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Reação estromal e proteoglicanos de baixo peso molecular ricos em leucina

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(1)

Vivien Jane Coulson-Thomas

Reação estromal e proteoglicanos de baixo

peso molecular ricos em leucina

Tese apresentada à Universidade

Federal de São Paulo - Escola

Paulista de Medicina, para obtenção

do Título de Doutor em Ciências.

São Paulo

(2)

Reação estromal e proteoglicanos de baixo

peso molecular ricos em leucina

Tese apresentada à Universidade

Federal de São Paulo - Escola

Paulista de Medicina, para obtenção

do Título de Doutor em Ciências.

Orientador: Prof

a

Dr

a

Leny Toma

São Paulo

(3)

COULSON-THOMAS, Vivien Jane

Reação estromal e proteoglicanos de baixo peso molecular

ricos em leucina. --- São Paulo, 2010. 248 p.

Tese (Doutorado) - Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina.

1. Reação estromal 2. SRLPs 3. Proteoglicanos 4. Cicatrização

(4)

Tese preparada no Departamento de Bioquímica durante o Curso de Pós-Graduação em Biologia Molecular e apresentada à Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina, para obtenção do título de Doutor em Ciências.

(5)
(6)
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(8)

Ao Tarsis, obrigada pelo amor e

amizade, e por ser tão

(9)
(10)

À Professora Maria Aparecida Pinhal, Cida, a sua amizade é muito especial para mim. Ao Professor Peter Reinach, thank you for all your support throughout this journey. You are an exceptional colleague and a wonderful friend.

À Professora Célia Whitaker Carneiro, que sempre se dispôs a ajudar, inclusive aos feriados e domingos à noite. Ainda precisamos tomar uns drinques para comemoração de nosso hibridoma.

Ao Professor Valdemar Ortiz, por acreditar em nosso projeto e fazer tudo ao seu alcance para torná-lo possível.

Aos Médicos e enfermeiras do departamento de Urologia da UNIFESP por serem sempre prestativos e simpáticos, em especial à enfermeira Sandra, que foram imprescindíveis ao desenvolvimento do trabalho.

Aos pacientes por aceitaram participar do trabalho, tornando-o possível em um momento tão difícil.

Ao Professor João Roberto, que ao longo destes anos sempre me ajudou, se tornando um grande amigo.

Ao Professor Ivarne, sempre disposto a ajudar, com competência e sempre interessado. Suas contribuições foram realmente importantes.

À Professora Adriana K. Carmona e à Nilana Meza Tenório de Barros, que abriram as portas de seu laboratório para mim.

Ao Professor Marcelo Franco, que abriu as portas da patologia realizando assim parte importante neste trabalho.

À Professora Marimélia Porcionatto, pela amizade ao longo destes anos. Trabalhar com você é sempre um prazer.

Aos demais professores da biologia molecular, Gisele Zenker, Luciana Vasquez, Hugo Pequeno Monteiro, Yara Michelacci, Lúcia Sampaio pela convivência.

(11)

pelos ensinamentos e confiança.

À Juliana Luporini Dreyfuss pelo companheirismo e amizade. A Carolzinha por todas as suas contribuições importantes.

À Patrícia por sua amizade e por sempre, sempre nos ajudar.

Agradeço os colegas do departamento, em especial Eduardo Henrique Cunha de Farias (Duda), Marcelo Andrade de Lima, Renan Peluzzi Cavalheiro, Rodrigo Hipolito Bouças, Thais Jarrouge, Caroline Meloni Vicente (Carolzinha), Daiana, Gioconda Moura, Jean Edgar Gamero, que me ajudaram ao longo de todos estes anos.

À Clélia por sempre me animar em momentos difíceis.

À dona Everaldina (Vera) por sua extrema eficiência, competência, e por ser uma pessoa

tão valiosa, e dona Juraci (Ju) in memorium.

A Elsa Yoko Kobayashi, o que seria de nós sem você; obrigada por tudo. À Aline Mendes e Isabel Anunciação Neves dos Santos, pelo apoio. À FAPESP, pelo apoio financeiro.

(12)

 

1 Introdução ... 1 

1.1 Matriz extracelular ... 1 

1.2 Glicosaminoglicanos ... 1 

1.2.1 Ácido hialurônico ... 3 

1.2.2 Dermatam sulfato e condroitim sulfato ... 4 

1.2.3 Heparam sulfato ... 5 

1.2.4 Queratam sulfato ... 6 

1.3 Proteoglicanos ... 7 

1.3.1 Proteoglicanos de matriz extracelular ... 7 

1.3.2 Proteoglicanos de superfície celular ... 10 

1.3.3 Proteoglicanos Intracelulares ... 11 

1.3.4 Proteoglicanos pequenos ricos em leucina ... 11 

1.3.4.1 Lumicam ... 18 

1.3.4.2 Decorim ... 20 

1.3.4.3 Biglicam ... 22 

1.3.4.4 Fibromodulina ... 23 

1.4 Colágeno ... 23 

1.5 Metaloproteinases ... 24 

1.6 Matriz extracelular e câncer ... 27 

1.7 Câncer de Próstata ... 29 

1.8 Cicatrização ... 33 

1.9 TGF  ... 35 

   2 Objetivos ... 36 

2.1 Objetivos gerais ... 36 

2.2 Objetivos Específicos ... 36 

3. Métodos ... 37 

3.1 Reagentes ... 37 

3.2 Produção de anticorpo monoclonal contra lumicam humano ... 37 

3.3 ELISA (Enzymatic Like Immunosorbent Assay)... 39 

(13)

 

 

37 

3.5 Purificação do anticorpo monoclonal anti‐lumican ... 40 

3.6 Produção de coluna de afinidade anti‐lumicam ... 41 

3.7 Purificação de Lumicam de membranas amnióticas humanas ... 41 

3.8 Purificação de Lumicam de córneas humanas ... 42 

3.9 Dessalificação da amostra por Zip Tip ... 43 

3.10 Extração de colágeno tipo I ... 43 

3.11 Dosagem de proteína ... 44 

3.12 Eletroforese em gel de poliacrilamida dodecil sulfato (SDS‐PAGE) ... 45 

3.13 Coloração por Nitrato de Prata ... 45 

3.14 Western blotting ... 46 

3.15 Imunopreciptação ... 46 

3.16 Cultura de células das linhagens Caco‐2, HCT‐116, PC3, DU‐145 e fibroblastos ... 47 

3.17 Preparação de matriz extracelular ... 47 

3.18 Sistema de co‐cultura em bicamada ... 48 

3.19 Cultivo de células em sistema de O‐ring ... 48 

3.20 Cultivo de células em sistema de transwell ... 49 

3.21 Ensaio de adesão celular ... 49 

3.22 Ensaio do MTT ... 51 

3.23 Ensaio de proliferação celular por incorporação de BrdU (5‐bromo‐2‐deoxiuridina) ... 51 

3.24 Ensaio de migração ... 52 

3.25 Extração de RNA total de células ... 53 

3.26 Extração de RNA total de tecidos ... 53 

3.27 Reação de transcrição reversa (RT‐PCR) ... 54 

3.28 PCR em tempo real ... 54 

3.29 Seqüenciamento do DNA ... 56 

3.3 Extração de proteína total de tecidos e células ... 57 

3.31 Imunocitoquímica ... 58 

3.32 Desepitelização da córnea ... 59 

3.33 Coleta dos tecidos da Próstata ... 59 

3.34 Imunohistoquímica ... 60 

(14)

 

 

38 

4 Resultados ... ..62 

4.1 Purificação e estudo do papel biológico do lumicam de membrana amniótica humana sobre  células tumorais de próstata ... 63 

4.1.1 Produção e caracterização do anticorpo anti‐lumicam ... 63 

4.1.2 Produção de uma coluna de afinidade anti‐lumicam ... 65 

4.1.3 Purificação de lumicam de membrana amniótica humana ... 66 

4.1.4 Efeito do lumicam exógeno sobre a proliferação de células de câncer de próstata ... 68 

4.1.5 Efeito do lumicam exógeno sobre a adesão de células de câncer de próstata ... 74 

4.1.6 Efeito do lumicam sobre a migração de linhagens celulares de câncer de próstata ... 77 

4.2 Crosstalk entre fibroblastos e células de câncer de próstata: diferenciação de fibroblastos,  diminuição da expessão de TGFβ e de componentes da matriz extracelular ... 87 

Resumo ... 88 

Fibroblast and prostate tumor cell cross‐talk: fibroblast differentiation, TGFβ and extracellular matrix  down‐regulation ... 89 

4.3 Estudo da expressão dos proteoglicanos pequenos ricos em leucina em adenocarcinoma de  próstata humana ... 110 

4.4 Contato célula‐célula entre células de câncer coloretal e fibroblastos induz acúmulo de matriz  extracelular afetando a invasão da célula tumoral ... 131 

Resumo ... 132 

Cell‐cell contact between colonrectal cancer cell lines and fibroblasts leads to extracellular matrix  accumulation ... 133 

4.5 Deleção do gene TRPV1 previne a formação de cicatriz tecidual durante a cicatrização estromal  em camundongos ... 180 

Resumo ... 181 

Ablation of TRPV1 gene prevents scar tissue formation during corneal stromal wound healing in mice  ... 182 

5 Discussão ... 223 

6 Conclusões ... 226 

7 Referências Bibliográficas... 227 

(15)

FIGURA 1: Unidades Estruturais dos Glicosaminoglicanos ... 2 

FIGURA 2: Análise Filogenética e Organização Cromossômica das Classes de SRLPs. ... 12 

FIGURA 3: Seqüencias Consenso de Colágeno para os Sítios de Ligação ao Decorim e  Orientações Conformacionais de Ligação de Decorom. ... 14 

FIGURA 4: Docking do Decorom na Superfície da Fibrila para a Disposição nos Domínios de  Ligação D e E1. ... 15 

FIGURA 5: Estrutura do Domínio Lrr de Decorim Bovino. ... 18 

FIGURA 6: Ação do Decorim em Sinalização Celular ... 21 

FIGURA 7: Esboço da Estrutura das Metalloproteinases. ... 27 

FIGURA 8: Modelo Proposto para a Progressão do Câncer de Próstata ... 32 

FIGURA 9: Esquema Proposto para Cicatrização da Pele ... 34 

FIGURA 10: Esquema das Células Plaqueadas em Sistema de O‐Rings ... 49 

FIGURA 11: Modelo do Pré‐Tratamento da Placa Multiwell para o Ensaio de Adesão Celular ... 50 

FIGURA 12: Western Blotting de Extrato Bruto de Córnea Humana Imunoprecipitado com o  Anticorpo Monoclonal anti‐Lumicam. ... 64 

FIGURA 13: Gel de Poliacrilamida do Anticorpo anti‐Lumicam Purificado por Coluna Affigel e  Proteina A em Série, Corado com Coomassie Blue R‐250. ... 65 

FIGURA 14: Imagem Digitalizada do Gel de Poliacrilamida em Sistema de SDS‐Page do Lumicam  Purificado de Membrana Amniótica. ... 67 

FIGURA 15: Efeito do Lumicam Sobre a Proliferação de Células Tumorais de Próstata (PC3). ... 69 

FIGURA 16: Efeito de Lumicam Sobre a Proliferação de Células Tumorais de Próstata (PC3). ... 70 

FIGURA 17: Efeito do Lumicam Sobre a Proliferação de Células Tumorais de Próstata (DU145). ... 71 

Figura 18: Efeito do Lumicam Sobre a Proliferação de Células Tumorais de Próstata (DU145). ... 72 

Figura 19: Efeito do Lumicam Sobre a Proliferação de Células Tumorais de Próstata (PC3). ... 73 

Figura 20: Efeito do Lumicam Sobre aProliferação de Células Tumorais de Próstata (DU145). ... 74 

Figura 21: Efeito do Lumicam Exógeno Sobre a Adesão de Células Tumorais de Próstata (PC3 e  DU145). ... 75 

Figura 22: Efeito da Fração 0,5 M de Lumicam Sobre a Migração de Células da Linhagem de  Câncer de Próstata PC3. ... 79 

FIGURA 23: Efeito da Fração 0,5 M de Lumicam Sobre a Migração de Células da Linhagem de  Câncer de Próstata PC3. ... 80 

(16)

Câncer de Próstata DU145. ... 82  Figura 26: Efeito da Fração 0,7 M do Lumicam Sobre a Migração de Células da Linhagem de 

Câncer de Próstata PC3. ... 83  Figura 27: Efeito da Fração 0,7 M de Lumicam Sobre a Migração de Células da Linhagem de 

Câncer de Próstata PC3. ... 84  Figura 28: Efeito da Fração 0,7 M do Lumicam Sobre a Migração de Células da Linhagem de 

Câncer de Próstata DU145. ... 85 

Figura 29: Efeito da Fração 0,7 M de Lumicam Sobre a Migração de Células da Linhagem de 

Câncer de Próstata DU145. ... 86 

Figura 30: Hematoxilina‐Eosina de Cortes de Tecidos Comprometidos e Não Comprometidos 

Por Câncer de Próstata. ... 111 

Figura  31:  Expressão  Relativa  de  Lumicam  Entre  Tecidos  Comprometidos  e  Não 

Comprometidos Por Câncer de Próstata. ... 112 

Figura  32:  Disposição  De  Lumicam  em  Cortes  de  Tecidos  Comprometidos  e  Não  Comprometidos Por Câncer de Próstata. ... 114  Figura 33: Controle Secundário do Ensaio de Imunohistoquímica com o Anticorpo anti‐

Lumicam, Revelado com Solução de DAB e Contra Corado Por Hematoxilina. ... 115  Figura 34: Co‐Localização de Lumicam e Fibromodulina em Cortes de Tecidos Comprometidos 

e Não Comprometidos por Câncer de Próstata. ... 119  Figura  35:  Expressão  Relativa  de  Fibromodulina  Entre  Tecidos  Comprometidos  e  Não 

Comprometidos por Câncer de Próstata. ... 121 

Figura  36:  Expressão  Relativa  de  Decorim  Entre  Tecidos  Comprometidos  e  Não 

Comprometidos Por Câncer de Próstata. ... 122 

Figura 37: Co‐Localização de Decorim e Mmp‐1 Em Cortes de Tecidos Comprometidos e Não 

Comprometidos Por Câncer de Próstata. ... 124 

Figura 38: Co‐Localização de Tgf‐β e Biglicam em Cortes de Tecidos Comprometidos e Não 

Comprometidos Por Câncer de Próstata. ... 128   

(17)

Tabela 1: Principais Tipos de Dissacarídeos Presentes em Glicosaminoglicanos ... 3 

Tabela 2: Características Estruturais e Localização de Alguns PGs ... 8 

TABELA 3: Funções Moduladas pelos SRLPs Decorim, Biglicam e Lumicam... 16 

TABELA 4: Fenótipo de Animais Knockout para os Genes dos SRLPs ... 17 

TABELA  5:  Substratos,  Ativadores  Exógenos  e  a  Capacidade  de  Ativação  das  Metaloproteinases. ... 25 

(18)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Introdução

 

(19)

1

 

Introdução

 

1.1  Matriz extracelular 

A matriz extracelular (MEC) oferece suporte e envolve as células em metazoários. 

Apresenta  uma  estrutura  supramolecular  extremamente  complexa,  influenciando  a 

estrutura, viabilidade e funções de células e tecidos. Os componentes da MEC podem 

influenciar múltiplas propriedades e funções das células diretamente ou através de seus 

produtos de degradação, podendo assim modificar o microambiente celular e tissular 

(Libby, 2007). As interações epitéliomesenquimais ou epitélioestromais são de função 

essencial tanto em funções fisiológicas quanto processos patológicos como, por exemplo, 

morfogênese embrionária (Adams and Watt, 1993; Grobstein, 1955), cicatrização (Grinnell, 

1992) e tumorigênese (ChiquetEhrismann, 1993), sendo acompanhadas por mudanças 

dinâmicas, gerando novas interações célulamatriz (Ekblom et al., 1990; Prieto et al., 1990).  

 

1.2  Glicosaminoglicanos 

Os  glicosaminoglicanos  (GAGs)  são  importantes  constituintes  da  MEC.    São 

polissacarídeos lineares constituídos por unidades dissacarídicas repetitivas compostas por 

uma hexosamina (Dglucosamina ou Dgalactosamina) e um açúcar nãonitrogenado (ácido 

Dglucurônico, ácido Lidurônico ou Dgalactose), unidos entre si por ligações glicosídicas 

(Figura 1). O tipo da hexosamina, o tipo do açúcar nãonitrogenado e o tipo (α ou  β) e 

posição relativa (13 ou 14) da ligação glicosídica discriminam os diferentes tipos de 

GAGs (Tabela 1). Existem 6 tipos: heparina, heparam sulfato (HS), dermatam sulfato (DS), 

condroitim 4‐ e 6sulfato (C4S, C6S), queratam sulfato (KS) e ácido hialurônico (AH) (Dietrich 

(20)

 

Figura 1: Unidades estruturais dos glicosaminoglicanos 

              HO3SO OH

NAc NAc OH

O O

COOH

OH O OH

O O

COOH

OH OH O OH

O O COOH OH OH O HEPARINA CH2OSO3H CH2OSO3H OSO3H OSO3H CH2OSO3H NSO3H NSO3H NSO3H O O OH O COOH OH OH O O O COOH OH OH O O OH

R2 = H, SO3H R1 = Ac, SO3 H O

CH2OR 2

CH2OR 2 HEPARAM SULFATO

N - R1 N - R1 O OH OH OH O NAc O O OH OH OH O O NAc O CH2OSO3H

CH2OSO3H CH2O-R CH2O-R

R = H, SO3H QU ERATAM SULFATO OH

NAc NAc OH

ACIDO HIALURÔNICO O OH OH O O O COOH OH O O O COOH CH2OH CH2OH OH O COOH OH O O O COOH OH O O O CH2OH HO3SO DERMATAM SULFATO O COOH OH OH O NAc O O COOH OH OH O O NAc O O COOH OH OH OH O NAc O O COOH OH OH OH O O NAc O CH2OS3OH CH2OH CH2OH HO3SO CH2OSO3H HO3SO CONDROITIM 4 - SULFATO CONDROITIM 6 - SULFATO

(21)

Tabela 

*(Samp GlcA, ác

 

1.2.1 Ác

ácido D β(1‐3)  negativ

sulfataç

MEC fo

papel d

proteog

and Fra

1: Principai

paio and Na cido glucurô

cido hialurô

O AH e um

D‐glucurônic

e  β(1‐4) in

va é conferi

ção, e a sua

rnecendo s

durante a 

glicanos (PG

aser, 1992; L

is tipos de d

der, 2006) ( ônico; IdoA,

ônico 

m polímero 

co (GlcA) e 

ntra‐ e int

ida apenas 

a massa mo

uporte estr

embriogên

Gs) e influe

Laurent et a

dissacaríde

(GlcN, gluco , ácido idur

linear que c

N‐acetilglu

erdissacaríd

pelos grup

lecular que

rutural e fu

nese, tumo

nciar a ade

al., 1996; Yu

os presente

osamina; Ga ônico). 

contém de 

ucosamina (

dicas, resp

pamentos c  pode varia ncional par

rigênese e 

esão e migr

ung and Cha

es em glico

alN, galacto

200 a 10.0

(GlcNAc) un

ectivament

carboxílicos,

ar de 105 a 1

ra as células

cicatrizaçã

ação celula

an, 2007).  

saminoglica

osamina; S, 

000 unidade

nidas por li

te. Sua den

, uma vez q

108 Da. O A

s. Ainda, o A

ão. O AH

ar (Fraser et anos 

sulfato; Ac,

es dissacaríd

igações glic

nsidade de

que não ap

AH está pres

AH tem imp

pode se li

t al., 1997; 

 

 acetil; 

dicas de 

cosídicas 

e cargas 

presenta 

sente na 

portante 

gar aos 

(22)

A síntese do AH é realizada por três ácido hialurônico sintases (HASs), codificadas 

pelos genes HAS 1 a 3 (HAS 1, HAS 2, HAS 3) (Laurent and Fraser, 1992).  O AH sintetizado 

pela HAS 3 apresenta massa molecular que varia de <2 X 105 Da a 3 X 105 Da, enquanto que 

pela ação de HAS 1 e HAS 2, o AH sintetizado apresenta maior massa molecular (maior do 

que 2 x 106 Da) (Itano et al., 1999). A biosíntese do AH ocorre na membrana plasmática 

através da ação das HASs em UDPGlcNAc e UDPGlcA. As cadeias intermediárias (2001000 

kDa) e longas (1000 kDa) de AH são expelidas da célula e ancoradas na superfície externa da 

membrana através de proteínas ligantes de AH. O AH ancorado na superfície é então 

catabolizado  em  cadeias  menores,  bioativas,  através  da  ação  de  hialuronidases  GPI

ancoradas (Hyal2, Hyal4 e PH20), ou catabolizado dentro da célula pelas hialuronidases 

Hyal1  e  Hyal3  (Nairn  et  al.,  2007).  As  propriedades  físicas  e  biológicas  do  AH  são 

influenciadas pelo tamanho da cadeia. O AH de alta massa leva à formação de um gel 

altamente  viscoso  promovendo  um  estado  de  turgescência  na  MEC,  o  que  a  torna 

altamente resistente a forças compressivas.  o AH de baixa massa molecular estimula o 

crescimento de células endoteliais, induzindo a angiogênese (Philipson and Schwartz, 1984). 

Com exceção do AH, todos os GAGs ocorrem nos tecidos na forma de PGs, onde as cadeias 

de polissacarídeos estão covalentemente ligadas a um esqueleto protéico. 

 

1.2.2 Dermatam sulfato e condroitim sulfato 

Os GAGs CS e DS são compostos que apresentam unidades alternadas de ácido β‐D

glucurônico (GlcA) ou ácido  α‐Lidurônico (IdoA) e NacetilDgalactosamina (GalNAc). A 

biossíntese dos PGs  de CS/DS é caracterizada pelas etapas:  (1)  síntese do esqueleto 

protéico; (2) adição de uma xilose a um resíduo específico de serina na cadeia polipeptídica, 

através da ação da xilosiltransferase; (3) adição de duas galactoses ao resíduo de xilose, 

através da ação das galactosiltransferases I e II; (4) adição de um resíduo de GlcA para 

completar a região de ligação da cadeia de GAG, através da ação da glucuroniltransferase I 

(GlcUAβ13Gal β13Gal β14Xilβ13Ser); (5) adição de um resíduo de GalNAc, através 

da  ação  da  Nacetilgalactosaminiltransferase  I,  para  iniciar  a  cadeia  do 

galactosaminoglicano; (6) adições repetidas de resíduos de GlcA alternados com resíduos de 

GalNAc  para  formar  o  heteropolímero,  através  da  ação  da  condroitim  sintase  com 

atividades de glucuroniltransferase II e Nacetilgalactosaminiltransferase II; (7) modificação 

(23)

sulfotransferases (C4 e/ou C6 da GalNAc e em C2 do GlcA); e (8) epimerização de resíduos 

de  β‐DGlcA a  α‐LIdoA, através da ação da DglucuronilC5epimerase (Prydz and Dalen, 

2000; Silbert and Sugumaran, 2002; Sugahara et al., 2003). A atividade da DglucuronilC5

epimerase é o principal fator para a formação de DS nos tecidos (Tiedemann et al., 2001). 

Todos os passos de síntese dependem do tecido ou do estado em que a célula se encontra, 

tornando essas moléculas mais complexas. 

A análise de CS/DS é muito útil para a verificação de suas quantidades e suas 

características estruturais são de importante relevância em varias condições patológicas 

(Stylianou et al., 2006). Estruturas obtidas por ressonância nuclear magnética e difração de 

raiosX demonstraram que a conformação do β‐DGlcA nos galactosaminoglicanos assume 

preferencialmente a conformação 4C1 dos anéis piranosídicos, já a conformação do α‐L‐IdoA 

varia dependendo de sua localização na cadeia polissacarídica, padrão de sulfatação e 

substituintes dos resíduos de galactosamina adjacentes. Resíduos de IdoA internos podem 

assumir tanto a forma de cadeira 1C4 quanto a forma de barco 2S0. Já, na extremidade 

redutora da cadeia, a forma de cadeira 4C1 também pode ser encontrada. Esta flexibilidade 

estrutural do IdoA facilita a interação com aminoácidos básicos e outras proteínas (Casu et 

al., 1986; Ferro et al., 1990; Mulloy et al., 1993). 

O isolamento  e  caracterização  da  especificidade  de  varias  liases,  sulfatases  e 

glicuronidases produzidas por bactérias permitem estudar as características estruturais dos 

galactosaminoglicanos, pela análise dos tipos de dissacarídeos produzidos pela ação de 

condroitinases. A condroitinase AC age sobre  β‐Nacetilhexosamina (GlcN ou GalNAc) 

ligada  apenas  a  resíduos  de  ácido  β‐Dglucurônico,  reconhecendo  portanto  ligações 

glicosídicas do CS, enquanto a condroitinase ABC degrada a hexosamina ligada a ambos GlcA 

e IdoA, reconhecendo as ligações glicosídicas do CS e DS (Michelacci and Dietrich, 1975; 

Sampaio and Nader, 2006; Suzuki et al., 1968). 

 

1.2.3 Heparam sulfato 

O HS é constituído por unidades alternadas de Dglucosamina (GlcNAc) e ácido 

urônico (DGlcA e LIdoA) unidas por ligações glicosídicas do tipo α(14). A glucosamina pode 

estar Nacetilada ou Nsulfatada e/ou, ainda, Osulfatada na posição C6. 

As cadeias de HS são covalentemente ligadas a um resíduo de serina/treonina do 

(24)

CS/DS e HS (descrito no item 1.2.2). A síntese da cadeia do GAG de HS é iniciada após adição 

do  tetrassacarídeo:  (1)  uma  Nacetilglucosamina  é  adicionada  pela  ação  das N acetilglucosaminiltransferases II e III (Extl 2 e 3); (2) a cadeia de HS é extendida pela ação 

das Nacetilglucosaminilglucuronosil transferases I e II (Ext 1 e 2); e (3) polimerização  dos dissacarídeos pela ação das enzimas Ext1, Ext2, Extl1 e Extl3 (Nairn et al., 2007). 

Cadeias de HS podem ser degradadas por uma classe de endohidrolases conhecida 

como  heparanase,  uma  endo‐β‐glucuronidases  que  cliva  β‐Dglucuronil  (14)  D

glucosamina Nacetilada. As liases que  clivam GAGs  (heparitinase  I,  heparitinase II e 

heparinase) agem sobre as cadeias polissacarídicas quebrando as ligações glicosídicas por β‐

eliminação, restando somente um ácido urônico livre na extremidade nãoredutora da 

cadeia (Dietrich et al., 1983; Dietrich et al., 1998; Sampaio and Nader, 2006; Tersariol et al., 

1994). O HS, o CS e o DS participam de uma grande variedade de processos biológicos 

incluindo interações célulaMEC, crescimento celular, diferenciação celular, e transformação 

maligna devido à capacidade de se ligarem e modularem importantes moléculas para o 

desenvolvimento celular, tais como TGF‐β(transforming growth factor beta), FGF (fibroblast 

growth factor), VEGF (vascular endothelial growth factor), entre outros (Sampaio and 

Nader, 2006). 

 

1.2.4 Queratam sulfato 

O KS é constituído por unidades alternadas de Dglucosamina (GluNAc) e galactose 

(Gal). Entre os GAGs, apenas o KS não se liga ao esqueleto protéico de modo convencional, 

sua ligação pode ocorrer de duas formas, sendo estas responsáveis pela distinção entre eles. 

O KS do tipo I se liga por ligação Nglicosídica entre uma Nacetilglucosamina e a amida da 

cadeia lateral da asparagina. O KS do tipo II se liga por ligação Oglicosídica entre N

acetilgalactosamina e o grupo hidroxila de serina/treonina. 

O KS é um importante constituinte de diversos tecidos ricos em colágeno, e é o GAG 

mais abundante na cornea, onde encontrase Nligado a residues de asparagina nos PGs 

lumicam, keratocam e mimecam. Os PGs de KS são cruciais para a manutenção da estrutura 

normal da cornea em várias espécies (Bettelheim and Plessy, 1975; Chakravarti et al., 1998; 

Liu et al., 2003; Meij et al., 2007). A quantidade de KS aumenta na córnea durante seu 

(25)

situações patológicas, como, por exemplo, cicatrização da córnea, um aumento excessivo na 

quantidade de KS da córnea está associado a perda de transparência e opacidade da córnea.  

 

1.3  Proteoglicanos 

1.3.1  Proteoglicanos de matriz extracelular  

Os PGs de MEC são classificados de acordo com a homologia, bem como com o tamanho 

do esqueleto protéico. Assim, temos a família dos Hialectans (Tabela 2), na qual são 

exemplos o agrecam e o versicam formados por PGs com esqueleto protéico de alta massa 

molecular constituído por 3 domínios globulares na região Nterminal (Iozzo and Murdoch, 

1996), e apresentam a seguinte organização dos domínios peptídicos:  

 Domínio de ligação ao AH (HABR) ‐ hyaluronic acid binding domain;  

 Domínio de ligação aos GAGs; 

 Repetições semelhantes ao fator de crescimento epidermal EGF  epidermal growth  factor‐like repeat;  

 Módulo semelhante à lectina (LEC)  type lectin like module;  

 Módulo semelhante à proteína regulatória do complemento (C)  complement 

regulatory protein‐like module.  

Outra classe de PGs de MEC é a família dos PGs pequenos com repetições ricas em 

leucina (small leucine‐rich proteoglycans, SLRPs, Tabela 2), que possuem cadeia protéica de 

baixa massa molecular (aproximadamente 40 kDa), constituída por grandes seqüências 

consenso ricas em leucina. Entre os PGs pertencentes a esta família, podese citar o 

decorim, biglicam, fibromodulina, lumicam.  

Dentre os PGs de membrana basal, estão as famílias do perlecam e do agrim (Tabela 2), 

que possuem cadeia  protéica de  alta  massa molecular com domínios semelhantes a 

laminina (domínio III) e ao NCAM (neural cell adhesion molecule), entre outros.  

 

 

 

 

(26)

Tabela 2: Características estruturais e localização de alguns Proteoglicanos 

Nome  Tamanho do 

esqueleto  protéico 

(kD) 

Tipo de  GAG 

N° de  cadeias 

Localização Ref. 

Família Hialectans ou lecticans

Agrecam  ~220    CS, KS 20‐30 Cartilagem, SNC e 

vasos sangüíneos 

MEC Esko, 1991; Iozzo, 

1998 

Brevicam  ~100  CS 1‐3 SNC MEC Iozzo e Murdoch, 

1996; Iozzo, 1998  

GPI‐brevicam  64  CS 0‐5 SNC SC Seidenbecher e col., 

1998 

Neurocam  ~136  CS 3‐7 SNC e cartilagem MEC Iozzo e Murdoch, 

1996; Iozzo, 1998  

Versicam  5/26‐360  CS, DS 10‐30 SNC e tecidos 

embrionários 

MEC Landolt e col., 1995; 

Iozzo, 1998  

Família dos proteoglicanos pequenos ricos em leucina

Biglicam  38  CS, DS 12 Tecido conjuntivo, 

SNC 

MEC Fisher e col., 1989; 

Esko, 1991; Stichel  e col., 1995; Iozzo, 

1998, 1999  

Decorim  36  CS, DS 1 Tecido conjuntivo, 

SNC, ossos e 

dentes 

MEC Stichel e col., 1995

Epificam  35  CS, DS 2‐3 Cartilagem 

epifisária 

MEC Shinomura e 

Kimata, 1992; Iozzo,  1998, 1999  

Fibromodulina  42  KS 2‐3 Adesão celular e 

fibrinogênese 

MEC Oldberg e col., 

1989; Esko, 1991;  Iozzo, 1998, 1999  

Lumicam  38  KS 3‐4 Córnea, intestino, 

fígado, músculo e 

cartilagem 

MEC Esko, 1991; 

Blochberger e col.,  1992; Iozzo e 

Murdoch, 1996; 

Iozzo, 1998, 1999  

Mimecam ou 

osteoglicina 

35  KS 2‐3 Córnea e tecidos 

conjuntivos 

MEC Funderburgh e col., 

1997; Iozzo, 1998, 

1999  

Osteoaderina  42  KS 2‐3 Ossos MEC Sommarin e col., 

1998; Iozzo, 1998, 

1999  

PRELP  44  KS 2‐3 Tecido conjuntivo MEC Bengtsson e col., 

(27)

1999  

Família do fosfacam/RPTP

Fosfacam  173  CS, KS 3‐4 SNC MEC Maurel e col., 1994; 

Grumet e col., 

1996; Garwood e 

col., 2003 

RPTP  253  CS 3‐4 SNC SC Maurel e col., 1994; 

Garwood e col., 

2003 

Família dos 

sindecans 

22‐88  HS, CS 2‐3 Epitélio, 

fibroblasto, 

endotélio, sistema 

nervoso e células 

musculares lisas 

SC Castillo e col., 1987; 

Nader, 1991; 

Bernfield e col.,  1992, 1999 

Família dos 

glipicans 

62  HS 2‐4 Epitélio, 

fibroblasto e SNC 

SC Esko, 1991, 

Bernfield e col., 

1999 

Proteoglicanos facultativos

Colágeno a2 (IX)  68  CS, DS 1 Cartilagem e 

humor vítreo 

MEC Esko, 1991

Apicam  75‐83  CS 1 SNC SC Shioi e col., 1995

Integrina 51  nd  CS, HS nd Célula de 

melanoma 

humano (Mel‐85) e  células CHO 

SC Veiga e col., 1997; 

Franco e col., 2009 

Betaglicano  110  CS, HS 0‐4 Fibroblastos SC Ruoslahti e 

Yamaguchi, 1991; 

Wang e col., 1991 

CD44  32‐38/49  CS, HS 0‐4 Linfócitos e 

epitélio 

SC Stamenkovic e col., 

1989; Iozzo e 

Murdoch, 1996  

Neuroglicam‐C  56  CS 3‐5 SNC SC Oohira e col., 2004

Receptor de 

transferrina 

2‐90  HS 4‐6 Fibroblastos SC Fransson e col., 

1984 

Trombomodulina  58‐60  CS 0‐1 Endotélio SC Esko, 1991

Outros proteoglicanos

Testicam  44  CS, HS 1‐2 Testículos e 

cérebro 

MEC Alliel e col., 1993; 

Iozzo e Murdoch, 

1996  

Agrim  250  HS 3 Junções 

neuromusculares, 

MB renal e de 

MB Tsen e col., 1995; 

(28)

pulmão Cotman e col., 1999

Bamacam  ~138  CS 3 Praticamente 

todas as MBs,  exceto dos 

glomérulos 

MB Wu e Couchman, 

1997; Iozzo, 1998 

Leprecam  ~220  CS nd MBs dos vasos 

sangüíneos e 

musculatura lisa 

MB Wassenhove‐

Mccarthy e 

Mccarthy,1999 

Perlecam  400‐467  HS, CS 3 MB e cartilagem MB Hassel e col., 1980; 

Iozzo, 1998 

NG2  300  CS 2‐3 Células neurais e 

mesenquimais 

SC Esko, 1991, 

Stallcup, 2002 

GAG:  glicosaminoglicano; CS: condroitim sulfato;  DS: dermatam  sulfato; HS: heparam  sulfato,  KS:  queratam  sulfato;  MEC:  matriz  extracelular;  SC:  superfície  celular;  MB:  membrana basal. 

 

1.3.2  Proteoglicanos de superfície celular  

Analisando  a  versatilidade  funcional  e  estrutural  destes  PGs,  particularmente 

associados à superfície celular, verificou‐se que muitas das interações entre célula e agentes 

externos ocorrem mediadas por estes tipos de PGs. A versatilidade destas estruturas 

garante a diversidade de interações que podem variar desde respostas inespecíficas, até 

respostas altamente especializadas como, por exemplo, o controle do ciclo celular. 

Os PGs são encontrados na superfície celular de 3 maneiras. Quando o core é uma 

proteína integral de membrana, define‐se a família dos sindecans (Tabela 2). A porção 

hidrofóbica da cadeia protéica está inserida na membrana através de um domínio protéico 

transmembrânico (David, 1992). Por outro lado, o PG pode estar ancorado à membrana 

através de uma âncora de GPI, contituindo a família do glipicans (Tabela 2) (Esko and 

Lindahl, 2001; Filmus and Selleck, 2001). Ainda, o PG pode estar inserido na membrana por 

interações não covalentes com os outros componentes da membrana ou pela cadeia 

protéica (Clement et al., 1989) ou por interação com a cadeia glicosídica (Kjellen et al., 

1980). 

O betaglicano é o receptor para o fator de crescimento TGF‐β (Tabela 2). Esse é um 

proteoglicano facultativo que não necessita da cadeia de GAG para funcionar como receptor 

(Boyd et al., 1990; Cheifetz and Massague, 1989). Acredita‐se que seu papel seja o de ligar o 

TGF‐β para ser posteriormente apresentado ao receptor que irá acionar a transdução de 

(29)

na MEC e está associado ao colágeno tipo I (Yamaguchi et al., 1990), podendo servir como 

um reservatório de TGF‐β.  

 

1.3.3  Proteoglicanos Intracelulares  

O serglicim é um proteoglicano intracelular, armazenado em grânulos (Angerth et 

al., 1990; Avraham et al., 1989b; Kjellen et al., 1989), tendo como característica principal um 

esqueleto  protéico  constituído  por  seqüências  repetitivas  (serina‐glicina)n,  podendo 

apresentar cadeias de heparina (Hep) e CS (DS em menor freqüência), dependendo do tipo 

celular. O serglicim ocorre em grânulos de plaquetas (Alliel et al., 1988; Nader, 1991), em 

mastócitos (Angerth et al., 1990; Avraham et al., 1989a; Kjellen et al., 1989; Nader et al., 

1989), em basófilos (Avraham et al., 1989a), em eosinófilos (Rothenberg et al., 1988) e em 

células NK (Natural killer) (Giorda et al., 1990).    

1.3.4  Proteoglicanos pequenos ricos em leucina 

Os  SLRPs  são  componentes  biologicamente  ativos  da  MEC  (Tabela  2),  sendo 

caracterizados  estruturalmente  por  um  core  protéico  de  aproximadamente  40  kDa 

contendo de 6 a 10 unidades ricas em leucina repetitivas, flanqueadas por domínios C e N 

terminais ricos em cisteína (clusters de cisteína), ligados por pontes dissulfeto (Blochberger 

et al., 1992; Fisher et al., 1989; Krusius and Ruoslahti, 1986; Oldberg et al., 1989) e 

substituídos por cadeias de GAGs ligados covalentemente  (HuxleyJones et al., 2007; Iozzo, 

1998; McEwan et al., 2006; Schaefer and Iozzo, 2008). Os esqueletos protéicos podem ser 

sintetizados na forma livre, Nligados a oligossacarídeos ou como PGs contendo cadeias de 

CS, DS ou KS ligados covalentemente às proteínas via resíduos de serina (Gandhi and 

Mancera, 2008; Iozzo, 1998). 

Os SRLPs podem ser divididos em cinco classes, de acordo com a similaridade do 

esqueleto protéico, pela presença, localização e número de regiões ricas em cisteína 

(McEwan  et  al.,  2006),  pelo  tipo  de  glicosilação,  pela  organização  cromossômica  e 

homologia nos níveis protéico e genômico (Figura 2). 

 

(30)

acredita

desenvo

proteín

podem 

conter c

enquan

Figura 2 O dend SRLPs e também organiz das cai adaptad     mantém decorin aument

Classe I: de

am  que  o 

olvimento. 

Classe  II: 

as ricas em

conter cad

cadeias de 

Classe III: 

nto o mimec

2: Análise fi ograma de  e proteínas m é mostrad

ação telom xas colorid da de Iozzo 

Os SRPLs s

m polarizad

ncolágeno 

ta a estabil

ecorim e b

decorim 

é  dividida 

m prolina/arg

eias de KS, 

polilactosam

epificam e

cam pode c

ilogenética  códigos de s relaciona do. O arran mérica (dire das, sendo  et al, 1998

se ligam ao

a para o me

(Orgel et al

lidade das 

iglicam, con

pode  tam

em  3  su

ginina e leu

sendo que 

mina.   

e mimecam

onter cadei

 e organiza e cor (esque das. O con jo cromoss ita). A direç

a distância . 

 colágeno  eio interstic

l., 2009) (Fi

fibras de c

ntendo cad

bém  conte

bfamílias: 

ucina (PRELP

o lumicam,

m.   O epific

ias de KS. 

ção cromos erda) mostra nsenso para omal dos v ção transcr a horizonta

pela porção

cial, de acor

iguras 3 e 4

colágeno (K

deias híbrid

er  um  KS

fibromodul

P) e osteoa

, o queratoc

cam pode 

ssômica das a a presenç

a o cluster

ários genes ripcional é 

l entre os 

o protéica 

rdo com o m

4). A intera

Keene et al

as de DS e

dependend

ina  e  lum

derina.  Os 

cam e a fib

conter cad

s classes de ça de cinco 

r Ntermina s para SRLPs mostrada p genes fora

enquanto a

modelo pro

ção dos SLR

., 2000; Ne

 CS; alguns do  do  está

icam,  quer

SRLPs dess

romodulina

deias de C

e SLRPs.  classes dist al rico em  s é mostrad pelas flecha a de escala

a porção 

posto do co

RPs com co

eame et al.

s grupos 

ágio  de 

ratocan, 

sa classe 

a podem 

S e DS, 

 

tintas de  leucina  do como  as acima  a. Figura 

çúcar se 

omplexo 

olágenos 

(31)

protegendoas contra a clivagem proteolítica por diversas colagenases (Geng et al., 2006), 

regulando a fibrilogênese e contribuindo para a manutenção das propriedades mecânicas 

de permeabilidade da MEC.  

 

 

 

 

 

 

(32)

Figura  orienta A)  Pele filamen delinea decorom colágen (AOGDK e1; Ver

domínio estão in da supe vermelh acessíve monôm esquerd    

3:  Seqüen ções confo e  ventral  d ntos de PGs

mento do  m são dem no tipo I; a

KGEAGPSG) rmelho= D~

os não ligan ndicados co

erfície da fi has aponta el das confo mero (direita da, sendo n

ncias  conse rmacionais de  coelho, s ortogonais

padrão a onstrados c as direções ) e2; Ciano=

~3.87 (KNG ntes utilizad omo nbs1 e 

ibra, sendo ndo para o ormações d a). Para a c a seção cen

enso de co s de ligação  ,  corada  p s às fibras  ‐e. B) As s

como band s N→C do  = D~2.74 (A GDRGEOGPA

das como c nbs2. A rep o as visualiz o exterior).  de um deco conformaçã ntral do dím

olágeno pa de decorom por  azul  cu

e subequen sequencias 

as colorida colágenos  OGDRGEOG AG) domíni

ontrole neg presentação zações da e

C) Renderiz rom no dím o Dec NC mero. Adapt

ara os sítio m. 

upromerôn ntemente c consenso  s numa rep

de baixo  GPOG) e1; A

io d. As p gativo nos c o central é v esquerda e 

zação eletro mero Dec N

C, o Nterm tado de (Org

os de ligaç

ico  para  d com acetato para ligaão presentação

para cima:  Azul= D~3.7 osições uti cálculos de  visualizada 

da direita  ostática da  →C e Dec C inal é quas gel et al., 20

 

ção ao dec

demonstraç o de uracila o ao colág o da microf

Amarelo=  74AKGDRGE ilizadas com

docking m

a partir do  são da fibr área de su CN (esque e um monô 009)  

corim e 

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