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BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A. PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO E DEMAIS DOCUMENTOS PARA INFORMAÇÃO AOS ACIONISTAS

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BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A.

PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO E DEMAIS DOCUMENTOS PARA INFORMAÇÃO AOS ACIONISTAS

Senhores Acionistas:

Submetemos à apreciação de V.Sas. a Proposta da Administração e as Informações, consolidadas, necessárias à realização da Assembleia Geral Ordinária do Banco Mercantil do Brasil S.A., no dia 02 de abril de 2012, às 10:00 horas, na Sede Social, na Rua Rio de Janeiro, 654/680 – 5º andar, em Belo Horizonte, Minas Gerais, a fim de discutir e deliberar sobre os seguintes assuntos:

I) Demonstrações Financeiras do exercício encerrado em 31/12/2011; destinação do lucro líquido e ratificação dos juros sobre capital próprio, relativos ao ano de 2011;

II) Eleição dos membros do Conselho Fiscal;

III) Remuneração dos Administradores e Conselho Fiscal.

(2)

INFORMAÇÕES INSTRUÇÃO CVM 481/09

BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A.

COMENTÁRIO DOS DIRETORES

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10. Comentários dos diretores

10.1. Os diretores devem comentar sobre:

a. condições financeiras e patrimoniais gerais

2011

• Conjuntura Econômica e Sistema Financeiro

No cenário global, a atividade econômica segue favorável nos países emergentes, principalmente na China, e com moderada recuperação nos Estados Unidos. Na Europa o cenário é de retração econômica e de agravamento dos riscos decorrentes das dificuldades de equacionamento de dívidas soberanas.

No Brasil, as medidas adotadas para reduzir a forte demanda por bens de consumo foram potencializadas pela fragilidade da economia global e resultaram em desaquecimento da atividade econômica acima das expectativas, mas atingiram os objetivos governamentais de manter a inflação sob controle. Ao final do exercício, a inflação anual posicionou-se em 6,5%.

Para 2012, os prognósticos apontam para desempenho econômico moderado no primeiro semestre e expansão mais acentuada no restante do ano. As expectativas são de que a queda da taxa básica de juros, a expansão do crédito, o aumento da massa salarial e a situação de quase pleno emprego favoreçam expansão anual do PIB da ordem de 3,5%.

Quanto a eventual risco de ruptura no sistema financeiro europeu, o consenso indica otimismo e que a economia brasileira possui fundamentos que possibilitam amortecer possíveis impactos negativos, sem riscos iminentes de recessão na economia interna.

No Mercado Financeiro Nacional, o crédito alcançou expansão da ordem de 19%, ante 20,6% em 2010. As provisões para perdas com crédito elevaram-se no período, alcançando 7,1%, ante 6,6% em dezembro de 2010.

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• Contexto Corporativo

O Mercantil do Brasil é um banco múltiplo que dispõe de estrutura segmentada para os negócios, com destaque para o varejo, possuindo 165 agências distribuídas de forma estratégica nas principais regiões e centros econômicos do País.

Atua nos segmentos financeiros, de investimento, de crédito ao consumidor, de câmbio, de arrendamento mercantil, de distribuição de valores e de intermediação de títulos e valores mobiliários. Possui Agência no exterior, em Grand Cayman, no Caribe, utilizada para potencializar o aproveitamento das oportunidades de negócios no mercado internacional.

Dispõe de plataformas especiais de negócios em Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Bahia, Brasília, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Trata-se de unidades de atendimento segmentado, com foco em investidores e grandes empresas, direcionadas à busca de respostas eficientes e adequadas às demandas específicas dos segmentos de médio e grande portes.

As principais carteiras comerciais estão distribuídas, principalmente, nas modalidades de crédito consignado, capital de giro, crédito rotativo e crédito pessoal.

A perenidade alcançada em quase 70 anos de existência é fruto da perseverança dos Acionistas, do trabalho diário com afinco dos Colaboradores e do inestimável apoio dos Clientes, que confiam na solidez, na segurança e no bom atendimento como valores indissociáveis da marca Mercantil do Brasil.

Essa elevada determinação permite superar os desafios das mudanças no ambiente econômico, regulatório e de negócios. Para isso, a adequação das instalações físicas, do ambiente tecnológico, dos produtos e serviços e a maneira simples de inovar mediante soluções criativas dão o tom de um Banco que se projeta com determinação para o futuro, ajustado aos novos tempos e com destacada capacidade de entender e atender o cliente.

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O Comitê de Auditoria tem por finalidade, além de cumprir as atribuições de que trata a Resolução CMN 3.198/2004, auxiliar o Conselho de Administração em suas funções de controle sobre a qualidade das demonstrações financeiras e dos controles internos, contribuindo para a melhoria da qualidade e confiabilidade da informação contábil, sistemas de controle e gestão de riscos do Mercantil do Brasil.

Ao Comitê de Remuneração compete dar cumprimento ao disposto nas normas da Resolução CMN 3.921/2010 e auxiliar o Conselho de Administração na definição e na gestão das políticas de remuneração corporativas, de curto e longo prazos.

Condições financeiras e patrimoniais

O Mercantil do Brasil atua, historicamente, com o firme propósito da perpetuação e sempre preservando a sua característica de solidez e segurança. Nos três últimos exercícios os principais ativos, constituídos por operações de crédito de boa qualidade, aplicações em títulos e valores mobiliários e aplicações interfinanceiras de liquidez, garantem adequados padrões de liquidez. Em 2011, o Mercantil do Brasil atingiu a marca de R$10,5 bilhões em ativos consolidados, crescimento de 11,1% no ano. Os ativos circulantes posicionaram-se em R$7,0 bilhões, 81,7% superiores aos passivos de curto prazo.

As aplicações interfinanceiras de liquidez e em títulos e valores mobiliários atingiram R$3,1 bilhões e são equivalentes a 29,1% do ativo total.

As operações de crédito apresentaram expansão de 21,8%, alcançando participação de 61,0% no ativo total, ante 55,7% em 2010, sendo 91,8% classificadas nas faixas de menor risco, de “AA” até “C”. O Saldo da provisão para risco de crédito posicionou-se em 4,6%, ante 3,7% de dezembro de 2010.

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Vale destacar que do total de recursos provenientes do exterior, R$473,9 milhões estão registrados como Dívida Subordinada, ou seja, em status de capital para fins de níveis de capitalização, nos termos da Resolução CMN nº 3.444/2007.

No consolidado as Receitas da Intermediação Financeira somaram R$ 2,08 bilhões, 47% superiores as de 2010, com destaque para as receitas de operações de crédito e de arrendamento mercantil no montante de R$1,6 bilhão que evoluíram 30,8%, no mesmo período de comparação.

As Despesas da Intermediação Financeira posicionam-se em R$1,4 bilhão e representam 66,8% das Receitas da Intermediação Financeira, contra 61,3% em 2010.

As Despesas com Provisão para Risco de Crédito de R$339,6 milhões são 27,3% superiores às de 2010 e refletem o crescimento da carteira de crédito e a tendência do Mercado Financeiro Nacional. O Resultado Bruto da Intermediação Financeira posicionou-se em R$690,1 milhões, ante R$547,1 milhões de igual período de 2010, crescimento de 26,1%.

As Receitas de Prestação de Serviços alcançaram R$122,9 milhões, contra R$114,9 milhões de 2010, crescimento de 6,9%.

As Despesas de Pessoal foram de R$327,8 milhões, perante R$347,3 milhões em 2010, redução de 5,6%.

As Despesas Administrativas registraram redução de 2,4% e posicionaram-se em R$393,7 milhões, contra R$403,2 milhões em 2010.

Em 2011, o Mercantil do Brasil registrou Lucro Líquido de R$ 90,7 milhões (R$ 80,3 milhões Consolidado), correspondente a R$ 2,56 por ação, equivalente a uma rentabilidade anual de 13,1% sobre o Patrimônio Líquido médio de R$ 693,6 milhões.

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2010

O ano de 2010 foi marcado pela forte expansão da atividade econômica interna com todos os setores econômicos apresentando desempenho satisfatório e consequentemente gerando expectativas de continuidade do cenário favorável para 2011. Foram fatores preponderantes para essa expansão a ascensão do nível de emprego acompanhada do aumento da massa salarial e as condições favoráveis do crédito a prazos dilatados.

Entretanto, a pressão da demanda provocou a elevação dos indicadores inflacionários para além do centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional o que desencadeou uma mudança na condução da política monetária por parte do Banco Central do Brasil que iniciou um novo ciclo de aumento da taxa básica de juros Selic além de outras medidas macroprudenciais.

Em 2010, o crescimento das operações de crédito no Sistema Financeiro Nacional foi de 20,5% atingindo a marca R$ 1,7 trilhão e ainda com melhoria na qualidade, haja vista o nível de provisionamento para risco de crédito que situou em 5,6%, ante 6,9% em 2009 e o aumento de 91,1% para 92,7% das operações de crédito classificadas nas faixas de menor risco de crédito, de “AA” a “C”, no mesmo período comparativo.

• Contexto Corporativo

O Mercantil do Brasil é um banco múltiplo de médio porte, que dispõe de estrutura segmentada para os negócios, com destaque para o varejo, com 153 agências distribuídas de forma estratégica nas principais regiões e centros econômicos do País.

Atua nos segmentos financeiros, de investimento, de crédito ao consumidor, de câmbio, de arrendamento mercantil, de distribuição de valores e de intermediação de títulos e valores mobiliários e através de sua Agência no exterior, em Grand Cayman, no Caribe, utilizada para potencializar o aproveitamento das oportunidades de negócios no mercado internacional.

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Com a Missão, Visão e Valores claramente definidos e difundidos por toda a Organização, no Mercantil do Brasil somam-se os aspectos de constante evolução da sua governança corporativa, transparência empresarial, responsabilidade socioambiental e compromisso com o cliente, sobressaindo-se como atitudes-chave a seriedade, a agilidade e a assertividade para construção e perpetuação do seu diferencial no atendimento.

Condições financeiras e patrimoniais

O Mercantil do Brasil tem atuado, historicamente, com o firme propósito da perpetuação e sempre preservando a sua característica de solidez e segurança. Nos três últimos exercícios os principais ativos estiveram constituídos por operações de crédito de boa qualidade, aplicações em títulos e valores mobiliários e aplicações interfinanceiras de liquidez, garantindo adequados padrões de liquidez.

Em 2010, os ativos totais alcançaram R$ 9,5bilhões, um incremento de 20,5% no ano, com operações de crédito de R$ 5,2 bilhões, refletindo uma expansão anual de 27,0%, representando 55,2% dos ativos totais.

A provisão para risco de crédito no Mercantil do Brasil posicionou-se em 3,7%, ante 7,0% em dezembro de 2009, refletindo a melhoria do cenário pós crise. Os principais recursos captados atingiram R$ 7,7 bilhões, volume 21,0% superior aos R$ 6,4 bilhões de 2009, com destaque para os depósitos a prazo no montante de R$ 4,8 bilhões, crescimento de 33,7% em relação a 2009, quando situou-se em R$ 3,6 bilhões; captações no mercado aberto de R$941,1 milhões e R$ 509,9 milhões de depósitos à vista. Somam-se a esses recursos R$920,0 milhões de captações e empréstimos no exterior sendo R$ 631,8 milhões registrados como Dívida Subordinada, nos termos da Resolução CMN nº 3.444/2007.

O Mercantil do Brasil registrou Lucro Líquido de R$135,2 milhões ,correspondente a R$3,81955 por ação, equivalente a uma rentabilidade de 22,2% sobre o Patrimônio Líquido médio de R$ 609,6 milhões. Esse resultado foi impactado positivamente pelo reconhecimento contábil de crédito relativo a COFINS, em decorrência do êxito na ação judicial movida contra a União Federal.

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2009

• Conjuntura Econômica e Sistema Financeiro

O ano de 2009 iniciou-se sob o efeito perverso da crise financeira internacional instalada a partir do terceiro trimestre de 2008 e nesse cenário, internamente com a inflação sob controle, a equipe econômica do Governo Federal juntamente com Banco Central do Brasil atuaram conjuntamente reduzindo as alíquotas do imposto sobre produtos industrializados, especialmente da cadeia automotiva, e na redução da taxa básica de juros Selic que saiu de 13,75% para 8,75%, em julho de 2009, atenuando os efeitos negativos sobre a economia brasileira.

A partir do segundo trimestre de 2009, embora ainda vigente um cenário de incertezas, já se fizeram presentes indicadores de recuperação que, inicialmente, estiveram restritos a segmentos diretamente beneficiados pelos incentivos fiscais e pela oferta de crédito e inaugurou-se nova recuperação.

Nessa conjuntura econômica, as operações de crédito no Sistema Financeiro Privado Nacional cresceram apenas 8,5% em 2009 e os níveis de provisões para risco de crédito se elevaram a 8,2%.

• Contexto Corporativo

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Ao final de 2009, o Mercantil do Brasil contava com cerca de 181 pontos de atendimento distribuídos de forma estratégica nas principais regiões e centros econômicos do País.

Condições financeiras e patrimoniais

Em 2009, o Mercantil do Brasil preservou o seu histórico de solidez e segurança, com os ativos de curto prazo superando em larga escala os passivos circulantes. Os principais ativos estiveram constituídos por operações de crédito de boa qualidade, aplicações em títulos e valores mobiliários e aplicações interfinanceiras de liquidez, garantindo adequados padrões de liquidez.

Os ativos totais alcançaram R$ 7,9 bilhões em 2009, um incremento de 15,7% no ano, com operações de crédito de R$ 4,2 bilhões, com crescimento médio anual de 14,4% nos três últimos exercícios.

A provisão para risco de operações de crédito no Mercantil do Brasil posicionou-se em 7,0%, refletindo o “stress” ocorrido no Sistema Financeiro Nacional no período, como reflexo da crise internacional.

Em dezembro de 2009, os principais recursos captados somaram R$ 6,5 bilhões, volume 17,3% superior aos R$ 5,6 bilhões de 2008, destacando-se R$ 3,6 bilhões de depósitos a prazo, R$ 1,2 bilhão de captações no mercado aberto e R$ 438,6 milhões de depósitos à vista.

As captações e empréstimos no exterior somaram-se R$850,9 milhões, dos quais, R$ 267,1 milhões estão registrados como Dívida Subordinada, com vencimento em 2016, nos termos da Resolução CMN nº 3.444/07.

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O Mercantil do Brasil registrou Lucro Líquido de R$ 40,4 milhões no exercício de 2009, correspondente a R$ 1,35651 por ação, equivalente a uma rentabilidade anual de 7,4% sobre o Patrimônio Líquido de R$ 546,0 milhões

b. estrutura de capital e possibilidade de resgate de ações ou quotas, indicando:

O Patrimônio Líquido atingiu o montante de R$ 714,1 milhões (Consolidado de R$ 703,7 milhões), Administrado de R$ 748,8 milhões, com crescimento de 6,1% no exercício, correspondente ao valor patrimonial de R$ 20,17 por ação. O Patrimônio Líquido de Referência é de R$ 1,1 bilhão e inclui o Patrimônio Líquido Consolidado das Instituições Financeiras Mercantil do Brasil e a Dívida Subordinada no montante de R$ 493,8 milhões, nos termos da Resolução CMN nº 3.444/2007.

• Capital Social

O capital social do Banco Mercantil do Brasil S.A. é dividido em ações nominativas escriturais, da seguinte forma:

Ações

MB – Múltiplo

2011 2010 2009

Quantidade Em R$ mil Quantidade Em R$ mil Quantidade Em R$ mil

Ordinárias 26.262.082 382.376 26.262.082 246.864 20.636.331 152.730

Preferenciais 9.137.918 104.446 9.137.918 85.896 9.137.918 67.630

Total 35.400.000 486,822 35.400.000 332.760 29.774.249 220.360

Valor nominal em reais 9,40 9,40 7,4

• Reservas de Capital e de Lucros

Em R$ mil Descrição MB – Consolidado 2011 2010 2009 Reserva de capital (1) 17.443 17.443 56.275 Reservas de lucros 353.237 300.521 243.248 Reserva legal (2) 53.000 48.948 42.188 Reserva estatutária (3) 300.237 251.573 201.060

(1) São representadas, substancialmente, por reserva de ágio na subscrição de ações e de subvenções para investimentos. (2) Constituída à base de 5% sobre o lucro líquido do exercício, limitada a 20% do capital social.

(3) Constituída com base no lucro líquido remanescente após todas as destinações estabelecidas pelo estatuto, permanecendo o seu saldo

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b.i. - hipóteses de resgate

O Estatuto Social do Mercantil do Brasil não contempla hipótese de resgate de ações de emissão da Instituição.

b.ii. - fórmula de cálculo do valor de resgate

Não é aplicável, de conformidade com a letra “b.i”.

c. capacidade de pagamento em relação aos compromissos financeiros assumidos

O Mercantil do Brasil apresenta plena capacidade de pagamento dos compromissos financeiros assumidos, primando-se pela adequada conjugação de capitais próprios e de terceiros que se amolda ao conceito de solidez e segurança de que a Instituição desfruta no mercado.

Seus fluxos de caixa são revisados diariamente, buscando-se a permanente adequação aos pagamentos de saques, depósitos, concessão de empréstimos, investimentos, despesas e demais obrigações pactuadas.

O Capital Circulante Líquido do Mercantil do Brasil, em 2011, apresentou crescimento significativo de 41,7% frente a 2010, após evolução de 29,1% em 2009.

R$ mil

Descrição Variação - % 2011 Variação - % 2010 2009

Ativo Circulante 9,55 6.953.202 16,71 6.347.111 5.438.539

Passivo Circulante -7,60 3.826.038 11,04 4.140.810 3.729.026

Capital Circulante Líquido 41,74 3.127.164 29,06 2.206.301 1.709.513

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Como forma de aumentar a liquidez, caso seja necessário, o Mercantil do Brasil possui, ainda, a possibilidade de geração de caixa com novas captações, quer seja no mercado interno, externo, ou qualquer outra fonte de captação vigente pelas normas do CMN.

d. fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos não-circulantes utilizadas; e

e. fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos não-circulantes que pretende utilizar para cobertura de deficiências de liquidez; e

f. níveis de endividamento e as características de tais dívidas, descrevendo ainda: i. contratos de empréstimo e financiamento relevantes;

ii. outras relações de longo prazo com instituições financeiras; iii. grau de subordinação entre as dívidas.

As principais fontes de financiamento estão representadas pelas captações no mercado interno e externo, destacando-se os depósitos a prazo, as captações através de emissões de títulos de longo prazo no mercado externo e as captações no mercado aberto.

Somam-se a esses os recursos próprios, que se encontram acima dos níveis exigidos pelas normas em vigor.

Em 2011, as obrigações do Mercantil do Brasil totalizaram R$ 9,1 bilhões, sendo 57,9% de longo prazo, ante R$7,7 bilhões de 2010 e R$ 6,4 bilhões de 2009.

A seguir, tem-se o detalhamento das principais fontes de recursos:

Em R$ mil Descrição 2011 2010 2009 Depósitos 6.886.682 5.567.952 4.264.448 Depósitos a Prazo 6.051.702 4.832.812 3.613.535 Depósitos à Vista 548.405 509.930 438.561 Depósitos de Poupança 228.129 187.926 155.459 Depósitos Interfinanceiros 58.446 37.284 55.260 Outros Depósitos - - 1.634

Captações no Mercado Aberto 1.034.709 941.151 1.165.246

Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 236.096 376.998 471.586

Obrigações por Empréstimos 393.299 110.171 146.862

Obrigações por Repasses do Exterior - 11.038 22.906

Obrigações por Repasses do País - Instituições Oficiais 7.154 19.460 39.827

Dívidas Subordinadas 524.808 676.674 267.092

Total geral 9.082.748 7.703.444 6.377.968

Circulante 3.430.438 3.398.707 3.182.139

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• Depósitos

Os depósitos configuram a principal fonte de funding do Mercantil do Brasil e vêm demonstrando importante crescimento. Em 2011, cresceram 23,7% em relação 2010 e 61,9% em relação a 2009, representando 75,8%, 72,3% e 66,9%, respectivamente dos capitais de terceiros.

• Captações no Mercado Aberto

Referem-se às operações compromissadas lastreadas em títulos públicos, conforme segue:

Em R$ mil Títulos 2011 2010 2009 Carteira Própria - 35.036 - LFT - 35.036 - Carteira de Terceiros 1.034.709 LFT 528.485 453.236 386.725 LTN 330.485 342.851 328.425 NTN 175.739 110.028 450.096 Total 1.034.709 941.151 1.165.246

• Recursos de Aceites e Emissão de Títulos

São compostos pelas captações em Letras de Crédito do Agronegócio - LCA no montante de R$ 137,5 milhões com vencimento até agosto de 2013 (R$ 194,2 milhões em dezembro de 2010) e pelas obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior que são assim apresentados:

Em R$ mil

Descrição 2011 2010 2009

Em 08 de maio de 2007, o Mercantil do Brasil emitiu através de sua agência de “Grand Cayman” uma “put option” (opção de venda dada ao investidor) à taxa de 7,7% a.a. através da oferta de “Exchange” com vencimento de 08 de maio de

2012. 57.290 102.971 163.367

Em 08 de novembro de 2007, o Mercantil do Brasil emitiu através de sua agência em “Grand Cayman” uma “put option” (opção de venda dada ao investidor) à taxa de 8,5% a.a., através da oferta de “Exchange”, com vencimento em 08 de

novembro de 2010. - - 190.979

Em 30 de outubro de 2009, o Mercantil do Brasil captou US$ 22.114 mil, através da agência de “Grand Cayman” na modalidade CD – “Certificate of Deposit”, com

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Em 03 de agosto de 2009, o Mercantil do Brasil emitiu através de sua agência em “Grand Cayman” o valor de US$ 27.083 mil em notas à taxa de 9,0% a.a., com

vencimento em 08 de novembro de 2011. - 43.336 47.157

Em 21 de dezembro de 2010, o Banco captou US$ 22.000, através da agência em Grand Cayman, na modalidade CD – Certificate of Deposit, com vencimento

em 21 de dezembro de 2015. 41.282 36.669 -

Total 98.572 182.976 440.008

• Obrigações por empréstimos

São compostas, basicamente, por obrigações por empréstimos no exterior destinados a refinanciamento de operações de câmbio, de importação e de exportação, como segue:

Em R$ mil Descrição 2011 2010 2009 Empréstimos no exterior 87.768 94.152 120.917 Total 87.768 94.152 120.917 Circulante 87.768 86.259 95.534 Não circulante - 7.893 25.383

Em dezembro de 2011, o Mercantil do Brasil possuía com outras instituições financeiras, obrigações por empréstimos relativas às cotas seniores de emissão detidas decorrentes das cessões de créditos efetuadas através do FIDC Mercantil Veículos I no montante de R$3,4 milhões (R$ 16,0 milhões em 2010 e R$ 25,9 milhões em 2009) e através do FIDC Mercantil Crédito Consignado INSS, constituído em agosto de 2011, no montante de R$302,1 milhões.

• Obrigações por Repasses do Exterior

Em outubro de 2011, o Mercantil do Brasil liquidou o empréstimo de médio prazo destinado à ampliação da carteira de financiamento de veículos, através do “National City Bank Cleveland Ohio”, junto com a “Overseas Private Investment Corporation”.

• Obrigações por Repasses do País – Instituições Oficiais

Referem-se, basicamente, as operações do FINAME.

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Estão assim representadas: Em R$ mil Papel 2011 2010 2009 Dívida Subordinada (1) - 218.876 233.851 CDB Subordinado (2) 50.861 44.859 1.027 Dívida Subordinada (3) 473.947 412.939 32.214 Total 524.808 676.674 267.092 Circulante 24.144 28.394 7.338 Não circulante 500.664 648.280 259.754

(1) Em setembro de 2011 o Mercantil do Brasil, em consonância com seus objetivos estratégicos liquidou, antecipadamente, a primeira “tranche” do “Global Medium Term Note Programme”, no montante global de US$ 125.000 mil, com remuneração a 10,6% a.a., emitida em setembro de 2006 com vencimento em 22 de setembro de 2016, cuja aprovação como dívida subordinada foi homologada pelo BACEN em 2007, passando a integrar o nível II do Patrimônio de Referência, contemplados na apuração do índice da Basileia. Desta forma, a referida “tranche” foi classificada em recursos de aceites e emissão de títulos em dezembro de 2006 e em “Outras Obrigações – Dívidas Subordinadas” em dezembro de 2007.

(2) Em 22 de setembro de 2009 foi efetuada a primeira emissão de Certificado de Depósito Bancário subordinado, cujo saldo em 31/12/2011 era de R$ 50,9 milhões. Destes, R$ 45,9 milhões já foram aprovados e homologados como dívidas subordinadas pelo BACEN, passando a integrar o nível II do Patrimônio de Referência, nos termos da Resolução CMN nº 3.444/07.

(3) Em julho de 2010, o Banco emitiu “tranche” do Tier II, no montante de US$ 250.000, cuja aprovação como dívida subordinada foi homologada pelo BACEN em 23 de setembro de 2010, passando a integrar o nível II do Patrimônio de Referência, contemplado na apuração do índice de Basileia.

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O Mercantil do Brasil liquidou, em 2011, o contrato de captação recursos no montante de US$ 20 milhões destinado ao financiamento de veículos, o qual possuía cláusulas de “covenants” que determinam o atendimento aos limites operacionais e o cumprimento da regulamentação do Banco Central do Brasil.

g. limites de utilização dos financiamentos já contratados.

Em dezembro de 2011, os recursos destinados à ampliação da carteira de financiamento de veículos apresentavam saldo “Zero”, R$ 11,3 milhões em 2010 e R$ 22,9 milhões em 2009.

h. alterações significativas em cada item das demonstrações financeiras.

Em R$ mil

Descrição 2011 2010 2009

Disponível 128.500 87.013 72.280

Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 2.687.555 2.740.670 2.549.074

Títulos e Valores Mobiliários 374.695 328.499 337.046

Relações Interfinanceiras e Interdependências 212.191 210.177 154.522

Operações de Créditos 6.285.128 5.233.136 4.117.731

(-) Provisão para Risco de Crédito (294.540) (194.394) (294.588)

Outros Créditos – Arrend. Mercantil 793.046 789.602 732.168

Outros Valores e Bens 225.326 150.197 71.809

Permanente 111.008 127.813 121.775

Ativos Totais 10.522.909 9.472.713 7.861.817

Depósitos 6.886.682 5.567.952 4.264.448

Captações no Mercado Aberto 1.034.709 941.151 1.165.246

Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 236.096 376.998 471.586

Relações Interfinanceiras e Interdependências 49.683 35.418 37.885

Obrigações por Empréstimos 393.299 110.171 146.862

Obrigações por Repasses 7.154 30.498 62.733

Instrumentos Financeiros Derivativos 44.784 234.873 162.378

Outras Obrigações 1.119.601 1.456.800 960.920

Resultado de Exercícios Futuros 2.060 2.542 4.129

Patrimônio Líquido 748.841 716.310 585.630

(18)

• Aplicações Interfinanceiras de Liquidez

O saldo das Aplicações Interfinanceiras de Liquidez em 2011 reduziu-se em cerca de R$53,0 milhões em relação a 2010, menos 2,0% comparado ao de 2010, quando havia crescido 7,5% em relação ao de 2009, no montante de R$192,0 milhões.

• Títulos e Valores Mobiliários

O saldo de Títulos e Valores Mobiliários, em 2011 apresentou crescimento de 14,1% no total de R$46,2 milhões, somando R$374,7 milhões ante R$328,5 milhões em 2010. Em 2009 o saldo das aplicações em Títulos e Valores Mobiliários era de R$ 337,0 milhões.

• Operações de Crédito

No exercício findo em 2011, as operações de crédito apresentaram um aumento de R$ 1,0 bilhão, correspondente a 20,1% em relação a 2010, que por sua vez registrou uma variação positiva de R$ 1,1 bilhão no comparativo com o ano de 2009, ou seja, um aumento de 27,1%.

No que concerne ao saldo das provisão para risco de crédito de R$294,5 milhões em 2011, houve uma elevação de R$100,1 milhões, equivalente a 51,5% comparativamente a 2010 quando foi registrada uma queda de R$ 100,2 milhões, equivalente 34,0% ante 2009. A provisão para risco de crédito é calculada em conformidade com a Resolução CMN nº 2.682/99 e regulamentação complementar do Banco Central do Brasil, e é fundamentada em um sistema de avaliação de riscos de clientes, na análise das garantias das operações e constituída em montante considerado suficiente, pela Administração, para cobrir eventuais perdas na realização dos ativos correspondentes.

• Depósitos

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• Recursos de Aceites e Emissões de Títulos

Em 2011, os Recursos de Aceites e Emissão de Títulos sofreram uma redução de 37,4%, no montante de R$ 140,1 milhões, basicamente em função da liquidação de dívidas externas com vencimentos em maio e novembro de 2011 e da redução de R$ 57,0 milhões nas captações com Letras de Crédito do Agronegócio - LCA. Em 2010, o Mercantil do Brasil já havia reduzido essa dívida em R$ 94,5 milhões, equivalente a 20,0% em relação ao ano anterior, numa conjugação de pagamento de dívida externa no montante de R$ 230,0 milhões com novas captações no valor de R$ 37,0 milhões e pelo bom desempenho das captações de LCA cujo montante alcançou R$ 194,0 milhões. Em 2009, houve uma redução de 25,3% no saldo, equivalente ao montante de R$ 159,4 milhões, em relação a 2008. Os efeitos cambiais existentes nestas operações estão protegidos por instrumento de “hedge”.

• Patrimônio Líquido

(20)

10.2. Os diretores devem comentar:

a. resultados das operações do emissor, em especial:

i. descrição de quaisquer componentes importantes da receita;

Consolidado - Em R$ mil

Descrição 2011 2010 2009

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 2.081.036 1.415.171 1.368.175

Operações de Crédito 1.633.550 1.244.306 1.358.619

Operações de Arrendamento Mercantil 11.267 13.484 16.165

Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários 417.915 292.226 223.654

Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos -6.619 -152.838 -247.964

Resultado de Operações de Câmbio 14.499 10.375 11.123

Resultado de Aplicações Compulsórias 10.424 7.618 6.578

DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA -1.390.942 -868.087 -641.621

Operações de Captação de Mercado -1.019.166 -586.734 -311.058

Operações de Empréstimos, Cessões e Repasses -24.931 -6.779 -551

Operações de Arrendamento Mercantil -7.280 -7.878 -11.444

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa -339.565 -266.696 -318.568

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 690.094 547.084 726.554 OUTRAS RECEITAS/(DESPESAS) OPERACIONAIS -604.250 -320.946 -638.176

Receitas de Prestação de Serviços 122.869 114.950 117.624

Resultado de Participações em Coligadas e Controladas 0 -64 -10

Outras Receitas Operacionais 149.455 420.258 32.745

Despesas de Pessoal -327.851 -347.274 -257.929

Outras Despesas Administrativas -393.696 -403.236 -391.505

Despesas Tributárias -22.172 -15.883 -61.859

Outras Despesas Operacionais -132.855 -89.697 -77.242

RESULTADO OPERACIONAL 85.844 226.138 88.378

RESULTADO NÃO OPERACIONAL -15.314 4.519 -26.942

Receitas 3.444 20.063 7.086

Despesas -18.758 -15.544 -34.028

RESULTADO ANTES TRIB. S/ LUCRO E PARTICIPAÇÕES 70.530 230.657 61.436 IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 41.556 -61.735 3.924

Provisão para Imposto de Renda -12.596 -7.934 -24.743

Provisão para Contribuição Social -14.237 -6.116 -13.881

Ativo Fiscal Diferido 68.389 -47.685 42.548

PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS NO LUCRO -28.322 -27.356 -22.495

Empregados -24.327 -22.851 -19.595

Administradores -3.995 -4.505 -2.900

PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA NAS CONTROLADAS -3.456 -6.354 -2.476

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• Receitas de Operações de Crédito

Em 2011, as Receitas de Operações de Crédito aumentaram 31,3%, em R$389,2 milhões, principalmente pelo aumento de R$315,4 milhões das Rendas com Empréstimos; R$9,6 milhões Rendas de Títulos Descontados.

Em 2010, as Receitas de Operações de Crédito reduziram em 8,4%, R$114,3 milhões, devido principalmente: (i) redução de Rendas de Empréstimos de R$4,0 milhões; (ii) redução de Rendas de Financiamento no montante de R$25,5 milhões; as quais foram compensadas pelo crescimento de (iii) R$21,7 milhões provenientes de aplicações compulsórias de Financiamentos Rurais e (iv) aumento de R$22,4 milhões de Recuperação de Créditos Baixados para Prejuízo e (v) ajuste na estimativa das despesas de operações com coobrigações, no montante de R$86,0 milhões.

Em 2009, as Receitas de Operações de Crédito evoluíram 22,5%, equivalente R$ 249,3 milhões, devido principalmente a: (i) crescimento de 30,0% em Rendas de Empréstimos, no montante de R$ 297,0 milhões, que foi compensado por (ii) redução de R$ 17,4 milhões em Rendas de Financiamento, (iii) redução de R$ 16,4 milhões em Rendas de Aplicações Obrigatórias relacionadas a Financiamentos Rurais, (iv) redução nas receitas de Títulos Descontados de R$ 5,2 milhões; (v) redução nas receitas de Recuperação de Créditos Baixados para Prejuízos no montante de R$ 4,8 milhões, de R$ 21,3 milhões em 2008 para R$ 16,4 milhões em 2009; (vi) redução de R$ 2,4 milhões em Rendas de Financiamento em Moedas Estrangeiras, originada de uma receita de Variação Cambial existente somente no exercício de 2008 no montante de R$ 2,2 milhões e (vii) redução de receitas de Adiantamento a Depositantes no montante de R$ 1,7 milhão.

• Receitas de Operações de Arrendamento Mercantil

Em 2011, as Receitas de Arrendamento Mercantil reduziram 16,4%, em R$2,2 milhões, basicamente pela queda de R$2,4 milhões das Rendas com Arrendamento Financeiros ante o crescimento de R$0,2 milhão de Lucros de Bens Arrendados.

Em 2010, as Receitas de Arrendamento Mercantil reduziram em 16,6%, R$2,7 milhões, devido à (i) redução das rendas de financiamento de veículos, no montante de R$2,8 milhões e (ii) um aumento de R$0,1 milhão em Lucros de Bens Arrendados.

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• Receitas de Operações com TVM

Em 2011, as Receitas de Operações com Títulos e Valores Mobiliários experimentaram um crescimento de 43,0%, R$125,7 milhões, refletindo o aumento de R$79,6 milhões em Rendas de Aplicações Interfinanceiras; R$46,1 milhões com Rendas com Títulos e Valores Mobiliários e

Instrumentos Financeiros e Derivativos.

Em 2010, as Receitas com as Operações com Títulos e Valores Mobiliários aumentaram em 30,7%, R$69,0 milhões, devido principalmente a: (i) aumento de Receitas com Aplicações Interfinanceiras de Liquidez no montante de R$70,7 milhões, sendo R$30,9 milhões em Aplicações em Operações Compromissadas e R$30,8 milhões em Aplicações em Depósitos Interfinanceiros; contra a redução de Rendas com TVM e Instrumentos Financeiros Derivativos em 6,3%, no montante de R$1,8 milhão.

Em 2009, as Receitas com as Operações com TVM reduziram-se em 4,8%, R$ 11,4 milhões, se comparado ao mesmo período de 2008, resultado de: (i) redução de Receitas com TVM e Instrumentos Financeiros Derivativos no montante de R$ 49,2 milhões, que foi compensada principalmente por: (ii) aumento de Rendas de Aplicações Financeiras de Liquidez no montante de R$ 22,0 milhões e (iii) redução de despesas com TVM e Instrumentos Financeiros Derivativos no montante de R$ 16,2 milhões.

• Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos

O Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos foi impactado positivamente em R$146,2 milhões, pela elevação de 12,3% na cotação do dólar, refletindo no aumento de R$136,3 milhões das Rendas em Operações com Derivativos e redução de 6,0%, R$9,9 milhões, nas Despesas em Operações com Derivativos.

A redução da cotação do dólar de R$1,74/US$1,00 em Dez/09 para R$1,67/US$1,00 em Dez/10 impactou positivamente o Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos em 38,4%, reduzindo as despesas de R$248,0 milhões em 2009 para R$153,0 milhões em 2010, devido à: (i) redução com Renda de Operações de Derivativos no montante de R$23,4 milhões e (ii) redução das Despesas com Operações de Derivativos no montante de R$118,5 milhões, relacionada ao hedge das obrigações em moeda estrangeira registradas pelo Mercantil do Brasil.

Em 2009, o Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos variou 237,0%, de uma receita de

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(i) redução com Renda de Operações de Derivativos no montante de R$ 321,0 milhões e

(ii) redução com Despesas com Operações de Derivativos no montante de

R$ 108,0 milhões, relacionada ao “hedge” que o Mercantil do Brasil possui de suas obrigações em moeda estrangeira.

• Resultado de Operações de Câmbio

Em 2011, o Resultado de Operações de Câmbio foi 39,7% superior, R$4,1 milhões, efeito da variação cambial negativa de R$3,4 milhões em contrapartida ao aumento das Rendas de Câmbio no montante de 7,5 milhões.

No ano anterior o Resultado de Operações de Câmbio reduziu em 6,7%, R$0,8 milhão, devido principalmente: (i) queda de R$11,7 milhões em receitas de operações de câmbio e (ii) redução de R$10,9 milhões em despesas de operações de câmbio.

Em 2009, o Resultado das Operações de Câmbio reduziu 64,9%, em R$ 20,6 milhões, devido principalmente: (i) redução de R$ 10,4 milhões em receitas de operações de câmbio e (ii) redução de R$ 10,1 milhões em despesas de operações de câmbio.

• Resultado de Aplicações Compulsórias

Em 2011, o Resultado de Aplicações Compulsórias foi 36,8% superior ao de 2010, R$2,8 milhões, reflexo da redução de R$0,8 milhão nas Rendas de Créditos Vinculados ao Banco Central e aumento de R$3,6 milhões nas Rendas de Créditos Vinculados ao Sistema Financeiro da Habitação – SFH. No ano anterior o Resultado de Aplicações Compulsórias demonstrou uma elevação de 15,8%, R$1,0 milhão, devido principalmente à: (i) aumento de receitas de créditos vinculados ao Banco Central no montante de R$2,2 milhões e (ii) redução de créditos vinculados ao Sistema Financeiro de Habitação – SFH, no montante de R$1,2 milhão.

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• Despesas com Operações de Captação no Mercado

Em 2011, as despesas com Operações de Captação no Mercado apresentaram crescimento de 73,7%, no montante de R$432,4 milhões, influenciadas pelo aumento de R$154,8 milhões das Despesas de Captações no Exterior e da Dívida Subordinada, reflexo do variação cambial positiva de 12,3%, e aumento de R$277,6 milhões nas despesas de outras captações, especialmente de Captação de Depósitos a Prazo, no montante de R$224,7 milhões.

No ano anterior, a evolução dessa despesa foi de 88,6%, R$276,0 milhões, quando comparadas ao ano de 2009. Tal comportamento foi motivado principalmente pelos: (i) ajustes relacionados às operações de hedge do Banco, onde a redução da cotação do dólar de R$ 1,74/US$1,00 em Dez/09 para R$1,67/US$1,00 em Dez/10 impactou na variação cambial e nos ajustes a valor de mercado de Títulos e Valores Mobiliários no Exterior e da Dívida Subordinada, com uma redução no montante de R$ 116,7 milhões; (ii) e, principalmente pelo aumento nas despesas de captação de depósitos a prazo que saíram do patamar de R$ 321,5 milhões em 2009, para R$ 445,2 milhões em 2010.

Em 2009, as despesas com Operações de Captação no Mercado reduziram em 61,9%, R$ 504,6 milhões, se comparadas com as do mesmo período do ano anterior. A redução da taxa do dólar de R$ 2,33/US$1,00 em 2008 para R$ 1,74/US$1,00 em 2009 impactou na variação cambial de

Títulos e Valores Mobiliários no Exterior e da Dívida Subordinada em:

(i) redução de despesas de captação no montante de R$ 394,9 milhões; (ii) em contrapartida, houve um aumento de receitas no montante de R$ 109,7 milhões. Essa variação do dólar no exercício de 2009 impactou no Resultado de Instrumentos Financeiros Derivativos citado acima. Contudo, esta variação foi protegida por instrumento de “hedge”, cujos efeitos da proteção foram registrados na conta da receita de intermediação financeira.

• Despesa com Operações de Empréstimos, Cessões e Repasses

Em 2011, as Despesas com Operações de Empréstimos, Cessões e Repasses somaram R$24,9 milhões, crescimento de 267,8%, no montante de R$18,2 milhões, devido ao aumento de R$19,5 milhões das Despesas com Empréstimos e Repasses do Exterior, reflexo da variação cambial, e redução de R$1,3 milhão das Despesas de Repasses com instituições no país.

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mercado dos Empréstimos ao Exterior no montante de R$4,2 milhões e; (ii) um aumento com despesas em Obrigações por Empréstimos e Repasses em R$1,7 milhão.

Em 2009, as despesas com Operações de Empréstimo, Cessões e Repasses reduziram 99,1% equivalente a R$ 64,1 milhões, devido principalmente à redução de despesas em Obrigações por Empréstimos e Repasses.

• Despesas com Operações de Arrendamento Mercantil

Em 2011, as despesas com Operações de Arrendamento Mercantil somaram R$7,3 milhões, queda de 7,6% em relação ao ano anterior, refletindo a redução nas despesas e prejuízos na alienação de bens de Arrendamento.

Em 2010, a queda dessas despesas foi de 31,2%, em R$ 3,6 milhões, influenciadas pelo comportamento das despesas de bens arrendados, repetindo a tendência observada no ano de 2009.

Em 2009, as despesas com Operações de Arrendamento Mercantil reduziram 22,0%, R$ 3,2 milhões, devido à: (i) redução de despesas relacionadas à depreciação de bens arrendados no valor de R$ 3,8 milhões; (ii) aumento em outras despesas de arrendamento mercantil no valor de R$ 0,8 milhão, (iii) redução em prejuízos em alienação de bens arrendados no montante de R$ 0,1 milhão.

• Provisão para Risco de Crédito

As despesas com provisão para risco de crédito de R$ 339,6 milhões são 27,3% superiores ao montante de 2010, acréscimo de R$72,9 milhões, e refletem o crescimento da carteira de crédito e a tendência do Mercado Financeiro Nacional. As operações de crédito classificadas nas faixas de menor risco, de “AA” a “C” representam 91,8% do total da carteira de crédito.

Em 2010 houve uma redução de 16,3%, R$ 51,9 milhões, devido basicamente à melhoria da carteira que elevou o volume das operações classificadas nas faixas de menor risco, de “AA” até “C”, para 93,0% do total da carteira de crédito ante 89,5% do ano anterior, denotando um salto de qualidade em relação a dezembro de 2009.

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82,1 milhões. Adicionalmente, houve (i) aumento de R$ 0,4 milhão em provisões para créditos de Arrendamento Mercantil; (ii) aumento de R$ 0,1 milhão em provisões para outros créditos.

• Receitas de Prestação de Serviços

Em 2011, as Receitas de Prestação de Serviços somaram R$122,9 milhões, um crescimento de 3,9% comparado ao exercício anterior, refletindo a expansão de 32,8% das comissões de seguros, 43,5% das receitas com cartões de crédito e 37,6% das receitas de serviços prestados.

No ano de 2010 as Receitas de Prestação de Serviços foram de R$115,0 milhões contra R$117,0 milhões de 2009, uma redução de 2,3%, no montante de R$2,7 milhões, devido principalmente a: (i) redução de R$ 4,5 milhões de receitas com Tarifas Bancárias de Contas Correntes, que foi compensada por (ii) aumento de receitas de R$ 1,0 milhão com Cartões de Crédito e;(iii) aumento de R$ 1,1 milhão com Comissão de venda de Seguros.

Em 2009 a redução foi de 5,7%, em um montante de R$7,1 milhões, devido principlamente a: (i) redução de R$ 2,9 milhões em Administração de Fundos de Investimentos; (ii) uma redução de R$4,7 milhões em Outros Serviços, (iii) ao recebimento de Comissão de Seguros de R$10,9 milhões e, (iv) à redução de R$8,1 milhões em tarifas bancárias das contas correntes.

• Outras Receitas Operacionais

Em 2011, o montante de Outras Receitas Operacionais foi de R$149,5 milhões, uma queda de 64,4% ou R$270,8 milhões em relação 2010,reflexo da apropriação no ano passado do crédito da Confis e das variações monetárias ativas também decorrente dessa receita não recorrente.

Conforme comentado acima, em 2010, nas Outras Receitas Operacionais sobressaiu-se a Recuperação de Encargos e Despesas no montante de R$ 253,1 milhões, ou seja, 60% do total, referindo-se, basicamente, ao crédito da COFINS, reconhecido contabilmente em decorrência do êxito na ação judicial movida em face da União Federal. Concomitantemente, evidenciam-se as variações monetárias ativas que saíram de R$ 9,4 milhões em 2009 para R$ 134,9 milhões em 2010 reflexo, sobretudo, da atualização monetária do crédito da COFINS, correspondente a R$ 125,2 milhões.

As Outras Receitas Operacionais reduziram em 75,6% no período compreendido em 2009, equivalentes a R$ 101,6 milhões, devido principalmente à: (i) existência somente no exercício de

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R$ 18,0 milhões e ao Acordo de Distribuição Exclusiva “bancassurance” celebrado com a Zurich

Brasil no montante de R$ 49,7 milhões; (ii) redução de

R$ 26,7 milhões de receitas relacionadas a Variações Monetárias Ativas, com uma redução de R$ 17,0 milhões de Contribuição Social.

• Despesas de Pessoal

As Despesas de Pessoal reduziram em R$19,4 milhões em 2011, equivalente a 5,6% quando comparadas as de 2010, reflexo da: (i) queda de R$48,9 milhões nas despesas de contingências trabalhistas; e (ii) aumento de R$29,5 milhões nos proventos, benefícios, indenizações e encargos sociais.

Em 2010, houve aumento de 34,6%, num montante de R$ 89,4 milhões, passando de R$ 258,0 milhões em Dez/09 para R$ 347,2 milhões, devido à: (i) aumento de R$ 27,1 milhões em remuneração e benefícios de funcionários, (ii) aumento de R$ 47,9 milhões em Contingências Trabalhistas, basicamente relativo ao aperfeiçoamento na metodologia de estimativa de cálculo das respectivas provisões, que passou a contemplar no provisionamento das ações trabalhistas com depósitos judiciais o montante integral dos referidos depósitos, mantendo-se a metodologia baseada no percentual de perda histórica para as demais ações.

Em 2009, as despesas de pessoal reduziram em 18,3%, um montante de R$ 57,7 milhões, para R$ 258,0 milhões.

• Despesas Administrativas

Em 2011, as Despesas Administrativas caíram R$9,5 milhões, equivalente a 2,4% quando comparadas com as de 2010. Essa performance reflete basicamente a (i) redução de R$32,1 milhões das despesas com Serviços de Terceiros e R$5,7 milhões com despesas de Propaganda e Publicidade; (ii) aumento de R$4,6 nas despesas de Depreciação e Amortização, R$12,4 milhões nas despesas de consumo de água, energia, consevação e aluguéis, R$4,7 milhões nas despesas de processamento de dados e R$6,6 milhões nas despesas com transporte.

(28)

Em contrapartida, (v) houve redução de despesas com Serviços de Terceiros, nas quais incluem as comissões de originação dos créditos cedidos ao mercado, no montante de R$ 3,8 milhões; (vi) redução de despesas de Arrendamento de Bens de R$ 1,7 milhão e; (vii) redução de despesas com Materiais, Manutenção e Conservação de Bens em R$ 1,4 milhões.

Em 2009, as Despesas Administrativas elevaram-se em 19,0%, R$62,6 milhões, devido principalmente à: (i) ao crescimento de 50,7% nas despesas com serviços de terceiros, R$76,6 milhões , nas quais incluem as comissões de originação dos créditos cedidos ao mercado, (ii) aumento de R$4,4 milhões em Processamento de Dados, (iii) aumento de R$2,4 milhões em Arrendamento de Bens. Em contra partida, (iv) a redução de R$5,2 milhões em materiais, manutenção e conservação de bens, (v) a redução em despesas com comunicações em R$4,9 milhões, (vi) redução de R$2,8 milhões em Amortização e Depreciação, (vii) redução em R$1,0 milhão em despesas com transportes, (viii) redução de R$1,0 milhão em Água, Energia e Gás e (ix) a redução de R$5,9 milhões em demais despesas no âmbito da administração.

• Despesas Tributárias

Em 2011, as despesas tributárias somaram R$22,2 milhões contra R$15,8 milhões do ano anterior, crescimento de 39,6% no ano.

Em linha com o êxito em ações judiciais transitadas em julgado que questionavam a base de cálculo da COFINS, as Despesas Tributárias, motivadas principalmente pelo comportamento das despesas com a COFINS, apresentaram queda de 74,3%, saindo do patamar de R$ 61,8 milhões em 2009 para R$ 15,9 milhões em 2010.

A variação ocorrida em 2009, pode ser explicada pelo aumento das despesas com a COFINS, no valor aproximado de R$ 10,0 milhões, cuja base de cálculo foi influenciada pelo aumento das receitas de operações de crédito, considerando que este tributo incidia sobre a receita bruta do Mercantil do Brasil. Por outro lado, houve redução nas despesas de IOF, no montante de R$ 0,4 milhão, redução na despesa de PIS, no valor de R$ 0,7 milhão, a qual acompanhou a redução das receitas de prestação de serviços, e redução das despesas totais com o ISS, no montante de R$ 6,9 milhões, também influenciadas pela redução das rendas de prestação de serviços, além de um acordo firmado entre o Mercantil do Brasil e a Prefeitura de Belo Horizonte para quitação de autos de infração do ISS.

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Em 2011, Outras Despesas Operacionais somaram R$132,9 milhões, expressando crescimento de R$43,2 milhões em relação ao ano anterior, devido basicamente ao aumento de R$30,3 milhões das provisões e ajustes patrimoniais; R$9,4 milhões de descontos concedidos e variações monetárias passivas e R$3,4 milhões de outras despesas operacionais.

No exercício de 2010, o crescimento foi de R$ 12,5 milhões devido à: (i) aumento de Despesas de Caráter Eventual de R$ 4,9 milhões, que se referem basicamente aos encargos legais decorrentes da adesão ao programa de pagamentos e parcelamentos de tributos federais proposto pela Lei nº 11.941/09, acordos para encerramento de processos cíveis e perda com cancelamento de operações de créditos consignados; (ii) aumento de Aprovisionamento e Ajustes patrimoniais de R$ 2,1 milhões; (iii) aumento de despesas com Variações Monetárias Passivas de R$ 1,6 milhão; (iv) aumento de R$ 11,6 milhões com despesas diversas da Administração. Em contrapartida, (v) houve uma redução de despesas com Descontos Concedidos de R$ 7,7 milhões.

Em 2009 as Outras Despesas Operacionais reduziram em 18,5%, R$17,5 milhões, devido principalmente: (i) a inexistência de despesas com operações de Seguros em 2009, cujo valor em 2008 foi de R$30,0 milhões; (ii) redução de despesas de R$9,1 milhões em Aprovisionamentos e Ajustes Patrimoniais; (iii) em contra-partida houve um aumento de R$6,5 milhões em despesas em descontos concedidos e( iv) um aumento nas despesas de caráter eventual de R$23,4 milhões, relacionados os encargos legais decorrentes da adesão ao programa de pagamentos e parcelamentos de tributos federais proposto pela Lei nº 11.941/09, acordos para encerramento de processos cíveis e perda com cancelamento de operações de créditos consignados.

• Resultado não operacional

O Resultado não Operacional negativo de R$15,3 milhões em 2011, provém substancialmente, da provisão para ajustes de preço de compra previsto no contrato de alienação da participação societária da Companhia de Seguros Minas Brasil, celebrado entre o Mercantil do Brasil e a Zurich Participações e Representações Ltda, em novembro de 2008.

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despesa de R$ 32,4 milhões referente a alienação da Companhia de Seguros Minas Brasil e numa receita de R$ 1,2 milhão relativa à Minas Brasil Seguradora Vida e Previdência. No segundo semestre de 2008, o Banco concluiu a alienação do controle acionário da Companhia de Seguros Minas Brasil (valor de venda R$ 225,3 milhões ante o valor contábil de R$ 96, 5 milhões) e da Minas Brasil Seguradora Vida e Previdência S.A (valor de venda R$ 11,4 milhões ante o valor contábil de R$ 16,2 milhões) para a Zurich Participações e Representações Ltda, resultando em um ganho líquido de R$ 124,0 milhões.

ii. fatores que afetaram materialmente os resultados operacionais

2011

O Mercantil do Brasil apresentou lucro líquido de R$90,7 milhões (consolidado de R$80,3 milhões) em 2011, expressando queda de 32,9% em relação ao ano anterior. Em 2010, o Banco Mercantil do Brasil S.A e sua controlada Mercantil do Brasil Financeira S.A., reconheceram nos seus resultados o montante de R$ 192,0 milhões e R$ 12,7 milhões, respectivamente, líquido dos impostos, decorrente de êxito em ações judiciais transitadas em julgado, relativo ao questionamento sobre a base de cálculo da COFINS estendida pela Lei nº 9.718/98. Em 2011, o Mercantil do Brasil, através de sua a subsidiária integral Mercantil do Brasil Imobiliária S.A. alienou, no primeiro semestre de 2011, 03 imóveis para o Fundo de Investimento Imobiliário Mercantil do Brasil pelo valor de R$ 101,6 milhões cujo custo contábil somava R$9,4 milhões.

2010

Em 2010 o Mercantil do Brasil registrou lucro líquido de R$135,2 milhões, crescimento de 234,8% em relação ao ano anterior. Esse resultado foi afetado positivamente pelo reconhecimento de receita não recorrente no montante de R$204,7milhões relativa ao êxito em ações judiciais de questionamento sobre a base cálculo da Cofins estendida pela Lei nº9.718/98.

2009

O Lucro Líquido em 2009 totalizou R$ 40,4 milhões, 6,0% inferior ao do ano anterior, refletindo o impacto do resultado não operacional negativo de R$31,2 milhões referente a ajuste de preço de compra, relativo a alienação da Companhia de Seguros Minas Brasil e Minas Brasil Seguradora Vida e Previdência S.A., em novembro de 2008, à Zurich Participações e Representações Ltda.

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Descrição

Em R$ mil Variação (%) Percentual sobre o ROT (%) 2011 2010 2009 2011/2010 2010/2009 2011 2010 2009 Receitas da Intermediação Financeira 2.081.036 1.415.171 1.368.175 47,05 3,43

Despesas da Intermediação Financeira (1.390.942) (868.087) (641.621) 60,23 35,30

Resultado Bruto da Intermediação Financeira 690.094 547.084 726.554 26,14 -24,70 71,70 50,55 82,85

Receitas de Prestação de Serviços 122.869 114.950 117.624 6,89 -2,27 12,77 10,62 13,41

Resultado de Participações em Coligadas e Controladas 0 -64 (10) (100,00) 540,00 0 -0,01 0,00

Outras Receitas Operacionais 149.455 420.258 32.745 (64,44) 1183,43 15,53 38,83 3,74

Receitas Operacionais Totais – ROT 962.418 1.082.228 876.913 (11,07) 23,41 100,00 100,00 100,00

Despesas de Pessoal (327.851) (347.274) (257.929) (5,59) 34,64 -34,07 -32,09 -29,41

Outras Despesas Administrativas (393.696) (403.236) (391.505) (2,37) 3,00 -40,91 -37,26 -44,63

Despesas Tributárias (22.172) (15.883) (61.859) 39,60 -74,32 -2,30 -1,47 -7,05

Outras Despesas Operacionais (132.855) (89.697) (77.242) 48,12 16,12 -13,80 -8,29 -8,81

Resultado Operacional 85.844 226.138 88.378 (62,04) 155,88 8,92 20,90 10,08 Resultado Não Operacional (15.314) 4.519 (26.942) (438,88) -116,77 -1,59 0,42 -3,07

Receitas 3.444 20.063 7.086 (82,83) 183,14 0,36 1,85 0,81

Despesas (18.758) (15.544) (34.028) 20,68 -54,32 -1,95 -1,44 -3,88

Resultado antes da Tributação sobre o Lucro e Participações 70.530 230.657 61.436 (69,42) 275,44 7,33 21,31 7,01 Imposto de Renda e Contribuição Social 41.556 (61.735) 3.924 (167,31) -1.673,27 4,32 -5,70 0,45

Provisão para Imposto de Renda (12.596) (7.934) (24.743) 58,76 -67,93 -1,31 -0,73 -2,82

Provisão para Contribuição Social (14.237) (6.116) (13.881) 132,78 -55,94 -1,48 -0,57 -1,58

Ativo Fiscal Diferido 68.389 (47.685) 42.548 (243,42) -212,07 7,11 -4,41 4,85

Participações Estatutárias no Lucro (28.322) (27.356) (22.495) 3,53 21,61 -2,94 -2,53 -2,57

Empregados (24.327) (22.851) (19.595) 6,46 16,62 -2,53 -2,11 -2,23

Administradores (3.995) (4.505) (2.900) (11,32) 55,34 -0,42 -0,42 0,33

(32)

b. variações das receitas atribuíveis a modificações de preços, taxas de câmbio, inflação, alterações de volumes e introdução de novos produtos e serviços; e

c. impacto da inflação, da variação de preços dos principais insumos e produtos, do câmbio e da taxa de juros no resultado operacional e no resultado financeiro do emissor.

Os resultados do Mercantil do Brasil nos anos de 2011, 2010 e 2009 não sofreram variações relevantes em função das modificações de preços, taxas de câmbio, inflação, alterações de volumes, novos produtos e serviços ou variação de preços dos principais insumos. As variações na taxa básica de juros propiciam efeitos positivos ou negativos nas receitas da intermediação financeira e em contrapartida nas despesas de captação; a taxa de câmbio tem forte influência sobre o montante de empréstimos em moeda estrangeira; entretanto, o Mercantil do Brasil mantém hedge “swap” dos recursos captados no mercado externo eliminando os efeitos da variação cambial.

Ademais, no Mercantil do Brasil, a Gestão dos Riscos é parte integrante e fundamental nas atividades da Instituição, principalmente nos processos de tomada de decisão, uma vez que é considerada um instrumento essencial para a otimização do uso do capital, bem como para a seleção das melhores oportunidades de negócios, visando obter a melhor relação risco/retorno. Assim, o gerenciamento é realizado de forma contínua e se apóia em políticas, ferramentas, estratégias e metodologias adequadamente documentadas, garantindo a assunção, o gerenciamento e a mensuração dos riscos, e em concordância com os objetivos, normas e níveis de exposição estabelecidos pelo Mercantil do Brasil.

Os derivativos negociados pelo Banco Mercantil do Brasil são basicamente operações de swap utilizadas como instrumentos destinados à proteção das operações em moedas estrangeiras frente aos riscos de variações cambiais.

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Os principais fatores de risco dos instrumentos financeiros derivativos da Instituição estão relacionados com as oscilações do câmbio e os resultados obtidos atenderam adequadamente os objetivos de proteção patrimonial.

O gerenciamento desses riscos é controlado e supervisionado de forma independente das áreas geradoras da exposição ao risco. Sua avaliação e medição são realizadas diariamente baseando-se em índices e dados estatísticos, utilizando-se de ferramentas tais como “V@R” não paramétrico e análise de sensibilidade a cenários de stress.

A Gestão do Risco de Crédito contempla fatores internos como a análise da evolução da carteira, seus níveis de inadimplência, rentabilidade dos produtos, qualidade da carteira e adequação do capital econômico alocado; além de fatores externos como acompanhamento do ambiente macroeconômico e dos setores econômicos, taxas de juros, indicadores de inadimplência do mercado e condicionantes de consumo. Desta forma, as variações das exposições aos riscos que o Mercantil do Brasil está sujeito, são acompanhadas levando em consideração o ambiente de negócios, o comportamento da concorrência e os compromissos com os resultados que o Mercantil do Brasil tem para com clientes, acionistas, funcionários e a sociedade.

O Risco de Liquidez é gerenciado por meio de metodologias e modelos que visam gerir a capacidade de pagamento da Instituição, considerando o planejamento financeiro, os limites de riscos e a otimização dos recursos disponíveis, permitindo embasar decisões estratégicas com grande agilidade e alto grau de confiança.

Visando o atendimento Resolução CMN nº 2.804/00, o Mercantil do Brasil possui dois modelos – “mapa de descasamento dos fluxos” e “movimentação diária de produtos”. O primeiro modelo permite o acompanhamento por produto, moeda, indexador e vencimento e o segundo fornece estatísticas de entrada e saída dos produtos ativos e passivos.

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recompras de operações de depósito a prazo, operações de crédito, captações externas, poupança, depósito a vista e TVMs.

O Risco de Mercado é gerenciado por meio de metodologias e sistemas condizentes com a natureza de suas operações, com a complexidade dos seus produtos e a dimensão de sua exposição, bem como com a realidade do mercado nacional e internacional, permitindo embasar decisões estratégicas para a Instituição com grande agilidade e alto grau de confiança.

O modelo de risco de mercado também permite acompanhar a sensibilidade das taxas de juros, comparando a curva de mercado recente aos cenários formados, o que possibilita simular como tais taxas podem variar e afetar as posições assumidas pela Instituição.

Para fins de mensurar essa sensibilidade das posições dos instrumentos financeiros e derivativos do Mercantil do Brasil aos impactos de movimentos de mercado, utilizou-se da Análise de Sensibilidade, em atendimento à Instrução CVM 475/08, conforme segue:

Análise de sensibilidade

Em cumprimento à Instrução CVM nº 475 de 17 de dezembro de 2008, foi realizada a Análise de Sensibilidade contemplando todos os instrumentos financeiros relevantes, ativos e passivos, mensurados a valor justo pela Administração. Foram então considerados as Captações Externas, incluindo a Dívida Subordinada, os Derivativos e os Títulos e Valores Mobiliários – TVM´s que não estão classificados como mantidos até o vencimento. Ressalta-se que os instrumentos financeiros derivativos existentes no Mercantil do Brasil, na sua grande maioria, são destinados à proteção de exposição a riscos (hedge) das captações externas, não possuindo nenhum caráter especulativo.

A análise de sensibilidade, que teve como premissa identificar os tipos de risco que podem gerar prejuízo à Instituição, foi efetuada a partir dos seguintes cenários:

Cenário I: Consiste de um cenário considerado provável, cujos dados foram obtidos de fonte

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exemplo, considerou-se, para o prazo de um ano, o dólar a R$ 1,91 e a taxa de juros a 9,86% ao ano.

Cenário II: Consiste numa situação com variação de 25,00% no valor dos preços e um choque

paralelo de mesmo percentual nas curvas vigentes em 30/12/2011 que, em função da exposição da Instituição aos fatores de risco, causaria prejuízo. Desta forma, por exemplo, para o prazo de um ano, o dólar foi considerado valendo R$ 2,34 e a taxa de juros, 12,30% ao ano.

Cenário III: Consiste numa situação com variação de 50,00% no valor dos preços e um choque

paralelo de mesmo percentual nas curvas vigentes em 30/12/2011 que, em função da exposição da Instituição aos fatores de risco, causaria prejuízo. Desta forma, por exemplo, para o prazo de um ano, o dólar foi considerado valendo R$ 2,81 e a taxa de juros, 14,76% ao ano.

Quadro Demonstrativo da Análise de Sensibilidade do conglomerado financeiro:

Efeito na variação do valor justo Cenários

Operação Fatores de Risco Componentes I** II III

Captação Externa com Hedge Moeda Estrangeira (USD) * Derivativo (ponta ativa swap) 8.392 125.734 251.468 Dívida em USD (8.814) (132.063) (264.126) Efeito Líquido (422) (6.329) (12.658) Cupom Cambial * Derivativo (ponta ativa swap) 3.205 (29.155) (55.655) Dívida em USD (3.114) 28.156 53.733 Efeito Líquido 91 (999) (1.922)

Taxa de Juros Pré-fixada (%CDI)

Derivativo (ponta

passiva swap) (820) (8.326) (15.250)

TVM Renda Variável Ações 15 (756) (1.511)

Total sem correlação - (16.410) (31.341)

Total com correlação (1.136) (12.319) (21.443)

Total com correlação líquido dos impactos fiscais (682) (7.391) (12.866)

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O quadro evidencia a importância do hedge das captações externas, já que os significativos efeitos no resultado proveniente das variações, principalmente do dólar nos cenários 2 e 3, no valor destas dívidas são praticamente neutralizados pelos efeitos em sentido contrário na ponta ativa do swap.

Ressalta-se que essa análise de sensibilidade considera uma situação em que as posições da Instituição permaneceriam estáticas, o que não necessariamente deve ocorrer. O Mercantil do Brasil possui uma gestão ativa de seus riscos de mercado com o acompanhamento diário das exposições aos diversos fatores de risco, bem como ao potencial efeito que essas exposições podem causar no valor justo de seus instrumentos financeiros, inclusive os derivativos, podendo indicar a mudança de posição de modo a mitigar esses riscos.

10.3. Os diretores devem comentar os efeitos relevantes que os eventos abaixo tenham causado ou se espera que venham a causar nas demonstrações financeiras do emissor e em seus resultados:

a. introdução ou alienação de segmento operacional

Com foco nos objetivos estratégicos corporativos, a subsidiária integral Mercantil do Brasil Imobiliária S.A. alienou, no primeiro semestre de 2011, 03 imóveis para o Fundo de Investimento Imobiliário Mercantil do Brasil pelo valor de R$ 101,6 milhões com impacto positivo no resultado do exercício findo em dezembro de 2011.

Em Assembleia Geral Extraordinária, realizada em 29 de março de 2011, foi aprovada a cisão parcial da Mercantil do Brasil Imobiliária S.A. - MBI, com versão de acervo líquido cindido para constituir a nova sociedade denominada “Mercantil do Brasil Empreendimentos Imobiliários S.A. - MBEI”, visando maior eficiência operacional e administrativa dos negócios. A referida cisão foi efetuada com base no valor do patrimônio líquido da MBI, em 28 de fevereiro de 2011, avaliado de acordo com os livros contábeis.

Referências

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