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Mobilidade do dimethenamid em diferentes solos.

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Academic year: 2017

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JO SÉ M. V. PAE S2, SH IRLE Y S. AR AÚJO3, ANTÔ NIO A. DA SI LVA4, HUGO A. RUIZ5, MAURÍ LI O F. DE OLI VEI RA6

RESUMO

1Recebi do para pu blicação em 05/0 2/98 e na forma revisada em 13 /10/ 98.

2Bolsista Fapemig, EMBRAPA/Milho e So rgo. C.P . 15 1, CEP 35 701 -97 0, Sete Lagoas/MG. 3Doutoranda do Dep ar tame nto de Fitotecnica da UFV. CEP 36 57 1-00 0, Vi çosa/MG. 4Depar tame nto de Fitotecnica da UFV. CEP 36 57 1- 00 0, Vi çosa/MG.

5Depar tame nto de Solo s da UFV. CEP 36 57 1 -00 0, Vi çosa/MG.

6Doutorando , UE NF/Embrapa Mi lho e So rgo. C.P. 15 1, CE P 35 70 1-97 0, Sete Lagoas/M G. E-mail:

mafeol@ cnpms.embrapa.br

Ava lio u-se nes se tra bal ho, em con diç ões de cas a-de-vegeta ção , a mob ili dad e do her bic ida dimeth ena mid em amostr as de sol os pro ven ien tes de regiõe s agr íco las de Mon te San to (Fr anc o-arg ilo -are nos o), Set e Lag oas (Ar gil a) e Trê s Mar ias (Ar eia -fra nca ) - MG, res pec tiv amente , e em are ia lav ada , uti lizan do-se metodo logia de bio ens aio s. O pro dut o foi apl ica do em con diç ões de sol o úmido na dos e de 1,1 25 kg i.a . ha- 1. Apó s a

apl ica ção do pro dut o foi fei ta a simula ção de chu va (45 e 90 mm) sob re o top o das col una s con ten do os dif ere nte s sub str ato s. Os trata men tos for am dis pos tos em blo cos ao aca so, com qua tro

rep eti çõe s em esq uema f ato ria l. O dimeth ena mid foi for tement e arr ast ado no sub str ato are ia. No sol o pro ven ien te de Trê s Mar ias o pro dut o per man ece u na pro fun did ade de 10 a 15 cen tímetr os qua ndo simulo u-se chu va de 45 mm. Com a simula ção da chu va de 90 mm, o pro dut o per man ece u na pro fun did ade de 20 a 30 cen tímetr os. Nos sol os Mon te San to e Set e Lag oas a lix ivi açã o do dimeth ena mid apr ese nto u com por tament o similar, per man ece ndo nos 5 cen tímetros sup erf ici ais da col una .

Pal avr as cha ve: Lixi via ção, bioensaio, cloroacet amid a.

ABS TRA CT

Dim eth ena mid mov eme nt in dif fe ren t soi ls

The mobility of her bic ide dimeth ena mid in san d and soi ls fro m Mon te San to (sa ndy cla y loa m), Set e Lag oas (cl ay) and Trê s Mar ias (loamy san d) – MG was eva lua ted in greenh ous e con dit ion s usi ng bio assay method olo gy. The her bic ide was app lied to the soi l at a dos e of 1.1 25 kg i.a . ha-1. Aft er pro duc t app lic ati on, a rai nfa ll (45

and 90 mm) was simula ted on top of col umn con tai nin g the sample s. The exp eri mental lay out was ran dom ize d blo ck des ign wit h 4

rep licat ion s in a fac tor ial sch eme . The dimeth ena mid was str ongly lea che d in san d sub str act . In the Três Mar ias soi l dimeth ena mid ach iev ed 10 to 15 cm dep th wit h 45 mm rai nfa ll simulati on and 20 to 30 cm whe n 90 mm rai nfa ll was use d. Mon te San to and Set e Lag oas soi ls had a similar lea chi ng beh avi or rem ain ing in the fir st 5 cm of col umn .

Key wor ds: Leac hin g, bio e ssa y,

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J. M. V. Pa eset al .

INT ROD UÇÃ O

O des tino fin al de tod o her bic ida , sej a apl ica do dir eta men te no sol o ou na par te aér ea das pla nta s é sempre o sol o. No sol o, o her bic ida est á suj eit o a pro ces sos físic o-quí micos, como ads orç ão, lix ivi açã o, ero são , vol ati liz açã o, degrad açã o quí mica ou bio lógica (Ap ple by & Daw son , 199 4; Bai ley & Whi te, 197 0; Dev ine et al. , 199 3; Roo wel l, 199 4) que podem alt era r sua efi ciê nci a (Ap ple by, 198 5; Oli vei ra, 199 5).

A ads orç ão é o pro ces so que reg ula o des tin o do her bic ida no sol o sen do fun ção das car act erí sti cas fisic o-quí micas da molécu la do her bic ida e do sol o, da dos e apl ica da do pro dut o e das con diç ões cli mát ica s (Ba ile y & Whi te, 197 0; Gra vee l & Tur co, 199 4; Roo wel l, 199 4; Ukr ain czyk & Ajwa, 199 6).

Tod o pro dut o apl ica do ao sol o tem ten dên cia de ser lixiviad o por inf luê nci a das pre cip itaçõ es plu viométric as ou de irr iga çõe s art ifici ais (Ap ple by, 198 5; Abe rna thy, 199 4; Gra vee l & Tur co, 199 4; Sig nor i et al. , 197 8). Ess a movimenta ção do her bic ida no per fil do sol o pod e det erm ina r em grande par te, a sel eti vid ade e/o u efi ciê nci a de con trole das pla nta s dan inh as (Ap ple by, 198 5; App leb y & Daw son , 199 4; Deu ber , 1992; Abe rna thy , 199 4). Par a os her bic ida s apl ica dos em pré -eme rgênci a, é des ejável que oco rra peq uen a lixiviaç ão, o que aum ent a a efi ciê nci a dos pro dut os. Se por um lad o a lix ivi açã o aum ent a a efi ciê nci a movend o-os da sup erf íci e do sol o par a o loc al ond e estão loc ali zadas as sem ent es das pla nta s dan inh as, por out ro lad o, qua ndo há mob ili dad e exc ess iva , pod e pro move r o con tat o do her bic ida com as sem ent es da cul tur a, pro vocand o-lhe s inj úri as ou fitox ici dad e (Ap ple by, 198 5; Abe rna thy, 199 4; Gel mini, 198 8) ou aind a , ati ngir o len çol fre áti co (Ab ern ath y, 199 4; Bai ley & Whi te, 197 0; Fon tes , 197 8; Gra vee l & Tur co, 199 4; Oli vei ra, 199 5; Pir es, 199 4; Roo wel l, 199 4).

A lix ivi açã o de um her bic ida é inf lue nci ada pel o gra u de sua ads orç ão pel os

col óid es do sol o, sen do inv ers amente pro por cio nal a qua nti dad e ads orvida , pel a tex tur a e per meabil ida de do sol o, pel o volume de flu xo de água e pel as car act erí sti cas fisic o-quí micas das molécu las , pri nci pal men te a sol ubi lidad e em água (Ab ern ath y, 199 4; Deu ber , 199 2; Devine et al. , 199 3; Gra vee l & Tur co, 199 4; Rho des et al. , 197 0; Roo wel l, 199 4; Sou za, 198 2).

O dimeth ena mid, 2-clo ro-N-[(1 metil2metoxi )et il]N(2, 4dimeti ltieno 3il) -acet a -mida, é uma molécu la org âni ca per ten cen te ao grupo quí mico das clo roa cet amidas , reg ist rad a no Bra sil como her bic ida sel eti vo par a as cul tur as do milho e soj a (Ro dri gues & Alm eid a, 199 8). Ess e her bic ida apr ese nta alt a sel eti vidade às cul tur as, e foi des envolv ido par a con tro lar pla nta s dan inh as mono e dic oti led ône as (Li ebl , 199 4; Sch umm & Soa res , 199 3). Sua ati vid ade sob re as pla nta s ain da não est á bem elu cid ada , mas alg uns tra bal hos demons tra m que apó s sua abs orç ão pel o hip ocó til o e col eóp til o, ess e her bic ida ini be o cre sci men to e a divisã o cel ula r (Li ebl , 199 4; Rod rig ues & Almeid a, 199 8). Dev ido seu mod o de açã o, ess e her bic ida nec ess ita ser abs orvido pel as plâ ntu las em eme rgênci a, o que implica em sua apl ica ção na pré -emergê nci a. Segund o Lie bl (19 94) , os her bic ida s per ten cen tes ao grupo das clo roa cet amidas , em geral, qua ndo em con tat o com a água, não ion iza m-se, sen do con sid era dos her bic ida s não -iôn ico s. A sol ubi lidad e do dimeth ena mid em água é 1.3 89 mg L-1 a 22oC (al ta sol ubi lid ade ), com

pre ssã o de vap or de 2,7 6 x 10-4 mmHg

(media nament e vol áti l) (Ro dri gues & Almeid a, 199 8).

(3)

Há uma car ênc ia de inf ormaçõ es rel aci ona das ao com portamento de her bic ida s em sol os tro pic ais (Ra cke, 199 6), em par tic ula r os do Bra sil (Ol iveira, 199 5; Sig nor i et al. , 197 8). O con hec imento das int era çõe s her bic ida-sol o ali ado a sua sel eti vid ade e efi ciê nci a de con trole par a as dif ere nte s esp éci es de pla ntas dan inh as nos dif ere nte s ambien tes eda foc limático s per mitirá esc olh a mais seg ura e efi cie nte dos her bic ida s.

A ext raç ão e det ecç ão dos her bic ida s no sol o, seg und o Mey er & Thu rma n (19 95) , pod e ser rea lizada por div ers os método s ana lít ico s, como cro matografi a gasosa e líqui da de alt a efi ciê nci a (HP LC) , imunoe nsa ios e flu ori metria , de aco rdo com as pro pri eda des quí micas de cad a molécu la que se pre ten de est uda r. Vár ios aut ore s (Fo nte s, 197 8; Oye niy i & Akinyemij u, 199 0; San tel man n, 197 7; Sch roe der , 199 4; Sil va, 198 9; Novose l et al. , 199 5; Oli veira, 199 5; Sto rk, 199 5) têm uti liz ado organi smos ind ica dor es (bi oen sai os) com o método de det ecç ão de agroqu ími cos , com suc ess o.

O obj eti vo des se tra bal ho foi ava lia r a mobilida de do dimeth ana mid em dif ere nte s sol os, em col una s, uti liz and o metodo logia de bio ens aio s par a sua det ecç ão.

MAT ERI AL E MÉT ODO S

Ess e exp eri mento foi con duzido em cas a de vegeta ção , no cam pus da Uni versid ade Fed era l de Viç osa , sit uad a a 20o l’ S, 42o 51’ W e alt itu de de 651 m.

For am uti lizados sol os pro venien tes de regiõe s agr íco las de Min as Ger ais , amostr ado s na camada ará vel (0 a 20 cm) nos municí pio s de Mon te San to (fr anc o arg ilo -are nos o), Set e Lagoas (ar gil a) e Três Mar ias (ar eia -fra nca ), e um sub str ato ine rte (ar eia ) como pad rão . As aná lis es for am rea lizadas nos lab ora tór ios de aná lises fís ica s e quí micas de sol o do Depart amento de Sol os da UFV , seg und o metodo log ia pro pos ta pel a EMBRAPA (19 79) . Os sol os for am pas sad os em pen eir a de malha de 4 mm e sec os ao ar. A are ia foi pre par ada segund o Oli vei ra (19 95) . As car act erí sti cas quí micas e fís ica s des ses sol os se enc ont ram na Tab ela 1.

TAB ELA 1. Res ult ado s da aná lis e granul omé tri ca e das aná lis es quí micas dos sol os.

Aná lis e Gra nul ométrica Are ia-fra nca Fra nco arg ilo -are nos o

Argila

Are ia grossa (da g/kg ) 29 40 22

Are ia fin a (da g/kg) 56 28 10

Sil te (da g/kg) 03 05 12

Arg ila (da g/k g) 12 27 56

Aná lis es Quí micas Teore s

Car bon o Org âni co (g dm-3) 3,1 12, 6 32, 9

pH H2O (1: 2,5 ) 4,7 5,4 0 4,8 3

H + Al (cm olc/dm3) 3,6 3,9 0 7,9 0

SB (cmolc/dm3) 0,1 3 1,3 6 0,9 9

CTC tot al (cmolc/dm3) 3,7 3 5,2 6 8,8 9

A metodo log ia uti lizada foi a pro pos ta por Web er & Pee per (19 77) , modifi cad a. For am util iza dos tub os de PVC ríg ido , com 50 cm de compri mento e áre a de 65 cm2. Est es tub os fora m cor tad os

lon git udi nal mente, obt end o-se abe rtu ra

(4)

J. M. V. Pa eset al .

adi cionad o às col una s uma cam ada de par afi na, par a evi tar esc orr imento da sol uçã o do sol o.

Na par te bas al das col una s for am col oca das gaze hid róf ila e pap el de fil tro , amb os ama rra dos e fixad os por uma pla ca de Pet ri. A sat ura ção das col una s foi fei ta no simulador de chu vas uti lizando-se lâmina de 80 mm de água por 80 minuto s, apl ica da no top o das col una s. As col una s for am cob ert as com sac os plá sti co e dei xad as em rep ous o por 48 hor as.

Apó s ess e per íod o, apl ico u-se o her bic ida “Ze ta 900 ” na dos agem de 1,1 25 kg de dimeth ana mid ha-1 no top o das col una s

uti lizando pul veriza dor cos tal pre ssu rizado a CO2, pro vid o de bar ra com doi s bic os 800 3.

A pre ssã o foi de 3,0 kgf/cm2, sen do o

pul veriza dor cal ibr ado par a se obt er vazão de 200 L ha-1. Dep ois de 24 hor as, apl ico u-se as

lâmina s de 45 e 90 mm de águ a por 45 e 90 minuto s, res pec tiv ame nte , uti lizando-se simula dor de chu va. O del ine ame nto exp eri men tal uti liz ado foi blo cos ao aca so, em esq uema fat ori al, com 4 rep eti çõe s.

Apó s 48 hor as, par a dre nagem do exc ess o de águ a, as col una s for am abe rtas lon git udi nal men te e col oca das na pos içã o hor izonta l faz end o-se, ao lon go das col una s, o semeio da pla nta tes te (Sor ghu m bic olo r

L.) .

Em cad a col una for am semead as 120 sem ent es de sor go. As col una s for am irrig ada s trê s vezes ao dia , sen do ain da fei to, sem ana lmente , adu baç ões com sol uçã o nut rit iva (ad ubo our o-ver de na pro por ção de 1 g L- 1).

Na col eta do exp eri mento, rea liz ada aos 22 dia s apó s a semead ura , as col una s for am sec cio nad as em par tes de 5 cm, rea liz and o, sep ara dament e, a c olh eit a da par te aér ea das pla nta s de sor go em cad a seç ão, con sid era das como pro fun did ade s. Em seg uid a est e materi al foi sec o em est ufa de ventilal açã o for çad a a 70 oC, det erm ina ndo -se

a bio mas sa sec a da par te aér ea. Com ess es val ore s, rea liz ou-se a aná lise de variân cia . Par a os efe ito s sig nif ica tiv os foi rea liz ada aná lis e de reg res são . Par a a esc olh a do

modelo foi con sid era da a sig nif icâ nci a do tes te F, maior R2 e lóg ica bio lóg ica .

RES ULT ADO S E DIS CUS SÃO

A Tabel a 2 apr ese nta a aná lis e de variân cia da biomass a sec a da par te aér ea cul tivada em dif ere nte s sub str ato s. Ver ifi ca-se que o des envolv imento das pla nta s foi inf lue nci ado sig nif ica tiv amente pel o sol o, lâmina de chu va simulada apó s apl ica ção do her bic ida e pel a pro fun did ade de amostr age m das pla nta s.

Não hou ve dif ere nça s signific ati vas ent re as bio mas sas pro duzida s qua nto ao efe ito das lâmina s de chu va simula das nas col una s con ten do o sub str ato ine rte (ar eia ), demons tra ndo que movimenta ção do dimeth ena mid na are ia foi uni for me, ind epe nde nte da chu va simulada apó s sua apl ica ção (Ta bel a 2). Res ult ado s simila res for am obs ervado s no sol o are ia -fra nca , ond e a lâmina de chu va simula da não afe tou sig nif ica tivame nte a pro duç ão de bio mas sa sec a de sor go (Tabe la 2).

A bio mas sa sec a de sor go pro duzida no sol o fra nco-arg ilo -are nos o apó s a simula ção da lâmina de 45 mm dif eri u da bio mas sa pro duz ida apó s simula ção da lâmina de 90 mm. Ess e fat o mostra que movi men taç ão do dimeth ena mid nes se sol o é fun ção da chu va simula da apó s sua apl ica ção (Ta bel a 2). Res ult ado similar foi obs erv ado no sol o tex tur a argila (Ta bel a 2).

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TAB ELA 2. Aná lis e da var iân cia dos val ore s de bio massa sec a da par te aér ea de pla nta s de

sor go1.

Fon tes de Var iaç ão Gra us de Lib erd ade Teste F

Sol o (S)2 3 **

Lâm ina (L)3 den tro S1 1 *

L (S2 ) 1 NS

L (S3 ) 1 *

L (S4 ) 1 NS

Pro fun did ade (P) d/ S1 d/ L1 8 NS

P (S1 x L2) 8 NS

P (S2 x L1) 8 *

P (S2 x L2) 8 **

P (S3 x L1) 8 *

P (S3 x L2) 8 **

P (S4 x L1) 8 NS

P (S4 x L2) 8 **

Res ídu o 213

Coe fic ient e de Var iaç ão (%) 18, 66

1Nível de significância: * p < 0,05 ; ** p < 0,01 ; NS = Não significativo 2So los: S1 - Mont e Santo, S2 - Três Marias, S3 - Sete Lag oas, S4 - Are ia 3Lâmin a d’água: L1 - 45 mm e L2 - 90 mm

Nas col una s com sol o are ia-fra nca e arg ila oco rre ram dif ere nça s sig nif ica tivas ent re a bio mas sa sec a pro duzida nas dif ere nte s pro fun did ade s par a lâmina de 45 mm e 90 mm e par a a are ia, ape nas qua ndo apl ico u-se a lâmina de 90 mm (Tabe las 2 e Fig ura s 1, 2 e 3).

Na Fig ura 1, verifi ca -se que a mai or pro duç ão de bio mas sa sec a das pla nta s de sor go oco rre u nos 10 cen tímetr os sup erf ici ais da col una pre enc hid a com are ia dem ons tra ndo que men or qua nti dad e do dimeth ena mid per manece u no top o da col una . Ess e fat o é con fir mad o qua ndo se verifica a men or pro duç ão de bio massa a 45 cm de pro fun did ade car act eri zando maior con cen tra ção do her bic ida .

Na Fig ura 2, obs erv a-se que men ore s val ore s de bio mas sa oco rre ram nos 5 cen tímetr os sup erf ici ais da col una con ten do o sol o tex tur a argila, e que hou ve inc rem ent o da pro duç ão de bio mas sa com aum ent o da pro fun did ade , par a amb as as lâmina s simula das . Nes se sol o, o alt o teo r de argila e de car bon o orgâ nic o, junta mente com o

menor teo r de are ia impedi ram que oco rre sse a dre nagem das chu vas simula das , con seq ue nte men te, oco rre u menor lix ivi açã o do dimeth ena mid. Com iss o, o pro dut o per man ece u nas camada s sup erf ici ais da col una , não sen do dil uíd o e lix ivi ado par a maiore s pro fun did ade s da col una . A int era ção dos her bic ida s não -iôn ico s é maior em sol os com maiore s teor es de car bon o orgâni co e argila (Gr ave el & Tur co, 199 4; Rao et al. , 198 9).

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J. M. V. Pa eset al .

gra nde par te are ia fin a, men or teo r de arg ila e car bon o orgâni co, o que car act eri za sua bai xa por osi dad e (44 ,23 %) dificu lta ndo a dre nagem (Ol iveira , 199 5). Nes te sol o, devido a bai xa cap aci dad e de ret enç ão do pro dut o pel os col óid es do sol o e a sua alt a sol ubi lid ade em águ a, maior par te do her bic ida per manece u em sol ução, sen do ess e

mais fac ilmente lixiviad o, dif ere nte me nte ao lon go da col una , pel as dua s lâmina s de chu va (Ab ern ath y, 199 4). Est udo s rea liz ado s por Oli vei ra (19 95) , também ver ifi car am lix ivi açã o do metribuzin nes se sol o, dif ere nte men te, apó s simulaçã o de lâmina s de 45 e 90 mm.

0.015 0.018 0.021 0.024 0.027 0.030 0.033

5 10 15 20 25 30 35 40 45

Profundida de (cm)

B

io

m

a

s

s

a

S

e

c

a

(g

)

FI GUR A 1. Bioma ssa seca da parte aérea de plant as de sorgo culti vad as em colun as com areia,

produzi das em difer entes profu ndidade (P), sob lâmina de chuva simula da de 90 mm.

0.010 0.015 0.020 0.025 0.030 0.035

5 10 15 20 25 30 35 40 45

Profundida de (cm)

B

io

m

a

s

s

a

S

e

c

a

(g

)

FI GUR A 2. Bioma ssa seca da parte aérea de plant as de sorgo cul tiv adas em colun as com solo Sete Lagoa s, produzidas em difer entes profund idade (P), sob lâminas de chuva simula das de 45 e 90 mm.

53

,

0

P r

000207

,

0

0313163

,

0

Y

ˆ

2

88

,

0

r

P

00025712

,

0

0213602

,

0

(...)

Y

ˆ

88

,

0

r

P

0002243

,

0

0197296

,

0

)

(

Y

ˆ

2 mm

90

2 mm

45

(7)

0.008 0.011 0.014 0.017 0.020 0.023 0.026

5 10 15 20 25 30 35 40 45

Profundidade (cm)

B

io

m

a

s

s

a

S

e

c

a

(g

)

FI GUR A 3. Bio massa sec a da par te aér ea de pla nta s de sor go cul tivadas em col una s com sol o

Três Mar ias , pro duzida s em dif ere nte s pro fun did ade (P) , sob lâmina s de chu va de 45 e 90 mm.

Ess a cap aci dad e de per col açã o do dimeth ena mid em sol os are nos os, em con diç ões de campo, pod e oca siona r red uçã o na efi ciê nci a de con tro le das esp éci es danin has . Alé m da red uçã o de efi ciê nci a de con trole , pro ble mas de fitot oxi cid ade , em alg umas cul tur as em fas e ini cia l de cre sci mento pod em ser exp licad os devido maior lix ivi açã o do pro dut o (Ap ple by, 198 5; Abe rna thy , 199 4; Sig nor i et al. , 197 8). Em est ádi os mais ava nça dos de des envolv imento de cul tur as que apr ese nte m tol erâ nci a dif ere nci al ao pro dut o nos dif ere nte s est ádi os fen oló gic os, pro ble mas de fitot oxi cid ade pod em ser exp lic ado s devido asc enç ão cap ila r do pro dut o, junta mente com a água do sol o, qua ndo da oco rrê nci a de ver ani cos . O compor tament o do dimeth ena mid variou com as car act erí sti cas dos sol os ind ica ndo que a rec omenda ção de dos es des se her bic ida deve ser dif ere nte par a os div ers os tip os de sol os.

LIT ERA TUR A CIT ADA

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Wee d Sci ., v. 33, sup pl. 2, p.2 - 6,

198 5.

71 , 0 R P 00167089 ,

0 P 0159439 ,

0 0504773 ,

0 (...) Yˆ

90 , 0 R P 000978 , 0 P 014190 , 0 P 064115 , 0 104441 , 0 ) ( Yˆ

2 5

, 0 mm

90

2 5 , 1 5

, 0 mm

45

 

 

 

 

(8)

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Referências

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