Suaves por Partes no Plano.
Conjuntos Limitee Bifurações de Campos de Vetores Suaves por Partes
no Plano
Orientador: Prof. Dr. Claudio Aguinaldo Buzzi
Tese apresentada para obtenção do título de Doutor em
Matemátia,áreadeMatemátiajuntoaoProgramade
Pós-Graduação em Matemátia do Instituto de Bioiênias,
Le-tras e Ciênias Exatas da Universidade Estadual Paulista
"Júlio de Mesquita Filho", Campus de São José do Rio
Preto.
Bana Examinadora
Prof. Dr. Claudio AguinaldoBuzzi
UNESP - São José doRioPreto
Orientador
Prof. Dr. MaroAntonio Teixeira
UNICAMP - Campinas
Prof. Dr. Ronaldo Alves Garia
UFG- Goiânia
Prof. Dr. JoãoCarlos da Roha Medrado
UFG- Goiânia
Prof. Dr. PauloRiardo daSilva
UNESP - São José doRioPreto
UNESP - São José do RioPreto
Gostaria de lembrar aqui de, alguns, daqueles que tornaram possível a realização deste
trabalho. Por maisque eu meesforçassejamais onseguiria oloaraqui uma lista ompleta
das pessoas que me ajudaram, direta ou indiretamente, para a obtenção deste título. Fia
aquimeu profundoagradeimento atodos, porém gostariade destaaralgumas pessoas.
Primeiramente, aos meus pais, Geraldo e Neuza, pelo apoio e amor inondiionais, aos
quaisnãosóagradeço omo tambémdedio estetrabalho.
Ao meu orientador Claudio Buzzi, pelas rítias valiosas e sempre onstrutivas, pelo
su-porte, apoio,paiênia, dediação eprinipalmente por ontarom suaamizade.
Aos olegas do IBILCE, em espeial ao pessoal da primeira turma de doutorado do
IBILCE. Ao Pedro pela importantíssima ompanhia em Barelona, ao nosso "hefe" Rafael
pelas dias no espanhol e ao Eduardo quesetornou umgrande amigo durante essesúltimos
anos,inlusive me aturandoemsuaasa por alguns dias.
AosprofessoresefunionáriosdoIBILCE que,deformamuitoprestativae eduada,
sem-pre forneeram o suporte aadêmio neessário. Em espeial agradeço à Neuza Kakutapela
oportunidade no iníio de minha graduação quando me apoiou no grupo PET e ao Paulo
Riardoqueuidoudaminha iniiação ientía equeaindahojesededia ameauxiliarem
meustrabalhos.
Aomeuorientadordomestrado,osaudosoCarlosGutierrez,semoqualnãoteriahegado
Aagênia FAPESP peloapoionaneiro duranteo Doutorado (etambém durantea
EstetrabalhoestárelaionadoomaTeoriaQualitativadeSistemas
Dinâmios suaves por partes. Estudamos a existênia de onjuntos
li-mite, hamados ilos anard, paraesta lasse de sistemasdenidos no
plano e analisamos quando ilos limite de ampos suaves onvergem
paraestes. Ooneitode ÍndiedePoinaré foigeneralizado para
am-possuavespor partes noplano. Seguindo oprograma deThom-Smale,
exibimos famílias a 3-parâmetros, bem omo os respetivos diagramas
de bifuração, das singularidades planares denominadas Dobra-Sela e
Dobra-Cúspide. Também apliamos o Método Averaging de Primeira
Ordemparaquantiarosiloslimiteeilosanarddeumalassede
ThisworkisrelatedtoQualitativeTheoryofnon-smoothDynamial
Systems. We studytheexisteneoslimitsets,namedanardyles,for
thislassofplanarsystems. Andweanalyzewhenlimitylesofsmooth
vetor elds onverge to them. The onept of Poinaré Index was
generalized for planarnon-smooth systems. Following theThom-Smale
program we exhibit 3-parameter families, and its bifuration diagrams,
ofthe planar singularities alledFold-Saddle and Fold-Cusp. We apply
the First Order Averaging Method to obtain an upper bound to the
numberoflimit ylesand anardyles for aspeiallassofpieewise
Introdução 15
1 Basi Theory about Non
−
Smooth Vetor Fields 291.1 Motivation. . . 29
1.2 Preliminaries . . . 30
1.3 The DiretionFuntion . . . 34
2 Limit Sets and Convergene 37 2.1 Regularization. . . 37
2.2 On theExistene ofCanard Cyles . . . 38
2.3 On theConvergene ofLimit Cylesto Canard Cyles . . . 39
2.3.1 Constrution of a neighborhood ofdiameter
µ
arounda hyperboli a-nard yle. . . 402.4 Geometri SingularPerturbation Theory . . . 43
3 Poinaré Index for Non
−
Smooth Vetor Fields 47 4 Bifurations 53 4.1 Heterolini Orbitsand Bifurations . . . 534.2 The Fold
−
Saddle Singularity . . . 564.2.1 Setting theproblem . . . 56
4.2.2 Statement ofthe MainResults . . . 60
4.2.3 Proof of Theorem4.1. . . 62
4.2.4 Proof of Theorem4.2. . . 66
4.2.5 Proof of Theorem4.3. . . 68
4.2.6 Proof of Theorem4.7. . . 69
4.2.7 Proof of Theorem4.4. . . 70
4.2.10 Proof ofTheorem 4.8. . . 74
4.3 The Fold
−
Cusp Singularity . . . 744.3.1 Setting theproblem . . . 74
4.3.2 Statement of theResults . . . 78
4.3.3 Proof ofTheorem 4.9. . . 79
4.3.4 Proof ofTheorem 4.10 . . . 84
4.3.5 Proof ofTheorem 4.11 . . . 85
4.3.6 Proof ofTheorem 4.12 . . . 86
4.3.7 Proof ofTheorem 4.13 . . . 87
4.3.8 Conlusion . . . 89
5 Averaging Method and the Number of Periodi Limit Sets 91 5.1 First
−
Order Averaging Method . . . 955.2 Proof ofTheorem 5.1. . . 97
5.2.1 Proof ofCorollary 5.1 . . . 101
5.3 Proof ofTheorem 5.2. . . 101
5.3.1 Proof ofProposition 5.3 . . . 106
5.3.2 Proof ofCorollary 5.2 . . . 112
5.4 Proof ofTheorem 5.3. . . 112
Éextremamentedifundidaa idéiaqueequaçõesdifereniaismodelamsistemas dearáter
geral nasmais diversasáreas do onheimento. Muito se fez no sentido de desenvolver uma
teoriasólidanesseontexto(veja[1℄,[33℄,[38 ℄ou[42 ℄). Entretantosomentereentementeuma
novalassedetaissistemasganhounotoriedade, sãooshamados SistemasDinâmiossuaves
por partes. Nestesadmite
−
sequeexistaumasubvariedade(
n
−
1)
−
dimensionalΣ
doespaçoR
n
onde o ampo de vetoresdeixa de sersuave e emalguns asosdeixa inlusive deser
on-tínuo. Aestavariedadedamos onomedeVariedade deDesontinuidade (ouurva/superfíie
dedesontinuidade segundo
n
= 2
oun
= 3
).Este trabalho está relaionado om a Teoria Qualitativa das Equações Difereniais
Or-dinárias visando obter propriedades qualitativas dos Sistemas Dinâmios suaves por partes
noplano. Apesar de existiremdiversostrabalhos nesta linha de pesquisa, muito aindaresta
a fazer e pretendemos aqui ontribuir om essa teoria, quer seja estendendo para esse
on-textoresultadoslássios estabeleidos para ampossuavesemgeral,quer sejaapresentando
resultados quenão temanálogo paraampossuavesem geral equesófazem sentido quando
inseridosnouniverso dosamposde vetoressuavespor partes.
Em termos mais formais, onsideraremos
Σ =
f
−
1
(0)
onde
f
:
R
n
−→
R
é uma função
suave que tem
0
∈
R
omo um valor regular, isto é,∇
f
(
p
)
6
= 0
para todop
∈
f
−
1
(0)
e
Σ =
f
−
1
(0)
. Dessa forma a subvariedade
Σ
divideR
n
em duas regiões:
Σ
+
=
{
q
∈
R
n
|
f
(
q
)
≥
0
}
e
Σ
−
=
{
q
∈
R
n
|
f
(
q
)
≤
0
}
. Loalmente sempre podemos identiar
Σ
om{
x
= (
x
1
, x
2
, . . . , x
n
)
∈
R
n
|
x
1
= 0
}
.Em ada uma dassub
−
regiõesΣ
+
eΣ
−
atuará ouo ampoX
ouo ampoY
,ambosde lasseC
r
, om
r
≥
1
grande o suiente our
=
∞
. Denimos o ampo de vetores Cr
partes (ou desontínuo)
Z
:
R
n
\
Σ
−→
R
n
daseguinteforma:
Z
(
x, y
) =
(
X
(
x
)
,
sex
∈
Σ
+
,
Y
(
x
)
,
sex
∈
Σ
−
.
Usaremos a notação
Z
= (
X, Y
)
. O onjunto de todos osamposdesontínuosZ
= (
X, Y
)
será denotadoporΩ
r
.
Para o que segue, onsidere a notação
X.f
(
p
) =
h∇
f
(
p
)
, X
(
p
)
i
.
A subvariedadeΣ
pode ser partiionada emtrês tiposde regiões:(i) Asregiões deostura araterizadas por
(
X.f
)(
Y.f
)
>
0
. (ii) Asregiões deesape araterizadas por(
X.f
)
>
0
e(
Y.f
)
<
0
. (iii) Asregiões dedeslize araterizadas por(
X.f
)
<
0
and(
Y.f
)
>
0
.Nospontos
p
dasregiõesdedeslizeeesape,paradesreveroomportamentodeZ
utilizamos o Campo de Vetores deFilippovF
,queé uma ombinação onvexa dosvetoresX
(
p
)
eY
(
p
)
(paramaisdetalhesvejaFigura1.1eomentáriosqueapreedem). Noteque,dadaessaon-guração, é latente arelação queexiste entreamposde vetoressuaves por partes e ampos
de vetoresdenidos emvariedades omfronteira (veja [39℄).
Embusadepropriedadesqualitativasquedesrevamoomportamento dasórbitasdestes
ampos de vetores é de suma importânia que estejam bem araterizados os pontos
regu-lares, ospontos singulares e, em espeial, os hamados Conjuntos Limite. Fora da urva de
desontinuidade
Σ
temos os onjuntos limite lássios omo pontos de equilíbrio ou iloslimite (entre outros). Já sobre
Σ
, ou passando porΣ
, apareem novospontos e/ouonjun-tos distinguíveis que não estavam presentes quando onsideramos
X
ouY
individualmente. Diremosqueq
∈
Σ
éumPontoΣ
−
Regular se:(i)
(
X.f
(
q
))(
Y.f
(
q
))
>
0
ou se(ii)
(
X.f
(
q
))(
Y.f
(
q
))
<
0
eq
nãoé umponto de equilíbrio deF
.Ospontosde
Σ
quenão sãoΣ
−
regularessãohamados dePontosΣ
−
singulares. Oonjunto dospontosΣ
−
singularesésubdividido emdois:(i) Oonjunto dosPseudo Equilíbrios, queé onde
F
= 0
e(ii) Oonjunto dasSingularidadesTangeniais queé onde
F
= 0
6
e(
X.f
(
q
))(
Y.f
(
q
)) = 0
. Os pseudo equilíbriosatuam omo pontosde equilíbrio doampo de Filippove astiposde singularidades tangenias, de aordo om a ordem de ontato de
X
e/ouY
omΣ
. Osmaisrelevantesparanóssãoospontosdedobra edeúspide, ondeX
e/ouY
têmontatos quadrátio e úbio omΣ
, respetivamente. De modo mais formal, dizemos que um pontop
∈
Σ
éumpontodedobraparaX
seX.f
(
p
) = 0
masX
2
.f
(
p
)
6
= 0
(aso
X
2
.f
(
p
)
>
0
diremos
que a dobra é invisível e aso
X
2
.f
(
p
)
<
0
diremos que a dobra é visível). Analogamente,
dizemos que umponto
p
∈
Σ
é umponto de úspide paraX
seX.f
(
p
) =
X
2
.f
(
p
) = 0
mas
X
3
.f
(
p
)
6
= 0
.Outro tipo onjuntos limite importante no estudo dos ampos desontínuo são os que
hamamos de ilos anard. Tais ilos são trajetórias fehadas que passam por
Σ
(paramaioresdetalhesvejaadenição1.2). Em[34 ℄estãoaraterizadososilosanardgenérios
(ou hiperbólios). Os ilos anard hiperbólios desritos na referênia aima itada serão
hamados nesta tese de ilos anard hiperbólios do tipo I, II e III (veja ilustrações nas
guras1.2, 1.3e 1.4,respetivamente).
No Capítulo 1 damos as noções básias sobre a teoria de sistemas dinâmios suaves por
partes, prinipalmente no plano, neessárias ao bomentendimento do restante do trabalho.
Esta teoria foi onsolidada ao longo dos anos em trabalhos omo [4 ℄, [21℄, [26 ℄, [41 ℄, entre
outros.
No Capítulo 2 apresentamos em detalhes o proesso de regularização, introduzido por
Sotomayor e Teixeira em [35 ℄, e relaionamos ampos desontínuos no plano om ampos
regularizadosplanaressuaves. Esteproessodizquedadoumampodesontínuo
Z
= (
X, Y
)
, podemosassoiaraeste,umafamília aumparâmetrodeamposdevetoresregularizadosZ
ε
, de lasse Cr
,que é uma aproximação do ampo desontínuo original
Z
. De fato, para adaq
∈
R
2
tome
Z
ε(
q
) =
ϕ
ε(
f
(
q
))
Y
(
q
) + (1
−
ϕ
ε(
f
(
q
)))
X
(
q
)
,
onde
ϕ
ε
(
x
) =
ϕ
(
x/ε
)
omϕ
uma função de transição suave que vale0
sex
≤ −
1
,vale1
sex
≥
1
eϕ
′
(
x
)
>
0
se
x
∈
(
−
1
,
1)
. Note queZ
ε
oinide omX
nospontos deΣ
+
queestão a uma distânia maior queε
deΣ
eZ
ε
oinide omY
nos pontos deΣ
−
que estão a uma distâniamaiorqueε
deΣ
.No primeiro resultado inédito que apresentamos na tese (veja Teorema 2.1 no Capítulo
2, ou sua tradução abaixo) obtivemos ondições neessárias e suientes para a oorrênia
de umerto tipo de ilo anard. Destaforma, através de ondições intrínseas a
Z
, somos apazes de dizer se oorre ou não umilo anard onforme o espeiado no dito teorema.Oresultadoé oseguinte (a numeraçãodosteoremas enuniados nestaintrodução éa mesma
Teorema 2.1 Seja
Z
= (
X, Y
)
∈
Ω
r
um ampo de vetores suave por partes apresentando
apenas uma dobra
A
, onde esta é visível. Denote porγ
1
o aro do ampo de vetoresW
(W
=
X
ouW
=
Y
) que passa porA
e hame deB
o ponto de ontato transversal deγ
1
omΣ
. EntãoZ
temumilo anardΓ
see somenteseasseguintesondições são satisfeitas (veja Figura 1):(i) a omponente
γ
1
deΓ
que passa porA
é um aro dotipo foal (vejaa denição 2.2); (ii)X.f
(
q
)
. Y.f
(
q
)
<
0
para todoq
∈
A B/
d
{
A
}
ondeA B
d
representa o aro deΣ
ligandoospontos
A
eB
(nestearo inlui-se os extremosA
eB
);(iii)
{
X
(
q
)
, Y
(
q
)
}
é umonjunto linearmente independente para todoq
∈
A B
d
. PSfragreplaementsγ
1
A
B
X
Y
Σ
Figure 1: Ciloanardomapenas umadobra.
Em [34℄ osautores provamque seo ampo desontínuo tem um iloanard hiperbólio
então o ampo ontínuo regularizado também apresenta um ilo limite hiperbólio. No
segundo resultado inédito desta tese (veja o Teorema 2.2 no Capítulo 2, ou sua tradução
abaixo), provamos a onvergênia destes ilos limitehiperbólios dosampos regularizados
para os ilos anard hiperbólios dos ampos desontínuos, de aordo om a distânia de
Hausdor. Observamos quea distâniade Hausdorentre ompatosde
R
2
é dada por
D
(
K
1
, K
2
) =
max
z
1∈
K
1
,z
2∈
K
2
{
d
(
z
1
, K
2
)
, d
(
z
2
, K
1
)
}
.
Oresultado obtido éo seguinte:
Teorema2.2Seja
Γ
0
umilo anardhiperbólio deZ
0
∈
Ω
r
. Entãopara todo
ǫ >
0
oampo de vetores regularizadoZ
ǫ
tem umilo limite hiperbólioΓ
ǫ
tal queΓ
ǫ
→
Γ
0
quandoǫ
→
0
.ParanalizaroCapítulo2apresentamosaTeoriaGeométriadasPerturbaçõesSingulares
esuaorrelaçãoomamposvetoriaissuavesporpartes. Em[13 ℄ osautoresonjeturam que
existeafamíliadeiloslimite
Γ
ǫ
omaspropriedadesprouradas,entretanto nãoutilizamosdasténiasde perturbação singularparaobtê-la.
NoCapítulo 3utilizamos oteoremaanteriorparaobterpropriedades topológiasde
am-pos de vetores desontínuos. Toda a teoria presenteneste apítulo é inédita. Apresentamos
aqui o oneito de Índie de Poinaré para o aso de ampos vetoriais planares suaves por
partes. Salientamos que para adaptar a teoria para o nosso ontexto, preisamos realizar
adaptaçõesna denição de índie de umaminho omrelaçãoa umdado ampode vetores.
Taisadaptaçõessóseriamdefatoúteisseaorealizarmos aregularizaçãodoampodevetores
desontínuo obtivermos que o índie para o aso dos ampos desontínuos onverge para o
índielássio. Este importantefatoéprovadona Proposição3.1doCapítulo 3. Vejaabaixo
oenuniadodeste resultado:
Proposição 3.1Seja
Z
0
umampo de vetores suave porparteseZ
ǫ
sua regularização, ondeǫ >
0
é um número real suientemente pequeno. Seσ
: [0
,
1]
→ U
é um aminho ontínuo fehado então o índie de Poinaré deσ
em relação ao ampoZ
ǫ
oinide om o índie de Poinaré da urvaσ
om relação aoampoZ
0
.Como tereiroresultado inéditopresentenesta tese(vejao Teorema 3.1doCapítulo 3 ou
suatradução abaixo)estabeleemos umresultadoanálogo ao quesetemparao asolássio
tambémparaonosso ontexto.
Teorema3.1Seja
Z
0
= (
X, Y
)
umampodevetoressuaveporpartes. Sejaσ
: [0
,
1]
→ U
um aminho ontínuo fehado e simples. Se{
p
1
, . . . , p
k
}
é o onjunto de pontos de equilíbrio ou depontos depseudo equilíbrio deZ
0
no interior deσ
então o índie da urvaσ
om relação aoampoZ
0
é a soma dos índies dep
i
, parai
= 1
, . . . , k
.Este Teorema possui diversas apliações. Por exemplo, esse resultado garante que se o
aminho
σ
for umiloanardhiperbólio então a somadosíndies dospontosde equilíbrio nointeriordeσ
é iguala1
,ouaindaquenão existe pseudoilolimitando umaúnia singu-laridadeque é umaΣ
−
sela. Esta última apliação pode ser melhorada dizendo que seσ
for umilo anardhiperbólio,entãoexistem(2
n
+ 1)
pontosdeequilíbriooupseudoequilíbrio, todoshiperbólios, no interior deσ
;maisainda, destesn
são selasouΣ
−
selase(
n
+ 1)
são foos,Σ
−
atratores ouΣ
−
repulsores.Naliteratura,existemresultados bemestabeleidosquedizemquaisdospontosdepseudo
equilíbrio ou quais dos ilos anard são genérios ou hiperbólios (veja [40℄ e [34℄). O
quais temodimensão
1
,2
ou maior.AssimomonoasolássiotemosoTeoremadePeixoto(veja[32℄),paraoasodeampos
de vetoresdesontínuos
Z
= (
X, Y
)
tambémtemosumresultado, presentenareferênia[34 ℄, quenosdizqueseadiionarmosàsondiçõesdadasnoTeorema dePeixotoosseguintesfatos:•
todos ospontos de pseudoequilíbrio sãohiperbólios e nenhumponto de equilíbrio deX
ou deY
está sobreΣ
,•
todososilosanardsãohiperbóliosenenhumilolimitedeX
oudeY
temontato omΣ
,•
assingularidadestangeniais,asooorram,sãoΣ
−
dobrasisoladas,ouseja,não permite-seque ummesmoponto sejaΣ
−
dobradeX
edeY
,•
não existem onexões entre asΣ
−
dobras, entre separatrizes de selas ou entre uma separatriz de sela eumaΣ
−
dobra,entãooonjuntodosamposdevetoresdesontínuosomessaspropriedades éabertoedenso
em
Ω
r
etorna-se dessaforma umonjunto genério.
Com o objetivo de estudar bifurações de ampos de vetores desontínuos preisamos,
antesdemaisnada,denirqualarelaçãodeequivalêniaempregada. Diremos quedois
am-posdesontínuos
Z
eZ
e
,apresentandourvasde desontinuidadeΣ
eΣ
e
, sãoΣ
−
equivalentes se existir um homeomorsmoh
preservando orientação que levaΣ
emΣ
e
e leva órbitas deZ
emórbitas deΣ
e
. Observe que segundo esta relação de equivalênia, órbitas regulares são mandadas emórbitas regularese pontosde equilíbrio ou pontosΣ
−
singularessãomandados em pontos de equilíbrio ou pontosΣ
−
singulares. Mais ainda, omo esta relação preserva a orientação,asregiõesdeesape,deslizeeosturasãopreservadas,assimomosãopreservadasasseparatrizes,asonexõesdeseparatrizes,onexõesdetangenias, osiloslimite,asórbitas
periódiase osilosanard.
Singularidades dos ampos suaves por partes ujo desdobramento de sua forma normal
pode seronseguido usando
1
parâmetro foram estudadas, além de outros,em [27 ℄, onde demodo geral se onsidera
X
apresentando um ponto de equilíbrio hiperbólioP
sobreΣ
eY
transversalaΣ
. Destaforma, pequenasperturbações nosamposfazem om queo pontoP
esteja situado emΣ
+
ou emΣ
−
,produzindo assimumabifuração noretratode fase.Singularidadesujodesdobramento desuaformanormalenvolvem
2
parâmetros, tambémentre outros, foram estudadas em [24 ℄, onde se onsideram pontos que são simultaneamente
OCapítulo 4 desta tese é o úniotrabalho que onheemos quetrata do desdobramento
de singularidades de ampos de vetoressuavespor partes envolvendo maisde
2
parâmetros.Maisespeiamente, estabeleemos ummétodo sistemátio usadoparaestudar algumas
bi-furações envolvendo singularidades que só apareem quando tratamos de ampos vetoriais
suaves por partes. Além de bifurações mais simples, podemos fazer olidir em um mesmo
ponto de
Σ
umponto de equilíbrio deX
e uma singularidade tangenial deY
(omo exem-plo,veja o primeiro e o tereiro asos na gura2,hamados de singularidades Sela−
dobrae Foo−
dobrarespetivamente; ou ainda o tereiro aso da parte superior ou o primeiro aso da parte inferior da gura 3,hamados de singularidades Foo−
úspide e Sela−
úspide res-petivamente),ou olidiremummesmoponto deΣ
umponto deequilíbriodeX
eumponto de equilíbrio deY
(omo exemplo, veja os dois primeiros asos da parte superior ou o se-gundoasodaparteinferiordagura3,hamadosrespetivamentesingularidades Sela−
foo, Foo−
foo e Sela−
sela respetivamente), ou ainda olidir em um mesmo ponto deΣ
uma singularidadetangenialdeX
eoutradeY
(vejaosegundoasonagura2ouotereiroaso daparteinferiordagura3,hamadosdesingularidadesCúspide−
dobraeCúspide−
úspide).PSfragreplaements
Figure 2: Singularidadesom
Y
apresentandoumaΣ
−
dobrainvisível.PSfragreplaements
Considerando ospontos de equilíbrio hiperbólios e analisando os ampos isoladamente,
temoso seguinte:
•
Paraoasodeum foosobreΣ
,impondo pequenasperturbaçõesaoampo onluímos que o foo translada paraΣ
+
ou paraΣ
−
(veja Figura 4). Uma forma normal que representa estedesdobramento édada por−
x
−
(
y
−
ǫ
)
x
−
(
y
−
ǫ
)
!
onde para
ǫ >
0
o foo pertene aΣ
+
e paraǫ <
0
ofoo pertene aΣ
−
.PSfragreplaements
Figure 4: Desdobramentodofoohiperbóliosobre
Σ
.•
ParaoasodeumaselasobreΣ
,impondopequenasperturbaçõesaoampoonluímos que esta é transladada paraΣ
+
ou paraΣ
−
(veja Figura 5). Uma forma normal que representa estedesdobramento édada por(
y
−
θ
)
x
!
onde para
θ >
0
asela pertene aΣ
+
e paraθ <
0
a selapertene aΣ
−
.•
Para o aso de uma úspide sobreΣ
, impondo pequenas perturbações ao ampo on-luímos queaúspide pode tornar-se transversalaΣ
ou passar aterumadobravisívele mais um ponto de ontato transversal om
Σ
. (veja Figura 6). Uma forma normalquerepresenta estedesdobramento é dadapor
1
−
x
2
+
ρ
PSfragreplaements
Figure 5: Desdobramentodaselahiperbóliasobre
Σ
.onde para
ρ >
0
temos uma dobra visível e um ponto de ontato transversalomΣ
e paraρ <
0
temosapenasontatos transversais omΣ
.PSfragreplaements
Figure 6: Desdobramentodaúspidesobre
Σ
.Dos desdobramentos destassingularidades podem surgir osmais diversos
omportamen-tos topológios, de aordo om as posições relativas dos pontos envolvidos. Evidente que a
passagem de um aso para o outro pode produzir bifurações de odimensão baixa, omo o
mostradona gura7onde nota-seuma bifuraçãodotipoHopf.
Nesta tese, tratamos em detalhes assingularidades Dobra
−
Sela e Dobra−
Cúspide. Em ambos osasos damos famíliasa três parâmetros que asrepresentam, analisamos seu24 Introdução
Figure 7: BifuraçãodotipoHopf.
ParaassingularidadesDobra
−
Selarepresentadasnasguras8e9temosaseguintefamília a3
parâmetros queasrepresentam:Z
τ
λ,µ,β
=
X
λ
=
1
α
1(
τ
)(
x
−
λ
) +
α
2(
τ
)(
x
−
λ
)
2
!
if
y
≥
0
,Y
µ,β
=
µ
2
x
+
(µ
−
2)
2
(
y
+
β
)
(µ
−
2)
2
x
+
µ
2
(
y
+
β
)
!
if
y
≤
0
,
onde
λ
,β
∈
(
−
1
,
1)
,τ
=
inv
quandoaΣ
−
dobra deX
éinvisível,τ
=
vis
quandoaΣ
−
dobra deX
é visível,α
1(
inv
) =
−
1
,α
1(
vis
) = 1
,α
2(
inv
) = 1
,α
2(
vis
) = 0
eµ
∈
(
ε
0
,
1)
omε
0
<
0
(maiores detalhes sobrea função de ada parâmetropodemser enontrados na seção4.2).Figure 8: Singularidade Dobra
−
Sela omaΣ
−
dobrainvisível.Figure 9: Singularidade Dobra
−
Sela omaΣ
−
dobra visível.Variando os parâmetros
λ
,µ
eβ
enontramos ongurações om nenhum, um ou dois ilos anard; om pseudo equilíbrio do tipoΣ
−
atrator ouΣ
−
repulsor, dentre outros. De fato, osprinipais resultados a respeito destas singularidades sãoosseguintes teoremas (quetambém podemserenontrados, ommaiores detalhes, naseção 4.2do Capítulo 4):
Teorema 4.7O diagramadebifuração dasingularidade Dobra
−
Sela,omestadobra sendo invisível, apresenta61
asos sendo que estes representam25
omportamentos topológiosdis-tintos.
distinto.
Paraassingularidades Dobra
−
úspiderepresentadas nasguras10e 11temosaseguinte famíliaa3
parâmetros queasrepresentam:Z
λ,β,µ
τ,ρ
=
X
λ
τ
=
1
ω
1(
τ
)(
x
−
λ
)
!
if
y
≥
0
,Y
µ,β
ρ
=
α
2
(
ρ
)
−
x
2
+
β
−
∂B
∂x
ρ
(
x, β, µ
))
!
if
y
≤
0
,
onde
(
λ, β
)
∈
(
−
1
/
8
,
1
/
8)
×
(
−
1
/
8
,
1
/
8)
,µ
∈
(
−
µ
0
, µ
0
)
, omµ
0
>
0
,B
uma bumpfuntion apropriada,τ
=
ivb
quandoaΣ
−
dobradeX
éinvisível,τ
=
vis
quando aΣ
−
dobradeX
é visível,ρ
=
k
1
quandoaurvaintegraldaúspideéresente,ρ
=
k
2
quandoaurvaintegral daúspide é deresente,(
τ, ρ
) = (
ivb, k
1)
eα
2
(
k
1) =
−
1
ou(
τ, ρ
) = (
vis, k
2)
eα
2
(
k
2) = 1
(maiores detalhes sobre a função de ada parâmetro, bem omo a função da bumpfuntionB
,podemser enontrados naseção 4.3doCapítulo 4).Figure 10: Singularidade Dobra
−
úspide omaΣ
−
dobrainvisível.Figure 11: Singularidade Dobra
−
úspide omaΣ
−
dobravisível.Variandoosparâmetros
λ
,µ
eβ
enontramososmaisdiversostiposdeongurações. Os prinipaisresultadosa respeito destassingularidades sãoosseguintesteoremas(que tambémpodemserenontrados, ommaiores detalhes, naseção 4.3do Capítulo 4):
Teorema 4.12 O diagrama de bifuração da singularidade Dobra
−
Cúspide, om esta dobra sendoinvisível, apresenta51
asos representando23
omportamentos topológios distintos.Teorema 4.13 O diagrama de bifuração da singularidade Dobra
−
Cúspide, om esta dobra sendo visível, apresenta11
asos, sendo que ada um deles representa um omportamentotopológio distinto.
Parafuturostrabalhos pretendemosestudar asoutras singularidadesapresentadas
anteri-ormentebemomo utilizar a teoriageométriadas perturbações singularesou oproesso de
regularizaçãoparadesreversuasbifurações. Salientamos queem[31 ℄estuda-se,utilizandoo
Σ
−
dobra deX
om umaΣ
−
dobra deY
utilizando a teoria geométria das perturbações singulares. Aindaomoobjetivofuturo,gostaríamosdeestenderparaamposde vetoresdes-ontínuosem
R
3
osresultados sobrebifuraçõespresentes nestatese.
Paraanalisaroomportamento qualitativodeumdado sistemadinâmioésempre
onve-niente obter informaçõessobre seus onjuntos minimais, ou seja, pontos de equilíbrio, ilos
limite, dentreoutros. Deummodogeral,não éelementarsaberaquantidadedeilos limite
deumampodevetoresapartirdasequaçõesqueodenem. Umdosmétodosmaisrelevantes
para esse m é o hamado Método Averaging, onde pode-se deduzir a quantidade de ilos
limite de um dado ampo de vetoresa partir da quantidade de zeros de uma equação. Este
será o esopo do Capítulo 5, onde utilizamos o Método Averaging de primeira ordem para
estabeleer uma ota de ilos limiteou ilos anard para ertas lasses de ampos em
R
n
(veja maioresdetalhes arespeitodo métodoaveraging na seção5.1do Capítulo 5).
Maisespeiamente,nossoobjetivoéestudaraexistêniadeilosanardparaosistema
˙
x
=
A
0
x
+
εF
(
x
)
,
(0.1)onde
A
0
é igualaA
1
0
=
0
−
1 0
· · ·
0
1
0
0
· · ·
0
0
0
0
· · ·
0
. . . . . . . . . . . . . . .
0
0
0
· · ·
0
ouA
2
0
=
0
−
1 0
0
0
· · ·
0
1
0
0
0
0
· · ·
0
0
0
0
−
1 0
· · ·
0
0
0
1
0
0
· · ·
0
0
0
0
0
0
· · ·
0
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
0
0
0
0
0
· · ·
0
e
F
:
R
n
→
R
n
é dada por
F
(
x
) =
Ax
+
ϕ
0
(
k
T
x
)
b
, om
A
∈ M
n
(
R
)
,k, b
∈
R
n
\{
0
}
e
ϕ
0
:
R
→
R
é a função desontínuaϕ
0(
x
1) =
(
−
1
sex
1
∈
(
−∞
,
0)
,1
sex
1
∈
(0
,
∞
)
,onde
x
= (
x
1
, . . . , x
n)
T
.
Com estem, iniialmente estudamoso sistema
˙
onde
F
α
é igual aF
troandoϕ
0
pelafunção linearpor partesϕ
α
:
R
−→
R
dada porϕ
α
(
x
1
) =
−
1
sex
1
∈
(
−∞
,
−
α
)
,x
1
α
sex
1
∈
[
−
α, α
]
,1
sex
1
∈
(
α,
∞
)
,onde
α >
0
,e depoisfaremosα
tendera0
. Osgráos deϕ
0
eϕ
α
estão ilustradosna gura 12.PSfragreplaements
1
−
1
α
−
α
1
−
1
Figure 12: À esquerda temosográo de
ϕ
0
eà direitao gráodeϕ
α
.Para
ε
= 0
eA
0
=
A
1
0
,osistema(0.1) a da forma˙
x
1
=
−
x
2
,
x
˙
2
=
x
1
,
x
˙
i
= 0
parai
= 3
, . . . , n
(0.3)epara
ε
= 0
eA
0
=
A
2
0
,o sistema(0.1) a daforma˙
x
1
=
−
x
2
,
x
˙
2
=
x
1
,
x
˙
3
=
−
x
4
,
x
˙
4
=
x
3
,
x
˙
i
= 0
(0.4)para
i
= 5
, . . . , n
.Diante disso,temososseguintesresultados:
Teorema 5.1 Considere
A
0
=
A
1
0
. Paran
≥
2
no máximo um ilo limite do sistema di-ferenial linear por partes (0.2) bifura das órbitas periódias do sistema (0.3) . Mais ainda,existemsistemas ujo número de iloslimite que bifuramé
1
.Corolário 5.1 Considere
A
0
=
A
1
0
. Paran
≥
2
no máximo um ilo limite do sistema diferenial linear por partesdesontínuo (0.1) bifura das órbitas periódias do sistema (0.3).Maisainda, existemsistemas ujo número de ilos limite que bifuramé
1
.Teorema 5.2 Considere
A
0
=
A
2
0
. Paran
≥
4
no máximo3
ilos limite do sistema dife-renial linear por partes (0.2) bifuram das órbitas periódias do sistema (0.4) . Mais ainda,existemsistemas ujo número de iloslimite que bifuramé
3
.Corolário5.2 Considere
A
0
=
A
2
Mais ainda,existem sistemas ujo número de iloslimite que bifuram é
3
.Considereagoraosistema(0.1)om
F
dadaporF
(
x
) =
Ax
+
ϕ
(
k
T
x
)
b
,onde
A
∈ M
n
(
R
)
,k, b
∈
R
n
\{
0
}
e
ϕ
:
R
−→
R
éumafunção linear por partes talqueϕ
(
x
1
) =
−
1
sex
1
∈
(
−∞
,
−
1)
,x
1
sex
1
∈
[
−
1
,
1]
,1
sex
1
∈
(1
,
∞
)
.Além disso, tome
A
0
=
A
3
0
=
0
−
1 0
0
· · ·
0
0
1
0
0
0
· · ·
0
0
0
0
0
−
1
· · ·
0
0
0
0
1
0
· · ·
0
0
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
0
0
0
0
· · ·
0
−
1
0
0
0
0
· · ·
1
0
.
Para
ε
= 0
o sistema(0.1) a daforma˙
x
1
=
−
x
2
,
x
˙
2
=
x
1
,
. . .
,
x
˙
n
−
1
=
−
x
n
,
x
˙
n
=
x
n
−
1
.
(0.5)Teorema5.3 Considere
A
0
=
A
3
0
. Paran
≥
6
,omn
par, no máximo(4
n
−
6)
n/2
−
1
ilos
limite dosistemadiferenial linear por partes (0.1) bifuramdas órbitasperiódiasdosistema
(0.5).
Gostaríamos de destaar ainda que os apítulos
2
,3
e a primeira seção do Capítulo4
1
Basi Theory about Non
−
SmoothVetor Fields
1.1 Motivation
Non
−
Smooth Dynamial Systems (abbreviated by NSDS) has beome ertainly one of theommonfrontiers between Mathematis andPhysis,Engineering, Eonomis,Mediine,Biology or Eology. The dynamis of several suh non
−
smooth systems are relevant in ap-pliations. Problems involvingimpat or fritionarepieewise−
smooth,asaremanyontrol systemswiththresholds.Themost ommon pieewise
−
smooth systemsinvolve either adisontinuity inthevetor eld,or inthe orbit given bythe integral solutionx
(
t
)
. Inthisthesiswe onsidertheformer, that is, general systems where the vetor eld is independently dened on either side ofa smooth odimension one swithing manifold. Three possible regions of the manifold are
apparent. At a rossing region the omponent of the vetor eld normal to the swithing
manifoldhasthesamediretiononbothsidesofthemanifold(sometimesalledsewinginstead
ofrossing). Atastableslidingregionbothnormalomponentsofthevetoreldpointtoward
the manifold. At an unstable sliding region both normal omponents point away from the
manifold. Pieewise
−
smooth systems with sliding are also known as Filippov Systems (see [21℄). Clearly these three distint senarios lead to vastly distint dynamis. An orbit that30 Chapter 1 BasiTheory about Non
−
SmoothVetor Fields(stiks) to the manifold. An orbit in an unstable sliding region slides along the swithing
manifold, but will depart it under any innitesimal perturbation. Consequently, the only
meansbywhihastableslidingorbitanesapetheswithingmanifoldistangentially,atthe
boundaryoftheslidingregion. Thisleadstotheobservationthat,underparametervariation,
orbitsinFilippovsystemsanundergoalargevarietyofbifurations,ommonlyalledsliding
bifurations.
We fous our attention on Filippov systems on the plane, whih are systems modeled
by ordinary dierential equations with disontinuous righthand sides. Many authors have
ontributed to the study of Filippov systems (see for instane [21 ℄ and [26℄). One of the
starting points for a systematiapproah inthe geometri and qualitative analysis of NSDS
is the work [39℄, of M. A Teixeira, on smooth systems in 2
−
dimensional manifolds with boundary. See[41℄ or [4℄ for asurveyon NSDSand referenesthere in.The generi singularities that appear inNSDS, as well as we know, were rst studied in
[40℄. Bifurations and relatedproblemsinvolving or not slidingregions arestudied inpapers
like [18℄and[22 ℄. Bifurationtheorydesribeshowontinuousvariationsofparametervalues
in a dynamialsystem an,through topologial hanges, ausethe phaseportrait to hange
suddenly. Inthisthesiswefousonertainunstablenon
−
smoothvetoreldswithinageneri ontext. The framework inwhih we shallpursuethese unstablesystemsissometimes alledgeneribifurationtheory. In[1℄theoneptof
k
th−
orderstrutural stabilityispresented; in aloalapproahsuhsettinggivesrisetothenotionofaodimension−
k
singularity. Observe that,sofar,bifurationandnormalformtheoriesfor non−
smoothvetoreldshavenotbeen extensively studied inasystematiway.Inthepresent work thebifuration diagramsof sometypialsingularities ofNSDSinthe
planearedisussed. Westudyinthissettingasetoftypialbifurationswhiharenotfoundin
smoothsystems. Itiswellknownthatmanyofthesemodels(seeforinstane[2℄and[3℄)our
ingeneri
k
−
parameterfamiliesandthereforetheytypiallyundergogeneriodimension−
k
bifurations. Thelassiationofodimension−
1
loalandsomeglobalbifurationsforplanar systemswasgivenin[27 ℄. In[24 ℄isshownhowtoonstrutthehomeomorphismswhihleadto equivalenes between two non
−
smooth systems when the disontinuity set is a planar smooth urve. In that work odimension−
2
singularities were disussed and an amazing phenomena on its bifuration diagrams appeared in the form of innite many branhes ofodimension
−
1
globalbifurations. Thesebifurations,thatalsoappearinthepresentwork, alled ST−
bifurations, are haraterized by the onnetion between a saddle ritial point and a tangenysingularityor between two speitangenysingularities.1.2 Preliminaries
Let
K
⊆
R
2
be a ompat set and
Σ
⊆
K
given byΣ =
f
−
1
(0)
,
where
f
:
K
→
R
is a smooth funtion having0
∈
R
as a regular value (i.e.∇
f
(
p
)
6
= 0
, for anyp
∈
f
−
1
(0))
Σ
+
=
{
q
∈
K
|
f
(
q
)
≥
0
}
andΣ
−
=
{
q
∈
K
|
f
(
q
)
≤
0
}
. Wean assume thatΣ
isrepresented, loallyarounda pointq
= (
x, y
)
,bythe funtionf
(
x, y
) =
y.
Designateby
χ
r
the spaeofstruturallystable(see[32 ℄)
C
r
−
vetoreldson
K
endowed with theC
r
−
topology with
r
≥
1
orr
=
∞
,
large enough for our purposes. CallΩ
r
=
Ω
r
(
K, f
)
the spaeof vetorelds
Z
:
K
→
R
2
suh that
Z
(
x, y
) =
(
X
(
x, y
)
,
for(
x, y
)
∈
Σ
+
,
Y
(
x, y
)
,
for(
x, y
)
∈
Σ
−
,
where
X
= (
f
1
, g
1
)
,Y
= (
f
2
, g
2)
are inχ
r
.
We write
Z
= (
X, Y
)
,
whih we will aept to be multivalued in points ofΣ
.
The trajetories ofZ
are solutions ofq
˙
=
Z
(
q
)
,
whih has, ingeneral, disontinuousright−
hand side. Thebasi results of dierential equations, inthis ontext, were statedbyFilippovin[21 ℄. Related theories an be found in[26,35, 40 ℄.Denition 1.1. Twonon
−
smooth vetoreldsZ,
Z
e
∈
Ω
r
(
K, f
)
dened in opensets
U,
U
e
∈
K
and with swithing manifoldsΣ
⊂
U
andΣ
e
⊂
U
e
respetively areΣ
−
equivalent if there exists an orientation preserving homeomorphismh
:
U
→
U
e
whih sendsΣ
toΣ
e
and sends orbitsofZ
to orbitsofZ
e
.We saythat two unfoldings
Θ
λ
:
R
2
×
R
k
→
R
2
and
Ξµ
:
R
2
×
R
l
→
R
2
,where
λ
∈
R
k
,
0
and
µ
∈
R
l
,
0
,aretopologially equivalent iffor eah
λ
∈
R
k
,
0
there exists
A
(
λ
)
∈
R
l
,
0
suh
that thevetor elds
Θ
λ
andΞ
A(λ)
areΣ
−
equivalent. And we say that an unfoldingΘ
λ
is generiifinaneighborhoodofΘ
λ
anyotherunfoldingΞ
µ
istopologially equivalent toΘ
λ
.Inwhat followswewill usethenotation
X.f
(
p
) =
h∇
f
(
p
)
, X
(
p
)
i
andY.f
(
p
) =
h∇
f
(
p
)
, Y
(
p
)
i
.
We distinguishthe following regionson thedisontinuity set
Σ
:(i)
Σ
1
⊆
Σ
is the sewing region if(
X.f
)(
Y.f
)
>
0
onΣ
1
.(ii)
Σ
2
⊆
Σ
is the esaping region if(
X.f
)
>
0
and(
Y.f
)
<
0
onΣ
2
. (iii)Σ
3
⊆
Σ
is the slidingregion if(
X.f
)
<
0
and(
Y.f
)
>
0
onΣ
3
.Consider
Z
∈
Ω
r
.
The sliding vetor eld assoiated to
Z
is the vetor eldZ
s
tangent
to
Σ
3
and dened atq
∈
Σ
3
byZ
s
(
q
) =
m
−
q
with
m
being the point where the segment joiningq
+
X
(
q
)
andq
+
Y
(
q
)
is tangent toΣ
3
(see Figure 1.1). It is lear that ifq
∈
Σ
3
thenq
∈
Σ
2
for−
Z
andthenweandene theesaping vetoreldonΣ
2
assoiatedtoZ
byZ
e
=
−
(
−
Z
)
s
. Inwhatfollowsweusethenotation
Z
Σ
forbothases. Thesewing vetoreld
assoiated to
Z
is thevetor eldZ
w
32 Chapter 1 BasiTheory about Non
−
SmoothVetor Fields PSfragreplaementsq
q
+
Y
(
q
)
q
+
X
(
q
)
Z
Σ
(
q
)
Σ3
Figure 1.1: Fillipov'sonvention.
of
X
(
q
)
andY
(
q
)
,i.e.,Z
w
(
q
) =
λX
(
q
) + (1
−
λ
)
Y
(
q
)
where
λ
∈
[0
,
1]
.We saythat
q
∈
Σ
is aΣ
−
regular point if (i)(
X.f
(
q
))(
Y.f
(
q
))
>
0
or(ii)
(
X.f
(
q
))(
Y.f
(
q
))
<
0
andZ
Σ
(
q
)
6
= 0
(that is
q
∈
Σ
2
∪
Σ
3
and it is not a equilibrium point ofZ
Σ
).
The points of
Σ
whih are notΣ
−
regular are alledΣ
−
singular. We distinguish two subsetsinthesetofΣ
−
singularpoints:Σ
t
and
Σ
p
. Any
q
∈
Σ
p
isalledapseudoequilibrium
of
Z
and itis haraterized byZ
Σ
(
q
) = 0
. Any
q
∈
Σ
t
isalled a tangential singularity and
is haraterized by
Z
Σ
(
q
)
6
= 0
and
(
X.f
(
q
))(
Y.f
(
q
)) = 0
(q
isa ontatpoint ofZ
Σ
).
A pseudo equilibrium
q
∈
Σ
p
is a
Σ
−
saddle provided one of the following ondition is satised: (i)q
∈
Σ
2
andq
is an attrator forZ
Σ
or (ii)
q
∈
Σ
3
andq
is a repeller forZ
Σ
.
A pseudo equilibrium
q
∈
Σ
p
is a
Σ
−
repeller (resp.Σ
−
attrator) providedq
∈
Σ2
(resp.q
∈
Σ
3
) andq
isa repeller(resp. attrator) equilibrium point forZ
Σ
.
On
Σ
1
an happensthatq
is aΣ
−
regular point and{
X
(
q
)
, Y
(
q
)
}
is linearly dependent. Thesepointsare alledvirtualpseudo equilibria.Let
X
be a smooth vetor eld dened inΣ
+
. We say that a pointp
∈
Σ
is aΣ
−
fold point ofX
ifX.f
(
p
) = 0
butX
2
.f
(
p
)
6
= 0
.
Moreover, a
Σ
−
fold pointp
ofX
is alled visible (respetively invisible)ifX.f
(
p
) = 0
andX
2
.f
(
p
)
>
0
(resp.
X
2
.f
(
p
)
<
0
). We say
that a point
q
∈
Σ
is aΣ
−
usp point ofX
ifX.f
(
q
) =
X
2
.f
(
q
) = 0
and
X
3
.f
(
q
)
6
= 0
.
Moreover, a
Σ
−
usp pointq
ofX
is alled of kind 1 (respetively kind 2) ifX
3
.f
(
q
)
>
0
(resp.
X
3
.f
(
q
)
<
0
).
Inpartiular,
Σ
−
foldandΣ
−
usppoints aretangential singularities.Denition 1.2. Consider
Z
∈
Ω
r
.
•
Γ
ontains ars of atleast two of the vetor eldsX
|
Σ
+
,Y
|
Σ
−
andZ
Σ
or is
om-posed by a single ar of
Z
Σ
;
•
the transitionbetween ars ofX
andars ofY
happens in sewing points;•
the transition between ars ofX
(orY
) and ars ofZ
Σ
happens through
Σ
−
fold points or regular points in the esape or sliding ar, respeting the orientation.Moreover if
Γ
6
= Σ
then there exists at least one visibleΣ
−
fold point on eah onneted omponent ofΓ
∩
Σ
.2. Let
Γ
be a anard yle ofZ
. We say that•
Γ
isa anard yle of kind I ifΓ
meetsΣ
just in sewing points;•
Γ
isa anard yle of kind II ifΓ = Σ
;•
Γ
isa anard yle of kind IIIifΓ
ontains atleast one visibleΣ
−
foldpointofZ
.In Figures 1.2, 1.3and 1.4arise anard yles of kindI, II andIII respetively.
3. Let
Γ
be a anard yle. We say thatΓ
ishyperboli if•
Γ
isof kindI andη
′
(
p
)
6
= 1
, where
η
isthe rstreturn map dened on a segmentT
withp
∈
T
⋔
γ
;•
Γ
isof kind II;•
Γ
isofkindIII,Σ
2
∩
Σ
3
∩
Γ =
∅
andeitherΓ
∩
Σ
⊆
Σ
1
∪
Σ
2
∪
Σ
t
or
Γ
∩
Σ
⊆
Σ
1
∪
Σ
3
∪
Σ
t
.
Figure 1.2: Canardyleof
kindI.
PSfragreplaements
Σ = Γ
Figure 1.3: Canardyleof
kindII.
Figure 1.4: Canardyle ofkind
III.
Remark1. Observe thata anard yle doesnotneedtobe a simpleurve. In fat,onsider
a non
−
smooth vetor eldZ
= (
X, Y
)
presenting the onguration desribed in Figure 1.5. Letγ
1
be an ar ofX
joining theΣ
−
fold pointsa
andb
ofX
;e
theΣ
−
fold point ofY
;c
andd
points in the esaping regione b
;g
,h
andi
pointsin the slidingregionf a
wheref
is a invisibleΣ
−
fold point ofX
;δ
2
the ar ofY
joiningc
andh
,δ
1
the ar ofX
joiningd
and34 Chapter 1 BasiTheory about Non
−
SmoothVetor FieldsX
Y
p
1
Σ
a
h
g
i
f
γ
1
δ
1
e
p
2
γ
2
d
δ
2
c
b
Figure 1.5: Non
−
hyperbolianardylethatisnotasimpleurve.Denition 1.3. Consider
Z
∈
Ω
r
. A point
q
∈
Σ
is aΣ
−
enter if there is a neighborhoodU
ofq
suh that an one parameter family of anard yles enirlesq
and foliatesU
. See Figure 1.6.Figure 1.6:
Σ
−
enter.PSfragreplaements
Figure 1.7:
Σ
−
graphofkindI.Denition1.4. Consider
Z
∈
Ω
r
. Alosedpath
∆
isaΣ
−
graphifitisaunionofequilibria, pseudo equilibria, tangential singularities ofZ
and ars ofZ
joining these points in suh a way that∆
∩
Σ
6
=
∅
. Like for anard yles, we say that∆
is aΣ
−
graph of kind I if∆
∩
Σ
⊂
Σ
1
,∆
isaΣ
−
graph of kind II if∆
∩
Σ = ∆
and∆
is aΣ
−
graph of kind III if∆
∩
Σ
$
Σ
2
∪
Σ
3
.1.3 The Diretion Funtion
The properties of the funtion dened in this setion will be extremely useful in what
follows. It willbe important to desribethedynami on
Σ
.In
(
a, b
)
⊂
Σ
2
∪
Σ
3
, onsider the pointc
= (
c
1
, c
2
)
, the vetorsX
(
c
) = (
d
1
, d
2
)
andY
(
c
) = (
e
1
, e
2)
(asillustrated inFigure1.8). The straight linepassing throughc
+
X
(
c
)
andc
+
Y
(
c
)
meetsΣ
ina pointp
(
c
)
. We dene themapp
: (
a, b
)
−→
Σ
We anhooseloaloordinatessuhthat
Σ
isthex
−
axis;soc
= (
c
1
,
0)
andp
(
c
)
∈
R
× {
0
}
an be identied with pointsinR
. Aording with this identiation, thediretion funtionon
Σ
is dened byH
: (
a, b
)
−→
R
z
7−→
p
(
z
)
−
z.
PSfragreplaements
a
c
b
Σ
X
Y
c
+
Y
(
c
)
c
+
X
(
c
)
p
(
c
)
Figure 1.8: Diretionfuntion.
Remark 2. We obtainthat
•
ifH
(
c
)
<
0
then the orientation ofZ
Σ
in a small neighborhood of
c
isfromb
toa
;•
ifH
(
c
) = 0
or ifc
is a disontinuity ofH
thenc
∈
Σ
p
;
•
ifH
(
c
)
>
0
then the orientation ofZ
Σ
in a small neighborhood of
c
isfroma
tob
. Simplealulations showthatp
(
c
1
) =
e
2
(d
1
+c
1
)
−
d
2
(e
1
+c
1
)
e
2−
d
2
and onsequently,
H
(
c
1
) =
e
2
d
1
−
d
2
e
1
e
2
−
d
2
.
(1.1)Remark3. If
X.f
(
p
) = 0
andY.f
(
p
)
6
= 0
then, ina neighborhoodV
p
ofp
inΣ
,thediretion funtionH
hasthe samesignalofd
1
,whereX
= (
d
1
, d
2
)
. Infat,X.f
(
p
) = 0
andY.f
(
p
)
6
= 0
are equivalent tod
2
= 0
ande
2
6
= 0
in (1.1). So,lim
(d
2
,e
2
)
→
(0,k
0
)
H
(
p
1
) =
d
1
, wherek
0
6
= 0
andp
= (
p
1
, p
2
)
.Remark 4. Observe that we an extend
H
to points ofΣ
1
. In these situation, it ispossible that the straight line onnetingc
+
X
(
c
)
andc
+
Y
(
c
)
does not return toΣ
. So,H
is not dened inc
.Thefollowing propertyis immediate.
Proposition 1.1. If