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Perfil epidemiológico da Hanseníase no Brasil nos anos de 2014 a 2016

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA JOANA CAZAROTTO DA COSTA

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO BRASIL NOS ANOS DE 2014 A 2016

Tubarão 2018

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JOANA CAZAROTTO DA COSTA

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO BRASIL NOS ANOS DE 2014 A 2016

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Medicina como requisito parcial ao grau de Médico.

Universidade do Sul de Santa Catarina.

Orientador: Profa. Mariane Corrêa Fissmer, MD, MSc.

Tubarão 2018

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SUMÁRIO FOLHA DE ROSTO ... 4 RESUMO...5 ABSTRACT ... 6 INTRODUÇÃO ... 7 MÉTODOS ... 10 RESULTADOS ... 11 DISCUSSÃO ... 15 CONCLUSÃO ... 20 REFERÊNCIAS ... 21 ANEXOS ... 25

Anexo 1 - Ficha de Notificação Compulsória de Hanseníase ... 25

Anexo 2 – Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa UNISUL ... 26

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FOLHA DE ROSTO

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO BRASIL NOS ANOS DE 2014 A 2016

EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF LEPROSY IN BRAZIL FROM 2014 TO 2016.

Joana Cazarotto da Costa¹, Mariane Corrêa Fissmer²

1. Curso de Graduação em Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina. 2. M.D. Médica Dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Professora do Curso de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) – Tubarão (SC), Brasil.

Programa de Mestrado em Ciências da Saúde – Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) – Tubarão (SC), Brasil.

O trabalho deve ser atribuído à Universidade do Sul de Santa Catarina – Campus Tubarão.

Autor para correspondência Joana Cazarotto da Costa

Endereço: Rua Capitão Alexandre de Sá, n 280, apto 402 – Bairro Dehon Tubarão, Santa Catarina, Brasil

CEP 88704210

Fone: (48) 991092915

E-mail: joanacazarotto@hotmail.com

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RESUMO

Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa de notificação compulsória no Brasil, país que ocupa a segunda posição mundial em número de casos novos. O objetivo deste trabalho foi descrever o perfil epidemiológico da hanseníase no Brasil , através da análise dos casos notificados em fonte de dados secundária.

Métodos: Estudo observacional do tipo ecológico. Foram estudados todos os casos notificados no Sistema de Informações de Agravos de Notificação - SINAN - com o CID-10 A30.0 a A30.9, nos anos de 2014 a 2016.

Resultados: Foram notificados 69.071 casos de hanseníase no período, o que resultou em uma taxa de prevalência de 1,13a cada 10.000 habitantes. O maior número absoluto de casos ocorreu no ano de 2014, com uma taxa de 1,27. A região Centro-Oeste foi responsável pelas maiores taxas de prevalência (3,2 casos para cada 10.000 habitantes), contudo a região Nordeste, em relação ao número absoluto de casos, é quem lidera. Do total, 51,7% eram do sexo masculino. A população economicamente ativa foi a mais afetada (58,5%). Ao diagnóstico, 73,2% dos casos foram classificados como multibacilares, sendo a principal forma clínica a dimorfa (44,7%).

Conclusões: O Brasil ainda apresenta elevado número de casos de hanseníase, apesar das campanhas para erradicação desta. Persistem as importantes diferenças regionais no país, visto que os casos se concentraram nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. A maioria dos casos foram multibacilares, revelando que o diagnóstico ainda é tardio e que há grande quantidade de bacilo circulante, o que alerta para as consequências graves desses achados.

Palavras chave: Hanseníase. Mycobacterium leprae. Hanseníase Multibacilar. Epidemiologia.

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ABSTRACT

Introduction: Leprosy is an infectious disease of compulsory notification in Brazil, a country that occupies the second position worldwide in the number of new cases. The aim of this study was to describe the epidemiological profile of leprosy in Brazil, through the analysis of notified cases in secondary database.

Methods: Observational ecological study. All cases reported to Information System for Notifiable Diseases, also known as SINAN, with ICD-10 from A30.0 to A30.9 were studied between the years of 2014 and 2016.

Results: 69.071 cases of leprosy were reported during the period, with a resulting prevalence rate of 1,13 per 10.000 people. The highest absolute number of cases occurred in 2014 (1,27 rate). The Central-West region had the higher prevalence rates (3,2 cases per 10.000 people), but the Northeast region leads when it comes to the absolut number of cases. 51,7% of the patients were male. The economically active population was the most affected (58,5%). At the diagnosis, 73,2% of cases were classified as multibacillary and the main clinical form was the dimorph (44,7%).

Conclusion: Brazil still has a high number of cases of leprosy, despite the campaigns to eradicate this disease. There are yet significant regional differences in the country, since the cases concentrate in the Central-West, North and Northeast regions. Most of the cases were multibacillary, revealing that the diagnosis is still late and that there is a great amount of circulating bacillus, which warns about the severe consequences of these findings.

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INTRODUÇÃO

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa de notificação compulsória no Brasil, de acordo com a portaria número 1.943, publicada em 18 de outubro de 20011. É causada pelo Mycobacterium leprae - um bacilo álcool-ácido resistente (BAAR), Gram-positivo, intracelular obrigatório e não cultivável2,3. Possui como característica marcante a invasão da pele, anexos cutâneos e nervos periféricos2-4.

A transmissão da bactéria se dá pelo contato interpessoal íntimo e prolongado com doentes multibacilares - mais comumente pela via respiratória superior de pacientes não tratados2,4-7. Também está relacionada a fatores socioeconômicos, como estado nutricional,

higiene e condição de moradia da população7.

Conforme relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) , embora a hanseníase afete ambos os sexos, os homens costumam ser mais afetados do que as mulheres8. Os países tropicais são os que apresentam o maior número de casos da doença, a qual tem uma ocorrência desproporcional em populações socioeconomicamente desfavorecidas e marginalizadas9. No ano de 2013, foram registrados cerca de 233 mil novos casos de

hanseníase no mundo9.

O Brasil é o país que ocupa a segunda posição mundial em número de casos novos notificados, sendo a Índia o primeiro5. É responsável por aproximadamente 93% dos casos ocorridos nas Américas5,10. Entre os anos de 2007 e 2011, a taxa de prevalência reduziu cerca de 18%, passando de 1,98 casos para cada 10 mil habitantes para 1,62 casos para cada 10 mil habitantes11. O coeficiente de detecção da doença no país mostra uma tendência à estabilização, com exceção das regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste, as quais são responsáveis por cerca de 53,5% dos casos detectados em apenas 17,5% da população12. Define-se área livre de doença aquela com um coeficiente de prevalência menor que 1 caso para cada 10 mil habitantes13. Dessa forma, no ano de 1991, a OMS lançou uma

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campanha mundial buscando a erradicação da doença até o ano de 200014. Todavia, diversos países, como o Brasil, não atingiram o objetivo proposto15,16. Então, no ano de 2011, foi criada a Coordenação Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação (CGHDE), pela Secretaria de Vigilância em Saúde, com o objetivo de fazer um diagnóstico precoce e tratamento oportuno da doença na atenção primária à saúde17. Outras medidas também voltadas à vigilância e visando alcançar e manter a taxa de erradicação foram adotadas, como controle e reabilitação dos pacientes, contudo o objetivo destas também não foi atingido18. A doença se manifesta, principalmente, por sinais e sintomas dermatológicos e neurológicos4. O acometimento de nervos periféricos está sempre presente e se manifesta com perda de sensibilidade tátil, dolorosa e térmica3. As lesões dermatológicas podem surgir como manchas hipocrômicas, eritematosas ou acastanhadas, que podem evoluir para placas. Outras alterações incluem nodulações, alopécia e xerose3. Todas essas manifestações desencadeiam sequelas físicas e psicológicas importantes, as quais, se não forem diagnosticadas e tratadas precocemente, resultam em incapacidades físicas graves e permanentes, repercutindo no psicológico do paciente3,5.

Segundo a OMS, é considerado caso de hanseníase o indivíduo que apresente um ou mais dos seguintes aspectos: lesão(ões) de pele com alteração de sensibilidade, acometimento de nervo(s) periférico(s) com ou sem espessamento neural, baciloscopia positiva de esfregaço intradérmico (embora baciloscopia negativa não afaste o diagnóstico)3,5. O diagnóstico é feito através das manifestações clínicas da doença juntamente com a histopatologia e baciloscopia das lesões, e já no momento do diagnóstico é feita a classificação da doença conforme o número de lesões encontradas, sendo paucibacilar quando há até cinco lesões de pele e multibacilar na presença de mais de cinco lesões de pele4. Além disso, após um caso diagnosticado da doença, deve-se fazer imediatamente a investigação epidemiológica, já que os contatos próximos do doente são mais suscetíveis à contaminação4,10.

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Até o início do século passado não havia tratamento específico para a doença, e na tentativa de conter a disseminação e eliminação da mesma, os pacientes eram isolados e segregados5. Com a introdução das sulfas na década de 1940, contudo, a terapia passou a ser realizada em nível ambulatorial3. Atualmente, o tratamento da hanseníase visa a cura e eliminação do bacilo e envolve poliquimioterapia específica, supressão de surtos reacionais, prevenção de incapacidades físicas e reabilitação psicossocial e física do paciente6.

Uma vez que não há forma de proteção específica para a hanseníase e visando a redução da carga da doença, deve-se investir em educação e comunicação em saúde, investigação epidemiológica para diagnóstico precoce de casos, tratamento até a cura, prevenção e tratamento de incapacidades, vigilância epidemiológica e exame de contatos, além de orientação e aplicação da vacina BCG1.

Tendo em vista que a transmissão da doença está associada a um menor nível socioeconômico (ao exemplo de moradias com poucos cômodos e que abrigam um grande número de pessoas) e que se dá através do contato íntimo e prolongado do doente multibacilífero, principalmente com familiares2,7, se justifica a prevalência da doença em países em desenvolvimento, nos quais tal situação é vista com maior frequência. Uma vez que o Brasil apresenta grandes disparidades em termos de nível socioeconômico e cultural, observa-se ainda um grande número de casos no país. A doença está implicada numa baixa mortalidade, contudo alta morbidade, principalmente em função das sequelas neurológicas4.

Diante do exposto em relação à questão histórica e estigma associado à doença, o presente estudo tem por objetivo analisar e descrever o perfil epidemiológico da hanseníase no Brasil, para que a partir do conhecimento mais aprofundado dos casos de hanseníase nas macro e microrregiões brasileiras, possa-se sugerir políticas de saúde pública mais elaboradas nas regiões onde a incidência da doença ainda se mantêm elevada.

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MÉTODOS

Foi realizado um estudo observacional do tipo ecológico, descritivo e analítico. Foram estudados todos os casos notificados no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN) com o CID-10 A30.0 a A30.9 (Hanseníase), no período de 2014 a 2016. Inicialmente, tinha-se como objetivo avaliar um período de 15 anos, contudo em função da retirada de dados do sistema (SINAN) dos anos anteriores a 2014, o período estudado compreendeu os 3 anos mencionados, com os dados disponíveis no sistema.

Incluíram-se no estudo todos os casos notificados de acordo com os dados obtidos do SINAN, acessados em base de dados de acesso público por Hanseníase no período de 2014 a 2016, por serem estes anos os que constavam no sistema no momento da coleta de dados, que se deu durante os meses de julho e agosto de 2018.

Os dados foram coletados pelos pesquisadores em acessos múltiplos, tendo como fonte o Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), e aqueles de interesse para a pesquisa foram extraídos e tabulados deste banco de dados com o auxílio da ferramenta TABNET, e transferidos para a planilha eletrônica MS-Excel para o cálculo das taxas e, eventualmente, a produção de gráficos.

Para o cálculo das taxas, os dados de frequência foram divididos pela população brasileira correspondente ao ano e variável considerada e o resultado foi multiplicado pela constante 10.000.

Para a produção dos mapas foi utilizado o programa de análise exploratória Tabwin versão 4.1.5, e a taxa de prevalência por região estudada foi obtida no banco de dados do SINAN e exportada para o Tabwin.

O protocolo de estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Sul de Santa Catarina sob registro 2.481.696 em 01 de fevereiro de 2018.

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RESULTADOS

No período de 2014 a 2016 houve um total de 69.071casos notificados de hanseníase no Brasil, com uma taxa de prevalência no período de 1,13. A distribuição dos casos da doença é apresentada na Tabela 1.

Tabela 1 – Distribuição dos casos diagnosticados de hanseníase e a população brasileira no período. Brasil, 2014-2016.

Ano Casos prevalentes de hanseníase População brasileira Taxa X 10.000 hab

2014 25.738 202.768.562 1,27

2015 20.702 204.450.649 1,01

2016 22.631 206.081.432 1,10

Fonte: Sistema Nacional de Agravos de Notificação, Departamento de Informática do SUS.

A Figura 1 representa a distribuição geográfica, por grandes regiões brasileiras, da taxa de prevalência dos casos de hanseníase no Brasil a cada 10.000 habitantes, entre 2014 e 2016. A região Centro-Oeste foi responsável pela maior taxa, correspondente a 3,2 casos para cada 10 mil habitantes, seguida da região Norte, com uma taxa de 2,3.

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Figura 1 – Distribuição geográfica dos casos de hanseníase diagnosticados por taxa de prevalência no Brasil no período de 2014 a 2016.

As características sociodemográficas e clínicas dos casos de hanseníase diagnosticados no país no período estudado foram agrupadas e estão apresentadas na Tabela 2.

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Tabela 2 – Características sociodemográficas e dados clínicos dos casos de hanseníase notificados no país. Brasil, 2014-2016.

Características n (69.071) % Sexo Masculino 35.684 51,66 Feminino 24.785 35,88 Ignorado 8.608 12,44 Idade em anos 1-19 6.304 9,12 20-29 6.870 9,94 30-39 11.034 15,97 40-49 10.966 15,87 50-59 11.518 16,67 60-69 8.319 12,04 70-79 4.138 5,99 ≥80 1.329 1,92 Ignorado 8.593 12,44

Classificação operacional ao diagnóstico

Paucibacilar 9.927 14,30 Multibacilar 50.541 73,17 Ignorado 8.603 12,45 Forma clínica Indeterminada 5.377 7,78 Tuberculóide 5.788 8,37 Dimorfa 30.852 44,66 Virchowiana 12.419 17,98 Não classificada 3.536 5,11 Ignorado 11.099 16,06 Lesões cutâneas 2 a 5 24.940 36,10 > 5 11.707 16,94 Ignorado 32.424 46,94

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No período estudado, foram diagnosticados 6.103 novos casos em menores de 15 anos de idade, sendo o maior número de casos diagnosticado em 2014 (2.287 casos). Vale ressaltar que nos anos de 2014 e 2015, a maioria dos casos eram paucibacilares (1.324 e 1.091 casos, respectivamente). Contudo em 2016 houve um aumento dos casos multibacilares com relação aos paucibacilares (sendo 870 casos multibacilares e 817 paucibacilares), embora o número de casos em sua totalidade tenha diminuído quando comparado aos anos anteriores (1.688 casos diagnosticados em 2016).

Com relação à população em idade produtiva, os casos foram distribuídos conforme recategorização de faixa etária proposta pelos autores, com ênfase em idade produtiva, e os resultados são apresentados na Tabela 3.

Tabela 3 - Distribuição dos casos de hanseníase de acordo com faixa etária, segundo classificação operacional e sexo. Brasil, 2014-2016.

Classificação operacional Sexo

Faixa etária Paucibacilar Multibacilar Ignorado Masculino Feminino Ignorado

≤19 anos 1.953 4.349 2 3.340 2.964 0

20-59 anos 6.397 33.985 6 23.691 16.693 1

≥60 anos 1.577 12.207 2 8.653 5.128 0

Ignorado 0 0 8.593 0 0 8.601

Total 9.927 50.541 8.603 35.684 24.785 8.602

Dados relativos ao número de nervos afetados nos casos novos de hanseníase no período estudado foram relacionados à classificação operacional da doença ao diagnóstico, e os resultados são apresentados na Tabela 4.

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Tabela 4 – Relação entre o número de nervos afetados e a classificação operacional ao diagnóstico dos casos novos de hanseníase. Brasil, 2014-2016.

Classificação operacional ao diagnóstico ≤5 nervos >5 nervos Ignorado Total Paucibacilar Multibacilar Ignorado 4.090 24.279 4 104 2.792 0 22.322 31.439 10 26.516 58.510 14 Total 28.373 2.896 53.771 85.040 DISCUSSÃO

Foram notificados no Brasil um total de 69.071 casos de hanseníase no período de 2014 a 2016, sendo o maior número absoluto registrado no ano de 2014 (25.738 casos). A taxa de prevalência no período estudado foi de 1,13 casos para cada 10 mil habitantes.

Sabe-se que a OMS considera área livre de doença aquela com menos de 1 caso para cada 10 mil habitantes13. Além disso, as taxas são classificadas em baixa (menos de 1 caso por 10 mil habitantes), média (1 a 4 casos), alta (5 a 9 casos), muito alta (10 a 19 casos) e situação hiperendêmica (maior ou igual a 20 casos)13. Nesse âmbito, a hanseníase é considerada um problema de saúde pública no Brasil, posto que somente duas das cinco regiões brasileiras apresentaram taxas de prevalência inferiores à 1: a região Sul, com uma taxa de 0,3 casos para cada 10 mil habitantes, seguida da região Sudeste, cuja taxa no período foi de 0,4. Por outro lado, as regiões Centro-oeste, Norte e Nordeste apresentaram taxas classificadas como médias (3,2; 2,3 e 1,7, respectivamente), o que vai de encontro à literatura19 e pode ser explicado pelas desigualdades sociais dessas regiões quando comparadas às demais.

São muitos os trabalhos que relacionam a prevalência da hanseníase a fatores sociais e operacionais, como programas de controle e campanhas, ou com o ambiente químico ou biofísico desses territórios. Assim, a baixa prevalência da doença no Sul do Brasil pode decorrer de um maior nível de desenvolvimento econômico e social da região, além de um

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maior acesso aos serviços de saúde. Já as regiões Centro-oeste, Norte e Nordeste são marcadas por um atraso histórico de desenvolvimento, o que explica a discrepância entre as regiões19,20. Questiona-se, assim, se os números alarmantes encontrados no presente estudo decorrem de melhorias no contexto da saúde pública e informação à população e aos profissionais de saúde, repercutindo assim no número de casos diagnosticados, ou se houve a descoberta de casos antigos acumulados e a doença realmente vem apresentando altos níveis endêmicos, distribuídos de forma variável nas diferentes regiões brasileiras e constituindo um quadro preocupante para a saúde do país. Além disso, ressalta-se ainda, se não há uma prevalência ainda maior da doença nas regiões de alta endemicidade, uma vez que podem haver muitos casos não diagnosticados (devido à dificuldade de acesso aos serviços de saúde, por exemplo) e que poderiam representar taxas reais ainda maiores do que as já encontradas.

A maioria dos casos do presente estudo ocorreu entre indivíduos do sexo masculino (51,7%). Estudo sobre o perfil epidemiológico de pacientes portadores de hanseníase em Uruaçu – Goiás, no período de 2009 a 2013, também evidenciou a maior prevalência de casos entre homens21. Quando comparado ao perfil dos pacientes acometidos pela hanseníase atendidos no ambulatório de Dermatologia do Hospital Evangélico de Curitiba22, os resultados se mantêm semelhantes, o que pode ser explicado por uma menor preocupação do sexo masculino com a própria saúde quando comparado à população feminina, já que costumam demorar a buscar o serviço de saúde após o surgimento das primeiras manifestações da doença, além de possuírem um menor grau de adesão às consultas/retornos e aos tratamentos de longa duração. Busca-se mudança nesse quadro com a criação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, que visa promover melhoria das condições de saúde da população masculina, contribuindo para redução da morbimortalidade destes através do enfrentamento racional de fatores de risco, além da facilitação ao acesso às ações e serviços de assistência integral à saúde23,24.

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Quanto à faixa etária, os registros mostram um maior índice de casos na população economicamente ativa, entre 20 e 59 anos (58,5%), o que pode gerar tanto o comprometimento da dinâmica econômica familiar quanto prejuízos à economia do país, dadas as incapacidades físicas e psicológicas causadas pela doença e que muitas vezes resultam em afastamento da atividade produtiva25,26.

A análise da frequência de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos é de extrema importância e foco nas estratégias de eliminação da doença atualmente, dado o elevado número de casos novos na mencionada faixa etária associado ao grande auxílio que a ocorrência desses casos fornece no monitoramento da endemia, ao passo que revela dados importantes como persistência de transmissão, circulação ativa do bacilo e falha no sistema de saúde em controlar a doença27, 28, 29. No período estudado, houve 6.103 (8,83%) casos novos em menores de 15 anos de idade, com tendência decrescente e prevalência da forma clínica paucibacilar (3.232 casos no período). Os dados são semelhantes aos encontrados na literatura e podem indicar que o diagnóstico está sendo precoce nestes devido à intensificação da busca ativa de casos, principalmente nas escolas28. A ocorrência da hanseníase nessa faixa etária reflete uma exposição intensa e precoce a uma carga bacilar alta, uma vez que o bacilo possui um período de incubação que varia de dois a cinco anos29. Nesse âmbito, o exame de contatos intradomiciliares é indispensável, envolvendo familiares e possíveis cuidadores, além de outras estratégias que associem atividades de informação, educação e comunicação e do exame em coletividade nas escolas (busca ativa)29.

No que diz respeito às características da doença, os dados são alarmantes. Ao diagnóstico, houve maior ocorrência de casos com classificação operacional multibacilar (73,2%), sendo a forma clínica dimorfa a mais encontrada (44,7%), o que está concordante com a literatura23 e pode ser decorrente de dificuldade de acesso à serviços de saúde ou de diagnóstico tardio dos casos, e deve ser exaustivamente discutido entre profissionais da saúde

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visando uma abordagem e diagnóstico cada vez mais precoces. Uma vez que os doentes multibacilares são os transmissores da doença e, no presente estudo, estes corresponderam à maioria dos casos no período analisado, pode-se questionar se o número de doentes paucibacilares não ultrapassa os valores encontrados, resultado do contato com os doentes transmissores. Urge assim a necessidade de melhorias no contexto da saúde brasileira, através de informação, campanhas, inclusão social e conscientização, para tentar diagnosticar precocemente esses casos e realizar o tratamento adequado dos mesmos, reduzindo o número de casos novos, a taxa de prevalência da doença e, também, as sequelas decorrentes do diagnóstico e tratamento tardios.

Ressalta-se que o ser humano apresenta uma resistência natural à hanseníase, decorrente da imunidade celular, o que infere que a maioria dos casos da doença no país deveria ser paucibacilar, e não multibacilar, como encontrado neste estudo30. A relação entre as formas clínicas da doença e a faixa etária, onde a forma multibacilar ocorre principalmente na faixa etária produtiva, pode decorrer do longo período de incubação do bacilo somado ao diagnóstico tardio da doença25. Os resultados do estudo são preocupantes, pois nos remetem à possibilidade de um grande aumento no número de casos novos nos próximos anos, decorrentes do contato com os doentes multibacilares, que, como já mencionado, são a maioria dos casos no Brasil e sugerem maior disseminação da doença.

Quanto ao número de lesões cutâneas ao diagnóstico, em 31,6% dos casos foram encontradas de 2 a 5 lesões, dado divergente dos artigos analisados23,25,26.Ressalta-se que o número de lesões geralmente é o que determina a busca do portador pelos serviços de saúde, o que pode explicar, no presente estudo, a prevalência de casos multibacilares, levando em conta também que alguns pacientes com a mencionada classificação operacional podem não desenvolver lesões de pele e servirem ainda de transmissores da hanseníase.

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Os resultados encontrados nesse banco de dados constituem preocupação importante para os autores, especialmente no que diz respeito à predominância de casos multibacilares, pois esta é a forma transmissora da doença, o que pode prenunciar um aumento alarmante no número de casos novos da doença nos próximos anos. Assim, salienta-se a necessidade de medidas de saúde pública voltadas à hanseníase, posto que é uma doença curável, mas que quando não diagnosticada e tratada precocemente traz sequelas físicas e psicológicas graves.

O estudo apresenta algumas limitações, dentre elas a obtenção dos dados por fontes secundárias, que demonstra fragilidade com relação à subnotificação de casos. No entanto acredita-se que esta seja pequena, uma vez que ao diagnosticar a doença, é preciso notificá-la para iniciar o tratamento. O que realmente pode ser relevante é a questão de casos reais não diagnosticados.Contudo, ainda assim o estudo poderá contribuir através da melhor elucidação do perfil dos casos de hanseníase no Brasil, identificando as principais áreas de risco, a população mais suscetível e demais fatores que predispõe à patologia, permitindo a elaboração de estratégias de prevenção, vigilância e eliminação da doença.

Diante dos resultados, fica evidente a necessidade de discussão no aprimoramento da investigação e registro dos casos, além de educação e informação à população e aos profissionais de saúde quanto ao diagnóstico precoce e tratamento adequado da doença.

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CONCLUSÃO

Com base nos resultados obtidos neste estudo, conclui-se que o Brasil, no período estudado, apresentou ainda um elevado número de casos de hanseníase, com uma taxa de prevalência de 1,13 casos para cada 10 mil habitantes, apesar das diversas campanhas para erradicação da mesma. Ainda persistem diferenças regionais importantes, uma vez que os casos concentraram-se nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, o que deve ser averiguado constantemente, de modo a monitorar os principais coeficientes epidemiológicos.

A maior parte dos doentes, no presente estudo, é do sexo masculino e de faixa etária economicamente ativa. A maioria dos casos foi classificada ao diagnóstico como multibacilar, forma clínica dimorfa, com 2 a 5 lesões de pele e acometimento de 5 ou menos nervos.

Desta forma, tendo as informações acima mencionadas e considerando principalmente o maior número de casos multibacilares, na forma clínica dimorfa, é possível concluir que o diagnóstico da doença ainda está sendo tardio e infere-se a grande quantidade de bacilo circulante. Ressalta-se mais uma vez a preocupação com o aumento ainda maior no coeficiente de detecção para os próximos anos e as consequências graves desse aumento (tanto para o próprio doente quanto para a saúde pública), tendo em vista que os pacientes multibacilares são os responsáveis pela transmissão da doença.

Com o conhecimento do perfil epidemiológico da hanseníase no país, podemos sugerir aos gestores de saúde a realização de planos cada vez melhores, com informação à população sobre a doença e ações estratégicas principalmente na estratégia de Saúde da Família – a porta de entrada do paciente na Atenção Básica de Saúde – para uma busca ativa cada vez mais eficaz.

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REFERÊNCIAS

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7. Queiroz MS, Puntel MA. A situação epidemiológica da hanseníase no Brasil e em Campinas. In: Queiroz, MS, Puntel MA. A endemia hansênica: uma perspectiva multidisciplinar [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 1997.

8. Uchôa REM, Brito KKG, Santana EMF, Silva MA, Oliveira SHS, Soares MJGO. Distribuição dos casos de hanseníase com incapacidade física no estado da Paraíba de 2001 a 2011 [internet]. Fundam care online. 2017;9(3). DOI: 10.9789/2175-5361.

9. Monteiro LD, Mota RMS, Martins-Melo FR, Alencar CH, Heukelbach J. Determinantes sociais da hanseníase em um estado hiperendêmico da região Norte do Brasil. Rev Saude Publica. 2017;51(70).

(22)

10. Neto JMP, Villa TCS. Características epidemiológicas dos comunicantes de hanseníase que desenvolveram doença, notificados no Centro de Saúde de Femandópolis (1993 a 1997). Hansen. Int., 1999; 24(2).

11. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Coordenação-Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação. Exercício de monitoramento da eliminação da hanseníase no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.

12. Lobato DC, Neves DCO, Xavier MB. Avaliação das ações da vigilância de contatos domiciliares de pacientes com hanseníase no Município de Igarapé-Açu, Estado do Pará, Brasil. Rev Pan-Amaz Saude. 2016 Mar;7(1).

13. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Taxa de prevalência de hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

14. World Health Organization (WHO). Chemotherapy of leprosy: report of a WHO study group. Geneva: WHO,1994.

15. Penna GO, Pinheiro AM, Nogueira LSC, Carvalho LR, Oliveira MBB, Carreiro VP. Clinical and epidemiological study of leprosy cases in the University Hospital of Brasilia: 20 years - 1985 to 2005. Rev Soc Bras Med Trop. 2008;41(6).

16. Lockwood DN, Suneetha S. Leprosy: too complex a disease for a simple elimination paradigm. Bull World Health Organ. 2005;83(3).

17. Ministério da Saúde (BR). Plano Integrado de Ações Estratégicas de Eliminação da hanseníase, filariose, esquistossomosee oncocercose como problema de saúde pública, trachoma como causa de cegueira e controle das geohelmintíases. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

18. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Coordenação-Geral de Hanseníase e Doenças em

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Eliminação. Eliminar a hanseníase é possível: um guia para os municípios. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.

19. Ribeiro MDA, Silva JCA, Oliveira SB. Estudo epidemiológico da hanseníase no Brasil: reflexão sobre as metas de eliminação [internet]. Rev Panam Salud Publica. 2018;42:e42. https://doi.org/10.26633/RPSP.2018.42

20. Magalhaes MCC, Rojas LI. Diferenciação territorial da hanseníase no Brasil. Epidemiol Serv Saude. 2007;16(2).

21. Silva MN, Toledo BJ, Gelatti LC. Perfil epidemiológico de pacientes portadores de hanseníase em Uruaçu-GO [internet]. Revista Eletrônica de Ciências humanas, saúde e

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http://www.fasem.edu.br/revista/index.php/fasemciencias/article/view/75/116 Acesso em: 20 Out 2017.

22. Budel AR, Raymundo AR, Costa CF, Gerhardt C, Pedri LE. Perfil dos pacientes acometidos pela hanseníase atendidos no Ambulatório de Dermatologia do Hospital Evangélico de Curitiba. An Bras Dermatol. 2011;86(5).

23. Queirós MI, Ramos Jr AN, Alencar CHM, Monteiro LD, Sena AL, Barbosa JC. Perfil clínico epidemiológico de pacientes com hanseníase atendidos em hospital universitário no Ceará entre 2007 e 2011. An Bras Dermatol. 2016;91(3).

24. Ministério da Saúde (BR). Secretária de Atenção à saúde. Departamento de ações progrmáticas estratégicas. Política nacional de atenção integral à saúde do homem. Brasília: Ministério da Saúde, 2008.

25. Sousa MWG, Silva DC, Carneiro LR, Almino MLB, Costa ALF. Perfil epidemiológico da hanseníase no estado do Piauí, período de 2003 a 2008. An Bras Dermatol. 2012;87(3).

26. Júnior AFR , Vieira MA, Caldeira AP. Perfil epidemiológico da hanseníase em uma cidade endêmica no Norte de Minas Gerais. Rev Bras Clin Med. 2012; 10(4).

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27. Oliveira MBB, Diniz LM. Hanseníase em menores de 15 anos: revisão da literatura. An Bras Dermatol. 2016;91(2).

28. Moreira SC, Batos CJC, Tawil L. Índice de detecção de hanseníase em Salvador no período de 2001 a 2009. AnBrasDermatol. 2014;89(1).

29. Souza VFM, Silva RS, Valle CLP, Obadia DL, Daxbacher ELR. Relato de três casos novos de hanseníase em menores de quinze anos no município de Itaguaí, Rio de Janeiro - evento de alerta para investigação epidemiológica. An Bras Dermatol. 2011;86(5).

30. Mendonça VA, Costa RD, Brito-Melo GE, Antunes CM, Teixeira AL. Imunologia da hanseníase. An Bras Dermatol. 2008;83(4).

(25)

ANEXOS

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(28)
(29)

Anexo 3 – Normas para publicação na revista

REVISTA DA ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL (AMRIGS)

Instruções Redatoriais

A. SUBMISSÃO ON-LINE

A submissão deverá ser feita através do endereço do seguinte endereço na internet: http://www.revistadaamrigs.org.br/sgp/.

Quando entrar neste link, o sistema irá pedir seu nome de usuário e senha, caso já esteja cadastrado. Caso contrário clique no botão "Quero me cadastrar" e faça seu cadastro. Ou ainda, caso tenha esquecido sua senha, use o mecanismo para lembrar sua senha, que gerará automaticamente um e-mail contendo a mesma. O(s) autor(es) deve(m) manter uma cópia de todo o material enviado para publicação, pois os editores não se responsabilizam pelo extravio do material. O processo de submissão é composto de oito passos, listados abaixo:

1. Informar Classificação

2. Envio de Imagens para o seu Artigo 3. Cadastrar co-autores

4. Informar Título e Palavras-chave 5. Informar Resumo e Comentários 6. Montar Manuscrito

7. Transferência de Copyright (Cessão de Direitos) e Declaração de Conflitos de Interesse

8. Aprovação do (s) Autor (es)

Os autores devem submeter eletronicamente manuscritos preparados no Microsoft Word ou similar, pois no passo "Montar Manuscrito", será exibida uma tela que simula o Word, onde é possível "copiar e colar" de qualquer editor de texto, inclusive as tabelas. O texto deverá ser digitado em espaço duplo, sendo que as margens não devem ser definidas, pois o sistema SGP as definirá automaticamente. Regras para imagens e gráficos estão descritas abaixo.

Submissão on-line passo a passo 1º Passo: Informar Classificação

Escolha uma das quatro opções: Artigo Original, Artigo de Revisão, Relato de Caso ou Carta ao Editor.

2º Passo: Envio de imagens para o seu artigo:

As imagens deverão obrigatoriamente estar em formato JPG. O sistema envia grupos de até cinco imagens por vez. Para submeter mais de cinco imagens, basta clicar no botão "Enviar

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mais imagens". Logo após serão exibidas miniaturas das imagens, onde há um ícone ( ), que deverá ser clicado para editar o título e a legenda de cada imagem submetida.

3º Passo: Cadastrar Co-autor (es)

Cadastre cada co-autor, informando nome completo, cargo e titulação obrigatoriamente. O CPF poderá ser informado posteriormente. A ordem dos co-autores pode ser alterada facilmente usando as "setas" exibidas na tela.

4 º Passo: Informar Título e Palavras-chave

Informe o título do trabalho, em português e inglês, e as Palavras-chave (Português) e Keywords (Inglês), 2 a 6 palavras chaves pertinentes. ESTAS PALAVRAS DEVERÃO ESTAR CONTIDAS NO DECS E NO MESH (em todas as telas no SGP).

5º Passo: Informar Resumo e Comentários

O Resumo deverá obrigatoriamente conter no máximo 250 palavras que é o limite máximo aceito pelo sistema. O excedente será cortado automaticamente pelo mesmo. O autor deverá preencher os campos: Instituição, Nome e endereço para correspondência, suporte financeiro (deverá ser provida qualquer informação sobre concessões ou outro apoio financeiro) e a carta ao editor (opcional). O Abstract será redigido pelo Tradutor com base no resumo.

6º Passo: Montar Manuscrito

Nesta tela é exibido um simulador do Word com todas as funcionalidades de formatação de texto necessárias. Para inserir seu texto neste campo, simplesmente selecione todo seu trabalho e copie e cole no campo de montagem do manuscrito. Somente selecione textos e tabelas, pois as imagens já deverão ter sido enviadas no 1º passo e serão inseridas no final do trabalho automaticamente. Importante: Nunca coloque neste campo os nomes de autores, co-autores, ou qualquer outra informação que possa identificar onde o trabalho foi realizado. Tal exigência se deve ao fato de o processo de revisão transcorrer sem o conhecimento destes dados pelo (s) revisor (es). A não observância deste detalhe fará com que o trabalho seja devolvido como FORA DE PADRÃO para correções.

7º Passo: Copyright (Cessão de Direitos) e Declaração de Conflitos de Interesse

Neste passo é exibida a tela com o termo de Copyright e outra com a Declaração de conflitos de Interesse, que devem ser impressas, para que o autor colha as assinaturas e informe os dados dele e de cada co-autor. A revisão do artigo será feita por pares, sendo avaliado potencial conflito de interesse que impossibilite a mesma, baseado em relação comercial, familiar, científica, institucional ou qualquer outra com o autor ou co-autores e com o conteúdo do trabalho. Em caso de material já publicado ou em caso de material que possa identificar o paciente, imprima os formulários adequados e colha as assinaturas e dados

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conforme indicado. O SGP oferece a opção de impressão destes termos clicando nos links apropriados.

8º Passo (Último passo): Aprovação do Autor

Este é o último passo para completar a submissão do artigo. Nesta tela o autor terá a opção de visualizar seu trabalho no sistema e também pode salvar uma versão em PDF de seu trabalho recém submetido. Importante: O autor deverá clicar no link "APROVAR MANUSCRITO" para que seu trabalho seja encaminhado à Secretaria da Revista da AMRIGS para conferência e confirmação.

Procedimentos após a submissão (Notificações via e-mail)

Ao terminar a submissão de seu trabalho, será gerado um e-mail informando se a submissão foi efetuada corretamente. Quando o trabalho for recebido e conferido será gerado outro e-mail informando se o mesmo está dentro dos padrões solicitados. Caso o artigo esteja "Fora de padrão" o autor será avisado por e-mail e poderá corrigi-lo entrando no

site http://www.revistadaamrigs.org.br/sgp/

O autor que submeteu o trabalho poderá acompanhar a sua tramitação a qualquer momento pelo SGP da revista, através do código de fluxo gerado automaticamente pelo SGP ou ainda pelo título de seu trabalho.

Como o sistema gera e-mails automaticamente conforme seu artigo estiver tramitando é imprescindível que o autor DESABILITE SEUS FILTROS DE SPAM em seus respectivos provedores ou que CONFIGURE SUAS CONTAS DE E-MAIL PARA ACEITAR qualquer mensagem do domínio REVISTADAAMRIGS.ORG.BR.

B. REGRAS PARA REDAÇÃO DOS ARTIGOS

A revista da AMRIGS (ISSN 0102-2105) aceita para publicação artigos da comunidade científica Nacional e Internacional. Publica regularmente artigos originais de pesquisa clínica e experimental, artigos de revisão sistemática de literatura, metanálises, artigos de opinião, relatos de caso e cartas ao editor. A revista da AMRIGS apoia as políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e divulgação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto. Sendo assim, somente serão aceitos para publicação, os artigos de pesquisas clínicas que tenham recebido um número de identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE (http://www.icmje.org). O número de identificação deverá ser informado no

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final do resumo. Regras do artigo:

O artigo pode ser enviado nas seguintes línguas: português, espanhol e inglês (sempre com resumo na língua em que foi escrito). O tamanho do artigo completo não deverá exceder 24 páginas (laudas do Word) para artigos originais e de revisão, 15 páginas para relatos de caso e artigos de opinião e 2 páginas para as cartas ao editor. As margens não precisam ser definidas, pois o sistema SGP as definirá. A seleção baseia-se no princípio da avaliação pelos pares (peer review). Os trabalhos são encaminhados aos Editores Associados que selecionarão os relatores de reconhecida competência na temática abordada. Os trabalhos publicados são propriedades da Revista, sendo vedada a reprodução total ou parcial e a tradução para outros idiomas sem a autorização da mesma. Os trabalhos deverão ser acompanhados da Declaração de Transferência dos Direitos Autorais e Declaração de Conflitos de Interesses assinadas pelos autores. Os conceitos emitidos nos trabalhos são de responsabilidade exclusiva dos autores.

Conteúdo do artigo:

O título do artigo: em português e inglês, curtos e objetivos; nome dos autores com titulação mais importante de cada um; instituição à qual o trabalho está vinculado; nome, endereço, telefone, e-mail e fax do autor responsável pela correspondência; se o trabalho foi apresentado em congresso, especificar nome do evento, data e cidade; fonte de suporte ou financiamento se houver e se há alguma espécie de conflito de interesses.

- Resumo: O resumo dos artigos originais deve ser estruturado, isto é, apresentando as seguintes seções: a) Introdução (com objetivo); b) Métodos; c) Resultados; d) Conclusões. O resumo deve ter no máximo de 250 palavras. O resumo dos artigos de revisão não deve ser estruturado, porém deve incluir introdução (com objetivos), síntese dos dados e conclusões. Para relatos de caso o resumo também não deve ser estruturado, porém deve incluir

introdução, e o relato resumido e conclusões. Abaixo do resumo, fornecer dois a seis descritores em português e inglês, selecionados da lista de "Descritores em Ciências da Saúde" da BIREME, disponível no site http://decs.bvs.br. O Abstract será redigido pelo Tradutor com base no resumo.

- Artigos Originais: a) Introdução (com objetivo); b) Métodos; c) Resultados; d) Discussão; e) Conclusões; f) Referências Bibliográficas. As informações contidas em tabelas e figuras não devem ser repetidas no texto. Estudos envolvendo seres humanos e animais devem fazer referência ao número do protocolo de aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

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trabalho de pesquisa científica com contribuições significativas e válidas. Os leitores devem extrair de um artigo geral conclusões objetivas que vão ao encontro dos objetivos propostos. Artigos de Revisão da Literatura: Deverão ser feitos sob convite do Editor e conter na sua estrutura os seguintes itens: a) Introdução; b) Revisão de literatura; c) Comentários Finais; e) Referências Bibliográficas. Artigos de revisão devem abranger a literatura existente e atual sobre um tópico específico. A revisão deve identificar, confrontar e discutir as diferenças de interpretação ou opinião.

Relato de Caso: a) Introdução; b) Apresentação do Caso; c) Discussão com revisão de literatura; e) Comentários finais; f) Referências Bibliográficas. Relatos de caso deverão apresentar características inusitadas ou cientificamente relevantes.

Cartas ao Editor - Deve expressar de forma sucinta a opinião do autor sobre diferentes assuntos de interesse médico/profissional, com um número máximo de 350 palavras

(aproximadamente uma página e meia de texto) e com número de referências bibliográficas não superiores a 10.

Artigos de Opinião: deverão ser feitos sob convite do Editor.

Referências bibliográficas - as referências devem ser apresentadas em ordem de aparecimento no texto e identificadas no texto em numerais arábicos entre parênteses. As abreviaturas dos periódicos devem ser baseadas no "Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals", disponível pelo

site http://www.icmje.org. Todos os autores deverão ser incluídos quando houver até seis; quando houver sete ou mais, os primeiros seis devem ser listados seguidos de 'et al.' para os subsequentes. Serão aceitas no máximo 30 referências para artigos originais, 60 para artigos de revisão e 15 para relatos de casos.

Exemplos:

- Periódicos: Sobrenome do(s) Autor(es) e Iniciais. Título do Artigo. Abreviaturas do Periódico, ano, volume: página inicial - página final. Ex:Prolla JC, Dietz J, da Costa LA. Geographical differences in esophageal neoplasm mortality in Rio Grande do Sul. Rev Assoc Med Bras. 1993;39(4):217-20.

- Teses: Sobrenome do Autor e Iniciais. Título da Tese. Cidade, ano, página (Tese de Mestrado ou Doutorado - Nome da Faculdade). Ex: Barros SGS. Detecção de lesões precursoras em indivíduos sob risco para o carcinoma epidermóide do esôfago. Tese de doutorado (1992). Porto Alegre, UFRGS.

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- Livros:Sobrenome do(s) Autor(es) e Iniciais. Título do Livro, no da edição. Cidade: Editora; ano. Ex: Corrêa da Silva, LC. Condutas em Pneumologia.1ª ed. Rio de Janeiro: Revinter; 2001.

- Capítulos de Livros: Sobrenome do(s) Autor(es) do capítulo e Iniciais. Nome do capítulo. In: Sobrenome do(s) Autor(es) do Livro e Iniciais. Título do Livro. Número da edição. Cidade: Editora; ano, página inicial - página final. Ex: Silveira TR, Krebs S, Vieira SMG. Fibrose Cística. In Gayotto LC e Strauss EO. Hepatologia, 1ª ed. São Paulo: Ed. Rocca; 2000, 353-364.

- Material eletrônico: Para artigos na íntegra retirados da internet, seguir as regras prévias,

acrescentando no final "disponível em: endereço do site" e data do acesso.

Abreviaturas e Unidades: a revista reconhece o Sistema Internacional (SI) de unidades. As abreviaturas devem ser usadas apenas para palavras muito freqüentes no texto.

Tabelas e Gráficos: cada tabela deve ser apresentada com números arábicos, por ordem de aparecimento no texto, em página separada com um título sucinto, porém explicativo, não sublinhando ou desenhando linhas dentro das tabelas. Quando houver tabelas com grande número de dados, preferir os gráficos (em preto e branco). Se houver abreviaturas,

providenciar um texto explicativo na borda inferior da tabela ou gráfico.

Ilustrações: Enviar as imagens e legendas conforme instruções de envio do Sistema de Gestão de Publicações (SGP) no site www.revistadaamrigs.org.br. Até um total de 8 figuras será publicado sem custos para os autores; fotos coloridas serão publicadas dependendo de decisão do editor e seu custo poderá ser por conta do autor. As imagens deverão ser enviadas em 300dpi, em formato JPG sem compactação. As tabelas deverão ser colocadas no final do artigo e coladas juntamente com o conteúdo no respectivo passo. Os gráficos deverão ser convertidos em formato de imagem, jpg.

Se forem usadas fotografias de pessoas, os sujeitos não devem ser identificáveis ou suas fotografias devem estar acompanhadas por consentimento escrito para publicação (ver a seção de Proteção dos Direitos de Privacidade dos Pacientes). Se uma figura já foi publicada,

agradecer à fonte original e enviar a autorização escrita do detentor dos direitos autorais para reproduzir o material. A autorização é requerida, seja do autor ou da companhia editora, com exceção de documentos de domínio público.

Legenda das ilustrações: Quando símbolos, setas, números ou letras forem usados para identificar as partes de uma ilustração, identificar e explicar cada uma claramente na legenda. Explicar a escala interna e identificar o método de coloração utilizado nas microfotografias. Declaração de conflitos de interesse: Além da declaração no Sistema de Gestão de

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Publicações, os autores devem informar no final do artigo a existência ou não de conflitos de interesses.

Provas - Os autores receberão as provas gráficas para revisão antes da publicação. Apenas modificações mínimas serão aceitas nesta fase, para correção de erros de impressão (05 dias úteis para revisar).

Check List

√ Título em português e inglês; √ Nome e titulação dos autores; √ Instituição;

√ Endereço para correspondência;

√ Apresentação em congresso; fonte de financiamento; √ Resumo e palavras-chave;

√ Texto do manuscrito; √ Agradecimentos;

√ Referências bibliográficas; √ Tabelas e gráficos;

√ Ilustrações (fotos e desenhos); √ Legendas das ilustrações.

√ Declaração por escrito de todos os autores que o material não foi publicado em outros locais, permissão por escrito para reproduzir fotos/figuras/gráficos/tabelas ou qualquer material já publicado ou declaração por escrito do paciente em casos de fotografias que permitam a sua identificação.

√ Declaração por escrito sobre a "Transferência dos Direitos Autorais" e sobre a "Declaração de Conflitos de Interesse".

Referências

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