Relatório estágio profissional

Relatório Final

Estágio Profissionalizante

Mestrado Integrado em Medicina

Sofia Rodrigues Couto Gonçalves Pereira

Nº Aluna: 2010405

Lisboa, Junho de 2015

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Índice

Índice ... 1

Introdução ... 2

Síntese dos estágios parcelares ... 2

Cirurgia... 2

Medicina Interna ... 3

Saúde Mental ... 3

Medicina Geral e Familiar ... 4

Pediatria ... 4

Ginecologia e Obstetrícia ... 5

Unidade Curricular Opcional e Integradora ... 5

Competências Adquiridas ... 6

Reflexão crítica final ... 6

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Introdução

Este relatório pretende documentar o estágio profissionalizante do 6º ano do Mestrado Integrado em Medicina (MIM) da NOVA Medical School, no ano lectivo 2014/2015.

O conteúdo e a estrutura do presente relatório procuram obedecer aos critérios estabelecidos no Despacho nº 11681/2009 publicado no Diário da República nº 93 da 2ª série de 14 de Maio de 2009, bem como ao Despacho nº 11/2012 relativo às orientações para a prova final do MIM, aprovadas pelo Conselho Pedagógico em 20 de Novembro de 2012.

Os objetivos que adoptei para este ano lectivo foram a aquisição das competências consideradas fundamentais para um graduado em Medicina, definidas por consenso europeu e presentes no documento “The Tuning Project (Medicine)”, de 2007. Essas competências encontram-se listadas no Anexo 1 deste relatório. No que diz respeito aos objetivos que defini para cada estágio parcelar, e que tiveram em conta os programas curriculares de cada estágio, estes já foram submetidos a discussão e avaliados nos relatórios parcelares, pelo que não constam neste relatório. Assim, procurarei apenas frisar o papel de cada estágio parcelar no cumprimento dos objetivos globais definidos para este ano. O presente relatório está dividido em cinco partes: Introdução; Estágios Parcelares, por ordem cronológica; Competências Adquiridas, que apresentarei sob a forma de tabela; Reflexão Crítica, com análise das competências adquiridas e/ou não adquiridas em cada estágio e uma posição crítica sobre os mesmos; e Anexos, constituídos por informação relevante para o presente relatório e por certificados de trabalhos extracurriculares que, a meu ver, contribuíram para atingir as competências esperadas.

Estágios Parcelares

1. CIRURGIA

REGENTE: Prof. Doutor Rui Fraga Martins Maio ORIENTADOR: Dr. Carlos Ferreira

LOCAL: Hospital da Luz- E.S. Saúde PERÍODO DE ESTÁGIO: 15.09.2014 a 07.11.2014 DESCRIÇÃO: No decorrer deste estágio tive oportunidade de acompanhar o meu orientador nas

consultas externas de Cirurgia Geral, sala de pensos, unidade de cirurgia de ambulatório, bloco operatório central e enfermaria. Tive igualmente oportunidade de estar presente nas reuniões multidisciplinares de oncologia médica bem como nas reuniões de serviço de Cirurgia Geral. Neste estágio, destaco o facto de ter estado presente em múltiplas cirurgias (total:47), electivas e de

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emergência, três das quais como 1ª ajudante (hernioplastia inguinal direita, excisão de sinus pilonidalis e esfincterectomia) e cinco como 2ª ajudante, nomeadamente numa excisão de túnica vaginal por hidrocelo bilateral e algumas reparações cirúrgicas de hérnias umbilicais e inguinais. Nas duas semanas iniciais tive a oportunidade de estagiar no Serviço de Gastrenterologia, sob a supervisão do Dr. David Serra, onde foi possível aprofundar os meus conhecimentos nas diversas técnicas diagnósticas e/ou terapêuticas desta área, nomeadamente a colonoscopia, endoscopia digestiva alta, CPRE e ecoendoscopia (total:126 exames).

TRABALHOS REALIZADOS: Apresentação do trabalho “Caso Clínico – Coledocolitíase Terminal

Obstrutiva” no Minicongresso de Cirurgia Geral; relatório de estágio parcelar.

2. MEDICINA INTERNA

REGENTE: Prof. Doutor Fernando Nolasco ORIENTADORA: Dra. Teresa Romão

LOCAL: Hospital Egas Moniz – CHLO PERÍODO DE ESTÁGIO: 10.11.2014 a 16.01.2015

DESCRIÇÃO: Participei activamente na enfermaria onde, diariamente, observei alguns dos pacientes internados, com realização de exame objectivo, registo no diário clínico, requisição de exames complementares adequados e optimização terapêutica, discutidos previamente com o médico responsável. Tive também oportunidade de assistir e participar nas diversas rotinas hospitalares como a visita clínica, expondo o caso dos pacientes que me estavam atribuídos, e reuniões de notas de alta. Acompanhei ainda a minha orientadora na consulta externa do Hospital Egas Moniz (HEM), bem como no serviço de urgência no Hospital São Francisco Xavier (HSFX), particularmente nas salas de observação e decisão clínica. Assisti igualmente às sessões formativas do serviço de medicina em que me encontrava (“Curtas de Medicina”, sessões clínicas e apresentações de seminários).

TRABALHOS REALIZADOS: Apresentação oral sobre “Abordagem do doente em coma”; relatório de

estágio parcelar.

3. SAÚDE MENTAL

REGENTE: Prof. Doutor Miguel T. Xavier ORIENTADORAS: Dra. Dóris Reis/Dra. Graciete Carvalho LOCAL: Dep. Psiqu. Saúde Mental Cascais PERÍODO DE ESTÁGIO: 26.01.2015 a 20.02.2015

DESCRIÇÃO: O primeiro dia de estágio decorreu sob a forma de seminário, leccionado pelo Professor

Doutor Miguel Xavier. O restante estágio ocorreu no Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental de Cascais - CHLO, cujas duas primeiras semanas foram alocadas à psiquiatria de adultos, sob a

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supervisão da Dra. Dóris Reis, onde foi possível acompanhá-la na consulta externa, bem como no Serviço de Urgência do HSFX. Tive ainda oportunidade de assistir às reuniões de serviço semanais, onde eram apresentados os casos clínicos relevantes. As duas últimas semanas foram dedicadas à Pedopsiquiatria, sob orientação da Dra. Graciete Carvalho, onde acompanhei a consulta externa, recolhi uma história clínica completa, e tive ainda oportunidade de estar presente nas reuniões de serviço semanais realizadas no HSFX.

TRABALHOS REALIZADOS: História clínica de um doente com Perturbação de Oposição e medo

generalizado; apresentação oral sobre “Depressão parental e o seu impacto na criança e adolescente”; relatório de estágio parcelar.

4. MEDICINA GERAL E FAMILIAR

REGENTE: Prof. Doutora Isabel Santos ORIENTADORA: Dra. Olga Xavier da Rocha

LOCAL: USF Emergir-S. Domingos Rana PERÍODO DE ESTÁGIO: 23.02.2015 a 20.03.2015

DESCRIÇÃO:Durante o mês de estágio, acompanhei a minha tutora nas várias consultas de Doença de Adultos, Diabetes mellitus Tipo 1 e 2, Doença Aguda, Saúde Infantil, Saúde Materna e Planeamento familiar. Participei activamente em rastreios e em programas de educação para a saúde e prevenção da doença. Acompanhei algumas das actividades de enfermagem e efectuei visitas ao domicílio. Tive oportunidade de participar activamente nas consultas, com realização de entrevistas clínicas, exame objectivo, registos clínicos e prescrição de meios complementares de diagnóstico e de terapêutica, previamente supervisionados.

TRABALHOS REALIZADOS:Diário do Exercício Orientado.

5. PEDIATRIA

REGENTE: Prof. Doutor Luís Varandas ORIENTADORA: Dra. Cristina Henriques

LOCAL: Hospital Dona Estefânia - CHLC PERÍODO DE ESTÁGIO: 23.03.2015 a 24.04.2015

DESCRIÇÃO: No decorrer deste estágio, acompanhei a minha tutora nas consultas externas de

Reumatologia, internamento e serviço de urgência (SU), onde realizei frequentemente colheita de histórias clínicas e exame objectivo. Foi-me ainda concedida a oportunidade de assistir a um conjunto diversificado de consultas externas, nomeadamente, Neurologia Pediátrica, Hematologia Pediátrica e Imunoalergologia Pediátrica, onde pude compreender a importância da interligação entre as diversas especialidades na avaliação completa da criança, que se revelou fundamental numa grande proporção

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de pacientes. Frequentei semanalmente o SU o que me permitiu contactar com a patologia da criança

numa fase mais aguda e identificar sinais de alarme em diversas patologias. Destaco ainda a

possibilidade de assistir, diariamente, à discussão dos pacientes pediátricos internados bem como, semanalmente, às sessões clínicas do serviço de pediatria.

TRABALHOS REALIZADOS: História clínica de um paciente com Gastrenterite aguda infecciosa por

Salmonella enteritis; apresentação oral sobre “Vacina extra PNV: vacina contra o vírus da varicela-zooster”; relatório de estágio parcelar.

6. GINECOLOGIA-OBSTETRÍCIA

REGENTE: Prof. Doutora Teresa Ventura ORIENTADORES: Dra. Teresa Costa e Dr. Diogo Bruno

LOCAL: Hospital Fernando da Fonseca PERÍODO DE ESTÁGIO: 27.04.2015 a 22.05.2015

DESCRIÇÃO:Este estágio foi dividido em duas partes, onde as duas semanas iniciais foram dedicadas

à Obstetrícia, sob a supervisão do Dr. Diogo Bruno, e as duas últimas semanas alocadas à Ginecologia, tutelada pela Dra. Teresa Costa. Em Obstetrícia tive oportunidade de assistir a diversos tipos de consultas externas, ecografias obstétricas, bem como amniocenteses. Semanalmente, cumpri 12 horas de serviço de urgência (SU), onde foi possível assistir a um número significativo de partos bem como observar outras pacientes do foro obstétrico. No decorrer destes actos, foi sempre possível participar activamente na discussão das hipóteses de diagnóstico, executar autonomamente o exame ginecológico e obstétrico, e ainda proceder à colheita de células para citologia. Na Ginecologia, destaco a importância de ter assistido a cirurgias ginecológicas, bem como à realização de algumas técnicas, como a Histeroscopia e Colposcopia. Ainda no âmbito da Ginecologia, pude assistir quer a consultas de Ginecologia Geral quer a consultas de seguimento oncológico desta área (total: 54).

TRABALHOS REALIZADOS:Relatório de estágio parcelar.

7. UNIDADE CURRICULAR OPCIONAL

REGENTE: Prof. Doutor Pedro Escada ORIENTADOR: Dr. Pedro Cavilhas

LOCAL: Hospital Egas Moniz - CHLO PERÍODO DE ESTÁGIO: 25.05.2015 a 05.06.2015

Escolhi fazer o estágio clínico opcional em Otorrinolaringologia (ORL), por ter sido uma das especialidades que me despertou maior interesse durante o MIM. A equipa deste serviço fez questão de me proporcionar um leque vastíssimo de experiências dentro da área de ORL, ao qual estou profundamente grata.

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Competências adquiridas

De forma a explicitar o mais clara e objectivamente possível as competências adquiridas neste ano lectivo, optei por construir a tabela que se segue, tendo por base o “The Tuning Project- Learning Outcomes/ Competences for Undergraduate Medical Education in Europe” (2007). A cada estágio parcelar procurei atribuir uma (X) consoante as principais competências que este me permitiu adquirir. A lista completa de competências encontra-se em anexo:

Reflexão crítica final

Parti para o sexto ano com uma grande expectativa, por se tratar do último ano de curso e pelo seu propósito de ano profissionalizante, fundamental para o processo de consolidação de conhecimentos e capacidade de autonomização que um jovem médico deve almejar.

Apreciando cada estágio parcelar individualmente, e focando inicialmente o estágio de Cirurgia, posso afirmar que este constituiu uma peça essencial na formação deste ano, pois permitiu-me o contacto com uma grande diversidade de especialidades, pacientes, patologias e técnicas diagnósticas e terapêuticas. Julgo que foi extremamente enriquecedor ter feito o estágio num hospital privado, uma vez que foi a única experiência que tive durante o curso neste moldes. Posso afirmar

Competências Adquiridas 1 .Re a liz a r u m a c o n s u lt a 2 . "Ra c io c ín io c lín ic o " 3 . Em e rg ê n c ia s M é d ic a s 4 . Pre s c ri ç ã o d e m e d ic a m e n to s 5 . P ro c e d im e n to s p rá tic o s 6 . Com u n ic a ç ã o 7 . Pri n c íp io s é ti c o s e l e g a is 8 . As p e c to s p s ic . e s o c ia is 9 . Med ic ina b a s e a - d a n a e v idê n c ia 1 0 . in fo rm a ç ã o e T e c n o lo g ia s 1 1 . P rá ti c a méd ic a e inv e s tiga ç ã o 1 2 . P ro mo ç ã o d a S a ú d e Es tá g io s Pa rc e la re s Pediatria X X X X X X X X X X X Ginecologia e Obstetrícia X X X X X X X X X X Psiquiatria X X X X X X X ORL X X X X X X X X

Medicina Geral e Familiar X X X X X X X X X X X

Medicina Interna X X X X X X X X X X

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que foi um estágio rico na aquisição de competências, como mostra a tabela acima. Assim, destaco os procedimentos práticos que realizei (competência 5) e as oportunidades que me foram concedidas nesse sentido por toda a equipa. Pude, por diversas vezes, participar como 1ª e 2ª ajudante em várias cirurgias, onde houve sempre um cuidado exemplar por parte do meu tutor em transmitir os seus conhecimentos técnicos e humanos, nomeadamente no modo de lidar com os pacientes em situação terminal, o que me tocou profundamente.

O estágio de Medicina Interna foi, a par do estágio de Cirurgia, uma das pedras basilares do 6º ano. Foi o estágio em que tive mais autonomia e isso permitiu-me uma autonomização maior no trabalho de enfermaria (competências 1 e 2), no contacto com os pacientes (competência 6), no registo clínico e no contacto com as tecnologias de informação (competência 10), competências essenciais na formação de um médico. Foram oito semanas muito importantes, onde consolidei os meus conhecimentos e que me levam a acreditar que a autonomia tutorada é um método muito mais eficiente de aprendizagem do que a mera observação realizada durante o 4º, 5º e alguns estágios do 6º ano do curso de Medicina.

Em relação ao estágio de Saúde Mental, um dos estágios com que parti com maior expectativa no 6º ano, considero que foi uma experiência marcante e com grande impacto pessoal, particularmente na área da Pedopsiquiatria. Apercebi-me que, no final do estágio, fiquei mais sensibilizada para realidades importantes da nossa população, e que de facto o trabalho desenvolvido nesta área, bem como na área da psiquiatria de adultos, é um trabalho altamente meritório e necessário na sociedade. Considero que as competências mais valorizadas neste estágio foram a comunicação em contexto médico (competência 6) e o reconhecimento das implicações psicológicas e sociais que a doença pode ter (competência 8).

O estágio de MGF traduziu-se numa elevada recompensa em termos pessoais e pedagógicos. Senti que as competências técnicas que fui desenvolvendo ao longo do MIM, aliadas ao gosto pessoal intrínseco pela interacção médico-paciente, me permitiram compreender o indivíduo e as suas patologias. Foi um estágio em que pude desenvolver menos a minha autonomia do que gostaria, uma vez que não pude realizar consultas de forma totalmente autónoma. Contudo, numa avaliação geral, considero que foi um estágio rico na aquisição de praticamente todas as competências, como mostra a tabela 1 do presente relatório.

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No estágio de Pediatria, considero que o aspecto mais relevante foi a passagem pelo SU semanal, onde contactei com patologia diversificada, pacientes de idades variadas, onde foi possível desenvolver as minhas competências na colheita de histórias clínicas, exame objectivo (competência 1), raciocínio clínico e diagnóstico diferencial (competência 2). Um dos aspectos menos positivos, teve que ver com a dificuldade em abranger outras sub-especialidades da Pediatria, para além das referidas anteriormente, pela elevada alocação de alunos no HDE.

Relativamente ao estágio de Ginecologia e Obstetrícia, considero ter adquirido competências na colheita de história clínica, exame objectivo (competência 1), raciocínio clínico e diagnóstico diferencial (competência 2), bem como emergências médicas (competência 3) da gravidez. Foi igualmente um estágio onde pude aperfeiçoar procedimentos práticos (competência 5), nomeadamente no exame ginecológico e obstétrico e colheita de células para citologia. Neste período desenvolvi igualmente a minha capacidade de comunicação (competência 6) com pacientes e familiares, bem como questões éticas e legais (competência 7), nomeadamente relacionadas com a interrupção voluntária da gravidez e questões relativas à paternidade. No que diz respeito à prescrição farmacológica (competência 4) não considero ter adquirido completamente esta competência, aspecto este a ser melhorado no futuro.

O Estágio Opcional, realizado em ORL no HEM, veio corroborar as minhas expectativas de há dois anos atrás, onde foi possível realizar diversos procedimentos de forma autónoma (competência 5) e aprofundar os meus conhecimentos nesta área (competência 2).

Juntando as competências adquiridas nos vários estágios parcelares do 6º ano e o que adquiri nos anos anteriores, em estágios e acções extracurriculares, considero que cumpri integralmente os objectivos definidos para este ano e sinto-me capaz de iniciar a próxima etapa da caminhada que é “ser Médico”. Este foi um ano de grande aprendizagem e crescimento enquanto estudante de medicina, enquanto futura médica mas, também, como pessoa. Foi um ano que se destacou pelos serviços por onde passei, pela integração que senti em todos eles, pelos profissionais de saúde com quem contactei e, especialmente, pelos óptimos tutores que tive oportunidade de conhecer e com quem muito aprendi. Aos professores, orientadores e colegas, à minha família, aos meus amigos e a todos os que permitiram esta experiência tão positiva, o meu sincero obrigado.

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Anexos

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1.

C

M

1. Realizar uma consulta com um paciente: a. Colher uma história clínica; b. Realizar exame físico;

c. Fazer juízos e tomar decisões clínicas; d. Fornecer explicações e conselhos; e. Proporcionar confiança e apoio; f. Avaliar o estado mental do paciente.

2. Avaliar apresentações clínicas, pedir meios complementares de diagnóstico, realizar diagnósticos diferenciais e negociar um plano de ação:

a. Reconhecer e avaliar a severidade das alterações clínicas; b. Pedir investigações apropriadas e interpretar os resultados; c. Realizar diagnósticos diferenciais;

d. Negociar um plano de gestão adequado com os pacientes e cuidadores; e. Prestar cuidados paliativos ao doente e às suas famílias;

f. Gerir doenças crónicas.

3. Prestar atendimento imediato de emergências médicas, incluindo primeiros socorros e reanimação: a. Reconhecer e avaliar as emergências médicas;

b. Tratar as emergências médicas; c. Prestar primeiros socorros;

d. Fornecer suporte básico de vida e ressuscitação cardiopulmonar de acordo com as orientações europeias atuais;

e. Fornecer suporte avançado de vida de acordo com as orientações europeias atuais; f. Prestar cuidados de trauma de acordo com as orientações europeias atuais.

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4. Prescrever medicamentos:

a. Prescrever de forma clara e precisa;

b. Combinar medicamentos e outras terapias adequadas ao contexto clínico;

c. Rever a adequação de fármacos e outras terapias e avaliar os potenciais benefícios e riscos;

d. Tratar a dor e a angústia.

5. Realizar procedimentos práticos: a. Medição da pressão arterial; b. Punção venosa;

c. Canular veias;

d. Administrar terapia IV e utilizar dispositivos de infusão; e. Injeção subcutânea e intramuscular;

f. Administrar oxigénio;

g. Mover e lidar com pacientes; h. Suturar;

i. Transfusão de sangue; j. Cateterismo vesical; k. Exame de urina; l. Eletrocardiograma;

m. Testes básicos de função respiratória.

6. Comunicar eficazmente em contexto médico: a. Comunicar com os pacientes; b. Comunicar com os colegas; c. Dar más notícias;

d. Comunicar com familiares;

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f. Obter consentimento informado;

g. Comunicar por escrito (incluindo registros médicos); h. Lidar com a agressão;

i. Comunicar por telefone;

j. Comunicar com aqueles que necessitam de um intérprete.

7. Aplicar os princípios éticos e legais na prática médica: a. Manter a confidencialidade;

b. Aplicar princípios éticos e de análise nos cuidados médicos; c. Obter e registrar o consentimento informado;

d. Certificar a morte; e. Pedir autópsia;

f. Aplicar a legislação nacional e europeia para os cuidados médicos.

8. Avaliar os aspetos psicológicos e sociais da doença de um paciente:

a. Analisar os fatores psicológicos na apresentação clínica e impacto da doença; b. Analisar os fatores sociais na apresentação clínica e impacto da doença; c. Detetar o stress em relação à doença;

d. Detetar o abuso de álcool e de drogas.

9. Aplicar os princípios, skills e conhecimentos da medicina baseada na evidência: a. Utilizar as evidências científicas na prática clínica;

b. Definir e realizar uma pesquisa na literatura apropriada; c. Avaliar criticamente a literatura médica publicada.

10. Usar a informação e as tecnologias de informação de forma eficaz em contexto médico: a. Manter registos clínicos precisos e completos;

b. Usar computadores;

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d. Armazenar e recuperar informações.

11. Capacidade de aplicar os princípios, métodos e conhecimentos científicos na prática médica e investigação científica.

12. Promover a saúde, envolver-se com questões de saúde da população e trabalhar eficazmente num sistema de saúde:

a. Aplicar medidas para prevenir a disseminação de infeções;

b. Reconhecer as próprias necessidades de saúde e garantir que a própria saúde não interfere com responsabilidades profissionais;

c. Conformidade com a regulamentação profissional e certificação para a prática médica; d. Receber e fornecer avaliação profissional;

e. Fazer escolhas de carreira informadas;

f. Envolver-se na promoção da saúde ao nível individual e populacional.

Adaptado e traduzido de “The Tuning Project (Medicine)” de 2007 Disponível em: http://www.tuning-medicine.com/pdf/booklet.pdf

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8.

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