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EIXO TEMÁTICO I

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Academic year: 2021

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EIXO TEMÁTICO I

Cuidado ao recém-nascido e família no âmbito da atenção básica e hospitalar

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30261 - O enfermeiro como integrante de equipe multiprofissional no cuidado ao recém-nascido

Amanda Akemi Ribeiro Naka1; Renata Soares Morais1; Renides Brasil de Lima2; Vanessa Mesquita Ramos3;

Dário da Silva Mota1.

Introdução: O Programa de Residência Multiprofissional em Neonatologia teve início em Fevereiro de 2016 e tem suas

duas equipes compostas, cada uma, por 2 enfermeiros, 1 fisioterapeuta, 1 nutricionista e 1 farmacêutica. Norteados pela política da Rede Cegonha, as equipes atuam na perspectiva multiprofissional em sistema de rodízio, visando a atenção nos 4 componentes: Pré-natal; Parto e Nascimento; Puerpério e Atenção Integral à saúde da criança; Sistema Logístico, transporte sanitário e regulação (BRASIL, 2011). Objetivo: Relatar experiência do profissional enfermeiro como integrante de equipe multiprofissional de residência em neonatologia em um hospital amigo da criança.

Metodologia: Estudo descritivo do tipo relato de experiência desenvolvido no período de março a setembro de 2016,

nos setores de um hospital amigo da criança. Os residentes vivenciaram os seguintes setores: Maternidade, UTI pediátrica e UTI neonatal. Resultados: A inserção do enfermeiro na perspectiva da atuação multiprofissional consiste não só na assistência prestada de modo isolado, mas também na prática integrada, requerendo atitudes de liderança e coordenação da equipe. Isto proporciona um cuidado holístico e humanizado consequentemente qualifica o cuidado. Durante a vivencia buscou-se realizar diversas atividades em conjunto com as demais categorias, como por exemplo, educações permanentes com as equipes dos serviços, educação em saúde com pacientes e acompanhantes. Estas atividades mostraram a importância da equipe multiprofissional no cuidado a mulher e criança, uma vez que a junção de saberes traz uma construção coletiva muito mais rica e mais ampla, favorecendo o processo de promoção da saúde. Neste contexto, o enfermeiro que antes atuava com base em sua área específica passa a transitar em outras áreas de conhecimentos, o que contribui para seu aperfeiçoamento profissional e consequentemente para uma melhor qualidade do cuidado prestado. Conclusões: O compartilhamento de saberes e experiências, promovido pela atuação multiprofissional contribui para o estabelecimento de um cuidado muito mais qualificado e que tende a abranger um número maior de necessidades do recém-nascido e de sua família. O enfermeiro, já é um profissional que desde o início de sua formação busca atuar de maneira holística, e enquanto membro de uma equipe multiprofissional tende a aprimorar ainda mais suas habilidades e contribuir de uma maneira mais significativa para a melhora da saúde da população.

Descritores: Enfermagem; Recém-nascido; Equipe de Assistência ao Paciente. Referências:

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.459, de 24 de junho de 2011. Institui no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS - a Rede Cegonha. Brasília: DF, 2011.

_______________ 1

Enfermeira da Residência Multiprofissional em Neonatologia da Santa Casa de Misericórdia de Sobral (SCMS) e Instituto Superior de Teologia Aplicada (INTA).

2

Enfermeira. Preceptora da Residência Multiprofissional em Neonatologia da SCMS/INTA. Coordenadora da UTI Neonatal. 3

(3)

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32206 - Humanização do parto e nascimento: relato de experiência

Max Oliveira Menezes1; Roberta Carozo Torres2; Cleidinaldo Ribeiro de Goes Marques3; Yasmim Anayr Costa Ferrari4;

Irla Karoline Nunes da Rocha5

Introdução: O momento do parto é singularmente importante na vida de uma mulher, envolvendo fatores

socioculturais, biológicos e psicológicos. Historicamente, fazia parte do universo feminino e por isso deveria ser compartilhado somente entre mulheres. Com a introdução de novas técnicas cirúrgicas e anestésicas, os partos deixam de acontecer no domicílio, passando ao convívio hospitalar (GONÇALVES et al., 2011). Diante deste cenário, o Ministério da Saúde vem implementando políticas incentivadoras do parto humanizado, como a Política Nacional de Humanização do Parto e do Nascimento e a Estratégia Rede Cegonha para que o parto vaginal seja uma escolha informada e segura para a mulher (SANTOS, MELO, CRUZ, 2015). Objetivo: Relatar a experiência em um curso de aprimoramento para enfermeiras (os) obstétricas (os) no Hospital Sofia Feldman. Metodologia: Consiste em um relato de experiência que descreve a vivência no Curso de Aprimoramento para Enfermeiras (os) Obstétricas (os), com enfoque no componente Parto e Nascimento, da Rede Cegonha. O estudo apresenta uma abordagem a partir de métodos descritivos e observacionais. O curso aconteceu em agosto de 2015, em plantões diurnos e noturnos. O aprimoramento foi na Universidade Federal de Minas Gerais, em parceria com o Hospital Sofia Feldman e a Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras. Para coleta de dados utilizou-se das seguintes técnicas: consulta à ficha de atendimento clínico das parturientes, participação nas atividades clínicas e observação da estrutura física das unidades. Os dados foram compilados em arquivos digitais para posterior análise de conteúdo e refinamento das imagens. Resultados: Diante da oportunidade de representar e transmitir novas experiências ao grupo de enfermeiros obstetras da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, Aracaju-SE, direcionou-se a estes a vivência clínica no Hospital Sofia Feldman, por meio do aprimoramento II, turma I, durante agosto de 2015. O Hospital Sofia Feldman é a referência da Rede Cegonha, com ênfase na assistência da enfermagem obstétrica. O objetivo do curso é fomentar a implementação de um novo modelo de atenção à saúde da mulher e ao recém-nascido, com foco na melhoria da assistência ao parto e nascimento. Conhecer os protocolos, rotinas e estrutura física permitiu compreender a construção do processo de trabalho desenvolvido na instituição. Vivenciar a autonomia do enfermeiro na condução dos casos obstétricos embasou a busca pela mudança na assistência prestada no serviço de origem.

Conclusão: As atividades desenvolvidas no Hospital Sofia Feldman permitiram oportunidade única e distinta da

realidade até então conhecida. Foi possível conhecer e fazer parte da rotina dos mais variados setores e atividades institucionais, bem como trocar experiências com os cursistas de diversas localidades do país. Assim, o curso emerge como valiosa ferramenta para aprimoramento dos enfermeiros obstetras, permitindo redirecionamento das práticas assistenciais com vista para a humanização do parto.

Descritorres: Enfermagem obstétrica; Terapias Complementares; Humanização da Assistência. Referências

GONÇALVES, R. et al. Vivenciando o cuidado no contexto de uma casa de parto: o olhar das usuárias. Rev. Esc. Enferm USP, São Paulo, v.45, n.1, 2011. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v45n1/09.pdf>. Acessado em: 21 de julho de 2016.

SANTOS, R. A. A. dos; MELO, M. C. P. de; CRUZ, D. D. Trajetória de humanização do parto no Brasil a partir de uma revisão integrativa de literatura. Cad. Cult. Ciênc., Juazeiro do Norte, v. 13, n. 2, p.76-89, 2015. Disponível em:< http://periodicos.urca.br/ojs/index.php/cadernos/article/view/838/pdf_1>. Acessado em: 21 de julho de 2016.

____________________

1,2

Enfermeiros. Alunos do mestrado em enfermagem. Programa de Pós-graduação em Enfermagem. Universidade Federal de Sergipe.

3,4,5

(4)

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32244 - O recém-nascido frente as suas vulnerabilidades térmicas: o olhar da enfermagem

Camila Bessa Pereira1; Francisca Gleicilane Silva do Nascimento2; Regilane Araújo da Silveira3; André Dourado

Ferreira4; Rhaquel de Morais Alves Barbosa Oliveira5

Introdução: O controle da temperatura nos recém-nascidos (RN’s) é um importante aspecto do cuidado de

enfermagem, principalmente em recém-nascidos pré-termo (RNPT), devido a sua vulnerabilidade frente às variações de temperatura do ambiente (MINISTERIO DA SAÚDE, 2011). Os RNPT expostos à hipotermia aguda respondem com alterações graves nos sinais vitais e aumento do consumo de energia, consequentemente aumenta o consumo de oxigênio, predispondo o RN a hipóxia. Quando não há intervenção a temperatura central cai, causando hipotermia irreversível, levando o RN ao óbito (GURGEL et al, 2010). Diante disso, a equipe de enfermagem apresenta um papel importante no controle térmico do RN, identificando as causas para intervir visando o controle e manutenção da temperatura corporal do mesmo. Objetivo: Identificar as causas e medidas preventivas da hipotermia, por distribuição nas unidades de cuidados intermediários e cuidados intensivos neonatais. Metodologia: Estudo descritivo com abordagem quantitativa, realizada na unidade neonatal de uma Maternidade de referência de Fortaleza-CE, nos períodos de Maio e Junho de 2016, nos diversos turnos de assistência. Utilizou-se na coleta um instrumento implantado na neonatologia desta maternidade onde a hipotermia é um indicador de qualidade das unidades neonatais, sendo uma das principais causas de morte neonatal e de grande importância para o equilíbrio homeostático do RN. O valor classificatório de hipotermia considerado na unidade neonatal em estudo, é T<36,5ºC.

Resultados: Os dados foram adquiridos com base no número de episódios de hipotermia entre os recém-nascidos,

podendo persistir no mesmo RN nos turnos manhã, tarde e noite, na unidade de terapia intensiva neonatal (UTINEO) e unidade de cuidados intermediários convencionais (Médio Risco- MR). Na UTINEO foram admitidos 186 RN’s nos meses de maio e junho, destes 163 apresentaram hipotermias pela manhã, 125 à tarde e 164 à noite. Na unidade de MR foram admitidos 262 RN’s nos mesmos meses, destes 69 apresentaram hipotermia pela manhã, 69 à tarde e 130 à noite. A alteração da temperatura ambiental e dos berços aquecidos e incubadoras, manuseios excessivos, RN’s em fototerapia, são algumas das causas identificadas de hipotermia. A maternidade em estudo é referência no Estado e muitas vezes as unidades neonatais encontram-se superlotadas dificultando o controle térmico. No serviço noturno, a equipe reduzida somados a superlotação das unidades, dificulta o controle térmico dos RN’s. Diante de uma hipotermia, o acompanhamento da temperatura deve ser rigoroso até a normalização, atender as sinalizações das incubadoras, estipular período de manutenção ou quando necessário, com teste e validação de bom funcionamento, tentar reduzir o número de manuseios, realizando todos os procedimentos possíveis em um mesmo momento, evitando a abertura da incubadora inúmeras vezes e controlar a temperatura ambiente para um melhor equilíbrio térmico neonatal. Conclusão: O controle da temperatura do RN é um cuidado de enfermagem ponderoso na redução dos impactos sofridos pós-nascimento, cuja vulnerabilidade é enorme frente às variações sofridas para manter o equilíbrio homeostático como barreira de sobrevida. É preciso estudos de aprofundamento da elevada ocorrência da hipotermia no turno da noite, e ações de controle da temperatura de forma a manter o equilíbrio térmico.

Descritores: Hipotermia, Recém-Nascido, Neonatologia, Enfermagem neonatal. Referências:

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Atenção à saúde do recém-nascido: Cuidados com o recém-nascido pré-termo. Brasília(DF): Ministério da Saúde, 2011.

RUSCHEL, L. M. Cuidados com a Hipotermia Neonatal: uma revisão integrativa. Porto Alegre, 2012. FONSECA, A. S; JANICAS, R. C. S. V. Saúde Materna e Neonatal. São Paulo (SP): Martinari, 2014.

GURGEL, E. P. P. et al. Cuidado quanto à termorregulação do recém-nascido prematuro: o olhar da Enfermeira. Revista Rene, v. 11. Fortaleza, 2010.

_________________

1

Enfermeira. Especialização de Enfermagem Pediátrica Neonatal (FAMETRO, 2017). Email: bessa_camila@hotmail.com 2

Enfermeira. Especialização de Enfermagem Pediátrica Neonatal (FAMETRO, 2017). 3

Acadêmica de Enfermagem da Universidade de Fortaleza - UNIFOR. 4

Acadêmico de Enfermagem da Universidade Estácio do Ceará - ESTÁCIO. 5Enfermeira Especialista em Neonatologia. Doutoranda em Saúde Pública (UFC).

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32249 - Segurança do paciente em unidades de terapia intensiva neonatal

Andreia Tomazoni1; Patrícia Kuerten Rocha2; Sabrina de Souza3; Lucas de Liz Granemann4

Introdução: O cuidado ao recém-nascido na área da saúde perpassou por importantes avanços nas últimas décadas,

por meio da produção e difusão do conhecimento científico aliado ao desenvolvimento tecnológico. A evolução no cuidado neonatal proporcionou inúmeras potencialidades, destacando-se a diminuição considerável da mortalidade neonatal. Em contrapartida surgiram questões preocupantes, como a qualidade do serviço e a segurança do paciente nesse cenário inovador, complexo e crítico do cuidado hospitalar (BRASIL, 2012). Frente a esse novo panorama de cuidado em saúde, a segurança do paciente reporta a importância de cuidados seguros, buscando a diminuição dos erros e danos ocorridos durante a assistência (WACHTER, 2013). Objetivo: Descrever a segurança do paciente na percepção dos profissionais de enfermagem e medicina de unidades de terapia intensiva neonatal. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratória de natureza qualitativa. A pesquisa foi realizada com 28 profissionais de enfermagem e medicina de três Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) de Hospitais Públicos de Florianópolis/Santa Catarina, no período de 2013 a 2015. Os dados foram coletados por meio de um questionário entregue ao participante contendo uma questão aberta sobre a segurança do paciente. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética CAAE: 05274612.7.0000.0121. Os dados foram analisados utilizando Análise Temática de Conteúdo.

Resultados: Entre os 28 participantes do estudo, cinco eram enfermeiros, quatorze eram técnicos de enfermagem,

quatro eram auxiliares de enfermagem, e cinco eram médicos. Destes, 16 profissionais tinham mais de 10 anos de trabalho, sete tinham entre um a cinco anos de trabalho, três apresentaram entre seis a 10 anos e ainda, dois relataram ter menos de um ano de trabalho. Os dados obtidos foram organizados em três categorias: Percepção e estratégias para segurança do paciente, onde foi abordada a importância da segurança do paciente que pode ser afetada pelas rotinas de trabalho, pela falta de capacitação profissional, devendo-se assim, dar prioridade para medidas de prevenção sobre essas questões; Fatores de risco que interferem na segurança do pacientes, onde foi citado a infra-estrutura inadequada, materiais de má qualidade, equipamentos antigos e sobrecarga de trabalho por diminuição no quadro de funcionários; e, Desafios na comunicação de erros relacionados ao cuidado em saúde, sendo abordado a questão da dificuldade de comunicação de erros devido ao medo de punições e a necessidade do incentivo da instituição para melhorar a comunicação dos erros. Conclusões: A segurança do paciente na percepção dos profissionais é relevante para o contexto das unidades de terapia intensiva neonatal, pois promove um cuidado seguro, como também, a identificação de fatores de risco relacionados ao ambiente de trabalho, aos insumos materiais e à escassez de funcionários, o que predispõe a erros. Também é necessário o incentivo à comunicação de situações de risco para elaboração de estratégias de prevenção. Assim, desenvolvendo uma cultura de segurança, bem como, a capacitação e a atualização dos profissionais sobre o tema.

Descritores: Segurança do Paciente; Unidades de Terapia Intensiva Neonatal; Enfermagem Neonatal. Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. PortariaNº 930,de10de maio de 2012. Define as diretrizes e

objetivos para a organização da atenção integral e humanizada ao recém-nascido grave ou potencialmente grave e os critérios de classificação e habilitação de leitos de Unidade Neonatal no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 2012. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt0930_10_05_2012.html>. Acesso em: ago. 2016.

WACHTER, R.M. Compreendendo a segurança do paciente. 2ª edição. Porto Alegre: AMGH, 2013.

1

Enfermeira. Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (PEN- UFSC). Brasil. E-mail: andreiatomazoni@gmail.com

2

Enfermeira. Doutora. Docente do Departamento de Enfermagem da UFSC. E-mail: pkrochaucip@gmail.com 3

Enfermeira. Mestranda do Pen- UFSC. Brasil. E-mail: sabrinas.enfer@gmail.com 4

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32252 - Caracterização de recém-nascidos com gastrosquise e onfalocele internados em uma unidade de terapia intensiva neonatal

Amanda Santos Fernandes Coelho1; Lívia Roberta Rodrigues Conceição2; Marília Cordeiro de Sousa3;

Janaina Valadares Guimarães4; Ana Karina Marques Salge5

Introdução: A gastrosquise é uma malformação congênita em que há exteriorização das vísceras abdominais (em geral

estômago e alças intestinais), através de um orifício na parede abdominal, à direita do cordão umbilical, que é implantado em sua posição habitual (DUTRA, 2006). O principal diagnóstico diferencial da gastrosquise com a onfalocele é que na onfalocele, o defeito ocorre na linha média com as vísceras abdominais herniadas e geralmente cobertas por uma membrana constituída por peritônio, âmnio e geleia de Wharton, com os vasos umbilicais inseridos nessa membrana, e não na parede abdominal (MONTERO, et al., 2011). Objetivo: Descrever as características dos recém-nascidos com diagnostico de gastrosquise e onfalocele. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e com abordagem quantitativa. Utilizou para tanto, dados secundários coletados dos prontuários de pacientes atendidos em um Hospital Público em Goiânia-GO, no período de 2004 a 2014. Foram incluídos 123 pacientes diagnosticados com gastrosquise e 15 pacientes diagnosticados com onfalocele, os quais preencheram os critérios adotados. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa via Plataforma Brasil, com número do parecer 656.898 e CAAE 25603613.4.3001.5080. Resultados: Foram estudados 123 recém-nascidos com gastrosquise e 15 com onfalocele. A idade materna na onfalocele teve média de 28,1±9,6 anos e na gastrosquise 19,8 ± 4,14 anos. Na gastrosquise 64,2% eram primigestas e na onfalocele 46,7%. Houve uma média de 4,8 ± 2,5 consultas de pré-natal na gastrosquise e uma média de 4,3 ± 2,1 na onfalocele. O peso médio ao nascimento foi 2577±620g nas onfaloceles e 2351±474,2g nas gastrosquises. A idade gestacional na onfalocele com média de 36,9±1,6 semanas e na gastrosquise 36,5±1,8 semanas. A via de parto foi cesariana em 11 (73%) dos casos na onfalocele e na gastrosquise o parto cesariano ocorreu em 80 (65%) dos casos. Na onfalocele o Apgar do 1º minuto teve média de 5,9±2,5 e na gastrosquise a média do índice de Apgar no primeiro minuto foi de 6,6±1,8. Malformação associada foi observada em 12 crianças (80%) com onfalocele (destes, 6 apresentavam malformação cardíaca), e 27 (21,9%) com gastrosquises (sendo que a mais comum foi a atresia intestinal). Foram observados óbitos em 50 crianças (41%) com gastrosquise e 8 (53%) com onfalocele. Conclusão: O presente estudo conclui que a ocorrência da onfalocele tem sido associada aos extremos da idade reprodutiva principalmente com idade materna avançada, enquanto que na gastroquise está associada a mães jovens e primiparas; a média de consulta de pré-natal foi menor que 6 consultas em ambos os defeitos; que de acordo com a idade gestacional a maioria nasce prematuro, tanto na onfalocele quanto na gastrosquise; com peso insuficiente na onfalocele e baixo peso na gastrosquise; a média do Apgar no primeiro minuto foi menor que sete em ambos os defeitos; e que a via de parto de escolha foi a cesariana tanto na onfalocele quanto na gastrosquise; as malformações ocorre mais na onfalocele que na gastrosquise; e com taxa de mortalidade maior na onfalocele que na gastrosquise.

Descritores: gastrosquise, recém-nascido, onfalocele. Referências:

DUTRA, A. D. M. Medicina Neonatal. Rio de Janeiro: Editora Revinter Ltda; 2006.

MONTERO, F. J; SIMPSON, L. L; BRADY, P. C. et al. Fetal omphalocele ratios predict outcomes in prenatally diagnosed omphalocele. Am J Obstet Gynecol, v.205, n. 284, 2011.

__________________

1

Mestre em Enfermagem-Hospital Materno Infantil-Goiânia-Goiás. E-mail: amandasantospi@yahoo.com.br

2

Mestranda em Enfermagem- Universidade Federal de Goiás E-mail: liviaroberta01@hotmail.com

3

Mestranda em Enfermagem- Universidade Federal de Goiás. E-mail: maacsousa@hotmail.com

4

Professora Doutora em Ciências da Saúde- Universidade Federal de Goiás. E-mail: valadaresjanaina@gmail.com

5

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32253 - Shantala como proposta terapêutica na assistência pediátrica: revisão integrativa

Luciana de Santana Lôbo Silva1; Max Oliveira Menezes2; Roberta Carozo Torres2; Lúcia Costa Macedo1;

Lízia Menezes Santos1

Instituições: 1Faculdade Estácio de Sergipe; 2Universidade Federal de Sergipe

Introdução: Shantala é uma técnica indiana trazida pelo médico obstetra Frédérick Leboyer, com finalidade

terapêutica em bebês na melhora da peristalse intestinal, promoção de relaxamento, bem como reduzir medo, ansiedade e irritação. Além disso, quando praticada pelos profissionais de saúde contribui para a redução do tempo de internação hospitalar (LINKEVIEIUS et al., 2012). Como prática de educação em saúde, permite às genitoras a utilização da técnica de modo correto, o que proporciona ao bebê um melhor desenvolvimento psicomotor (BARBOSA, 2011). Objetivo: Evidenciar os benefícios da prática da Shantala por profissional de saúde em unidades pediátricas no período de 2004 a 2014, através de levantamento bibliográfico. Metodologia: Tratou-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, bibliográfica do tipo integrativa. A busca incluiu consulta às bases de dados LILACS, SCIELO e BVS através dos descritores toque terapêutico, massagem, saúde da criança e educação em saúde, além da

ferramenta GOOGLE® Acadêmico. Como critério de inclusão considerou-se artigos publicados e indexados na íntegra,

em português e espanhol entre os anos de 2004 a 2014 que retratassem a temática. A sistematização da coleta de dados se deu por meio de um instrumento que organizou os artigos a partir do título, periódico, autor/ano, categoria profissional e benefícios da técnica. Os estudos foram agrupados em três categorias: unidades de assistência pediátrica, educação em saúde e benefícios da Shantala. Resultados: Foram encontradas 59 publicações e selecionadas 27 conforme o critério de inclusão. A maioria dos estudos concentrou-se no período de 2010 a 2013. Nestes, foi observado que os serviços que mais utilizaram a Shantala foram: creches, Unidades de Saúde da Família, seguidos das Unidades de Terapia Intensiva Neonatal, ambulatório e atendimento domiciliar. As áreas de conhecimento que mais aplicaram a técnica foram: Fisioterapia, Enfermagem, Psicologia, Odontologia, Medicina, Musicoterapia e Nutrição. Percebeu-se que esta prática pode auxiliar na manutenção do padrão fisiológico dos bebês, repercutindo de modo satisfatório na saúde e bem-estar destes em berçários, Unidades de Terapia Intensiva Neonatal e Unidades de Saúde da Família. Além disso, o aprendizado dos familiares nos encontros de educação em saúde a respeito do uso da técnica contribuiu também para o fortalecimento dos laços afetivos. Conclusão: Diante dos resultados, ficou evidente que o uso da Shantala propicia benefícios aos bebês e familiares, por ser uma técnica de fácil aplicação e de baixo custo para os serviços. Entretanto, faz-se necessário aprofundar os estudos a respeito da temática, bem como incentivar seu uso nas unidades assistenciais.

Descritores: Toque Terapêutico, Massagem, Saúde da Criança, Educação em saúde. Referências

BARBOSA, K.C. et al. Efeitos da Shantala na Interação entre Mãe e Criança com Síndrome de Down. Rev. Bras. Crescimento Desenvolvimento Hum. São Paulo- SP, v. 21, n.2: 356-361; 2011.

LINKEVIEIUS, T.A.K. et al. A influência da massagem shantala nos sinais vitais em lactentes no primeiro ano de vida. Rev. Neurociencias. São Paulo-SP, 2012.

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32258 - Práticas de manejo da dor em unidade de terapia intensiva neonatal

Roberta Tognollo Borotta Uema; Rosimara Oliveira Queiroz; Bruna Caroline Rodrigues; Muriel Fernanda de Lima; Ieda Harumi Higarashi

Instituição: Universidade Estadual de Maringá

Introdução: O nascimento de um bebê prematuro que necessita de internação em Unidade de Terapia Intensiva

Neonatal (UTIN) constitui-se uma experiência marcante. Encontramos que dentro da UTIN, os recém-nascidos (RN) são altamente manipulados, estimando-se que ele seja submetido a aproximadamente 14 procedimentos dolorosos por dia (PINHEIRO; et al, 2015). Apesar dos avanços em relação ao uso de escalas de avaliação da dor, da expansão de conhecimento sobre a dor no período neonatal, e dos estudos que comprovam a eficácia das medidas não farmacológicas de alívio, nota-se que o tratamento da dor do RN internado em UTIN ainda é insuficiente e inadequado (SANTOS; et al, 2012). Objetivo: Descrever as práticas do manejo da dor em UTIN. Método: pesquisa descritiva, de cunho observacional, realizada em duas UTIN no noroeste do Paraná, no período de janeiro a março de 2015. Também foi realizada a contabilização dos procedimentos dolorosos em relação ao turno e qual medida de alívio era utilizada. Considerou-se como medidas de alívio: oferta de glicose oral, sucção não nutritiva, sucção não nutritiva associada à glicose oral, contenção facilitada/enrolamento e administração de analgésico. O projeto de pesquisa foi aprovado conforme CAAE: 38822114.1.0000. Resultados: o período de observação foi de 45 dias, sendo possível observar 118 procedimentos dolorosos e 34 medidas de alívio. A idade gestacional ao nascimento durante o período de observação variou de 26 a 39 semanas, e o tempo de internação foi de dois a 65 dias, com média de 15 dias. No período da manhã, foram observados 56 procedimentos, dos quais 38% receberam oferta de sucção não nutritiva associada à glicose, 14% oferta de sucção não nutritiva e 48% administração de analgésico. À tarde, ocorreram 26 procedimentos e, destes, 44% receberam sucção não nutritiva junto com oferta de glicose, 22% apenas a sucção não nutritiva, 22% analgésico endovenoso e 12% contenção facilitada. À noite, foram acompanhados 36 procedimentos, sendo que em 27% dos casos foi ofertada sucção não nutritiva, 54% sucção não nutritiva associada à glicose e 19% receberam medicamentos. Conclusão: verificou-se a realização de um grande número de procedimentos dolorosos, frente à baixa adesão ao uso de medidas de alívio da dor. Ressalta-se que a maioria das medidas não farmacológicas de alívio não implica em alto custo e tampouco demandam tempo excessivo dentro da rotina de trabalho.

Descritores: dor, unidades de terapia intensiva neonatal, cuidados de enfermagem. Referências

Pinheiro, I.O; et al. Avaliação da dor do recém-nascido através da escala Codificação da Atividade Facial Neonatal

durante o exame de gasometria arterial. Revista Dor. São Paulo, v. 16, n.3, 2015. Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/rdor/v16n3/pt_1806-0013-rdor-16-03-0176.pd. Acesso em: 30 set. 2016.

Santos, L.M, et al. Sinais sugestivos de dor durante a punção venosa periférica em prematuros. Revista de Enfermagem da UFSM. Santa Maria, v. 2, n.1, 2012. Disponível em: http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs- 2.2.2/index.php/reufsm/article/view/3510. Acesso em: 29 set. 2016.

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32259 - Cuidado intensivo na epidermólise bolhosa: relato de caso

Izabela Linha Secco; Taine Costa; Etiene Letícia Leone de Moraes; Márcia Helena de Souza Freire

Instituição: Hospital Infantil Waldemar Monastier

Introdução: A epidermólise bolhosa é uma síndrome hereditária caracterizada pela formação de vesículas ou bolhas

epiteliais causadas por traumas decorrentes de pressão mecânica ou fricção (FERRAZ et al, 2015). A pele é constituída

por várias camadas de colágeno ligadas entre si, sendo quenesta doença não há o funcionamento adequado destas

fibras e as camadas separam-se facilmente, formando espaços entre os estratos da pele que são preenchidos por fluído rico em proteínas, originando as bolhas (ANJOS; MORITA; PAULA, 2013). Apesar de ainda não existir cura, os cuidados devem ser iniciados logo após o nascimento, incluindo prevenção e tratamento das bolhas, infecções, retrações e sinéquias. Coberturas que não aderem à lesão são as mais utilizadas nos curativos, podendo ser removidas sem causar traumas à pele, como a gaze vaselinada (BOEIRA, 2012). Objetivo: Descrever relato de caso de um recém-nascido internado em hospital pediátrico da região metropolitana de Curitiba-PR, o qual foi diagnosticado com epidermólise bolhosa e submetido ao tratamento por equipe multiprofissional. Metodologia: Estudo retrospectivo realizado através da coleta de dados em prontuário, aprovado pela Instituição e pelo Comitê de Ética em Pesquisa

com Seres Humanos. Resultados: Recém-nascido prematuro de 33 semanas, após sete horas de vida iniciou com

quadro de descamação da pele e formação de bolhas, admitido na unidade de terapia intensiva neonatal em 21/04/2015. Nas primeiras 48 horas foi submetido à hidratação venosa com eletrólitos, além do tratamento tópico com Cetaphil nas áreas sem descamação. A partir do dia 24/04/2015, foi encaminhado ao centro cirúrgico para realizar curativo sob analgesia, utilizando gaze não aderente, dersani e proteção com atadura. As trocas de curativo eram realizadas pelo enfermeiro assistencial da UTI neonatal, a cada 48h, conforme orientação da dermatologista. Também recebeu antibioticoterapia com oxacilina e amicacina, vancomicina e clindamicina, além de suporte para alívio da dor. Biópsia de pele em 03/06/2015 confirmou quadro histopatológico de epidermólise bolhosa. Recebeu alta em bom estado geral no dia 04/06/2015, com encaminhamentos para ambulatório de dermatologia e curativos ambulatoriais. Conclusões: Considerando a extensão e a severidade da doença, o acompanhamento deve ser realizado por equipe multidisciplinar, desde a internação até o segmento ambulatorial, capacitando a família para o cuidado e prevenindo recidivas. O tratamento com curativos a base de gaze vaselinada proporcionaram evolução satisfatória das lesões e viabilizaram a alta do recém-nascido.

Descritores: Epidermólise bolhosa, cuidados intensivos, tratamento Referências

ANJOS, D. F.; MORITA, A. B. P. S.; PAULA, M. A. B. Assistência de Enfermagem em Epidermólise Bolhosa: Revisão Integrativa da Literatura. Revista Eletrônica de Enfermagem do Vale do Paraíba, v. 1, n. 5, p. 9-20, 2013.

BOEIRA, V.L.S.Y. Epidermólise bolhosa hereditária: uma revisão de literatura. 45f. Trabalho de Graduação (Curso de Medicina) – Faculdade de Medicina da Bahia, Universidade Federal da Bahia. Salvador, 2012.

FERRAZ, R. R. N. et al. Tratamento tópico da epidermólise bolhosa por equipe multidisciplinar: uma revisão sistemática. Revista de Saúde e Biologia, v. 10, n. 1, p.145-48, 2015.

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32262 - Depressão neonatal e o cuidado intensivo: relato de caso

Izabela Linha Secco; Taine Costa; Etiene Letícia Leone de Moraes; Márcia Helena de Souza Freire

Instituição: Hospital Infantil Waldemar Monastier

Introdução: Até o início da década de 60, o recém-nascido era pouco conhecido. Os neonatos eram considerados incapazes de perceber o meio ambiente e de participar de interações significativas. Existia a crença de que não eram

capazes de ver, ouvir ou experimentar a dor. Com os avanços da neonatologia e o aumento da sobrevida dos

prematuros, pôde-se compreender que os mesmos possuem a capacidade de perceber, diferenciar e mostrar preferências por certos estímulos, havendo então, preocupação com o desenvolvimento destas crianças (ALENCAR,

2009).Quando os recém-nascidos necessitam de cuidados intensivos, existe um risco de prejuízo do vínculo materno,

sendo possível inferir que a depressão neonatal superou sua conotação de mito e se tornou uma realidade dentro dos hospitais. O sofrimento desses bebês na maioria das vezes não é considerado, deixando de intervir em tempo

oportuno. O diagnóstico pode ser feito através de alguns sinais e sintomas como: humor depressivo ou irritável,

desespero, inatividade, atonia afetiva, inércia motora, perda de apetite e peso (BATISTA, 2011). Objetivo: Descrever um relato de caso de um recém-nascido internado em hospital pediátrico da região metropolitana de Curitiba-PR, o qual apresentou quadro clínico compatível com depressão neonatal após abandono da mãe. Metodologia: Estudo retrospectivo realizado através da coleta de dados em prontuário, aprovado pela Instituição e pelo Comitê de Ética em

Pesquisa com Seres Humanos. Resultados:Recém-nascido prematuro de 36 semanas que evoluiu com hipoglicemia,

distensão abdominal e icterícia nas primeiras 48 horas de vida, além de insaturações, necessitando de oxigenoterapia. Admitido em 10/11/2014, permaneceu em tratamento para sífilis congênita, dismotilidade intestinal, colestase, anemia e sepse fúngica. Após três meses de internamento, o paciente permanecia a maior parte do tempo sozinho na unidade, recebendo visita da mãe uma ou duas vezes por mês. Desenvolveu um quadro de irritabilidade e apatia, dormia muito, recusava dieta e não ganhava peso. Através do trabalho da equipe multidisciplinar, foi possível resgatar a relação afetiva da mãe com o recém-nascido, assegurando sua alta hospitalar em 04/03/2015. Conclusões: O vínculo do binômio mãe-filho a partir do nascimento do bebê é muito importante, principalmente quando o mesmo necessita de cuidados intensivos, fato que o distancia da mãe. Quando esse elo está prejudicado, o recém-nascido sofre consequências psicossomáticas e físicas muito evidentes, as quais protelam sua alta hospitalar.

Descritores: Depressão, recém-nascido, cuidados intensivos Referências

ALENCAR, A. J. C. Como o bebê vê. Rev Pediatr, v. 10, n. 1, p. 53-7, 2009.

BATISTA, L. C. Depressão no Bebê – Mito ou Realidade? 2011. 17 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade de Évora, Portugal, 2011.

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32271 - A importância do enfermeiro no pré-natal de baixo risco

Caroline Lima dos Reis; Catarine Albuquerque Santana; Lourivânia Oliveira Melo Prado; Suzana Vieira Martins Fontes

Instituição: Universidade Tiradentes – UNIT

Introdução: Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2006), o principal objetivo da atenção pré-natal e puerperal é

“acolher a mulher desde o início da gravidez, assegurando no fim da gestação, o nascimento de uma criança saudável e a garantia do bem-estar materno e neonatal”. O pré-natal de baixo risco pode ser realizado por enfermeiro, obstetra ou não, respaldado pela Lei do Exercício Profissional da Enfermagem, decreto nº 94.406/87. A consulta de enfermagem apresenta-se como um instrumento de suma importância, pois tem como finalidade garantir a extensão da cobertura e melhoria da qualidade pré-natal, principalmente por meio da introdução das ações preventivas e promocionais às gestantes. É requerido, do profissional além de competência técnica-científica, sensibilidade para compreender o ser humano e o seu modo de vida e habilidade de comunicação, baseada na escuta e na ação dialógica. Objetivos: Analisar e avaliar a importância do pré-natal de baixo risco realizado pelo enfermeiro.

Metodologia: Consiste em um estudo de caráter descritivo, de abordagem qualitativa, onde foi realizado uma busca

em base de dados especializada como Scielo, PUBMED, Biblioteca Virtual em Saúde e manuais técnicos do Ministério da Saúde. Onde foi utilizado descritores de acordo com o DeCS (Descritores em Ciência da Saúde). Foram encontradas 8 publicações e utilizadas 04 no presente estudo, nas modalidades artigos originais e editorias, em português no período de 2006 a 2012. Resultados: No Brasil, os enfermeiros realizam o pré-natal de baixo risco com maior frequência nas Unidades de Saúde da Família (USF) ou Programa de saúde da Família (PSF), como são mais conhecidos pela população. Este programa possui uma equipe multiprofissional, e, dentre estes profissionais, os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) realizam a busca ativa das gestantes para que estas venham a iniciar o pré-natal ainda no primeiro trimestre da gravidez. A consulta individual a gestante é um momento especial para o enfermeiro, onde o profissional pode desenvolver todas as ações inerentes a essa atividade com autonomia. Na consulta o enfermeiro documenta em prontuário a história clínica e obstétrica, avaliação de risco gestacional, exame físico e obstétrico, avaliação das mamas e orientação ao preparo para amamentação, orientação aos cuidados com a pele, ausculta dos batimentos cardiofetais (BCF), e ainda identificar e orientar sobre as queixas mais frequentes. Conclusões: O enfermeiro exerce suas funções em todos os níveis da assistência e desempenha um papel de grande importância na realização no acompanhamento das gestantes e no desenvolvimento das ações voltadas a promoção, prevenção e tratamento de distúrbios durante a gravidez durante o pré-natal de baixo risco.

Descritores: Assistência de Enfermagem; Enfermeiro; Pré-natal. Referências:

ARAUJO, S. M, et al; A Importância do Pré-Natal e a Assistência de Enfermagem. Revista Eletrônica de Ciências - v. 3, n. 2, 2010.

BRASIL, Ministério da Saúde. Área técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada, manual técnico; Brasília. 2006.

SOUSA, A.J.Q; MENDOCA, A.E.O; TORRES, G.V. Atuação do Enfermeiro no Pré-Natal de Baixo Risco em uma Unidade Básica de Saúde. Carpe Diem: Revista Cultura e Científica do UNIFACEX. v. 10, n. 10, 2012. ISSN: 2237-8586

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32274 - Teste do pezinho: percepção das gestantes nas orientações no pré-natal

Maria Paula Custodio Silva; Divanice Contim; Lúcia Aparecida Ferreira; Alessandra Bernadete Trovó de Marqui

Instituição: Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Introdução: O Teste do Pezinho permite rastrear, diagnosticar, tratar e acompanhar precocemente indivíduos com

distúrbios metabólicos, genéticos e infecciosos. O diagnóstico e tratamento precoce permitem evitar sequelas irreversíveis como a deficiência intelectual, garantindo um futuro com melhor qualidade de vida à criança afetada e economia substancial ao sistema de saúde (ACOSTA, et al 2013; BRASIL, 2014). A orientação prévia é um elemento importante na prevenção de consequências graves ocasionadas pela detecção e tratamento tardios, tendo em vista que muitas mães deixam de levar seus filhos para realização do teste por falta de informação adequada. Objetivo: Investigar a percepção das gestantes sobre o Teste do Pezinho e verificar como esse tema está sendo abordado no pré-natal. Método: Estudo do tipo exploratório-descritivo, transversal e de abordagem quantitativa, realizado com 160 gestantes, que frequentaram o serviço de pré-natal na rede de atenção primária de saúde do município de Uberaba-MG. A coleta de dados foi realizada entre dezembro/2014 a fevereiro/2015, por meio de um questionário semiestruturado. Foi empregada a estatística descritiva e bivariada, utilizando o teste de Qui-Quadrado de Pearson. O estudo atendeu as normas de Ética em Pesquisa. Resultados: 57,3% das gestantes tinham entre 18 a 24 anos.75% das entrevistadas não sabiam relatar quais eram as patologias triadas, 16,3% citou que as doenças detectadas pelo Teste do Pezinho têm etiologia genética, 82%, vê a necessidade de maiores informações sobre o Teste do Pezinho, 60% referem a necessidade de enfoque para quais as doenças diagnosticadas. Em relação à coleta do exame, apenas 36% das gestantes indicaram o período correto (3º ao 7º dia de vida do neonato). Em média, 50% das participantes não foram orientadas sobre esse exame no pré-natal. À análise bivariada evidenciou uma associação significativa entre as variáveis dependentes orientação sobre o exame no pré-natal e se as gestantes queriam saber mais detalhes sobre o exame com o número de filhos (p≤0,05). Conclusão: As gestantes exibiram uma baixa compreensão acerca do teste e houve carência quanto à orientação sobre o assunto no pré-natal. A enfermagem tem papel imprescindível nessa etapa tendo em vista sua habilidade na educação em saúde.

Descritores: Triagem neonatal, Cuidado pré-natal, Enfermagem neonatal. Referências:

ACOSTA, D. F.; STREFLING, I. S. S.; GOMES, V. L. O. Triagem Neonatal: (Re)Pensando a Prática de Enfermagem. Revista de Enfermagem UFPE, Recife, v. 7, n. 2, p. 572-578. 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n◦2.829, de 14 de dezembro de 2012. Inclui a Fase IV no Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), instituído pela portaria n 822/GM/MS de 6 de junho de 2001. Diário Oficial da União.

Brasília, DF, 14 de Nov. 2012. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2

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32279 - Assistência de enfermagem ao recém-nascido com gastrosquise: relato de experiência

Hiule Pereira de Santana1; Aline Costa Cardoso1; Edjanieire Mariana Quirino da Silva1; Mychelly Pereira Pedrosa1;

Tarciane da Silva Monteiro2

Instituições: 1Universidade Federal de Alagoas; 2Hospital Universitário Professor Alberto Antunes

Introdução: A gastrosquise é uma malformação congênita caracterizada por defeito no fechamento da parede

abdominal associado com exteriorização de estruturas intra-abdominais, principalmente o intestino. O defeito é comumente situado à direita e o cordão umbilical não apresenta alterações em sua inserção.¹ Os fatores que contribuem para a morbimortalidade da doença são consequências diretas ou indiretas do processo inflamatório iniciado dentro do útero materno. A detecção precoce do problema é feita através de um pré-natal cuidadoso, seguido de medidas protetivas e de intervenção cirúrgica precoce.2 Objetivo: Relatar a experiência de discentes de enfermagem na assistência ao neonato com gastrosquise em hospital universitário. Metodologia: estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) de um Hospital Universitário.

Resultados: Neonato pré- termo, sexo feminino, nascida por parto operatório no Hospital Universitário às duas horas

do dia 04/01/2016, pesando 2400g, perímetro cefálico:31cm, perímetro torácico: 28cm, diagnosticada com gastrosquise e extrofia de bexiga. Foi admitida na manhã do mesmo dia na UTIN, após cirurgia de reparo de gastrosquise. No 14º dia de internação a recém- nascida encontrava-se acomodada em incubadora aquecida, em ventilação mecânica invasiva, com sonda orogástrica aberta, em dieta zero (resíduo gástrico= 16ml), portando cateter central de inserção periférica e em uso de antibioticoterapia e venóclise em curso. A assistência de enfermagem consistiu na promoção de conforto, aquecimento através de incubadora, aporte nutricional, mudança de decúbito a cada duas horas, banho no leito e controle hemodinâmico visando a minimização dos riscos de infecção ao neonato, limpeza e troca de curativos diários utilizando gazes estéreis, solução fisiológica a 0,9%, gazes de Rayon®, ácidos graxos essenciais e ataduras. Conclusões: Observou-se a assistência de enfermagem ao neonato com gastrosquise e a relevância de proporcionar cuidados para minimizar os riscos de infecção e assim viabilizar um bom prognóstico e a redução do tempo de internação. As discentes foram estimuladas a integrar a equipe profissional, criando uma dinâmica pautada no respeito e na troca de experiências.

Descritores: Cuidados de Enfermagem; Gastrosquise; Terapia Intensiva Referências

1- CALGONOTTO, H. et al. Fatores associados à mortalidade em recém-nascidos com gastrosquise. Rev Bras Ginecol

Obstet, v.35, n.12, p.549-553, 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v35n12/04.pdf>. Acesso em 20

set. 2016.

2- MATA, W. S. et al. Gastrosquise: relato de caso. Revista Científica da Faminas, v. 11, n. 1, p. 47-51, 2015. Disponível em: <http://periodicos.faminas.edu.br/index.php/RCFaminas/article/view/7/6>. Acesso em 20 set. 2016.

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32284 - Vivência de mulheres HIV positivas no contexto prisional: do diagnóstico a terapia anterretroviral

Tânia Christiane Ferreira Bispo1; Amanda Silva Cerqueira2

Introdução: No Brasil, o número de mulheres encarceradas cresce a cada dia, junto a isso, outras questões são

trazidas a tona, como por exemplo, a vulnerabilidade destas ao HIV/AIDS. Muitas vezes, o vírus é contraído ainda fora dos presídios, tornando-as receptoras e transmissoras de doenças em potencial. É a partir daí que a transmissão para suas companheiras de cela, acontece de forma ativa (UNAIDS, 2009; SOUSA, 2014). De acordo com o último Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias, o número de mulheres privadas de liberdade vem crescendo significativamente. O ambiente em que essas mulheres vivem, é considerado insalubre, pois, as condições de vida são precárias, fazendo com que favoreça para a disseminação de doenças, como por exemplo a AIDS (BRASIL, 2014). As mulheres portadoras do vírus, mesmo estando assintomático, é preciso fazer uso regularmente da terapia antirretroviral a fim de reduzir os índices de morbidade e mortalidade relacionadas à AIDS. Assim, obter

conhecimento de como estas têm buscado tratamento. (BONOLO et al, 2007;ALTICE, 2005). Objetivos: Objetivo geral:

Analisar a percepção de mulheres presidiárias com HIV/AIDS sobre o fluxo percorrido para a Terapia Antirretroviral

(TARV). Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória. O estudo foi efetivado no

Conjunto Penal Feminino localizado em um Complexo Penitenciário alocado na cidade de Salvador –BA no período de setembro de 2015 a maio de 2016. Para a captação dos dados foram realizadas oficinas de educação em saúde com temáticas sobre o HIV, estas promoveram a aproximação entre as mulheres em situação de prisão e pesquisador. Foi aplicada uma entrevista semiestruturada para a coleta de dados, onde as informações obtidas eram analisadas através da temática de Bardin. As entrevistas tiveram em média uma duração de 15 minutos, já que não puderam ser gravadas, pois a instituição não liberou o uso de gravadores ou telefones celulares, dessa forma a coleta se deu através da escrita das falas das entrevistadas. Foram realizadas 09 entrevistas e através da análise do conteúdo destas, foi estabelecida a caracterização do grupo e identificadas 02 categorias: 1) Percepção sobre o fluxo a TARV e 2)

Fatores que dificultam a adesão a TARV. Resultados: Os resultados obtidos do estudo permitiu conhecer o perfil das

mulheres privadas de liberdade com HIV positivo, abrangendo o fator sociodemográfico, onde constatou-se que a baixa escolaridade e etnia são considerados fatores determinantes para adquirir o vírus do HIV (NERI, 2011). Os dados demonstraram que as mulheres compreendem a importância da TARV para sua qualidade de vida, porém, queixa-se dos efeitos adversos e da necessidade de ocultar o diagnóstico de soropositividade para as outras presidiárias como

forma de segurança (BASTOS, 2006). Conclusões: Evidenciou-se que possivelmente se estas mulheres não estivessem

em situação prisional, seria presumível que as mesmas conduzissem o seu tratamento de forma adequada, visto que

no seu cotidiano, teriam liberdade e se sentiriam a vontade referente a isso(BASTOS, 2006).

Descritores: Sorodiagnóstico da Aids ; Prisões;

Referências

Ministério da Justiça. Departamento Penitenciário Nacional. Levantamento Nacional de informações penitenciárias Infopen mulheres- jun. de 2014. Ministerio da Justiça; 2014. Disponível em: <http://www.justica.gov.br/noticias/mj-divulgara-novo-relatorio-do-infopen-nesta-terca-feira/relatorio-depen-versao-web.pdf> Acesso em: 03 març. 2016. BASTOS, F. I. Aids na terceira década. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2006.

NERI, Miriam Souza. S.; et al. Presas pelas drogas: características sociodemográficas e de saúde de presidiárias em Salvador-Bahia. Revista Baiana de Enfermagem, v. 26, n.2, 2011.

SOUSA, L. M. S.D. A vida que anda no mundo: contextos de vulnerabilidade de caminhoneiros ao HIV/AIDS. 2015.164. Tese (mestrado)-Universidade Federal da Bahia, 2014. Disponível em:

<https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/18032/1/Diss%20Final.%20Laio%20Magno.%202014.pdf > Acesso em : 18 maio 2016.

UNAIDS et al. AIDS Epidemic Update.2009. Disponível

em:<http://data.unaids.org/pub/Report/2009/JC1700_Epi_Update_2009_en.pd> Acesso em 20 out. 2015. _____________

1

Enfermeira, doutora e pós-doutora em Saúde Coletiva pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia. Professora da Universidade do Estado da Bahia e da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, Bahia, Brasil.

2

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32286 - A caderneta de saúde da criança como instrumento de acompanhamento da saúde infantil

Jéssica Carvalho da Silva1; Emília Gallindo Cursino2; Maria Estela Diniz Machado2; Luciana Rodrigues da Silva2; Liliane Faria da Silva2

Introdução: O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento faz parte da avaliação integral à saúde da

criança. Desse modo, a Caderneta de Saúde da Criança (CSC) apresenta-se como instrumento essencial de vigilância, por ser o documento onde são registrados os dados e eventos mais significativos para a saúde infantil (BRASIL, 2011; PALOMBO et al, 2014). Objetivos: Compreender qual o conhecimento das mães sobre a CSC; Descrever o conhecimento das mães sobre a CSC; Investigar os fatores que interferem no conhecimento e na utilização da CSC pelas mães para que ela cumpra seu papel de acompanhamento da saúde infantil. Metodologia: Estudo descritivo-exploratório com abordagem qualitativa. As participantes foram 20 mães de crianças de 0 a 5 anos. A pesquisa foi realizada em uma Policlínica Regional de Saúde no município de Niterói-RJ. Para a coleta de dados, utilizou-se um formulário de entrevista semiestruturado. Através da análise de conteúdo temática emergiram duas unidades temáticas e suas respectivas subunidades: A caderneta de saúde da criança na percepção das mães (Conhecimento sobre a Caderneta de Saúde da Criança; A parte mais utilizada da caderneta pelas mães; A importância do preenchimento da Caderneta de saúde da criança); e Fatores que interferem no conhecimento e na utilização da CSC pelas mães (Falta de divulgação e dificuldade de conseguir a CSC; O preenchimento da CSC pelos profissionais de saúde; Orientações feitas às mães pelos profissionais de saúde). Resultados: Quanto ao conhecimento da CSC, as mães relataram o acompanhamento do desenvolvimento, marcação do gráfico de peso e altura, orientações sobre amamentação, alimentação e controle das vacinas. A parte mais utilizada da CSC pelas mães é a de controle vacinal. Sobre a importância do preenchimento da CSC, as mães relataram que esse preenchimento permite saber se seus filhos estão bem de saúde, auxilia na detecção de problemas, na compreensão do que está acontecendo e ajuda no controle das vacinas. A falta de divulgação, a dificuldade de conseguir a caderneta, a falta de preenchimento dos gráficos de peso e altura, a pouca ou nenhuma orientação sobre a CSC foram apontadas como fatores que interferem no conhecimento e na utilização da CSC pelas mães. Conclusão: Os resultados evidenciam a subutilização da CSC pelas mães e pelos profissionais de saúde. A não valorização desta importante ferramenta de vigilância da saúde infantil pode comprometer a assistência à criança e sua família. Portanto, é essencial que os profissionais de saúde assegurem sua utilização, realizando as anotações e fazendo orientações, para que as mães compreendam a importância da CSC. Além disso, são importantes ações a capacitação e atualização dos profissionais de saúde, bem como, investimentos para o fortalecimento das estratégias de cuidado a criança no âmbito da atenção básica.

Descritores: Saúde da Criança; Assistência Integral à Saúde; Enfermagem Pediátrica. Referências:

BRASIL, Ministério da Saúde. Saúde da Criança: materiais informativos. 2011. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_materiais_infomativos.pdf. Acesso em: 12/03/2016. PALOMBO, Claudia Nery Teixeira et al. Uso e preenchimento da caderneta de saúde da criança com foco no crescimento e desenvolvimento. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 48, n. spe, p. 59-66, 2014.

___________________

1

Enfermeira. Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense-EEAAC/UFF. 2

Professora Adjunto do Departamento Materno-Infantil e Psiquiátrico. Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense-EEAAC/UFF.

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32291 - Sentimentos paternos acerca da hospitalização do filho em unidade de terapia intensiva neonatal

Karina Matos de Souza & Elenice Valentim Carmona

Instituição: Faculdade de Enfermagem – Universidade Estadual de Campinas

Introdução: A hospitalização de um bebê tem marcante impacto na família. Considerando a importância do

desenvolvimento do vínculo afetivo, a hospitalização pode causar um afastamento indesejado no momento em que o contato físico e a interação entre pais e RN são fundamentais. Além disso, o processo de aceitação do filho real é delicado e envolve não só os pais, mas a família inteira que espera e idealiza a criança desde o útero materno. Assim, os pais podem não estar preparados para esse desafio. Muitas vezes eles se culpam ou procuram um culpado para aclarar a condição de seu filho e sua necessidade de hospitalização (Araújo e Zani, 2015). Ao longo deste processo, muitos sentimentos são vivenciados. Objetivo: descrever os sentimentos paternos acerca da hospitalização do filho em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Método: Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa, que foi desenvolvido em unidade neonatal de um hospital público de ensino, no Estado de São Paulo. Os sujeitos foram pais de recém-nascidos hospitalizados há pelo menos sete dias. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada, realizada individualmente em local privativo, gravadas, transcritas e analisados por meio da Análise de Conteúdo proposta por Bardin. O estudo está em conformidade com a Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), com CAAE 50873215.9.0000.5404. Resultados: Cinco pais foram entrevistados e eles focaram no atendimento recebido e em todo o cuidado ao filho, abordando brevemente os próprios sentimentos. Dentre as categorias elencadas a partir dos relatos paternos, verificou-se: Tranquilidade; Sentimentos ambivalentes: Alegria x tristeza; Fé em Deus como enfrentamento e esperança; Medo; Sentimentos de inclusão/pertencimento. Conclusão: Quando convidados a falar sobre seus sentimentos, os pais descrevem-nos de forma superficial e breve, mantendo o foco nos cuidados desempenhados pelos profissionais. Assim, a atuação da equipe tem importante impacto na experiência paterna ao longo da hospitalização e isto deve ser considerado diariamente, de forma que os profissionais sejam facilitadores desta experiência que tem uma grande carga emocional para as famílias. Os pais também devem ser estimulados a sentirem-se protagonistas e foco de cuidado na unidade neonatal.

Descritores: Pai; Recém-nascido; Unidades de Terapia Intensiva Neonatal; Enfermagem neonatal. Referências

Araújo NM, Zani AV. Discursos paternos frente ao nascimento e hospitalização do filho prematuro. Rev. Enferm. 9(2):604-9; 2015.

Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 2011.

Santos LM, Silva CLS, Santana RCB,Santos VEP. Vivências paternas durante a hospitalização do recém-nascido prematuro na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Rev. Bras. Enferm. 65(5):788-94. Brasília;2012.

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32293 - Cuidando do recém-nascido na UTIN em fase de final de vida: uma revisão integrativa

SAMPAIO P.S.S. 1; SALIM N.R.2; ICHIKAWA C.R.F.1; SZYLIT, R.1; SILVA, I.N.1

Instituições: 1Universidade de São Paulo; 2Universidade Federal de São Carlos

Introdução: O ambiente da UTI Neonatal requer que os profissionais estejam expostos a momentos extremos. Um dos

maiores desafios de enfermeiros em unidade de terapia intensiva neonatal é cuidar de bebês que estão morrendo, visto que altera aquilo que se considera como curso natural da vida (William et al, 2008). Objetivo: Buscar evidências científicas da literatura que abordem o trabalho do enfermeiro em unidade de terapia intensiva neonatal com recém nascido em fase de final de vida. Metodologia: Revisão integrativa da literatura ( De Souza, da Silva, De Carvalho, 2010) nas bases de dados PubMed, CINAHL e Scopus, no período de 2005 a 2015, com o cruzamento dos descritores: Nursing – Family – End of Life –Neonatal Intensive Care Unit – Palliative Care. Os critérios de inclusão foram: disponibilização de texto completo, idiomas inglês, português e espanhol. A busca identificou 14 artigos e após leituras sucessivas, dezesseis foram selecionados por corresponderem à temática. Resultados: A análise dos 14 estudos possibilitou a construção de quatro temas centrais: Tomada de decisão; Desafios na comunicação entre os diferentes profissionais e entre os profissionais e a família; preparando a família para o final de vida; sofrimento moral. A literatura aponta que os enfermeiros relatam despreparo, sofrimento e impotência para lidar com o recém-nascido em final de vida e sua família. A continuidade ou a indicação de tratamentos caracterizados como prolongados, agressivos e até fúteis foi uma das causas colocadas para o sofrimento moral nesses enfermeiros.

Conclusão: Assim percebe-se que, mesmo sendo a morte um evento bastante presente no cotidiano da enfermagem,

observa-se dificuldade dos profissionais, não apenas em aceitar, mas também em como manejar a situação de final de vida do recém-nascido e sua família. Esta revisão sinaliza a importância de se pensar e propor modelos de formação do enfermeiro que incluam objetivos e conteúdos que o habilitem para o cuidado integral do recém-nascido em final de vida e sua família.

Descritores: Enfermagem, Família, Final de Vida, UTI Neonatal, Cuidados Paliativos. Referências

WILLIAMS, Constance et al. Supporting bereaved parents: practical steps in providing compassionate perinatal and neonatal end-of-life care–A North American perspective. In: Seminars in Fetal and Neonatal Medicine. WB Saunders, 2008. p. 335-340.

DE SOUZA, Marcela Tavares; DA SILVA, Michelly Dias; DE CARVALHO, Rachel. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein (São Paulo), v. 8, p. 102-106, 2010.

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32295 - O uso de cateter central de inserção periférica em uma unidade de terapia intensiva neonatal

Jéssica Batistela Vicente¹; Maria Cândida de Carvalho Furtado¹; Cristina Camargo Dalri²; Cristina Targas Camara²; Deise Petean Bonutti²

Instituições: ¹Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo; ²Hospital das Clínicas da

Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Introdução: O avanço da tecnologia auxiliou no aperfeiçoamento da assistência ofertada a recém-nascidos (RN)

gravemente enfermos. Dentre os dispositivos tecnológicos de cuidado está o Cateter Central de Inserção Periférica (CCIP), que é amplamente utilizado em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) para infusão intravenosa de medicamentos e nutrição parenteral, uma vez que é seguro e de longa permanência (UYGUN, 2016). Nestas Unidades o enfermeiro é responsável pela inserção e manejo do CCIP, e deve ter conhecimento técnico para evitar complicações do seu uso. Identificar como tem sido utilizado o CCIP e conhecer as indicações para seu uso, bem como o perfil dos RN que o utilizam pode contribuir para um cuidado mais sistematizado, visando a segurança destes pacientes. Objetivos: Caracterizar os RN que utilizaram CCIP em uma UTIN e identificar a ocorrência de incidentes relacionados ao uso deste dispositivo. Metodologia: Trata-se de estudo transversal, retrospectivo, com abordagem quantitativa realizado em um hospital público paulista. Participaram 331 RN internados na UTIN entre 01 de janeiro de 2013 e 31 de dezembro de 2015 e que tiveram indicação para o uso do CCIP. Os dados foram coletados a partir das planilhas utilizadas na UTIN, e analisados após dupla digitação, validação; o processamento foi feito no Statistical

Package for the Social Science, versão 16 e os resultados, apresentados em frequências absoluta e relativa. O projeto

de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Resultados: A maioria dos RN era branca, sexo masculino, não gemelar, com Idade Gestacional entre 28 e 32 semanas. A maior ocorrência foi de inserção de somente um cateter durante a internação; a prematuridade, sem associação com outra condição clínica, foi o diagnóstico que mais prevaleceu; o peso, no momento da inserção do CCIP, esteve abaixo de 1.500 g para a maior parte dos RN; o peso, na retirada, foi menos registrado nas planilhas. A idade média, na inserção do cateter, foi menor que uma semana de vida; a medida interna do cateter teve média de 14,72 cm. Destaca-se a quantidade de informação não registrada nas planilhas, no que diz respeito ao tempo de permanência do cateter; dos que havia registro, foi em média, de 11 dias. Não constava nas planilhas a indicação do uso do cateter. Os principais motivos para retirada do CCIP foram término de tratamento (46,2%), transferência de setor (19,9%), obstrução (5,1%), rompimento de cateter (2,1%) e retirada acidental (0,6%).

Conclusões: Com o grande avanço da expectativa de vida dos RN, principalmente relacionado com o diagnóstico de

prematuridade, cada vez mais se faz o uso do CCIP dentro da UTIN, o que demonstra a relevância do enfermeiro conhecer e identificar o potencial do uso do dispositivo bem como perfil dos RN que o utilizam, aprimorando o manejo do mesmo e ofertando cuidado de qualidade, focado nas particularidades de cada RN. REFERÊNCIAS: UYGUN, I. Peripherally inserted central catheter in neonates: a safe and easy insertion technique. J Ped Surgery, v.51, p. 188-91, 2016.

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332297 - Primeira visita ao filho recém-nascido internado na unidade neonatal: percepção da equipe de enfermagem

Isabela Lacerda Rodrigues da Cunha; Flávia da Veiga Ued; Mariana Torreglosa Ruiz; Jesislei Bonolo do Amaral; Divanice Contim

Instituição: Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Introdução: Nas Unidades de Cuidados Intermediários Neonatais são observadas várias fontes geradoras de estresse

tanto para a equipe de saúde como para os pais. O nascimento de uma criança, os pais acreditam que seu filho

nascerá saudável e permanecerá junto à mãe até o momento da alta hospitalar (MIQUEL, 2016 SCHMIDT, 2012).

Neste cenário são surpreendidos com o nascimento inesperado do bebê em condições adversas, necessitando de internação (SCHMIDT, 2012; ROSEIRO, 2015). A mediação desse processo pela equipe de enfermagem que media as relações entre mãe/recém-nascido. Essa equipe de acolhe a mãe nos primeiros contatos entre e filho após o nascimento, fortalecendo assim a construção do vínculo afetivo, singular e sensível. Objetivos: Descrever a experiência e identificar os significados atribuídos pela equipe de enfermagem durante primeira visita da mãe ao filho recém-nascido internado na Unidade Neonatal. Metodologia: Estudo de natureza descritiva, qualitativa, o local do estudo foi a Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UCIN- HC-UFTM), situado na cidade de Uberaba-MG; os sujeitos foram membros da equipe de enfermagem que atuam neste ambiente de trabalho. Os dados foram coletados de janeiro a junho de 2016. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada, gravada em mídia digital, transcritas e certificadas, após foram armazenadas em banco de dados eletrônico para análise. Amostra definida pelos critérios de saturação, a partir da repetição das falas. Utilizou-se a Análise de Conteúdo como método de tratamento dos dados.

Resultados: Participaram do estudo: 12 Técnicas de enfermagem e 2 Enfermeiras, todas do sexo feminino, com

média de idade de 32 a 54 anos. Em relação à escolaridade, 8 com ensino médio e 6 com ensino superior completo. Dos dados qualitativos emergiram construção de cinco categorias, a seguir apresentada: Vivenciando a primeira visitada mãe; Descrevendo a experiência; Compartilhando este momento com a mãe; Acolhimento da mãe pela equipe de enfermagem e Vivenciando a falta de vinculo. Conclusões: Este estudo buscou desvelar subsídios para a organização do trabalho neste serviço e contribuir com reflexões, auxiliando a adoção de uma atenção humanizada, eficaz e de qualidade assistência prestada ao binômio mãe/filho.

Descritores: Equipe de enfermagem; Enfermagem Neonatal; Recém nascido Referências

SCHMIDT, K.T, et al. A primeira visita ao filho internado da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: Percepção dos pais. Revista Escola Anna Nery, Rio de Janeiro, v.16, n.1, p. 73- 81, Mar. 2012 .

MIQUEL CAPÓ, R. N. Intervenciones enfermeras sobre el ambiente físico de las Unidades de Cuidados Intensivos Neonatales. Enferm Intensiva; v.27, n. 3, p. 96-111, sept. 2016.

ROSEIRO, C. P; PAULA, K. M. P. Concepções de humanização de profissionais em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal. Estud. psicol. Campinas. v. 32, n. 1, p. 109-119, Mar. 2015

Referências

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