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Nova Fronteira Bioenergia S.A. Demonstrações financeiras intermediárias em 30 de setembro de 2016

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Academic year: 2021

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Aos

Administradores e Acionistas da Nova Fronteira Bioenergia S.A.

Examinamos as demonstrações financeiras intermediárias individuais e consolidadas da Nova Fronteira Bioenergia S.A. (“Companhia”), identificadas como controladora e consolidado, respectivamente, que compreendem o balanço patrimonial em 30 de setembro de 2016 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa, para o período de seis meses findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.

Responsabilidade da administração da Companhia sobre as demonstrações financeiras intermediárias

A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Responsabilidade dos auditores independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento das exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.

Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

(3)

financeira, individual e consolidada, da Nova Fronteira Bioenergia S.A. em 30 de setembro de 2016, o desempenho individual e consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa para o período de seis meses findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Outros assuntos

Conforme mencionado na nota explicativa 3, em decorrência da mudança de política contábil introduzida pelo CPC 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola e CPC 27 – Ativo Imobilizado, os valores correspondentes, individuais e consolidados, relativos ao balanço patrimonial em 31 de março de 2016 e as demonstrações intermediárias, individuais e consolidadas, do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa, referentes ao período de seis meses findo em 30 de setembro de 2015, apresentados para fins de comparação, foram ajustados e estão sendo reapresentados como previsto no CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro e CPC 26(R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis.

Os exames do balanço patrimonial, individual e consolidado, em 31 de março de 2016, preparados originalmente antes dos ajustes em decorrência da mudança de política contábil introduzida pelo CPC 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola e CPC 27 – Ativo Imobilizado, descritos na nota explicativa 3, foram conduzidos sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram relatório de auditoria sem modificação, com data de 3 de junho de 2016. Como parte de nosso exame das demonstrações financeiras intermediárias em 30 de setembro de 2016, examinamos os ajustes nos valores correspondentes do balanço patrimonial em 31 de março de 2016, que em nossa opinião são apropriados e foram corretamente efetuados, em todos os aspectos relevantes e não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que tais ajustes não foram efetuados, em todos os aspectos relevantes, de forma apropriada. Não fomos contratados para auditar, revisar ou aplicar quaisquer outros procedimentos sobre as informações referentes ao balanço patrimonial, individual e consolidado, em 31 de março de 2016 e, portanto, não expressamos opinião ou qualquer forma de asseguração sobre elas tomadas em conjunto.

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3

ERNST & YOUNG

Auditores Independentes S.S. CRC 2SP015199/O-6

José Antonio de A. Navarrete Contador CRC 1SP198698/O-4

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Demonstração dos fluxos de caixa 6 Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras

1 Contexto operacional 7

2 Resumo das principais políticas contábeis 7

3 Novas normas, interpretações e alterações adotadas pela Companhia – reapresentação 16

4 Principais usos de estimativas e julgamentos 21

5 Gestão de risco financeiro 22

6 Caixa e equivalentes de caixa e aplicações financeiras 25

7 Contas a receber de clientes 25

8 Estoques e adiantamentos a fornecedores 26

9 Tributos a recuperar 28

10 Partes relacionadas 29

11 Aplicações financeiras – não circulante 31

12 Investimentos 31

13 Ativos biológicos 32

14 Imobilizado 34

15 Empréstimos e financiamentos 35

16 Instrumentos financeiros derivativos 36

17 Fornecedores 37

18 Imposto de renda e contribuição social 38

19 Adiantamentos de clientes 40

20 Provisão para contingências 40

21 Patrimônio líquido 42

22 Plano de benefícios a empregados e administradores 44

23 Programa de participação nos lucros e resultados 44

24 Compromissos 44

25 Receitas 45

26 Despesas por natureza 46

27 Resultado financeiro 47

28 Cobertura de seguros 48

(6)

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras 30 de setembro de 2016 31 de março de 2016 30 de setembro de 2016 31 de março

de 2016 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

30 de setembro de 2016 31 de março de 2016 30 de setembro de 2016 31 de março de 2016

Reapresentado Reapresentado Reapresentado Reapresentado

CIRCULANTE CIRCULANTE

Caixa e equivalentes de caixa 6 69 55 3.738 286 Empréstimos e financiamentos 15 - - 251.063 207.869

Aplicações financeiras 6 105 - 249.441 260.334 Instrumentos financeiros derivativos 16 - - - 1.127

Contas a receber de clientes 7 - - 73.867 62.420 Fornecedores 17 4 5 58.906 49.815

Estoques e adiantamentos a fornecedores 8 - - 219.778 80.670 Salários e contribuições sociais 16 26 28.601 23.395

Ativos biológicos 13 - - 139.341 164.759 Tributos a recolher 18 19 7.187 7.937

Tributos a recuperar 9 - - 15.240 11.419 Imposto de renda e contribuição social 18 - - 3.672

Imposto de renda e contribuição social 18 36 81 36 11.672 Adiantamentos de clientes 19 - - 12.613 605

Outros ativos 1.304 1.441 3.290 2.839 Outros passivos 4 3 9.210 10.807

TOTAL DO CIRCULANTE 1.514 1.577 704.731 594.399 TOTAL DO CIRCULANTE 42 53 371.252 301.555

NÃO CIRCULANTE

Realizável a longo prazo NÃO CIRCULANTE

Aplicações financeiras 11 - - 17.523 16.383 Empréstimos e financiamentos 15 - - 286.003 416.400

Estoques e adiantamentos a fornecedores 8 - - 15.126 17.118 Tributos parcelados - - 4.417 4.827

Partes relacionadas - 90 - - Provisão para contingências 20 - - 6.127 6.513

Imposto de renda e contribuição social diferidos 18 - - 70.337 82.555 TOTAL DO NÃO CIRCULANTE 296.547 427.740

Tributos a recuperar 9 - - 8.778 18.313

Depósitos judiciais 20 - - 4.240 3.060

90 116.004 137.429

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 21

Investimentos 12 1.049.432 956.399 1.190 989 Capital social 858.837 858.837 858.837 858.837

Imobilizado 14 - - 896.660 954.331 Reserva de lucros 180.185 92.734 180.185 92.734

Intangível - - 118 160 Lucros acumulados 11.882 6.442 11.882 6.442

TOTAL DO NÃO CIRCULANTE 1.049.432 956.489 1.013.972 1.092.909 TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.050.904 958.013 1.050.904 958.013

TOTAL DO ATIVO 1.050.946 958.066 1.718.703 1.687.308 TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.050.946 958.066 1.718.703 1.687.308

ATIVO Nota

Consolidado

Nota

Consolidado

(7)

Nota 2016 2015 2016 2015 Reapresentado Reapresentado (Não auditado) (Não auditado)

Receitas 25 - - 407.018 307.484

Custo dos produtos vendidos 26 - - (251.951) (227.522)

Lucro bruto - - 155.067 79.962

Receitas (despesas) operacionais

Despesas com vendas 26 - - (5.500) (5.765)

Despesas gerais e administrativas 26 (455) (437) (16.620) (16.095)

Resultado de equivalência patrimonial 12 93.033 18.464 23 9

Outras receitas (despesas), líquidas - - (52) 1.034

92.578 18.027 (22.149) (20.817)

Lucro operacional 92.578 18.027 132.918 59.145

Resultado financeiro 27

Receitas financeiras 313 639 17.157 11.509

Despesas financeiras - - (25.743) (27.303)

Variações monetárias e cambiais, líquidas - - 10.740 (32.812)

Resultado com derivativos - - (8.237) 8.735

313 639 (6.083) (39.871)

Lucro antes do imposto de renda e da contribuição

social 92.891 18.666 126.835 19.274

Imposto de renda e contribuição social 18 b)

Do exercício - (36) (21.727) (36)

Diferidos - - (12.217) (608)

Lucro líquido do período 92.891 18.630 92.891 18.630

Consolidado Controladora

(8)

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras

2016 2015 2016 2015

Reapresentado Reapresentado (Não auditado) (Não auditado)

Lucro líquido do período 92.891 18.630 92.891 18.630

Resultado abrangente do exercício 92.891 18.630 92.891 18.630

(9)

a Incentivos fiscais Lucros (prejuízos)

Nota Subscrito integralizar Legal de controlada acumulados

Em 31 de março de 2015 858.846 (9) - - (55.423) 803.414

Efeito de adoção inicial CPC 29 - - - - 7.690 7.690

Saldo em 1º de abril de 2015 858.846 (9) - - (47.733) 811.104

Lucro líquido do período (reapresentado - não auditado) - - - - 18.630 18.630 Em 30 de setembro de 2015 (reapresentado - não auditado) 858.846 (9) - - (29.103) 829.734

Em 31 de março de 2016 858.846 (9) 4.637 88.097 - 951.571

Efeito de adoção inicial CPC 29 3 - - - - 6.442 6.442

Saldo em 1º de abril de 2016 (reapresentado) 858.846 (9) 4.637 88.097 6.442 958.013 Reclassificação da reserva reflexa de incentivos fiscais 21 (b)(i) - - - 61.848 (61.848)

-Lucro líquido do período - - - - 92.891 92.891

Subvenção governamental - reflexo da UBV 21 (b)(i) - - - 25.603 (25.603) -Em 30 de setembro de 2016 858.846 (9) 4.637 175.548 11.882 1.050.904

Capital social

Total Reserva de Lucros

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As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras

Fluxo de caixa das atividades operacionais 2016 2015 2016 2015

Reapresentado Reapresentado

(Não auditado) (Não auditado)

Lucro líquido do período 92.891 18.630 92.891 18.630

Ajus tes

Depreciação e amortização - - 37.099 31.173

Ativos biológicos colhidos (depreciação) - - 72.752 78.818 Variação no valor jus to de ativo biológico - - (7.161) 2.627 Res ultado de equivalência patrimonial (93.033) (18.464) (23) (9) Ganho de capital em investimento controlado em conjunto - - (178)

-Res ultado de ativo imobilizado baixado - - 508 26

Juros, variações m onetárias e cambiais , líquidas (3) 8 (2.934) 57.903 Instrumentos financeiros derivativos - Swap - - 8.237 (8.735) Constituição de provis ão para contingências, líquidas - - 2.633 2.726 Impos to de renda e contribuição s ocial - - 33.944 608

Ajus te a valor presente e outros - - (360) (576)

(145) 174 237.408 183.191 Variações nos ativos e pas sivos

Contas a receber de clientes - (9) (12.690) (33.511)

Es toques - - (72.999) (63.047)

Tributos a recuperar 50 (28) 18.184 (704)

Instrumentos financeiros derivativos - Swap - - (9.365)

-Aplicações financeiras - - - 1.933

Depós itos judiciais - - (1.032) (545)

Outros ativos 136 (39) (650) (412)

Fornecedores (1) (5) 9.701 (924)

Salários e contribuições sociais (10) (8) 5.206 5.368

Tributos a recolher (1) 64 (18.805) 62

Adiantamentos de clientes - - 12.008 (25)

Tributos parcelados - - (410)

-Provisão para contingências - - (3.335) (1.783)

Outros pass ivos - 2 (1.596) 4.471

Caixa proveniente das atividades operacionais 29 151 161.625 94.074

Juros pagos (29.473) (27.506)

Impos to de renda e contribuição s ocial pagos (81) - (81) Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 29 70 132.152 66.487 Fluxo de caixa das atividades de investim entos

Adiantamento para futuro aumento de capital 90 (30) - -Adições ao imobilizado e intangível - - (15.251) (18.093) Recebimento de recurso pela venda de imobilizado - - 474 62 Adições ao imobilizado (plantio e tratos ) - - (70.000) (63.828) Res gates (adições ) de aplicações financeiras (105) - 24.585 (122.075) Caixa líquido aplicado nas atividades de investimentos (15) (30) (60.192) (203.934) Fluxo de caixa das atividades de financiamentos

Ingres sos de emprés timos e financiamentos - - 81.011 55.320 Amortização de emprés timos e financiamentos - - (149.519) (58.039) Caixa líquido aplicado nas atividades de financiamentos - - (68.508) (2.719) Aumento (redução) de caixa e equivalentes de caixa, líquido 14 40 3.452 (140.166) Caixa e equivalentes de caixa no início do período 55 34 286 206.016 Caixa e equivalentes de caixa no final do período 69 74 3.738 65.850 Inform ações adicionais

Saldos em aplicações financeiras 105 - 249.441 122.075

Total de recursos disponíveis 174 74 253.179 187.925

Consolidado Controladora

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1 Contexto operacional 1.1 Informações gerais

A Nova Fronteira Bioenergia S.A. (“Companhia”) está sediada na cidade de Pradópolis, Estado de São Paulo, e tem como objetivo social e atividade preponderante a participação no capital de outras empresas (“holding”), desde que essas tenham como objetivo social a produção e a comercialização de etanol e energia elétrica.

A Companhia é uma sociedade anônima de capital fechado, controlada em conjunto pela São Martinho S.A. (“SM”) e Petrobras Biocombustível S.A. (“PBio”), e é controladora integral da Usina Boa Vista S.A. (“UBV” ou “controlada”).

Em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 29 de abril de 2016, foi aprovada a incorporação de todo acervo líquido da controlada SMBJ – Agroindustrial S.A. (“SMBJ”) pela controlada Usina Boa Vista S.A. (“UBV”), pelos valores contábeis naquela data.

O capital social da UBV foi aumentado em R$ 6.859, passando de R$ 900.619 para R$ 907.478.

A incorporação justifica-se na medida em que a combinação dos ativos das sociedades sob uma única pessoa jurídica permite a estruturação e utilização mais eficiente dos ativos e das operações destas, de forma a concentrar na UBV todas as atividades desenvolvidas pela SMBJ. Esse procedimento propiciou a unificação da administração e das atividades das duas empresas, gerando maior eficiência, sinergia e racionalização dos custos administrativo-financeiros. A emissão dessas demonstrações financeiras intermediárias foi aprovada pela administração da Companhia em 13 de janeiro de 2017.

2 Resumo das principais políticas contábeis 2.1 Base de preparação

As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor e ajustadas para refletir o custo atribuído (deemed cost) de terras, veículos, máquinas e equipamentos agrícolas e industriais na data de transição para CPCs, e ativos e passivos financeiros (inclusive instrumentos derivativos) e ativos biológicos mensurados ao valor justo por meio do resultado.

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A preparação das demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da administração no processo de aplicação das suas políticas contábeis. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras, estão divulgadas na Nota 4.

(a) Demonstrações financeiras individuais e consolidadas

As demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram preparadas e estão sendo apresentadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPCs) e evidenciam todas as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras, e somente elas, as quais estão consistentes com as utilizadas pela administração na sua gestão.

Nas demonstrações financeiras individuais as participações em controladas são contabilizadas pelo método de equivalência patrimonial.

2.2 Base de consolidação e investimentos em controladas

Controladas são todas as entidades nas quais a Companhia detém o controle, e são totalmente consolidadas a partir da data em que o controle é transferido para a Companhia. A partir da data em que a Companhia deixa de ter o controle, sua consolidação é interrompida.

Os saldos consolidados nas demonstrações financeiras do período findo em 30 de setembro de 2016 incluem a seguinte empresa controlada:

2.3 Moeda funcional e moeda de apresentação

As demonstrações financeiras são apresentadas em Real, a moeda do ambiente econômico no qual a Companhia atua ("a moeda funcional").

Empresa

Participação no

capital social Atividades principais

Usina Boa Vista S.A. (“UBV”) 100,00% Atividade agroindustrial: industrialização de cana-de-açúcar, de produção própria e adquirida de terceiros, fabricação de etanol e seus derivados, cogeração de energia elétrica e exploração agrícola.

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2.4 Conversão em moeda estrangeira

As transações em moeda estrangeira são convertidas para a moeda funcional, utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações. Os ganhos e as perdas de variação cambial resultantes da liquidação dessas transações e da conversão de ativos e passivos monetários em moeda estrangeira são reconhecidos no resultado do exercício, exceto quando diferidos no patrimônio como operações de hedge de fluxo de caixa qualificadas.

2.5 Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários e outros investimentos de curto prazo de alta liquidez com vencimentos originais de três meses ou menos, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor.

2.6 Aplicações financeiras

As aplicações financeiras incluem investimentos que, por motivos contratuais ou outras questões do negócio, permanecem ou não com sua movimentação restrita. Caso a Administração tenha expectativa de que o evento restritivo ocorra em menos de 12 meses, a parcela relacionada é classificada para o ativo circulante. Caso contrário, o valor é mantido no ativo não circulante.

2.7 Instrumentos financeiros (i) Ativos Financeiros

Os ativos financeiros são classificados como (i) empréstimos e recebíveis e (ii) ativos e passivos avaliados a valor justo por meio do resultado. A mensuração dos ativos financeiros depende de sua classificação.

a) Empréstimos e recebíveis

São incluídos nessa classificação caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras, contas a receber e outros recebíveis (“transações com partes relacionadas”). Os empréstimos e recebíveis são mensurados pelo valor de custo amortizado utilizando-se o método de taxa de juros efetiva deduzidos de qualquer perda por redução do valor recuperável.

(14)

b) Ativos financeiros registrados pelo valor justo por meio do resultado

Ativos financeiros a valor justo por meio do resultado são ativos financeiros mantidos para negociação. Estes ativos são contabilizados pelo valor justo e mudanças no valor justo são reconhecidas no resultado do exercício.

A qualidade do crédito dos ativos financeiros que não estão vencidos ou impaired é avaliada mediante referência às classificações externas de crédito (se houver) ou às informações históricas sobre os índices de inadimplência de contrapartes. Não há históricos de inadimplências relevantes.

(ii) Passivos Financeiros

Os passivos financeiros da Companhia incluem contas a pagar a fornecedores, empréstimos e financiamentos, partes relacionadas e outras contas a pagar, que são classificados como empréstimos e financiamentos. Após reconhecimento inicial, empréstimos e financiamentos são mensurados pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa de juros efetivos. Ganhos e perdas são reconhecidos na demonstração do resultado no momento da baixa dos passivos, bem como durante o processo de amortização pelo método da taxa de juros efetivos.

(iii) Instrumentos financeiros derivativos

Inicialmente, os derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato de derivativos é celebrado e são, subsequentemente, remensurados ao seu valor justo, com as variações do valor justo lançadas contra o resultado.

As variações no valor justo dos derivativos designados e qualificados como hedge de valor justo são registradas na demonstração do resultado, como quaisquer variações no valor justo do ativo ou passivo protegido por hedge que são atribuíveis ao risco protegido.

(15)

2.8 Contas a receber de clientes

As contas a receber de clientes são avaliadas no momento inicial pelo valor presente e deduzidas da provisão para créditos de liquidação duvidosa (“PCLD” ou impairment), quando aplicável. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é estabelecida quando existe uma evidência objetiva de que a UBV não será capaz de cobrar todos os valores devidos de acordo com os prazos originais das contas a receber. O valor da provisão é a diferença entre o valor contábil e o valor recuperável.

2.9 Estoques

Os estoques estão avaliados ao custo médio de aquisição ou produção, ajustados, quando necessário, por provisão para redução aos valores de realização. O custo dos estoques de produtos acabados contempla valores incorridos na aquisição e nos gastos gerais de fabricação.

Conforme balanço patrimonial Classificação

30 de setembro de 2016

31 de março de 2016

Ativos financeiros

Caixa e equivalentes de caixa Empréstimos e recebíveis 69 55

Outros ativos, exceto pagamentos antecipados Empréstimos e recebíveis 1.304 1.441

1.373 1.496

Passivos financeiros

Fornecedores Outros passivos financeiros 4 5

Outros passivos Outros passivos financeiros 4 3

8 8

Controladora

Conforme balanço patrimonial Classificação

30 de setembro de 2016

31 de março de 2016

Ativos financeiros

Caixa e equivalentes de caixa Empréstimos e recebíveis 3.738 286

Aplicações financeiras Empréstimos e recebíveis 266.964 276.717

Contas a receber de clientes Empréstimos e recebíveis 73.867 62.420

Outros ativos, exceto pagamentos antecipados Empréstimos e recebíveis 231 187

344.800 339.610

Passivos financeiros

Empréstimos e financiamentos Passivo ao custo amortizado 537.066 624.269

Instrumentos financeiros derivativos Valor justo por meio do resultado - 1.127

Fornecedores Outros passivos financeiros 58.906 49.815

Outros passivos Outros passivos financeiros 9.210 10.807

605.182 686.018

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2.10 Imposto de renda e contribuição social corrente e diferido

O imposto de renda e contribuição social corrente são apresentados líquidos, por entidade contribuinte, no passivo quando houver montantes a pagar ou no ativo quando os montantes antecipadamente pagos excedem o total devido na data do relatório.

O imposto de renda e a contribuição social diferidos são calculados sobre os prejuízos fiscais do imposto de renda, a base de cálculo negativa acumulada de contribuição social e as correspondentes diferenças temporárias entre as bases de cálculo do imposto sobre ativos e passivos e os valores contábeis das demonstrações financeiras. As alíquotas desses impostos, definidas atualmente para determinação desses créditos diferidos, bem como dos débitos correntes, são de 25% para o imposto de renda e de 9% para a contribuição social (Nota 18). Os impostos diferidos ativos são reconhecidos na extensão em que seja provável que o lucro futuro tributável esteja disponível para ser utilizado na compensação das diferenças temporárias e/ou prejuízos fiscais e bases negativas, com base em projeções de resultados futuros elaboradas e fundamentadas em premissas internas e em cenários econômicos futuros que podem, portanto, sofrer alterações.

2.11 Depósitos judiciais

Os depósitos são atualizados monetariamente e apresentados no ativo não circulante. Os correspondentes passivos em discussão são demonstrados na Nota 20.

2.12 Investimentos

Os investimentos em sociedades controladas são avaliados pelo método de equivalência patrimonial com base em demonstrações financeiras levantadas na mesma data-base da Companhia, conforme demonstrado na Nota 12.

2.13 Ativos biológicos

Os ativos biológicos correspondem aos produtos agrícolas em desenvolvimento (cana em pé) produzidos nas lavouras de cana-de-açúcar (planta portadora), que serão utilizadas como matéria-prima na produção de açúcar e etanol no momento da sua colheita. Esses ativos são mensurados pelo valor justo menos as despesas de vendas.

O valor justo do produto agrícola colhido é determinado pelas quantidades colhidas, valorizadas pelo valor do CONSECANA (Conselho dos Produtores de Cana de açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo) acumulado do respectivo mês. O valor justo da cana-de-açúcar colhida passará a ser o custo da matéria-prima utilizada no processo produtivo de açúcar e etanol.

(17)

A mensuração a valor justo do ativo biológico está classificada como nível 3 - Ativos e passivos cujos preços não existem ou que esses preços ou técnicas de avaliação são amparados por um mercado pequeno ou inexistente, não observável ou ilíquido.

2.14 Imobilizado

Demonstrado pelo custo de aquisição ou construção, acrescido de mais-valia do custo atribuído (deemed cost) para os grupos de terras e terrenos, máquinas e equipamentos industriais e agrícolas e veículos, quando aplicável. A depreciação é calculada pelo método linear, às taxas anuais médias mencionadas na Nota 14. Terras e terrenos não são depreciados.

Os gastos com manutenção que implicam em prolongamento da vida útil econômica dos bens do ativo imobilizado são capitalizados, e itens que se desgastam durante a safra são ativados por ocasião da reposição respectiva e depreciados durante o período da safra seguinte.

Já os gastos com manutenção sem impacto na vida útil econômica dos ativos são reconhecidos como despesa quando realizados. Os itens substituídos são baixados.

Lavouras de cana-de-açúcar correspondem às plantas portadoras (bearer plants) que são exclusivamente utilizadas para cultivar a cana-de-açúcar. A cana-de-açúcar é classificada como cultura permanente, cujo ciclo produtivo economicamente viável tem, em média, seis anos após o seu primeiro corte.

Os custos dos encargos sobre empréstimos e financiamentos tomados para financiar a construção do imobilizado são capitalizados durante o período necessário para executar e preparar o ativo para o uso pretendido.

Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, se apropriado, ao final de cada exercício.

O valor contábil de um ativo é imediatamente baixado para seu valor recuperável se o valor contábil do ativo for maior do que seu valor recuperável estimado.

Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela comparação dos resultados com o valor contábil e são reconhecidos em "Outras receitas (despesas), líquidas" na demonstração do resultado.

(18)

Corresponde a mais valia remanescente da reavaliação de terras, veículos e máquinas e implementos agrícolas, da controlada UBV, registrada em 31 de março de 2007 com base em laudos elaborados por peritos independentes.

2.15 Redução ao valor recuperável dos ativos não financeiros

O imobilizado e outros ativos não circulantes são revistos anualmente para se identificar evidências de perdas não recuperáveis, ou ainda, sempre que eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Quando este for o caso, o valor recuperável é calculado para verificar se há perda. Quando houver perda, ela é reconhecida pelo montante em que o valor contábil do ativo ultrapassa seu valor recuperável, que é o maior entre o preço líquido de venda e o valor em uso de um ativo. Para fins de avaliação, os ativos são agrupados no menor grupo de ativos para o qual existem fluxos de caixa identificáveis separadamente (Unidade Geradora de Caixa - UGC). Em 30 de setembro e 31 de março de 2016 não foram identificadas evidências de perdas dos ativos não financeiros.

2.16 Arrendamento mercantil

Os arrendamentos nos quais uma parcela significativa dos riscos e benefícios da propriedade é retida pelo arrendador são classificados como arrendamentos operacionais. Os pagamentos efetuados para arrendamentos operacionais (líquidos de quaisquer incentivos recebidos do arrendador) são reconhecidos na demonstração do resultado pelo método linear, durante o período do arrendamento.

2.17 Provisões

As provisões são reconhecidas quando existe uma obrigação presente, legal ou não formalizada, como resultado de eventos passados e é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação e uma estimativa confiável do valor possa ser feita.

As provisões para contingências estão constituídas por valores atualizados, referentes a questões fiscais, cíveis e trabalhistas, com base nas estimativas de perdas estabelecidas pelos assessores jurídicos da Companhia e sua controlada. A atualização monetária da obrigação em decorrência da passagem do tempo é reconhecida como despesa financeira.

2.18 Empréstimos e financiamentos

Os empréstimos e financiamentos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos custos incorridos na transação e são, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer diferença entre os valores captados (líquidos dos custos da transação) e o valor de liquidação é reconhecida na demonstração do resultado durante o período em que os

(19)

empréstimos estejam em aberto, utilizando o método da taxa efetiva de juros. Os juros pagos são classificados na demonstração dos fluxos de caixa como atividades operacionais.

Os empréstimos e financiamentos são classificados como passivo circulante, a menos que o exista um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do balanço.

Os custos de empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um ativo qualificável, que é um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos, são capitalizados como parte do custo do ativo quando for provável que eles irão resultar em benefícios econômicos futuros para a entidade e que tais custos possam ser mensurados com confiança. Demais custos de empréstimos são reconhecidos como despesa no período em que são incorridos.

2.19 Outros ativos e passivos circulantes e não circulantes

Os outros ativos estão demonstrados pelos valores de custo ou de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias e cambiais auferidos. Os outros passivos estão demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os rendimentos, encargos e as variações monetárias e cambiais correspondentes.

2.20 Reconhecimento de receita e apuração do resultado

A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização de produtos e prestação de serviços no curso normal das atividades da controlada. A receita é apresentada líquida dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos.

O reconhecimento da receita ocorre quando o valor pode ser mensurado com segurança, é provável que benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade e quando critérios específicos tiverem sido atendidos para cada uma das atividades da controlada, conforme descrição a seguir.

(i) Venda de produtos e prestação de serviços

A controlada UBV comercializa etanol e energia elétrica entre outros. As vendas dos produtos são reconhecidas sempre que ocorre a entrega dos produtos para o cliente. A entrega não ocorre até que: (i) os produtos tenham sido enviados para o local especificado; (ii) os riscos de perda tenham sido transferidos para o cliente; (iii) o cliente tenha aceitado os produtos de

(20)

A UBV presta serviços de plantio, mecanização e logística. A precificação desses serviços ocorre mediante ao tempo incorrido e materiais utilizados, e são reconhecidos à medida que ocorrem.

(ii) Receita financeira

A receita financeira é reconhecida conforme o prazo decorrido, usando o método da taxa efetiva de juros. Quando uma perda (impairment) é identificada em relação a um contas a receber, o valor contábil é reduzido para seu valor recuperável, que corresponde ao fluxo de caixa futuro estimado, descontado à taxa efetiva de juros original do instrumento. Subsequentemente, à medida que o tempo passa, os juros são incorporados às contas a receber, em contrapartida de receita financeira. Essa receita financeira é calculada pela mesma taxa efetiva de juros utilizada para apurar o valor recuperável, ou seja, a taxa original do contas a receber.

(iii) Demais receitas (despesas) e custos

As demais receitas (despesas) e custos são reconhecidas no resultado de acordo com o regime contábil de competência de exercícios.

3 Novas normas, interpretações e alterações adotadas pela Companhia – reapresentação

Alterações ao CPC 29 e CPC 27

A Companhia adotou as alterações introduzidas no CPC 29 e CPC 27, vigentes a partir de 1° de abril de 2016 e mudou sua base para a determinação do valor justo de seus ativos biológicos e a sua apresentação nas demonstrações financeiras.

Como resultado da adoção desta norma, as principais mudanças são:

- Plantas portadoras (bearer plants) agora são registradas pelo custo menos depreciação acumulada e impairment, em vez do valor justo menos custos de venda.

- Plantas portadoras (bearer plants) e as suas amortizações relacionadas são agora classificadas em ativo imobilizado, em vez de ativos biológicos no ativo não circulante.

- Cana em pé (safra em formação) agora são avaliadas pelo seu valor justo menos o custo de venda e classificados em ativos biológicos no ativo circulante em vez de ativos biológicos no ativo não circulante.

Em conformidade com o CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro, a mudança de política contábil foi aplicada retrospectivamente.

(21)

Conforme permitido sob as regras de transição, o valor justo dessas plantas de 01 de abril de 2015 (saldo de abertura) foi considerado como o seu custo. A diferença entre o valor justo e o valor contábil anterior foi reconhecida em lucros acumulados na data de transição.

Os impactos da aplicação inicial destas alterações sobre as demonstrações financeiras comparativas, em 31 de março de 2016, bem como para o semestre findo em 30 de setembro de 2015 são: Controladora Original Impacto das alterações CPC 29 e CPC 27 Reapresentado ATIVO CIRCULANTE 1.577 - 1.577

ATIVO NÃO CIRCULANTE

Investimentos 949.957 6.442 956.399

Outros ativos não circulante 90 - 90

TOTAL DO ATIVO 951.624 6.442 958.066 PASSIVO CIRCULANTE 53 53 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social 858.837 - 858.837 Reserva de lucros 92.734 - 92.734 Lucros acumulados - 6.442 6.442

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LIQUIDO 951.624 6.442 958.066 Balanço Patrimonial em 31 de março de 2016

(22)

Consolidado Original Impacto das alterações CPC 29 e CPC 27 Reapresentado ATIVO CIRCULANTE Ativos biológicos - 164.759 164.759

Outros ativos circulante 429.640 - 429.640

-ATIVO NÃO CIRCULANTE Imposto de renda e

contribuição social diferidos 85.873 (3.318) 82.555

Ativos biológicos 344.264 (344.264)

-Imobilizado 765.066 189.265 954.331

Outros ativos não circulante 56.023 - 56.023

TOTAL DO ATIVO 1.680.866 6.442 1.687.308

PASSIVO CIRCULANTE 301.555 - 301.555

PASSIVO NÃO CIRCULANTE 427.740 - 427.740

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital social 858.837 - 858.837

Reserva de lucros 92.734 - 92.734

Lucros acumulados - 6.442 6.442

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LIQUIDO 1.680.866 6.442 1.687.308 Balanço Patrimonial em 31 de março de 2016

(23)

Controladora Original

Impacto das alterações

CPC 29 e CPC 27 Reapresentado (Não auditado) (Não auditado) (Não auditado)

Receitas (despesas) operacionais

Despesas gerais e administrativas (437) - (437)

Resultado de equivalência patrimonial 19.088 (624) 18.464 Lucro operacional antes do resultado

financeiro 18.651 (624) 18.027

Resultado financeiro 639 - 639

Lucro antes do imposto de renda e da

contribuição social 19.290 (624) 18.666

Imposto de renda e contribuição social

Corrente (36) - (36)

Lucro líquido do período 19.254 (624) 18.630

Demonstração do Resultado do Semestre em 30 de setembro de 2015

Consolidado Original

Impacto das alterações

CPC 29 e CPC 27 Reapresentado (Não auditado) (Não auditado) (Não auditado)

Receitas 307.484 - 307.484

Custo dos produtos vendidos (226.576) (946) (227.522)

Lucro bruto 80.908 (946) 79.962

Receitas (despesas) operacionais (20.817) - (20.817) Lucro operacional antes do resultado

financeiro 60.091 (946) 59.145

Resultado financeiro (39.871) - (39.871)

Lucro antes do imposto de renda e da

contribuição social 20.220 (946) 19.274

Imposto de renda e contribuição social

Corrente (36) - (36)

Diferido (930) 322 (608)

Lucro líquido do período 19.254 (624) 18.630

(24)

Os pronunciamentos e interpretações que foram emitidos, mas que não estavam em vigor até a data de emissão das demonstrações financeiras intermediárias da Companhia, estão divulgados abaixo. A Companhia pretende adotar esses pronunciamentos, quando aplicáveis, quando se tornarem vigentes.

• CPC 48 - Instrumentos Financeiros: Tem o objetivo, em última instância, de substituir a CPC 38 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração. As principais mudanças previstas são: (i) todos os ativos financeiros devem ser, inicialmente, reconhecidos pelo seu valor justo; (ii) a norma divide todos os ativos financeiros, que estão atualmente no escopo do CPC 38, em duas classificações: custo amortizado e valor justo; (iii) as categorias de disponíveis para venda e mantidos até o vencimento das CPC 38 foram eliminadas; e (iv) o conceito de derivativos embutidos da CPC 38 foi extinto pelos conceitos desta nova norma. A norma entrará em vigor em 1º de janeiro de 2018. A Companhia está avaliando o impacto nas suas demonstrações financeiras.

• CPC 47 - Receita de contratos com clientes: A nova norma traz os princípios que uma entidade aplicará para determinar a mensuração da receita e quando ela deverá ser reconhecida. A norma é efetiva para exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de 2018. A Companhia está avaliando o impacto nas suas demonstrações financeiras. • CPC 06 - Leasing: Estabelece que os arrendamentos sejam reconhecidos no balanço

patrimonial do arrendatário, sendo registrado um passivo para pagamentos futuros e um ativo intangível para o direito de uso. A definição de arrendamento abrange todos os contratos que dão direito ao uso e controle de um ativo identificável, incluindo contratos de locação e, potencialmente, alguns componentes de contratos de prestação de serviços. A norma é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2019. A Companhia está avaliando o impacto nas suas demonstrações financeiras.

(25)

4 Principais usos de estimativas e julgamentos

As estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas razoáveis para as circunstâncias.

As estimativas e julgamentos que apresentam um risco significativo, com probabilidade de causar um ajuste relevante nos valores contábeis de ativos e passivos para o próximo exercício social, estão contemplados a seguir:

(a) Valor justo dos ativos biológicos

O valor justo dos ativos biológicos da UBV representa o valor presente dos fluxos de caixa líquidos estimados para estes ativos, o qual é determinado por meio da aplicação de premissas estabelecidas em modelos de fluxos de caixa descontados como mencionado na Nota 13.

(b) Imposto de renda, contribuição social e outros impostos

As provisões são reconhecidas para situações em que é provável que valores adicionais de impostos sejam devidos. Quando o resultado final dessas questões for diferente dos valores inicialmente estimados e registrados, essas diferenças afetarão os ativos e passivos fiscais atuais e diferidos no exercício em que o valor definitivo for determinado.

(c) Provisão para contingências

A UBV é parte envolvida em processos trabalhistas, cíveis e tributários que se encontram em instâncias diversas. As provisões para contingências, constituídas para fazer face a potenciais perdas decorrentes dos processos em curso, são estabelecidas e atualizadas com base na avaliação da administração, fundamentada na opinião de seus assessores legais e requerem elevado grau de julgamento sobre as matérias envolvidas.

(d) Benefícios fiscais de ICMS

Conforme descrito na Nota 21, a controlada UBV possui incentivos fiscais de ICMS concedido pelo governo estadual de Goiás. O Supremo Tribunal Federal – STF proferiu decisões em Ações Diretas, declarando a inconstitucionalidade de diversas leis estaduais que concederam benefícios fiscais de ICMS sem prévio convênio entre os Estados.

Embora não possua incentivos fiscais de ICMS julgados pelo STF, a Administração vem acompanhando, juntamente com seus assessores legais, a evolução dessa questão nos tribunais para determinar eventuais impactos em suas operações e consequentes reflexos nas demonstrações financeiras.

(26)

5 Gestão de risco financeiro 5.1 Fatores de risco financeiro

A Companhia e a UBV dispõe de políticas e procedimentos para administrar, através da utilização de instrumentos financeiros, os riscos de mercado relacionados com variação cambial e volatilidade dos preços do etanol, inerentes a seus negócios. Tais políticas são acompanhadas pela Administração e referendadas pelo Conselho de Administração e inclui o gerenciamento e monitoramento contínuo dos níveis de exposição em função dos volumes de vendas contratadas.

5.2 Risco cambial

A UBV está exposta ao risco cambial decorrente de exposições de algumas moedas, de maneira mais relevante, em relação ao dólar Norte Americano. O risco cambial decorre de empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira no montante de R$ 57.372, consignado no balanço patrimonial consolidado em 30 de setembro de 2016 (R$ 180.813 em 31 de março de 2016).

5.3 Risco do fluxo de caixa ou valor justo associado com taxa de juros

Considerando que não existem ativos significativos em que incidam juros, o resultado e os fluxos de caixa operacionais são, substancialmente, independentes das mudanças nas taxas de juros do mercado.

O risco de taxa de juros decorre de empréstimos de longo prazo. Os empréstimos e financiamentos emitidos às taxas variáveis expõem as empresas ao risco de taxa de juros de fluxo de caixa. Os empréstimos e financiamentos emitidos às taxas fixas expõem as empresas ao risco de valor justo associado à taxa de juros.

Durante o período, as taxas variáveis dos empréstimos e financiamentos eram mantidas em Reais e cesta de moedas (Dólar, Euro e Iene).

A análise da exposição à taxa de juros é feita de forma dinâmica. São simulados diversos cenários levando em consideração refinanciamento, renovação de posições existentes, financiamento e hedge alternativos. Com base nesses cenários, uma mudança razoável na taxa de juros é definida e seu impacto sobre o resultado é calculado. Para cada simulação, é usada a mesma mudança na taxa de juros para todas as moedas. Os cenários são elaborados somente para os passivos que representam as principais posições com juros.

(27)

5.4 Exposição a riscos de crédito

Anualmente são avaliados os riscos de créditos de clientes associados, e também sempre que há a inclusão de um novo cliente, atribuindo um limite individual de crédito em função do risco identificado.

5.5 Risco de liquidez

O Departamento Financeiro monitora as previsões contínuas das exigências de liquidez da Companhia para assegurar que haja caixa suficiente para atender às necessidades operacionais. O excesso de caixa é aplicado em operações compromissadas lastreados em títulos privados, CDBs e fundos de investimentos, indexados pela variação do CDI ou remuneração variável. A tabela a seguir analisa os passivos financeiros, por faixas de vencimento, correspondentes ao período remanescente no balanço patrimonial até a data contratual do vencimento.

5.6 Gestão de capital

Os objetivos da Companhia ao administrar seu capital são os de salvaguardar a sua capacidade de continuidade para oferecer retorno aos acionistas e benefícios às outras partes interessadas, além de manter uma estrutura de capital ideal para reduzir esse custo.

Para manter ou ajustar a estrutura ótima de capital, a Companhia pode rever o mix de Menos de um ano Entre um e dois anos Entre dois e cinco anos Acima de

cinco anos Total Em 30 de setembro de 2016 Empréstimos e financiamentos 251.063 139.647 123.014 23.342 537.066 Fornecedores 58.906 - - - 58.906 Outros passivos 9.210 - - - 9.210 319.179 139.647 123.014 23.342 605.182 Em 31 de março de 2016 Empréstimos e financiamentos 207.869 238.512 145.611 32.277 624.269 Fornecedores 49.815 - - - 49.815 Outros passivos 10.807 - - - 10.807 268.491 238.512 145.611 32.277 684.891 Consolidado

(28)

Condizente com outras companhias do setor, é feito um monitoramento do capital com base no índice correspondente à dívida líquida dividida pelo EBITDA. A dívida líquida, por sua vez, corresponde ao total de empréstimos e financiamentos (incluindo empréstimos e financiamentos de curto e longo prazos, conforme demonstrado no balanço patrimonial consolidado), subtraído do montante de caixa e equivalentes de caixa. O EBITDA considerado é o acumulado dos últimos doze meses.

5.7 Apuração do valor justo

A determinação do valor justo (“fair value”) dos instrumentos financeiros contratados é efetuada com base em informações obtidas junto às instituições financeiras e preço cotado em mercado ativo, utilizando metodologia usual padrão de apreçamento no mercado, que compreende avaliação do valor nominal até a data do vencimento e desconto a valor presente às taxas de mercado futuro. A utilização de diferentes hipóteses podem divergir dos montantes estimados de valor justo ora apresentados com os valores realizados, tendo em vista a necessidade de parcela considerável de julgamento de interpretação das informações de mercado.

Na data do balanço, é feita uma avaliação se há evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros está registrado por valor acima de seu valor recuperável (impairment).

Pressupõe-se que os saldos das contas a receber de clientes, títulos a receber, contas a pagar aos fornecedores e títulos a pagar, pelo valor contábil, menos a perda (impairment) ou ajuste a valor presente, quando aplicável, estejam próximos de seus correspondentes valores justos. O valor justo dos passivos financeiros, para fins de divulgação, é estimado mediante o desconto dos fluxos de caixa contratuais futuros pela taxa de juros vigente no mercado, que está disponível para instrumentos financeiros similares.

(29)

6 Caixa e equivalentes de caixa e aplicações financeiras

* Rendimentos sobre variação do CDI - taxa média ponderada

O saldo de caixa e bancos compreende a depósitos em conta corrente disponíveis para uso imediato.

Fundo de investimento - Com o objetivo de diversificar a carteira de ativos e otimizar a gestão operacional e financeira, a UBV aderiu, em agosto de 2015, a um Fundo de Investimento com liquidez diária.

7 Contas a receber de clientes

O saldo de contas a receber de clientes está composto por valores a receber de clientes do mercado interno, decorrente de vendas da UBV.

Em 30 de setembro de 2016, as contas a receber de clientes no valor de R$ 135 (R$ 125 em 31 de março de 2016) encontram-se vencidas, mas não impaired. Essas contas referem-se a uma série de clientes que não possuem histórico de inadimplência. A análise de vencimentos dessas contas a receber está apresentada a seguir:

Rendimentos* 30 de setembro de 2016 31 de março de 2016 30 de setembro de 2016 31 de março de 2016 Caixa e bancos 69 55 3.738 286

Total de caixa e equivalentes de caixa 69 55 3.738 286

. Fundo de investimento 99,42% 105 - 249.441 260.334

Total de aplicações financeiras 105 - 249.441 260.334

Total de recursos disponíveis 174 55 253.179 260.620

Consolidado Controladora

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A movimentação da provisão para perdas com créditos de liquidação está demonstrada a seguir:

A exposição máxima ao risco de crédito na data das demonstrações financeiras é o valor contábil dos saldos de contas a receber.

8 Estoques e adiantamentos a fornecedores

Consolidado 30 de setembro de 2016 31 de março de 2016 A vencer: 73.732 62.295 Vencidas: acima de 61 dias 252 242

Provisão para perdas (117) (117)

73.867 62.420 Consolidado 30 de setembro de 2016 31 de março de 2016 Saldo inicial 117 156 Constituição (reversão) - (39) Saldo final 117 117 Consolidado 30 de setembro de 2016 31 de março de 2016 Circulante

Produtos acabados e em elaboração 170.155 26.107

Adiantamentos - compras de cana-de-açúcar (i) 29.741 32.619

Adiantamentos - compras de insumos 2.612 4.388

Insumos, materiais auxiliares, para manutenção e outros 17.270 17.556 219.778 80.670 Não circulante

Adiantamentos - compras de cana-de-açúcar (i) 15.126 17.118 234.904 97.788

(31)

(i) A UBV firmou parcerias para aquisição de cana-de-açúcar produzida em propriedades rurais de terceiros (inclusive sob regime de parceria agrícola), efetuando adiantamentos, cuja parte da entrega ocorrerá somente em exercícios futuros.

(32)

9 Tributos a recuperar

A expectativa de realização dos créditos tributários de longo prazo é a seguinte: Consolidado 30 de setembro de 2016 31 de março de 2016 Circulante PIS / COFINS 11.679 5.897 ICMS 3.448 5.409 Outros 113 113 15.240 11.419 Não Circulante PIS / COFINS 4.480 14.095 ICMS 4.295 4.214 INSS 3 4 8.778 18.313 24.018 29.732 Consolidado 30 de setembro de 2016 De 1º/10/2017 a 30/09/2018 1.579 De 1º/10/2018 a 30/09/2019 1.476 De 1º/10/2019 a 30/09/2020 1.326 De 1º/10/2020 a 30/09/2021 3.179 De 1º/10/2021 a 30/09/2022 203 A partir de 1º/10/2022 1.015 8.778

(33)

10 Partes relacionadas a) Saldos:

Na controladora, os saldos em aberto no ativo circulante estão classificados no balanço patrimonial como outros ativos e referem-se à comissão de fiança bancária.

No consolidado, os saldos em aberto no ativo circulante, referente à venda de produtos, e passivo circulante, referente ao rateio do centro de serviços compartilhados da São Martinho S.A., estão classificados no balanço patrimonial como contas a receber e fornecedores, respectivamente.

Ativo circulante Ativo não circulante Passivo circulante

30 de setembro de 2016 31 de março de 2016 30 de setembro de 2016 31 de março de 2016 30 de setembro de 2016 31 de março de 2016 De controladas: UBV 1.304 1.441 - - - SMBJ - - - 90 - -De relacionadas:

São Martinho S.A. - - - - 4 5

1.304 1.441 90 4 5

Controladora

Ativo circulante Passivo circulante Consolidado 30 de setembro de 2016 31 de março de 2016 30 de setembro de 2016 31 de março de 2016 De relacionadas:

Petrobrás Distribuidora S.A. 4.779 13.573 - 263 Petrobrás Biocombustível S.A. 455 448

São Martinho S.A. - - 2.642 3.106

4.779 13.573 3.097 3.817 Estoques - compras de cana-de-açúcar

De partes relacionadas - - 94 116

(34)

b) Transações no período:

A Companhia é garantidora de um contrato de financiamento entre a UBV e o BNDES com vencimento em 2025. Em razão desta prestação de fiança, a Companhia cobra uma comissão sobre o valor do contrato.

As receitas de vendas e compras de produtos com a Petrobrás Distribuidora S.A. referem-se à comercialização de etanol e óleo diesel, respectivamente.

As despesas rateadas pela São Martinho S.A. referem-se a gastos incorridos com o centro de serviços compartilhados e o escritório corporativo. Estes rateios estão suportados por contratos celebrados entre as partes.

As compras e vendas de produtos com partes relacionadas observam condições mercantis semelhantes às praticadas com terceiros.

Controladora 30 de setembro de 2016 30 de setembro de 2015 (Não auditado)

Usina Boa Vista S.A.

Comissão de fiança bancária 324 648

Consolidado Receitas de vendas Despesas rateadas / (Compras de produtos e serviços) Receitas de vendas Despesas rateadas / (Compras de produtos e serviços)

(Não auditado) (Não auditado) São Martinho S.A. - 7.350 18 6.787 Petrobrás Distribuidora S.A. 125.226 (37.431) 132.699 (32.348) Partes relacionadas

- compras de cana-de-açúcar - (544) - (455) 125.226 (30.625) 132.717 (26.016)

(35)

c) Remuneração do pessoal-chave da administração:

O pessoal-chave da administração inclui os Conselheiros e Diretores. A remuneração paga ou a pagar está demonstrada a seguir:

11 Aplicações financeiras – não circulante

Referido saldo da UBV é garantidor de pagamento de financiamento, o que impossibilita o seu resgate antes do término do contrato que ocorrerá em fevereiro de 2019.

12 Investimentos Consolidado 30 de setembro de 2016 30 de setembro de 2015 30 de setembro de 2016 30 de setembro de 2015

(Não auditado) (Não auditado)

Salários, honorários e bônus 272 264 1.689 1.566 Contribuições previdenciárias e sociais 54 53 393 336 Outros - - 66 73 326 317 2.148 1.975 Controladora Consolidado 30 de setembro de 2016 31 de março de 2016

Fundos - LFT 100% da variação da SELIC 17.523 16.383

Consolidado Empresa 30 de setembro de 2016 31 de março de 2016 30 de setembro de 2016 31 de março de 2016 30 de setembro de 2016 30 de setembro de 2015 30 de setembro de 2016 31 de março de 2016 Reapresentado Reapresentado Reapresentado Reapresentado

(Não auditado)

Classificados no Investimento

Usina Boa Vista S.A. 100,00% 1.049.432 949.540 1.049.432 949.540 93.033 18.499 - -SMBJ - Agroindustrial S.A. 100,00% - 6.859 - 6.859 - (35) - -CTC - Centro de Tecnologia Canavieira S.A. (i) 0,27% 439.942 430.841 - - - - 1.190 989

Total classificados no Investimento 1.489.374 1.387.240 1.049.432 956.399 93.033 18.464 1.190 989 Controladora Consolidado

% de participação

Patrimônio líquido da investida Valor contábil do investimento

Resultado com equivalência

(36)

13 Ativos biológicos

O valor justo dos ativos biológicos foi determinado utilizando-se a metodologia de fluxo de caixa descontado, considerando basicamente:

(a) Entradas de caixa obtidas pela multiplicação da (i) produção estimada, medida em quilos de ATR (Açúcar Total Recuperável), e do (ii) preço de mercado futuro da cana-de-açúcar, o qual é estimado com base em dados públicos e estimativas de preços futuros do açúcar e do etanol; e

(b) Saídas de caixa representadas pela estimativa de (i) custos necessários para que ocorra a transformação biológica da cana-de-açúcar (tratos culturais) até a colheita; (ii) custos com a colheita/Corte, Carregamento e Transporte - CCT; (iii) custo de capital (terras e máquinas e equipamentos); (iv) custos de arrendamento e parceria agrícola; e (v) impostos incidentes sobre o fluxo de caixa positivo.

As principais premissas foram utilizadas na determinação do referido valor justo:

Com base na estimativa de receitas e custos, a UBV determina os fluxos de caixa descontados a serem gerados e trás os correspondentes valores a valor presente, considerando uma taxa de desconto, compatível para remuneração do investimento nas circunstâncias. As variações no valor justo são registradas na rubrica de ativos biológicos e tem como contrapartida a sub-conta “Variação no valor justo dos ativos biológicos”, na rubrica “Custo dos produtos vendidos” no resultado do período.

A movimentação do valor justo dos ativos biológicos durante os períodos é a seguinte:

Consolidado

30 de setembro de 2016

31 de março de 2016

Área total estimada de colheita (ha) 53.365 52.502

Produtividade prevista (ton/ha) 80,27 75,98

Quantidade de ATR por Ton. de cana-de-açúcar (kg) 135,27 133,10

(37)

(a) Compromissos com parceria agrícola

A UBV firmou contratos de parceria agrícola e de aquisição de cana-de-açúcar produzida em propriedades rurais de terceiros, substancialmente por meio de contratos plurianuais. Referidos contratos têm vigência, em sua maioria, entre seis e doze anos, renováveis ao seu término. Adicionalmente, a UBV possui contratos de arrendamento para produção de cana-de-açúcar. Os valores a serem desembolsados em função destes contratos são determinados a cada encerramento de safra pelo preço da tonelada de cana-de-açúcar estabelecido pelo modelo definido pelo Conselho dos Produtores de Cana-de-açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo - CONSECANA, considerando o mix de produção da unidade. Em 30 de setembro e 31 março de 2016, os pagamentos totais estimados (valor nominal) são:

Consolidado 30 de setembro de 2016 31 de março de 2016 Reapresentado Custo histórico 165.535 176.354 Valor justo (776) (14.326)

Ativos biológicos em 31 de março 164.759 162.028 Movimentação:

Aumentos decorrentes de tratos 51.879 88.362 Transferência de imobilizado 33.051 61.777 Variação no valor justo 4.571 13.550 Reduções decorrentes da colheita (114.919) (160.958) Saldo final de ativos biológicos: 139.341 164.759 Composto por:

Custo histórico 135.546 165.535

Valor justo 3.795 (776)

Saldo final de ativos biológicos: 139.341 164.759

Consolidado 30 de setembro de 2016 31 de março de 2016 Menos de um ano 51.666 57.480

Mais de um ano e menos de cinco anos 152.529 145.900

Mais de cinco anos 168.620 125.612

(38)

14 Imobilizado Consolidado Terras Edificios e depen-dencias Equipa-mentos e instalações Industriais Manutenção Entressafra Veículos Máquinas e implem. agrícolas Benfeitorias em imóveis de 3ºs Outras imobili-zações Obras em anda-mento Lavoura de cana-de-açúcar Total

Saldos em 31 de março 2015 (reapresentado) 32.568 127.441 342.127 35.588 60.778 63.909 51.015 4.192 34.534 203.963 956.115

Aquisição (reapresentado) - - 1.292 41.251 2.172 629 - 691 42.432 47.079 135.546

Alienação (residual) - - - - (199) (934) - (1.133)

Transferências entre contas - 9.262 46.502 337 1.019 - 453 (57.573) -

-Transferência para ativo biológico (reapresentado) - - - (61.777) (61.777)

Depreciação - (2.922) (15.295) (35.588) (4.881) (8.892) (5.929) (913) - - (74.420)

Saldos em 31 de março 2016 (reapresentado) 32.568 133.781 374.626 41.251 58.207 55.731 45.086 4.423 19.393 189.265 954.331

Custo total 32.568 158.468 472.971 41.251 85.388 110.544 88.623 8.846 19.393 189.265 1.207.317

Depreciação acumulada - (24.687) (98.345) - (27.181) (54.813) (43.537) (4.423) - - (252.986)

Valor residual 32.568 133.781 374.626 41.251 58.207 55.731 45.086 4.423 19.393 189.265 954.331

Aquisição - - 653 - 3.044 2.733 - 219 7.831 22.913 37.393

Alienação (residual) - - - (981) - - - - (981)

Transferências entre contas - 2.060 20.980 - (33) - - 1.109 (24.116)

Transferência para ativo biológico - - - (33.051) (33.051)

Depreciação - (2.045) (13.140) (32.297) (3.270) (5.336) (4.442) (502) - - (61.032) Saldos em 30 de setembro 2016 32.568 133.796 383.119 8.954 57.948 52.147 40.644 5.249 3.108 179.127 896.660 Custo total 32.568 160.528 494.604 41.251 88.399 109.939 88.623 10.174 3.108 179.127 1.208.321 Depreciação acumulada - (26.732) (111.485) (32.297) (30.451) (57.792) (47.979) (4.925) - - (311.661) Valor residual 32.568 133.796 383.119 8.954 57.948 52.147 40.644 5.249 3.108 179.127 896.660 Valores Residuais : Custo histórico 28.572 133.796 383.119 8.954 57.878 52.064 40.644 5.249 3.108 179.127 892.511 Mais-valia 3.996 - - - 70 83 - - - - 4.149

(39)

A controlada UBV, durante o período findo em 30 de setembro de 2016, capitalizou encargos financeiros no montante de R$ 223 (R$ 721 em 30 de setembro de 2015 – não auditado). Os gastos com manutenção no período de entressafra são alocados ao imobilizado e depreciados integralmente na safra seguinte.

15 Empréstimos e financiamentos

Em 30 de setembro de 2016, da dívida total da Companhia, R$ 253.843 (R$ 348.086 em 31 de março de 2016) do total agregado do saldo de empréstimos e financiamentos estão garantidos por bens, recebíveis e avais.

As áreas de terras oferecidas em garantia de empréstimos e financiamentos referem-se a áreas de plantio de cana-de-açúcar da UBV.

Taxa Indexador 30 de setembro de 2016 31 de março de 2016 Em moeda nacional: Finame 3,12% TJLP/PRÉ 11.354 9.308 Finame 4,23% SELIC 365 -FINEM - DIRETO 3,88% TJLP/PRÉ 181.208 189.859 Finame ( FCO ) 11,50% PRÉ 3.545 4.106

Cédula de Produto Rural 11,12% PRÉ 212.663 162.239

PRORENOVA 4,20% TJLP/PRÉ 70.559 77.944

Total em moeda nacional 479.694 443.456

Em moeda estrangeira

FINEM - DIRETO 7,27% CESTA 57.372 72.264

Capital de Giro 3,13% VC - 108.549

Total em moeda estrangeira 57.372 180.813

TOTAL 537.066 624.269 Circulante 251.063 207.869 Não circulante 286.003 416.400 Modalidade Consolidado Encargos anuais

(40)

A UBV cedeu fiduciariamente ao BNDES, cédulas de crédito bancário em caráter irrevogável e irretratável, até o final da liquidação de todas as obrigações assumidas contratualmente. As cédulas de crédito bancário foram aplicadas em título do Tesouro Nacional.

Os saldos de empréstimos e financiamentos no longo prazo têm a seguinte composição de vencimento:

16 Instrumentos financeiros derivativos

Os instrumentos financeiros derivativos são classificados como “mantidos para negociação” e registrados pelo seu valor justo no ativo circulante quando seu valor justo for positivo ou no passivo circulante quando seu valor justo for negativo. As variações do valor justo desses instrumentos devem ser registradas no resultado do período, haja vista que os mesmos não possuem contabilidade de hedge (hedge accounting).

A Companhia não possui saldos de instrumentos financeiros derivativos em 30 de setembro de 2016.

Em 31 de março de 2016, os saldos relacionados às transações envolvendo instrumentos financeiros derivativos em seus devidos vencimentos, estão apresentados a seguir:

Consolidado 30 de setembro de 2016 De 1º/10/2017 a 30/09/2018 139.647 De 1º/10/2018 a 30/09/2019 63.378 De 1º/10/2019 a 30/09/2020 32.996 De 1º/10/2020 a 30/09/2021 26.640 De 1º/10/2021 a 30/09/2022 21.458 De 1º/10/2022 a 30/11/2022 1.884 286.003

(41)

17 Fornecedores 31 de março de 2016 Consolidado Valor contratado Preço/taxa média Valor de referência (Nocional) Valor justo (Fair value) No passivo circulante

Contratos de Swap - Juros - Balcão Ativo Passivo

50.000 USD + 2,4% 103% CDI 6.503 50.000 USD + 3,13% 100,1% CDI (7.630) (1.127) 30 de setembro de 2016 31 de março de 2016 30 de setembro de 2016 31 de março de 2016 Cana-de-açúcar - - 34.714 26.345

Materiais, serviços e outros 4 5 24.192 23.470

4 5 58.906 49.815

Consolidado Controladora

(42)

18 Imposto de renda e contribuição social

a) O imposto de renda e a contribuição social estão representados por:

Consolidado 30 de setembro de 2016 31 de março de 2016 Reapresentado

Débitos e créditos - Correntes

No ativo circulante - Saldo negativo e antecipações

. Imposto de renda e contribuição social, a compensar 36 11.672

Débitos e créditos - Diferidos

No ativo não circulante - Créditos diferidos

. Imposto de renda sobre prejuízos fiscais 48.875 55.848

. Contribuição social sobre base negativa acumulada 17.595 20.106

Tributos sobre diferenças temporárias de:

. Provisão para contingências 2.032 2.163

. Ativos biológicos (variação para o valor justo) (1.411) 1.024

. Despesas pré-operacionais (diferido, baixado) 3.218 4.194

. Provisão PPR 1.213

-. Outros 229 640

71.751 83.975

No passivo não circulante - Débitos diferidos Tributos sobre diferenças temporárias de:

. Mais-valia de ativos - UBV (1.414) (1.420)

(1.414) (1.420)

(43)

A compensação dos prejuízos fiscais e da base negativa da contribuição social está limitada a 30% do lucro real anual, sem prazo de prescrição e não sujeita a atualização monetária ou juros. O reconhecimento de créditos fiscais diferidos sobre prejuízos fiscais e bases negativas tem como base projeções de resultado da Companhia e das controladas que suportam a recuperação dos créditos tributários, em conformidade com as práticas contábeis vigentes. A expectativa de recuperação dos créditos tributários diferidos, indicada pelas projeções de resultado tributáveis aprovadas anualmente pela Administração e pela expectativa de realização das diferenças temporárias, é de ocorrer nos próximos 10 anos, no máximo.

Os tributos diferidos ativos e passivos são apresentados pelo valor líquido no balanço patrimonial, por haver direito legal e a intenção de compensá-los quando da apuração dos tributos correntes.

b) Reconciliação do imposto de renda e contribuição social

Os encargos de imposto de renda e contribuição social são reconciliados com as alíquotas vigentes, como segue:

30 de setembro de 2016 30 de setembro de 2015 30 de setembro de 2016 30 de setembro de 2015 Reapresentado Reapresentado

(Não auditado) (Não auditado)

Lucro antes dos impostos 92.891 18.666 126.835 19.274

Imposto de renda e contribuição social às alíquotas nominais (34%) (31.583) (6.346) (43.124) (6.553) Ajustes para apuração da alíquota efetiva:

. Equivalência patrimonial 31.631 6.278 8 3

. Subvenção estadual - - 8.705 4.744

. Exclusões/(Adições) permanentes, líquidas - - (34) (24)

. Tributos diferidos não constituídos (48) 21 (48) 1.174

. Incentivos fiscais - - 455 12

. Outros - 11 94

-Imposto de renda e contribuição social - (36) (33.944) (644)

Imposto de renda e contribuição social correntes - (36) (21.727) (36)

Imposto de renda e contribuição social diferidos - - (12.217) (608)

Consolidado Controladora

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