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INTERAÇÃO DA NUTRIÇÃO PROTEICA COM FATORES ECONÔMICOS, DESEMPENHO, MEIO AMBIENTE E SANIDADE EM SUÍNOS Dieter Suida Ajinomoto Biolatina

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Academic year: 2022

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INTERAÇÃO DA NUTRIÇÃO PROTEICA COM FATORES

ECONÔMICOS, DESEMPENHO, MEIO AMBIENTE E SANIDADE EM SUÍNOS

Dieter Suida Ajinomoto Biolatina

1. Introdução

A estratégia alimentar na produção de suínos tem evoluído de forma bastante rápida, tornando- se cada dia mais complexa e dinâmica. A otimização da utilização da porção protéica da dieta é um dos fatores chaves para o sucesso e viabilidade da produção de suínos. No passado as dietas eram formuladas visando maximizar o desempenho animal sem preocupações com excessos de nutrientes, como a proteína e os aminoácidos não essenciais. Hoje formulam-se dietas visando a otimização da utilização da proteína pelo animal, relacionando fatores econômicos, ambientais, de condição sanitária, qualidade de carcaça e qualidade de carne.

O fornecimento de dietas com proteína mais baixas formuladas com o conceito da proteína ideal é uma das mais eficientes técnicas para a redução de poluição ambiental via redução do nitrogênio dos dejetos, na ajuda da manutenção do status sanitário dos animais, principalmente leitões na fase pós-desmama e também gera redução nos custos de formulação.

2. Requerimento proteíco

O suíno em crescimento possui necessidades protéicas e energéticas que dependem da mantença de sua massa corporal e do crescimento desta massa corporal. Na formulação de dietas deve-se considerar conjuntamente os requerimentos de proteína, aminoácidos, e de energia. Como conseqüência deve-se definir a relação entre a energia e a proteína que deve existir nas dietas. Esta relação altera-se com a idade do animal e normalmente a tendência é trabalhar com um valor mínimo devido ao custo elevado das fontes proteicas e do catabolismo dos excessos de aminoácidos que requerem energia e aumentam a excreção de nitrogênio na urina.

A composição da proteína corporal é bastante independente do peso corporal, genótipo e sexo (Bikker, 1994; Hess, 1999).

O requerimento do animal em proteína corresponde às necessidades de aminoácidos essenciais, da qual uma parte será depositada nos tecidos corporais e de uma fração de nitrogênio indiferenciado, para a síntese dos aminoácidos não essenciais (Noblet, et al., 2001). A partir destes pontos básicos e do conhecimento das demandas individuais de cada aminoácido para suportar as diferentes funções dos animais é que o conceito da Proteína Ideal se originou (Mitchell, 1964), onde os requerimentos dos aminoácidos essenciais são expressos proporcionalmente ao primeiro limitante, a lisina. Segundo este conceito, as proporções relativas de cada aminoácido essencial no total da ração permanecem constantes variando somente a quantidade de aminoácidos fornecida diariamente de acordo com as características individuais do suíno, sexo, peso vivo etc..., das características do meio ambiente e do nível de produção.

Este conceito preconiza que o fornecimento de nitrogênio via os aminoácidos não essenciais ou via aminoácidos essenciais em excesso, deveria representar o mínimo possível. Isto só se torna possível quando trabalhamos com dietas de alta digestibilidade e com níveis de proteína mais baixos possíveis.

Durante a síntese proteíca se não houver a presença de um dos aminoácidos constituintes da sua molécula, haverá interrupção da mesma. Se o aminoácido responsável por esta interrupção for não essencial o animal será capaz de sintetizá-lo dando seguimento ao processo. Caso seja um aminoácido essencial só se dará prosseguimento à síntese proteíca se houver suplementação do aminoácido específico via a dieta.

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Ao determinarmos os requerimentos dos animais nós chegamos a uma ordem de limitância dos aminoácidos que varia conforme cada espécie animal.

Tabela 1. Relação ideal dos aminoácidos essenciais com a lisina

* Campbell et al., 1998; Batterham et al., 1990

3. Níveis de proteína e desempenho animal

As dietas utilizadas nas criações de suínos, normalmente apresentam excessos de aminoácidos, principalmente em relação aos aminoácidos não essenciais. Ao se formular dietas com proteínas mais baixas, seguindo o conceito da proteína ideal, utilizando os aminoácidos industriais para viabilizar econômicamente este conceito, conseguimos alcançar vantagens como:

a. Reduzir os custos alimentares.

b. Reduzir a poluição ambiental pela menor excreção de nitrogênio nos dejetos.

c. Melhoria do status sanitário dos animais, principalmente os leitões na fase pós- desmame.

d. Melhoria de desempenho em determinadas condições ambientais e. Otimização da eficiência proteica.

Quando a estimativa de fornecimento de aminoácidos e energia está corretamente dimensionada com o uso de sistema nutricional prático e correto, com formulação a base de aminoácidos digestíveis e energia líquida, o desempenho animal e a qualidade de carcaça ficam sob controle.

Em uma revisão bibliográfica de 46 publicações científicas publicadas entre 1986 a 1999, sobre a redução proteica de dietas de suínos, resultaram as seguintes conclusões:

1. Todos os experimentos conduzidos sem a suplementação de aminoácidos industriais, 13 experimentos, resultaram em piora significativa de desempenho e aumento de gordura da carcaça.

2. Dos 33 experimentos restantes onde se reduziu a proteína dietética com suplementação de aminoácidos industriais, 22 experimentos não apresentaram piora de desempenho.

3. Na metade destes 22 experimentos, piora na qualidade de carcaça foi registrada. Os resultados demonstram que a redução proteíca das dietas gera uma necessidade de ajuste na suplementação dos aminoácidos para suportar o mesmo desempenho animal.

A piora de qualidade de carcaça observada em muitos destes trabalhos, indica que mais energia é consumida pelo animal e/ou a energia é utilizada mais eficientemente quando se arraçoa os animais com dietas de baixa proteína.

Leitões < 25kg T. Corporal

Henry,

1998 TBAS, 2000

NRC,

1998 TBAS, 2000 NRC,

1998

TBAS, 2000

NRC,

1998 INRA, 1997 NRC,

1998 INRA, 1998 20 kg PV *

Lys 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Thr 68 66 63 68 66 70 76 77 61 68-71 61

M + C 60 60 58 64 60 70 64 62-67 48 53-58 49

Trp 20 19 18 19 18 20 19 17-19 18 18-20 12

Ile 60 60 55 61 56 62 57 47-52 55 53-58 53

Val 70 69 68 69 68 68 67 65-71 85 69-77 72

His 26 32 32 32 32 33 33 27-30 40 40-44 47

Crescimento Engorda Gestação Lactação

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O fornecimento de dietas de baixa proteína deve levar em conta as mudanças na suplementação de aminoácidos e na utilização da energia pelos animais.

A lisina é o primeiro aminoácido essencial limitante para o desenvolvimento nas dietas de suínos. Dietas deficientes em lisina prejudicam a síntese de proteína e consequentemente o ganho de peso. Como conseqüência a energia que não é retida como proteína contribui com o aumento da gordura na carcaça. A adição de L-lisina na formulação das dietas permite reduzir a proteína da ração mantendo o nível dietético da lisina que suporta o ótimo desempenho dos animais. Este mesmo raciocínio é válido quando partimos para os outros aminoácidos essenciais limitantes, como treonina, metionina, triptofano etc...

NNíív e l d e P B e d e s e m p e n h o d e s uv e l d e P B e d e s e m p e n h o d e s uíín o s , 6 0n o s , 6 0--1 0 7 k g / P V1 0 7 k g / P V

S c h u t t e , J . B . , 1 9 9 7 S c h u t t e , J . B . , 1 9 9 7

P B ( % ) 1 6 ,0 1 2 ,3 1 2 ,5

L y s d ig . ile a l ( % ) 0 ,7 0 0 ,5 5 0 ,7 0

M + C d ig . ile a l ( % ) 0 ,4 5 0 ,3 9 0 ,4 5

T r e d ig . ile a l ( % ) 0 ,4 6 0 ,3 6 0 ,4 6

T r p d ig . ile a l ( % ) 0 ,1 4 0 ,1 1 0 ,1 4

G P D ( g /d ) 9 5 9 ª 8 8 5 b 9 6 2 ª

C A ( g /g ) 2 ,8 7 ª 2 ,8 9 ª 2 ,8 4 ª

C a r n e m a g r a ( % ) 5 1 ,8 a b 5 2 ,6 b 5 1 ,4 ª E s p e s s u r a d e t o u c in h o ( m m ) 1 9 ,9 ª 1 9 ,0 ª 2 0 ,2 ª

D e s e m p e n h o

Resultados publicados por Jondreville et al., 1995, suportam a tese que formulando as dietas na base dos aminoácidos digestíveis estandarizados, permite abaixar a proteína dietética mantendo o desempenho animal.

4. Nutrição energética relacionada com nível proteico e qualidade de carcaça

Dietas de baixa proteína economizam energia do metabolismo do excesso de nitrogênio.

Quando abaixamos a proteína da dieta e mantemos a mesma ingestão de energia metabolizável a retenção de energia aumenta, sendo direcionada, principalmente, para a produção de gordura.

Este efeito aumenta quando o ótimo desempenho não é alcançado devido a uma suplementação inadequada de aminoácidos.

Tabela 3. Efeitos do conteúdo de proteína dietética sobre a utilização Proteína bruta, % 17.8 15.3 15.3 + L-Lisina Efeito Consumo de lisina, g/d 12.9a 10.8b 12.8a P<0.01

Consumo EM, Kcal/d 5258 5258 5258 -

Ganho de gordura, g/d 118a 132c 124b P<0.01 Ganho de músculo, g/d 338a 294b 337a P<0.01

Ganho de peso, g/d 700a 649b 699a P<0.01

Fêmeas, 19.5 Kg PV + 7 semanas: nível de alimentação restrito a 5258 Kcal EM/dia) de energia (Noblet et al., 1987)

(4)

Le Bellego et al., 2001, demonstraram que a redução da proteína dietética para suínos em crescimento, economiza energia por:

a. Diminuição da excreção de energia na urina associada com excreção de nitrogênio, estimada em 0,837 kcal por g de redução de proteína ingerida.

b. Diminuição da perda de energia por calor. O menor consumo de nitrogênio economiza 1,673 kcal por g de redução de proteína ingerida.

A melhor eficiência energética das dietas de baixa proteína explica o aumento de gordura na carcaça.

O sistema de energia líquida considera a diminuição das perdas de calor nos animais suplementados com dietas de proteína mais baixas, sendo por isto o sistema mais eficaz de ser utilizado nestas condições.

Le Bellego et al., 2001, confirmou a precisão do sistema de energia líquida em dietas de baixa proteína, publicados por Noblet et al., 1994, confirmando a sua maior precisão de retenção de energia pelo animal, em comparação aos sistemas de Energia Digestível e Energia Metabolizável. Os dados demonstram que para uma mesma ingestão de Energia Líquida, dietas de proteína baixa, não afetam a retenção de energia.

Proteína bruta, % 18.9 16.7 14.6 12.3 Efeito

EL g41, Kcal/Kg 2450 2474 2495 2512 -

Lisina dig. g/Mkcal EL 3.18 3.18 3.18 3.18 -

Ganho de peso2, g/d 1064 1035 1020 1050 ns

Perdas de calor3 303a 294ab 287b 284b P<0.01 Retenção de energia2 270a 284b 294bc 299c P<0.01

1 De acordo com Noblet et al. 1994.

2 Medido após 7 dias em câmara respiratória

3 em Kcal/d/PV 0.60, ajustado a atividade zero e para um ingestão de ED de 600 Kcal/d/Kg PV0.60. (Le Bellego et al., 2001a:castrados, 65 Kg PV, 454 Kcal EL/d/Kg0.60)

sobre a utilização de energia

Tabela 4. Efeito dos níveis de proteína com suplementação de aminoácidos

Proteína bruta, % 18.9 16.7 14.6 12.3 Efeito

Consumo EL1

Perdas calóricas1 308a 294b 284bc 280c P<0.01

Retenção energia1 275 287 292 292 ns

1 em Kcal/d/Kg PV0.60, ajustado para atividade zero e para ganho EL de 435 Kcal/d/Kg PV0.60 1.82

(Le Bellego et al., 2001a: castrados, 65 Kg PV, 454 Kcal EL/Kg PV0.60) sobre a utilização de energia

Tabela 5. Efeito dos níveis de proteína com suplementação de aminoácidos

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5. Proteína Bruta e fatores econômicos

Por ser a proteína um dos nutrientes mais caros das dietas de suínos, a sua redução nas formulações é uma das vias mais eficientes de se reduzir o custo alimentar dos animais. A boa avaliação dos requerimentos nutricionais dos suínos, o maior conhecimento da composição em aminoácidos dos ingredientes, o uso do conceito da proteína ideal nas formulações das dietas e a disponibilidade dos aminoácidos industriais, como lisina, treonina, metionina e triptofano, permite aos nutricionistas formular dietas com proteína mais baixas sem acarretar em piora de desempenho dos animais.

Em dietas práticas a base de milho e soja, podemos reduzir a proteina dietética da dieta de crescimento/terminação em até 2%, somente com a adição de lisina industrial, sem afetar o desempenho dos animais (La La Llata, M. et al., 1999).

Gráfico 1. Redução protéica das dietas de suínos, 24 a 118kg PV, via suplementação de lisina industrial e desempenho animal para 1200 animais em condições comerciais de criação (De La Llata, et al., 1999)

Neste trabalho, a redução de proteína à mais de 2 pontos percentuais, gerou uma piora de desempenho devido a existência de uma limitância de suplementação de outros aminoácidos limitantes, primeiramente a treonina, segundo aminoácido limitante, depois a metionina e no nível mais baixo também o triptofano.

Proteína bruta, % 16.5 14.5 + AA1 12.5 + AA1 Efeito

Lisina dig. G/Mkcal EL 3.18 3.18 3.18 -

Ganho de peso, g/d 805 805 797 ns

Toucinho, mm 15.2 15.4 15.9 ns

Músculo, mm 56.9 56.5 57 ns

Carne magra, % 57.2 57.1 56.7 ns

1 L-lisina, L-treonina, DL-metionina e L-triptofano

(Canh et al., 1998: castrados; 52 a 104 Kg PV) e composição de carcaça

Tabela 6. Efeito das dietas de baixa proteína sobre o desempenho

799 813

795 799

758

745 745

2.57 2.56 2.56 2.57

2.72 2.72 2.78

730 750 770 790 810 830

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 L-Lisina HCl 99% (kg/ton)

GPD (g)

2.40 2.50 2.60 2.70 2.80 2.90

Conversão Alimentar (g/g)

GPD(g) Conversão Alimentar (g/g)

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Considerando os ingredientes que compõem as dietas de suínos durante a maior parte do ano a redução protéica das rações gera redução de custos de formulação, podendo ser maior ou menor conforme o comportamento dos preços destas commodities, principalmente milho, sorgo e soja.

Tabela 7. Redução protéica das dietas de suínos e redução relativa de custos

6. Nutrição protéica e status sanitário dos suínos

Na Europa em países como a Suécia, o banimento do uso de antibióticos como promotores de crescimento ocorreu durante a década de 80. A partir deste evento estudos foram feitos visando a melhoria geral do status sanitário dos animais sem a presença destes aditivos. Melhoria das condições sanitárias das instalações e do aparelho digestivo dos animais, aumento da digestibilidade das dietas visando diminuição da excreção de nutrientes favoráveis a proliferação de microorganismos patogênicos, aumento da acidificação do trato digestivo dos animais, estão entre algumas alternativas que visam a redução de diarréias em suínos.

Kidd, 2000, cita dois trabalhos, um para aves e outro para suínos, onde o requerimento de treonina em dietas sem uso de promotores de crescimento, foi maior para a produção de anticorpos do que para o crescimento animal.

Outro aminoácido que possui vital importância no desenvolvimento do aparelho digestivo é o ácido glutâmico ou seus derivados.

Pierzynowski et al., 2001, reportaram que a suplementação de 1% de glutamina previne a atrofia do jejuno após o desmame de leitões e resulta em 25% de melhora na conversão alimentar.

A redução da atrofia das vilosidades deve ter ocorrido devido ao aumento da suplementação de energia para as células epiteliais via a glutamina dietética. A melhora de conversão alimentar deve estar associada com o aumento da absorção de nutrientes, devido ao aumento da altura das vilosidades e aumento da profundidade de cripta (Borbolla et al., 2000).

A diarréia pós-desmame continua sendo responsável por grandes perdas econômicas em criações comerciais, devido a mortalidade de leitões e retardamento de crescimento dos animais.

Pesquisas científicas básicas e aplicadas trazem evidências que a proteína é um importante fator envolvido no desenvolvimento de transtornos digestivos em leitões e em algumas situações até com animais em crescimento.

Jensen, 1999, observou em experiências na suinocultura dinamarquesa, que altos níveis de proteína das dietas favoreciam o aumento de incidência de diarréias nos animais.

Diversos autores relatam uma menor incidência de diarréias em leitões relacionada com a redução do nível de proteína das dietas (Prohaska e Baron, 1980, Bolduan et al., 1992, Jost, 1993, Chen et al., 1995, Dong et al., 1996, Noblet et al., 2001).

Milho (kg)

Farelo de Soja

(kg)

L-Lisina HCl 99%

(kg)

Nucleo

(kg) PB (%)

Lisina dietética

(%)

Custo relativo

(%)

720 250 0,0 30 18,0 0,9 100,0

735 235 0,5 30 17,3 0,9 98,5

750 220 1,0 30 16,7 0,9 97,5

770 200 1,5 30 16,0 0,9 96,5

Dietas para suínos de 60 a 100 kg de peso vivo

(7)

Diereck et al., 1986, reportaram que 25 a 30% do nitrogênio total presente no intestino delgado de suínos, é de origem bacteriana.

Henry, 1978, conduziu um trabalho em uma unidade comercial de 500 matrizes onde ele mudou a dieta de leitões para uma dieta de proteína mais baixa, mais digestível, reduzindo com isto a diarréia pós-desmame de 6,5% para 0,7%.

GRÁFICO 2. Incidência de diarréia (dia 1 – 28). (Bolduan, G. et al., 1992)

Como alto teor protéico gera distúrbios digestivos

Leitões na fase pós-desmama não possuem a capacidade de produzir volume de ácido clorídrico suficiente para reduzir o pH a 3, que é o nível ideal para a digestão da proteína. O excesso de proteína não digerida no trato digestivo e no ambiente, favorece a proliferação de microorganismos patogênicos e conseqüentemente o aumento de incidência de diarréias (Prohaszka e Baron, 1980).

Rações de alta proteína geram um pH gástrico em leitões em torno de 5 que é favorável ao aparecimento de cepas de E.coli enteropatogênicas (Cranwell et al., 1976).

Pesquisadores da Universidade de Bristol reuniram evidências referentes ao fato de que a diarréia pós-desmame relaciona-se primariamente a uma resposta de hipersensibilidade da parede intestinal aos antígenos da dieta, que pode ser seguida por proliferação bacteriana.

Frente a rações que contêm antígenos dietéticos ou microrganismos enteropatogênicos, o leitão jovem reage com uma resposta imune do intestino, envolvendo anticorpos e componentes celulares que são essenciais para a proteção. Uma consequência desta resposta intestinal é o encurtamento das vilosidades, hiperplasia das criptas e o aumento do “turnover” dos enterócitos.

Quando maduras, são estas células entéricas as responsáveis pela degradação final dos nutrientes contidos na ração e sua absorção através da parede intestinal até o fluxo sanguíneo.

Se os enterócitos não alcançarem a maturidade não podem realizar esta função e o resultado é má digestão e má absorção.

O problema é que o intestino deveria responder a todos os patógenos, mas não deveria responder à maioria dos antígenos dietéticos da ração. O leitão jovem possui uma série de mecanismos para superar este problema. Estes mecanismos são gradativamente adquiridos pelo leitão não desmamado, que recebe ao mesmo tempo o leite materno e grandes quantidades de ração de desmame.

1.6

1.8

1.2

0.2

0.4

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0

20 18 18 + AA 16 16 + AA

Proteína % g/d

(8)

GRÁFICO 3. Desenvolvimento de células formadoras de anticorpo IgA e IgM no trato intestinal de suíno.

Contudo, sob as condições de criação moderna, o desmame de suínos ocorre freqüentemente com 3 semanas de idade, e o leitão desmamado recebe rações altamente antigênicas antes de ter a oportunidade de desenvolver efeitos imunossupressores. Como resultado, o leitão passa por um período de alta sensibilidade enquanto está sem a proteção do leite materno.

GRÁFICO 4. Resposta imune do fornecimento contínuo de antígenos dietéticos. Após dias a resposta desaparece por causa do desenvolvimento da tolerância imunológica.

0 1 2 3 4 5 6

0 2 4 6 Dias

Espessura do coxim plantar 10-3cm

(9)

A associação desta alta sensibilidade do leião ao consumo repentino de maiores quantidades de alimentos sólidos logo após o desmame induz à diarréia na presença de bactérias patogênicas acompanhadas por uma mortalidade mais elevada (Miller et al., 1984; Bourne, 1986; Miller et al., 1988).

Esta teoria merece novas pesquisas, mas tem o suporte de inúmeros trabalhos:

• Observação de profundas mudanças na morfologia da membrana com borda em escova e a capacidade de absorção do intestino logo após o desmame (Hampson e Kidder,1986).

• Quando comparados com leitões que tinham sido sensibilizados por pequenas quantidades de ração pré-inicial, houve uma menor incidência de diarréia em leitões que ingeriram esta ração pré-inicial por um período mais longo ou que não receberam a ração pré-inicial (Newby et al., 1984)

• Reações alérgicas no intestino de leitões e de bezerros causadas pela proteína da soja não puderam ser superadas pelo tratamento térmico do produto (Sissons e Thurston, 1984;

Nabuurs,1986).

O fator relacionado com a alta inclusão do farelo de soja nas dietas pós-desmame tem especial importância porque os animais reagem sensivelmente a algumas frações particulares da proteína da soja. Estas frações são bastante resistentes à digestão enzimática, um processo que se mostrou deprimido em leitões desmamados. Isto também poderia explicar porque alguns pesquisadores observaram melhores desempenhos e menos diarréias quando os animais receberam dietas complexas no lugar das dietas simples. Em geral, o efeito da produção de uma

“dieta complexa” é o de substituir o farelo de soja, que possui proteína antigênica, pela proteína menos antigênica, como a farinha de peixe e produtos lácteos, por exemplo (Taylor et al., 1988).

7. Nutrição protéica e meio ambiente

A produção moderna de suínos, principalmente na Europa, vem sofrendo pressões crescentes no seu efeito ao meio-ambiente. No ano de 2000 a comunidade Européia implementou o conselho diretivo 96/61/EC, que regulamenta o controle integrado de prevenção e controle da poluição ambiental. A partir deste conselho, as grandes integrações de aves e suínos só poderão emitir poluentes na água e no solo, incluindo nitratos, e no ar, principalmente amônia, dentro de um limite máximo. Esta condição muitas vezes limita a expansão de uma determina empresa em determinadas regiões. Com isto, quanto menor a emissão de nutrientes não digeridos pelos animais, mais animais por m² poderão ser alojados.

Regulamentações específicas na Holanda, planejam cortar a emissão de amônia no ar em 70%

entre 2000 e 2005, comparado com o ano de 1985.

No Brasil estas preocupações estão em estágio inicial em comparação com os países da Comunidade Européia, mas em algumas regiões onde ocorre alta concentração de suínos, como o oeste do estado de Santa Catarina, esta preocupação já vem crescendo e medidas deverão ser tomadas para que ocorra a redução de emissão de poluição no meio ambiente.

Da parte relacionada com a nutrição, o melhor manejo alimentar possui efeito extremamente significativo, na diminuição da poluição ambiental, tanto em relação a concentração em nutrientes dos dejetos como em volume de produção.

Especificamente relacionado com o nitrogênio, o melhor manejo alimentar consiste em:

1. Reduzir a proteína dietética ao máximo, até o seu limite técnico.

2. Fornecer dietas mais digestíveis e formulá-las na base dos aminoácidos digestíveis, visando reduzir a excreção de nitrogênio.

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3. Ajuste fino das dietas visando a redução do fornecimento de excessos de aminoácidos via a utilização de programas multi-fásicos.

Efeito da proteína dietética na excreção de nitrogênio

Um levantamento de 24 trabalhos científicos demonstrou que em média, a redução de 1% da proteína bruta da dieta reduz em 10% a excreção de nitrogênio.

Efeito da proteína dietética na emissão de amônia

Mais de 95% do nitrogênio total da urina de suínos é representado pela uréia (Cahn, 1998). A atividade de urease presente nos microorganismos dos dejetos, transforma rapidamente a uréia presente nos dejetos em amônia, volatizando rapidamente.

Concentração de uréia e amônia nos dejetos, temperatura ambiente, matéria seca dos dejetos, pH dos dejetos, são os principais fatores que influenciam na taxa de emissão de amônia no ar (Van Vuuren e Jongbloed, 1994).

Pfeiffer et al., 1995 observaram uma redução de excreção de uréia de 26,5g/dia para 10g/dia em suínos em crescimento, com a redução de 6,5% da proteína bruta da dieta fornecida aos animais. Em paralelo, a emissão de nitrogênio amoniacal reduziu de 0,8g/dia para 0,6g/dia.

Efeito da proteína dietética no volume de dejetos produzido

Dietas de alta proteína induzem a um maior consumo de água pelos animais e consequentemente a maior produção de dejetos.

Em uma revisão bibliográfica de 7 trabalhos científicos, demonstrou-se que com a suplementação de dietas com proteína mais baixas para suínos, reduz-se a ingestão de água entre 10% a 30%, diminue-se a produção de dejetos na mesma proporção e aumenta-se também a concentração de matéria-seca dos dejetos.

Gráfico 5 - Efeito da redução proteica na excreção de nitrogênio em suínos

50%

60%

70%

80%

90%

100%

11 13 15 17 19 21 23

PB (% dieta)

Eliminação de N comparativamente com o controle Gatel-FR, 1992 (85kg)

Kerr-US , 1995 (22 kg) Cahn-NL, 1998 (55-106kg) Gatel-FR, 1992 (44kg) Jin-KO , 1998 (14-27) Oldenburg-GE, 1996 (50-110kg) Valaja-FI, 1998 (33-82kg) Heger-C Z, 1997 (83kg) Kay-UK, 1998 (65-85kg) Kay-UK, 1996 (65-90kg) Kay-UK, 1996 (35-55kg) Valaja-FI, 1998 (33-82kg) Heger et al., 1997 (51kg) Dourm ad-FR, 1993 (45kg) Gatel-FR, 1992 (57kg) Kay-UK, 1998 (33-50kg) Valaja-FI, 1993 (25-105kg) Latim ier-FR, 1993 (30-100, biphase) Dourm ad-FR, 1993 (LW fem . 30-100kg) Dourm ad-FR, 1993 (LW castr. 30-100kg) Dourm ad-FR, 1993 (LW xP fem . 30-100kg) Dourm ad-FR, 1993 (LW xP castr. 30-100kg) Bourdon-FR , 1997 (25-100kg, m ultiphase)

M enos 1 ponto de PB reduz a excreção de nitrogênio em 8-10%

Melhor resultado obtido com programa alimentar multi-fase : 50% redução

(11)

8. Conclusões

A proteína da dieta é um dos principais e um dos mais custosos nutrientes da dieta de suínos. O fornecimento de dietas onde a otimização do metablismo protéico é obtido pelo suíno irá gerar os seguintes benefícios:

- Redução dos custos alimentares

- Manutenção ou melhoria do desempenho animal - Melhoria do status sanitário dos animais

- Diminuição da eliminação de poluentes ao meio ambiente

Esta otimização protéica metabólica irá ocorrer a partir do fornecimento de dietas com a relação lisina:energia correta, o perfil ideal entre os aminoácidos essenciais, sem que haja falta ou excesso dos mesmos e o fornecimento do mínimo necessário de aminoácidos não essenciais, determinado através do mínimo protéico tecnicamente viável.

Gráfico 6. Efeito da redução proteica na produção de dejetos

60%

70%

80%

90%

100%

10 12 14 16 18 20 22 24 26

PB, % dieta

Mudanças relativas no volume(controle=100)

Oldenburg, 1996 Kay & Lee, 1996 (35-55) Kay & Lee, 1996 (65-90) Valaja, 1998 (*33-82kg) Pfeiffer, 1995 (*45-80kg multiphase)

Pfeiffer, 1995 (*45-80kg)

Reduzindo a PB em 1 ponto reduz o volume de dejetos em 3-5%

A redução alcançou 30%

(12)

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