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Uma Pousada na Fortaleza. Estudo Preliminar

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Academic year: 2021

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Uma Pousada na Fortaleza…

Estudo Preliminar

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Envolvente: da Fortaleza ao

Fosso da Muralha

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3 Parceria para a Regeneração Urbana

Área de Intervenção

Recuperação do Edifício António Conceição Bento Museu Paroquial

Beneficiação da Igreja de S. Pedro

Centro de Recursos Para a Inclusão

Sede da ACISCP

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- Protocolo assinado pelo Município de Peniche, Direcção-Geral do Património e ENATUR, em 12 de Julho de 2002 (em 25 de Setembro de 2008 foi assinado entre o Turismo de Portugal e a ENATUR um Aditamento ao Contrato de Cessão de Exploração existente);

- Projecto “Recuperação do Património Histórico-Militar de Peniche” contemplado no âmbito do Plano de Acção do Oeste e Lezíria do Tejo (compensações Aeroporto Ota);

-Projecto “Valorização do Património Histórico-Militar de Peniche” contemplado no

âmbito do Plano Territorial de Desenvolvimento do Oeste;

- Investimento da ordem dos 15 milhões de euros, co-financiados através do POVT (Eixo

IX Desenvolvimento do Sistema Urbano Nacional Domínio de Intervenção -Equipamentos Estruturantes do Sistema Urbano Nacional)

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Peniche dispõe de um volumoso, diversificado e raro património histórico cultural, tanto móvel como imóvel.

O Plano Estratégico definiu como orientação que o património devia ser encarado como um recurso para o desenvolvimento, um recurso, aliás, transversal aos diversos eixos programáticos.

Por isso, referências a actuações no domínio do património surgem ao longo dos 6 eixos de acção propostos no Plano.

Eixos de Acção da Magna Carta:

1. Economia do Mar 2. Oferta turística

3. Sustentabilidade Ambiental e Patrimonial 4. Qualificação urbana

5. Coesão sócio-territorial 6. Cooperação territorial

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1. Economia do Mar

 Valorizar o Mar como vector estruturante das actividades económicas

- A história e o património desempenham nesta valorização um papel identificador e legitimador

2. Oferta turística

 Valorizar, diferenciar e qualificar a oferta turística de Peniche

- Promover as criações próprias patrimoniais e artesanais de Peniche para fixar correntes de turismo cultural que procuram o Oeste fora das épocas mais propícias para o turismo de praia e mar

3. Sustentabilidade Ambiental e Patrimonial

 Valorizar, recuperar e divulgar o património de Peniche

- Património histórico-militar de Peniche: reabilitação, recuperação, promoção e divulgação da rede/sistema defensivo do litoral do concelho de Peniche (Fortaleza de Peniche, Forte de Nossa Senhora da Conceição e Forte de São João Baptista)

- Carta arqueológica do concelho: para superfície terrestre e fundos marinhos

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4. Qualificação urbana  Fosso da muralha

- Recuperação e valorização do fosso da muralha e zona envolvente

 Área histórica urbana

- Promover o levantamento e a criação de uma base de dados cartográficos das áreas históricas da cidade

- Criar um gabinete de acompanhamento das áreas históricas - Estimular o urbanismo reconstrutivo e de reabilitação

5. Coesão sócio-territorial

 Promover os produtos locais e o património cultural local

- Plano de acção para o Desenvolvimento do Artesanato (de cujas tipologias fazem parte a Renda de Bilros e produções oriundas do

património histórico-cultural e artístico de Peniche

- Estudo sistemático do património-histórico cultural do concelho - Plano de gestão e divulgação do património histórico-cultural de Peniche

6. Cooperação territorial

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Plano de Acção do Oeste

No âmbito Plano de Acção do Oeste foi apresentado pela Câmara Municipal de Peniche como projecto estratégico a Recuperação e Valorização do Património Histórico-Militar de Peniche, num investimento estimado de € 5.000.000,00, e no qual se integra igualmente a Fortaleza de Peniche.

Rede Museológica

Linhas de acção resultantes da Magna Carta Peniche 2025, versando uma estratégia de valorização do património cultural concelhio:

Aposta na criação de uma Rede Museológica do Concelho de Peniche, com uma forte componente interpretativa, prevendo a reformulação da unidade museológica instalada na Fortaleza de Peniche.

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A História

A posição geoestratégica de Peniche originou uma das maiores concentrações de fortificações e estruturas defensivas existentes no território português. Na sua maioria datam do séc. XVII.

Graças a este sistema de segurança, Peniche tornou-se um centro de atracção populacional na região.

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A História

Fortaleza de Peniche

Coube a D. Luís de Ataíde, que viria a ser Vice-Rei da Índia (entre 1568-71 e 1578-81), a iniciar as obras de fortificação, junto à povoação de Peniche de Baixo e respectivo porto. Fê-lo em 1557 por ordem do rei D. Sebastião.

O Baluarte Redondo foi a primeira construção a ser erguida no espaço hoje correspondente à Fortaleza de Peniche.

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A História

Após a Restauração em 1640 tem lugar a construção da Fortaleza de Peniche como hoje a conhecemos, facto demonstrativo da importância dada a este território no contexto da defesa da soberania do país.

Na Fortaleza encontravam-se estabelecidos permanentemente uma guarnição de artilheiros e um destacamento de infantaria - o Regimento de Peniche.

Regimento de Peniche Fortaleza de Peniche

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A História

No século XIX, a Fortaleza esteve ocupada pelas tropas francesas que invadiram Portugal em 1807.

Durante a guerra civil que opôs absolutistas e liberais entre 1828 e 1834, a Fortaleza foi sucessivamente ocupada por ambos os lados, que ali estabeleceram cárceres militares.

No início do séc. XX, recolheu refugiados boers vindos da África do Sul (1901-1904) e prisioneiros alemães e austríacos durante a 1ª Guerra Mundial. Pouco depois, perdeu a função militar.

Refugiados boers no Jardim Público

Vista da Fortaleza durante o 1º Quartel do séc. XX

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A História

Em 1934, aproveitando os velhos edifícios da fortificação, é instalado na Fortaleza o chamado “Depósito de Presos de Peniche”, destinado a albergar pontualmente presos de delito comum mas sobretudo opositores ao regime ditatorial do Estado Novo.

Este estabelecimento prisional, adaptando de forma sumária as construções anteriores, não reunia as elementares condições de conforto e higiene.

Parada militar do corpo da Guarda Nacional Republicana instalado na Fortaleza – década de 30 do século passado

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A História

Em 1953 iniciaram-se obras de modernização da prisão. Foram demolidas antigas casernas militares e construídos sucessivamente, até 1961, três blocos prisionais, segundo o modelo americano das prisões de alta segurança.

Nasce a chamada “Cadeia do Forte de Peniche”.

Vista geral do complexo prisional

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A História

Para além dos três blocos prisionais - A, B e C – é construído um sofisticado Parlatório e criados dois Pátios de Recreio, um dos quais reaproveitando o chamado “Pátio da Cisterna”.

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Os Espaços

Planta das estruturas da Prisão Política

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A História

Na sequência da Revolução de 25 de Abril de 1974, os presos políticos opositores do Regime Autoritário aprisionados na Cadeia do Forte de Peniche são libertados a 27 de Abril.

Entre 1977 e 1982, a Fortaleza foi utilizada por famílias portuguesas chegadas das antigas colónias portuguesas em África.

População de Peniche no dia 26 de Abril de 1974 aguardando a libertação dos presos políticos da Cadeia do Forte de Peniche

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A História

A Câmara Municipal de Peniche promoveu, a partir de 1982, a ocupação da Fortaleza. Pretendia evitar uma eventual reocupação do monumento pelos Serviços Prisionais. Em contrapartida queria instituir o imóvel como espaço museológico capaz de perpetuar a memória da luta antifascista que lhe estava associada.

Nas instalações foram também expostas colecções representativas da História, Etnografia e Economia locais. O assim chamado Museu Municipal de Peniche foi inaugurado a 18 de Maio de 1984.

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A Actualidade

O Museu Municipal de Peniche afirmou-se como espaço de referência no contexto museológico nacional, constituindo um dos museus genéricos mais visitados do país.

Neste espaço museológico destaca-se de forma especial a memória da antiga prisão política do Estado Novo, perpetuada no núcleo consagrado à resistência antifascista.

O acervo do Museu reparte-se pelas seguintes colecções:

• Pré-história

• Arqueologia Subaquática • Pesca e Construção Naval • Rendas de Bilros

• Memórias de Peniche • Conquiologia

• Arquitecto Paulino Montez

Entrada do Museu Municipal

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A Actualidade

Funcionam, ainda, na Fortaleza, um Centro de Documentação (na Secretaria do Museu Municipal) que incide particularmente nas temáticas da História Local e da Resistência Antifascista, um Estúdio Municipal de Dança e o A. L. A. – Atelier Local de Artes, para além de exposições temporárias e outras actividades pontuais, que têm lugar no Museu Municipal e/ou no Salão Nobre.

Vista do Baluarte do Ilhéu onde se situam o Centro de Documentação, o Estúdio Municipal de Dança e o Salão Nobre

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A Actualidade

A Fortaleza quer no referente às estruturas da própria fortificação, quer no que se refere às instalações da

antiga prisão política apresenta graves problemas de

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Os Novos Desafios

Imóvel de inegável importância histórica, recai sobre a Fortaleza de Peniche o desafio de se confirmar como espaço de afirmação de um território, compatibilizado a memória a ela associada com a qualificação da oferta cultural e turística de fundo concelhio e regional.

Considera-se perfeitamente exequível uma compatibilização entre a construção/exploração de uma unidade hoteleira tipo pousada neste imóvel e a preservação e valorização da memória histórica do mesmo. Esta última concretizável através de uma reformulação do actual Museu Municipal que promova a valorização da memória histórica do sítio, bem como a divulgação da matriz identitária penichense.

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Museu de Sítio,

de Identidade

Testemunhará a história desta importante fortificação da linha defensiva costeira, que marcou profundamente a história de Peniche.

Valorizará os temas da história e da identidade locais.

Será conferido um particular relevo ao Núcleo Museológico da Resistência, um espaço de memória e homenagem aos combatentes pela Liberdade que o Regime autoritário condenou e perseguiu.

Um

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… Um

Futuro.

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O Histórico do

Processo

1977 (21 de Julho) – Noticia-se pela primeira vez a intenção da ENATUR em adaptar a Fortaleza a hotel.

1999 (8 de Julho) – O Sr. Secretário de Estado do Turismo, Dr. Vítor Neto, de visita a Peniche, informa da intenção por parte da ENATUR em avançar para a construção de uma pousada na Fortaleza de Peniche.

2000 – O Presidente do Conselho de Administração das Pousadas de Portugal, Dr. Eduardo Ambar, e o Arquitecto Siza Vieira visitam a Fortaleza de Peniche.

2002 (26 de Julho) - O Sr. Secretário de Estado do Turismo, Dr. Pedro Almeida, de visita a Peniche informa que o projecto de arquitectura da pousada foi adjudicado ao Arquitecto Siza Vieira, devendo a mesma estar concluída em 2005. Na sequência desta decisão a CMP procede ao levantamento planimétrico do imóvel que fornece ao projectista.

2005 (23 de Junho) - O Sr. Secretário de Estado do Turismo, Dr. Bernardo Trindade, de visita a Peniche informa que o processo de construção de uma pousada na Fortaleza de Peniche se encontra em fase de análise por força da privatização de parte da ENATUR.

2008 (24 de Setembro) - O Turismo de Portugal e a ENATUR, assinam um aditamento ao contrato de exploração com o objectivo de proceder à construção de uma pousada na Fortaleza de Peniche.

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Espaços de

Utilização

A área interior da Fortaleza (sem contar com o fosso) é superior a 20.000 m2. A área a

ocupar exclusivamente pela Pousada poderá corresponder

aproximadamente a 30% deste espaço, não incluindo espaços de utilização comum.

Planta da área de implantação da Fortaleza

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Espaços de

Utilização

Proposta de trabalho: uma redistribuição do espaço da Fortaleza, tendo em conta a implantação de uma Pousada.

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Estudo Preliminar – David Sinclair & Associados, Arquitectos Lda.– 2010 Proposta aprovada na Reunião de Câmara de 23 de Março de 2011

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Referências

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