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FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS Bacharelado em Humanidades. Modulo V: Meio Ambiente & Sociedade - Prof. Dr. Evandro Sathler

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(1)

Meio Ambiente

Meio Ambiente

&

&

Sociedade

Sociedade

Modulo V:

(2)

P O P U L A Ç Ã O

P O P U L A Ç Ã O

T R A D I C I O N A L

T R A D I C I O N A L

POPULAÇÃO NATIVA

POPULAÇÃO NATIVA

POPULAÇÃO NATIVA

POPULAÇÃO NATIVA

P O P U L A Ç Ã O

P O P U L A Ç Ã O

LOCAL

LOCAL

AFINAL, O QUE ESTAS

AFINAL, O QUE ESTAS

(3)

NÃO SE TRATA DE UMA

RESPOSTA SIMPLES.

SEUS SIGNIFICADOS SÃO DE

SEUS SIGNIFICADOS SÃO DE

SEUS SIGNIFICADOS SÃO DE

SEUS SIGNIFICADOS SÃO DE

(4)

NO CASO DA ANTROPOLOGIA,

NO CASO DA ANTROPOLOGIA,

ALGUMAS ESCOLAS DE

ALGUMAS ESCOLAS DE

PENSAMENTO DE DEDICAM MAIS

PENSAMENTO DE DEDICAM MAIS

(5)

A EXPRESSÃO

A EXPRESSÃO POPULAÇÃO TRADICIONALPOPULAÇÃO TRADICIONAL, POR , POR VEZES, SE REFERE ÀS POPULAÇÕES

VEZES, SE REFERE ÀS POPULAÇÕES ABORÍGENES

ABORÍGENES OU OU INDÍGENASINDÍGENAS..

HÁ QUE SE PERCEBER QUE A OBSERVAÇÃO HÁ QUE SE PERCEBER QUE A OBSERVAÇÃO PARTE DE UMA VISÃO OCIDENTALIZADA OU PARTE DE UMA VISÃO OCIDENTALIZADA OU

EUROCENTRICA. EUROCENTRICA. EUROCENTRICA. EUROCENTRICA.

LITERALMENTE, A EXPRESSÃO TRADICIONAL LITERALMENTE, A EXPRESSÃO TRADICIONAL REMONTA À IDÉIA DE UMA CULTURA BASEADA REMONTA À IDÉIA DE UMA CULTURA BASEADA

NAS TRADIÇÕES (ESPECIALMENTE ORAIS), NAS TRADIÇÕES (ESPECIALMENTE ORAIS), AFASTANDO

AFASTANDO--SE DA IDÉIA DAS POPULAÇÕES SE DA IDÉIA DAS POPULAÇÕES OCIDENTAIS (OU MODERNAS).

(6)

NESTE SENTIDO O TERMO SE APÓIA NA

IDÉIA DE AFASTAMENTO DAS RELAÇÕES DE

MERCADO.

OU, POR OUTRA PERSPECTIVA, NUM CERTO

OU, POR OUTRA PERSPECTIVA, NUM CERTO

ISOLAMENTO DE TAIS POPULAÇÕES.

ISOLAMENTO DE TAIS POPULAÇÕES.

AFINAL, POPULAÇÃO NATIVA OU LOCAL É O

AFINAL, POPULAÇÃO NATIVA OU LOCAL É O

MESMO QUE POPULAÇÃO TRADICIONAL?

MESMO QUE POPULAÇÃO TRADICIONAL?

(7)

AUTORES AMERICANOS E

AUTORES AMERICANOS E

EUROPEUS UTILIZAM OS

EUROPEUS UTILIZAM OS

TERMOS

TERMOS

NATIVE PEOPLE

NATIVE PEOPLE

(OU

(OU

NATIVE POPULATION

NATIVE POPULATION

), OU

), OU

NATIVE POPULATION

NATIVE POPULATION

), OU

), OU

LOCAL PEOPLE

LOCAL PEOPLE

COM O

COM O

(8)

POR TAL RAZÃO AS EXPRESSÕES

POR TAL RAZÃO AS EXPRESSÕES

POPULAÇÃO NATIVA

POPULAÇÃO NATIVA OU

OU POPULAÇÃO LOCAL

POPULAÇÃO LOCAL

CHEGAM NO PORTUGUÊS COM SIGNIFICADO

CHEGAM NO PORTUGUÊS COM SIGNIFICADO

SEMELHANTE.

SEMELHANTE.

ANALISADO SOB OUTRA ÓTICA,

ANALISADO SOB OUTRA ÓTICA, POPULAÇÃO

POPULAÇÃO

NATIVA

NATIVA SE REFERE A QUEM É NATIVO,

SE REFERE A QUEM É NATIVO,

NATIVA

NATIVA SE REFERE A QUEM É NATIVO,

SE REFERE A QUEM É NATIVO,

NATURAL DE DETERMINADO LUGAR.

NATURAL DE DETERMINADO LUGAR.

E POPULAÇÃO LOCAL SE REFERE A QUEM É

E POPULAÇÃO LOCAL SE REFERE A QUEM É

DO LUGAR. OU SIMPLESMENTE AQUELES

DO LUGAR. OU SIMPLESMENTE AQUELES

QUE HABITAM DETERMINADO LUGAR.

QUE HABITAM DETERMINADO LUGAR.

(9)

PARA TODOS OS EFEITOS POPULAÇÃO

PARA TODOS OS EFEITOS POPULAÇÃO

TRADICIONAL ABRANGE POPULAÇÃO

TRADICIONAL ABRANGE POPULAÇÃO

NATIVA, POPULAÇÃO LOCAL, CULTURA

NATIVA, POPULAÇÃO LOCAL, CULTURA

TRADICIONAL, SOCIEDADE

TRADICIONAL, SOCIEDADE

TRADICIONAL, COMUNIDADE

TRADICIONAL, COMUNIDADE

TRADICIONAL, COMUNIDADE

TRADICIONAL, COMUNIDADE

TRADICIONAL, POPULAÇÃO

TRADICIONAL, POPULAÇÃO

CULTURALMENTE DIFERENCIADA,

CULTURALMENTE DIFERENCIADA,

POPULAÇÃO EXTRATIVISTA, POVO

POPULAÇÃO EXTRATIVISTA, POVO

TRADICIONAL, COMUNIDADE LOCAL

TRADICIONAL, COMUNIDADE LOCAL

(10)

PARA DIEGUES, “COMUNIDADES

PARA DIEGUES, “COMUNIDADES

TRADICIONAIS ESTÃO

TRADICIONAIS ESTÃO

RELACIONADAS COM UM TIPO

RELACIONADAS COM UM TIPO

DE ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA

DE ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA

(*) DIEGUES, A. C. O MITO MODERNO DA NATUREZA INTOCADA. SÃO PAULO: ANNABLUME, 2002, P. 88

DE ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA

DE ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA

E SOCIAL COM REDUZIDA

E SOCIAL COM REDUZIDA

ACUMULAÇÃO DE CAPITAL,

ACUMULAÇÃO DE CAPITAL,

(11)

COMO VISTO, HÁ UMA CERTA

COMO VISTO, HÁ UMA CERTA

CONFUSÃO NO ENTENDIMENTO DO

CONFUSÃO NO ENTENDIMENTO DO

CONCEITO.

CONCEITO.

EM QUALQUER CASO, DOIS

ELEMENTOS PERMEIAM O CONCEITO

E SÃO MUITO IMPORTANTES NA

(12)

JÁ ANALISAMOS A NOÇÃO DE TERRITÓRIO.

RELEMBRANDO, O TERRITÓRIO PODE SER ENTENDIDO COMO:

UMA PORÇÃO DA NATUREZA E ESPAÇO SOBRE O QUAL UMA PORÇÃO DA NATUREZA E ESPAÇO SOBRE O QUAL

UMA SOCIEDADE DETERMINADA REIVINDICA E UMA SOCIEDADE DETERMINADA REIVINDICA E UMA SOCIEDADE DETERMINADA REIVINDICA E UMA SOCIEDADE DETERMINADA REIVINDICA E GARANTE A TODOS, OU A UMA PARTE DE SEUS GARANTE A TODOS, OU A UMA PARTE DE SEUS

MEMBROS, DIREITOS ESTÁVEIS DE ACESSO, MEMBROS, DIREITOS ESTÁVEIS DE ACESSO,

CONTROLE OU USO SOBRE A TOTALIDADE OU PARTE CONTROLE OU USO SOBRE A TOTALIDADE OU PARTE DOS RECURSOS NATURAIS AÍ EXISTENTES QUE ELA DOS RECURSOS NATURAIS AÍ EXISTENTES QUE ELA

(13)

O TERMO POPULAÇÃO TRADICIONAL RECAI SOBRE A TRADIÇÃO.

REPRESENTA A TRANSMISSÃO DE SÍMBOLOS, CRENÇAS, VALORES E OUTROS ELEMENTOS

COGNITIVOS QUE IDENTIFICAM UM GRUPO E QUE SÃO PASSADOS DE UMA GERAÇÃO PARA OUTRA.

UMA POPULAÇÃO DEVE SER CONSIDERADA UMA POPULAÇÃO DEVE SER CONSIDERADA

TRADICIONAL POR ESTAR FUNDADA EM TRADICIONAL POR ESTAR FUNDADA EM

(14)

Este conjunto de relações com o

Este conjunto de relações com o

meio forma uma base cultural.

meio forma uma base cultural.

A combinação de cultura exercida

A combinação de cultura exercida

num espaço/tempo nos remete à idéia

num espaço/tempo nos remete à idéia

num espaço/tempo nos remete à idéia

num espaço/tempo nos remete à idéia

de território e “territorialidade”.

de território e “territorialidade”.

O território existe em função da

O território existe em função da

existência de uma cultura

existência de uma cultura

(BONNEMAISON, 2002).

(BONNEMAISON, 2002).

(15)

Por outra via o território é a base de uma cultura, Por outra via o território é a base de uma cultura,

envolvendo sempre e concomitantemente uma envolvendo sempre e concomitantemente uma dimensão simbólica, através de uma “identidade dimensão simbólica, através de uma “identidade

territorial” atribuída pelo grupo social territorial” atribuída pelo grupo social

(HAESBAERT, 2001). (HAESBAERT, 2001).

Esta ligação da população com um espaço Esta ligação da população com um espaço

geográfico determinado é a territorialidade, que, geográfico determinado é a territorialidade, que,

grosso modo, se dá através de um processo grosso modo, se dá através de um processo subjetivo de conscientização (CORRÊA, 1994). subjetivo de conscientização (CORRÊA, 1994).

(16)

atingir, influenciar ou controlar pessoas, fenômenos e atingir, influenciar ou controlar pessoas, fenômenos e relacionamentos, por indivíduos ou grupos, por via da relacionamentos, por indivíduos ou grupos, por via da

delimitação e afirmação de controle sobre uma área delimitação e afirmação de controle sobre uma área

geográfica (HAESBAERT, 2005). geográfica (HAESBAERT, 2005).

A territorialidade será sempre a relação de um A territorialidade será sempre a relação de um A territorialidade será sempre a relação de um A territorialidade será sempre a relação de um indivíduo ou grupo (população) em face de um indivíduo ou grupo (população) em face de um território (uma área geográfica) através de suas território (uma área geográfica) através de suas

práticas culturais (COSTA, 2005), ou seja, será sempre práticas culturais (COSTA, 2005), ou seja, será sempre

cultural a relação entre o ser humano e o espaço. cultural a relação entre o ser humano e o espaço. HAESBAERT, Rogério. Territórios alternativos. São Paulo: Contexto, 2002, p.133; COSTA, Benhur. As relações entre os conceitos de território, identidade e cultura no espaço urbano: por uma abordagem microgeográfica. IN: Geografia: temas

sobre cultura e espaço. (Orgs.) Roberto Lobato Corrêa/Zeny Rosendahl. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2005, p. 85.

(17)

Gomes (2001) define cultura como um “conjunto de Gomes (2001) define cultura como um “conjunto de

práticas sociais generalizadas em determinado práticas sociais generalizadas em determinado grupo”, e que leva este grupo a forjar uma imagem grupo”, e que leva este grupo a forjar uma imagem

de unidade e coerência interna. de unidade e coerência interna.

Estas práticas exprimem os valores e sentidos Estas práticas exprimem os valores e sentidos vividos por certo grupo social e a delimitação vividos por certo grupo social e a delimitação vividos por certo grupo social e a delimitação vividos por certo grupo social e a delimitação de suas diferenças em relação a outros grupos de suas diferenças em relação a outros grupos culturais. A cultura, desta forma, corresponde a culturais. A cultura, desta forma, corresponde a

(18)

processo de construção social sustentada por atributos culturais e, neste sentido, existem pelo menos três formas de construção da identidade:

(i) a identidade legitimada, sendo aquela introduzida pelas (i) a identidade legitimada, sendo aquela introduzida pelas instituições dominantes na sociedade;

instituições dominantes na sociedade; instituições dominantes na sociedade; instituições dominantes na sociedade;

(ii) a identidade de resistência, sendo aquela caracterizada (ii) a identidade de resistência, sendo aquela caracterizada pela oposição às instituições dominantes;

pela oposição às instituições dominantes;

(iii) a identidade projetada, sendo aquela construída pelos (iii) a identidade projetada, sendo aquela construída pelos atores sociais como redefinição de uma nova identidade. atores sociais como redefinição de uma nova identidade.

(19)

População Tradicional é um termo em

População Tradicional é um termo em

construção.

construção.

Retomando a questão da cultura, Cosgrove

Retomando a questão da cultura, Cosgrove

define como um conjunto de práticas

define como um conjunto de práticas

compartilhadas, que são comuns a um

compartilhadas, que são comuns a um

compartilhadas, que são comuns a um

compartilhadas, que são comuns a um

grupo humano diferenciado, práticas estas

grupo humano diferenciado, práticas estas

aprendidas e transmitidas através de

aprendidas e transmitidas através de

(20)

Sauer aponta ser a cultura uma “chave para a Sauer aponta ser a cultura uma “chave para a

compreensão sistemática de diferenças e compreensão sistemática de diferenças e

semelhanças entre os homens”. semelhanças entre os homens”.

Estas diferenças ocorrem sobre uma base territorial, Estas diferenças ocorrem sobre uma base territorial,

que considera a noção de cultura para além de que considera a noção de cultura para além de indivíduos isolados ou características pessoais, indivíduos isolados ou características pessoais, indivíduos isolados ou características pessoais, indivíduos isolados ou características pessoais, “mas comunidades de pessoas ocupando um espaço “mas comunidades de pessoas ocupando um espaço

determinado, amplo e geralmente contínuo”. determinado, amplo e geralmente contínuo”.

Considera, ainda, “crença e comportamento comuns Considera, ainda, “crença e comportamento comuns

aos membros de tais comunidades”. aos membros de tais comunidades”.

(21)

Ainda no entendimento de Sauer, existe “uma forma Ainda no entendimento de Sauer, existe “uma forma estritamente geográfica de se pensar a cultura, a saber, a estritamente geográfica de se pensar a cultura, a saber, a

marca da ação do homem sobre a área”. marca da ação do homem sobre a área”.

Neste mesmo sentido é possível imaginar as pessoas Neste mesmo sentido é possível imaginar as pessoas associadas numa e para uma área, da mesma forma em associadas numa e para uma área, da mesma forma em que é possível imaginar estas pessoas associadas por que é possível imaginar estas pessoas associadas por que é possível imaginar estas pessoas associadas por que é possível imaginar estas pessoas associadas por descendência ou tradição, no que contribui este autor descendência ou tradição, no que contribui este autor para reforçar o conceito de População Tradicional como para reforçar o conceito de População Tradicional como um grupo específico assentado culturalmente sobre uma um grupo específico assentado culturalmente sobre uma

base territorial por um tempo identificável, tendo como base territorial por um tempo identificável, tendo como

resultado uma paisagem cultural, que é a ação de um resultado uma paisagem cultural, que é a ação de um

(22)

pode ser entendido como aquela comunidade pode ser entendido como aquela comunidade “mais homogênea e resistente a novas idéias, “mais homogênea e resistente a novas idéias, menos tecnológica e menos dependente da mídia. menos tecnológica e menos dependente da mídia.

Atribuem também valor mais baixo à Atribuem também valor mais baixo à

alfabetização e escolaridade e valor mais alto à alfabetização e escolaridade e valor mais alto à

religião” (*) religião” (*) religião” (*) religião” (*)

Já no direito, como adverte Santilli, o conceito de Já no direito, como adverte Santilli, o conceito de População Tradicional ainda ensaia os primeiros População Tradicional ainda ensaia os primeiros

passos na formulação de uma definição que passos na formulação de uma definição que

possa ser aceita juridicamente. possa ser aceita juridicamente.

(23)

Por exemplo, a Lei do Sistema Nacional de

Por exemplo, a Lei do Sistema Nacional de

Unidades de Conservação (SNUC) tramitou

Unidades de Conservação (SNUC) tramitou

pelo Congresso Nacional por oito anos, até

pelo Congresso Nacional por oito anos, até

ser sancionada em julho de 2000, com

ser sancionada em julho de 2000, com

alguns vetos.

alguns vetos.

Entre os vetos estava o inciso XV do artigo

Entre os vetos estava o inciso XV do artigo

22°

°. Este dispositivo conceituava justamente

. Este dispositivo conceituava justamente

(24)

Segundo o conceito vetado, entendia

Segundo o conceito vetado, entendia--se

se

por População Tradicional os “grupos

por População Tradicional os “grupos

humanos culturalmente diferenciados,

humanos culturalmente diferenciados,

vivendo há, no mínimo, três gerações em

vivendo há, no mínimo, três gerações em

um determinado ecossistema,

um determinado ecossistema,

um determinado ecossistema,

um determinado ecossistema,

historicamente reproduzindo seu modo

historicamente reproduzindo seu modo

de vida, em estreita dependência do

de vida, em estreita dependência do

meio natural para sua subsistência e

meio natural para sua subsistência e

utilizando os recursos naturais de forma

utilizando os recursos naturais de forma

(25)

As justificativas para o veto alertavam para o fato As justificativas para o veto alertavam para o fato que, “com pouco esforço de imaginação, caberia que, “com pouco esforço de imaginação, caberia toda a população do Brasil” na conceituação de toda a população do Brasil” na conceituação de

População Tradicional. População Tradicional.

Mesmo não sendo definido na lei, o termo Mesmo não sendo definido na lei, o termo População Tradicional encontra

População Tradicional encontra--se disperso por se disperso por População Tradicional encontra

População Tradicional encontra--se disperso por se disperso por todo o texto da lei do SNUC.

todo o texto da lei do SNUC.

Sem uma definição exata do que venha a Sem uma definição exata do que venha a representar o termo, torna

(26)

Embora possa dificultar a boa aplicação

concreta da Lei do SNUC, a falta de

definição não impede uma interpretação

extensiva.

Interpretação Extensiva:

Interpretação Extensiva:

Interpretação Extensiva:

Interpretação Extensiva:

quando a lei carece de amplitude, ou

quando a lei carece de amplitude, ou

seja, diz menos do que deveria dizer,

seja, diz menos do que deveria dizer,

devendo o intérprete verificar qual os

devendo o intérprete verificar qual os

(27)

E por ser um termo em

E por ser um termo em

construção, na verdade, estimula

construção, na verdade, estimula

abordagens conceituais para além

abordagens conceituais para além

da idéia

da idéia

conservacionista/preservacionista

conservacionista/preservacionista

conservacionista/preservacionista

conservacionista/preservacionista

de utilização do meio ambiente,

de utilização do meio ambiente,

podendo compartilhar outras

podendo compartilhar outras

matrizes como a

matrizes como a

(28)

não indígena:

os açorianos (Ilha de Santa Catarina); os caiçaras os açorianos (Ilha de Santa Catarina); os caiçaras (litoral de SP + RJ); os caipiras (do tupi = cortador (litoral de SP + RJ); os caipiras (do tupi = cortador

de mato

de mato –– interior de SP); os babaçueiros interior de SP); os babaçueiros

(Nordeste); os jangadeiros (CE); os pantaneiros (Nordeste); os jangadeiros (CE); os pantaneiros (Nordeste); os jangadeiros (CE); os pantaneiros (Nordeste); os jangadeiros (CE); os pantaneiros

(MT + MS); os pastores (Brasil em geral); os (MT + MS); os pastores (Brasil em geral); os pescadores (Brasil em geral); os praeiros (faixa pescadores (Brasil em geral); os praeiros (faixa litorânea entre PI e AP); os quilombolas (Brasil em litorânea entre PI e AP); os quilombolas (Brasil em

geral); os ribeirinhos (amazônicos e não geral); os ribeirinhos (amazônicos e não amazônicos); os sertanejos (Nordeste); e os amazônicos); os sertanejos (Nordeste); e os

(29)

Segundo defende Sathler,

os garimpeiros do diamante

no Alto Rio Jequitinhonha

(MG) também seriam

(MG) também seriam

considerados população

tradicional.

(30)

ainda não é um termo pacífico no meio jurídico. ainda não é um termo pacífico no meio jurídico.

Em qualquer caso, com a edição da Lei 11.284/06 (Lei Em qualquer caso, com a edição da Lei 11.284/06 (Lei que institui o Serviço Florestal Brasileiro), este horizonte que institui o Serviço Florestal Brasileiro), este horizonte

se modificou. se modificou.

Em seu artigo 3

Em seu artigo 3°°, inciso X, denominou as comunidades , inciso X, denominou as comunidades Em seu artigo 3

Em seu artigo 3°°, inciso X, denominou as comunidades , inciso X, denominou as comunidades locais como as “populações tradicionais e outros grupos locais como as “populações tradicionais e outros grupos

humanos, organizados por gerações sucessivas, com humanos, organizados por gerações sucessivas, com

estilo de vida relevante à conservação e à utilização estilo de vida relevante à conservação e à utilização

sustentável da diversidade biológica”. sustentável da diversidade biológica”.

Curiosamente coloca as comunidades locais como Curiosamente coloca as comunidades locais como gênero da qual população tradicional torna

(31)

Em sentido análogo a Lei 11.428/06 (Lei

Em sentido análogo a Lei 11.428/06 (Lei

da Mata Atlântica), no seu artigo 3

da Mata Atlântica), no seu artigo 3°

°, ,

inciso II, denominou população

inciso II, denominou população

tradicional a “população vivendo em

tradicional a “população vivendo em

estreita relação com o ambiente

estreita relação com o ambiente

estreita relação com o ambiente

estreita relação com o ambiente

natural, dependendo de seus recursos

natural, dependendo de seus recursos

naturais para a sua reprodução

naturais para a sua reprodução

sociocultural, por meio de atividades

sociocultural, por meio de atividades

(32)

Por fim o Decreto 6.040, de 7 de

Por fim o Decreto 6.040, de 7 de

fevereiro de 2007, instituiu a Política

fevereiro de 2007, instituiu a Política

Nacional de Desenvolvimento

Nacional de Desenvolvimento

Sustentável dos Povos e

Sustentável dos Povos e

Comunidades Tradicionais, definindo

Comunidades Tradicionais, definindo

Comunidades Tradicionais, definindo

Comunidades Tradicionais, definindo

no seu artigo 3

no seu artigo 3°

°, povos e

, povos e

comunidades tradicionais, territórios

comunidades tradicionais, territórios

tradicionais e desenvolvimento

tradicionais e desenvolvimento

(33)

I - Povos e Comunidades Tradicionais: grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição; II - Territórios Tradicionais: os espaços necessários a reprodução cultural, social e econômica dos povos e comunidades tradicionais, sejam eles social e econômica dos povos e comunidades tradicionais, sejam eles

utilizados de forma permanente ou temporária, observado, no que diz respeito aos povos indígenas e quilombolas, respectivamente, o que dispõem os arts. 231 da Constituição e 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e demais regulamentações; e

(34)

Colchester aponta que “não existe definição Colchester aponta que “não existe definição

universalmente aceita de quem são as universalmente aceita de quem são as comunidades tradicionais ou

comunidades tradicionais ou ´´nativasnativas´´”, e que, ”, e que, particularmente, o termo tradicional “implica particularmente, o termo tradicional “implica uma longa residência numa determinada área”. uma longa residência numa determinada área”.

Os parâmetros propostos por Diegues para Os parâmetros propostos por Diegues para referir

referir--se aos tradicionais, que não se vinculam se aos tradicionais, que não se vinculam exclusivamente a aspectos conservacionistas exclusivamente a aspectos conservacionistas e/ou preservacionistas do meio ambiente, são o e/ou preservacionistas do meio ambiente, são o

que melhor se amoldam na discussão. que melhor se amoldam na discussão.

COLCHESTER, Marcus. Resgatando a natureza: comunidades tradicionais e áreas protegidas. In: Etnoconservação: novos rumos para a proteção da natureza nos trópicos. Antonio Carlos Diegues (org). São Paulo: NUPAUB/USP, 2000, 225-256, p. 230.

(35)

Sendo:

a) dependência e até simbiose com a natureza, os ciclos naturais e os recursos naturais renováveis a partir dos quais se constrói um modo de vida;

b) conhecimento aprofundado da natureza e de seus ciclos que se reflete na elaboração de estratégias de uso e de manejo dos recursos naturais;

c) noção de território ou espaço onde o grupo social se reproduz econômica e socialmente;

d) moradia e ocupação desse território por várias gerações, ainda que alguns membros individuais possam ter-se deslocado para os centros urbanos e voltado para a terra de seus antepassados;

e) importância das atividades de subsistência, ainda que a produção de

mercadorias possa estar mais ou menos desenvolvida, o que implica uma relação com o mercado;

(36)

g) importância dada à unidade familiar, doméstica ou comunal e às relações de parentesco ou compadrio para o exercício das atividades econômicas,

sociais e culturais;

h) importância das simbologias, mitos e rituais associados à caça, à pesca e atividades extrativistas;

i) a tecnologia utilizada é relativamente simples, de impacto limitado sobre o meio ambiente. Há reduzida divisão técnica e social do trabalho,

meio ambiente. Há reduzida divisão técnica e social do trabalho,

sobressaindo o artesanal, cujo produtor (e sua família) domina o processo de trabalho até o produto final;

j) fraco poder político, que em geral reside com os grupos de poder dos centros urbanos;

(37)

Diegues coloca, ainda, que um dos critérios de

maior importância para definir cultura ou

população tradicional, além do “modo de vida”,

é o “reconhecer-se como pertencente àquele

grupo social particular”.

Vale reiterar que qualquer grupo social

Vale reiterar que qualquer grupo social

particular tem por base um espaço

particular tem por base um espaço

territorial, do qual é nativo ou não. A

territorial, do qual é nativo ou não. A

natividade torna

natividade torna--se um elemento a mais na

se um elemento a mais na

conceituação de população tradicional.

(38)

Referências

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