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(1)UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS DA RELIGIÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO. PODER SIMBÓLICO ALTERNATIVO E IDENTIDADE ÉTNICA NO BRASIL Estudo do Instituto do Negro Padre Batista na sua luta pelos direitos de igualdade racial. Bas’Ilele Malomalo. São Bernardo do Campo, Agosto de 2005.

(2) UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS DA RELIGIÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO. PODER SIMBÓLICO ALTERNATIVO E IDENTIDADE ÉTNICA NO BRASIL Estudo do Instituto do Negro Padre Batista na sua luta pelos direitos de igualdade racial. por. Bas’Ilele Malomalo. Orientador: Prof. Dr. Dario Paulo Barrera Rivera. Dissertação de Mestrado em cumprimento parcial às exigências do Programa de PósGraduação em Ciências da Religião, para obtenção do grau de Mestre.. São Bernardo do Campo, Agosto de 2005.

(3) Banca examinadora. Presidente ________________________________________________ Prof. Dr. Dario Paulo Barrera Rivera. 1o examinador ________________________________________________ Prof. Dr. Leonildo Silveira Campos. 2o examinador ________________________________________________ Prof. Dr. Dagoberto José Fonseca.

(4) MALOMALO, Bas´Ilele. Poder simbólico alternativo e identidade étnica no Brasil: estudo do Instituto do Negro Padre Batista na sua luta pelos direitos de igualdade racial. 2005. 280 f. Dissertação de Mestrado em Ciências da Religião, Faculdade de Filosofia e Ciências da Religião, Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2005.. Sinopse Esse trabalho faz parte dos estudos das Ciências Sociais que procuram analisar as relações existentes entre o campo religioso afro-católico e o campo político brasileiro na recomposição das identidades étnicas. É um estudo de um caso. Investiga o Instituto do Negro Padre Batista (INPB). Este é uma Organização Não Governamental (ONG) negra de São Paulo que faz parte do movimento eclesial afro-católico da década de 1980, foi fundado pelo falecido Padre Batista em 1987 para atender às demandas dos afrodescendentes. Esse estudo apropria-se da teoria da etnicidade, que ele mesmo constrói a partir do diálogo estabelecido entre a sociologia dos sistemas simbólicos de Bourdieu com outras teorias das ciências sociais, entre outras a sociologia das relações raciais, do rito, dos movimentos sociais, e da pesquisa de campo para analisar de que forma o INPB produz e reproduz a identidade étnica dos seus membros, especialistas, clientes e parceiros. Define o seu objeto de estudo, o INPB, como uma ONG negra híbrida. Mostra que é essa identidade mista que faz com que o INPB use da religião e da política, através de suas parcerias com os agentes religiosos da Igreja Católica e de outras instituições religiosas cristãs e não cristãs, e com os agentes políticos do setor do Estado e da sociedade civil, como recursos/estratégias simbólicos para reproduzir a sua ideologia anti-racista. Essa ideologia, que também é híbrida, é transmitida mediante a manipulação de ritos. O texto analisa, particularmente, os ritos híbridos acionados pelo INPB. Estes são vistos como liturgias políticas, liturgias sincréticas, que misturam os símbolos e discursos religiosos e seculares no cumprimento da sua magia social, o poder simbólico alternativo, que proporciona o reconhecimento da identidade étnica negra em termos de cidadania, de direitos de igualdade racial..

(5) MALOMALO, Bas´Ilele. Alternative simbolic power and etnic identity in Brasil: study of Instituto do Negro Padre Batista in its fight for racial equality rights. 205. 282p. Monograph of Master in Studies of Religion, Faculdade de Filosofia e Ciências da Religião, Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2005.. Abstract. This work is part of studies of social sciences that wants to analyse the relation between the afro-catholic religious field and the Brazilian politic field to recompose the ethnic identies. It’s a study of a case. It investigates the “Instituto do Negro Padre Batista” (INPB). It´s a “black” Non Goverment Organizasation (NGO) in São Paulo that is a part of an afrocatholic ecclesiastic movement of the 80´s decade, it was founded by the dead Priest Batista in 1987 to attend to the demand of afro-descendants. This study has its bases in the ethnical theory, that was build by itself following a dialogue estabelished between the symbolic system sociology of Bourdieu and other theories of social sciences, and among others the sociology of racial relationships, of rite, of social movements, and the field research to analyse the way that INPB produce and reproduce the ethnic identity of its member, specialists, clients and partners. It defines its study aims, the INPB, as a black hibrid NGO. It shows that this mix of identities that makes it use the religion and the politician, through its partnership with religious agents of the Catholic Church and other Christian and nonchristian religious institutions, and with politician agents of the state or civil society, as a symbolic resource/strategities, to reproduce its anti-racist ideology. This ideology that is also hybrid is transmited through the rite manipulations. The text analyses, particularly, the hybrid rites added by the INPB. These are seen as politician liturgies, syncretical liturgies, that mixes symbols and religious speeches and secular to the accomplishment of its social magic, its symbolic alternative power that provides the knowledge of the black ethnic identity in terms of citizenship, racial equality rights..

(6) Dedicatória. Um dia, durante uma das minhas visitas de pesquisa de campo no INPB, a secretária Nilma Paula entregou-me uma foto do Padre Batista. Atrás dessa, o padre Batista tinha escrito ao seu amigo, Senhor Moacyr, essas palavras:. Pensando em você, me ocorre Exupéry no pensamento: “É bom ter tido um amigo; mesmo se a gente vai morrer...”. Mais do que ninguém, o padre Batista viveu e celebrou intensamente, de corpo e alma, a liturgia política da Comunidade Negra, quando cantava com alegria nos púlpitos da Catedral da Sé e da Igreja da Nossa Senhora da Boa Morte, essa música:. Ei Zumbi, Zumbi Ganga meu rei Você não morreu Você está em mim !. É com essas palavras de “morte” e de “vida”, de sofrimento e esperança, de ressurreição, que dedico esse trabalho à memória do Padre Batista Laurindo, levando no meu coração e espírito a esperança de que, como Jesus de Nazaré e Zumbi dos Palmares, Batista não morreu. Ele está vivo nas realizações do Movimento negro civil e eclesial e de todos/as seus/suas seguidores/as..

(7) Meus agradecimentos. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ); Aos membros do INPB e da PAB; Aos professores e colegas do Programa de Pós-graduação em Ciências da Religião, área de concentração Ciências Sociais e Religião; À minha família, família Ilele; À família da minha esposa, família Prado; Aos meus e minhas colegas de luta pelos direitos de igualdade racial, os militantes e pesquisadores do Centro Atabaque de Cultura e Teologia Negra e do Núcleo de Negro da UNESP Para Pesquisa e Extensão (NUPE); À todos e todas, que contribuíram de perto ou de longe na concretização desse trabalho..

(8) Lista de siglas e abreviaturas. APNs – Agentes de Pastoral Negros Atabaque – Centro Atabaque de Cultura e Teologia negra CF – Campanha da Fraternidade DJ – Departamento Jurídico DP – Departamento de Psicologia INPB – Instituto do Negro Padre Batista JMs – Jornadas do menor MNDR – Marcha Noturna pela Democracia Racial MNU – Movimento Negro Unificado NMS – Novos Movimentos Sociais PAB – Pastora Afro-Brasileira PT – Partido dos Trabalhadores UCN – Grupo de União e Consciência Negra TdL – Teologia da Libertação.

(9) Sumário Introdução..............................................................................................................................1 Capítulo I: Quadro teórico-metodológico de análise do campo da etnicidade ................5 1. Campo da etnicidade como objeto de análise.....................................................................5 2. Uma proposta metodológica para a análise do campo da etnicidade................................12 2.1. O método estrutural genético.........................................................................................12 2.2. Categorias fundamentais para a análise do campo da etnicidade...................................17 2.2.1. Economia simbólica do campo etnicidade..................................................................18 2.2.2. Campo da etnicidade como espaço de luta social.......................................................19 2.2.3. Agentes sociais do campo da etnicidade.....................................................................21 2.2.4. Habitus cultural como habitus étnico..........................................................................22 2.2.4.1. Habitus étnico e identidade étnica............................................................................23 2.2.4.2. Propriedades do habitus ou a identidade étnica.......................................................28 2.2.5. Poder simbólico e capital simbólico...........................................................................37 2.2.6. Violência simbólica hegemônica e a violência simbólica libertadora........................40 2.2.7. Poder simbólico alternativo como violência simbólica libertador..............................43 2.2.8. Identidade étnica como poder simbólico alternativo..................................................44 2.2.9. Produção e reprodução do poder simbólico alternativo..............................................46 2.2.10. Campo social como espaço de reprodução de identidade étnica..............................57 Capítulo II: Sócio-análise da metodologia e dos dados coletados...................................62 1. Noção de sócio -análise......................................................................................................62 2. Metodologia da pesquisa de campo..................................................................................63 2.1. Exploração do campo.....................................................................................................65 2.2. Documento como fonte de dados...................................................................................68 2.2.1. Fontes primárias........................................................................................................69 2.2.2. Fontes secundárias......................................................................................................80 2.2.2.1. Parceria do INPB com a sociedade civil..................................................................80 A – parceira religiosa: pastoral afro-brasileira......................................................................80.

(10) B – parceiros seculares e/ou mistos.....................................................................................87 B.1. Parceiros não negros: imprensa não negra....................................................................87 B.2. Movimento negro..........................................................................................................88 B.3. Instituto Juventude Interativa........................................................................................92 B.4. Atabaque........................................................................................................................93 B.5. Mandato do deputado do Partido dos Trabalhadores....................................................94 2.3. Pessoas como fonte de dados.........................................................................................95 2.3.1. Observação de gente...................................................................................................95 2.3.2. Vídeo cassetes e fita cassetes......................................................................................95 2.3.3. Fotos...........................................................................................................................97 2.3.4. Entrevistando gente...................................................................................................100 2.3.4.1. Questionário...........................................................................................................100 2.3.4.2. Roteiro das entrevistas e divisão dos grupos..........................................................114 Capítulo III: Gênese e estrutura da produção da etnicidade no INPB........................122 1. Contexto sociopolítico do surgimento do mito fundante do INPB.................................122 1.1. (re) produção do racismo à brasileira na modernidade................................................123 1.2. O anti-racismo do movimento negro civil e do movimento negro eclesial.................125 1.3. Carisma do padre batista e ideologia anti-racista do INPB..........................................135 1.4. Nascimento de uma instituição híbrida........................................................................138 2. Estrutura da produção da etnicidade...............................................................................140 2.1. Ritos históricos e ritos mistos no INPB.......................................................................140 1.1.1. Da Jornada do menor ao Dia da criança negra..........................................................140 1.1.2. Projetos sociais..........................................................................................................142 2.2. Estrutura mista ou identidade híbrida do INPB...........................................................144 2.2.1. Agentes mistos como (re) produtores da etnicidade no INPB..................................147 2.2.2.1. Os clientes puros e híbridos no INPB....................................................................152 2.3. Divisão dos serviços e parcerias do INPB...................................................................156 2.3.1. Ritos ordinários e ritos profanos no INPB................................................................156 2.3.1.1. Departamento jurídico como carro-chefe...............................................................159 2.3.1.2. Departamento de psicologia...................................................................................161 2.3.1.3. Curso de antropologia............................................................................................163.

(11) 2.3.1.4. Biblioteca Sergia de Sá..........................................................................................164 2.3.1.5. Departamento de comunicação..............................................................................165 2.3.1.6. Departamento de Educação e Projeto de Bolsas....................................................167 2.3.2. Ritos religiosos e parcerias com instituições religiosas............................................169 2.3.2.1. Departamento de estudo das religiões no INPB.....................................................169 2.3.2.2. PAB como parceira histórica e ordinária...............................................................173 2.3.3. Parceiros extraordinários do INPB............................................................................183 2.3.4. Ritos extraordinários e ritos mistos no INPB............................................................187 2.4.Transformação ou reprodução do INPB.......................................................................189 Capítulo IV: Reprodução da identidade étnica no INPB..............................................197 1. Mecanismos de produção e reprodução social................................................................197 2. O poder simbólico alternativo do portal..........................................................................200 3. Reprodução a partir dos ritos históricos..........................................................................202 4. A reprodução a partir dos ritos puros e ritos mistos........................................................205 4.1. Ritos puros como estratégias de reprodução da identidade étnica...............................207 4.1.1. PAB como estratégia religiosa..................................................................................208 4.1.2. O DJ e DP como estratégias profanas.....................................................................213 4.1.3. Ritos mistos como estratégias de reprodução da identidade étnica..........................217 4.1.3.1. Ato Litúrgico Afro como estratégia mista.............................................................218 4.1.3.2. A MNDR como estratégia mista............................................................................224 5. Poder simbólico do INPB nas representações de seus agentes.......................................245 6. Tecendo o poder simbólico em redes e parcerias............................................................251 6.1. Hibridismo como forma de trânsito cultural e de trocas simbólicas no INPB.............253 6.2. Participação do povo na construção do poder simbólico.............................................260 Conclusão...........................................................................................................................264 Bibliografia........................................................................................................................272.

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