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Radiodifusão Sonora: estudo de interferências entre as emissoras de rádio localizadas no Município de Sinop.

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

MATHEUS DIAS DE LIMA

Radiodifusão Sonora: estudo de interferências entre as emissoras de rádio localizadas no Município de Sinop.

UNEMAT – Campus de Sinop

2016/2

(2)

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

MATHEUS DIAS DE LIMA

Radiodifusão Sonora: estudo de interferências entre as emissoras de rádio localizadas no Município de Sinop.

Projeto de Pesquisa apresentado à Banca Examinadora do Curso de Bacharelado em Engenharia Elétrica – UNEMAT, Campus Universitário de Sinop – MT, como pré-requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Elétrica.

Prof. Orientador: Dr. Milton Luiz Neri Pereira.

UNEMAT – Campus de Sinop

2016/2

(3)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Espectro de frequência e alguns dos serviços atribuídos ... 6

Tabela 2 – Canalização da faixa de FM 87,4 a 108 MHz ... 12

Tabela 3 – Tipos de interferências ... 17

Tabela 4 – Classificação das Emissoras FM ... 24

Tabela 5 – Relação de proteção (sinal desejado/sinal interferente ) ... 26

Tabela 6 – Separação mínima exigida entre duas estações ... 27

Tabela 7 – Separação mínima exigida entre emissoras FM e rádios comunitárias... 29

Tabela 8 – Serviço de Radiodifusão e Frequência Atribuída ... 31

Tabela 9 – Relação entre emissoras OM classe A e as emissoras FM ... 32

Tabela 10 – Relação entre emissoras OM classe B e as emissoras FM ... 32

Tabela 11 – Relação entre emissoras OM classe C e as emissoras FM ... 33

(4)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Curva E(50,50) para canais de FM ... 36

Figura 2 – Curva E(50,10) para canais de FM ... 37

(5)

LISTA DE ABREVIATURAS

FM - Frequência Modulada;

AM – Amplitude Modulada;

RF – Radiofrequência;

PBFM - Plano Básico de Distribuição de Canais de Radiodifusão Sonora em Frequência Modulada;

ERP - Potência Efetiva Irradiada;

dBµ - É a medida, tomada em dB, de intensidade de campo, referida a 1 microvolt por metro;

dBk - É a medida, tomada em dB, de potência, referida a 1 quilowatt;

TV- Remete as emissoras de televisão;

RadCom - estações de Radiodifusão Comunitária;

NV - Norte Verdadeiro;

NMR - nível médio de uma radial;

NRT - nível médio do terreno;

HNMT - altura da antena em relação ao terreno;

HBT - altura da torre em relação ao nível do mar;

HT - altura da torre de sustentação até o centro geométrico da antena do

sistema irradiante.

(6)

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1. Título: Radiodifusão Sonora: estudo de interferências entre as emissoras de rádio localizadas no Município de Sinop.

2. Tema: 30406005 TELECOMUNICAÇÕES 3. Delimitação do Tema: Rádio Interferências 4. Proponente(s): Matheus Dias de Lima 5. Orientador(a): Milton Luiz Neri Pereira

6. Estabelecimento de Ensino: Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT

7. Público Alvo: Discentes, docentes e profissionais técnicos da área de engenharia elétrica ou áreas afins.

8. Localização: Avenida dos Ingás, 3001, jardim Imperial, Sinop – MT, 78.555- 000.

9. Duração: 6 meses.

(7)

SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS ... I LISTA DE FIGURAS ... II LISTA DE ABREVIATURAS ... III DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ... IV

1 INTRODUÇÃO ... 6

2 PROBLEMATIZAÇÃO ... 16

3 JUSTIFICATIVA... 17

4 OBJETIVOS ... 23

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 24

5.1 CLASSIFICAÇÃO DAS EMISSORAS FM ... 24

5.2 ÁREAS DE SERVIÇO ... 25

5.3 CONTORNO PROTEGIDO ... 25

5.4 TIPOS DE INTERFERÊNCIA EM FM ... 25

5.4.1 INTERFERÊNCIA ENTRE SINAIS DE FM ... 26

5.4.2 INTERFERÊNCIA ENTRE SINAIS DE FM E RADCOM ... 28

5.4.3 INTERFERÊNCIA ENTRE SINAIS DE FM E TV ... 29

5.4.3.1 ADJACÊNCIAS ENTRE CANAIS DE TV E DE FM ... 29

5.5 EMISSORAS AM ADAPTAÇÃO NA FAIXA FM ... 30

6 METODOLOGIA ... 34

6.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ... 34

6.2 DETERMINAÇÃO TEÓRICA DA INTENSIDADE DE CAMPO ... 35

6.3 LEVANTAMENTO DO NÍVEL MÉDIO DO TERRENO OU DE UMA RADIAL 35 7 CRONOGRAMA ... 38

8 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ... 39

9 ANEXOS ... 41

(8)

1 INTRODUÇÃO

As ondas eletromagnéticas transportam energia, sendo que essas ondas são utilizadas na área das telecomunicações para o envio de diversos tipos de sinais como emissoras de rádio e televisão por exemplo, assim essas ondas possuem uma determinada frequência de acordo com o serviço que está sendo empregado.

A maioria dos sinais, da forma como são fornecidos pelo transmissor, não podem ser enviados diretamente através dos canais de transmissão.

Consequentemente, é necessário modificar por meio desse sinal uma onda eletromagnética portadora, cujas propriedades são mais convenientes aos meios de transmissão. A modulação é a alteração sistemática de uma onda portadora de acordo com a mensagem (sinal modulante), e pode incluir também uma codificação (GOMES,2016). Essa modulação determina em qual frequência o sinal passará a ser transmitido.

No Brasil a partir de 5 de novembro de 1997 foi criada a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que desempenha um papel fundamental nessa área por meio de publicações de resoluções e regulamentações com o objetivo de auxiliar a expansão destes serviços no país, definindo qual intervalo no espectro de frequência deve ser utilizado para cada tipo de finalidade. Na tabela 1 são apresentadas essas definições. As emissoras de rádio e TV, telefonia e os sistemas de satélites, também têm sua faixa de frequência reservada dentro do espectro, que abrange os canais de 2 a 13 fornecidos na tabela.

Tabela 1 – Espectro de frequência e alguns dos serviços atribuídos Faixa de

Frequências/Frequência

Serviço Observação

20 - 20000 Hz

Sons audíveis

20 - 30 KHz Ultrassom

continua

(9)

continua

Tabela 1 – Espectro de frequência e alguns dos serviços atribuídos Faixa de

Frequências/Frequência

Serviço Observação

530 - 1600 KHz

Rádio AM

107 emissoras com 10 KHz de banda

34,48 - 34,82 MHz Rádio Taxi

38 - 40,6 MHZ Telemedição Biomédica 40,6 MHz 40,7 MHz

Telemedição de características de materiais

40,7 - 41,0 MHz Telemedição Biomédica

41,0 - 49,6 MHz Diversos serviços

49,6 MHz 49,9 MHz Telefone sem fio

49,9 - 54 MHz Diversos serviços

54 - 60 MHz Televisão VHF Canal 2

60 - 66 Mhz Televisão VHF Canal 3

66 - 70 MHz Televisão VHF Canal 4

70 - 72 MHz Radioastronomia

continua

(10)

continua

Tabela 1 – Espectro de frequência e alguns dos serviços atribuídos Faixa de

Frequências/Frequência

Serviço Observação

72 - 73 MHz Telecomando

73 - 75,4 MHz Rádio Navegação Aeronáutica

75,4 - 76 MHz Telecomando

76 - 82 MHz Televisão VHF Canal 5

82 - 88 MHz Televisão VHF Canal 6

87,4 - 108 MHz Radiodifusão Rádio FM

103 canais em faixas de 200 KHz

88 - 108 MHz Microfone sem fio de alcance restrito

108 - 117,975 MHz Rádio Navegação para Aeronáutica

117,975 - 121,5 MHz Comunicação Móvel para Aeronáutica

121,5 - 121,5 MHz Comunicação de Socorro

121,5 - 136 MHz Comunicação Móvel para Aeronáutica

136 - 138 MHz Satélites Meteorológicos Internacionais

continua

(11)

continua

Tabela 1 – Espectro de frequência e alguns dos serviços atribuídos Faixa de

Frequências/Frequência

Serviço Observação

138 - 143,6 MHz Reservado para comunicações fixas e móveis

143,6 - 143,65 MHz Pesquisas Espaciais

143,65 - 144 MHz Rádio Amador

144 - 146 MHz Rádio Amador por Satélite

146 - 148 MHz Rádio Amador

148 - 149,17 MHz Reservado ao SESC - Serviço Especial de Supervisão e

Controle

149,17 - 174 MHz Diversos serviços

174 -180 MHz Televisão VHF Canal 7

180 - 186 MHz Televisão VHF Canal 8

186 - 192 MHz Televisão VHF Canal 9

192 - 198 MHz Televisão VHF Canal 10

198 - 204 MHz Televisão VHF Canal 11

continua

(12)

continua

Tabela 1 – Espectro de frequência e alguns dos serviços atribuídos Faixa de

Frequências/Frequência

Serviço Observação

204 - 210 MHz Televisão VHF Canal 12

210 - 216 MHz Televisão VHF Canal 13

216 - 470 MHz Diversos Serviços

470 - 476 MHz Televisão VHF Canal 14

476 - 482 MHz Televisão VHF Canal 15

482 - 806 MHz Televisão UHF Canais 16 a 69

806 - 824 MHz Diversos serviços

824 - 834,4 MHz Telefonia Celular Banda "A"

834,4 - 845 MHz Telefonia Celular Banda "B"

845 - 869 MHz Diversos serviços

869 - 880 MHz Telefonia Celular Banda "A"

880 - 880,6 MHz Outros serviços

880,6 - 890 MHz Telefonia Celular Banda "B"

continua

(13)

Continua

Tabela 1 – Espectro de frequência e alguns dos serviços atribuídos Faixa de

Frequências/Frequência

Serviço Observação

890 - 891,5 MHz Telefonia Celular Banda "A"

891,5 - 894 MHz Telefonia Celular Banda "B"

894 - 896 MHz Telefonia Celular Aeronáutico

896 - 3000 MHz Outros Serviços

3 - 3,1 GHz Rádio Navegação e Rádio Localização

3,7 - 4,2 GHz Descida de sinal de Satélite Banda "C

5,925 - 6,425 GHz Subida de sinal de Satélite Banda "C"

6,425 - 7,125 GHz Sistema Digital

10,7 - 11,7 GHz Rádio Digital

10,7 - 12,2 GHz Descida de sinal de Satélite Banda "Ku"

13,75 - 14,8 GHz Subida de sinal de Satélite Banda "Ku"

14,5 - 15,35 GHz Rádio Digital

Fonte: Anatel PDFF

(14)

Com a evolução tecnológica os diversos serviços que envolvem telecomunicações alcançam um novo patamar devendo ser dinâmico e prático não

havendo espaços para serviços que não cheguem ao consumidor em boa qualidade.

O consumidor exige mais e busca mais dos serviços de acordo com o que vai sendo ofertado no mercado envolvendo telecomunicações, um desses fatos por exemplo pode ser observado pela migração das emissoras de rádio AM para a transmissão em FM pois sofrem com muitas interferências principalmente nos grandes centros impossibilitando sua captação por muitos ouvintes o que acabou levando ao decreto de N° 8.139 assinado dia 7 de novembro de 2013 pela então presidente Dilma Rousseff em que autoriza a mudança das emissoras de rádio AM a operarem em FM.

Esse fato levou a uma preocupação em como alocar essas novas emissoras no espectro FM sem interferir no funcionamento das emissoras FM já existentes, sendo que uma questão importante de se observar é que o espectro de frequências disponíveis se torna cada vez mais limitado, tornando necessário um melhor aproveitamento do espectro de frequências de tal modo que as interferências entre os diversos tipos de emissoras seja de rádios, televisão, ou de outro tipos de serviços sejam insignificantes ou dentro do permitido.

A faixa de radiodifusão sonora em frequência modulada estende-se de 87,4 a 108 MHz, e é dividida em 103 canais, cujas portadoras estão separadas de 200 kHz.

Cada canal é identificado por sua frequência central, que é a frequência da portadora da estação de FM. A cada canal é atribuído um número de 198 a 300 (ANATEL RESOLUÇÃO n° 355,2004). A tabela 1 abaixo apresenta a canalização da faixa FM

com as suas respectivas frequências.

Tabela 2 - Canalização da faixa de FM 87,4 a 108 MHz

FREQUÊNCIA CANAL FREQUÊNCIA CANAL FREQUÊNCIA CANAL

(MHz)

(MHz)

(MHz)

87,5 198 94,5 233 101,5 268

87,7 199 94,7 234 101,7 269

87,9 200 94,9 235 101,9 270

continua

(15)

continua

Tabela 2 - Canalização da faixa de FM 87,4 a 108 MHz

FREQUÊNCIA CANAL FREQUÊNCIA CANAL FREQUÊNCIA CANAL

(MHz)

(MHz)

(MHz)

88,1 201 95,1 236 102,1 271

88,3 202 95,3 237 102,3 272

88,5 203 95,5 238 102,5 273

88,7 204 95,7 239 102,7 274

88,9 205 95,9 240 102,9 275

89,1 206 96,1 241 103,1 276

89,3 207 96,3 242 103,3 277

89,5 208 96,5 243 103,5 278

89,7 209 96,7 244 103,7 279

89,9 210 96,9 245 103,9 280

90,1 211 97,1 246 104,1 281

90,3 212 97,3 247 104,3 282

90,5 213 97,5 248 104,5 283

90,7 214 97,7 249 104,7 284

90,9 215 97,9 250 104,9 285

91,1 216 98,1 251 105,1 286

91,3 217 98,3 252 105,3 287

91,5 218 98,5 253 105,5 288

91,7 219 98,7 254 105,7 289

Continua

(16)

Continua

Tabela 2 - Canalização da faixa de FM 87,4 a 108 MHz

FREQUÊNCIA CANAL FREQUÊNCIA CANAL FREQUÊNCIA CANAL

(MHz)

(MHz)

(MHz)

91,9 220 98,9 255 105,9 290

92,1 221 99,1 256 106,1 291

92,3 222 99,3 257 106,3 292

92,5 223 99,5 258 106,5 293

92,7 224 99,7 259 106,7 294

92,9 225 99,9 260 106,9 295

93,1 226 100,1 261 107,1 296

93,3 227 100,3 262 107,3 297

93,5 228 100,5 263 107,5 298

93,7 229 100,7 264 107,7 299

93,9 230 100,9 265 107,9 300

94,1 231 101,1 266

94,3 232 101,3 267

Fonte: Anatel resolução n° 546 (2010)

OBS: Os canais 198, 199 e 200 são reservados para uso exclusivo das estações de RADCOM.

Para que se tenha uma qualidade no fornecimento do sinal das emissoras de

rádio FM, ou seja, que o sinal transmitido chegue com eficiência até o consumidor é

necessário um estudo de viabilidade técnica observando as características locais e da

região, observando os serviços que ali já atuam para definir em qual modo poderá

operar sem gerar interferência.

(17)

As interferências que atingem esse tipo de serviços podem se dar de várias maneiras como: entre emissoras FM, emissoras FM e canais de TV e ainda outro tipo de perturbação que possa interferir no funcionamento desses serviços. Para evitar esses tipos de interferências a Anatel define para cada emissora FM o chamado contorno protegido que nada mais é do que um raio de atuação da emissora em que esta não pode sofrer qualquer tipo de interferência.

No estudo aqui apresentado será focado nas possíveis interferências que possam estar ocorrendo entre as principais emissoras de rádio FM na cidade de Sinop-MT e estudando como poderiam operar novas emissoras FM na cidade. Um fato importante de se ressaltar é que canais de TV aberta presentes nos canais 5 e 6 são que utilizam as frequências no intervalo de 76-82 MHz e 82-88 MHz respectivamente, sendo próximos da faixa de frequências estabelecidas pela Anatel para emissoras de rádios FM , no qual se localizam entre os canais 6 e 7 da TV. Esse fato provoca que em caso de falhas técnicas ocorram interferências nesses sinais causando uma falha na prestação do serviço.

Então nesse estudo o canal 5 da televisão sendo utilizado na cidade pela Emissora de Televisão Centro América (TVCA) será considerado se de alguma forma está causando interferências para as emissoras FM, vale ressaltar que o canal 6 para emissoras de televisão não é utilizado em Sinop então será descartado o seu estudo de interferências.

Em Sinop as rádios que serão estudas são a Hits FM, Meridional, que utilizam

respectivamente as frequências de 87,9 e 98,9 MHz, estudando também a

transmissão da faixa de áudio da Emissora de Televisão Centro América utilizando o

canal 5 na faixa frequência entre 76-82 MHz.

(18)

2 PROBLEMATIZAÇÃO

Se comparada as grandes cidades brasileiras uma cidade como Sinop pode ser considerada relativamente nova e em processo de desenvolvimento, sendo que os serviços de telecomunicação acompanham essa característica. Hoje a cidade possui apenas duas emissoras de rádio FM, mas surge a preocupação de como se comportaria as emissoras já atuantes na cidade a respeito de interferências em caso de instalações de novas emissoras FM, levando em conta o fato de que as próprias emissoras de rádio AM na cidade estão com previsão para migrarem para FM. Sendo também importante avaliar como está a situação dos serviços que já estão operando na cidade a respeito de possíveis interferências.

O estudo aqui apresentado buscará responder as seguintes questões: a

existência ou não de interferências entre as emissoras de rádio FM em funcionamento

na cidade bem como as possíveis interferências causadas nessas rádios por meio da

atuação da Emissora de Televisão Centro América (TVCA). Será se a possibilidade

de a introdução de uma nova emissora de rádio FM causaria de alguma forma

interferências para as demais que já estão em funcionamento na cidade, sendo

também possível apresentar sobre quais faixa de frequências e em quais localizações

essa nova emissora de rádio FM poderia ser alocada de tal modo a não causar

interferências nas emissoras já atuantes.

(19)

3 JUSTIFICATIVA

As interferências causadas em sistemas de rádio difusão propiciam sérios problemas tanto aos consumidores quanto aos fornecedores desse serviço. As interferências podem ser causadas de várias maneiras como: Natureza (relâmpagos, descargas atmosféricas), dispositivos tecnológicos (transmissor de rádio, motores, lâmpadas fluorescentes, etc.).

Em casos de interferências causadas por origem tecnológica ocorre que por algum problema foi gerado uma onda eletromagnética em uma determinada frequência e então possibilita que outro serviço possa interceptar essa interferência, ou seja, nesses casos esse tipo de interferência ocorre por uma falha na fonte geradora dessa interferência que por consequência acaba por interferir em outro dispositivo de recepção que acaba por interceptar esse sinal, ocorrendo a chamada incompatibilidade eletromagnética que é definida como emissão de ondas não essenciais por parte da geradora da interferência e a interceptação indevida por parte do agente que recebe essa interferência.

Na tabela 3 é mostrada de uma forma mais ampla os tipos de interferências classificando-as em origem, gênero e demonstrando algumas soluções viáveis para cada tipo de problema.

Tabela 3 - Tipos de interferências

Gêneros

Exemplos Soluções Viáveis

Radio interferências de origem natural

Relâmpagos, descargas atmosféricas

Inibidores de picos (noise blankers) nos receptores

Radio interferências de origem tecnológica

continua

(20)

continua

Tabela 3 - Tipos de interferências

Gêneros Exemplos Soluções Viáveis

Radio interferência causada por dispositivos de baixa

frequência

Motores com escovas e outros dispositivos com faiscamento, Ignição de motores de

combustão

Supressores resistivos nos motores; inibidores de picos (noise blankers) nos

receptores Supressores resistivos nos motores;

inibidores de picos (noise blankers) nos receptores

Radio interferência causada por dispositivo de alta frequência não referido a telecomunicação

Aquecimento dielétrico

industrial, aquecimento indutivo industrial, aparelho de

diatermia

Blindagens, filtros de RF na linha de alimentação

Radio interferências

originadas de dispositivos de telecomunicações

Interferências ativas Harmônicos, transientes (manipulação telegráfica), oscilações parasitas,

espalhamento por excesso de modulação e outros espúrios (estágios multiplicadores)

Filtros de rejeição, filtros passa-faixa, filtros passa- baixas e filtros passa-altas

Interferências passivas.

Elementos não lineares

Oxidação em ligação elétrica, corrosão em encanamento, reles de antenas oxidados, antena de TV corroída e reforçador de sinais

transistorizado abandonado

Localização da fonte passiva de interferência por meio de instrumental e eliminação dos pontos de retificação

Interferência por interação

Radio Federal 2 x 760 kHz, menos Radio MEC 800 kHz, igual Radio Carioca 720 kHz

Mudança da Radio Carioca para 710 kHz

Suscetibilidade para radio interferências

continua

(21)

continua

Tabela 3 - Tipos de interferências

Gêneros

Exemplos Soluções Viáveis

Equipamentos não relacionados com radiofreqüências

Amplificadores de alta fidelidade, toca discos,

gravadores, órgãos eletrônicos, sistemas de sonorização, telefones

Capacitores de bloqueio, reatores, anéis de ferrita, melhoria de blindagem

Equipamentos de telecomunicações

Receptores de rádio e receptores de televisão

Filtros de rejeição, filtros passa- faixa, filtros passa-altas, filtros passa-baixas, evitar modulação cruzada por sobrecarga, filtragem de RF na alimentação de energia elétrica, melhoria de blindagem, realocação de antena, proteção à linha de transmissão. EM HF: melhor aterramento

Fonte: Handbook (2002)

Um problema típico, em especial nos locais próximos as torres de transmissão de emissoras de televisão e rádio difusão a sobrecarga de rádio frequência aliada a problemas de ajustes nos transmissores e antenas, gera dificuldades de recepção nas ondas curtas. Isto requer a construção de antenas adequadas e receptores de ótima qualidade, com excelente seletividade, rejeição de imagens, processamento digital de sinais e outra características. E também, para amenizar os ofensores à escuta das ondas curtas, pode-se utilizar filtros passa-baixas ou passa-altas, antenas loop e etc.

(HANDBOOK, 2002).

Há sinais de rádio frequência espalhados por toda a parte, e isso fornece mais

possibilidade de interferência, o caso de mais recorrência quando o assunto é

interferência é no que diz respeito às causadas por sobrecarga fundamental no qual

idealmente os equipamentos de recepção devem selecionar o sinal desejado e rejeitar

todos os outros sinais para os quais não foram projetados para operarem, mas por

alguma falha técnica como ineficiência do projeto onde filtros e sistemas de blindagens

inadequados ocasionam nos equipamentos incapacidade de rejeitar sinais fortes

mesmo estando fora de sua faixa de operação. Os pontos mais comuns de entrada

(22)

desse tipo de sinal indesejado em uma determinada recepção são as antenas de TV, linhas de alimentação, telefones, cabos e etc.

O efeito de um sinal interferente está diretamente relacionado a sua intensidade. A intensidade de um sinal irradiado diminui com o quadrado da distância de sua fonte: quando a distância da fonte dobra, a intensidade do campo eletromagnético decai a um quarto de sua intensidade na distância original a partir da fonte. Esta característica pode algumas vezes ser usada para ajudar a resolver casos de interferências eletromagnéticas. Algumas vezes podem ser feitas melhorias significativas por meio da mudança do equipamento vítima e da antena longe entre si (HANDBOOK, 2002).

As interferências podem chegar até um sistema de recepção de várias maneiras na qual se destacam:

 Interferência não-relacionada ao sistema sem fio: esse tipo de interferência pode chegar até a recepção a partir do sistema de áudio por meio dos cabos de áudio, ou até mesmo nas linhas de alimentação AC, essas interferências podem ser geradas por estações de rádio AM, transmissores de TV e entre outros tipos de equipamentos elétricos. As interferências causadas por rádios AM resultam em surgimento de atuação da radio só que com uma determinada distorção no conteúdo, já as ocasionadas por TV apresentam um zumbido de intensidade variável.

Esse tipo de interferência pode ser eliminada com um melhoramento no aterramento e acrescentar blindagem e filtros nos cabos de áudio.

 Interferência de baixo nível: simples equipamentos eletroeletrônicos presentes nas residências podem gerar de maneira involuntária quantidades de energia de rádio frequência que podem afetar alguns dispositivos que se utilizam de frequências próximas a essas geradas de maneira involuntárias como os microfones por exemplo. Mas na maioria dos casos esse tipo de interferência provoca um ruído na recepção. Uma maneira de se evitar esse tipo de interferência é pelo ajuste do controle de amortecimento do receptor até que o sinal interferente seja completamente rejeitado, ou ainda um sistema sem fio que possua circuitos que buscam a redução de áudio indesejado no sistema.

 Interferência direta: esse tipo de interferência ocorre quando há um sinal forte

operando na mesma ou próxima a frequência que um determinado sistema de

recepção foi projetado para operar, o efeito pode chegar desde a pequenos

(23)

ruídos, distorções, variações de volume ou até altos ruídos fazendo com que o sistema de recepção seja completamente inútil. Transmissores de TV, e equipamento industriais, computadores, e entre outros são as principais fontes desse tipo de interferência. Em muitos casos esse problema é causado por um outro transmissor sem fio no mesmo local. As causas desse tipo de interferência são de difícil identificação sendo a solução mais prática e de maneira mais eficaz a alteração da frequência do sistema sem fio operado na recepção.

 Interferência por intermodulação: esse tipo de interferência se caracteriza por um combinação de sinais interferente de forte intensidade, nesse caso esses sinais se misturam em um sistema de recepção e criam um sinal interno que possuí uma frequência próxima da operação dessa recepção interferindo assim no funcionamento normal do sistema. As causas pra esse tipo de problemas podem ser sinais de TV e emissoras de rádio, ou qualquer outro tipo de sinal que pode se combinar com esses. A detecção exata desse tipo de interferência é de difícil detecção pois como os sinais podem se combinar de inúmeras maneiras dificilmente é possível examinar uma lista de frequências e definir os sinais exatos que de modo conjunto estão criando essa nova frequência que está interferindo no receptor. Uma das formas de se evitar esse problema é manter os transmissores de sinais afastados da antena de recepção de algum serviço, pois para criar uma intermodulação os sinais interferentes devem chegar com uma certa intensidade até a recepção, obedecendo uma certa distância entre transmissores e antenas de recepção diminui a intensidade com que esses sinais chegam a antena de recepção do serviço.

Após esclarecer os diversos tipos de interferências que possam aparecer em

sistemas de rádio frequência é importante buscar uma situação de natureza local

trazendo este tipo de problema para uma realidade próxima como é o caso das

emissoras rádio FM de Sinop-MT. Estudando assim as interferências que possam

estar acontecendo entre essas próprias emissoras e também considerando a

Emissora de Televisão Centro América (TVCA) para observar se de algum modo essa

emissora por estar localizada numa faixa de frequências no canal 5, ou seja, próximas

a utilizada nas rádios FM estaria de alguma forma interferindo o seus respectivos

funcionamentos. De tal modo também tendo vista que as emissoras de rádio AM

(24)

estarão sujeitas a futuramente alterar a sua operação para a FM é importante também levantar a interferência que essa situação poderia causar nas emissoras FM já em funcionamento observando em quais faixa de frequências essa possível nova emissora FM estaria apta para funcionar sem interferir nas demais.

Se torna necessário definir uma abrangência para esse estudo então para isso

serão destacadas apenas as interferências presentes entre as emissoras de rádio FM

hits e como já citado entre a emissora de televisão TVCA, levando em conta que a

abrangência aqui definida já atende o que se busca realizar pois tanto as emissoras

FM quanto a TVCA são umas das principais fontes de informação e entretenimento

na cidade e além do mais possuem sinais emitidos de forte intensidade tendo em vista

que buscam atender toda a cidade e seus entornos.

(25)

4 OBJETIVOS

O objetivo deste estudo busca definir a existência ou não de interferências causadas entre as emissoras de rádio FM presentes na cidade de Sinop, bem como avaliar se existe alguma interferência causada nessas emissoras por meio da Emissora de Televisão Centro América (TVCA). Buscando também estudar quais possíveis interferências poderiam ser causadas para as emissoras FM já atuantes em caso de uma nova emissora FM fosse introduzida na cidade e em quais faixa de frequências essa nova emissora poderia operar sem causar interferências.

Para chegar nos resultados esperados para o estudo alguns objetivos específicos devem ser considerados, que são:

 Determinar uma faixa de frequência e uma localização geográfica da possível nova emissora FM;

 Determinação da intensidade de campo das emissoras FM;

 Calcular o nível médio das radiais (NMR);

 Calcular o nível médio do terreno (NRT);

 Calcular a altura da antena irradiante das emissoras em relação ao nível do terreno (HNMT);

 Definir Contorno de proteção de cada emissora;

 Interpretar se o contorno de proteção de cada emissora não está

sofrendo interferência de alguma forma, ou ainda não está interferindo

no funcionamento das demais;

(26)

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

5.1 CLASSIFICAÇÃO DAS EMISSORAS FM

A tabela 4 abaixo apresenta a classificação das emissoras FM de acordo com a potência e com o seu alcance:

Tabela 4 – Classificação das Emissoras FM

CLASSES REQUISITOS MÁXIMOS

POTÊNCIA (ERP) DISTÂNCIA MÁXIMA AO CONTORNO PROTEGIDO

(66dBµ) (km)

ALTURA DE REFERÊNCIA SOBRE O NÍVEL MÉDIO

DA RADIAL (m)

kW dBk

E1 100 20,0 78,5 600

E2 75 18,8 67,5 450

E3 60 17,8 54,5 300

A1 50 17,0 38,5 150

A2 30 14,8 35,0 150

A3 15 11,8 30,0 150

A4 5 7,0 24,0 150

B1 3 4,8 16,5 90

B2 1 0 12,5 90

C 0,3 -5,2 7,5 60

Fonte: Anatel resolução n° 546 (2010)

A maneira com que uma emissora irradia o seu sinal pode ser caracterizadas da seguinte forma:

 Onidirecionais: remete ao fato de que a sua irradiação é uniforme em todas as

direções.

(27)

 Diretivas: quando sua irradiação tem uma predominância em algumas direções, sendo que nesse caso a sua classe será determinada pela distância máxima ao contorno protegido (66 dBµ).

5.2 ÁREAS DE SERVIÇO

Segundo a resolução de n° 67 da Anatel a cobertura de sinal é compreendida nas seguintes áreas de serviço:

 Área de Serviço Primária (Contorno 1): limitada pelo contorno de 74 dBµ (5 mV/m).

 Área de Serviço Urbana (Contorno 2): limitada pelo contorno de 66 dBµ (2 mV/m).

 Área de Serviço Rural (Contorno 3): compreendida entre o contorno 2 e o contorno de 54 dBµ (0,5 mV/m).

5.3 CONTORNO PROTEGIDO

As emissoras FM tem o seu sinal protegido contra interferências prejudiciais localizada em sua área de serviço urbano que é delimitada pelo contorno 2, correspondendo ao lugar geométrico dos pontos que a intensidade de campo do sinal da emissora tem o valor de 66 dBµ (2 mV/m) sendo assim seu contorno protegido.

Para facilitar o cálculo o contorno 2 para sistemas onidirecional deve ser considerado como uma circunferência de raio definido como sendo a máxima distância ao contorno protegido, estabelecida na tabela 4 para cada classe de emissora. Em casos de emissoras com limitação de potência em uma determinada radial ou ainda que utilize um sistema de irradiação diretivo deverá ser considerada a distância correspondente a cada valor de limitação de acordo com o indicado no PBFM.

5.4 TIPOS DE INTERFERÊNCIA EM FM

Segundo a resolução de n° 546 da Anatel as interferências entre estações de emissoras FM ou de TV são classificadas da seguinte forma:

0 - Interferência co-canal: entre canais com portadora na mesma frequência;

±1 - Interferência primeiro adjacente: entre canais com portadoras deslocadas de ±200

kHz;

(28)

±2 - Interferência segundo adjacente: entre canais com portadoras deslocadas de

±400 kHz;

FI - Interferência de batimento de FI: entre canais com portadoras deslocadas de

±10600 ou 10800 kHz.

Zona de Sombra - É a área que, apesar de circunscrita ao contorno protegido da estação, apresenta um valor de intensidade de sinal recebido menor que 40 dBµ.

5.4.1 INTERFERÊNCIA ENTRE SINAIS DE FM

Para uma emissora FM estar segura de que estará livre de interferências a tabela 5 abaixo fornece a relação entre o sinal desejada e cada um dos sinais interferentes no contorno protegido tiver minimamente o valor dado pela tabela abaixo:

Tabela 5 – Relação de proteção (sinal desejado/sinal interferente )

f (kHz ) RELAÇÕES DE PROTEÇÃO

LINEAR dB

CO-CANAL 0 50,1:1 34

CANAIS ADJACENTES ± 200 2:1 6

± 400 1:22,4 -27

BATIMENTO DE FI ± 10600

± 10800

Contornos correspondentes a E(50,50) = 85 dBµ não podem se superpor

Fonte: Anatel resolução n° 67 (1998)

Importante ressaltar que f = diferença entre a frequência do sinal desejado e a frequência do sinal interferente

Para evitar de que emissoras das diversas classes possam se interferir a

resolução de n° 546 da Anatel fornece a tabela 6 abaixo que demonstra a separação

mínima exigida entre duas estações.

(29)

Tabela 6 – Separação mínima exigida entre duas estações

FM X FM DISTÂNCIA (km)

CLASSE DA EMISSORA

E1 E1 E1 E1 E1 E1 E1 E1 E1 E1 E2 E2 E2 E2 E1 E2 E3 A1 A2 A3 A4 B1 B2 C E2 E3 A1 A2 TIPO DE

INTERFE- RÊNCIA

0 356 344 331 316 312 307 301 294 290 285 323 310 394 290

±1 182 171 158 142 139 134 128 120 116 111 156 143 128 124

±2 103 98 92 87 86 84 83 81 81 80 86 81 76 75 FI 74 67 60 52 50 48 45 42 40 39 59 52 44 43

FM X FM DISTÂNCIA(km)

CLASSE DA EMISSORA

E2 E2 E2 E2 E2 E3 E3 E3 E3 E3 E3 E3 E3 A1 A3 A4 B1 B2 C E3 A1 A2 A3 A4 B1 B2 C A1 TIPO DE

INTERFE- RÊNCIA

0 286 279 272 268 263 287 271 267 262 256 249 245 240 244

±1 119 113 106 102 96 127 111 107 102 96 89 85 80 92

±2 73 71 70 69 69 68 63 62 60 58 57 56 56 47 FI 40 37 35 33 32 45 37 35 33 30 27 26 24 30

FM X FM DISTÂNCIA (km)

CLASSE DA EMISSORA

A1 A1 A1 A1 A1 A1 A2 A2 A2 A2 A2 A2 A3 A3 A2 A3 A4 B1 B2 C A2 A3 A4 B1 B2 C A3 A4

Continua

(30)

Continua Tabela 6 – Separação mínima exigida entre duas estações

TIPO DE INTERFE-

RÊNCIA

0 241 236 230 222 219 213 224 220 213 206 202 197 198 192

±1 88 84 78 70 66 61 83 78 72 65 61 56 72 66

±2 46 44 42 41 40 40 42 41 39 38 37 36 36 34 FI 28 25 22 20 18 17 26 23 20 18 16 15 21 18

FM X FM DISTÂNCIA(km)

CLASSE DA EMISSORA

A3 A3 A3 A4 A4 A4 A4 B1 B1 B1 B2 B2 C B1 B2 C A4 B1 B2 C B1 B2 C B2 C C TIPO DE

INTERFE- RÊNCIA

0 185 181 175 159 152 148 143 125 121 116 94 89 60

±1 59 55 49 57 50 46 41 41 37 32 31 26 19

±2 33 32 32 28 27 26 25 19 19 18 15 14 9 FI 15 14 12 15 12 11 9 10 8 7 7 5 4 Fonte: Anatel resolução n° 546 (2010)

Ressaltando que as distancias apresentadas na tabela 6 foram obtidas tendo como referência o canal 201.

5.4.2 INTERFERÊNCIA ENTRE SINAIS DE FM E RADCOM

No planejamento de novas emissoras FM ou alteração de alguma natureza

técnica das que já operam é dado na tabela 6 as condições de separação mínima

exigida entre uma emissora de rádio FM e uma rádio comunitária (RADCOM).

(31)

Tabela7–Separação mínima exigida entre emissoras FM e rádios comunitárias

FM X RADCOM DISTÂNCIA (km)

CLASSE DAS EMISSORAS

RADCOM

E1 E2 E3 A1 A2 A3 A4 B1 B2 C

TIPO DE INTERFE-

RÊNCIA

0 118 102 84 63 57 52 45 38 34 29

±1 83 72 59 43 39 34 28 21 17 12

±2 80 69 56 40 36 31 25 18 14 9

FI 39 32 25 17 15 12 9 7 5 4

Fonte: Anatel resolução n° 546 (2010)

Essas distancias foram calculadas usando como base o canal 200 servindo como referência para estudos sem o uso de ferramentas computacionais.

Importante ressaltar que em casos de rádios comunitárias existe um Plano de Referência para Distribuição de Canais do Serviço de Radiodifusão Comunitária (PRRadCom) que autoriza um único canal para serviços de RADCOM por município devendo ser considerada o local da instalação da estação comunitária como sendo o ponto limite desse município que for mais próximo da estação FM que está sendo estudada e analisada. Sendo que área de serviço das estações de RADCOM é de 1 km (campo de 91 dBµ) e que sua ERP é de 25 W a uma altura de referência de 30 metros sobre o nível médio do terreno.

5.4.3 INTERFERÊNCIA ENTRE SINAIS DE FM E TV

Para evitar interferências entre Emissoras de Televisão e retransmissoras com novas emissoras FM ou ainda emissoras FM que farão alguma alteração de natureza técnica é necessário observar as exigências para proteção dos mesmos. Sendo necessário para realização dos cálculos correspondentes o uso das curvas E (50,50) e E(50,10).

5.4.3.1 ADJACÊNCIAS ENTRE CANAIS DE TV E DE FM

A portadora de áudio do canal 6 que possui frequência em 87,75 MHz deve ser

considerada como sendo do canal 200 da canalização FM, ou seja, a frequência em

(32)

87,9 MHz cuja potência efetiva irradiada (ERP) seja 12% da máxima especificada para o canal de TV ou de retransmissora (RTV) de acordo com o plano básico de distribuição de canais. As relações de proteção por adjacência devem seguir os valores definidos pela tabela 5.

Afim de proteger o canal 6 da televisão contra interferência dos canais 198,199 e 200 da canalização FM existem distancias mínimas exigidas entre o limite do município que possui essas estações de rádios comunitárias nos canais já citados e as estações sejam de geração ou de retransmissão de televisão, essas distâncias são apresentadas abaixo:

 Classe E - 99 km

 Classe A - 78 km

 Classe B - 59 km

 Classe C - 47 km

5.5 EMISSORAS AM ADAPTAÇÃO NA FAIXA FM

As emissoras de rádios AM (amplitude modulada) são regulamentadas pela resolução n° 116 da Anatel sendo dividas em três classes que são definidas de acordo com a cobertura almejada pela emissora, no qual são:

Classe A – é um tipo de estação que é destinada a promover a cobertura ás áreas de serviço primária que é a área de serviço delimitada pelo contorno para o qual o campo da onda de superfície está protegido contra interferências e secundária que é a área de serviço delimitada pelo contorno para o qual o campo da onda ionosférica durante 50% do tempo está protegido contra interferências, seu campo característico mínimo é de 310 mV/m sendo sua potência máxima diurna e noturnas de 100 kW e 50 kW respectivamente.

Classe B – esse tipo de estação atende coberturas de zonas urbanas, suburbanas e rurais podendo ser de um ou mais centro populacionais dentro da área de serviço primária não podendo sofrer interferências nesta área, a característica de seu campo mínimo é de 295 mV/m sendo sua potência diurna e noturna de 50 kW.

Em casos de natureza técnica em capitais e municípios pertencentes a regiões metropolitanas poderá ser autorizada a potência diurna até 100 kW.

Classe C – essa estação promove cobertura em zonas urbanas e suburbanas

de um centro populacional presente em sua área de serviço primária e não devendo

(33)

sofrer interferências nesta área, seu campo característico mínimo é de 280 mV/m e dependendo dos casos sua potência diurna máxima pode chegar 5 kW e a noturna em 1 kW.

As emissoras de radiodifusão que operam em amplitude modulada são divididos ondas médias (OM), ondas curtas (OC) e ondas tropicais (OT) e suas respectivas frequências são apresentadas na tabela 4. As estações de operação de onda tropical na faixa de 120 metros englobam exclusivamente a classe C. As estações de ondas curtas e de ondas tropicais presentes nas faixas de 90 e 60 metros não são divididas em classes sendo que suas coberturas respondem exclusivamente em função das faixas de frequência em que operam; já as faixas de onda tropical apenas podem ser usadas em instalações entre os trópicos de câncer e capricórnio de acordo com a União Internacional de Telecomunicações (UIT).

Tabela 8 – Serviço de Radiodifusão e Frequência Atribuída

Onda média

525 kHz a 1705 kHz

Onda tropical (120 metros) 2300 kHz a 2495 kHz

Onda tropical faixa alta 3200 kHz a 5060 kHz

Onda curta 5950 kHz a 26100 kHz

Frequência modulada, incluindo RadCom 87,4 MHz a 108,0 MHz

Televisão VHF baixo Canais 2 a 6 (54MHz a 88MHz)

Televisão VHF alto Canais 7 a 13 (174MHz a 216 MHz)

Televisão UHF Canais 14 a 69 (470 MHz a 806 MHz)

Fonte: Abert (2016)

A conversão de emissoras de rádios AM para rádios FM será de acordo com o

porte dessas emissoras através disso o decreto n° 8.139 assinado pela então

(34)

presidente Dilma Rousseff estabelece uma tabela de conversões entre as classes existentes no AM e as presentes no FM.

Tabela 9 – Relação entre emissoras OM classe A e as emissoras FM EMISSORAS OM - CLASSE A

FAIXA DE FREQUÊNCIA (em kHz)

CLASSE DE FM IMEDIATAMENTE ANTERIOR

540 a 1.420 E2

1430 a 1.610 E3

Fonte: Decreto n° 8.139 (2013)

Tabela 10 – Relação entre emissoras OM classe B e as emissoras FM EMISSORAS OM - CLASSE B

FAIXA DE FREQUÊNCIA

(em kHz)

CLASSE DE FM IMEDIATAMENTE ANTERIOR

540 a 620 E3

630 a 860 A1

870 a 1.030 A2

1040 a 1.170 A3

1.180 a 1.610 kHz A4

Fonte: Decreto n° 8.139 (2013)

(35)

Tabela 11 – Relação entre emissoras OM classe C e as emissoras FM EMISSORAS OM - CLASSE C

FAIXA DE FREQUÊNCIA

(em kHz)

CLASSE DE FM IMEDIATAMENTE ANTERIOR

540 a 810 B1

820 a 1.100 B2

1.110 a 1.610 C

Fonte: Decreto n° 8.139 (2013)

(36)

6 METODOLOGIA

A metodologia aqui utilizada seguirá o determinado pela Anatel na resolução de n° 67, No qual para poder analisar as possíveis interferências existentes nos serviços já citados buscará primeiramente determinar a intensidade de campo elétrico, o contorno protegido, o contorno interferente, áreas de serviço (cobertura) das emissoras estudadas FM. Afim de facilitar os cálculos e obter boas simulações sobre as situações que se busca estudar deverá ser utilizado a ferramenta SIGANATEL- Sistemas de informações geográficas da Agência nacional de telecomunicações, sendo que essa ferramenta é um módulo de cálculo de viabilidade de canais sejam de TV ou FM.

6.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Para determinar o raio de alcance de uma determinada emissora FM primeiramente será necessário determinar os contornos de intensidade de campo do sinal, sendo que o terreno considerado é plano e de altitude já conhecida. A primeira radial será definida de acordo com a direção do norte verdadeiro (NV) e no qual por meio do trajeto das radiais as informações sobre o relevo do terreno serão apuradas.

Para a determinação de contornos e valores de intensidade de campo esse trabalho adotará o estabelecido pela Anatel na Resolução de n° 398 que atende a recomendação UIT-R P.1546-1 da União internacional de telecomunicações. Sendo assim serão consideradas dois tipos de curvas chamadas de E(50,50) e E(50,10), no qual a E(50,50) será utilizada para calcular as distâncias ao contorno protegido e ás diferentes áreas de serviço fornecendo os valores de intensidade de campo excedidos em 50% dos locais durante 50% do tempo e a E(50,10) será utilizada para o cálculo dos sinais interferentes fornecendo valores de intensidade de campo excedidos em 50% dos locais e durante 10% do tempo. Estas curvas mencionadas indicam os valores de intensidade de campo em dB acima de 1mV/m(dBµ), para uma potência efetiva irradiada (ERP) de 1kW. Por meio das figuras 1 e 2 são apresentadas respectivamente as curvas E(50,50) e E(50,10).

Por meio da resolução de n° 398 no Anexo 4 da mesma é apresentado os

valores de intensidade de campo representados nas curvas E(50,50) e E(50,10),

respectivamente. Esses valores serão aqui apresentados por meio do Anexo A e B

presentes nesse trabalho.

(37)

6.2 DETERMINAÇÃO TEÓRICA DA INTENSIDADE DE CAMPO

Para determinar a intensidade de campo de uma emissora a uma dada distância será utilizado os valores presentes no Anexo A e B da seguinte maneira:

1) Primeiramente será necessário selecionar a coluna correspondente à altura do centro geométrico da antena sobre o nível médio do terreno;

2) Segundo passo será selecionar a linha correspondente à distância de interesse;

3) A interseção do item 1) com 2) contém o valor da intensidade de campo na distância desejada, em dBµ, para uma ERP de 1 kW. Sendo que esse valor da intensidade de campo para a distância desejada adicionado o valor da potência ERP em dBk transmitida pela estação em estudo obterá o valor da intensidade de campo desejada em dBµ exatamente no ponto considerado.

6.3 LEVANTAMENTO DO NÍVEL MÉDIO DO TERRENO OU DE UMA RADIAL Será levantado o nível médio do terreno para cada radial em 12 direções partindo do local da antena, considerando os trechos que estão presentes entre 3 e 15 km da antena transmissora. As radiais serão traçadas com espaçamento angular de 30° entre si, iniciando pelo Norte Verdadeiro (NV) e para cada radial serão levantadas as cotas de 50 pontos igualmente espaçados. Sendo que será calculado o nível médio de uma radial (NMR) através da média aritmética das altitudes do terreno em relação ao nível do mar para assim através da média aritmética dos níveis médios das radiais obter o nível médio do terreno (NRT). O valor de NRT permite que o terreno possa ser considerado plano.

Dessa forma o valor da altura da antena em relação ao terreno (HNMT) em metros necessário para o uso dos valores presentes no Anexo A e B será encontrado por meio da simples equação abaixo:

𝐻𝑁𝑀𝑇 = 𝐻𝐵𝑇 + 𝐻𝑇 − 𝑁𝑀𝑇 (23)

No qual HBT é a altura da torre em relação ao nível do mar; HT é altura da

torre de sustentação até o centro geométrico da antena do sistema irradiante.

(38)

Figura 1 – Curva E(50,50) para canais de FM

Fonte: (Anexo 2 – Recomendação UIT-R P, 1546-1)

(39)

Figura 2 – Curva E(50,10) para canais de FM

Fonte: (Anexo 2 – Recomendação UIT-R P, 1546-1)

(40)

7 CRONOGRAMA

Distribuição das tarefas previstas na execução da pesquisa. O cronograma mostra a previsão de tarefas futuras a partir da aprovação do PP. A sequência de tarefas segue conforme a metodologia adotada e vai estabelecendo datas-limites para coleta de dados, análise, redação e conclusão do trabalho.

ATIVIDADES

MÊS

Dez. Jan. Fev. Março Abril Maio Escolha do tema e do

orientador Encontros com o orientador

Pesquisa bibliográfica preliminar

Leituras e elaboração de resumos

Elaboração do projeto Entrega do projeto de pesquisa

Revisão bibliográfica

complementar

Coleta de dados

complementares

Redação da

monografia

Revisão e entrega

oficial do trabalho

Apresentação do

trabalho em banca

(41)

8 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

BRASIL, Anatel. Resolução n° 67, de 1998. Aprova o Regulamento Técnico para Emissoras de Radiodifusão Sonora em Frequência Modulada. Diário Oficial, Brasília, DF, 13 nov. 1998. Seção 1, p. 1.

BRASIL, Anatel. Resolução n° 116, de 1999. Aprova o Regulamento Técnico para a Prestação do Serviço de Radiodifusão Sonora em Onda Média e em Onda Tropical (faixa de 120 metros). Diário Oficial, Brasília, DF, 26 mar.1999 Seção 1.

Switzerland, RECOMMENDATION ITU-R P.1546-1. Method for point-to-area predictions for terrestrial services in the frequency range 30 MHz to 3000 MHz. (2001- 2003)

BRASIL, Anatel. Resolução n° 355, de 2004. Aprova alteração do Regulamento Técnico para Emissoras de Radiodifusão Sonora em Frequência Modulada, objetivando, especificamente, a ampliação da faixa de radiodifusão sonora em frequência modulada, de 87,8 a 108 MHz, para 87,4 a 108 MHz. Diário Oficial, Brasília, DF, 22 mar.2004 Seção 1.

BRASIL, Anatel. Resolução n° 398, de 2005. Aprova as alterações do Regulamento Técnico para Emissoras de Radiodifusão Sonora em Frequência Modulada, e do Regulamento Técnico para a Prestação do Serviço de Radiodifusão de Sons e Imagens e do Serviço de Retransmissão de Televisão. Diário Oficial, Brasília, DF, 19 abr.2005 Seção 1.

BRASIL, Anatel. Resolução n° 546, de 2010. Altera o Regulamento Técnico para Emissoras de Radiodifusão Sonora em Frequência Modulada. Diário Oficial, Brasília, DF, 9 set. 2010. Seção 1.

BRASIL. Decreto nº 8.139, de 7 de novembro de 2013. Dispõe sobre as condições para extinção do serviço de radiodifusão sonora em ondas médias de caráter local, sobre a adaptação das outorgas vigentes para execução deste serviço e dá outras providências. Diário Oficial, Brasília, DF, 8 nov. 2013. Seção 1, p. 1.

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Viabilidade de Canais de FM. XXV Simposio Brasileiro de Telecomunicações -

RECIFE, PE.

(43)

9 ANEXOS

Anexo A – Valores de intensidade de campo (em dBµv/m) obtidos pelo método descrito na recomendação UTI- R P 1546-1 para a curva E(50,50).

Anexo B – Valores de intensidade de campo (em dBµv/m) obtidos pelo método

descrito na recomendação UTI- R P 1546-1 para a curva E(50,10).

(44)
(45)
(46)

Referências

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