Ao
Ilustríssimo Senhor Presidente da Colenda Comissão Especial de Licitação da Concorrência Pública n° 01/2015, internacional, de menor valor de tarifa,
referente à Concessão do Serviços de Transporte Coletivo por Ônibus do
Município de Porto Alegre.
PROCESSO a d m i n i s t r a t i v o N" 001.008159.15.7
CONTRARRAZÕES
Consórcio Mais - Consórcio de Mobilidade da Área Integrada Sudeste, neste ato representada pela empresa líder SUDESTE TRANSPORTES COLETIVOS LTDA., com sua sede na Rua Saldanha da Gama, n° 555, Bairro São José, cidade de Porto Alegre/RS, Cep. 91.520-630, inscrita no CNPJ sob o n" 88.175.625/0001-35, legalmente registrada na Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Sul sob o NIRE
43.200.484.601, por seus representantes legais JOSÉ ALBERTO MACHADO GUERREIRO,
brasileiro, casado no regime da comunhão universal de bens, economista, residente edomiciliado na Rua Carlos Trein Filho, 835, apto. 801, bairro Auxiliadora, cidade de Porto Alegre/RS, Cep. 90.450-120, inscrito no CRE/RS n" 2.790 e no CPF sob o n° 121.959.280-34 e
TITO FÁBIO SCHMIDT, brasileiro, advogado, separado, residente e domiciliado na Travessa
Coronel Antônio Carneiro Pinto, 63, apto. 803, Bairro Petrópolis, cidade de Porto Alegre/RS, Cep. 90.460-020, portador da OAB/RS 11.821, inscrito no CPF sob n° 201.888.890-00,
Diretores Presidente e Administrativo e Financeiro, respectivamente, vem, respeitosamente a
presença de Vossa Senhora, apresentar
CONTRARRAZÕES AO RECURSO ADMINISTRATIVO
Interposto por Stadtbus Transportes Ltda.. com sede na Av. Independência, 860, Centro, cidade de Santa Cruz/RS, CNPJ 93.273.860/0001-80
(Jíécorrente"), o que faz nos termos o item 21.4 do Edital e artigo 109, § 3- da Lei 8.666/93,
fundamentos que seguem: —s
C*N$éRCI#
lí) MAIS
I - Breve Resenha Fática;
Trata-se de recurso administrativo interposto pela Recorrente contra decisão dessa Colenda Comissão Especial de Licitação que, aos vinte e quatro dias do mês de julho de
dois mil e quinze, às nove horas, na sede da Área de Compras e Serviços (ACS), da Secretaria
Municipal da Fazenda (SMF), situada na Rua Siqueira Campos, 1300, 3° andar, sala 301, reuniu-se e procedeu ao julgamento das propostas da Concorrência 1/2015 e, de acordo com osdocumentos constantes às folhas 2030 a 3255 do processo administrativo n° 001.008159.15.7, em estrita observância do Edital, assim procedeu, em apertada síntese:
LOTE 6; Licitante CONSÓRCIO DE MOBILIDADE DA ÁREA INTEGRADA SUDESTE - MAIS: apresentou a Garantia da Proposta em conformidade com o item 14
do Edital. No entanto, a Licitante ofertou Tarifa Técnica no valor de R$ 3,4674,
observando o valor máximo estipulado no item 3.1 do Edital. Procedida à análise da proposta verificou-se o preenchimento dos requisitos do item 15 do Edital e do Anexo
VI-B. Sendo assim, restou classificada em primeiro lugar 3 UlllCfl
proposta apresentada pela Licitante consórcio de
MOBILIDADE DA ÁREA INTEGRADA SUDESTE - MAIS com a Tarifa Técnica de R$ 3,4674 (grifou-se)
Das razões apresentadas, se extrai que a Recorrente visa a procedência do recurso para que a Recorrida tenha sua proposta desclassificada e, o faz, em apertada síntese, sob os frágeis fundamentos de que há: (i) Divergência entre a "frota calculada" e da "frota
utilizada na proposta da tarifa"; (ii) Impossibilidade de analise do cálculo do fator de
utilização; (iii) - Utilização de dados de campo sem previsão; (iv) - Utilização de coeficientes não comprovados; (v) - Utilização de contas contábeis sem apresentação das demonstrações oficiais.
É de se observar que as razões recursais da Recorrente, a bem da verdade e
conforme se verá ponto a ponto mais adiante, são de conteúdo meramente sensacionalista e apelativo, sem qualquer relevância ou procedência sob o enfoque técnico ou jurídico. Demonstra, isto sim, o absoluto despreparo técnico da Recorrente e deixa absolutamente claro o
total desconhecimento técnico quanto às metodologias e legislações aplicáveis e exigidas pelo
Edital do Serviço de Transporte Coletivo por Ônibus do Município de Porto Alegre, senão
a
MAIS
II - Preliminarmente;
A) Ausência de Interesse de Agir da Recorrente que não Participou do Certame no Lote 6;
Preliminarmente, há de se observar que a Recorrente sequer apresentou proposta para o Lote 6, de modo que, no que se refere ao Lote 6, incontroverso que a Recorrente sequer participou do Certame.
No entanto, se extrai do Recurso (item 1 do pedido) que o pleito recursal está a
pretender, pontualmente, a DESCLASSIFICAÇÃO da proposta apresentada pelo Consórcio
Recorrido e não a revogação do certame.Essa condição atrai, inevitavelmente, a ausência de legítimo interesse de agir da Recorrente, já que por não ter participado do processo licitatório não indica a Recorrente qual o direito seu que pretende defender, qual o benefício que teria ou poderia ter em conseqüência do deferimento do Recurso.
A jurisprudência, em casos tais, já se posicionou no sentido de reconhecer a
ausência do interesse de agir da Recorrente:
Analdo Lima Wagner
Assistente Administrativo
Matricula 1151290
ACS/5MF
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. MANDADO DE SEGURANÇA. LICITAÇÃO. NULIDADE DO ATO CONVOCATÓRIO APONTADA POR EMPRESA QUE NÃO PARTICIPOU DO CERTAME. EXTINÇÃO DA AÇÃO POR FALTA DE
INTERESSE DE AGIR. O mandado de segurança tem por finalidade proteger direito líquido e certo de seu autor,afrontado por ato de autoridade, ilegal ou abusivo. No caso, por não ter participado do processo licitatório não indica a impetrante qual o direito seu que pretende defender, qual o benefício que teria ou poderia ter em conseqüência do deferimento da ação mandamental. Na verdade, haveria de apontar e provar ofensa
concreta, certa, especifica a direito próprio, em decorrência do ato coator, o que não fez e nem poderia fazê-lo pelo fato, escusada a insistência, de não ter participado do
processo. Não se diga que aquele que tenha interessi em participar da licitação não
possa questionar o ato convocatório. Todavia, a matéria de vício na conduta da
Administração se regula pelo principio geral da legitimidade e do interesse de agir. Com efeito, a Constituição autoriza que vícios na gestão da coisa pública sejam combatidos por via da ação popular. O mandado de segurança não se presta para
declaração de nulidade de ato administrativo, tampouco substitui a ação popular
(Súmula 101 do STF); propÕe-se a obter ordem, mandado, que garanta o direito líquido
e certo do impetrante, lesado ou ameaçado de lesão por ato de autoridade. Nas circunstâncias, o Ato Convocatório enquanto norma abstrata é insuscetível de causar lesão ao direito da Impetrante, que, a ele não acudiu; só por si não lesa direito
individual, sem antes convertido em ato concreto a atuar direta e imediatamente sobre
seus destinatários, ou seja, os que participam, participaram ou foram impedidos de
participar do certame. Não é o caso. Apelo desprovido. Unânime. (Apelação Cível N 70030021448, Vigésima Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
yS c^Nséftei#
MAIS
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. LICITAÇÃO.
SERVIÇOS DE TELE-ATENDIMENTO. ANEEL. EMPRESA QUE
NÃOPARTICIPOU DA LICITAÇÃO. 1. NSo tem legitimidade ativa para impetrar mandado de segurança contra atos da Comissão de Licitaçãoempresa que nãoparticipa do certame. 2. Agravo de instrumento a que se nega provimento e agravo
regimental prejudicado. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO.
LICITAÇÃO. SERVIÇOS DE TELE-ATENDIMENTO. ANEEL. EMPRESA QUE NÃOPARTICIPOU DA LICITAÇÃO. 1. Não tem legitimidade ativa para impetrar
mandado de segurança contra atos da Comissão de Licitaçãoempresa que
nãoparticipa do certame. 2. Agravo de instrumento a que se nega provimento e agravo regimental prejudicado. (AG 2004.01.00.021999-5/DF, Rei. Desembargadora Federal
Maria Isabel Gallotti Rodrigues, Sexta Turma,DJ p.88 de 22/11/2004)
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. MANDADO DE SEGURANÇA.
LICITAÇÃO. PRETENSÃO DE DECLARAÇÃO DE NULIDADE DE EDITAL.
IMPUGNAÇÃO EM ABSTRATO. EMPRESA QUE NÃOPARTICIPA DO
CERTAME. AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR. EFEITO TRANSLATIVO DO RECURSO. O mandado de segurança é o remédio constitucional adequado à proteção
de direito líquido certo violado ou na iminência de violação por ato eivado de ilegalidade ou abuso de poder praticado por autoridade. Não se presta o mandamus à impugnação de ato dito ilegal sem que a ele corresponda violação presente ou iminente
a direito líquido e certo do autor. A empresa impetrante nãopartícípou do certame. Configura-se ausência de interesse de agir para o mandado de segurança o ataque a cláusulas editalícias em abstrato. Em decorrência do efeito translativo do agravo de
instrumento, pode o Tribunal extinguir o processo com base em questões de ordem pública. PROCESSO EXTINTO. RECURSO PREJUDICADO. (Agravo de Instrumento
N" 70055783831, Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Almir
Porto da Rocha Filho, Julgado em 20/11/2013)
Somado a ausência de fundamentos técnicos e jurídicos relevantes aos temas
levantados pelo Recorrente, há que se reconhecer a ausência de legítimo interesse de agir da
Recorrente que sequer participou no Certame no que se refere ao Lote 6.
B) Ausência de Impugnacão do Edital e Questão já Afastada pelo Poder JUDICIÁRIO:
Ainda em sede de preliminar, a Recorrida tem a consignar que os temas
levantados em suas razões recursais deixaram de ter pela Recorrente a necessária impugnação administrativa, notadamente quando a Recorrente sustenta: "{...)Impossibilidade de analise do
cálculo dofator de utilização: Utilização de dados de campo sem previsão
Importante destacar que a Recorrente, antes do Certame, buscou o Poder Judiciário através do mandado de segurança n° 001/1.15.0113876-7, do qual se retira, embora
sem trânsito em julgado, que a impugnação feita pela Recorrente centrou-se na "exigência do
atestado de capacidade técnica, item 16.9.4.1.1 do Edital de concorrência pública n°001/2015,
ao exigir a quantidade média de passageiros de, no mínimo 50% (cinqüenta por cento) do
Arnaldo Uma WagnerAssistente Administrativo
Matricula 1151290
ACS/SMF
ys C«NSéR€«#
MAIS
número de passageiros médios mensais estimados para o LOTE onde concorra licitante, informados no Anexo II deste Edital", deixando a Recorrente, administrativa ou judicialmente,
de combater os pontos que ora são postos, embora sem fundamento, no Recurso.
E, mesmo no que se refere ao aludido item 16.9.4.1 do Edital, há decisão do Eg. TJRS, afastando as apontadas ilegalidades do Certame no que se refere às exigências técnicas postas no Editai e que, conforme decisão do TJRS no Agravo de Instrumento n° 70065796005, 1* Câmara Cível, não violou "os princípios constitucionais da isonomia, da igualdade e da impessoalidade que devem conduzir o processo licitatório, a teor do que estabelece o artigo 3° da Lei 8.666/93, na medida em que constitui requisito complementar básico para comprovação da prestação efetiva do serviço público objeto do certame
Por conseguinte, também por essa razão o Recurso ora apresentado carece de interesse de agir, seja porque a Recorrente não participou do Certame no Lote 6, seja porque não impugnou, judicial ou administrativamente, os termos do Edital. A jurisprudência é implacável
em reconhecer a falta de interesse de agir em casos dessa espécie:
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. MANDADO DE SEGURANÇA.
LICITAÇÃO. PRETENSÃO DE DECLARAÇÃO DE NULIDADE DE EDITAL.
IMPUGNAÇÀO EM ABSTRATO. EMPRESA QUE NÃOFARTICIFA DO CERTAME. AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR. EFEITO TRANSLATIVO DO
RECURSO. Em decorrência do efeito translativo do agravo de instrumento, pode o Tribuna] extinguir o processo com base em questões de ordem pública. O mandado de segurança é o remédio constitucional adequado à proteção de direito líquido certo violado ou na iminência de violação por ato eivado de ilegalidade ou abuso de poder praticado por autoridade. Não se presta o mandamus à impugnação de ato dito ilegal sem que a ele corresponda violação presente ou iminente a direito líquido e certo do
autor. A empresa impetrante não imougnou o edital na esfera administrativa, tampouco participando do certame. Configura-se ausência de interesse de agir para o mandado de segurança. PROCESSO EXTINTO. RECURSO PREJUDICADO.
(Agravo de Instrumento N° 70050746940, Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça
do RS, Relator: Almir Porto da Rocha Filho, Julgado em 19/12/2012) (grifou-se)
Por essas razões preliminares, espera o Recorrido que essa Ilustre Comissão
reconheça a falta de interesse de agir da Recorrente e, assim, negue provimento ao recurso para
manter a qualificação do Recorrido como vencedor do Lote 6, por ser de direito e da mais lídima Justiça!
Arnaldo Uma Wagner Assistente Administrativo
Matrícula 1151290
ACS/SMF
III - Razões de Mérito;
No mérito, melhor sorte não tem a Recorrente, conforme se demonstra, ponto a ponto:
(A) Da Alegada Divergência entre a "frota calculada" e a "frota
utilizada" na proposta da tarifa;
Alega o Recorrente que o Recorrido teria apresentado cálculo da tarifa errado,
já que o cálculo teria sido feito sobre 175 veículos apresentados no cálculo do Fator de
Utilização dos Motoristas e Cobradores ("FU"), e não sobre o número de 179 de Frota Operante
exigida pelo Edital.Chama a atenção e preocupa a falta de conhecimento técnico da Recorrente. Ou
age de má fé ou confunde conceitos e metodologias básicos e elementares ao objeto do Certame.
Isso porque claramente não consegue diferenciar o número de veículos da "Frota Operante" real
e efetiva do número de veículos referenciais para cálculo do "Fator de Utilização dos Motoristas
e Cobradores" ("FU"), que detém metodologias diversas.
Ora, o Recorrido, diverso do alegado pela Recorrente, apresentou cálculo da
tarifa considerando uma frota operante real e efetiva de 179 veículos, uma vez que é esse o
número constante da planilha do Edital, no Anexo VI-C "Planilha Para Elaboração da Proposta
de Tarifa Técnica" e que consta do preenchimento das informações inerentes ao Lote 06.
Importante dizer que o número de 179 veículos é fixado (e não pode ser alterado) pelo Edital na
planilha do Anexo VI-C "Planilha Para Elaboração da Proposta de Tarifa Técnica" e, por essa
razão, quando do preenchimento das informações do Lote 06, o Recorrente obrigatoriamente
apresentou seu cálculo de tarifa sobre o número de 179.
A apresentação de cálculo do "Fator de Utilização dos Motoristas e
Cobradores" ("FU"), que não se confunde com a frota operante e detém metodologia própria,
está exigida pelo item 1.1.3 do Anexo VI, B, do Edital e foi igualmente atendida pelo
Recorrido:Arnaldo Lima Wagner
Ass^tente Administrativo
Matrícula 11S1290 ACS/SMF
1.1.3 A comprovação do Fator de Utilização de Pessoal Operacional (motorista/cobrador) deverá ser entregue no formato de tabela de programação de serviço, seguindo modelo GEIPOT, em uma extensão de arquivo .pdf. ou .xis.
Das alegações do recurso, se conclui que a Recorrente nâo conhece a
metodologia de cálculo de fator de utilização estabelecida pelo edital desenvolvida pelo GEIPOT e adotada em Porto Alegre através do Decreto Municipal 18.560/2014, alterado pelo
Decreto 18.942/2015, referendadas e exigidas pelo Edital e Anexos.
Seguindo a Metodologia GEIPOT, que, repete-se, é a metodologia
vinculada ao Certame por força do item 1.1.3 do Anexo VI, B, Edital e do Decreto
Municipal 18.560/2014, precisamente o Anexo II do GEIPOT, que assim dispõe e esclarece:
"Assim, quando o quadro de horário indicar o recolhimento do veículo antes de se
completar a jornada legal de trabalho, considera-se que o veículo continua a operar até completar a jomada, já que a empresa não pode descontar do salário do empregado as horas não-trabalhadas, em função da programação operacional das linhas.
O passo seguinte é identificar a maior quantidade de veículos utilizada em uma faixa horária, o que deve ocorrer em um dia útil, e considerar esse valor como sendo 100% da
frota operante. Em seguida, deve-se calcular, para cada faixa horária em dias úteis, sábados e domingos, o percentual da frota operante, tomando por base a quantidade de veículos que representa o total da frota operante. Esses percentuais devem ser lançados
nas colunas correspondentes do formulário".
Esses registros evidenciam que se está diante de grandezas distintas, que nâo
podem ser confimdidas entre si - daí a ausência de qualquer contradição das propostas.
A própria metodologia esclarece definitivamente a questão quando diz que "O passo seguinte é identificar a maior quantidade de veículos utilizada em uma faixa horária, o
que deve ocorrerem um dia útil, e consideraresse valor como sendo 100% da frota operante".
Se a metodologia pede para "considerar esse valor como sendo" é porque o
numero resultante considera, apenas para efeitos de cálculo de FU, um número que é diferente
da Frota Operante, a qual, repete-se, foi expressamente indicada pela Recorrida no
preenchimento do Anexo VI-C "Planilha Para Elaboração da Proposta de Tarifa Técnica" como
sendo 179 veículos inerentes ao Lote 06.
Arremata-se referido que Porto Alegre encontra-se entre as várias capitais que
tradicionalmente adotam a metodologia GEIPOT. Observe-se que tal metodologia não foi
objeto de qualquer ressalva ou crítica, nem mesmo da própria Recorrente, judicial ou
extrajudicialmente.
>naido Uma Wagner
Assistente Administrativo
Matrícula 1151290Com efeito, historicamente o Órgão Gestor tem aplicado a metodologia do
GEIPOT nos processos tarifários, obtendo números de frota operante distintos (porque
vinculados ao fator de utilização) do número de frota total integrante do sistema.
Portanto, não há incoerência alguma entre os números indicados para frota
operacional. Os números são distintos porque retratam realidades diversas. Um dos números - a
frota indicada para o fator de utilização - é meramente referencial para possibilitar o cálculo das
despesas de pessoal. O outro - a frota indicada na composição da planilha de custos —é o que
confirma o número de veículos que a licitante compromete-se a disponibilizar para a operação da outorga. Ambos os cálculos, dentro das exigências e vínculação do Edital, foram
apresentados pela Recorrida e, portanto, atenderam a vinculação Editalícia.
Resta, pois, examinar se a proposta da Recorrida atendeu ao Edital no que diz
respeito: (1) a frota exigida pelo edital para o Lote 6; e (2) apresentou os cálculos corretos do
fator de utilização dentro da metodologia do GEIPOT.
Ambos os requisitos foram cumpridos, como visto. Além disso, o Recorrido
firmou o compromisso de que "'disponibilizará, dentro dos prazos definidos no Edital de
Licitação e seus anexos, a frota de veículos com as características, idade média e idade máxima e quantidades exigidas no citado Edital, especialmente em seu Anexo IIF.
Todos esses elementos afastam quaisquer dúvidas sobre a quantidade de
veículos que foi considerada para a elaboração da proposta.
Ademais, o recurso administrativo sequer examinou o cálculo da frota operante
considerando o fator de utilização. Não identificou qualquer defeito material no cálculo,
limitando-se a pretender compararnúmeros que não são equivalentes entre si.
Diante disso, não há nenhuma razão para rever a acertada classificação da
proposta.
(B) Impossibilidade de análise do cálculo do fator de
utilização.-O Recorrente flagrantemente falta com a verdade ao imputar que "utilização.-O Recorrido fez o cálculo do Fator de Utilização dos Motoristas e Cobradores ("FU") utilizando-se de
Urnaldo Uma Wagner
Assistente Administraüvo
Matrícula 1151290
ACS/SMF
sistema não disponível a todos os licitantesdemonstrando-se como argumento frágil, absolutamente apelativo e sem qualquer fundamento jurídico.
Em primeiro lugar, deve-se observar que a Recorrente não impugnou o Edital quanto ao item 1.1.3 do Anexo VI-B, assim transcrito:
"A comprovação do Fator de Utilização de Pessoal Operacional (motorista/cobrador) deverá ser entregue no formato de tabela de programação de serviço, seguindo modelo GEIPOT, em uma extensão de arquivo .pdf. ou .xisx".
Por parte da Recorrida, o cálculo do fator de utilização foi apresentado em
conformidade com o item 1.1.3 do Anexo VI-B do edital e é importante destacar que o
Recorrente sequer questiona o cálculo em si. Não aponta nenhum defeito material na proposta, e esse é o aspecto fundamental para confirmar a sua adequação e vinculação em face do instrumento convocatório.
O ponto questionado pela Recorrente diz respeito à forma de apresentação do
cálculo. No entanto, a proposta observou o edital também por esse ângulo, conforme indicado a seguir, e o fez através de recursos e equipe próprios, aptos e capazes a elaboração do cálculo.
Disso se afasta a leviana alegação do Recorrente, pois a Recorrida apresentou
seus cálculos de acordo com os critérios e força vinculativa do Edital.
(c) Da Utilização de dados de campo sem previsão:
Diverso do sustentado pelo Recorrente, a Recorrida seguiu fielmente a
orientação do Anexo VI - B do Edital, no que diz respeito ao cálculo do coeficiente de
combustível, óleo, lubrificantes e vida útil de pneus e recapagens, que, com seu efeito
vinculante, está assim disposto:
"A comprovação das informações prestadas deverá ser entregue em planilhas de cálculo impressas e/ou em arquivos com extensão .xlsx ou .pdf., acompanhadas de planilhas auxiliares, memórias de cálculo complementares e de texto que explique os critérios e demais aspectos relevantes para a compreensão e comprovação das informações prestadas nas planilhas".
A Recorrida, portanto, apresentou planilhas de cálculo em arquivos com
extensão .xlsx ou .pdf, acompanhadas de planilhas auxiliares, memórias de cálculo / K
Arnaldo Uma Wagner
áo.
I '
Assistente Administrativo
L/r \
Matrícula 1151290
complementares e de texto que explicou os critérios e demais aspectos relevantes para
compreensão e comprovação das informações prestadas nas planilhas.
No demonstrativo estão explicados os critérios e demais aspectos relevantes para a compreensão e comprovação dos coeficientes calculados (informações prestadas na planilha).
a
O "Recorrente", a partir de esclarecimento por ele encaminhado à Comissão de Licitação, quer fazer crer que a situação dele (Recorrente) se aplicaria à Recorrida, o que, a toda vista, não condiz com a realidade e denota mais uma intenção da Recorrente de tumultuar o certame com argumentos totalmente antijurídicos.
A Comissão de Licitação esclareceu "para licitantes que não operam
atualmente no município de Porto Alegre" quanto a possibilidade e faculdade de justificar de outras formas, sendo certo, no entanto, que a forma de demonstração dos custos prevista no Anexo VI - B do Edital foi apenas ampliada e flexibilizada àqueles que não operavam no sistema de Porto Alegre, mantendo-se os originais termos e exigências do Edital.
Nesse contexto e seguindo estritamente as exigências do Edital, o Recorrido
apresentou para comprovação da programação um arquivo contendo as tabelas de programação de serviço em arquivo extensão .PDF, formato exigido pelo Edital. O conteúdo das linhas de
registro está claramente descrito no item 5.2 do Demonstrativo de Cálculo de Coeficientes do
Lote 6, tratando-se o conteúdo do CD de um "enigma" apenas para quem não teve o trabalho de ler o Demonstrativo.
A interpretação do Recorrente, portanto, invoca interpretação distorcida dos
esclarecimentos prestados pela d. Comissão para pretender afirmar exigência que nem sequer
está contida no edital.Para fundamentar o recurso neste ponto, a Recorrente alude à resposta da d.
Comissão ao 4° questionamento formulado por aquela licitante. A pergunta foi assim redigida:
"Em caso positivo, como se dará, naprática, A COMPROVAÇÃO (com que documentos) de um
coeficiente de consumo especialmente para uma empresa que não presta os serviços /|
atualmente no Município?" (grifou-se).
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Arnaldo Lima Wagner Assistente Administrativo
Matrícula 1151290
C#NSéRei#
^MAIS
Em resposta, a d. Comissão afirmou que "cr proponente poderá obter esta informação com os fabricantes dos veículos''' (grifou-se).
O argumento da Recorrente é o de que "a principal forma recomendada pela Comissãofoi a informação por parte dos fabricantes dos veículos".
Além de a resposta da d. Comissão ter sido dada em face de questionamento especifico - considerando "uma empresa que não presta os serviços atualmente no Município" (o que não é o caso do ora Recorrido) o esclarecimento é claro ao estabelecer possibilidades alternativas de comprovação dos coeficientes de consumo. A utilização do verbo poderá ao invés de deverá pela d. Comissão não é casual.
Como a Recorrente expressamente observa, "cr informação por parte dos fabricantes dos veículos" é apenas "recomendada" - e não constitui a única forma de apresentação da proposta neste ponto. Isso porque, em seguida, a d. Comissão admite que "a proponente poderá demonstrar através de dados de campo de uma operação de transporte coletivo urbano por ela realizada"., "ou, ainda, utilizar os valores dos coeficientes indicados nos estudos de viabilidade, apresentados nos anexos VIA.l a VIA.6".
Nem poderia ser diferente, já que a Comissão não poderia em sede de
esclarecimentos inovar o edital para restringir a forma de comprovação dos coeficientes de consumo, estabelecendo nova exigência peremptória a ser atendida pelos licitantes.
O edital previu apenas que os coeficientes de consumo deveriam ser comprovados, sem estabelecer forma única e predeterminada para o atendimento desse
requisito, tal como se vê do item 1.1.1 do Anexo VI-B.
Portanto e conforme o princípio da vinculação ao edital (arts. 3® e 41 da Lei
8.666/93), a d. Comissão não poderia alterar essa sistemática. Ainda, de acordo com art. 44 da
Lei 8.666/93, "No julgamento das propostas, a comissão levará em consideração os critérios
objetivos definidos no edital ou convite".
Por isso, diversamente do que pretende a Recorrente, a resposta apenas
esclareceu, em conformidade com o edital, que há alternativas possíveis para a demonstração
dos coeficientes de consumo, sem definir solução obrigatória.
^nido Uma Wagner
Kislstente Administrativo Matricula 1151290
ACS/SnF
Assim, não há qualquer cabimento na afirmação da Recorrente de que "a informação por parte dos fabricantes dos veículos" seria a "a principal forma" de demonstração
dos custos. O edital não estabeleceu forma fixa nem forma preferencial para comprovação dos
coeficientes.
Além disso, a utilização dos dados efetivos da operação para demonstrar os coeficientes - ainda mais considerando a operação dentro do sistema de Porto Alegre - jamais
poderia ser desconsiderada pela d. Comissão, por mais de uma razão.
Primeiro, porque, como indicado, o edital não veda a comprovação dos
coeficientes de consumo dessa forma.
Segundo, porque essa forma é expressamente confirmada pelos esclarecimentos
prestados pela d. Comissão de Licitação.
Terceiro, porque não há qualquer fundamento técnico ou jurídico para a
suposição da Recorrente de que a declaração dos fabricantes deveria ser privilegiada.
Isso porque a declaração dos fabricantes não é absoluta - considera dados de
consumo em tese, sem considerar os variados cenários em que os veículos operarão. Lembre-se
que os coeficientes de consumo de combustíveis, óleos e lubrificantes podem variar em função
das condições concretas de operação.
Daí porque não só é admissível como é até mais precisa e fidedigna à realidade
a demonstração dos coeficientes de consumo a partir dos dados reais da operação no sistema de
Porto Alegre. Esses dados são os que mais se aproximam da realidade do serviço licitado- mais
até do que as próprias declarações dos fabricantes.
A par disso, os dados apresentados em consonância com o edital são conhecidos
e fiscalizados pela Administração - portanto, são inclusive mais facilmente passíveis de
confirmação.
Enfim, a apresentação dos dados de campo cumpre o requisito do edital. Mas
mais do que isso, revela-se compatível com a Lei 8.666/93, que determina, para fins de aferição
da validade das propostas, a comprovação da sua ''viabilidade através de documentação que / L
-
. 17
0]
Arnaldo Uma Wagner
Assistente Administrativo
Matrícula 1151290 ACS/SMF
comprove que os custos dos insumos são coerentes com os de mercado e que os coeficientes de produtividade são compatíveis com a execução do objeto do contrato'" (art. 48, II).
Ora: os custos de campo são rigorosamente: (1) **coerentes com os de
mercado"', e (2) inequivocamente ^''compatíveis com a execução do objeto do contrato". Assim, se pelo ângulo formal (modo de demonstração dos 11 coeficientes de consumo) não há descumprimento a regra alguma do edital, pelo ângulo material a proposta também se revela
adequada em face do edital e da realidade em que os serviços da futura outorga serão
executados.Lembre-se, afinal, que os documentos em questão prestam-se à mesma
finalidade, qual seja: demonstrar a viabilidade da proposta a partir de dados concretos e
fundamentados na realidade, tal como admitido pelo edital e no próprio esclarecimento da d.
Comissão invocado pela Recorrente.Nesses casos, considerando situações em que a comprovação de determinada
exigência editalícia pode ser feita de mais de uma forma, a jurisprudência reconhece a
impossibilidade de desclassificação de proposta se os documentos apresentados possuem o valor
probatório e atendem a finalidade exigida no ato convocatório:A impetrante alega que a comissão de licitação, ao habilitar a proposta da concorrente
que teria deixado de apresentar documentos exigidos no edital ou fazê-los de forma irregular, acabou por violar o princípioda vinculação ao instrumento convocatório. - Os documentos exigidos pelo edital foram apresentados com teor válido e
interpretados equivocadamente pelo concorrente, ou foram supridos por outros com mesma finalidade e mesmo valor probatório, razão pela qual inexistiu a alegada violação.
- 'O interesse público reclama o maior número possível de concorrentes, configurando
ilegalidade a exigência desfiliada da lei básica de regência e com interpretação de
cláusulas editalícias impondo condição excessiva para a habilitação' (REsp n®
5.601/DF, Rei. Min. Demócrito Reinaldo)." (STJ, MS 7.814/DF, 1" S., rei. Min.Francisco Falcão, j. em 28.08.2002, DJ de 21.10.2002).
Por todas essas razões, também neste ponto o recurso administrativo é
improcedente.(D) Da Utilização de Cokficientes Nâo Comprovados;
Arnaldo Lima Wagner
Assistente Administrativo
Matrícula 1151290
^MAIS
Sustenta o Recorrente que o Recorrido, no cálculo do coeficiente de peças e acessórios, teria calculado um coeficiente de 0,0073 e teria utilizado, para o cálculo da tarifa, o coeficiente máximo permitido pelo Edital, ou seja, 0,0054.
O próprio Recorrente reconhece, portanto, que a proposta do Recorrido e seu cálculo da tarifa levou em consideração o coeficiente de peças e acessórios de 0,0054, restando isento de dúvidas que a proposta do Recorrido está dentro dos parâmetros permitidos pelo Certame.
Sabe-se que o procedimento licitatório é resguardado pelo princípio da
vinculaçâo ao edital; esta exigência é expressa no art. 41 da Lei n. 8.666/93.
Assim, o Recorrido atendeu corretamente as orientações do Anexo VI - B do
Edital que diz: "1.5 O LICITANTE deverá observar os valores mínimos e máximos indicados
pelo PODER CONCEDENTE, no ANEXO VI C, para cada um dos coeficientes e índices de uso que ele deve preencher para formar sua PROPOSTA, sob pena das propostas serem
consideradas inexequíveis".
Enfim, a apresentação dos dados de campo cumpre o requisito do edital. Mas, mais do que isso, revela-se compatível com a Lei 8.666/93, que determina, para fins de aferição da validade das propostas, a comprovação da sua ''viabilidade através de documentação que comprove que os custos dos insumos são coerentes com os de mercado e que os coeficientes de produtividade são compatíveis com a execução do objeto do contrato" (art. 48, II).
A proposta do Recorrido foi apresentada em estrita observância ao edital. Quando se verificou coeficiente superior ao limite máximo admitido, o Recorrido observou o
limite do edital em sua proposta, obedecendo os parâmetros estabelecidos pelo Instrumento
Convocatório.Não há, pois, que se falar em qualquer impropriedade da proposta, devendo ser julgado improcedente o recurso também sob este enfoque.
(E) Da Utilização das Contas Contábeis sem Apresentação das Demonstrações
Oficiais:
3ido Lima Wagner
«-«sistente Administrath/o Matrícula 1151290
Mais uma vez o Recorrente intenciona exigir do Recorrido aquilo que não está
previsto no Edital e que, dentro do princípio da vinculação(art. 41 da Lei n. 8.666/93), não podem ser exigidos sob pena de caracterizar exigência excessiva, subjetiva (não vinculada) e
prejudicial ao caráter competitivo do certame.
In casu, o Recorrido atendeu corretamente as orientações do Anexo VI - B do
Edital que diz: "1.1.2 A comprovação das informações prestadas deverá ser entregue em planilhas de cálculo impressas e/ou em arquivos com extensão .xlsx ou .pdf., acompanhadas de planilhas auxiliares, memórias de cálculo complementares e de texto que explique os critérios e demais aspectos relevantes para a compreensão e comprovação das informações prestadas nas
planilhas".
Diverso do sustentado pelo Recorrente, o Recorrido apresentou a comprovação
do coeficiente de peças e acessórios através de planilhas de cálculo, acompanhado de planilhas
auxiliares que explicam com clareza os critérios e demais aspectos relevantes a comprovação.
A ausência de ''^demonstrações contábeis que não são as efetivamente entregues
e autenticadas pela Junta Comercial do Estado" também não é fundamento para a
desclassificação.As demonstrações referidas pela Recorrente constituem documentos não
exigidos no envelope 01, mas no envelope 02 (item 16.9.3, ó, do edital). O requisito de
habilitação não pode ser exigido na fase de julgamento das propostas.
Ademais, não há cabimento em interpretar o edital de forma ampliativa ou por
analogia para supor regras não expressamente previstas. Aplica-se o princípio da vinculação ao
instrumento convocatório (art. 41 da Lei 8.666/93), ao qual se vincula a diretriz de interpretação
restritiva dos requisitos de habilitação. Mais precisamente, tais requisitos jamais podem ser
interpretados de forma extensiva ou ampliativa.
Logo, todos os requisitos exigidos dos licitantes devem estar expressamente
previstos no edital. Como já reconheceu o Tribunal de Contas da União, não cabe "ó Comissão
de Licitação fazer interpretação extensiva dos requisitos de habilitação presentes no
instrumento convocatório. Ainda assim, caso duas ou mais interpretações forem possíveis,
deverão ser admitidos os licitantes que atenderem a quaisquer delas" (Acórdão n° 1.848/2003,
Plenário, rei. Min. ADYLSON MOTTA).
(^\
*
Uma Wagner
A..j^enteAdminlstrBt^f
Matricula 1151290
^MAIS
Ademais e como não poderia deixar de ser, a Recorrente não identificou erro algum nas demonstrações contábeis.
Logo, o edital não foi descumprido e, novamente, a Recorrente não identificou
defeito algum no conteúdo da proposta do Recorrido, o que afasta o cabimento de rever a
decisão de classificação.
Por fim, importante destacar que o rito licitatório, longo e oneroso, não pode ser revogado sem um motivo grave, tendente à lesão do interesse público. A doutrina condena
peremptoriamente o rigor formalista. Fatos previsíveis, ou sem conseqüências realmente
insuperáveis não devem induzir ao desfazimenío do processo de licitação^, ao que se conclui,
definitivamente, que não é o caso de rever a decisão de classificação do Recorrido proferida por esta Ilustre Comissão, porquanto não subsiste qualquer fundamento jurídico para tanto.
IV -Conclusões;
Diante do exposto, o Recorrido requer digne-se essa Ilustre Comissão:
a) Acolher as preliminares antes suscitadas, para fulminar desde logo o recurso, reconhecendo, de plano, a carência de interesse de agir do Recorrente, porque sequer participou do Certame no Lote 6 e o pedido
posto no recurso é apenas de ver desclassificado o Recorrido, sem
minimamente esclarecer seu interesse jurídico, bem assim a impossibilidade de combater questões não suscitadas através de impugnação ou contestação
administrativa ou judicial prévia, de modo que revisitá-las nesse momento
demonstra clara intenção de tumulto ao processo licitatório de serviço
essencial à coletividade de Porto Alegre.
(M
lusfa causa para anular ou revoeara licitação deve fícar evidenciada cmprocedimento regular, com oportunidade de defesa.
Não basta a simples alesacâo de vício ou de interesse público nara mvalidar a licitação: necessário é que a Administração
demonstre o motivoinvalidalârio." (Meireiles, Hely Lopes, Licitação e Contrato Administrativo, São Pauio: Malheiros. 2010, 15"
a
b) E, no mérito, julgar improcedente o recurso, reconhecendo que o Recorrido
atendeu a todos os itens do Edital, devendo ser mantida como classificada
sua proposta.
Porto Alegre, 17 de Agosto de 2015.
Consórcio Máis - Consórcio de^^bilidade da
Erljpresa Líder SudgíHe Transportes Còletivos
José AlbertOyMachado Gueireiro
da Sudeste
a.
Consórcio Mais —Consórcio de Mobilidade da Area Integrada Sudeste
Empresa Líder Sudeste Transportes Coletivos Ltda. Tito Fábio Schmidt