (r.m.l.), capacidades fundamentais para fortalecer e tonificar os músculos, melhorar a postura e evitar a flacidez muscular.

Imprenscindivel ressaltar que a importância principal reside na área preventiva e não curativa ou corretiva.

"Ginástica localizada: método d ginástica que utiliza exercicios de efeito localizado, utilizando o peso do próprio corpo e/ou equipamentos, geralmente com auxilio da música, para o desenvolvimento e/ou manutenção da força e resistência muscular localizada".(GIUSELINI,1995,p.05).

A ginástica localizada como atividade fisica pode proporcionar ao seu praticante excelentes ganhos no condicionamento neuromuscular, melhorando a capacidade do músculo executar tarefas que solicitem uma perfeita interação entre o estimulo dado e a resposta motora. Essas respostas manifestam-se como exigências motoras (coordenação, ritmo,

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entre outras) ou nas aptidões fisicas como velocidade, flexibilidade, força e resistência, as últimas duas já citadas anteriormente.

Segundo POLLOCK/WILMORE,

"Para condições fisiológicas e de saúde ideais é essencial a existência de uma função músculo-esquelética sadia. Embora seja verdade que muito poucas pessoas m o r r e m em decorrência da falta de força muscular e da falta de flexibilidade, um número significativo de indivíduos - que se não fosse por isso seriam considerados sadios -, sofrem de problemas lombares crônicos e de redução da massa muscular. À medida que o corpo perde tecido magro, observa-se uma redução concomitante em seus niveis metabólicos basal e de repouso. Frequentemente, a ingesta alimentar não se reduz na mesma proporção em que o gasto metabólico diminui, resultando dai um aumento dos depósitos de gorduras. Finalmente, na ausência de um estimulo apropriado, os ossos perd e m força, em consequência da perda da matriz óssea e dos sais minerais. A osteoporose e as fraturas de quadril e vértebras, frequentemente resultam deste processo degenerativo". (Segundo POLLOCK e W I L M O R E , 1993, p. 46)

É importante lembrar que muitas pessoas buscam melhorar a estética corporal, aprimorar as capacidades fisicas por razões diversas e estimular aspectos da saúde como a disposição fisica, bem- estar emocional e auto-conceito. Nas aulas de ginástica localizada os objetivos são alcançados através dos exercicios localizados que exigem para a sua realização a participação de menos de 1/6 a 1/7 do total da musculatura esquelética ( menos do que a massa muscular das duas pernas) e utilizando, primeiramente, o metabolismo local, melhorando, a longo prazo, a força e a resistência dos principais grupos musculares, tonificando e fortalecendo os músculos. Esse fortalecimento e tonificação implicam na melhoria da postura, ajudam a reduzir o risco de lesões nas tarefas diárias e

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contribuem para manter uma massa muscular adequada.

Genéricamente, "a melhor postura é aquela em que os segmentos de nosso corpo estão equilibrados na posição que propiciem menor esforço e máxima sustentação". (GERALDES, 1993, p. 29).

Um bom exemplo ocorre quando os músculos da região lombar são muito mais fortes que os abdominais. Esse desequilíbrio muscular provoca o aparecimento da 'hiperlordose', da protuberância abdominal e, para muitos, dores na região lombar.

"Se alguns músculos importantes são relativamente fracos comparados a outros, a postura tende a se modificar. Isto pode ocorrer pelas atividades diárias, por treinamento inadequado - algumas pessoas treinam o corpo de forma desequilibrada, fortalecendo excessivamente alguns músculos e negligenciando outros". ( G IUSELINI,1995,p . 7)

Esses exemplos abrem espaço para a reflexão sobre o tipo de estimulo que deve ser dado às turmas, sejam de iniciantes, intermediários, avançados ou totalmente heterogênea. Quanto maior a quantidade de informações cientificas e de vivências prático-pedagógicas, maior será a capacidade de acerto do professor, que deve propiciar o momento e o espaço para que as pessoas possam trabalhar seus corpos/mentes de uma forma homogênea e equilibrada, alegre e motivante, dosada e segura para um viver mais fácil e agradável.

As atividades diárias tais como carregar compras de supermercado, correr no parque, apanhar um objeto caido no chão, etc, são causas diárias de lesões entre muitas pessoas

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que não têm fortalecimento suficiente para suportar os movimentos muitas vezes bruscos, repentinos, rápidos, produzidos por uma contração mais forte. Músculos fortes protegem os tendões e ligamentos, principalmente quando são submetidos a situações estressantes. Músculos fracos são mais vulneráveis às lesões.

É importante lembrar que o tecido muscular é um dos principais responsáveis pela queima de calorias, sendo aconselhado por especialistas que dietas alimentares sejam acompanhadas de exercicios localizados e principalmente com a utilização de pesos. Dessa forma a massa muscular é preservada, aumentada em alguns casos e, consequentemente, mais gordura é perdida.

0 corpo humano é uma máquina perfeita e capaz de se adaptar a qualquer tipo de estimulo. Quando bem orientado na atividade localizada responde com prontidão, proporcionando respostas positivas. Todo treinamento a ser desenvolvido será em função de um planejamento previamente determinado, e esse planejamento será sempre consequência dos objetivos que se deseja alcançar.

Os principios de treinamento das atividades com sobrecarga são regras gerais extraidas de várias ciências, como as Biológicas, Pedagógicas e outras. A aplicação desses principios dependerá do conhecimento e do dominio que o professor possa a ter da cada um deles. Neste trabalho todos

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serão citados, mas apenas serão explanados os que apresentam interesse direto para o assunto; são eles: principio da adaptação, principio da aprendizagem, principio da elevação progressiva de carga, principio da interdependência de estímulos, principio da assiduidade, princípio da conscientização, princípio da saúde, princípio da motivação, princípio das diferença individuais.

Segundo GIUSELINI(1995), para o treino da resistência muscular localizada e da força deve-se utilizar o princípio da sobrecarga: frequência dos exercícios localizados de três a cinco vezes por semana, trabalhando-se cada grupo muscular duas a três vezes por semana; intensidade utilizando-se cargas que variam de 15% a 70% da força máxima estática, de acordo com o objetivo e duração com o número de repetições variando entre doze e trinta, dependendo da capacidade física a ser trabalhada (força ou r.m.l.). Ao se exercitar o organismo em um nível acima do normal, ocorrem inúmeras adaptações ocasionadas pelo treinamento, que fazem o organismo funcionar mais eficientemente. A sobrecarga apropriada a cada pessoa pode ser obtida pela utilização correta e combinada da

intensidade, duração e frequência. 0 objetivo deve ser a obtenção gradativa do ganho de força.

A organização didática da aula é fundamental para o alcance dos objetivos; tipicamente a aula de ginástica localizada começa com um aquecimento, que geralmente utiliza

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exercícios globais de baixa/moderada velocidade e intensidade, combinados com exercícios de alongamento. Esses exercícios são utilizados para melhorar a consciência do corpo, aumentar a irrigação sanguínea e temperatura corporal, dentre outros objetivos.

Os exercícios aeróbicos são optativos; seis oito minutos de exercícios globais (de efeito geral), são utilizados para que a frequência cardíaca seja elevada. Os exercícios localizados duram entre trinta e cinco e quarenta minutos para aumentar a força e a resistência de grupos musculares específicos. A aula termina com esfriamento final, incluindo exercícios de alongamento e relaxamento.

A seleção dos exercícios determinará força, r.m.l. e a aquisição de uma musculatura simétrica (desenvolvimento equilibrado) , se os grupos musculares são proporcionais e fortes em ambos os lados da articulação. Este padrão é importante para a aparência e para o condicionamento físico e, mais tarde, é fundamental na prevenção e redução de lesões dos músculos e articulações. Essa escolha também deve ser feita para possibilitar equilíbrio muscular no tamanho e força dos grupos musculares agonistas e antagonistas, ajudando no desenvolvimento de uma boa postura. A divisão dos exercícios nas aulas deve ser muito bem observada por uma questão motivacional do grupo, por exemplo, homens e mulheres, levando sempre em conta os desejos da turma e os aspectos

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psicológicos. Utilizar também a diversificação de materiais como halteres variados, caneleiras, bastões, steps, rubber- bands, colchonetes, etc.

Na literatura existe uma série de exercicios que são considerados potencialmente perigosos para muitas pessoas;

pessoas bem treinadas, como é o caso dos atletas, podem fazer todo o tipo de exercicios, pois o seu corpo está treinado. Na realidade, todo exercicio quando é mal feito, com técnica inadequada, com o corpo desalinhado, pode ser prejudicial para os alunos em uma aula normal. O erro comum é a tendência em substituir o músculo principal por outro quando a fadiga aparece. 0 resultado dessa compensação muscular pode provocar uma lesão a médio/longo prazo, e interferir no ganho da força ou da resistência muscular. Para evitar esse erro é importante manter algumas partes do corpo em total controle.

Principalmente o tronco e o quadril, que são facilmente desestabilizados durante a realização de uma grande parte dos exercicios localizados, merecendo uma atenção especial. Essas regiões podem ser estabilizadas através da contração dos músculos abdominais e dos extensores das costas. Após manter o quadril e a coluna alinhados, a meta é evitar o arqueamento da coluna lombar. Esse desalinhamento pode acontecer em exercicios como elevação de uma das pernas a partir da posição de seis apoios (exercicios para glúteos) , elevação de uma das pernas estando em apoio lateral (exercicios de abdução do

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quadril), etc. É importante lembrar que a técnica correta frequentemente requer a redução da amplitude do movimento, do número de repetições e da velocidade.

Uma das mais discutidas e conhecidas dificuldades do professor de ginástica é a heterogeneidade dos alunos na sala de aula. Essa questão relevante do nosso trabalho, requer uma análise aprofundada das variáveis intervenientes que impedem o professor de exercer sua atribuição didático-pedagógica nas academias. A orientação estimulação constante fazem com que o aluno perceba que as dificuldades da ginástica localizada em pouco tempo se transformarão em melhoria da estética corporal e obtenção da saúde. Cabe ao professor despertar o gosto pela prática sistemática dessa atividade, pois sabe-se que através da mobilização de vontade, o aluno atinge o máximo de suas potencialidades.

2.5 A GINÁSTICA LOCALIZADA E A CONSCIÊNCIA CORPORAL

0 trabalho desenvolvido na ginástica localizada não deve restringir-se apenas aos aspectos psicomotores, pois como sabemos, não só a visão pedagógica como também a própria idéia do homem total que vem do pensamento holistico estão em voga ultimamente, orientando para um desenvolvimento global, para uma prática integral. Assim, as áreas cognitiva e afetiva devem receber tanta atenção quanto a psicomotora.

Acontece com frequência que, para quem vem fazer pela

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primeira vez uma trabalho corporal, já custar bastante ter que vestir uma roupa estranha, deitar no chão, por vezes ficar descalço, estar numa sala desconhecida. "A educação que recebemos, os entraves que desde cedo nos impomos para nos poupar dor e prazer não são os únicos obstáculos ao desenvolvimento de nossas percepções. 0 meio ambiente também desempenha um papel opressivo". (BERTHÉRÀT, 1987, p. 91).

Outro ponto importante a ser destacado é o trabalho educativo de conscientização corporal. 0 aluno deve perceber durante os exercícios o posicionamento do corpo em relação ao espaço e das partes ou segmentos do corpo entre si, afim de poder aprimorar o movimento e o domínio do corpo. É claro que neste processo o uso do espelho é fundamental para podermos orientar e incentivar a auto-correção dos exercícios. No contato mais íntimo com o mercado da localizado, podemos afirmar que em poucas academias observamos turmas que tenham domínio do corpo e que buscam a perfeição dos exercícios executados durante a aula. Como resultante encontramos movimentos coletivos sem plasticidade e uma ginástica menos bonita com o passar dos anos. Ao concentrar a atenção em algo, esse algo adquire existência. "Sem atenção não seriam possíveis quaisquer das atividades da consciência".

(VISHNIVETZ, 1995, p. 155).

Atenção significa estar dirigindo voluntariamente para um foco. 0 corpo se torna o foco do campo de atenção, emerge como

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figura e o meio circundante é o fundo. Essa ação requer um esforço voluntário da pessoa. Estar atento à informações que os órgãos dos sentidos continuamente enviam a partir do próprio corpo permitirá ir progressivamente reconhecendo e compreendendo as mensagens que dele provém. Essa atividade produz uma modificação do tônus que é perceptível. 0 conceito e a vinculação da atenção decorrem da experiência subjetiva e pedagógica.

0 principio da conscientização faz parte dos princípios para o trabalho com sobrecarga já citados anteriormente; "esse principio parte do pressuposto de que a atividade, quando realizado conscientemente, ou seja, sabendo o porquê e para que de sua realização, obtém-se mais benefícios na medida em que o executante procura 'canalizar' esforços para o seu real objetivo". (PEREIRA, 1992, p. 19). Alguns cientistas desportivos apresentam resultados positivos a este respeito.

SCHAMOLINSKY (1977) afirma que 'os praticantes e também seus orientadores deverão fazer real o principio da conscientização, dialogando sempre que necessário sobre os meios, métodos de avaliação, enfim, sobre todo o processo de planificação da atividade'. Para que a partir desta conscientização o processo de treinamento torne-se eficaz.

A melhor forma de se corrigir uma postura inadequada é permitir ao aluno a possibilidade de movimentos conscientizados, isto será conseguido, senão permitirmos o

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