• Nenhum resultado encontrado

Uso potencial do chá verde no tratamento complementar de morbidades e uso de medicamentos, associado ao envelhecimento: uma revisão

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Uso potencial do chá verde no tratamento complementar de morbidades e uso de medicamentos, associado ao envelhecimento: uma revisão"

Copied!
17
0
0

Texto

(1)

Uso potencial do chá verde

27

no tratamento complementar

de morbidades e uso de

medicamentos, associado ao

envelhecimento: uma revisão

Renata Breda Martins AMPAL - PUCRS

Raquel Seibel PPGERONBIO - PUCRS Jamile Ceolin PPMCS - PUCRS

Vilma Maria Junges CINTRO POA

Maria Gabriela Valle Gottlieb IGG - PUCRS

(2)

Palavras- chave: Camellia Sinensis, Chá Verde, Compostos Fitoquímicos,

Medicamentos, Idoso.

RESUMO

Objetivo: Revisar a literatura sobre o uso potencial do chá verde (Camellia sinensis) no

tratamento complementar de morbidades e uso de medicamentos, associado ao enve-lhecimento. Método: Revisão narrativa da literatura sobre o tema e agrupado em quatro tópicos principais: descrição da Camellia sinensis (C.sinensis), composição química e propriedades funcionais da C.sinensis, chá verde e doenças associadas ao envelheci-mento e as interações medicaenvelheci-mentosas com a planta C.sinensis. Resultados: O chá da C.sinensis é bastante consumido devido ao seu aroma, sabor e, principalmente por ser uma bebida medicinal capaz de diminuir o risco de várias doenças, pois são ricos em compostos biologicamente ativos como flavonóides, catequinas, polifenóis, alcalói-des, vitaminas e sais minerais. Dependendo das condições de cultivo, coleta, preparo e acondicionamento das folhas, podem ser diferenciados em cinco diferentes tipos de chás: branco, preto, verde, amarelo e vermelho. Um dos benefícios do chá verde está no combate ao envelhecimento celular devido a sua propriedade antioxidante, que protege as células e os tecidos do dano oxidativo. Além disso, possui atividade anti-inflamatória, antimicrobiana, antimutagência, antiapopitótica e anti-angiogênica. Essas propriedades têm potencial uso no tratamento complementar de doenças crônicas não comunicáveis em idosos. Adicionalmente, os estudos mostram que a C.sinensis interfere na biodisponi-bilidade de medicamentos. Considerações finais: Consumo do chá verde da C. sinensis pode trazer inúmeros benefícios para a saúde, devido a seus compostos químicos bioa-tivos. Entretanto, o consumo do chá verde por idosos polimedicados deve ser avaliado com cautela, devido as possíveis interações que podem ocorrer entre a planta ou os seus componentes bioativos com os princípios ativos dos medicamentos, e nutrientes da dieta habitual, reduzindo, exacerbando ou até mesmo podendo anular os efeitos da medicação.

(3)

INTRODUÇÃO

O envelhecimento é um processo biológico natural, gradual e progressivo que resulta no declínio das funções orgânicas, aumentando as chances de surgimento de doenças crônicas não comunicáveis (DCNCs) e de morte dos idosos. Nesse sentido, o uso da polifarmácia para o tratamento das DCNCs é muito frequente, e representa uma ameaça real à saúde dos idosos (ROTH; TIMMERMANN; HAGENBUCH, 2011).

O número de medicamentos, a complexidade dos regimes terapêuticos, especialmente na vigência de comorbidades, e as alterações farmacocinéticas e farmacodinâmicas inerentes ao processo de envelhecimento são elementos que aumentam a vulnerabilidade dessa po-pulação aos eventos adversos a medicamentos, seja por reações adversas a medicamentos, seja por interações medicamentosas. As interações entre medicamento-medicamento, ou medicamento-nutriente podem comprometer a homeostasia orgânica dos idosos expostos à polifarmácia, desencadeando eventos iatrogênicos (UNGUREANU, ALEXA, STOICA, 2007), piorando o estado clínico geral do idoso.

Diversos estudos mostram alterações nos parâmetros farmacocinéticos em decorrên-cia do envelhecimento (HUNTER, CYR, 2006; DELAFUENTE, 2008; RIBEIRO, ACURCIO, WICK, 2009; HOWLAND, 2009). A capacidade de absorção de fármacos diminui devido às alterações do pH gástrico e às reduções do fluxo sanguíneo no trato gastrintestinal e no baço. A distribuição dos fármacos é alterada devido à redução da massa magra, da água corporal, da concentração sérica de albumina e das proteínas totais do soro, além do aumento da gordura corporal e da permeabilidade da barreira hematoencefálica. O metabolismo e a eliminação dos fármacos também sofrem alterações com o avanço da idade (HUNTER, CYR, 2006; DELAFUENTE, 2008). O idoso apresenta, respectivamente, alteração na atividade das enzimas do complexo P450 oxidase e diminuição da função renal, culminando em acentuada queda da taxa de filtração glomerular. Por todos esses fatores, a biodisponibilidade, o volume de distribuição, o clearance e o tempo de meia-vida dos fármacos são modificados com o envelhecimento. As drogas hidrossolúveis se tornam mais concentradas, ao passo que as lipossolúveis podem ter aumento da meia-vida devido à lenta liberação do tecido adiposo (HUNTER, CYR, 2006; HOWLAND, 2009).

Todas as substâncias que não são encontradas naturalmente no nosso corpo, são chamadas de xenobióticos, medicamentos, o fumo, drogas ilícitas, poluentes, agrotóxicos etc. se enquadram nesse grupo. Portanto, nossas células, DNA e tecidos são diariamente expostos a essas substâncias (TANIGUCHI, GUENGERICH, 2010). O organismo depende de reações que são catalisadas por enzimas e que ativam os processos de detoxicação para reduzir e remover intermediários reativos ou radicais livres produzidos pelo metabolismo ou pela ingestão ou exposição à xenobióticos (CHEN et al. 2011). O complexo P450 (CYP) e

(4)

as flavinoproteinas (FMO1) promovem a eliminação dos compostos indesejáveis antes que sejam depositados nos tecidos extra hepáticos (LISKA, LYON, JONES, 2006). Em idosos esse mecanismo enzimático de reparo também sofre prejuízos, por isso é fundamental que o esquema terapêutico oferecido para o tratamento de DCNCs não apresente muitas inte-rações medicamentosas, nutriente-medicamento e gene-medicamento. Caso contrário, os idosos estarão muito expostos a iatrogenia medicamentosa. Além disso, é fundamental que o profissional prescritor tenha um profundo conhecimento sobre a biologia do envelhecimento para que o idoso tenha mais benefícios do que riscos à sua saúde. Assim, os estudos, in

vitro, de células senescentes têm proporcionado modelos para melhor compreensão do

pro-cesso de envelhecimento. Nesse sentido, as evidências experimentais sustentam hipóteses interligas de que o envelhecimento decorre de:

• uma cascata de eventos programados e que eles caracterizam o processo final de diferenciação de um organismo;

• bem como, decorrente da ação aleatória de mutações ao acaso (MOTA, FIGUEI-REDO, DUARTE, 2004; MALUF, POMPÉIA, 2005; LOU, CHEN, 2006).

Além disso, algumas teorias que tentam explicar quais os mecanismos causadores do envelhecimento. A teoria da mutação somática que se baseada na alteração do genoma provocando assim o envelhecimento, a do erros catastróficos, que relaciona o envelheci-mento aos erros de duplicação do DNA e de proteínas, que nem sempre são completamente reparados, a da resposta autoimune que refere-se ao ataque aos tecidos normais pelos linfócitos e a teoria do acúmulo de metabólitos tóxicos que atribui ao envelhecimento a eli-minação incompleta de excreções tóxicas (SCOTTI, VELASCO, 2003). Dessa forma, todos esses eventos e mecanismos envolvidos no processo de envelhecimento contribuem para a ineficiência do aparato enzimático, principalmente do citocromo P450 na detoxicação e metabolização de xenobióticos. Dentro deste contexto, muito tem se investido em descobrir moléculas naturais que possam atuar no tratamento complementar de DCNCs em idosos e, a planta C. sinensis tem despontado como uma segura e eficaz candidata. Uns dos chás de grande interesse pelo homem são os produzidos a partir da planta C. sinensis, pois são ricos em compostos biologicamente ativos (flavonóides, catequinas, polifenóis, alcalóides, vitaminas, sais minerais), que contribuem de forma eficiente para a prevenção e o tratamento de várias doenças (TREVISANATO, KIM, 2000).

(5)

OBJETIVO

Revisar a literatura sobre o uso potencial do chá verde (Camellia sinensis) no tratamento complementar de morbidades e uso de medicamentos, associado ao envelhecimento.

MÉTODOS

Foi realizada uma revisão narrativa da literatura que investigou a produção do conhe-cimento sobre Camellia sinensis (C.sinensis) em relação ao tratamento complementar de morbidades e uso de medicamentos, associadas ao envelhecimento, e sobre os compostos bioativos do chá verde. O processo de coleta do material foi realizado de forma não siste-mática no período de agosto a dezembro de 2019. Foram pesquisadas nas seguintes bases de dados: LILACS, SciELO, MEDLINE - Bireme e PubMed.

Foram adotados alguns critérios de inclusão na busca como: artigos disponíveis tegralmente, publicação em português, inglês ou espanhol em periódicos nacionais e in-ternacionais e indexação nas bases de dados referidas sem período estabelecido. Foram excluídos os artigos que se repetiam entre as bases. Bem como, utilizou-se de livros para compor a literatura.

A partir dos materiais selecionados foi realizada uma leitura crítica e interpretativa com a necessária imparcialidade e objetividade, na qual foram relacionadas às informações e ideias dos autores com o objetivo do estudo. A partir da leitura, agrupou-se em quatro tópicos principais que foram escritos nesse trabalho: descrição da C.sinensis, composição química e propriedades funcionais da C.sinensis, prevenção e tratamento de morbidades em idosos e as interações medicamentosas com a planta C.sinensis.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Breve descrição da Camellia sinensis

O chá da C.sinensis é originário da China, e bastante consumido, principalmente por as suas características de aroma, sabor e propriedades medicinais (SAITO; MIYATA, 2000; KUMUDAVALLY et al., 2008). É designado genericamente como chá-da-índia ou como chá-verde, oolong e chá-preto, em referência ao produto resultante do preparo diferencial das folhas. Isto é, folhas frescas e recém coletadas caracterizam o chá verde, e quando submetidas a fermentação são chamadas de oolong (fermentação rápida) e chá preto (fer-mentação prolongada) (KUHN, WINSTON, 2000).

(6)

A planta da C.sinensis pertencente à família Theaceae, possui pequeno porte, do tipo arbustivo, apresenta folhas simples, alternas, inteiras, com margem serreada e textura co-riácea, ápice acuminado, base aguda, serrada, pecíola a 5 mm. “Folhas axilares, solitárias a 3 cm de diâmetro, brancas “com pedicelo” a 1,5 cm, brácteas 2 ou 3 pequenas, sépalas 5,5 mm de diâmetro, orbicular, pétalas 5,2 x 1,5 cm”. “Possui estames numerosos; ovário com 3-5 carpelos, cada um com 4-6 óvulos, cápsulas deprimidas, globosas, acastanhadas, lobadas com 2 cm de largura, com 1-3 sementes em cada lóbulo subglobosas.” Cápsula a 2 cm de diâmetro, as flores são pequenas, brancas, geralmente com quatro a cinco pétalas e aparecem nas axilas das folhas em grupos de dois, três ou quatro. O fruto é uma cápsula com dois ou três centímetros de diâmetro (LORENZI, MATOS, 2002; HAZARIKA, BHUYAN, HAZARIKA, 2009).

Os países de maior produção de C.sinensis são a China e a Índia e os chás prove-nientes desses países já foram objeto de diversos estudos (ASTILL et al., 2001; LIN et al., 2003; PERVA-UZUNALIC et al., 2006). Existem cinco diferentes tipos de chás provenientes da planta C.sinensis: o branco, o preto, o verde, o amarelo e o vermelho (MANFREDINI, MARTINS, BENFATO, 2004; WU et al., 2007).

O chá dessa planta tem sido muito utilizado desde os tempos antigos por ser conside-rada uma bebida saudável e medicinal capaz de diminuir o risco de várias doenças, prova-velmente devido à presença de catequinas. As catequinas têm mostrado ter efeitos antioxi-dantes, anti-inflamatório, imuno-moduladores, antilipidêmicos, antibióticos, antiangiogênicos e anti-carcinogênico (CABRERA, GIMENEZ, 2006; GOTTLIEB et al., 2017). O chá verde também apresenta efeitos protetores em diferentes fases do processo da carcinogênese, inibindo-o pela modulação da transdução de sinais que conduzem à inibição da prolifera-ção, transformação das células e aumento do apoptose (YANG, PRABHU, LANDAU, 2000). Devido aos benefícios que o chá dessa planta oferece, seus efeitos vêm sendo estudados no combate ao envelhecimento celular, e na prevenção e tratamento do câncer, devido aos seus componentes fenólicos (COOPER, MORRÉ, MORRÉ, 2005; GOTTLIEB et al., 2017).

Composição química e propriedade funcionais do chá verde (Camellia sinensis)

A composição química do chá sofre variação de acordo com o clima, a estação, as práticas hortícolas e a preparação diferencial das suas folhas após a colheita (PASTORE; FRATELLONE, 2006). O chá das folhas da planta C.sinensis contém cerca de 4.000 com-postos químicos bioativos, sendo que um terço é polifenóis (SUMPIO et al., 2006).

Os principais constituintes do chá incluem proteínas, polissacarídeos, polifenóis, mine-rais e carboidratos, incluindo celulose, fibras, quase insolúveis em água. Além disso contém amidas, ácidos proteicos nucleicos, e aminoácidos, como a teanina e o ácido glutâmico,

(7)

bem como arginina e ácido aspártico. As folhas de chá apresentam vitamina A, tiamina (B1), riboflavina (B2), niacina (B3), vitamina K e ácido ascórbico, embora o processo de fermen-tação resulte em uma redução da quantidade de alguns componentes. Contém também elementos minerais como zinco, ferro, cobre, manganês, sódio, potássio, bem como níquel, fósforo e cálcio. Outro grupo de constituintes importante do chá é o alcaloide, que inclui cafeína, teofilina e teobromina (GRAMZA-MICHALOWSKA, BAJERSKA-JARZEBOWSKA, 2007; DIAS et al., 2013).

Dentre os quatro tipos de chá, o chá verde, ou o chá não fermentado, contém a maior quantidade de flavonoides, sendo que as catequinas compreendem 80% a 90% dos flavo-nóides totais, com galato de epigalocatequina (EGCG), sendo a catequina mais abundante (48-55%) e o componente ativo mais significativo, seguida das outras catequinas, epigalo-catequina (EGC), com cerca de 9-12%, Galato de epiepigalo-catequina (ECG) com 9-12% e epica-tequina (CE) com cerca de 5-7% (Pastore; Fratellone, 2006).

Além das catequinas, a composição química do chá verde também inclui 15% de pro-teínas, 4% de aminoácidos, 26% de fibras, 7% de outros carboidratos, 7% de lipídios, 2% de pigmentos e 5% de minerais (BASU; LUCAS, 2007). A concentração usual de polifenóis totais em folhas de chá verde seco é de cerca de 8% a 12% (PASTORE; FRATELLONE, 2006).

As catequinas presentes no chá, são compostos incolores e solúveis em água que conferem amargura e adstringência à infusão de chá verde. A maioria das características do chá fabricado, como o aroma, cor e sabor, estão associados, direta ou indiretamente, a modificações nas catequinas (WANG, PROVAN, HELLIWELL, 2000).

As catequinas são potentes eliminadoras de radicais livres, devido ao seu potencial de redução de elétrons. A taxa de reação com os radicais livres e a estabilidade dos radicais antioxidantes resultantes contribuem para a reatividade do antioxidante (ANANINGSIH, SHARMA, SHOU, 2013). O chá verde é uma fonte potente de antioxidantes benéficos, pois é rico em polifenóis, incluindo catequinas, teaflavinas e as arubiginas. A folha possui a pre-sença de um conhecido antioxidante, entre os quais EGCG (epigalocatequina-galato), bem como flúor e taninos (SHARANGI, 2009). Os flavonoides encontrados no chá verde e preto são potentes agentes de eliminação de radicais e podem ser ativos como antioxidantes no trato digestivo ou em outros tecidos após a absorção (RIETVELD, WISEMAN, 2003).

As propriedades antiinflamatórias da C.sinensis também estão bem estabelecidas na literatura. Diferentes flavonoides da C.sinensis apresentam ação antiinflamatória, inibindo as enzimas ciclooxigenase 2 (COX-2) e lipoxigenase do metabolismo do ácido araquidônico e a formação de thromboxane e 12-ácido-hidroxiheptadecatrienoico (ADCOCKS, COLLIN, BUTTLE, 2002; CHUNG et al., 2015). A inflamação crônica está envolvida numa gama de diferentes tipos de câncer, doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes e hipertensão e

(8)

os inibidores da COX-2 vem sendo estudados como potenciais agentes quimioprotetores em câncer colorretal (LE MARCHAND, 2002; ADCOCKS, COLLIN, BUTTLE, 2002; CHUNG et al., 2009; CHUNG et al., 2015).

Outra propriedade funcional muito importando da C.sinensis é a capacidade antimicro-biana contra várias bactérias. O mecanismo proposto para essas atividades antimicroantimicro-bianas é que as catequinas bactericidas atuam prejudicando as membranas bacterianas. Os re-ceptores ou sensores sensíveis ao nutriente são detectados por nutrientes orais ou intrave-nosos incluindo nutracêuticos imunomoduladores, que, através de fibras vagais aferentes, se projetam no núcleo dorso motor e interagem com o hipotálamo (SATO, MIYATA, 2000). Aumenta a atividade eferente do tímico vagal e linfonodo vagal, estimulando a liberação de células T. Simultaneamente, ocorre diminuição dos eferentes esplênicos, inibindo a absorção de linfócitos. O efeito líquido é um aumento na imunidade celular e humoral circulante (SATO, MIYATA, 2000). Adicionalmente, os estudos têm sugerido propriedades antimutagênicas, anti-apopitóticas e anti-angiogênicas da C.sinensis (LE MARCHAND, 2002; ADCOCKS, COLLIN, BUTTLE, 2002; CHUNG et al., 2009; CHUNG et al., 2015).

Assim, a planta C.sinensis, nas suas diferentes formas (chá, extrato) tem ganhado bastante atenção pelos diversos benefícios que impactam na saúde. Por conta disso, in-cluiu-se os extratos de chá em suplementos dietéticos e alimentos funcionais (BHARDWAJ, KHANNA, 2013; GOTTLIEB et al., 2017).

Chá verde e doenças associadas ao envelhecimento Câncer

Vários estudos in vitro, in vivo e epidemiológicos relataram que o consumo de chá verde pode diminuir o risco de câncer. A EGCG, principal componente do chá verde, tem demons-trado que inibe a invasão tumoral e a angiogênese, que são essenciais para o crescimento e metástase do tumor (KHAN; MUKHTAR, 2010).

Conforme Kim et al. (2016), os metabólitos da catequina do chá verde induzem a ati-vação imune mediada pela atividade das células TCD4+, bem como, a citotoxicidade das células Natural Killer (NK). A ausência de um 4’-hidroxilo no grupo fenilo (anel B) é importante para o efeito sobre a atividade imune. No estudo, a 5-(3 ‘, 5’-di-hidroxifenil) -e-valerolacto-na (EGC-M5), um dos principais metabólitos do EGCG, aumentou a atividade das células TCD4+ e a atividade citotóxica das células NK in vivo. Os autores sugerem que EGC-M5 pode apresentar atividade imuno estimuladora.

Nakachi et al. (2003), em um estudo prospectivo de coorte de uma população japonesa com dados de seguimento de 13 anos, encontraram uma diminuição no número de mortes

(9)

por câncer quando associadas ao aumento do consumo de chá verde, indicando uma de-saceleração significativa do aumento da morte por câncer e todas as causas da morte com o envelhecimento.

Os efeitos quimiopreventivos do chá dependem de sua ação como antioxidante, da indução específica de enzimas desintoxicantes, das funções reguladoras moleculares no crescimento celular, desenvolvimento e apoptose e melhoria seletiva na função da flora bacteriana intestinal (WEISBURGER, CHUNG, 2002).

Doenças cardiovasculares

Entre os benefícios propostos da C. sinensis estão a manutenção da função endotelial e da homeostase vascular e uma redução associada na aterogênese e no risco de doenças cardiovasculares (MOORE, JACKSON, MINIHANE, 2009).

O estudo intitulado Ohsaki, prospectivo de base populacional, realizado com 40.530 indivíduos japoneses, entre 40 a 79 anos, sem história de acidente vascular cerebral, doença cardíaca coronária ou câncer na linha de base, revelaram que os japoneses consumindo cinco ou mais xícaras de chá verde por dia apresentaram redução de 12% no total de mor-talidade e redução de 26% no quadro de mormor-talidade cardiovascular quando comparada àqueles que estavam consumindo menos que 1 xícara por dia. Os autores concluíram que o consumo de chá verde está associado à redução da mortalidade por todas as causas e por doença cardiovascular, exceto câncer (KURIYAMA et al., 2006).

Diabetes Mellitus

No estudo realizado por Funke & Melzig (2006), foi realizado um rastreio da inibição da α-amilase de plantas tradicionalmente utilizadas no tratamento antidiabético e produtos naturais puros. Conforme resultados, o extrato seco das folhas de C. sinensis inibiu em 45-75% a enzima α-amilase, a qual é responsável pela quebra dos oligossacarídeos em monossacarídeos, os quais são absorvidos.

Chen et al. (2005) verificaram que o conjunto de polissacarídeos do chá verde diminui a glicemia e melhora a atividade da superóxido dismutase (SOD), sugerindo que o conjunto de polissacarídeos são um potente antioxidante e parece haver uma conexão direta entre a atividade antioxidante e a atividade hipoglicêmica.

Conforme Waltner-Law et al. (2002), o galato de epigalocatequina (EGCG) regula ge-nes que codificam enzimas gluconeogênicas e fosforilação proteína-tirosina modulando o estado redox da célula. Os resultados do estudo demonstram que as mudanças no estado redox podem ter efeitos benéficos para o tratamento da diabetes. Assim, sugere-se que o EGCG seja um potente agente antidiabético.

(10)

No estudo in vitro realizado por Wu et al. (2004) foi utilizado um extrato de polifenol de chá verde para determinar seu efeito na atividade da insulina. Os resultados apontam um aumento significativo na absorção de adipócitos basal e estimulada por insulina. O chá verde aumentou a sensibilidade à insulina em ratos e o polifenol de chá verde é um dos componentes ativos.

Dislipidemias

O efeito de redução do colesterol no consumo de chá verde e preto foi encontrado em muitos estudos observacionais e estudos de intervenção. A ação pode ser principalmente devido à redução da absorção de colesterol e outros lipídios por catequinas de chá e po-lifenóis de chá preto. Foram propostas ações específicas sobre a inibição da síntese de colesterol por EGCG. Os polifenóis do chá preto têm uma biodisponibilidade muito baixa ou não, e, portanto, a ligação de lipídios pode ser o mecanismo mais importante de seus efeitos hipolipemiantes (YANG; HONG, 2013).

Foi realizado um estudo prospectivo, duplo cego e cruzado para investigar os efeitos do chá verde em pacientes portadores de dislipidemias. O estudo envolveu 33 pacientes, com idade entre 21 e 71 anos, que consumiam uma dieta com baixo teor de gorduras. As varia-ções lipídicas médias, provocadas pelo uso do chá verde, mostraram uma redução de 3,9 % (p = 0,006) nas concentrações do colesterol total e uma redução de 4,5 % (p=0,026) do LDL-colesterol. A ingestão de chá verde não influenciou significativamente os níveis de HDL-colesterol, dos triglicerídeos e do Apo-B. Resultados não significativos foram observados na avaliação dos lipídeos sanguíneos (colesterol total e LDL-colesterol) com o uso do placebo (BATISTA et al., 2009).

Hipertensão

Estudos de intervenção sobre os efeitos do consumo de chá na pressão arterial rela-taram resultados inconsistentes (PENG et al., 2014; GREYLING et al., 2014).

Alkerwi et al. (2014) avaliaram a associação entre os componentes da pressão arterial (PA) e o consumo de chá ou café, levando em consideração o consumo simultâneo. A amos-tra foi constituída por 1352 indivíduos com idades entre os 18 a 69 anos. Não foi observada associação entre os componentes da PA e o consumo de café. O consumo diário de 1 dL de chá foi associado a uma redução significativa da pressão arterial sistólica em 0,6 mm Hg e pressão de pulso em 0,5 mm Hg.

(11)

Obesidade

O extrato do chá verde contém uma grande proporção de EGCG, e têm como atrativo, o aumento da termogênese e oxidação de gordura e tem demonstrado ser capaz de aumentar a energia gasta em 24h e a oxidação lipídica promovendo a perda de peso em humanos, esta comprovação tem sido evidenciada em estudos que nivelam a mesma quantidade de cafeína e outro grupo pelo aumento de catequinas. Os resultados revelam que os indivíduos tratados com as catequinas alcançam melhores resultados quanto à termogênese (ALTERIO, FAVA, NAVARRO, 2007). Em um estudo realizado por Senger et al. 2012 demonstrou a eficácia do chá verde na redução da circunferência abdominal de idosos com síndrome metabólica.

Apesar dos estudos do uso de C.sinensis no tratamentos de DCNCs em idosos serem escassos e ainda inconclusivos, a medicina tradicional chinesa utiliza-o há milênios, tanto na prevenção como no tratamento de doenças.

Interações medicamentosas com a planta C. sinensis

Devido ao uso generalizado e regular do chá verde como uma bebida ou suplemento dietético, o uso concomitante do extrato de planta com um ou mais medicamentos conven-cionais é essencialmente inevitável (ALBASSAM, MARKOWITZ, 2017). Idosos apresentam o costume de combinar chá de ervas medicinais com medicamentos, o que pode acarretar mais riscos que benefícios. Além disso, como são portadores de múltiplas morbidades acabam fazendo uso exagerado de medicamentos, princípios ativos, automedicação, gerando intera-ções medicamentosas, dosagens erradas e muitos efeitos adversos e complicaintera-ções. O chá verde por apresentar diversas propriedades funcionais deve ser administrado com cautela pelo idoso polimedicado, pois pode aumentar, reduzir ou anular a biodisponibilidade dos princípios ativos dos medicamentos (ALBASSAM, MARKOWITZ, 2017). Além disso, estudos em animais sugerem que o extrato de chá verde e/ou epigalocatequina-3-galato aumenta sig-nificativamente a biodisponibilidade de diltazem, verapamil, tamoxifeno, sinvastatina, 5-fluo-rouracil e nicardipina. Por outro lado, o extrato de chá verde e/ou epigalocatequina-3-galato reduzem a biodisponibilidade de quetiapina, sunitinibe, clozapina e nadolol (LI, CHOI, 2008; SCANDLYN et al., 2008; CHUNG et al., 2009; CHUNG; CHOI; CHOI, 2009; SENGER et al., 2012; ESSAM, YOUSIF, MUZAFFAR, 2015; WERBA et al., 2015; ALBASSAM, MARKOWITZ, 2017). Contudo, os estudos clínicos em humanos são poucos e inconclusivos nesse tema, por isso o cuidado para evitar interações adversas e iatrogenia deve ser intensificado.

Esimone (2011) verificou que a interação de ervas-drogas entre extratos de chá (C.

sinensis) e Penicilina G mostrou-se aditiva, sugerindo que a administração do chá e a

(12)

último. No entanto, a interação entre o chá e algumas fluoroquinolonas, como ciprofloxacina, ofloxacina e norfloxacina, mostrou-se antagonista (ESIMONE, 2011).

A biodisponibilidade e a atividade antibacteriana, in vivo, da levofloxacina foram me-lhoradas após administração concomitante com de chá, de C. sinensis. Embora não tenha sido realizada uma avaliação mecanicista da interação erva-drogas, é possível que o efeito inibitório do chá na P-glicoproteína possa ter resultado na biodisponibilidade melhorada que foi observada. A levofloxacina é um substrato para a glicoproteína-P, que também é expressa em intestinos de coelho. Portanto, a inibição de P-glicoproteína por chá poderia potencialmente aumentar a biodisponibilidade de medicamentos que são substratos para P-glicoproteína (ESIMONE, 2011).

Dentro deste contexto, os estudos sugerem que a C. sinensis tem potencial para inter-ferir na biodisponibilidade de medicamentos usados por idosos para o tratamento das suas DCNCs e morbidades.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os estudos científicos atuais consideram a C.sinensis uma planta estratégica para a saúde humana no século XXI, pois faz parte de um estilo de vida mais saudável. As plan-tas, em modo geral, são economicamente importantes, porque a base dos seus produtos, transformados ou não, são muito utilizados pelo homem desde a pré-história (LINDON; GOMES; CAMPOS, 2001).

As pesquisas com chá verde (C.sinensis) revelam de forma crescente seu potencial efeito restaurador de estados patológicos por ter presente compostos bioativos. Por se tratar de uma bebida amplamente disponível, baixo custo, fácil consumo, e muito apreciada pela população de idosos, torna-se viável o seu uso como um importante coadjuvante no manejo terapêutico e nutricional em diversas DCNCs. Entretanto, é importante levar em consideração a ação da C.sinensis (chá verde) na biodisponibilidade de medicamentos em idosos, uma vez que são frequentemente polimedicados e apresentam diversas alterações fisiológicas, devido ao processo de envelhecimento inerente. Apesar da C.sinensis ser uma planta com diversas propriedades benéficas a saúde humana, existe a real possibilidade de interação, tanto com os genes, com os nutrientes da dieta habitual e com os medicamentos, o que pode acarretar em aumento, redução, anulação ou mesmo um efeito adverso ou iatrogenia. E, o segmento idoso está muito mais exposto a eventos e desfechos adversos em comparação a qualquer outro grupo etário.

Além disso, é importante ressaltar que nenhum alimento isolado tem a capacidade de proporcionar um impacto de grande magnitude sobre a saúde. Nesse sentido é necessário investigações a respeito das interações nutricionais, a dosagem adequada, a melhor forma e

(13)

horário de consumo para que idosos se beneficiem das propriedades bioativas terapêuticas da C.sinensis com menor risco de interações adversas.

REFERÊNCIAS

1. Adcocks, C.; Collin, P.; Buttle, D. Catechins from green tea (Camellia sinensis) inhibit bovine and human cartilage proteoglycan and type II collagen degradation in vitro. The Journal of

nutrition. v. 132, n. 1, p. 341-6, 2002. doi: 10.1093/jn/132.3.341

2. Albassam, A. A.; Markowitz, J. S. An Appraisal of Drug-Drug Interactions with Green Tea (Camellia sinensis). Planta Med., v. 83, n. 6, p. 496-508, 2017. doi: 10.1055/s-0043-100934 3. Alkerwi, A.; Sauvageot, N.; Crichton, G. E.; Elias, M. F. Tea, but not coffee consumption, is

associated with components of arterial pressure. Nutr Res., v. 35, n. 7, p. 557-65, 2015. doi: 10.1016/j.nutres.2015.05.004

4. Ananingsih, V. K.; Sharma, A.; Zhou, W. Green tea catechins during food processing and sto-rage: A review on stability and detection. Food Research International, v. 50, n. 2, p. 469-79, 2013. doi: 10.1016/j.foodres.2011.03.004

5. Alterio, A. A.; Fava, D. A. F.; Navarro, F. Interação da ingestão diária de chá verde (Camellia sinensis) no metabolismo celular e na célula adiposa promovendo emagrecimento. Revista

Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, v. 1, n. 3, p. 27-37, 2007.

6. Astill, C. et al. Factors affecting the caffeine and polyphenol contents of black and green tea infusions. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 49, n. 11, p. 5340-5347, 2001. doi: 10.1021/jf010759+

7. Basu, A.; Lucas, E. A. Mechanisms and Effects of Green Tea on Cardiovascular Health. Nutr

Rev., v. 65, n. 8, 361-75, 2007. doi: 10.1111/j.1753-4887.2007.tb00314.x

8. Batista, G. A. P. et al. Estudo Prospectivo, Duplo Cego e Cruzado da Camellia Sinensis (Chá Verde) nas Dislipidemias. Arq Bras Cardiol, v. 93, n. 2, p.128-34, 2009.

9. Bhardwaj, P.; Khanna, D. Green tea catechins: defensive role in cardiovascular disorders. Chin

J Nat Med., v. 11, n. 4, p. 345-53, 2013. doi: 10.1016/S1875-5364(13)60051-5

10. Cabrera, C.; Gimenez, R. Efeitos benéficos do chá verde - uma revisão. Am J Nutr fresco, v. 25, n. 2, p.79-99, 2006.

11. Chen, H.; Zhang, M.; Xia, B. Components and antioxidant activity of polysaccharides conjugate from green tea. Food Chem, v. 90, n. 1-2, p. 17-21, 2005. doi: 10.1016/j.foodchem.2004.03.001 12. Chen, C.; Zhou, Q.; Liu, S.; Xiu, Z. Acute toxicity, biochemical and gene expression responses

of the earthworm Eisenia fetida exposed to polycyclic musks. Chemosphere, v. 83, p. 1147-154, 2011. doi: 10.1016/j.chemosphere.2011.01.006

13. Chung, H.Y. et al. Molecular inflammation: underpinnings of aging and age-related diseases.

(14)

14. Chung, H.Y.; Choi, D.H.; Choi, J.S. Effects of oral epigallocatechin gallate on the oral phar-macokinetics of verapamil in rats. Biopharm. Drug Dispos, v. 30, n. 1, p. 90-3, 2009. doi: 10.1002/bdd.644

15. Chung, M.Y. et al. Green Tea Lowers Hepatic COX-2 and Prostaglandin E2 in Rats with Dietary Fat-Induced Nonalcoholic Steatohepatitis. Journal of medicinal food, v. 18, n. 6, p. 648-55, 2015. doi: 10.1089/jmf.2014.0048

16. Cooper, R.; Morré, J.; Morré, D.M. Medicinal benefits of green tea: part I. review of noncancer health benefits. The Journal of Alternative and Complementary Medicine, v. 11, p. 521-28, 2005. doi: 10.1089/acm.2005.11.521

17. Delafuente, J.C. Pharmacokinetic and pharmacodynamic alterations in the geriatric patient.

Consult Pharm. v. 23, n. 4, p. 324-34, 2008. doi: 10.4140/tcp.n.2008.324

18. Dias, T. R. et al. White Tea (Camellia Sinensis (L.)): Antioxidant Properties nd Beneficial Health Effects. Int J Food Sci Nutr Diet, v. 2, n. 2, p. 19-26, 2013.

19. Essam, E.; Yousif, A.A.; Muzaffar, I.. Effects of Green Tea Extracts on the Pharmacokinetics of Quetiapine in Rats. Evid Based Complement Alternat Med., v. 2015, p. 615285, 2015. doi: 10.1155/2015/615285

20. Esimone, C. O. Drug-drug and herb-drug interactions-a comment. Journal of Research in

National Development, v. 9, n. 1, p. 47-59, 2011.

21. Funke, I.; Melzig, M. F. Traditionally used plants in diabetes therapy-phytotherapeutics as inhibitors of α-amylase activity. Rev Bras Farmacogn., v. 16, n. 1, p. 1-5, 2006.

22. Gramza-Michalowska, A.; Bajerska-Jarzebowska, J. Leaves of Camellia sinensis: Ordinary Brewing Plant or Super Antioxidant Source?. Food, v. 1, n. 1, p. 56-64, 2007.

23. Greyling, A. The Effect of Black Tea on Blood Pressure: A Systematic Review with Meta-A-nalysis of Randomized Controlled Trials. PLoS One, v. 9, n. 7, p. e103247, 2014. doi: 10.1371/ journal.pone.0103247

24. Gottlieb, Maria G. V.; closs, Vera E. ; junges, Vilma M. ; BORGES, Cristiane A. Anticancer Effects of Green Tea (Camellia sinensis). In: Danik M. Martirosyan and Jin-Rong Zhou,. (Org.).

Functional Foods and Cancer: Cancer Biology and Dietary Factors. 1ed. San Diego: Food

Science Publisher, 2017.

25. Khan, N.; Mukhtar, H. Cancer and metastasis: prevention and treatment by green tea. Cancer

Metastasis Rev., v. 29, n. 3, p. 435-45, 2010. doi: 10.1007/s10555-010-9236-1

26. Kim, Y. H. et al. Green Tea Catechin Metabolites Exert Immunoregulatory Effects on CD4+ T Cell and Natural Killer Cell Activities. J. Agric Food Chem., v. 68, n. 18, p. 3591-97, 2016. doi: 10.1021/acs.jafc.6b01115

27. Kuhn, Merrily A.; Winston, David. Winston & Kuhn’s Herbal Therapy and Supplements: A Scientific and Traditional Approach. 2 ed. Philadelphia: LWW, 2000. 592 p.

28. Kumudavally, K. V. et al. Green tea - a potential preservative for extending the shelf life of fresh mutton at ambient temperature (25 ± 2ºC). Food Chemistry, v. 107, n. 1, p. 426-33, 2008. doi: 10.1016/j.foodchem.2007.08.045

(15)

29. Kuriyama, S. et al. Green tea consumption and mortality due to cardiovascular disease, can-cer, and all causes in Japan: the Ohsaki study. JAMA, v. 296, n. 10, p. 1255-65, 2006. doi: 10.1001/jama.296.10.1255

30. Le Marchand, L. Cancer preventive effetcs of flavonoides – a review. Biomed Pharmacother, v. 56, n. 1, p. 296-301, 2002. doi: 10.1016/s0753-3322(02)00186-5

31. Li, C.; Choi, J.S. Effects of epigallocatechin gallate on the bioavailability and pharmacokinetics of diltiazem in rats. Pharmazie, v. 63, n. 11, p. 815-8, 2008.

32. Lin, Y. et al. Factors affecting the levels of tea polyphenols and caffeine in tea leaves. Journal

of Agricultural and Food Chemistry, v. 51, n. 7, p. 1864-1873, 2003. doi: 10.1021/jf021066b

33. Liska, D.; Lyon, M.; Jones, D.S. Detoxification and biotransformational imbalances. Explore

(NY); v. 2, n. 2, p. 122-40. 2006.

34. Lindon, F.; Gomes, H. & Campos, A. Anatomia e Morfologia Externa das Plantas

Superio-res. Lidel: Lisboa, 2001.

35. Lorenzi, H; Matos, F.J.A. Plantas medicinais do Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa: Plantarum. 2002.

36. Lou, Z.; Chen, J. Cellular senescence and DNA repair. Experimental Cell Research, n. 14, v. 312, p. 2641-646, 2006.

37. Hazarika, L.K.; Bhuyan. M.; Hazarika, B.N. Plagas de insetos do chá e sua gestão. Revisão

Anual da Entomologia, v. 54, p. 267-84, 2009.

38. Howland, R.H. Effects of aging on pharmacokinetic and pharmacodynamic drug processes. J

Psychosoc Nurs Ment Health Serv., v. 47, n. 10, p. 15-8, 2009.

39. Hunter, K.F.; Cyr, D. Pharmacotherapeutics in older adults. J Wound Ostomy Continence

Nurs., v. 33, n. 6, p. 630-6, 2006.

40. Maluf, L. M. P.; Pompéia, C. Morte celular: apoptose e necrose. In: Peres, C. M.; Curi, R. Como

cultivar células. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2005.

41. Manfredini, V.; Martins, V. D.; Benfato, M. S. Chá verde: benefícios para a saúde humana.

Infarma, v. 16, n. .9-10, p.68-70, 2004.

42. Moore, Rosalind J.; Jackson, Kim G.; Minihane, Anne M. Green tea (Camellia sinensis) cate-chins and vascular function. Br J Nutr, v. 102, n. 12, p. 1790-1802, 2009.

43. Mota, M. P.; Figueiredo, P.A.; Duarte, J. A. Teorias biológicas do envelhecimento. Revista

Portuguesa de Ciências do Desporto, n. 1, v. 4, p. 81-110, 2004.

44. Nakachi, K.; Eguchi, H.; Imai, K. Can teatime increase one’s lifetime?. Ageing Res Rev. v. 2, n. 1, p. 1-10, 2003. doi: 10.1016/s1568-1637(02)00047-8

45. Pastore, R. L.; Fratellone, P. Potential Health Benefits of Green Tea (Camellia sinensis): A Narrative Review. Explore, v. 2, n. 6, p. 531-39, 2006. doi: 10.1016/j.explore.2006.08.008 46. Peng, X. et al. Effect of green tea consumption on blood pressure: A meta-analysis of 13

(16)

47. Perva-Uzunalic, A. et al. Extraction of active ingredients from green tea (Camellia sinensis): extraction efficiency of major catechins and caffeine. Food Chemistry, v. 96, n. 4, p. 597-605, 2006. doi: 10.1016/j.foodchem.2005.03.015

48. Ribeiro, A.Q.; Acurcio, F.A.; Wick, J.Y. Pharmacoepidemiology of the elderly in Brazil: state of the art. Consult Pharm. v. 24, n. 1, p. 30-44, 2009.

49. Rietveld, A.; Wiseman, S. Antioxidant Effects of Tea: Evidence from Human Clinical Trials.

American Society for Nutritional Sciences, v. 133, n. 10, p. 3285S-92S, 2003.

50. Roth, M.; Timmermann, B.N.; Hagenbuch, B. Interactions of Green Tea Catechins with Or-ganic Anion-Transporting Polypeptides. Drug Metab Dispos, n. 39, v. 5, p. 920-6, 2011. doi: 10.1124/dmd.110.036640

51. Scandlyn, M.J. et al. A new role for tamoxifen in oestrogen receptor-negative breast cancer when it is combined with epigallocatechin gallate. Br. J. Cancer., v. 99, n. 1, 1056-63, 2008. doi: 10.1038/sj.bjc.6604634.

52. Scotti, L.; Velasco, M.V.R. Envelhecimento cutâneo à luz da cosmetologia. São Paulo: Tecnopress, 2003. 114 p.

53. Sato, T.; Miyata, I. The nutraceutical benefit, part I: green tea. Nutrition, v. 16, n. 4, p. 315-17, 2000.

54. Sharangi, A. B. Medicinal and therapeutic potentialities of tea (Camellia sinensis L.) – A review.

Food Research International, v. 42, n.5-6, p. 529-35, 2009. doi: 10.1016/j.foodres.2009.01.007

55. Sumpio, B. E. et al. Green Tea, the “Asian Paradox,” and Cardiovascular Disease. Journal

of the American College of Surgeons, v. 202, n. 5, 813-25, 2006. doi:

10.1016/j.jamcoll-surg.2006.01.018

56. Senger, A.E.V.; Schwanke, C.H.A.; Gomes, I; Gottlieb, M.G.V. Effect of green tea (Camellia sinensis) consumption on the components of metabolic syndrome in elderly. J Nutr Health

Aging., v 16, n. 9, p. 738-42, 2012. doi: 10.1007/s12603-012-0081-5.

57. Ungureanu, G.; Alexa, I.D.; Stioca, O.. Iatrogeny and the elderly. Rev Med Chir Soc Med Nat

Iasi, v. 111, n. 4, p. 803-10, 2007.

58. Taniguchi, Cullen; Guengerich, F. Peter. Metabolismo dos Fármacos. In: Princípios de

Far-macologia: a base fisiopatológica da farmacoterapia. Ehrin, J. et al. (Org.). 2 ed. São Paulo:

Guanabara Koogan, 2010.

59. Trevisanato, S. I.; Kim, Y. I. Tea and Health. Nutrition Reviews, v. 58, p.1-10, 2000.

60. Waltner-Law, M.E. et al. Epigallocatechin gallate, a constituent of green tea, repress hepatic glucose production. J. Biol. Chem., v. 277, n. 38, p. 34933-940, 2002.

61. Wang, H.; Provan, G. J.; Helliwell, K. Tea flavonoids: their functions, utilization and analysis.

Trends in Food Science & Technology, v. 11, n. 4-5, p. 152-60, 2000. doi:

10.1016/S0924-2244(00)00061-3

62. Werba, J.P. et al. Overview of Green Tea Interaction with Cardiovascular Drug. Current

(17)

63. Weisburger, J.H.; Chung, F. L. Mechanisms of chronic disease causation by nutritional factors and tobacco products and their prevention by tea polyphenols. Food Chem Toxicol., v. 40, n. 8, p. 1145-154, 2002. doi: 10.1016/s0278-6915(02)00044-3

64. Wu, L. Y. et al. Effect of green tea supplementation on insulin sensitivity in Sprague-Dawley rats. J Agric Food Chem, v. 52, n. 3, p. 643-48, 2004. doi: 10.1021/jf030365d

65. Wu, S.C. et al. Antimutagenic and antimicrobial activities of pu-erh tea. Food Science and

Technology, v.40, n.3, p.506-12, 2007. doi: 10.1016/j.lwt.2005.11.008

66. Yang, C.S.; Prabhu, S.; Landau, J. Prevention of carcinogenesis by tea polyphenols. Drug

Metabolism Reviews, v.33, p. 237-53, 2000. doi: 10.1081/DMR-120000651

67. Yang, C. S.; Hong, J. Prevention of Chronic Diseases by Tea: Possible Mechanisms and Human Relevance. Annu Rev Nutr, v. 33, n. 1, p. 161-81, 2013. doi: 10.1146/annurev-nu-tr-071811-150717

Referências

Documentos relacionados

3.2 Tipos de estrutura de arrimo Muro de gravidade: São obras de contenção que contam com seu peso próprio e os esforços da base para manter sua estabilidade, podem ser construídas

Em outras palavras, quando se utiliza a distribui¸c˜ao gaussiana, uma transi¸c˜ao inversa do tipo congelamento inverso ´e encontrada na transi¸c˜ao de primeira ordem entre as

•   O  material  a  seguir  consiste  de  adaptações  e  extensões  dos  originais  gentilmente  cedidos  pelo 

A Faculdade Maria Milza – FAMAM torna público o Edital do Processo de Inscrição para os cursos de Pós-Graduação Lato Sensu em Especialização em Fundamentos

Assim, além de suas cinco dimensões não poderem ser mensuradas simultaneamente, já que fazem mais ou menos sentido dependendo do momento da mensuração, seu nível de

2 A Conferência Nacional de Educação (Conae) contará com 3.500 participantes entre delegados, indicados, apoio, imprensa e observadores/convidados/palestrantes.

O modelo Kano de qualidade atrativa e obri- gatória (BERGER et al., 1993; KANO, 1984; MATZLER et al., 1996) distingue três tipos de atri- buto de produtos ou serviços que influenciam

Promover medidas judiciais e administrativas visando responsabilizar os causadores de poluição ou degradação ambiental e aplicar as penalidades administrativas previstas em