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História em Quadrinho Combinado em Prosa

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Academic year: 2021

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Matheus Gomes Coelho

HISTÓRIA EM QUADRINHOS COMBINADO COM PROSA: APLICADO AO PRÓLOGO

DE PROJECT DOCH’

Projeto de Conclusão de Curso submetido ao Curso de Design da Universidade Federal de Santa Catarina para a obtenção do Grau de Bacharel em Design. Orientador: Mário Cesar Coelho

Florianópolis 2018

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Matheus Gomes Coelho

HISTÓRIA EM QUADRINHOS COMBINADO COM PROSA: APLICADO AO PRÓLOGO DE PROJECT DOCH’

Este Projeto de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de Bacharel em Design, e aprovado em sua forma final

pelo Curso de Design da Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 23 de novembro de 2018.

_______________________________________ Prof.ª Marília Matos Gonçalves, Dr.ª Coordenadora do Curso

Banca Examinadora:

_______________________________________ Prof. Mario Cesar Coelho,

Dr. Orientador

Universidade Federal de Santa Catarina

________________________________________ Prof.ª Monica Stein, Dr.ª

Universidade Federal de Santa Catarina

________________________________________ Prof. Paulo Henrique Wolf, Me.

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Este projeto é dedicado aos meus chefes do trabalho, aos meus pais, mas principalmente a minha namorada por me ajudar tanto a não surtar enquanto fazia ele.

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AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer aos meus pais por me apoiarem durante todos esses anos de estudo. Aos meus amigos fora e dentro do curso que me ajudaram a amadurecer tanto nesses anos de graduação. Ao meu professor orientador por ser paciente e compreensivo comigo, devido o prolongamento do projeto, me auxiliar e incentivar minha criatividade. À minha namorada por me ajudar tanto na otimização de tempo, planejamento e manter o meu foco, te amo. Agradeço à banca examinadora por aceitar avaliar esse trabalho e ter sido convocada tão em última hora. Ao Departamento de Design e à UFSC pela estrutura oferecida.

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RESUMO

Este projeto descreve o processo de adaptação de uma história autoral em um universo cyberpunk para um formato que une história em quadrinhos e prosa. Desenvolvida a partir de pesquisa histórica, de mercado e experimentações auxiliada pela adaptação da metodologia Design Thinking, o produto final visa adaptar o prólogo de Project Doch’ no formato sugerido, em versão colorida e outra em preto e branco. Project Doch’ é uma história de minha autoria, sendo desenvolvida desde 2013. Se passa em futuro pós apocalíptico onde a maioria dos humanos vivem em uma gigantesca cidade, lá eles são oprimidos por um governo corrupto e rebeldes tentam libertá-los, nesse cenário o robô IG-9000 recebe a missão de criar a pequena Victoria. Com o passar do tempo a história foi crescendo e ficando complexa demais então fui obrigado a pensar em outra maneira de contá-la, primeiro virou um livro depois tive a ideia de unir história em quadrinhos e prosa pois amo desenhar e certas coisas em Project Doch’ são muito visuais em minha mente, por isso nesse projeto pretendo fazer um estudo e unir esses formatos de maneira que fique agradável ao leitor.

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO... 7 1.1. OBJETIVO GERAL... 7 1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS... 8 1.2. JUSTIFICATIVA... 8 1.3. DELIMITAÇÃO DO PROJETO... 8 1.4. METODOLOGIA... 8

FASE 1 - ANALÍTICA – ENTENDO O FORMATO 2. BRIEFING... 10

2.1. CYBERPUNK... 11

2.2. HISTÓRIA DOS QUADRINHOS... 12

2.3. ANÁLISE DE MERCADO E PÚBLICO ALVO... 12

2.4. CROWDFUNDING... 13

2.5. ANÁLISE DE SIMILARES... 14

2.5.1. Gemma Bovery... 15

2.5.2. Protocolo Bluehand Alienígenas... 19

2.5.3. Diário de um Banana... 22

2.5.4. Ozob Protocolo Molotov... 25

2.6. PESQUISA VISUAL... 27

2.6.1. Painéis de Referências Visuais Para Project Doch’ ... 29

2.6.2. Referências de Ilustração... 31

Artemii Myasnikov... 31

Josan Gonzales... 32

FASE 2 – PRODUÇÃO – ADAPTAÇÕES E ARTE 3. ADAPTAÇÃO DE ROTEIRO... 33

3.1. Roteiro em História em Quadrinhos do Prólogo... 33

3.2. Roteiro em Prosa do Prólogo... 36

3.3. Roteiro Combinado com História em Quadrinhos e Prosa do Prólogo... 39 4. THUMBNAIL... 43 4.1. TESTES DE THUMBNAIL... 43 5. ILUSTRAÇÕES... 46 6. FORMATO... 71 6.1. TIPOGRAFIA... 71 6.2. ENCADERNAÇÃO... 72 6.3. CONCLUSÃO... 72 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS... 73 8. REFERÊNCIAS... 74

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1. INTRODUÇÃO

Quadrinhos contam histórias através da imagem e livros através da imaginação. Project Doch’ inicialmente fora idealizado para ser uma história em quadrinhos, como autor, fui percebendo os rumos complexos que ela ia tomando, acabei mudando de ideia e resolvi transforma-la em um livro. Contudo, não quis abrir mão da minha paixão por desenhar, e como ela possui muita ação, cenas de combate (algo que ainda tenho dificuldades em escrever), decidi que alguns trechos do livro seriam contados em quadrinhos.

Dentro desse contexto, o projeto em questão visa elaborar um formato de quadrinhos combinado com prosa, com ilustrações em versões colorida e preto e branco, para concretizar a visão que quero à obra. O produto final será o prólogo impresso, um colorido e um em preto e branco, que servirão como uma amostra de como seria o livro inteiro, e posteriormente, através de crowdfunding, iniciar um financiamento pelo Catarse utilizando esse material.

Este trabalho se divide em duas partes, “Fase 1 – Analítica – Entendendo o Formato” e “Fase 2 – Produção – Adaptação e Arte”. Na fase 1, foram feitas as pesquisas e analises sobre elas, briefing, estudo sobre cyberpunk, histórias dos quadrinhos, análise de mercado, público alvo, estudo sobre crowdfunding, análise de similares e pesquisa visual, com finalidade de entender melhor o formato de história em quadrinhos e prosa e como aplicá-lo. Na fase 2, temos a produção, aqui o que foi pesquisado na fase 1 é colocado em prática, adaptações de roteiro, thumbnails, ilustrações, formato, tipografia, encadernação. Com isso ao final, pretendo ter em mãos um protótipo de como Project Doch’ ficaria, sua viabilidade e possibilidades que este formato pode oferecer.

1.1. OBJETIVO GERAL

Desenvolver um formato de história em quadrinhos combinado com prosa para o prólogo da história chamada Project Doch’, com artes em versões colorida e preto e branco e ter em mãos esse material impresso.

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1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Com os objetivos específicos defini possibilidades que vão aparecer no desenrolar da pesquisa e desenvolvimento, essenciais para concluir o projeto.

 Analisar os similares e entender a melhor forma de inserir desenhos em quadrinhos em um texto corrido;

 Compreender o que pode ser transformado em desenho para poupar descrições em prosa em alguns trechos;

 Adaptar roteiro de quadrinhos para prosa e de prosa para o formato de Prosa combinado com quadrinhos;

 Identificar a melhor forma de ilustrar e diagramar as páginas;  Adaptar desenhos coloridos para preto e branco;

1.3. JUSTIFICATIVA

O objetivo deste projeto de conclusão de curso é aplicar os co-nhecimentos teóricos e práticos aprendidos durante o decorrer do curso de Design de Animação e Gráfico em um produto que, além de ter como temática um assunto de interesse pessoal, visa um formato pouco convencional no mercado de quadrinhos e demanda desenvolvimento em áreas do design de animação e gráfico, como roteiro, concept art e composição de cenas. E, sendo um produto comercialmente viável e diferente, possibilita a aplicação prática do trabalho visando oportunidades futuras. O projeto também servirá como auxiliador a quem tiver interesse em quadrinhos e quem sabe utilizar este trabalho como guia para criação dos próprios projetos.

1.4. DELIMITAÇÃO DO PROJETO

O escopo desse projeto limita-se a criação de um formato de história em quadrinhos combinado com prosa, com uma versão em colorido e outra em preto e branco para o prólogo de Project Doch'. 1.5. METODOLOGIA

Nesse projeto eu utilizei algumas etapas do Design Thinking, que é uma metodologia utilizada para fomentar a inovação na solução de

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problemas, não me aprofundei muito nela pois como já venho trabalhando há anos em Project Doch’, já tenho uma ideia de qual caminho seguir e minha própria metodologia de trabalho. Sendo assim o Design Thinking serviu como um guia, para estabelecer os problemas, pesquisar sobre o formato pouco convencional de prosa e quadrinhos, e se haveria mercado para isso, então utilizai as macroetapas (Definição do problema, Geração de ideias e Criação de formas) da autora Ellen Lupton (2013). Sendo assim estabeleci as seguintes etapas.

 Transformar o roteiro de quadrinhos do prólogo em um formato de livro;

 Analisar esse trecho em formato de livro e escolher quais cenas poderão ser transformadas em quadrinhos;

 Avaliar as temáticas e os objetivos da história em questão;  Determinar conceitos da história e estabelecer uma

linguagem que reflita isso no formato em questão;  Aplicar esse formato ao prólogo da história.

Para a etapa definição de problemas foram escolhidos o briefing, para que houvesse a apropriação dos conceitos e como imagino o formato a ser aplicado, a análise de mercado, para verificar a relevância do projeto e a possibilidade de comercialização; e a análise de 4

s

imilares e uma pesquisa visual que possa embasar as escolhas de design e estilos de ilustrações a serem utilizados.

Na etapa de geração de ideias serão desenvolvidas alternativas das páginas em thumbnails, miniaturas das páginas, e assim ter uma noção da disposição dos quadros e dos trechos em prosa.

Após esta etapa se inicia a fase de criação, com o desenvolvimento da alternativa escolhida e as ilustrações.

A escolha do Design Thinking deu-se devido à flexibilidade dessa metodologia, que é generalista e permite a liberdade da inserção das ferramentas que correspondem as necessidades de cada projeto, mas atendendo as etapas de entender o problema, definir o curso de ação, idealizar soluções, prototipar a solução escolhida e testar para avaliá-la.

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FASE 1 - ANALÍTICA – ENTENDO O FORMATO

2. BRIEFING

Este briefing foi aplicado para explicar melhor sobre Project Doch’ e o formato que desejo aplicar, minhas influências e as expectativas quanto as questões gráficas.

Project Doch’ é uma história que se passa em um futuro pós apocalíptico distópico cyberpunk, onde a humanidade após quase ser extinta conseguiu se reestabelecer na gigantesca Alpha City, uma cidade que cresce para cima, dividida em níveis, cercada por uma muralha. Nesse local existe um sociedade não muito diferente da que vivemos hoje, opressora e violenta onde os mais poderosos manipulam os mais fracos em prol de seus benefícios, ludibriando-os alegando que a vida fora da cidade é inviável por conta da poluição e da radiação deixadas pelos homens do passado. Nesse cenário vive IG9000 um robô que possui cerca de 1000 anos e é o único ser que tem conhecimento sobre a cultura dos homens do passado, e por viver vagando pelo mundo todo esse tempo é um dos poucos que sabem sobre as mentiras ditas pelo governo de Alpha City para seu povo. A ele é dada a missão de criar a menina Victoria, e ensiná-la tudo o que aprendeu sobre a humanidade. A história começa quando a vida dos dois se depara com um grupo rebelde que luta contra o governo. A ideia inicial quando pensei em Project Doch’, foi que ela tivesse reflexões filosóficas sobre a vida, humanidade, relações humanas, preconceitos, etc, enquanto intercalava com cenas de ação mirabolantes, guerras futurísticas, combates e robôs gigantes, tudo isso com base em referências visuais de Blade Runner, Ghost in the Shell, Akira, Jaspion, Super Sentais da década de 80, Gundam, Evangelion, Star Wars, Pacific Rim, entre tantas outras, formando um amálgama de todas elas. O trecho que será adaptado nesse projeto é o prólogo, aqui a história já começa com Victoria arrumando confusão em uma festa para defender alguém, a intenção é prender o leitor e deixá-lo curioso com o que vai acontecer e como esses personagens foram parar ali, aqui já conhecemos a personalidade explosiva e inconsequente de Victoria, a serenidade a paciência de IG9000, e do autoritarismo das corporações.

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2.1. CYBERPUNK

É um subgênero de ficção científica, conhecido por seu enfoque em futuros distópicos e alta tecnologia. De acordo com Lawrence Person, editor do fanzine Nova Express: "Os personagens do cyberpunk clássico são seres marginalizados, distanciados, solitários, que vivem à margem da sociedade, geralmente em futuros distópicos onde a vida diária é impactada pela rápida mudança tecnológica, uma atmosfera de informação computadorizada ambígua e a modificação invasiva do corpo humano." (Lawrence Person. Cyberpunk. Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cyberpunk).

O mundo cyberpunk é um lugar sinistro, sombrio, com computadores ligados em rede que dominam todos os aspectos da vida cotidiana. Uma extrapolação da tecnologia relacionada a problemas sociais que vivemos na vida real. Um mundo comandado por empresas multinacionais gigantes que substituíram o Estado como centros de poder. Um lugar onde os mais fracos são oprimidos pelo poder totalitário das corporações que comandam a sociedade a seu bel prazer. O processo argumentativo do cyberpunk se centra em conflitos entre hackers, inteligências artificiais, e megacorporações, as vezes podendo abordar histórias que se expandem para além da terra, trabalhando temas referentes ao contato com raças alienígenas e como isso afetaria nossa cultura. Romances mais conhecidos

como Fundação de Isaac Asimov ou Duna de Frank Herbert.

Carregam uma forte temática do gênero. Entre os primeiros expoentes do gênero cyberpunk se encontram Bruce Sterling, Pat Cadigan, Rudy Rucker, John Shirley e William Gibson, sendo esse último o mais importante deles com a trilogia Sprawl (Neuromancer, Count Zero e Mona Lisa Overdrive), esses livros praticamente moldaram o cyberpunk servindo de referência para inúmeros artistas no futuro, como as irmãs Wachowski, dentre tantos outros.

No começo dos anos 80 o gênero ingressou em Hollywood com Blade Runner que na época foi um fracasso de bilheteria e crítica, porque o estúdio interferiu muito na visão que o diretor Ridley Scott tinha para o filme, mas com o tempo se tornou cult, e conforme foi ganhando suas versões corrigindo os erros e se adequando a visão que o diretor queria passar, virou um clássico da ficção cientifica influenciando muitos filmes tais como a trilogia de Matrix, Ghost in the Shell, Akira, Cowboy Bebop, etc.

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2.2. HISTÓRIA DOS QUADRINHOS

A História em Quadrinhos nasceu como gênero em 1895, com a publicação da primeira tirinha, chamada de The Yellow Kid, que trouxe a linguagem das HQs da forma que conhecemos hoje, pelas mãos do artista Richard Outcault. Contudo ele não teve a ideia ao acaso, pois o formato em si existe, de certa forma, desde a idade das cavernas com as pinturas rupestres feitas pelos humanos primitivos contando sua rotina, se expressando através de imagem e arte. Quadrinhos surgiram na mesma época do cinema, partindo do conceito de contar uma história através de imagens, sendo assim o projeto em questão pretende ir um pouco mais além se utilizando de um formato pouco convencional no mercado, já que não se trata de um livro ilustrado ou de uma história em quadrinhos em si. Utilizando-se de prosa e quadrinhos, Project Doch’ ainda vai contar sua história de forma visual valorizando a imagem para prender o leitor.

2.3. ANÁLISE DE MERCADO E PÚBLICO ALVO

O carro chefe das HQs no Brasil sempre foi A Turma da Mônica de Maurício de Souza, com suas histórias, que marcaram para muitos fãs de quadrinhos nacionais, o primeiro contato gênero. Mas o mercado de quadrinhos no Brasil traz outros nomes de destaque, alguns conhecidos internacionalmente, como Gabriel Bá, Fabio Moon, Rafael Grampá, Danilo Beiruth, Fábio Yabu e tantos outros que possuem obras que fogem das narrativas convencionais mais famosas por aqui, que também são super heróis americanos. Por mais que existisse um consumidor brasileiro que sempre esteve disposto a conhecer os trabalhos nacionais, até pouco anos atrás era visto com certo preconceito pelo grande público, justamente pelas histórias fugirem do que estavam acostumados. Com ajuda da internet, o amadurecimento do público e a popularização dos quadrinhos, o reconhecimento de artistas nacionais cresceu ainda mais, e atualmente com as plataformas de financiamento coletivo como kickante, Kickstater, Catarse, entre outras, muitos quadrinistas brasileiros, desconhecidos do grande público, tem conseguido desenvolver seus projetos, com retornos muito promissores, trazendo mais credibilidade e motivação ao mercado.

Com o mercado de quadrinhos nacionais em mente é preciso analisar outro segmento importante, as distopias futuristas, que

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possuem conceitos Cyberpunk. O público alvo focado por Project Doch’ é de adolescentes a partir de 16 anos e adultos, que são fãs de quadrinhos, mangás, filmes, séries, games e cultura pop em geral. O autor por fazer parte desse nicho, criou uma história repleta de referências familiares a esse grupo. Isso torna tudo mais atrativo e de fácil identificação para o público alvo. No momento vivemos o fim de uma onda de futuros distópicos focados para um público adolescente, que se iniciou com a adaptação para cinema do primeiro livro de Jogos Vorazes, logo seguindo o sucesso do filme vieram as adaptações de Maze Runner e Divergente, todos eles renderam continuações e iniciaram franquias. Algo que é muito criticado nessas adaptações é justamente ser tão focado para um público mais jovem, tirando o foco de temas que nos livros possuem maior relevância, que nestes são mais detalhados e aprofundados. Nos filmes esses temas acabam servindo como plano de fundo para contar um romance, o que acaba por se tornar um empecilho para atingir um grupo maior. Project Doch’ se diferencia disso, pois pretende contar a história de forma visual como os filmes, mantendo a profundidade de complexidade de temas mais sérios, como relações fraternais complicadas, preconceitos, desigualdade social, governos autoritários, guerra e personagens femininas abordadas de maneira não convencional. Outros pontos interessantes que são abordados, são questões de representatividade. O núcleo dos rebeldes e dos oprimidos pelo governo é repleto de personagens de diferentes etnias, gêneros e orientações sexuais, com dramas complexos que vão desconstruir alguns conceitos há muito explorados pela cultura pop.

2.4. CROWDFUNDING

O crowdfunding, ou financiamento coletivo, é algo que existe há muito tempo, porém com outros nomes, se popularizou graças à internet e ajuda pessoas a financiarem diretamente projetos que lhes interessam, mas que acabam não tendo o interesse da grande indústria. Kevin Lawton, autor do livro A Revolução do Crowdfunding, em entrevista à Revista Época disse que os sites de financiamento coletivo também podem se tornar um instrumento para a democratização do investimento. “No financiamento coletivo, a internet corta o intermediário e põe o dono do projeto em contato com dois bilhões de apoiadores em potencial. Qualquer um pode participar. A multidão é

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o mercado.” (Kevin Lawton. Entrevista à revista Época. Site Revista Época: http://revistaepoca.globo.com/ideias/noticia/2012/04/vaquinha-digital.html - 04/04/2012)

No ano de 2006, Sellaband, um site europeu, foi a primeira plataforma a usar este modelo, criado para fãs ajudarem artistas a gravarem discos, recebendo recompensas pelas doações, coisas como CDs, camisetas e downloads. Em 2009, nos EUA o Kickstarter surgiu dando para todas as manifestações artísticas, culturais e tecnológicas possíveis um meio para concretizar suas idéias. É uma espécie de “pré-venda”, onde o consumidor doa o dinheiro, para cada valor doado existe uma recompensa diferente, quanto mais doar, mais generosas elas são, geralmente o próprio produto que está sendo financiado e alguns prêmios extras. Caso o financiamento não atinja o valor solicitado, o dinheiro retorna ao doador.

No Brasil, o site de financiamento coletivo de maior sucesso é o Catarse, criado em 2011. Felipe Parucci, ex-estudante do Design UFSC, é um exemplo de usuário da plataforma, ele financiou dois projetos pelo site, Apocalipse, Por Favor e Já Era ambos ultrapassando o valor inicial estipulado. Motivado pelo colega, o autor de Project Doch’ pretende se utilizar do mesmo método para a realização de seu projeto.

2.5. ANÁLISE DE SIMILARES

Para análise de similares, eu pesquisei produtos que se assemelhavam ao que quero fazer, ver pontos positivos e negativos sobre cada um deles e o que poderia se aplicar ao meu projeto. Quadrinhos e livros, um deles ambientados no cyberpunk, que servirão de referência no processo de criação.

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Figura 1 Capa de Gemma Bovery de Possy Simmonds Fonte: Amazon 2.5.1. Gemma Bovery Autora: Posy Simmonds

Gemma Bovery é uma obra que homenageia o clássico "Madame Bovary", de Gustave Flaubert. Lançado em 1857, o romance de Flaubert, apresenta a história de Emma Bovary, da infelicidade em seu casamento com Charles Bovary e de seus relacionamentos extraconjugais. Em “Gemma Bovery”, a inglesa autora Posy Simmonds, começa a história com a protagonista, personagem título, já morta. Seu vizinho Raymond, abalado com a perda de Gemma, descobre seus diários e os rouba na curiosidade de talvez saber o que poderia ser a causa da morte. No decorrer da história

Raymond vai trançando similaridades da vida de Gemma e da personagem central de Madame Bovery.

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O ponto positivo é que Possy Simonds faz exatamente um misto de prosa de quadrinhos em sua obra, não se sabe ao certo se é um livro ou quadrinho, não é livro ilustrado, pois para se entender a história é necessário ler os trechos em quadrinhos. O ponto negativo é que a fórmula utilizada por ela é um tanto bagunçada, está em um formato 18x30cm, que também não é muito convencional, a diagramação pode parecer um tanto desordenada, mas reflete o tom da história e de como a vida de Gemma é conturbada.

Algumas páginas são completamente em quadrinhos, mas todas elas possuem algum seguimento do tipo complementando história. É algo muito similar ao que quero em Project Doch’ no trecho que será abordado nesse projeto.

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Figura 2: Página 32 de Gemma Bovery de Possy Simmonds Fonte: Escaneado da versão que eu possuo.

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Figura 3: Página 37 de Gemma Bovery de Possy Simmonds Fonte: Escaneado da versão que eu possuo.

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2.5.2. Protocolo Bluehand: Alienígenas Autor: grupo Jovem Nerd

Figura 4: Capa do livro Protocolo Bluehand: Aliernígenas Fonte: PDF gratuito de amostra do livro.

Os livros do Protocolo Bluehand do grupo Jovem Nerd são guias de sobrevivência fictícios, ilustrados onde cada volume aborda um tema diferente, já foram lançados até agora sobre zumbis e alienígenas. O livro funciona como um diário, explicando as origens dessas criaturas baseadas na cultura pop, de onde vem, do que se alimentam e como se defender delas. Está em um formato 15x18 cm, além das ilustrações, também possui uma arte gráfica que simula como se o livro tivesse passado por muitos donos, existem páginas sujas, manchadas de café, com anotações e observações nos cantos com fontes que parecem escritas a mão. Ponto positivo, os tipos de ilustração utilizados em tons de cinza, preto e branco, a diagramação que representa algo velho e usado por muitas pessoas, e a fonte utilizada como

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referência para os textos e prosa, são coisas interessantes a serem incorporadas no projeto.

O ponto negativo é que não possui nada em quadrinhos, e mesmo o aspecto de usado que a diagramação trás, por mais que seja interessante, aqui possui um contexto, em Project Doch’ talvez não seja o caso do será feito no prólogo, já que é um trecho da história que não cabe esse tipo de coisa.

Figura 5: Página 9 do Protocolo Bluehand: Aliernígenas Fonte: PDF gratuito de amostra do livro.

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Figura 6: Página12 do Protocolo Bluehand: Aliernígenas Fonte: PDF gratuito de amostra do livro.

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2.5.3. Diário de um Banana Autor: Jeff Kinney

O livro conta a história de Greg Heffley, um garoto que está entrando no ensino fundamental e os problemas que uma criança enfrenta nesse período. Em formato 14,5x21 cm, simulando um diário, com linhas e fontes que parecem escritas a mão, Diário de Um Banana também traz quadrinhos em sua narrativa. Por se tratar de uma obra infanto-juvenil mais voltada ao público infantil, essa mistura de prosa e quadrinhos é mais simples, são ilustrações simples, as vezes com balões de diálogos representando visualmente alguma situação que o protagonista enfrentou. Ponto positivo, a parte ilustrada são quadrinhos, trazem referências de balões de diálogos e fontes que podem ser utilizadas nos trechos em

Figura 7: Capa do livro O Diário de Um Banana de Jeff Kinney Fonte: Versão digital do livro.

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história em quadrinhos de Porject Doch’. O ponto negativo é que, por mais que se assemelhe ao formato que quero criar, ele se limita ao uso do quadrinho para contar a história e não trabalha com sequências inteiras nesse formato. Figura 8: Página 20 de Diário de Um Banana de Jeff Kinney Fonte: Versão digital do livro

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Figura 9: Página 16 de Diário de Um Banana de Jeff Kinney Fonte: Versão digital do livro

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2.5.4. Ozob Protocolo Molotov Autor: Leonel Calde, Deive Pazos

Ozob Protocolo Molotov é um livro, sem ilustrações. Ele entrou para análise por se tratar de algo no tema cyberpunk. Foram analisadas principalmente as fontes usadas para os textos em prosa e títulos de capítulos de Project Doch’. Em um formato de 16,3x23,3 cm, aqui são utilizadas fontes sem serifa, algo não muito comum em livros, já que muitos estudos sobre o tema dizem que fontes serifadas são mais agradáveis aos olhos para a leitura, segundo o professor Paulo Heitlinger do site Tipografos.net “todos os fatores que ajudem o olho humano a perceber uma palavra como um bloco óptico,

Figura 10: Capa de Ozob Protocolo Molotov de Leonel Caldela e Deive Pazos Fonte: PDF gratuito de amostra do livro.

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melhoram a legibilidade. De maneira geral, as serifas facilitam a leitura, pois fazem o texto parecer contínuo aos olhos do leitor; as palavras aparecem melhor ‘aglutinadas’” (Profº Paulo Heitlinger. Sobre Tipos Para Leitura. Site Design Culture: https://designculture.com.br/sobre-tipos-para-leitura. 26/08/2015).

O ponto positivo aqui é que o livro em questão se passa também em um universo cyberpunk, serviu como referência visual para os textos em prosa por esse motivo. Os pontos negativos é que mesmo assim foram poucas as coisas que tirei daqui, a fonte sem serifa é algo que não em agradou muito e pro estilo de texto em prosa que quero fazer acho mais interessante manter o conceito mais tradicional. Figura 11: Página 21 de Ozob Protocolo Molotov de Leonel Caldela e Deive Pazos Fonte: PDF gratuito de amostra do livro.

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Os similares analisados me ajudaram a dar um norte ao que quero fazer. Utilizando o melhor que cada um oferece e adaptando da forma que melhor represente Project Doch’.

Gemma Bovery foi o que mais chamou a atenção, por se tratar exatamente do que quero fazer, contudo sua diagramação e disposição de quadros e textos são muito mais particulares, perfeitos para a história que esta sendo contada, mas não combinam com o que Project Doch’ propõe, com ilustrações em preto e branco, sequencia de cenas interias em história em quadrinhos, fontes de texto de prosa e fontes de textos em quadrinhos, e voltado a um público mais adulto, Gemma Bovery foi o similar mais completo analisado. Protocolo Bluehand: Alienígenas, é um livro ilustrado, que simula um diário de sobrevivência que passou pelas mãos de muitas pessoas, existem textos com fontes que parecem escritas a mão que ajudam a complementar informações, um conceito interessante, mas que pro trecho a ser adaptado nesse projeto não funcionaria tanto no prólogo que pretendo adaptar, deste similar o que chamou a atenção e que pode ser aplicado ao projeto, foram as fontes, que servirão de referencia para os textos em prosa e as ilustrações, estas feitas digitalmente em tons de cinza. Diário de Um Banana, também tem um proposta muito parecida com a minha, contar um história se utilizando de prosa e história em quadrinhos, contudo por mais que ele se utilize de história em quadrinhos, nãos e arrisca a ponto de fazer sequencias inteiras dessa maneira, ao contrário de Gemma Bovery, as artes e as fontes utilizadas refletem bem o público alvo do produto, foram analisados principalmente fontes para balões de diálogo. Ozob Protocolo Molotov entrou na lista de analisados por também se passar em um universo cyberpunk, nele foram principalmente analisados a diagramação e fontes para o texto em prosa e o que um livro no mesmo gênero pode trazer de referencias para o projeto, possui fontes diferenciadas para os títulos e fontes sem serifa para o texto corrido, o que não me agradou muito.

De maneira geral os similares apontaram desafios e trouxeram visões e caminhos diferentes que podem ser seguidos ao longo da produção do projeto.

2.6. PESQUISA VISUAL

A pesquisa visual é necessária para que o formato diferenciado da obra seja atrativo ao leitor, proporcionando algo diferente do que ele está acostumado. A ideia é incorporar na arte gráfica e diagramação elementos da cultura cyberpunk. Para isso foram criados painéis que representam as referências citadas do briefing.

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Uma das escolhas foi a de fazer duas versões para as ilustrações, uma em preto e branco e uma colorida, isso se deu por conta do crowdfunding, as ilustrações mais simples em preto e branco seriam para quem contribuiu com um determinado valor. Se utilizando de mangás como referência, o autor quer incluir no início de cada capítulo uma ilustração com o título, que será aplicado nesse projeto no início do prólogo, como pode ser visto na figura 12 abaixo.

Figura 11: Capa do capítulo 838 do Volume 83 de One Piece Fonte: escaneado da minha coleção

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2.6.1. Painéis de Referências Visuais Para Project Doch’

Esses painéis representam as referências que me ajudaram a criar o ambiente cyberpunk para a história e que também servem como referência visual do que quero seguir nas ilustrações. Foram feitos dois painéis, um para cenários e um para personagens.

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2.6.2. Referências de Ilustração Artemii Myasnikov

É um ilustrador focado em “garotas, criaturas estranhas e coisas tecnológicas”, como ele mesmo descreve em seu Instagram. Sigo o trabalho de Artemii há bastante tempo, ele tem um traço bem único e um ótimo jogo de cores em suas ilustrações, sempre desenhando a mão e utilizando marcadores e nanquim para colorir.

Figura 14: ilustrações de Artemii Myasnikov Fonte: https://www.instagram.com/art_veider

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Josan Gonzales

Josan se especializou especificamente em ilustrações cyberpunk, suas artes retratam sociedades onde homens e maquinas dividem espaço, é mundialmente conhecido por isso e já desenhou várias capas de revistas e livros sobre o tema, inclusive as artes dele foram utilizadas nas capas da edição brasileira mais recente da trilogia Sprawl de William Gibson, citada anteriormente. Ele possui um traço delicado e detalhado e gosta de brincar com tons monocromáticos.

Figura 15: Ilustrações de Josan Gonzales Fonte:

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FASE 2 – PRODUÇÃO – ADAPTAÇÕES E ARTE

3. ADAPTAÇÃO DE ROTEIRO

3.1. Roteiro em História em Quadrinhos do Prólogo. Página 01

Quadro 001: Vick dançando e bebendo cerveja, com um grupo de pessoas.

Quadro 002: Uma das meninas desse grupo dando uma cotovelada sem querer na cara de um policial, que está junto com seu parceiro. Quadro 003: O policial com a mão no rosto.

Policial 1: “Sua vadia!”

Menina: “Desculpe, senhor, eu não vi!”

Quadro 004: Policial com o nariz sangrando segurando a menina pela camisa.

Policial: “Não viu a puta que te pariu!”

Menina: “Eu sinto muito, senhor, foi sem querer!” Quadro 005: O policial dando um soco na cara da menina. Policial: “Agora você vai aprender!”

Página 02

Quadro 006: A menina no chão, policial apontando a arma pra ela, pessoas em volta olhando.

Menina: “Por favor, senhor, não...” Policial: “Sua merdinha!”

Quadro 007: Vick olhando assustada. Vick: “Não!”

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Quadro 009: Arma apontada pra menina.

Quadro 010: IG e o amigo, um do lado do outro, olhando a confusão. Amigo do IG “Essa não... é a filha do meu amigo...”

Quadro 011: Close em IG. “Por favor, Victoria.... Não faça...”

Página 03

Quadro 012: Victoria dando um chute na cara do policial, IG narrando. “...Nada estúpido...”

Quadro 013: Policial caindo no chão.

Quadro 014: Menina assustada.

Quadro 015: Victoria irritada.

Página 04

Quadro 016: Outro policial apontando a arma pra Victoria. “SUA MALUCA, VOCÊ JÁ ERA!”

Quadro 017: Vick em posição de combate, pessoas correndo. Vick: “Vamos ver então, seu filho da puta!”

Quadro 018: IG e o Amigo. IG: ”TOMA CUIDADO!!”

Amigo do IG “Ela realmente sabe dar porrada…”

Quadro 019: Policial atirando.

Quadro 020: Vick abaixando.

Quadro 021: O tiro acertando alguém.

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Página 05

Quadro 023: O policial agarrando a peruca de Vick enquanto cai.

Quadro 024: Vick pegando uma faca/Lâmina/qualquer arma perfurante, no cinto.

Quadro 025: Vick enfiando a faca na cara do policial no chão.

Quadro 026: IG segurando Vick pelo ombro, seu amigo atrás dele, a menina ao lado.

IG: “VICTORIA!” “OLHA O QUE VOCÊ FEZ!”

Quadro 027: Vick olhando o corpo do inocente no chão.

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3.2. Roteiro em Prosa do Prólogo.

As luzes em neon piscavam em muitas cores, as pessoas, em sua maioria jovens, dançavam ao som de uma alta música com ritmos eletrônicos. Na frente da pista de dança ficava o bar, onde haviam dois homens sentados conversando, e dois policiais debruçados, bebendo, fumando, completamente paramentados, com seus coletes, armas, e cassetetes. Atrás do balcão, na parede de modo com que todos no bar pudessem ver, estavam dois cartazes de procurado, um de um robô, com os dizeres, “IG 9000, Procurado por sequestro, recompensa de 20 bilhões de créditos, não comprometer seu banco de dados, caso o contrário a recompensa não será paga” o outro de uma menina ruiva com um sorriso debochado, “Victoria Beauvoir, vítima de sequestro, sofre de síndrome de Estocolmo, é extremamente violenta e perigosa, trazer viva e ilesa, recompensa 50 bilhões de créditos”. Na pista de dança, dentre os jovens, uma mulher se destacava, tinha cabelos azuis, olhos verdes, pele branca e um largo sorriso no rosto, aproveitando a música, vestia um casaco jeans, e uma camiseta preta, com desenhos que ela mesmo parecia ter feito, com os dizeres “Gigante Guerreiro” e uma estampa de um robô prateado, calças pretas e um coturno marrom escuro, segurava uma cerveja na mão e dançava como se fosse o último dia de sua vida.

Até que chegou uma menina dançando próxima a ela, negra, cabelos pretos, compridos e com várias trancinhas presas em um coque.

- Você é linda, menina. Qual é o seu nome? - Perguntou ela para moça de cabelos azuis.

- Meu nome é Rei. E você que é linda - Respondeu com um sorriso - Qual o seu nome?

- É Zoe. Você veio sozinha?

- Não, vim com o meu pai - Disse Rei apontando a mão com a cerveja para um dos homens sentados no bar. O pai dela, debruçado sobre o balcão, vestia um sobretudo preto, cachecol e capuz da mesma cor, conversava com o homem sentado ao lado dele.

- Nossa, ele tá conversando com o meu amigo. Esse primeiro andar da cidade é um ovo! - Disse Zoe - Você gosta de meninas? - Hahaha desculpa, você é linda, mas eu tenho um namorado. Não

vejo ele faz um tempo, problemas da vida. - Que pena, ele é um cara de sorte.

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- Mas nada impede a gente de ser amigas. Essa noite tem que ser especial pra mim, eu não vou ir em uma festa de novo em um bom tempo!

As duas continuaram dançando juntas, e jogando conversa fora enquanto bebiam.

Os dois policiais deixaram o balcão, um deles levava uma cerveja, começaram a passar pela multidão, empurrando e xingando quem estivesse em seu caminho. As meninas dançavam, em sua euforia e diversão, quando Zoe sem querer acertou uma cotovelada no rosto de um dos policiais derrubando sua cerveja no chão. O homem fechou a cara e a segurou pelo casaco, puxando próximo ao seu rosto violentamente.

- Sua vadia. Olha o que você fez! - Gritou na cara de Zoe, que sentiu o bafo de bebida e cigarro da autoridade.

- Desculpa, foi sem querer, sério. Eu pago outra cerveja pro senhor - Disse Zoe com a voz tremida.

- Hey, cara! Relaxa, foi sem querer, a gente não quer confusão! - Disse Rei tentando afastar o policial de sua nova amiga.

Então, sem a menor hesitação, ele deu uma cabeçada no rosto de Zoe, que caiu no chão com o nariz sangrando.

- Agora você vai se arrepender - Disse ele tirando sua pistola do coldre e apontando para a menina indefesa no chão. - Por favor, senhor… não - Disse Zoe morrendo de medo. Rei olhou para a cena sem acreditar, em seu coração disparou e um turbilhão de emoções explodiu, sentiu um arrepio gelado subir pela sua espinha e se espalhar todo o seu corpo. No balcão o pai de Rei e o amigo de Zoe olhavam apreensivos para a situação.

- Essa não… é a filha do meu amigo… - Disse o amigo de Zoe, era um homem velho, beirando os 50 anos, barba por fazer, cabelos compridos até o pescoço, lambido para trás, usava um óculos de mecânico redondo, preto na testa. - Por favor… não faça nada... - Disse o pai de Rei, por trás do

capuz, do sobretudo e do cachecol, estava um rosto extremamente pálido escondido por um óculos escuro grande e vermelho. Antes de terminar a frase, Rei, em um rápido movimento, acertou um chute na cara do policial, que nem se quer conseguiu ver de onde veio - … estúpido… - Concluiu ele fechando os olhos desapontado, esperando a merda que iria acontecer.

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Era como se o tempo estivesse parando, o policial caia lentamente no chão, enquanto sangue espirrava de seu nariz e sua boca em meio a alguns dentes. As pessoas se afastavam, algumas fugiam do estabelecimento. O homem caiu no chão desacordado, Rei não sabia se ele estava vivo ou não, na realidade não se importava com isso, se pôs à frente de Zoe e olhou ameaçadoramente para o outro policial.

- Sua, maluca! Você já era! - Gritou o outro policial, dessa vez apontando a arma para Rei.

- Vamos ver quem já era então. Seu filho da puta! - Disse Rei assumindo uma posição de combate.

- Cuidado! - Gritou o pai de Rei.

- Ela realmente aprendeu a dar porrada - Disse o amigo de Zoe boquiaberto.

O policial atirou, Rei em outro rápido movimento se abaixou desviando da bala e se aproximando de seu atacante antes mesmo de ele conseguir puxar o gatilho de novo. Desferiu um gancho tão forte no rosto do homem, que este chegou a subir alguns centímetros no ar antes de começar a cair. Igual ao seu parceiro, alguns dentes saíram de sua boca junto com sangue em um espetáculo de violência. Enquanto ele caia conseguiu agarrar os cabelos de Rei, que escorregaram de sua cabeça com facilidade conforme ele ia para o chão, se revelando uma peruca, deixando a mostra as verdadeiras madeixas vermelhas de Rei. O policial caiu no chão agonizando, empapado de sangue e ainda cuspindo alguns dentes enquanto falava.

- Você… - Disse ele.

A garota pegou uma faca de seu cinto, escondida na parte de trás, se agachou e a enfiou bem no meio do peito do policial.

- Sim, eu… - Disse enquanto empurrava a faca lentamente no coração do policial, assistindo com prazer a vida deixar os olhos dele aos poucos.

- VICTORIA! - Gritou o pai de Rei, a menina olhou pra ele - Olha o que você fez!

Ela se levantou e olhou para trás, Zoe olhava pra ela chocada, com um sorriso fascinado no rosto, a poucos metros dela, caído de bruços, morto, em cima de uma poça de sangue que crescia, estava um rapaz que havia levado o tiro que o policial disparou, na cabeça.

- Não… - Disse Rei não acreditando no que via, seus olhos ficaram vermelhos e marejaram lágrimas - Não…

- Rei? - Disse Zoe para ela.

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3.3. Roteiro Combinado com História em Quadrinhos e Prosa do Prólogo

Página 01

Quadro 01: Victoria dançando.

Quadro 02: Na frente da pista de dança ficava o bar, onde haviam dois homens sentados conversando, e dois policiais debruçados.

Quadro 03: Cartaz de Victoria e IG atrás do balcão em close, com os dizeres, “IG 9000, Procurado por sequestro, recompensa de 20 bilhões de créditos, não comprometer seu banco de dados, caso o contrário a recompensa não será paga” o outro de uma menina ruiva com um sorriso debochado, “Victoria Beauvoir, vítima de sequestro, sofre de síndrome de Estocolmo, é extremamente violenta e perigosa, trazer viva e ilesa, recompensa 50 bilhões de créditos”. Página 02

Prosa: Em meio à multidão de jovens na pista de dança, uma menina se aproximou interessada na bela moça de cabelos azuis que dançava sozinha como se fosse o último dia de sua vida envolvida pelo ritmo da música e das luzes de neon.

Quadro 01: Zoe ao lado de Vick dançando “Você é linda, menina. Qual é o seu nome? “ Prosa:

- Meu nome é Rei. E você que é linda - Respondeu com um sorriso - Qual o seu nome?

- É Zoe. Você veio sozinha?

- Não, vim com o meu pai - Disse Rei apontando a mão com a cerveja para um dos homens sentados no bar. O pai dela, debruçado sobre o balcão, vestia um sobretudo preto, cachecol e capuz da mesma cor, conversava com o homem sentado ao lado dele.

- Nossa, ele tá conversando com o meu amigo. Esse primeiro andar da

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cidade é um ovo! - Disse Zoe - Você gosta de meninas?

- Hahaha desculpa, você é linda, mas eu tenho um namorado. E acho que sou pouquinho velha pra você também.

- Que pena, ele é um cara de sorte.

- Mas nada impede a gente de curtir um pouco. Essa noite tem que ser especial pra mim, eu não vou ir em uma festa de novo em um bom tempo!

As duas continuaram dançando juntas, e jogando conversa fora enquanto bebiam.

Os dois policiais deixaram o balcão, um deles levava uma cerveja, começaram a passar pela multidão, empurrando e xingando quem estivesse em seu caminho. As meninas dançavam, em sua euforia e diversão, quando Zoe sem querer acertou uma cotovelada no rosto de um dos policiais derrubando sua cerveja no chão. O homem fechou a cara e a segurou pelo casaco, puxando próximo ao

seu rosto violentamente.

- Sua vadia. Olha o que você fez! - Gritou na cara de Zoe, que sentiu o bafo de bebida e cigarro da autoridade.

- Desculpa, foi sem querer, sério. Eu pago outra cerveja pro senhor - Zoe disse com a voz tremida.

- Hey, cara! Relaxa, foi sem querer, a gente não quer confusão! - Disse Rei tentando afastar o policial de sua nova amiga.

Então, sem a menor hesitação, ele deu uma cabeçada no rosto de Zoe, que caiu no chão com o nariz sangrando.

- Agora você vai se arrepender - Disse ele tirando sua pistola do coldre e apontando para a menina indefesa no chão.

- Por favor, senhor… não - Disse Zoe morrendo de medo.

Rei olhou para a cena sem acreditar, em seu coração disparou e um turbilhão de emoções explodiu, sentiu um arrepio gelado subir pela sua espinha e se espalhar todo o seu corpo. No balcão o pai de Rei e o amigo de Zoe olhavam apreensivos para a situação.

Quadro 01: Os dois homens no balcão olhando o tumulto Quadro 02: Homem ao lado de IG

“Essa não… é a filha do meu amigo…” Quadro 03: Close em IG

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“Por favor… não faça nada... “

Página 03 e 04 Página Splash

Quadro 01: Victoria dando um chute na cara do policial Quadro 02: Close em IG

“ … nada estúpido… “ Página 05

Quadro 01: Policial caindo Victoria e Zoe ao fundo.

Prosa: As pessoas se afastavam, algumas fugiam do estabelecimento. O homem caiu no chão desacordado, Rei não sabia se ele estava vivo ou não, na realidade não se importava com isso, se pôs a frente de Zoe e olhou ameaçadoramente para o outro policial.

- Sua, maluca! Você já era! - Gritou o outro policial, dessa vez apontando a arma para Rei.

- Vamos ver quem já era então. Seu filho da puta! - Disse Rei assumindo uma posição de combate.

- Cuidado! - Gritou o pai de Rei.

- Ela realmente aprendeu a dar porrada - Disse o amigo de Zoe boquiaberto.

Quadro 02: O policial atirando

Quadro 03: Victoria se abaixando desviando da bala. Quadro 04: Victoria se aproximando de seu atacante

(Mesmo enquadramento do “Quadro 03”) Página 06

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Quadro 02: Mão do policial segurando a peruca de Victoria.

Quadro 03: Policial caindo com a peruca na mão revelando parte do cabelo original de Victoria.

Quadro 04: Policial caído no chão, Victoria em destaque.

Página 07 Prosa:

- Você… - Disse ele.

A garota pegou uma faca de seu cinto, escondida na parte de trás, se agachou e a enfiou bem no meio do peito do policial.

- Sim, eu… - Disse enquanto empurrava a faca lentamente no coração do policial, assistindo com prazer a vida deixar os olhos dele aos poucos.

- VICTORIA! - Gritou o pai de Rei, a menina olhou pra ele - Olha o que você fez!

Ela se levantou e olhou para trás, Zoe olhava pra ela chocada, com um sorriso fascinado no rosto, a poucos metros dela, caído de bruços, morto, em cima de uma poça de sangue que crescia, estava um rapaz que havia levado o tiro que o policial disparou, na cabeça.

- Não… - Disse Rei não acreditando no que via, seus olhos ficaram vermelhos e marejaram lágrimas - Não…

Quadro 01: Victoria parada, Zoe atrás dela Zoe:“Rei?”

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4. THUMBNAIL

Após a adaptação do roteiro o passo seguinte foi criação das thumbnails. Thumbnails são miniaturas das páginas que servem como guia para a versão final. Nelas foram testados posicionamentos de planos para cenas em quadrinhos e a divisão dos quadrinhos nas páginas junto com os textos. Ao todo serão 7 páginas do prólogo em si, não contando a página de capitulo ou a capa, dentre essas páginas uma “splash page”, termo usado nos EUA quando uma única arte ocupa duas páginas.

4.1. TESTES DE THUMBNAIL

Antes de criar as thumbnails, foi necessário estabelecer a posição dos textos no layout das páginas. Por preferência, seguindo a regra dos terços e zonas de visualização, foi estabelecido que, quando forem necessários textos e ilustrações nas mesmas páginas, as artes não apareceriam do lado direito e os textos seriam alinhados à esquerda para manter um tom despojado.

Thumbnail 1

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Thumbnail 2

Figura 18: Tumbnail 2 Thumbnail 3

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Três Thumbnails foram testadas, a versão final escolhida foi um misto da Thumbnail 1 com a 3. Segue abaixo (Figura 20) como ficou a disposição final das páginas.

Figura 20: Thumbnail escolhida

A thumbnail em questão foi escolhida por deixar mais dinâmica as disposição dos quadros nas páginas, com linhas diagonais que ajudam no movimento das cenas.

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5. ILUSTRAÇÕES

Com base nos ilustradores usados como referência, foram feitas as artes. O processo tem início com desenhos a mão e line art. Feito o line art, eles são escaneados, com esse material digitalizado será feita a arte final colorida e em preto e branco. As artes finais em preto e branco seguirão o estilo de mangá, com bastante hachura, retículas e tons de cinza em alguns sombreados.

Por escolha própria os desenhos serão feitos separados e só depois de arte finalizados, vão ser colocados na página junto com os quadros, textos em prosa e os balões. Decidi fazer dessa maneira, pois como os desenhos serão feitos a mão inicialmente, queria ter mais espaço para fazer detalhes, que poderiam se perder se fizesse eles de maneira reduzida me limitando ao tamanho dos quadros. Como referência para as artes em preto e branco, foram utilizados mangás como referências, mais especificamente Akira. Então serão usadas retículas para fazer diferentes tons de cinza. Segue as ilustrações, line art, finalizadas coloridas e em preto e branco.

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Figura 21: Página 67 do primeiro volume de Akira Fonte: Escaneado da minha coleção

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Figura 22: Imagem Para o cartaz de “Procurada” de Victoria Fonte: Matheus Gomes Coelho (2018)

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Figura 23: Imagem para o cartaz de procurado de IG-9000 Fonte: Arte de minha autoria (2018)

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Figura 24: Victoria dançando e Zoe Fonte: Arte de minha autoria (2018)

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Figura 25: IG-900 disfarçado e o amigo de Zoe no bar Fonte: Arte de minha autoria (2018)

Figura 26: IG-9000 e o amigo de Zoe olhando a confusão Fonte: Arte de minha autoria (2018)

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Figura 27: IG-9000 disfarçado Fonte: Arte de minha autoria (2018)

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Figura 28: Página Slpash, Victoria dando um soco em um dos policiais.

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Figura 29: Victoria atacando o outro policial Fonte: Arte de minha autoria (2018)

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Figura 30: Victoria dando um soco em outro policial e sequências dessa cena Fonte: Matheus Gomes Coelho (2018)

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Figura 31: Policial caído no chão e Victoria re velando sua verdadeira identidade para Zoe Fonte: Arte de minha autoria (2018)

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Figura 32: Capa e contra capa Fonte: Arte de minha autoria (2018)

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Figura 39: Página 03 e 04 preto e branco Fonte: Arte de minha autoria

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6. FORMATO

O formato escolhido foi o de 16 x 23 centímetros, alguns milímetros a menos do utilizado em Ozob Protocolo Molotov. É um formato mais convencional de livros, além de ser mais econômico pois aproveita mais a lâmina usada nas impressoras industriais

6.1 TIPOGRAFIA

Serão necessários três tipos de tipografia, uma para os títulos de capítulos, uma para os trechos em prosa e uma para os textos dentro dos balões de diálogo dos quadrinhos. Sendo assim foram levantadas critérios para escolha.

 Fonte para o texto - mais sóbria, com serifa para facilitar o ritmo da leitura, ao contrário do que foi feito Ozob Protocolo Molotov, preferi manter mais convencional desse quesito;

 Fonte para os quadrinhos - mais descontraída mas, sem ser muito irregular, sem serifa;

 Display - para títulos, essa em especial deve remeter a letreiros em neon; Figura 31: Exemplo do tamanho feito por mim

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Com isso em mente, para os textos em prosa foi escolhida a fonte roboto slab em formato regular.

Project Doch’

Para os textos dentro dos balões de diálogos será usado Komika text.

PROJECT DOCH’

Para os títulos a fonte a ser usada será a Nunito.

Analisando os similares e a fontes utilizadas neles, escolhi as três em questão por representarem mais os aspectos do que desejo transmitir. Elas trazem sobriedade, uma descontração moderada e uma diferenciada para os títulos que fazem referência a letreiros em neon.

6.2. ENCADERNAÇÃO

São dois tipos de ilustração, colorido e em preto e branco. Será usado o mesmo papel para ambas as versões, offset 90g, já a capa será um papel couché gramatura 120g. Como serão somente 7 páginas, o ideal é fazer com lombada canoa.

6.3. CONCLUSÃO

Com essas etapas completas o projeto chegou ao fim e desenvolve-lo se tornou um verdadeiro desafio, o que parecia algo simples se estendeu por muito tempo conforme sua complexidade ia aumentando. Venho lapidando Project Doch’ desde 2013, é uma história complexa e longa que acabou crescendo ainda mais conforme o projeto avançava e via as possibilidades que esse

formato pode trazer para a narrativa. HISTÓRIA EM

(73)

experiência de leitura diferente e pouco convencional, que o consumidor não está muito acostumado a ver. Creio que ir por esse caminho e fugir do padrão são fatores que podem ajudar Project Doch’ a ser mais único. Aplicar o formato e finalizar essas páginas no projeto, me deixam a sensação de primeiro passo dado depois dos anos que venho dedicando meu tempo livre a criar esse universo. O objetivo do projeto em questão foi sem dúvidas alcançado, o produto final me deu orgulho e não vai parar por aqui.

Project Doch’ é um sonho, com esse primeiro protótipo eu finalmente vi uma versão física dele e de como pode ficar, essa não vai ser uma versão final, pretendo aprimorar ainda mais, lapidar mais as artes e explorar as possibilidades que esse formato proporciona. É uma história forte, com personagens marcantes, visualmente impactante, com muitas lições a serem transmitidas e História em Quadrinhos Combinado Com Prosa foi só o ponta pé inicial para concretização desse sonho.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em todo o processo de pesquisa e criação fui aprendendo e aprimorando ainda mais minhas habilidades, de escrita e principalmente de desenho. Escrever um roteiro de quadrinhos, destrinchar ele e transformar em uma prosa, depois readaptá-lo para o formato sugerido me ajudou a amadurecer a escrita, eu nunca fiz algo tão complexo como os métodos que usei para colorir e depois adaptar isso pra uma versão em preto e branco. Eu sempre soube o que queria fazer, mas esse projeto proporcionou uma visão que não havia imaginado sobre a minha própria história e como esse formato pode me ajudar a enriquece-la ainda mais. As referencias, os similares analisados, eu só tive noção da riqueza e da complexidade do que estou desenvolvendo quando tive que compilar tudo aqui. Eu sempre fui inseguro com relação ao meu trabalho, a cada desenho que eu faço sinto que poderia ser melhor e fico me cobrando isso mentalmente depois, nunca dei o devido valor as coisas que crio, somente com o trabalho que deu fazer esse projeto pude ver com outros olhos minha arte. Como já mencionei anteriormente a ideia inicial Project Doch’ surgiu em 2013 e de lá pra cá fiz muitos projetos e trabalhos baseados nele, olhando para trás vejo o quanto algo que criei marcou tanto minha vida acadêmica e terminar o curso fazendo algo focado nisso é motivo de muita felicidade.

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8. REFERÊNCIAS

Wikipédia, Cyberpunk. Disponível em:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cyberpunk/> Acesso em: 04 de dezembro de 2018.

BENFICA, Lucas, Sobre Tipos Para leitura. Disponível em: https://designculture.com.br/sobre-tipos-para-leitura/> Acesso em: 04 de dezembro de 2018.

http://revistaepoca.globo.com/ideias/noticia/2012/04/vaquin ha-digital.html

LUPTON, Ellen; Graphic Design Thinking. São Paulo, Editora G. Gilli, 2013.

SIMMONDS, Posy; Gemma Bovery. São Paulo, Editora Conrad, 2006.

KINNEY, Jeff, O Diário de Um Banana. São Paulo, Editora Vergana & Riba 2008.

SPOHR, Eduardo; OTTONI, Alexandre; PAZOS, Deive, Protocolo Bluehand Alienígenas. Curitiba, Editora Nerd Books 2011. CALDELA, Leonel/PAZOS, Deive, Ozob Protocolo Molotov. Curitiba, Editora Nerd Books 2016.

CIRNE, Pedro, “Gemma Bovery” Une Quadrinhos a Prosa. Disponível em:

https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0910200615.htm/> Acesso em: 04 de dezembro de 2018.

CASTRO, Luana , História das Histórias em Quadrinhos, Disponível em:

https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/literatura/historia-historia-quadrinhos.htm/> Acesso em: 04 de dezembro de 2018.

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GONZALES, Josan, https://www.artstation.com/josan, https://www.instagram.com/deathburger/> Acesso em: Acesso em: 04 de dezembro de 2018.

MYASNIKOV, Artemii,

https://www.instagram.com/art_veider/> Acesso em: 04 de dezembro de 2018.

Referências

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