BIOSSEGURANÇA
E NORMAS DE CONDUTA EM
LABORATÓRIO
Atitude
Bom Senso
Comportamento
Conhecimento
BIOSSEGURANÇA LABORATORIAL
Conhecer a classificação dos níveis de biossegurança; Cuidados necessários recomendados aos membros
do setor e estudantes
Conhecer as regras e riscos;
Treinamento específico na área que visa atuar;
Evitar trabalhar sozinho com microrganismos - a companhia é recomendada para ajuda nos socorros em casos de acidentes;
Limitar o acesso ao laboratório de pessoas e visitantes leigos;
BIOSSEGURANÇA LABORATORIAL
Biossegurança:
“Conjunto de medidas voltadas para prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços resultantes de uma exposição a um agente de risco.”
RESPONSABILIDADES
Conhecer práticas gerais de segurança laboratorial Conhecer os equipamentos de proteção coletiva e
individual
Proibido:
comer, beber, fumar Avental nos refeitórios armazenar alimentos
em geladeiras, freezers ou estufas.
NORMAS DE SEGURANÇA GERAL
Não é permitido na área laboratorial:
Crianças Rádio Plantas Animais
EPI
São ferramentas de trabalho que visam proteger a saúde de
pessoas que estão expostas aos riscos biológicos;
Redução da exposição humana aos agentes infecciosos; Redução de danos ao corpo provocados por riscos físicos ou
mecânicos;
Redução da exposição a produtos e materiais tóxicos; Redução da contaminação de ambientes
“Todo dispositivo ou produto, de uso individual, utilizado pelo trabalhador destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.”
EPI
Um equipamento adequado de proteção individual deve ser usado todas as vezes que o trabalho com materiais de risco for realizado
Jaleco
Proteção para os olhos e o rosto
Luvas
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
Elas podem ser descartáveis ou não;
Seu armazenamento deve ser em local seco e limpo; Se usados de forma inadequada podem ser uma
fonte de contaminação.
• Máscara: Objetivo do uso é evitar a inalação de produtos
ÓCULOS/ VISEIRA FACIAL
• Protege os olhos e rosto contra respingos
durante o manuseio de materiais, aplicações de medicamentos e procedimentos.
• Risco de impacto por procedimentos que
gerem projéteis;
• Devem ter a maior transparência possível e
não distorcer as imagens.
• Devem proporcionar conforto ao usuário e
permitir o uso simultâneo da máscara se necessário.
JALECOS
• São confecções em tecido de algodão e apropriadas para
proteger o corpo de respingos (sangue, secreção), evitando o contato direto com a pele.
• Devem ser preferencialmente claros, para reduzir absorção
de calor.
• Eficácia como barreira, resistência na penetração dos
patógenos;
• Resistência a cortes; • Desenho ergonômico;
PROTEÇÃO PARA OS PÉS
PRO PÉX
X
CABELOS
PRESOS
SEM GEL
Prender cabelos longos
Proteger barba
Evitar o uso de calçados abertos
Manter unhas cortadas
Não se maquiar dentro do laboratório
Não usar jóias como: anéis, pulseiras, cordões longos, durante os trabalhos laboratoriais
Evitar o manuseio de lentes de contato durante os procedimentos.
NORMAS DE SEGURANÇA GERAL
TOUCA
• Descartável. Protege o couro cabeludo e os cabelos de
LUVAS
• Três tipos: cirúrgicas, procedimentos, utilidade geral; • Devem ser impermeáveis a qualquer produto;
• De vários tamanhos;
• Um dos equipamentos mais importante, pois protege uma das
partes do corpo com maior risco de infecção - as mãos;
• Serve como barreira de proteção dérmica para reduzir a
exposição a sangue, fluidos do corpo, produtos químicos e a outros riscos físicos, mecânicos, elétricos e de radiação;
EPC
LAVA-OLHOS
• Devem estar localizados dentro do laboratório.
• Deve ser verificado semanalmente para o correto funcionamento.
• Quando ocorrer acidente com derrame de material nos olhos,
EPC
DUCHA DE SEGURANÇA
• Deve estar montada dentro da área do laboratório em local de
fácil acesso por todos os setores.
• O acionamento deve ser fácil para que funcionários mesmo com
os olhos fechados possam acioná-la. Devem ser checadas mensalmente para seu correto funcionamento.
EPC
CÂMARAS DE FLUXO LAMINAR• Devem ser utilizadas para proteção contra material volátil ou proteção microbiológica respectivamente.
• As câmaras de fluxo laminar podem ser utilizadas na proteção do operador ou do material no seu interior dependendo da rotina efetuada.
Filtro tipo HEPA (High Efficiency Particulate Air ) Bancada de aço inox
Janela de proteção
Não aconselhável manuseio de substância
A CSB Classe II tipo B3 é igual a CSB Classe II tipo A, mas possui duto de exaustão para o exterior do ambiente laboratorial.
Nível de biossegurança 1
Nível de contenção laboratorial que se aplica aos laboratórios de
ensino básico, onde são manipulados os microrganismos pertencentes a Classe de risco 1.
A classificação de risco de um determinado microorganismo
patogênico baseia-se em diversos critérios que orientam a avaliação de risco e está principalmente orientada pelo potencial que oferece ao indivíduo, à comunidade e ao meio ambiente.
• Classe de Risco 1 o risco individual e p/ a comunidade é ausente, ou seja, são microorganismos que tem baixa probabilidade de provocar infecções no homem ou em animais.
• EX: Bacillus subtilis,Lactobacillus,Micrococos
• Laboratório NB1: não é requerida nenhuma característica de desenho,além de um bom planejamento espacial e a adoção de boas práticas laboratoriais.
Nível de biossegurança 2
Diz respeito ao laboratório em contenção,onde são manipulados
microrganismos da Classe de risco 2.
• Classe de Risco 2 o risco individual é moderado e p/ a comunidade é baixo.
• São microrganismos que podem provocar infecções, porém ,dispõe-se de medidas terapêuticas e profiláticas eficientes, ,dispõe-sendo o risco de propagação limitado.
• Ex:Schistossoma mansoni,Vírus da Febre Amarela,Leptospira,HVA,
HVB, HVC, Herpes, Rubéola .
Se aplica aos laboratórios clínico ou hospitalares de níveis primários
de diagnóstico,sendo necessário, além da adoção das boas práticas, o uso de barreiras físicas primárias como cabine de segurança
Nível de biossegurança 3
Destinado ao trabalho com microorganismos da Classe de risco 3
ou p/ manipulação de grandes volumes e altas concentrações de microorganismos da Classe de risco 2.
• Classe de Risco 3 o risco individual é alto e p/ a comunidade é
limitado. O patógeno pode provocar infecções graves no homem e nos animais podendo propagar de indivíduo p/ indivíduo, porém existem medidas terapêuticas e de profilaxia.
• Ex:Mycobacterium tuberculosis,Encefalite Equina
Venezuelana,Bacillus anthracis,Clostridium botulinum,HTVL,HIV .
Obs:p/ este nível de contenção são requeridos além dos itens
referidos no nível 2, desenho e construção laboratoriais especiais.
Deve ser mantido o controle rígido quanto a operação, inspeção e
manutenção das instalações e equipamentos e o pessoal técnico deve receber treinamento específico sobre procedimentos de segurança p/ manipulação destes microorganismos.
Nível de biossegurança 4
Laboratório de contenção máxima,destina-se a manipulação de
microrganismo da Classe de risco 4,onde há o + alto nível de contenção, além de representar uma unidade geográfica e funcionalmente independente de outras áreas.
• Classe de Risco 4 o risco individual e p/ a comunidade é elevado.
São microrganismos que representam sério risco p/ o homem e p/ os animais,sendo altamente patogênicos,de fácil propagação,
• não existindo medidas profiláticas ou terapêuticas. • Ex:Vírus Ebola.
Obs:estes laboratórios requerem,
além dos requisitos físicos e
operacionais dos níveis de contenção 1, 2 e 3,barreiras de contenção
[instalações, desenho, equipamentos de proteção] e procedimentos especiais de segurança.
Procedimentos em caso de derramamento
de material infectado
• Cobrir o local com papel toalha
• Colocar a solução desinfetante sobre o papel (hipoclorito de
sódio 1%)
• Deixar agir por 30 minutos
• Remover o papel toalha e os cacos com o auxílio de escova e
pá (ou algodão umedecido para cacos pequenos)
• Colocar em saco plástico e lacrar, identificando-o e descartar
como perfurocortante
• Recolocar a solução desinfetante sobre a área atingida • Deixar agir por mais 10 minutos
• Esfregar a área com pano limpo embebido na solução
desinfetante
• Esterilizar o pano e todo o material utilizado, antes do descarte.
Nunca pipetar com a boca os reagentes – usar pipetadores, pêras e pipetas automáticas para transporte de volumes
Nunca ter pressa para realizar as atividades intermediárias e/ou finais, pois a pressa pode causar um acidente;
Nunca atender o telefone, teclar em computador de uso comum (fora do laboratório), tocar na mão de alguém desprotegido; abrir portas ou tocar as maçanetas usando luvas contaminadas;
Não reutilizar a luva usada que se retirou em algum momento; Apresentando ferimento nas mãos, deve-se
utilizar duas luvas (uma dentro da outra).
Ao lavar as mãos, lembrar de fechar a torneira com o papel toalha protegendo assim a mão de tocar na mesma torneira que
se tocou com a luva / mão suja (isto vale inclusive para a utilização das pias de sanitários não residenciais);
Não levar alimentos e água para consumo para o interior de
laboratórios;
Ao sair do laboratório para outro setor com menor possibilidade
de contaminação, retirar as luvas e lavar as mãos;
A mão em ambiente não domiciliar nunca está limpa;
Retirar a luva e lavar as mãos para tocar em cabelos, pele, boca
etc;
Nunca levar para casa as canetas, lápis, materiais manipulados no setor ou próximo a fluidos biológicos;
Os aventais que sofrerem respingos de fluidos devem ser
colocados em balde com água sanitária na unidade/setor de lavagem, antes de ser transportado para casa, e no momento do trabalho deve ser substituído por um limpo, disponível para este fim;
Colocar o avental para ser lavado separado da roupa
doméstica e de peças íntimas;
Não misturar os livros de registro que saem do laboratório
para outros setores. Se possível, apoiar os registros em bancada onde não são manipulados os fluidos e amostras.
Limpar…desinfetar ??
Qual o melhor produto??
Como diluir o produto escolhido??
Os anti-sépticos descritos como microbicidas ou microbiostáticos recomendados para utilização na pele, mucosa e ferimentos, que são permitidos, abrangem as soluções:
alcoólicas (atuam por desnaturação de proteínas); iodadas e iodóforos;
soluções contendo clorexidina (atua por ruPtura da parede
celular).
Desinfecção da maioria dos microrganismos, incluindo protozoários, helmintos e bactérias.
Para inativação da maioria dos vírus // fungos: Soluções de uso comum em ambientes de laboratórios:
-fenol 5% -formol 4% -álcool 70%
- hipoclorito de sódio 0,5 - 1%
Preconiza-se realizar a limpeza
com água e sabão ou detergente de todas as superfícies fixas em todas as áreas, como forma de promover a remoção de sujeira e, reduzir a população microbiana na área.
A solução de Hipoclorito de Sódio deve ser diluída na
hora do uso e trocada a cada 24 horas. Se a água
estiver muito suja, trocar e diluir uma novamente para
Observar o rótulo do produto antes do uso, pois existem produtos com concentrações de 2,0 a 2,5% até 13% e a diluição final de uso está em torno de 0,5 a 1%.
Não reutilizar a embalagem vazia Manter o produto no frasco original
Proteger contra o sol e calor
Não misturar com produtos à base de amônia Manter fora do alcance de animais e crian
Validade de 6 meses
LIMPEZA DESINFECÇÃO
DESINFETANTE MATERIAL TEMPO DE EXPOSIÇÃO MODO DE PREPARO
Hipoclorito de
Sódio
2,0 a 2,5%
-Ambiente: piso,
parede, vaso
sanitário.
- Materiais de
limpeza: luvas, botas
15-20 min
½ litro de
Hipoclorito
+
1 litro de água
Álcool 70%
- Materiais metálicos:
válvula da descarga,
15-20 min
750 mL de
álcool 92 INPM
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
RESOLUÇÃO RDC Nº 306, 07/12/2004-ANVISA
GERADORES DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
⇒ Atendimento à saúde humana e animal, assistência domiciliar e trabalhosem campo, Laboratórios analíticos de produtos para saúde,
⇒ Necrotérios, funerárias, serviços relacionados a embalsamento, serviço
de medicina legal,
⇒ Drogarias, farmácias, e de manipulação, distribuidora de produtos
farmacêuticos, serviços de acupuntura, serviços de tatuagem,
⇒ Estabelecimento de ensino e pesquisa na área de saúde, centros de
zoonoses, distribuidores de produtos para diagnóstico in vitro, unidades móveis de atendimento.
Classificação dos Resíduos do Serviço de Saúde, segundo a resolução RDC 306/2004, ANVISA
Tratamento e disposição final dos resíduos dos serviços de saúde. Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, 2005 – CONAMA 358
O Grupo A é identificado pelo símbolo de substância infectante constante na NBR-7500 da ABNT, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos;
O Grupo B é identificado através do símbolo de risco associado, de acordo com a NBR-7500 da ABNT, e com discriminação de substância químicae frases de risco;
O Grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante (trifólio de cor magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão REJEITO RADIOATIVO;
O Grupo E é identificado pelo símbolo de substância infectante constante na NBR-7500 da ABNT, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE, indicando o risco que apresenta o resíduo.
Resíduo do Grupo A–Potencialmente Infectante
Resíduo com a possível presença de agente biológico que por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção
Acondicionados em sacos de material resistente a ruptura e vazamento,
de cor branca, com o símbolo de infectante.
Resíduo do Grupo E –Perfurocortante
Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: agulhas, escalpes, ampolas de vidro, lâminas de bisturi, tubos capilares, micropipetas, lâminas e lamínulas, todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório e outros similares.
Descartados separadamente, em recipientes rígidos, resistentes à punctura, ruptura e vazamento, com tampa, devidamente identificado, norma NBR 13853/97 da ABNT, sendo expressamente o esvaziamento e reutilização. Não re-encapar as agulhas.
Tratamento Interno
Autoclave exclusiva para material contaminado
TRANSPORTE INTERNO DOS RSS
É EXPRESSAMENTE PROIBIDO ARMAZENAR OS SACOS DE RESÍDUOS DO GRUPO A, B E E NO CHÃO
HORÁRIO DO TRANSPORTE Carros coletores com tampa e pedal - símbolo
Fonte : LACEN/PR
Armazenamento Externo