Problemas e exercícios de Princípios de Química-Física (2009-2010)
Conceitos básicos de termodinâmica
1 −−−− Considere 2 moles de água na forma de gelo, a -10ºC. Qual é a quantidade de calor que é necessário fornecer a esta amostra de gelo para a transformar em vapor de água a 110ºC? Quanto tempo durará esta transformação se o calor for fornecido a uma velocidade constante de 200 J/min?
Dados: Calor específico do gelo 2.09 J g-1 K-1 Calor de fusão do gelo 6.02 kJ mol-1 Calor específico da água líquida 4.18 J g-1 K-1 Calor de vaporização da água 40.7 kJ mol-1 Calor específico do vapor de água 2.0 J g-1 K-1
2 −−−− A uma amostra de 500 mL de água líquida a 5 ºC, contida num recipiente isolado, adicionaram-se 45 g de gelo a 0 ºC. Caracterize a situação final de equilíbrio indicando temperatura final do sistema, fases presentes e suas quantidades. Utilize os dados do problema anterior.
3 −−−− Considere 200 g de uma mistura de água com etanol (CH3CH2OH) a 25ºC em que a fracção molar em etanol é de 0.4. Calcule a temperatura final após se terem acrescentado 20 g de gelo a 0ºC. Admita que a mistura se faz num recipiente devidamente isolado para que não existam trocas de calor com o meio exterior. (Calor específico molar do etanol líquido a 25 ºC: Cpm = 111.46 J K-1 mol-1; outros dados relevantes são apresentados no problema 1.1).
4 −−−− Considere uma transformação reversível de um gás perfeito, constituída pelas seguintes etapas sucessivas:
1 - expansão isobárica;
2 - expansão adiabática;
3 - arrefecimento isobárico;
4 - compressão adiabática.
No fim destas quatro etapas, o sistema encontra-se num estado idêntico ao estado inicial. Esboce num diagrama pressão/ volume e volume/ temperatura as transformações ocorridas. Esboce ainda num diagrama entropia/temperatura as transformações atrás descritas.
5 −−−− Uma mole de um gás monoatómico encontra-se inicialmente a 400K e à pressão de 1 bar, e sofre uma expansão adiabática contra uma pressão exterior de 0.1 bar de tal modo que a pressão final do gás é precisamente de 0.1 bar. a) Calcule o trabalho realizado nesta transformação. b) Qual é a temperatura do gás após a expansão? c) Calcule a variação de entropia na transformação referida.
6 −−−− Calcule a variação de entropia associada à transformação de 2 mol de gelo a -10 ºC em vapor de água a 110 ºC.
Dados: Entalpia molar de fusão do gelo a 273 K, ∆fusH0 = 6.008 kJ.mol-1. Entalpia molar de vaporização da água a 373 K, ∆vapH0 = 44.0 kJ.mol-1. Capacidade calorífica específica do gelo: cP = 2 J.K-1.g-1.
Capacidade calorífica molar da água líquida: CPm/R = A + BT + CT2, com A = 8.712, B = 1.25×10-3, e C = -0.18×10-6.
Capacidade calorífica molar do vapor de água: CPm (J K-1 mol-1) = A + BT + CT2 + DT3, com A = 32.24, B = 1.923×10-3, C = 1.055×10-5, e D = -3.595×10-9.
7 – Num sistema isolado juntam-se 5 g de gelo à temperatura de 273 K com 50 g de água à temperatura de 300 K. Qual é o valor da variação de entropia nesta operação sabendo que a entalpia de fusão do gelo é de 6 kJ.mol-1 e que a capacidade calorífica molar a pressão constante da água é de 75.24 J.mol-1.K-1?
Tensão superficial e capilaridade
8 −−−− O ângulo de contacto da água num vidro limpo é próximo de zero. Calcule a tensão superficial da água a 20 ºC tendo em conta que ela sobe 4.96 cm num tubo capilar de vidro com raio interno de 0.300 mm. A densidade da água a 20 ºC é de 998.2 kg m-3.
9 −−−− Um tubo de vidro com diâmetro interno de 1.0 cm contém um varão central, também de vidro, com 0.98 cm de diâmetro. Se for introduzido num recipiente com água a 25 ºC, a que altura subirá a água?
Dados relativos à água a 25 ºC: tensão superficial γ = 72.0 mN m-1; densidade ρ = 0.9971 g cm-3.
10 −−−− Uma técnica clássica para medir a tensão superficial de um líquido é o método da ascensão capilar diferencial. A tensão superficial de um líquido que molha o vidro determina-se a partir da diferença de nível ∆h entre os meniscos de dois tubos cilíndricos com raios diferentes, r1 e r2. No caso em que r1 = 1.0 mm e r2 = 5 mm, obteve-se, para um dado líquido a 25 ºC, ∆h = 0.5 cm. Sabendo que a densidade desse líquido a 25 ºC é ρ = 0.95 g.cm-3, determine o valor da tensão superficial a essa temperatura.
11 −−−− Calcular a pressão diferencial da água através da superfície de uma gota de raio 200 nm a 20 ºC.
Equilíbrio de fases: substâncias puras
12 −−−− Qual é a variação do ponto de ebulição da água a 100 ºC por Pa de variação da pressão? A entalpia de vaporização molar é de 40.69 kJ mol-1, o volume molar da água líquida é 0.019×10-3 m3 mol-1, e o volume molar do vapor é 30.199×10-3 m3 mol-1, todos a 100 ºC e 1.01325 bar.
13 −−−− Calcular a variação de pressão necessária para fazer variar de 1 ºC o ponto de fusão da água. A 0ºC a entalpia de fusão do gelo é de 333.5 J g-1, a densidade da água é de 0.9998 g cm-3, e a densidade do gelo é de 0.9168 g cm-3.
14 −−−− Calcule a pressão de equilíbrio para a conversão da grafite em diamante a 25 ºC.
Considere que as densidades da grafite e do diamante são respectivamente 2.25 e 3.51 g cm-3 (independentes da pressão). A entalpia de formação padrão do diamante é 1895 J mol-1 e as entropias padrão da grafite e do diamante são respectivamente 5.740 e 2.377 J K-1 mol-1.
15 −−−− Abaixo do ponto triplo (t = -56.2ºC; P = 5.11 atm) a pressão de vapor do CO2
sólido é expressa pela relação
mmHg T
Psat 1353
832 . 9 ) /
(
log10 = −
onde T vem em K. A entalpia de fusão é 8328 J mol-1.
a) Faça uma estimativa da pressão de vapor do CO2 líquido a 0 ºC e indique as fontes de erro do método utilizado.
b) Explique por que razão não é possível ter CO2 líquido à pressão atmosférica.
16 −−−− a) Qual é o aspecto geral das curvas µ = f(T) do potencial químico de uma substância pura a uma pressão abaixo da do ponto triplo?
b) O estado padrão de referência a 298 K do iodo molecular (estado natural) é o estado sólido cristalino. Qual é a pressão de vapor do iodo, I2, gasoso em equilíbrio com o iodo sólido a 298.15?
c) O estado padrão de referência a 298 K do bromo molecular (estado natural) é o estado líquido. Qual é a pressão de vapor do bromo, Br2, gasoso em equilíbrio com o bromo líquido a 298.15?
Dados (a 298.15 K):
Bromo: ∆fH0 /kJ mol-1 S0 / J K-1 mol-1 Iodo: µ / kJ mol-1
líquido 0 152.21 sólido 0
Gás 30.91 245.35 gás a 1 bar 19.37
Equilíbrio de fases: misturas binárias
17 −−−− A 60 ºC as pressões de vapor do benzeno e do tolueno puros são respectivamente 0.513 e 0.185 bar. Quais são as equações da linha de ebulição e da linha de condensação (ou de orvalho)? Para uma mistura líquida com fracção molar 0.6 em tolueno quais são as pressões parciais de benzeno e tolueno na fase vapor e qual é a fracção molar de tolueno no vapor?
18 −−−− Arrefece-se ar à pressão atmosférica. O ar é essencialmente uma mistura binária de oxigénio e azoto tal que yO2 = 0.21. Com base no diagrama isobárico do ar apresentado a seguir responda às perguntas seguintes:
a) A que temperatura se iniciará a liquefacção do ar?
b) Qual será a composição da primeira gota de líquido?
c) A que temperatura é que o ar estará completamente liquefeito? Quais serão nessas circunstâncias as composições das duas fases líquida e gasosa?
d) Se partirmos de 1000 moles de ar, analise a linha conodal (ou de ligação) a 80 K para determinar qual é a composição do sistema a essa temperatura?
19 −−−− Se se pretendesse usar osmose inversa para forçar água pura a sair do recipiente que contém a solução, qual seria a pressão a aplicar se as concentrações dos solutos fossem da ordem da parte por mil, sendo a massa molar da impureza presente igual a 100 g mol-1? Compare a pressão calculada com a pressão típica dos sistemas de água canalizada (cerca de 5 atm).
20 −−−− Calcule a pressão osmótica de uma solução 1M de sacarose em água sabendo que a 30º C a pressão de vapor da solução é de 4.1606 kPa. A 30 ºC a pressão de vapor da água pura é 4.2429 kPa e a densidade do líquido é 0.99564 g cm-3.
Sacarose C12H22O4, M = 342.30 g mol-1.
21 −−−− Sobre o sistema binário acetona(A) + clorofórmio(B): medidas de pressão de vapor sobre este sistema forneceram os resultados seguintes:
xB 0 0,12 0.18 0.30 0.42 0.50 0.58 0.66 0.80 0.92 1
pB / mm de Hg 0 20 32 55 89 112 140 170 224 267 293 pA / mm de Hg 344 300 275 230 174 144 108 79 37 13 0
a) Quais são os valores das pressões de saturação do clofórmio e da acetona a 308.3 K?
b) Trace as curvas PB(xB) e PA(xB). Que comportamento traduzem estas curvas?
c) Quais são os valores das constantes de Henry para os dois componentes a 308.3 K?
d) Quais são os valores da actividade e do coeficiente de actividade da acetona para xA
= 0.88 e 0.58?
e) Completar o diagrama representando a pressão total em função de xB e de yB. Que se observa? Obter as coordenadas do ponto azeotrópico.
22 −−−− Duas substâncias A e B são imiscíveis no estado sólido. A partir dos dados seguintes:
A B
M /g.mol-1 143.32 136.28
Tfus*
/ºC 455 283
∆fusH* /kJ.mol-1 13.2 23.2
responda às questões que se seguem:
a) Faça um esboço do diagrama de fases isobárico sólido-líquido.
b) Calcule as equações das linhas de equilíbrio e as coordenadas do ponto eutéctico.
c) 10 moles de uma mistura líquida de A e B com fracção molar yB = 0.2 são levadas a 350ºC. Determinar a natureza e as massas das fases em presença.
Equilíbrio químico
23 −−−− A 1100 K as constantes de equilíbrio das reacções
C(s) + CO2(g) → 2 CO(g) (1)
e
H2(g) + CO2(g) → H2O(g) + CO(g) (2) são respectivamente K1 = 10 e K2 = 1.
Num recipiente a 1100 K e à pressão constante de 100 kPA introduziram-se 1000 g de carbono e m gramas de água. Designaremos por a o número de moles de carbono introduzidos no recipiente, por n o número de moles de água acrescentados, e por x o
número de moles de monóxido de carbono presentes no equilíbrio quando o carbono está em vias de desaparecer.
a) Utilize as constantes de equilíbrio e as equações de conservação da matéria para estabelecer uma relação entre a e x que não envolva qualquer outra quantidade para além destas.
b) Calcule a massa mínima de água, mmin, que é preciso acrescentar para que o carbono esteja em vias de desaparecer.
24 −−−− Considere a reacção de dissociação do carbonato de cálcio:
CaCO3(s) → CaO(s) + CO2(g)
Na tabela seguinte apresentam-se algumas propriedades termodinâmicas:
CaCO3(s) CaO(s) CO2(g) Cp0
/ J K-1 mol-1 111 48 37,1
∆fH0/kJ mol-1 −1207 −635,09 −393,51
S0/ J K-1 mol-1 92,8 38,1 213,68
Considere que Cp0 é independente da temperatura.
a) Escreva as expressões de ∆rH0(T), ∆rS0(T) e ∆rG0(T), em função da temperatura.
b) Calcule a temperatura de inversão deste equilíbrio.
c) Calcular PCO2 no equilíbrio a 1100 K.
d) Num recipiente de volume V = 10 L, previamente esvaziado de ar, introduziram-se n moles de CaCO3(s) a T = 1100 K.
d1) Sendo n = 0,01 mol, determinar a composição e calcular a afinidade do sistema no estado final.
d2) Responda à mesma pergunta no caso de n = 0,1 mol.
d3) Ao sistema final precedente acrescentam-se 0,1 mol de CO2. Qual é a nova afinidade do sistema antes da reacção? Que conclusão se pode extrair disso? Qual é a afinidade no estado final?
25 – Aquece-se vapor de água até à temperatura de 2000 K, verificando-se a sua dissociação parcial em H2 e O2. A essa mesma temperatura, as constantes de equilíbrio das reacções
H2 + CO2↔ H2O + CO e
CO2↔ CO + ½ O2 são respectivamente KP = 4.90 e KP = 1.42 × 10-3.
Qual é a pressão parcial do hidrogénio formado por dissociação, quando a pressão de vapor da água for de 1 bar?
26 −−−− Considere o sistema reaccional:
4 HCl(g) + O2(g) 2 H2O(g) + 2 Cl2(g).
À temperatura T e à pressão de 4 bar, o sistema em equilíbrio contém: n1 = 0.3 mol de HCl; n2 = 0.012 mol de O2; n3 = 0.45 mol de H2O; n4 = 0.72 mol de Cl2.
a) Em que sentido evoluirá uma mistura gasosa obtida misturando os quatro gases à temperatura T de forma que as pressões parciais são de 1 bar?
b) A partir do estado de equilíbrio descrito no início do enunciado (antes da alínea a)) provoca-se uma adição isobárica e isotérmica de: i) oxigénio, O2; ii) ar (1 O2 + 4 N2).
Diga, em cada caso, qual é o sentido de deslocamento do equilíbrio. Justifique em termos quantitativos com recurso à termodinâmica do equilíbrio, e não com base no princípio de Le Chatelier.
Adsorpção
27 - Os dados da Tabela seguinte referem-se à adsorção de monóxido de carbono em carvão a 273 K.
P /kPa 13.3 26.7 40.0 53.3 66.7 80.0 93.3
V/ cm3 10.2 18.6 25.5 31.5 36.9 41.6 46.1
a) Confirme que os dados obedecem à isotérmica de Langmuir. b) Calcule a constante de equilíbrio K e o volume correspondente à monocamada completa. c) Calcule a pressão à qual a fracção coberta é θ = 0.70.
28 – O volume de oxigénio gasoso (referido a 0 ºC e 101 kPa) adsorvido na superfície de uma amostra de sílica com 1.00 g a 0 ºC foi de 0.284 cm3 a 142.4 Torr e de 1.430 cm3 a 760 Torr. a) Qual é o volume da monocamada completa? b) Qual é a área superficial da amostra de sílica considerando que a área ocupada por cada molécula de O2 à superfície é de 17.0 × 10-20 m2.
29 – Verificou-se que a entalpia de adsorção de CO numa superfície é de – 120 kJ mol-1. a) Trata-se de adsorção física ou química? b) Faça uma estimativa do tempo de vida médio da molécula de CO sobre a superfície a 400 K.
30 – Com a mesma amostra do problema 25) fizeram-se medidas a diferentes temperaturas, a partir das quais se determinou a pressão do gás necessária, a cada temperatura, para que a adsorpção seja de V = 10 cm3 (1 atm; 273.15 K). Alguns resultados apresentam-se na tabela seguinte.
T /K 200 210 220 230 240 250
P /kPa 4.00 4.95 6.03 7.20 8.47 9.85
Calcule a entalpia de adsorção para esta fracção coberta (isostérica).
Soluções e resoluções
1 – O processo de aquecimento do gelo desde -10ºC até 110 ºC pode ser decomposto nos cinco passos a seguir esquematizados:
-10ºC….
0ºC……
100ºC ………...
110ºC………...
Passo (1): aquecimento do gelo, Q1 = n×cp×∆T = 2×18.015×2.09×10 = 753.0 J Passo (2) : fusão do gelo, Q2 = n×∆fH = 2×6.02×103 = 12.04 kJ
Passo (3): aquecimento da água líquida, Q3 = 2×18.015×4.18×100 = 15.06 kJ Passo (4): vaporização da água líquida: Q4 = 2×40.7= 81.4 kJ
Passo (5): aquecimento do vapor de água: Q5 = 2×18.015×2.0×10 = 0.72 kJ Qtotal = Q1+ Q2+Q3+Q4+Q5 =110.0 kJ
Qtotal = velocidade de aquecimento × tempo t = 109.3×103 / 200 = 550 min = 9 h 10 min
2 - Quantidade máxima de calor libertada no arrefecimento de toda a água (500mL = 500 g, admitindo a densidade da água constante e igual a 1) desde 5 ºC até 0 ºC:
Q1 = m × cp × ∆T = 500 × 4.184 × (-5) = -10.46 kJ
Quantidade de calor absorvida na fusão de todo o gelo (45 g = 2.5 mol):
Q2 = 2.5 × 6.02 = 15.05 kJ.
Dado que Q2 > |Q1|, conclui-se que nem todo o gelo funde quando toda a água é arrefecida até 0 ºC e, a partir dessa altura, temos uma situação de equilíbrio entre o gelo e a água. Assim, a quantidade de calor libertada no arrefecimento da água, 10.46 kJ, vai provocar a fusão de 1.74 moles de gelo (10.46/6.02 ), isto é, 31.3 g. A situação final é pois uma situação de equilíbrio a 0 ºC entre 13.7 g de gelo (45 - 31.3) e 531.3 g de água (500 + 31.3).
(2)
(5) (1)
(4) (3)
H2O (l) H2O (s)
H2O (s)
H2O (l)
H2O (g) H2O (g)
3 - O gelo adicionado à mistura líquida vai fundir e ao fundir absorve o calor Qf (processo endotérmico). O calor Qf absorvido pelo gelo ao fundir será retirado à mistura líquida (que é o meio envolvente do gelo) provocando o seu arrefecimento. Por outro lado, a água resultante da fusão do gelo (20 g = 1.11 mol) irá aquecer desde 0ºC até à temperatura final Tf (processo endotérmico Qa):
Qf = 20 × 334 = 6682 J
( )
Qa =111. ×cm2 Tf −273 Sendo cm2 o calor específico molar da água.
A mistura líquida que vai ser arrefecida (processo exotérmico) pelo gelo contém etanol (componente 1) e água (componente 2). Sejam M1, m1, n1 e x1 respectivamente a massa molar, a massa em grama, o número de moles e a fracção molar de etanol na mistura.
M2, m2, n2 e x2 serão então as quantidades equivalentes relativas à água. O enunciado do problema diz-nos que
m1 + m2 =200 (1)
Tendo em conta que M1× n1 = m1 e M2 × n2 = m2 e que as massas molares do etanol e da água são respectivamente M1 = 46 g mol-1 e M2 = 18 g mol-1, a equação (1) pode escrever-se
46 × n1 + 18 × n2 = 200, (2) como a fracção molar do etanol é conhecida
x1 = n1/(n1 + n2) = 0.4 (3)
resulta das equações (2) e (3) que n1 = 2.74 mol e n2 = 4.11 mol, ou seja que a mistura a ser arrefecida pelo gelo, desde 25ºC até uma temperatura final Tf, contém 2.74 moles de etanol e 4.11 moles de água. Os calores envolvidos no arrefecimento do etanol e da água serão dados por
( )
Q1 =n c1 m1 Tf −298
( )
Q2 =n c2 m2 Tf −298 . Para o sistema teremos então: Qf +Qa +Q1+Q2 =0 ou seja
( ) ( ) ( )
6682 111+ . ×cm2 Tf −273 + n c1 m1+n c2 m2 Tf −298 =0 Substituindo valores obtém-se Tf = 285 K = 12ºC
Estado Inicial Estado Final (12ºC)
25ºC 4.11 mol de H2O (l) 2.74 mol de C2H5OH (l)
( 4.11+1.11) mol de H2O (l) 2.74 mol de C2H5OH (l) 0ºC 1. 11 mol de H2O (s)
Nota: na resolução atrás apresentada não se considerou aquilo que se designa por calor ou entalpia de mistura. De facto, quando se misturam dois líquidos miscíveis, o processo de mistura pode ser endotérmico, exotérmico ou não envolver qualquer variação de entalpia. Isso depende da natureza e intensidade das interacções intermoleculares presentes nos constituintes puros e na mistura. Neste problema desprezou-se pois o eventual efeito calorífico associado à adição de 1.11 moles de água à mistura água/etanol inicial.
5 - a) Sendo o gás monoatómico, a energia cinética das suas moléculas é apenas de
natureza translaccional. Para 1 mole temos então: E R
= 3 T
2 , e para uma qualquer transformação:
) 2 (
3
i
f T
R T
E= −
∆ (1).
Por outro lado, o trabalho realizado é dado por )
( f i
ext V V
p
W =− − (2)
em que pext = pf = 0.1 bar.
A estratégia de resolução deste problema baseia-se no seguinte conceito: ao transformar-se, o sistema troca com o meio exterior determinadas quantidades de calor, Q, e de trabalho, W, e, ao mesmo tempo e como consequência disso, a sua energia varia de uma certa quantidade ∆E. O princípio da conservação da energia implica que ∆E = Q + W e, como a nossa transformação é adiabática (Q = 0), temos que ∆E = W.
O volume inicial do gás, Vi, pode ser calculado através da equação dos gases perfeitos dado que se conhecem Ti e pi:
Q1 Q2
Qf +Qa
L bar
atm bar
K mol
K L
Vi atm 33.26
. 98692 . 0 1
400 .
. . 08206 . 0
1 1
1 =
×
= − − ×− .
No estado final sabemos que pf = 0.1 bar, mas não conhecemos nem Tf nem pf. No entanto sabemos que a equação dos gases perfeitos, pf Vf = RTf, deverá ser obedecida.
Sendo assim, a equação (1) pode escrever-se:
) 2(
) 3 2 (
3
i i f f i
f T p V pV
R T
E= − = −
∆ (3)
Igualando (1) e (3) temos então:
) 2(
) 3
( f i f f i i
f V V p V pV
p − = −
−
donde resulta, substituindo os valores apropriados, Vf = 186.3 L. Substituindo este valor em (2) obtém-se então o trabalho realizado na transformação, W = - 1.53 kJ.
b) Tendo em conta que
) 2 (
3
i
f T
R T E
W =∆ = − calcula-se Tf = 277 K.
c) A transformação atrás descrita é irreversível e para calcular a variação de entropia temos que recorrer a uma transformação reversível equivalente. Numa transformação reversível temos
T VdP T
dT
dS = nCPm − .
Para um gás perfeito monoatómico (CPm = 5/2 R) e para uma mole vem então:
P RdP T RdT
dS = −
2 5
Como o estado inicial é (Ti = 400 K; Pi = 1 bar) e o estado final (Tf = 277 K; Pf = 0.1 bar), temos
[
7.64 ( 19.14)]
11.5 1 11 1 . ln0 400 ln277 2
5 − = − − − = − −
= R R JK mol
dS
6 – O cálculo da variação de entropia associada ao aquecimento de 2 mol de gelo, a P=
1 bar, desde –10 ºC até 110 ºC, pode ser decomposto nos 5 passos a seguir descritos:
1 – Aquecimento do gelo desde –10 ºC até 0 ºC,
273 1
1 263 2.806 .
263 ln273 18 09 . 2
2× × × = −
=
×
=
∆S
∫
n Cpm dTT J K2 – Fusão do gelo a 0 ºC,
1
2 43.99 .
273 6008 2
273
= −
= ×
= ∆
∆ n H J K
S fus
3 – Aquecimento da água líquida desde 0 ºC até 100 ºC,
1 2
2 6 3
373 273 373
3 273
. 195 . 47 )
273 373
2 ( 10 18 . ) 0 273 373 ( 10 25 . 273 1 ln373 712 . 8 314 . 8 2
2
− −
− =
× + × − − × −
×
×
=
+ +
×
=
×
=
∆
∫ ∫
K J dT
CT T B
R A T C dT n
S pm
4 – Vaporização da água a 100 ºC,
1
4 235.83 .
373 44000 2
373
= −
= ×
= ∆
∆ n H J K
S vap
5 - Aquecimento do vapor de água desde 100 ºC até 110 ºC:
383 1
5 373 1.905 .
373 ln383 18 0 . 2
2× × × = −
=
×
=
∆S
∫
n Cpm dTT J KA variação de entropia associada ao processo global será
∆S = ∆S1 + ∆S2 + ∆S3 + ∆S4+ ∆S5 = 331.7 J.K-1.
7 – Para fundir 5 g de gelo (0.27778 mol) é preciso fornecer 1667 J (0.27778 x 6000). A quantidade de calor que 50 g (2.778 mol) de água líquida cederiam ao arrefecer de 300 K para 273 K seria 2.778 x 75.24 x (273 – 300) = – 5643 J. Esta quantidade de calor chega para fundir todo o gelo. Portanto, todo o gelo fundirá absorvendo Q1 = 1667 J, o que implica um aumento de entropia de ∆S1 = 0.2778 x 6000/273 = 6.2 J K-1. O sistema final consistirá apenas em água líquida a uma temperatura Tf entre 273 e 300 K. Ao aquecer de 273 até Tf a água resultante da fusão do gelo absorve Q2 = 0.2778 x 75.24 x (Tf – 273) J e aumenta a sua entropia de ∆S2 = 0.2778 x 75.24 x ln Tf /273 J K-1. Ao arrefecer de 300 até Tf as 50 g de água libertam Q3 = 2.778 x 75.24 x (300 – Tf) J e diminuem a sua entropia de ∆S3 = 2.778 x 75.24 x ln Tf /300 J K-1.
A temperatura Tf de equilíbrio calcula-se a partir do balanço térmico Q1 + Q2 = Q3, donde se conclui que Tf = 290 K.
Temos então ∆S2 = 0.2778 x 75.24 x ln 290/273 = 1.3 J K-1, e ∆S3 = 2.778 x 75.24 x ln 290/300 = – 6.9 J K-1, pelo que ∆S = ∆S1 + ∆S2 + ∆S3 = + 0.6 J K-1.
8 – R: 7.28 × 10-2 kg s-2 = N m-1.
9 – R: 14.72 cm.
10 – R: 29.1 dyne cm-1 = 29.1 mN m-1. 11 – R: ∆P = 7.28 bar.
12 – R: dT/dP = 2.768 × 10-4 K Pa-1.
13 – R: dP/dT = - 1.348 × 107 Pa K-1.
14 – R: P = 1.52 × 109 Pa = 1.52 × 104 bar.
15 – R: ∆subH/ 2.303R = 1353, pelo que ∆subH = 25908 Jmol-1.
∆subH = ∆fusH + ∆vapH → ∆Hvap = 25908 – 8328 = 17578 Jmol-1. Usando a equação de Clausius-Clapeyron temos:
−
+
= −
× 273.15
1 15 . 273 4 . 56
1 31451
. 8
17578 101325
11 .
ln5 P
Donde resulta P = 3.880×106 Pa = 38.8 bar.
16 −−−− a) A uma pressão inferior à do ponto triplo passa-se directamente do estado sólido para o gasoso. O declive da curva µ(T) é o simétrico da entropia molar padrão e como Ss0
< Sl0
, o aspecto das curvas é o que se mostra ao lado. A
*
Tsub, temperatura de sublimação, o sólido está em equilíbrio com o gás à pressão de sublimação.
b) O estado padrão de referência a 298 K do iodo molecular (estado natural) é o estado sólido. Temos pois, para o iodo a 298 K:
µ*(I2, s, p0, 298 K) = µ(I2, g, psub, 298 K) = µ0(I2, g, p0, 298 K) + RT ln(psub /p0) Donde 0 = 19370 + 8.314 × 298 ln(psub /p0), ou psub(I2, g, 298 K) = 4.04 × 10-4 bar.
c) O estado padrão de referência a 298 K do bromo é o estado líquido, e por isso a essa temperatura o gás em equilíbrio com o líquido não está à pressão padrão mas a uma pressão p diferente. O equilíbrio de fases a 298 K traduz-se por:
µ*(Br2, l, p0, 298 K) = µ(Br2, g, p0, 298 K) + RT ln(p /p0) H0(Br2, l) − TS0(Br2, l) = H0(Br2, g) − TS0(Br2, g) + RT ln(p /p0), -45.38 = -42.24 + RT ln(p /p0); ln(p /p0) = - 1.2662;
Resultado: p(Br2, g, 298 K) = 0.282 bar.
17 – R: sendo tolueno(1) e benzeno(2) temos P1 = 0.111 bar, P2 = 0.205 bar e y1 = 0.351.
18 – R: a) T = 81.4 K b) x(O2) = 0.49
c) T = 78.4 K; x(O2) = 0.21; y(O2) = 0.065 d) n = 1000 moles de ar; nL + nV = 1000
Na fase líquida a 80 K temos nL = 291.7 mol das quais 291.7×0.38 = 110.8 são de O2(l).
Na fase gasosa a 80 K temos nV = 708.3 mol das quais 708.3×0.14 = 99.2 são de O2(g).
19 – R: π = 0.27 atm.
20 – R: π = 27.3 bar.
21 – R: a) a 308.3 K PA*
= 344 mm Hg = 0.459 bar; PB*
= 293 mm Hg = 0.391 bar c) a 308.3 K KBH
= 158 mm Hg; KA*
= 176 mm Hg d)
i i i i
i i i
i i
i x
a P
a P P
RT P = =
+
=µ ∗ ∗ γ
µ 0 ln ; ; . Seja a mistura com xA = 0.88 (xB = 0.12), para a qual PA = 300 mm Hg. Temos aA = 0.872 e γA = 0.99.
22 −−−− Existem 4 regiões no diagrama: L, L+A, L+B, A+B.
Linha liquidus de A(s) ↔ L:
µ*A (s, p0, T) = µA(l, p0, T) + RT ln yA.
R S RT
yA fusH fus
0 0
ln ∆
∆ +
−
= .
Para A puro temos
R S RT
H fus
fus
0 0
0 ∆
∆ +
−
= ∗ donde
−
= ∆
−
−∆
= ∗ ∗
T T R
H T
T R
yA fusH 1 1 fus 1 1
ln
0 0
.
T
yA T 1587.7
181 . 1 2 728
1 314 . 8 13200
ln = −
−
=
Linha liquidus de B(s) ↔ L:
T y T
yB A 2790.5
019 . 1 5 556
1 314 . 8 23200 )
1 ln(
ln = −
−
=
−
=
Coordenadas do ponto eutéctico
−
= T
yA 1587.7
181 . 2 exp
−
=
− yA 2790T .5 019
. 5 exp 1
−
−
=
−
T T
7 . 181 1587 . 2 exp 5 1
. 019 2790 . 5 exp
Ou então, eliminando T vem:
2790.5 × (2.181 – ln yA) =1587.7 × [5.019 – ln(1 – yA)]
Resolução no solver ou por tentativas dá: TE = 506.8 K; yAE = 0.386.
c) Estamos na região A + L do diagrama. A composição na linha liquidus a 350ºC = 623.15 K retira-se a partir de:
T
yB T 1587.7
181 . 1 2 728
1 314 . 8 13200 )
1 (
ln = −
−
=
− ,
obtendo-se yA = 0.693, yB = 0.307.
Regra da alavanca: nA × SM = nL × MP com SM = 0.2 e MP = 0.1.
Tendo em conta que nA + nL = 10 vem nA = 3.33 e nL = 6.66.
23 – Espécies presentes no equilíbrio: C, CO, CO2, H2, H2O.
Estado inicial: a = 1000/12 moles de C; n – número de moles de H2O.
Condição de conservação de C no processo desde o instante inicial ao equilíbrio:
a = nC + nCO + nCO2. Se C está em vias de desaparecer, então nC = 0 mol, formaram-se x moles de CO, portanto a = x+ nCO2, nCO = x, donde nCO2 = a – x.
Condição de conservação de O no processo desde o instante inicial ao equilíbrio:
n = nCO + nH2O + 2nCO2. Portanto nH2O = n - nCO - 2nCO2 = n – x – 2(a – x) = n + x – 2a.
Condição de conservação de H no processo desde o instante inicial ao equilíbrio:
O número de moles de átomos de H introduzidos com H2O é 2n. Temos então 2n = nH2 + 2nH2O donde nH2 = n – nH2O = n – (n + x – 2a) = 2a – x.
Número total de moles no equilíbrio:
nT = nH2 + nH2O + nCO + nCO2 = a + n.
Estas quantidades relacionam-se através das constantes de equilíbrio dadas.
24 −−−− a) ∆rH0 (298 K) = 178.4 kJ mol-1; ∆rS0 (298 K) = 158.98 J K-1 mol-1;
∆rCP0 = − 25.9 J K-1 mol-1
∆rH0 (T) = 178400 − 25.9(T − 298) = 186118 − 25.9T em J mol-1;
∆rH0 (T) = 186.1 − 0.0259T em kJ mol-1;
∆rS0 (T) = 158.98 − 25.9 ln(T/298) = 306.5 − 25.9 lnT em J K-1 mol-1;
∆rG0 (T) = ∆rH0 (T) − T∆rS0 (T) = 186100 − 332T + 25.9TlnT em J mol-1.
b) A temperatura de inversão de um equilíbrio, Ti, corresponde a ∆rG0 (Ti) = 0 ou seja a K(Ti) = 1. Para este equilíbrio temos pois Ti =1266 K = 993 ºC.
c)
[
G T RT]
P
K = PCO02 =exp−∆r 0( )/ PCO2 (1100 K) = 0.107 bar
d) V = 10 L; T = 1100 K. Se existe equilíbrio, isto é coexistência de CaCO3(s), CaO(s) e CO2(g), terá que ser PCO2 = 0.107 bar ou seja nCO2 = 1.17 × 10-2 mol.
d1)
CaCO3(s) CaO(s) CO2(g)
início 0.01 0 0
fim 0.01 − x x x
O valor máximo de x é 0.01 e portanto o sistema não pode atingir um estado de equilíbrio, todo o CaCO3(s) se decompõe. No estado final será:
nCaCO3 = 0 mol; nCaO = 0.01 mol; nCO2 = 0.01 mol.
Afinidade, A, é o simétrico de ∆rG, A = − ∆rG.
Portanto
( ) (
2)
12 2
2 ln 1436
ln
ln = = = −
= Jmol
n RT n P
RT P Q RT K A
CO eq CO CO eq
CO
d2) CaCO3(s) CaO(s) CO2(g)
início 0.1 0 0
fim 0.1 − y Y y
O equilíbrio estabelece-se quando y = 1.17 × 10-2 mol.
No estado final será:
nCaCO3 = 8.83 × 10-2 mol; nCaO = nCO2 = 1.17 × 10-2 mol.
No estado de equilíbrio A =0.
d3)
CaCO3(s) CaO(s) CO2(g)
início 8.83 × 10-2 1.17 × 10-2 0.1117 fim 8.83 × 10-2 + y 1.17 × 10-2 − y 1.17 × 10-2 − y
O sistema vai evoluir no sentido inverso. Neste caso, na situação inicial
1 2
20634 1117
. 0
10 17 . ln1 1100 314 . 8
ln −
− =−
× ×
=
= Jmol
Q RT K A
A afinidade ser negativa indica precisamente que o sistema vai evoluir no sentido inverso. Como apenas existem 1.17 × 10-2 moles de CaO, estes serão totalmente consumidos e no estado final (que não é de equilíbrio) teremos:
nCaCO3 = 0.1 mol; nCaO = 0 mol; nCO2 = 0.1 mol.
A afinidade será A = − 19620 J mol-1.
25 – Chamemos (1) e (2) às reacções do enunciado na ordem indicada. A reacção H2O ↔ H2 + ½ O2 (3)
Pode obter-se somando à reacção (2) a inversa de (1): (3) = (2) – (1). A partir das constantes de equilíbrio dadas conclui-se que, a 2000 K, temos KP3 = KP2 / KP1 = 2.90 × 10-4. Este valor indica que, a 2000 K, a extensão da dissociação do vapor de água é fraca. Neste contexto a constante de equilíbrio da reacção (3), no caso em que a pressão do vapor de água é de 1 bar, pode escrever-se:
2 / 1 2
/ 1
3 .( ) .( )
2 2 2
2 2
O H O
H O H
P P P
P P
K = P ≅
Tendo em conta que no equilíbrio PO2 = PH2/2, obtém-se PH2 = 0.00552 bar.
26 −−−− a) Cálculo de 0
2 4
2 2 2
) 2
( P
P P
P T P
K
O HCl
Cl O
H ×
×
= ×
nT =1.482 mol; P = 4 bar 400 032 1
. 0 81 . 0
94 . 1 21 . ) 1
( 4
2 2
=
× ×
= × T K
Para a mistura referida temos Q(P,T) = 1 < K(T) pelo que o sistema evolui no sentido directo (formação de cloro).
b) ∆rG(P,T)=∆rG0(T)+RTlnQ(P,T)
No quociente reaccional vamos escrever as pressões parciais na forma
T i i
i n
P P n x P = =
em que nT representa a quantidade total de matéria gasosa. Temos então
×
×
× + ×
∆
=
∆ P
P n
n
n n RT n
T G T
P G
O HCl
T Cl O H r
r
0
2 4
2 2 2
0 2
ln )
( )
, (
i) O sistema estava no equilíbrio e, com a adição de oxigénio a P,T = cte, o quociente reaccional tornou-se menor que K(T), e portanto ∆rG(P,T) tornou-se negativo. A reacção irá assim evoluir no sentido directo para tender para o novo estado de equilíbrio caracterizado pelo mesmo valor da constante de equilíbrio. Q(P,T) aumenta até K(T),
∆rG(P,T) aumenta até zero.
ii) A adição de ar vai alterar nO2 e nT de tal forma que dnT = 5dnO2 devido à adição de azoto. Podemos escrever
−
=
−
=
=
∆
2 2
2 2 2
5 1 ln
) , (
O T
O O
O T
T O
T
r n x
RT dn n
dn n
RT dn n
d n RT T P G d
Como na situação de equilíbrio xO2 = 0.0081, temos que d∆rG(P,T) < 0 após adição de ar pelo que o quociente reaccional se tornou-se menor que K(T). Assim, a reacção irá evoluir no sentido directo para tender para o novo estado de equilíbrio caracterizado pelo mesmo valor da constante de equilíbrio. Q(P,T) aumenta até K(T), ∆rG(P,T) aumenta até zero.
27 – b) V∞ = 111 cm3; K = 7.51×10-3 kPa-1. c) P(θ = 0.70) = 310.7 kPa
29 – b) Arrhenius:
∆
= RT
exp H τ0
τ ; τ0 ≈ 10-13 s; τ ≈ 50 s 30 – R: ∆H = -7.52 kJ mol-1.