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Introdução à eletrodinâmica atmosférica.

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Academic year: 2017

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Introdu~ao a Eletrodin^amia Atmosferia

IntrodutiontotheAtmospheriEletrodynamis

Odim Mendes Jr.

DGE-CEA/INPE,CaixaPostal515,12201-970,

S~aoJosedosCampos,SP

Margarete Oliveira Domingues y

LMO-CPTEC/INPE,Cx. P.515,12201-970

S~aoJosedosCampos,SP

Reebidoem6deagosto,2001. Aeitoem21dejaneiro,2002.

AEletrodin^amiaatmosferia governaosproessosfsios naTerra,afetandoavida,instala~oes e

serviostenologios.Comoobjetivodeauxiliarosprofessores,pesquisadoreseestudantesalidarem

omestaareaesuasonsequ^enias,oambienteeletrodin^amioeapresentadonestetutorial.

TheAtmospheriEletrodynamisrulesimportantproessesintheEarth,aetingthelife,

instal-lationsandtehnologialservies. Inordertohelp teahers, researhesand studentsto dealwith

thisareaandtheironsequenes,theeletrodynamialenvironmentispresentedinthistutorial.

I Introdu~ao

Este texto tem o proposito de apresentar aos

profes-sores,estudantesepesquisadoresumavis~aoabrangente

e algoaprofundada deuma areaque estase tornando

adavezmaisimportante:aEletrodin^amiaPlanetaria.

Devidoasinova~oestenologiaseserviosdisponveis

para a soiedade humana, omo por exemplo,

reur-sos de teleomunia~oes, reursos sostiados de

in-formatiaev^oosdeaeronavesdepassageirossobnovos

projetos tenios, esse assunto onstitui-se um niho

de merado a ser explorado e de inadiaveis pesquisas

para entendimento de variados fen^omenos. Servindo

de base tambem para o entendimento de fen^omenos

do Espao Proximo (regi~ao onde transitam

astronau-tas e sondasespaiais) e de fen^omenos da Aeronomia

(regi~aodeatmosferaaindarelativamentedensamasde

alta ioniza~ao), estetrabalho preoupar-se-aom

pro-essos fsios de eletria~ao geral daatmosfera e das

desargas eletriasna baixa atmosfera ( 70km) pela

suaimport^ania amplaeimediata.

Em geral, os proessos naturais mostram-se

de omportamento omplexo, de medi~ao

om-pliada, exigindo investiga~oes multidisiplinares.

A Eletrodin^amia Atmosferia, que e parte da

Eletrodin^amia Planetaria, enquadra-se plenamente

nessa ategoriadefen^omenos,requerendo

planejamen-tos inter-instituionais, perseverana de analise nos

topios investigados e disuss~oes intensivas de

pros-sionais de diferentes areas do onheimento.

Atual-mente,onernentes aosestudos mundiaisde Ci^enias

Espaiais, Atmosferias e Oe^anias, varios aspetos

t^em sido onsiderados para a moderniza~ao dessas

areas.Omonitoramentodaatividadeeletria,embases

ontnuasouemampanhasompletas, oordenadase

intensivas,estaentreasferramentasonsideradasnessa

moderniza~ao.

Nela, entre as diretrizes prinipais est~ao saber

estabeleer quest~oes{have, oletar informa~oes

ade-quadas e dispor de pessoal adequado. O

onhei-mentoresultanteontribuiraparaaplia~oesdiretasna

modelagem numeria do tempo e do lima para ns

queafetam diretamenteasoiedadeivil,inlusivenas

areasdesaude; lazereturismo; ossetores produtivos,

sejanaagriulturaepeuaria,sejaemdiversossetores

daatividade industrial; alem da segurana dos

trans-portesaereos,terrestresemartimos;dagera~aoe

dis-tribui~ao de energia e gereniamento da agua, dentre

outros. Atualmentedisute-seaextens~aodosoneitos

detempoelimapararegi~oesquen~aoest~aorestritasa

atmosferaproximaaosolo.

Dadas as araterstias ontinentais do territorio

naional (extens~ao e posi~ao geograa), ha a

nees-sidade de estabeleer tanto abordagens espaiais

am-plasomo abordagenspeuliares aregi~oes espeas,

oquerequeroonheimentodosmultiplosaspetosde

odimdge.inpe.br,http://www.dge.inpe.br/wotan

(2)

quaisquer fen^omenos sob investiga~ao. Por exemplo,

observa-se na meteorologia brasileira que muitos dos

modelos oneituaisde previs~ao detempo atualmente

em vigor possuem sua onep~ao original assoiada a

observa~oes e analises fsias dos fen^omenos oorridos

em regi~oes temperadas da Europa, Ameria do Norte

e

Asia. De umaformageral,eles podemserutilizados

emertassitua~oesnoBrasil;entretanto,essesmodelos

n~aoseapliamirrestritamenteamuitosdosfen^omenos

quediariamentes~aoobservadosnostropios. Conheer

melhor os proessos fsios geradores dos sistemas de

tempo, suas itera~oes entre esalas (larga esala,

es-alasinoptia,mesoesala,esalaloal emiroesala)

eseu padr~ao deomportamento (temporal e espaial)

nasdiversasregi~oesdoBrasiledevitalimport^aniana

melhoriadaprevis~aoregional.

Atualmente, entre as analises da atmosfera

as-soiadas as ondi~oes de tempo de interesse da

so-iedade, deve{seonsideraromonitoramento da

ativi-dadeeletriaatmosferiaemsuasvariasformasde

es-tudo(modelagemmatematia,investiga~oesfsias,

ex-perimenta~oes de engenharia, et.) e de suas

poten-iais aplia~oes, que, na parte de oleta experimental

de informa~oesde superfie,pode ontarom (a)

sis-temas de dete~ao e rastreio de rel^ampagos; (b)

sis-temasdeimageamentodefen^omenosatmosferios

(nu-vens, rel^ampagos, sprites, e outros fen^omenos optios

transientes); () sistemas de monitoramento austio

da atividade eletria, em espeial do trov~ao; (d)

sis-temasdemonitoramentodoampoeletrioatmosferio

(AC/DC){detetoreseldmill,detetoresdesferise

detetoressimilares;e(e)sistemasdeintegra~aodas

in-forma~oeseletriasasdemaisinforma~oesatmosferias.

Aessasaresentam{seaindaoutrastenologiasre

em-aprimoradasde monitoramento omousode satelites

edevariostiposderadares.

Para levar atermo esse tipode a~ao, eneessario

odesenvolvimentoe/ouaado~aodeequipamentos

te-nologiosavanados. Noentanto,primordialmente,ha

a neessidadede forma~ao ouapaita~ao de reursos

humanos para a investiga~ao proiente da fsia dos

fen^omenos, do tempo e do lima, e tambem da

apro-pria~aotenologia pertinente.

Assim, oproposito deste tutorial e olaborar para

a moderniza~ao dessas areas de estudo no Brasil por

meio do forneimento de uma vis~ao geral do assunto

Eletrodin^amia Atmosferiaepeloinentivoao

desen-volvimentodenuleosmultidisiplinaresousurgimento

de novos nuleos de estudo. Esse texto, portanto,

apresentadeformasuinta: oambienteeletrodin^amio

queenvolveaTerra; o enario abrangenteda

Eletrii-dade Atmosferia; elementos do Ciruito Eletrio

At-mosferio Global (CEAG); e topios de pesquisa em

II O ambiente eletrodin^amio da

terra

O Sol e o agente primario dos proessos naturais na

Terra e tambem sustenta a vida na litosfera.

Ini-ialmente apresenta-se o onheimento basio sobre

a g^enese do ambiente eletrodin^amio terrestre [1,2℄,

que envolveafsia do Sol, o ampo magnetio

inter-planetarioeoaoplamentoSol-Terra.

II.1 A fsia solar

OSol euma estrela omo muitas outras que

exis-temnoCosmo. Apresentadist^aniadoentrodaVia{

Latea de 310 16

km, veloidade angular em torno

do entro galatio de 200 km/s, raio solar mediode

6;9610 5

km,emassade2;010 30

kg. Aatmosfera

gasosado Solgira maisrapidono equadordoque nos

polos, apresentando um perodo mediode 27 dias

ter-restres. Em22 anos ompleta{seumilo de invers~ao

dapolaridadedoampomagnetiodoSol. As rea~oes

nulearesaonteem noentro doSol, ondea

temper-aturaede10 7

Keapress~aoede10 11

atmterrestres. A

seguir,aenergiaesapanaformaderadia~ao(naregi~ao

de0;2a0;8raio solar). Da ateasuperfievisvel,a

energia e transportada por onve~ao de materia. O

Soleosplanetas foramprovavelmenteondensadosda

materia gasosa interestelar em torno de 5 bilh~oes de

anos atras. OSoleera de70%em massaomposto

de hidrog^enioompequenas quantidadesde quase

to-dos os elementos. Podem-se onsiderar dois modelos

basiosparaoSol.

No Modelo do Sol Calmo, o Sol e visto omo

uma bola de gases quentes, simetriamente esferia e

estatia. Issosigniaqueaspropriedadessolares

mu-damapenasomadist^aniaradialequeseapresentam

uniformessobre qualquerasaesferia. Nestemodelo

estratia{seoSolemamadasaraterstias,ques~ao:

Nuleo: regi~aoemque,sobapropriaatra~ao

gravita-ional, amateria solareomprimida a uma

ele-vadadensidade eelevada temperatura,deforma

queasrea~oes nulearesoorrem. Essasrea~oes

s~aoafontedeenergiaqueestaontinuamente

ir-radiandoparaoespaoeproduzaatividadesolar.

Temaespessurade0;2raiosolar.

Zona intermediaria: regi~aoemqueaenergia

iniial-menteesapanaformaderadia~aoeaseguir

faz-seem proessodedifus~ao. Tem aespessura

esti-madade0;6raiosolar.

Zona de onve~ao: regi~aoemqueoproesso

turbu-lento de onve~ao de materia domina no

trans-porte de energia. Tem a espessura de 0;2 raio

solar.

Fotosfera: regi~aodoSolemqueamaiorparteda

(3)

Cromosfera: regi~aoaimadafotosferaomtom

aver-melhado (devido ao efeito de absor~ao e

re-emiss~ao da radia~ao eletromagnetia H). Tem

aespessurade15000km.

Coroa solar: regi~ao mais externa do Sol que se

es-tendepara omeiointerplanetario. Elaeafonte

do vento solar. Tem a espessura superior a

210 6

km.

AFig.1apresentaaestratia~aosolareouxode

energiadointeriorpara oexterior.

Figura1. Estratia~aosolar euxodeenergia.

A regi~ao oronal do Sol apresenta{se t~ao quente

(10 6

K) que mesmo a sua enorme fora gravitaional

n~aoonseguereteraspartulasqueapopulam. Dessa

forma, partedaoroaestaonstantemente

\evaporan-do", isto e, esapandoem um uxo aproximadamente

onstante para longe do Sol, eforma oquee

denomi-nadovento solar. Oventosolar arateriza{seporser

umplasma(gasionizadodeomportamentooletivoe

marosopiamenteneutro),essenialmenteformadode

protons,eletronsehelio;ujaveloidadevariade

apro-ximadamente200a1000km/squetemumadensidade

aproximadade10partulas/m 3

.

Em ontraste, oModelo do Sol Ativo onsidera os

proessosqueoorrememregi~oesloalizadasda

atmos-fera solar e dentro de intervalos nitos de tempo. As

ausas da atividade solar s~ao o ampo magnetio de

grande esala do Sol e a sua rota~ao diferenial (do

Sol). O ampo magnetio solar n~ao provem de um

dipolo no interior do Sol (omo o da Terra); porem

pareeresultardaontribui~aodosvariosampos

pro-duzidos nas amadas superiais do Sol. A intera~ao

diferenialproduzperturba~oesloalizadasnoSol,

per-mitindo a libera~ao de energia magnetia na forma

de energia inetia. Isso produz, entre outros fen^

o-menos, explos~oes solares e proemin^enias eruptivas e,

as vezes, por onsequ^enia, eje~oes de materia

oro-nal. Isso sobrep~oe{se aradia~ao eletromagnetia

nor-malmenteemitidapeloSol. Asexplos~oess~ao

essenial-menteumalibera~aoabruptadeenergiaprovavelmente

extradadoampomagnetiodasmanhassolares,

a-paz de aelerar eletrons eons ate altas energias. Ja

a proemin^enia eruptiva e um aro de plasma solar

aprisionadonaslinhasmagnetiasqueseexpandepara

longedoSol.

II.2 O ampo magnetio interplanetario

OampomagnetiodoSol,porestarimersoemum

plasma, destaa{se do Sol penetrando no meio

inter-planetario. Porefeitodepropriedadesmagnetias,esse

ampopropaga{seongelado noventosolar. Devidoa

rota~ao doSol, issodaorigem auma ongura~ao

es-piral(Espiral deArquimedes,Fig.2). Assim,aslinhas

deampomagnetiosolarem um hemisferio

afastam-seeno outroaproximam-se, atesofreremaolongo do

tempo uma invers~ao, o que arateriza entre outros

efeitosoCilo de atividade solar. Emonsequ^eniade

uma lei fsia de ontinuidade, surge entre os ampos

magnetiosinterplanetariosdeorienta~oesopostasuma

l^aminadeorrenteeletria,queseapresentaondulada

(om2,4ou6setores).

Figura 2. Congura~ao espiral do ampo magnetio e

l^aminadeorrenteeletriaheliosferia.

A intensidadee a orienta~ao do ampomagnetio

interplanetarioeadensidade,aomposi~aoea

veloi-dadedoplasmasolardependemdefen^omenosque

oor-remnoSolenomeiointerplanetario. Essesfen^omenos

podem serrelaionadossuintamenteomo:

Setorde l^aminade orrente: regi~ao de orrente

eletriaexistente peladesontinuidadedoampo

magnetioheliosferio.

Choque interplanetario: um feixe de plasma que

(4)

inter-abruptasdospar^ametrosinterplanetarios

(densi-dade, temperatura, veloidadedoplasmasolare

orienta~aoeintensidadedoampomagnetio

in-terplanetario).

Intera~ao de feixesinterplanetarios: um feixe

mais rapido que alana um feixe mais lento.

Carateriza{se geralmente por umainterfaenos

par^ametrosdensidade, veloidadeetemperatura

doplasmasolar.

NCDE (Nonompressive DensityEnhanement):

uma eleva~ao de densidade do plasma solar

que n~ao foi produzida por ompress~ao do meio

interplanetario, porem gerada no proprio Sol.

Carateriza{sepelaeleva~aonadensidadequando

aveloidadeestaderesendo.

Flutua~oes do tipoondas alfv^enias: perturba~ao

do meio interplanetario que se arateriza por

utua~oes orrelaionadas dos par^ametros

ve-loidade do plasma solar e das omponentes do

ampomagnetiointerplanetario.

II.3 O aoplamento Sol{Terra

A radia~ao eletromagnetia do Sol tanto aquee

quantoionizaaatmosferaterrestre. ComoaTerra

pos-suiumampomagnetio,oventosolarinidente

inter-age omessa atmosferaionizada e magnetizada,

esta-beleendouma regi~aoespaial din^amia queenvolvea

Terra,denominadaMagnetosfera,em queosproessos

fsioss~aodominadospeloampogeomagnetio(Fig.3).

Essaregi~aofsiaedeimport^anianosproessosde

de-posi~aodeenergiaedematerianaatmosferaterrestre.

Figura3. Umavis~aosimpliadadasregi~oesqueomp~oem

eenvolvemamagnetosferaterrestre.

Grosso modo, as regi~oes da magnetosfera podem

serlassiadasde diferentes modos,omo, por

exem-plo,quantoaregi~oesdelinhasmagnetiasfehadasou

abertas; quanto ao tipo eorganiza~aodo plasma; et.

magnetosfera e no noturno, um prolongamento,

ons-tituindo uma auda magnetosferia. Essa auda pode

armazenar energia om a libera~ao posterior gradual

ouabruptaetambem naformadeumabolhade

plas-mas (esta denominada plasmoide). O vertie polar

permite aesso direto do plasma solar a regi~ao da

at-mosfera superior da por~ao diurna da regi~ao auroral.

Nasregi~oesdemaisbaixaslatitudes,aspartulas

ini-dentes tambem ontribuem para oestabeleimento de

orrentes eletrias, ontribuindo para a energiza~ao e

apopula~ao dasaltasamadas(dist^ania superior a3

raiosterrestres).

Ouxodeenergiadoventosolaremuitomenos

in-tensoqueouxodeenergiadaradia~aovisvel;porem

a se~ao eaz de hoque e muitas vezes maior. A

energia potenialmente suprida pelo vento solar e de

aproximadamente 3;010 6

megawatts. A press~ao

din^amiadoventosolarouuxodemomentumontrola

otamanho damagnetosfera. A orienta~ao ea

intensi-dadedo ampomagnetiointerplanetarioontrolam a

taxadouxodeenergiadentrodamagnetosferaeesse

proesso de energiza~ao n~ao e estaionario. Como os

fen^omenosdeatividadesolaredomeiointerplanetario

afetam o aoplamento eletrodin^amio terrestre e, em

deorr^enia,afetamosdispositivoseletroeletr^onioseo

eossistema,umanovaareadeatua~aotemsedenido

atualmente,nosentidodemonitoramentodeumtempo

espaialemesmodeumlimaespaial. Essanova

pre-oupa~aoientaetenologiatemsidodesignadade

SpaeWeather Foreasting.

Assim, esse enario eletromagnetio e

eletrodin^amio ria efeitos os mais diversos | om

aqueimentos, ampos eletrios e orrentes eletrias

| na atmosfera terrestre, produzindo a mais variada

ordem de fen^omenos, om varias esalas espaiais e

temporaisdeoorr^enia.

III A eletriidade atmosferia

OtopioEletriidadeAtmosferiafazpartedaareade

pesquisa Eletrodin^amia Planetaria [3,4,1℄. Essee um

topiomultidisiplinar,sendoqueaabordagem

funda-mental e o Eletromagnetismo. Apresenta{se a seguir

o arabouo basio desta area de investiga~ao,

prin-ipalmente para os que n~ao tiveram oportunidade de

ontato om este assunto, e que bem provavelmente

ter~ao de estenderpesquisas sobreum ououtrotopio.

Fruto das pesquisas reentes dos autores onduzidas

no INPE, oproposito desse tutorial e despertar o

in-teresse e motivar a atua~ao de prossionaisde varias

areas (fsia, meteorologia, matematia, engenharia,

et.) em pesquisas ooperativas e integradas. Esse

texto desenvolver{se{a em torno dos ampos

(5)

eletriidade atmosferia debaixa altitude voltaa

des-pertarum interessesigniativoda omunidade

inter-naional, pelas reentes onstata~oes fsias, que

re-velam o arater integrado de toda a atmosfera. Isto

e, a troposfera (regi~ao ate aproximadamente 15km,

em que a temperatura ai om a altura) mostra{se

aoplada eletriamente a mediae aalta atmosferas, e

deumaformabastanteativa. Muitasdaspropriedades

eletriasdaatmosferapodemsertratadaspela

eletros-tatia. Aabordagemeletrostatiapodeseronsiderada

quandoas intera~oesentreas argasdependem dasua

posi~aorelativaen~aodosseusmovimentos. Mesmoos

rel^ampagos, que n~ao s~ao evidentemente estatios,

po-dem seriniialmente tratadosassim.

III.1 Elementos de eletriidade e

mag-netismo

Anaturezatemumapropriedadeeletriaintrnsea.

Com isso, quer se dizer que ha uma propriedade

fun-damental nas partulas elementaresque omp~oem os

objetos materiais, a arga eletria. Essa propriedade

basiapode serreveladaquandoseatritam osabelos

omumpenteemumaatmosferamaisseae,ent~ao,se

aproximaessepentedepequenospedaosdepapel. Os

papeiss~aoiniialmenteatradosedepoisrepelidospelo

pente.Fen^omenosemelhanteoorreaosefriionarum

bast~aodevidroomumpedaodesedaouumbast~ao

de ^ambar om um pedao de pele de gato ou, ainda,

quando seatrita obrao em umpedao deisopor. A

propriedadequeesses experimentosidentiamreebe

onomedeeletriidade, derivadodapalavragrega

elek-tronquesignia^ambar.

Figura4. Esquemadadistribui~aodeeletronsemum

atomo.

Experimentosdiversosrevelamaexist^eniadeduas

eletrias positivas e argas eletrias negativas.

Estu-dos mais aurados revelam que a materia e formada

de pequenos tijolinhos, denominados atomos (Fig. 4).

Osatomosonstituem{sedeprotons(om arga

posi-tiva e massa igual a 1;672510 27

kg), de eletrons

(deargaabsolutaigualadoprotonmasnegativaede

massa 1840vezesmenor que amassa do proton)e de

n^eutrons(ommassalevementemaiorqueadoproton

esemarga).

III.1.1Lei de Coulomb

Considerando-se a intera~ao eletria entre duas

partulas eletriamente arregadas em repouso para

um observador em um sistema de refer^enia inerial,

ou,quandomuito,emmovimentoabaixaveloidade,os

resultadosonstituem oquesehamade eletrostatia.

Essaintera~aoeregidapelaLei deCoulomb,em

home-nagem ao engenheiro fran^es Charles A. de Coulomb

(1736 1806),formuladaomo:

A intera~ao eletrostatia entreduas partulas

ar-regadas e proporional as suas argas e ao inverso do

quadradodadist^aniaentreelasetemadire~aodareta

queuneasduas argas.

Oumatematiamente:

~

F = 1

4

0 qq0

r 3

~

r; (1)

em quer ea dist^ania entre as duas argas q eq0, ~

F

ea fora que atua sobre qualquerdas argas e

0 ea

onstantepermissividade eletriado vauo.

Umaspetointeressanteequeaarga eletrian~ao

apareeomqualquerquantidade,poremapenasomo

ummultiplodeumaunidadefundamental(e),ou

quan-tum,ujovalore1;602110 19

C.

III.1.2CampoEletrio

Umoneitoabstratoutil eodoampoeletrio, ~

E,

produzidoporumaargaemumaposi~aoqualquerno

espao. Devidoaesseampo,umaargaqualquer(q0)

oloadanestepontosentiriaasoliita~aodeumafora.

Essagrandezavetorialpodeserformuladaomo:

~

E= 1

4

0 q

r 3

~r; (2)

O ampo eletrio obedee o prinpio da

super-posi~aolinear,istoe:

~

E

total =

X

i ~

E

i

: (3)

III.1.3Potenial eletrio

Uma partula eletriamente arregada, oloada

(6)

umpontoedenidoomoenergiapotenialporunidade

deargaoloadanoponto.

Considerando-seaenergiaassoiadaaongura~ao

deuma partulaem umampoeletrostatio,pode{se

esrever que a varia~ao do trabalho, ÆW, e dada por

umprodutoesalar:

ÆW = ~

Fd ~

`= q ~

Ed ~

`=qd; (4)

emqued ~

`eoaminhoperorrido. Issopermite

enon-traropotenialparaumaargaq,i.e.,

= 1 4 0 q r ; (5)

o quee onveniente esugestivo para oalulo do

po-tenial resultante para um onjunto de argas, pois o

potenial e um valor esalar, de mais fail manuseio

numerio. Expliita-sequeoampoeletrioedadopela

varia~aomaximadataxaespaialdopotenialeletrio

e seu sentidoe oposto adire~ao damaximavaria~ao,

ouseja:

~

E= r: (6)

III.1.4 O uxoeletrioe a Leide Gauss

Outrooneito muitoutil eaLeideGauss.

O uxo eletrio total atraves de uma superfie

fehada e dada pela arga eletria lquida total dentro

dessa superfie.

Naformaintegral:

= I

~

En^ds= q

total

0

: (7)

Naformadiferenial:

r ~ E= total 0 : (8)

A ombina~ao da Lei de Gauss om ~

E = r

desreve todos os fen^omenos eletrostatios. Embora,

emgeral,suaaplia~aon~ao sejatarefafailousempre

possvel.

III.1.5 Outras onsidera~oes relativas as

pro-priedades eletrias

Campos eletrios sobre e dentro de ondutores

eletrios| No interior dos ondutores eletrios n~ao

haveraampoeletrio,poisas argasmovimentar{se{

~

ao ate estabeleer um mesmo potenial eletrio. Ja

nasuperfie, as argasseajustar~ao deforma arestar

apenas aomponente de ampo eletrionormal a

su-perfie. As argas ser~ao retidas na superfie e n~ao

sofrer~ao mais soliita~ao tangenial a ela. Esse e o

prinpio que rege a gaiola de Faraday, ou seja, uma

superfieondutora hermetiamente fehadablinda o

interiordeumvolumeaamposeletriosexternos.

Corrente eletria |A intensidadede umaorrente

passa, por unidade de tempo, atravesde uma se~ao

daregi~aoporondeelaui. Asuaformula~aopodeser

dadaomo:

I= ÆQ

Æt

; (9)

emqueI eaintensidadedaorrente,ÆQaquantidade

deargaeÆtointervalodetempoonsiderado. A

or-renteeletriaeexpressaemoulombs/segundoouCs 1

,

designadaampere(unidadeA)emhomenagemaofsio

fran^es Andre M. Ampere (1775{1836). Por raz~oes

historias,osentidodeuma orrente eletriaesta

on-venionadoomosendoodomovimentodaspartulas

arregadas positivamente. Trata-se do mesmo

sen-tido do ampo eletrio apliado ou da queda de

po-tenial que produz o movimento das partulas

ar-regadas. Portanto,seaorrenteedevidaaomovimento

das partulasarregadasnegativamente,tais omo os

eletrons, osentidodaorrenteeopostoao movimento

realdoseletrons.

Polariza~ao da materia | A polariza~ao oorre

quando um agente leva uma por~ao da materia a ter

umaargaresultanteemumaregi~aoeumaargaoposta

emoutraregi~aodesloadarelativamenteaessaprimeira

regi~ao. Apor~aodamateria torna-seent~aoumdipolo

eletrioquetendeaseorientaremoverna dire~aoem

queoamporese.

III.1.6 As equa~oes de Maxwell

O entendimento mais elaborado do fen^omeno dos

ampos eletriosedasdesargaseletriasatmosferias

exige a onsidera~ao de grandezas om varia~ao no

tempo e a onsidera~ao de aspetos magnetios. No

entanto, tal detalhamento no formalismo n~ao podera

serrealizadoemespaot~aoreduzido;opropositoe

so-menteumamuitosuintaapresenta~aodasequa~oesdo

eletromagnetismo.

Ainten~aoeinformarqueasequa~oesdeMaxwell,

juntamenteomondi~oesdeontornoedeinforma~oes

do meio ambiente permitem uma desri~ao ompleta

dosfen^omenos eletrodin^amios. Essasequa~oesparao

espaolivres~ao:

r ~ E = 0 ; (10) r ~

B = 0; (11)

r ~ E = ~ B t ; (12) r ~ B = 0 ~ J+ 1 2 ~ E t ; (13)

emqueeadensidadevolumetriadearga,emCm 3

;

~

J eadensidadede orrente,em A=m 2

; e ea

veloi-dadedaluznovauo. Aopera~aor ~

A,onde ~

Avetor

qualquer,daaideiadeumuxodivergindo deou

on-vergindoparaumpontonoespao;enquantor ~

(7)

III.2 A natureza eletria da atmosfera

Otermoeletriidadeatmosferianaseu doesforo

primordial de estudar a omponente eletrostatia do

ampogeoeletromagnetio.

Antes da era espaial, experimentos em bal~oes

in-diavam a exist^enia de um \apaitor atmosferio",

onstitudo por uma eletrosfera (70 150 km de

altitude), a superfie ondutora da Terra, e o ar

entre essas \superfies". Atualmente, pesquisa-se

um sistema mais omplexo, onstitudo de ampos

eletrios planetarios (onsiderar um regime de baixas

frequ^enias). Como a atmosfera e eletriamente

on-dutora, um ampo eletrio, para ser mantido, deve

ser provido por foras n~ao{eletrias. Os meanismos

basioss~ao:

Intera~aodoventosolaromamagnetosfera;

Intera~ao dos ventos de mare om o plasma

ionosferionaregi~aododnamoionosferio;

Tempestadeseletriasnaparteinferiorda

atmos-fera.

III.2.1 Campos eletrios planetarios

AestruturaeletriaqueenvolveaTerra

arateriza-sepelaexist^eniadosseguintesamposeletrios:

1. Campoeletriointerplanetario

O vento solar ebasiamente um plasma

perme-ado por um ampo magnetio. Um observador

em movimento relativo a esse plasma sentira o

seguinte ampo:

~

E= ~

V ~

B

h

; (14)

em que ~

V e a veloidaderelativado observador

omrespeitoaoplasma; ~

B

h

eoampodeindu~ao

magnetiaheliosferia.

2. Campoeletriodeonve~ao

O ampo eletrio de onve~ao e um ampo

eletrioquase-estatioedegrandeesalaque

exis-tenamagnetosferaterrestre.

Teoriaspropostas:

1. Arrastovisosodo plasmada magnetosfera pelo

ventosolar. Issoriaumuxodeplasmanaauda

damagnetosfera, queorigina um ampoeletrio

(Fig.5):

~

E =

~

V

~

B: (15)

Figura 5. Esquematiza~ao doarrasto visoso(vista

detopodoHemisferioNorte).

2. O proesso de reonex~ao magnetosferia (fus~ao

doampogeomagnetioomoampomagnetio

interplanetario) permite a inu^enia do ampo

eletriointerplanetario nointeriorda

magnetos-fera. Isso origina o movimento onvetivo do

plasmamagnetosferio(Fig.6),regidopor:

~

E

i =

~

V

s

~

B

i

: (16)

Figura6. Esquematiza~aodomovimentoonvetivo

doplasma magnetosferio(vistaomumorte

meri-dional).

Emperodosmagnetiamente almos (ndie

ge-omagnetio kp 2), a magnitude do ampo

eletrio,kEk,edeaproximadamente0;3mV =m

(milivolts/metro).

3. Campoeletriodepolariza~ao:

Amedidaqueoplasmadaaudaaproxima-seda

Terra,ganhandoenergiaomoaumentoda

inten-sidade do ampogeomagnetio, a deriva devida

ao gradiente deB torna-se importante no

movi-mento,detalformaqueastrajetoriasdederivade

protons eeletrons s~ao separadas. Issogera uma

separa~ao de argas (onstituindo a amada de

Alfven), queresultaemumampoeletrio. Esse

ampoeletrioenosentidorepusulo-alvorada,

para blindar a plasmasfera do ampo eletrio

de onve~ao. A amada de Alfven depende

da ondutividade da ionosfera e da energia das

(8)

4. Campoeletriodepenetra~ao

Esteampoeletrioresultadodesbalaneamento

do ampo eletrio de onve~ao e do ampo

eletrio de polariza~ao. O meanismo de

trans-fer^eniaparabaixaslatitudesn~aoestaaindabem

onheido.

5. Campoeletriodeo{rota~ao:

Admitindo-se que a ionosfera e altamente

on-dutora, rigidamente aoplada a atmosfera e

en-volvidapor um plasmaondutor, aongura~ao

total do ampo geomagnetio tendera a girar

rigidamente om a Terra. Campos eletrios (e

magnetios)emsistemasrefereniaisde

movimen-tos n~ao-relativstioss~aodadospelarela~ao:

~

E ?

= ~

E+ ~

V ~

B; (17)

~

B ?

= ~

B; (18)

emqueosmbolo?refere-seaosistemaem

movi-mento eaaus^eniadesse smboloidentiao

sis-temaemrepouso. Aveloidadezonaledadapor:

V

=!

t

Ros(); (19)

emqueealatitude,!

t

eaveloidadeangularde

rota~ao,eRadist^aniaradialaoentrodaTerra.

Issoimpliaoampoeletriodeo{rota~ao:

~

E

= !

t

RB os() ^

R; (20)

6. Campo eletrio do dnamo ionosferio (almo e

perturbado):

Odnamoionosferioeonsequ^eniadainu^enia

do Sol e da Lua na atmosfera terrestre. O Sol

atuabasiamenteporaqueimentodaamadade

oz^onioevapord'agua,eaLuaatuaemfun~aoda

atra~ao gravitaional. O Sol e aLua produzem

foras osilatoriasnaatmosferaom perodosde

fra~oesdodiasolar(24h)edodialunar(24;8h).

Essas foras d~ao origem a movimentos do ar

neutro (ventos de mare), fundamentalmente na

dire~ao horizontal. O movimento do ar atraves

das linhas de ampogeomagnetiogeram foras

eletromotivas que produzem orrentes eletrias

(Fig. 7) em altitudes em que a ondutividade

eletriaeapreiavel(prinipalmente naregi~aoE

ionosferia). Por ausa das varia~oes da

on-dutividade na vertial e na horizontal, as

or-rentes n~ao podem uir livremente em todas as

dire~oes e, deste modo, polariza~oes s~ao

estabe-leidas. A regi~ao do dnamo estende-se

prati-amente de 90 a 150km de altitude. A ordem

de grandeza do ampo eletrio e de 1 mV/m.

Quanto a intensidade relativa, kE

lunar

k 5%

da k E

solar

k. Perodos magnetiamente

per-alteradosdeE. Odnamoperturbadoe

estabele-idopelas perturba~oes dosventos termosferios

produzidosporaqueimentoauroral.

Figura7. Dnamoionosferio. Representa~ao

simpli-adadomeanismodeuxodeorrentedodnamo

ionosferio.

7. Campoeletriodabaixaatmosfera:

Nabaixaatmosfera(altitudesH/70km),existe

umampoeletrioquase-estaionarioomsentido

vertialeparabaixo,quebasiamenteoorreem

regi~oesdoeulimpo,denominadoampoeletrio

de tempo bom. A diferena de potenial entre

aeletrosfera e asuperfieda Terrae da ordem

de 300 kV. A densidade de orrente eletria e

deaproximadamente 210 12

A=m 2

ea

om-ponente vertial do ampo eletrio e, no solo,

da ordem de 100V =m. Atribui-se as nuvens

umulonimbus, oorrendo em varias regi~oes do

globoterrestre,araz~aoparaamanuten~aodessa

diferenaonstantedepotenial. As

Cumulonim-bus s~ao nuvens que se apresentam omo

estru-turas eletrias intrnseas, podendo onter

ar-gaseletriasde elevado valor. Essaompreens~ao

fsialevaaproposi~aodooneitodeumiruito

eletrioatmosferioglobal.

IV Elementos do iruito

eletrio atmosferio global

A atmosfera da Terra mostra{se omo um iruito

eletrio omplexo [5,6,7℄. A parte desse iruito

ana-lisada aqui e a por~ao mais proxima da superfie

( 150km). Essaregi~aorevela{seomo um apaitor

esferio, onde a ionosfera e a superfie externa

ar-regadapositivamente,enquantoasuperfiedaTerrae

a esfera interna on^entria a primeira, arregada

ne-gativamente, sendoanuvem de tempestade ogerador

que ageno sentidode manter a arga negativada

es-ferainterna, ontribuindopara amanuten~aodas

ar-gaspositivasnaesferaexterna. Essaidealiza~aoreebe

(9)

Figura8. CiruitoEletrioAtmosferioGlobal.

A radia~ao eletromagnetia inidente ioniza a

at-mosferaterrestre,denindoumaregi~aoaltamente

ioni-zada|aIonosfera|,loalizadaaproximadamente

en-tre70e1000km. AIonosferamostra{sepositivamente

arregadaeasuperfiedaTerra,negativamente,oque

daorigemaumampoeletriovertialapontandopara

baixo. Ovalordesseampoproximoaosoloedeera

de100V/m. Aatmosferaontidaentreessasregi~oese

uma misturahomog^eneadegases(Nitrog^enio75%e

Oxig^enio24%),n~aoonstituindoumisolanteeletrio

perfeito. Esserelativoaraterondutorpermiteouxo

de uma orrenteeletria deima parabaixo, deera

de 210 12

A/m 2

, que integradapara toda aTerra,

resulta umaorrenteda ordemde 1kA. Essaorrente

eletria de tempo bom anularia a diferena de

poten-ialionosfera{soloemumtempoestimadode10

minu-tos. Noentanto,essadiferenadepotenialsemantem,

sendo as nuvens umulonimbus identiadas omo as

prinipais responsaveis pela manuten~ao dos

poteni-ais. Elasatuamomoumgeradoreletrio,reompondo

asargasnaatmosfera. Orel^ampago,aomesmotempo

que e um efeito, tambeme um agente desse proesso

eletrodin^amiodetransfer^eniadeargasedeenergias.

IV.1 A eletria~ao das nuvens

A eletria~ao das nuvensresulta dasepara~ao de

argaseletriasesuasegrega~aonoespaopelos

movi-mentos do ar e de partulas supensas. Os

meanis-mos envolvidosnessa eletria~ao apoiam{se nas

teo-riasdearregamentoporpreipita~aoeporonve~ao.

No entanto, o meanismo que predomina ou a

pro-por~aoomqueadaumatuaaindan~aoestadenido.

Paraesseentendimentos~aoneessariaspesquisassobre

variospar^ametrosimportantes,omoamposeletrios,

argas eletrias,movimentos doar,preipita~ao,

om-portamentodosrel^ampagos,et. Esseentendimentoda

eletria~ao das nuvens depende da analise de

aspe-tos marosopios e mirosopios e tambem dos

de-senvolvimentosdin^amios.

IV.1.1 Teoriaspara a eletria~ao das nuvens

Grosso modo, a estrutura eletria das nuvens

u-eletrio vertial om o entro de arga positiva

prin-ipalna parte superior, aima de um entro de arga

negativa. Haaproposi~aodeumentro seundariode

argaspositivasabaixo deentro de argasnegativas.

Duas explia~oes para a ria~ao e manuten~ao dessa

estruturaeletrias~ao:

1. A hipoteseda preipita~aoonsiste naaquisi~ao

de argas eletrias negativas por hidrometeoros

e seu movimento desendente, devido a atua~ao

gravitaional,omrespeitoaspartulasmenores

(maisleves)positivamentearregadas. Nessa

teo-ria,hadoismeanismosmirosopiosde

arrega-mento asereminvestigados: (a) transfer^eniade

argaporindu~ao eletriae(b)transfer^enia de

argapormeiode olis~oes entre granizo,saraiva

eristaisdegelo.

2. Ahipotesedaonve~aoonsistenotransportede

argaseletriaseseuaumuloseletivoemregi~oes

espeasda nuvem. As argas eletrias

pode-riam ser provenientes do movimento onvetivo

dasargasespaiaisdoefeitoorona(argas

libe-radas na superfiepelo efeito das pontas) e/ou

das argas espaiais assoiadas aos meios om

ondutividadeseletriasdiferentes.

IV.1.2 Outros aspetos da eletria~ao das

nu-vens

A tenia de observa~ao pelos radaresdoppler das

Cumulonimbus revela{se util para a identia~ao dos

movimentos interiores nas nuvens. Busa{se

rela-ionar os lugares de maior reetividade om aspetos

daoorr^eniade desargas eletrias(loaliza~ao, taxa

temporal, et). De formaauxiliar, observa~oesin situ

ontribuempararevelaranatureza,tamanhoe

quanti-dadede arga eletriadasnuvens edas preipita~oes.

Outra tenia que permite ompletar a ompreens~ao

daeletria~aodasnuvenseainvestiga~aodosampos

eletriosinternosenasvizinhanasdasnuvens

eletri-adas. Noentanto, essas medi~oest^em mostrado

on-sideravelvariabilidade.

Em tempo bom, o ampo eletrio esta orientado

vertialmente parabaixo. Comapresenadas

Cumu-lonimbus, o ampo apresenta uma varia~ao assoiada

auma onforma~ao multipolar de argas. Proximoa

superfie,emumaregi~aodelgada(H/100m),as

ar-gasespaiais,devidoaoefeitooronaafetamessevalor

deampoeletrio. Camposeletrioshorizontais

tran-sientes observados em baixo das Cumulonimbus t^em

sidoatribudosaargaspositivasdepositadasnas

pre-ipita~oes pelos rel^ampagos. Investiga~oes

experimen-taisrevelamqueoentrodearganegativo,naparte

in-feriordaCumulonimbus( 3a 12 o

C),emaisdenido

e disp~oe{se em uma distribui~ao mais horizontal. Ja

(10)

deblindagem, istoe,argasespaiaisaumuladas, nas

fronteirasdanuvem deorrentedamudanade

ondu-tividadedomeiofsio.

As emiss~oes em radio{frequ^eniaassoiadasom a

ruptura dieletria e do proesso de desarga eletria

na Cumulonimbus s~ao observadas em uma parte

am-pladoespetroderadia~ao,de varioskHzamaisque

10GHz. Os meanismos propostos omo produtores

dessasemiss~oess~ao:

1. aelera~aodasargasnapontadosanaisem

de-senvolvimento;

2. tortuosidades de pequenas esalas do anal do

rel^ampago;

3. ramia~oes de pequena esala no

desenvolvi-mento das estruturas do anal tanto dentro

quantoforadaCumulonimbus;

4. intera~oes eletrias entre as partulas

preipi-tantes.

Umdosinteressespara adete~aodessasemiss~oese

queelaspermitemidentiarasregi~oesfontese

investi-garasestruturaseletriaseapropaga~aodasdesargas

eletriasassoiadasasumulonimbus.

Ostrov~oesqueaompanhamosrel^ampagosemuma

nuvem umulonimbus resultam da rapida expans~ao

do ar aqueido na passagem da orrente eletria. O

som araterstioe variadodesses trov~oes deorreda

posi~aodas partesdoanal queoproduzem, relativas

aoobservador;dearaterstiastermodin^amiasda

at-mosfera;edeobstaulosasuapropaga~ao. Parase

es-timar adist^ania (em quil^ometros)de um rel^ampago,

umaregrapratiaeoobservadoremquest~aodividiro

tempo deorrido entre o brilho perebido eo som

ou-vidopor tr^es(otempodevesertomadoemsegundos).

Emareasabertas,esseproedimento podeauxilia-lo a

ter umaperep~aomnimadoperigoaque podeestar

exposto.

IV.1.3 Eletria~aode nuvens emoutros

plane-tas

Evid^eniasderel^ampagost^emsidoidentiadasna

atmosfera tanto de V^enus quanto de Jupiter. Essas

onstata~oessed~aopormeiodomonitoramentode

lu-minosidadestransientes;deemiss~oeseletromagnetias;

e da presena de ondas que afetam o omportamento

de partulas eletrias ao longo de linhas de ampo

magnetioplanetario. Apossibilidadededisporde

in-forma~oes das ondi~oes ambientais planetarias e,

as-sim, omparar as informa~oes das desargas eletrias

planetarias om os par^ametros terrestrese muito

ins-tigante para o onheimento das estruturas de

nu-vem e dassuas eletria~oes. Nosproximosanos,

es-sasinforma~oesplanetariasdever~aoseroletadasmais

pratiaseratestarosmodelosfsiosriadospara

estu-darastempestadesseverasnaTerra.

A fsia dos rel^ampagos

Comapossibilidadededete~aodosrel^ampagosem

bases ontnuas, de forma mais eiente, e

geogra-amente abrangentes, o fen^omeno rel^ampago omea

a ganhar ^enfase prinipalmente omo um elemento

traadoratmosferio,poisrelaiona-seaaraterstias

meteorologias(porexemplo: profundidade danuvens

umulonimbus)eapropriedadeseletrodin^amiasda

at-mosfera(porexemplo: ondutividadeeletria). Varias

areas de pesquisa (omo aFsia, as Ci^enias

Espai-ais, aMetereologia,aEngenhariaApliada, et.) t^em

desenvolvido novos planos de investiga~ao, pois esse

fen^omeno,que se areditavaalgobem onheido, tem

reveladoaspetosinusitados (veraSe~aoV).

Aumen-taram,assim,asmotiva~oesparapesquisasdedete~ao

onjuntasomradares,satelites,monitoramento

obser-vaionaldesuperfie,et. Apossibilidadedeusoinlui

analisesdaevolu~aodastempestades,severidade,o

de-senvolvimentodemodelagens,et.

Osrel^ampagost^emumagrandeimport^aniana

na-tureza e no ambiente humano, fomentando pesquisas

sobre o iruito eletrio atmosferioglobal e,

partiu-larmente, sobre asatividades eletriasdas nuvens

u-mulonimbus. ^

Enfase maioredada a investiga~ao dos

meanismos eletrios e dos proessos eletrodin^amios

relaionados aos rel^ampagos devido ao proposito de

aplia~oes tenologias e de segurana, pois essas

desargastransportamgrandequantidadedeenergiae

ausam efeitos eletromagnetios, destrui~oes emortes.

Pela sua loaliza~ao geograa e extens~ao territorial,

o Brasil apresenta grande oorr^enia de rel^ampagos,

propiiandoondi~oes deumimensolaboratorio

natu-ral.

IV.2.1 Aspetohistorio

A mais antiga refer^enia ienta identiando a

exist^eniadeumaeletriidadeatmosferiaesuarela~ao

omosrel^ampagospareeserde1708. Aposisso,esse

interesseomeouaseespeializar.

Muitos pensamque foi o losofo e ientista

norte-ameriano Benjamin Franklin aprimeira pessoa a

re-alizar um experimento em que se observasse fagulhas

devidasaeletriidadeassoiadaasnuvens. Elefoi

pre-edidopelo pesquisador fran^esD'Alibard(1752). Um

m^es depois, em vez de usar uma haste metalia om

um o aterrado omo no experimento fran^es,

Ben-jaminFranklinobtevesuessoempinandoumpapagaio.

Issopermitiu estabeleerientiamenteapresenade

eletriidadenasnuvensde tempestade. Franklin

suge-riu ouso deondutores para apreven~aoda desarga

eletria. Emprosseguimento aesses estudos,deforma

independente,ospesquisadoresLemonniereDeRomas

(11)

Esses resultados evideniaram a eletriidade

asso-iada a nuvens umulonimbus, a possibilidade de se

onstruir um aminho ondutor para esoamento da

desargaeletriaeaexist^eniadeumregimedeampo

eletrio na atmosfera. Isso riou toda uma area nova

de estudos nas geoi^enias, pois, alem da uriosidade

ienta,essaserevelavaumassuntopreoupante

pe-losefeitosdanososdofen^omeno.

IV.2.2 O rel^ampago

De uma forma geral, os rel^ampagos onsistem

de uma desarga eletria transiente de elevada

or-rente eletria atraves da atmosfera. Em geral, essas

desargas s~ao onsequ^enias das argas eletrias

au-muladas ( 10{100 C) nas umulonimbus e oorrem

quando o ampo eletrio exede loalmente o

isola-mento dieletriodoar(>400kV/m).

Osrel^ampagospodemserlassiadosquantoa(a)

origem e ongura~ao, (b) multipliidade (numero de

desargasque oonstitui), e() suapolaridade(arga

eletriaassoiada).

Quantoaformadeoorr^eniaeongura~ao(a),os

rel^ampagoslassiam{se em rel^ampagosnuvem{solo,

solo{nuvem,entre{nuvens,intranuvens,horizontais(ao

projetarem{seeterminaremomoquenoespaovazio

lateralanuvem),eparaaestratosfera(Fig. 9).

Figura 9. Classia~ao dos rel^ampagos quanto a forma

deoorr^enia. Umavis~aosimpliada dalassia~ao dos

rel^ampagosquantoaformadeoorr^enia.

Embora n~ao sejam os mais abundantes, os

rel^ampagos nuvem{solo eram anteriormente os que

mereiam maior aten~ao nas pesquisas, devido aos

prejuzos materiais queausavamou aos risosa vida

que inigiam. No entanto, devido aos avanos

te-nologios que tornaram, por exemplo, as aeronaveis

mais susetveis a inu^enia eletria ou

eletro-magnetia, todasasformas de manifesta~ao omeam

areeberigualaten~ao. As outrasformasn~ao s~ao t~ao

bemonheidasquantoasnuvem{solo.

Quantoamultipliidade(b),osrel^ampagosnuvem{

solo s~ao formados, em geral, de uma unia desarga

eletria (denominadadesarga de retorno); porem

po-onseutivas. Tais desargas perduram por 10{200

mirossegundos e apresentam-se separadas no tempo

porumintervaloaproximadode3a500milissegundos,

ujovalortpioeemtornode40milissegundos.

Quanto a polaridade, um rel^ampago que se iniia

emumaregi~aodeargasnegativasedenidoomoum

rel^ampago de polaridade negativa; se em arga

posi-tiva, um rel^ampagopositivo; e seapresenta desargas

multiplasomambaspolaridades,umrel^ampago

bipo-lar. Oproessofsioassoiadoamanifesta~aode

po-laridadee mais sutil do que se pode pereber

iniial-mente,devidoaignor^aniadedetalhesfsiosdo

trans-porte de argas, traduzida vagamente nas express~oes

\transportedeargasefetivo",\redu~aodeargas

efe-tiva",\neutraliza~aodeargasefetiva" ou\transporte

deargasefetivo".

IV.2.3 Analise de um rel^ampago nuvem{solo

negativo

De uma forma geral, paree oorrer uma ruptura

dieletria preliminar na partebaixa danuvem; segue{

seodesenvolvimentodeumlder esalonado(desarga

quepreede eria oanal dorel^ampago);proximoao

solo asende uma desarga onetante, que ompleta

o anal; e resulta ent~ao uma desarga de retorno, de

neutraliza~ao das argas. Em geral, quando oorrem

desargas subsequentes, as desargas de retorno s~ao

iniiadas por um lder ontnuo e pouas vezes om

ramia~ao. Algumas vezes, uma orrente ontnua

sustenta{se pelo anal ionizado. O aumento da

lu-minosidade do anal aompanhado por uma rapida

varia~aodoampoeletrio,queasvezesaontee,e

de-nominadoomponente M.O denominadoproessoKe

geralmenteinterpretado,emboraexistamontroversias,

omo uma pequena desarga de retorno que oorre

quando adesarga propagante, dentro da nuvem,

en-ontra um bols~ao de argas de sinal oposto. O

pro-essoJseriaumalentadesargapropagantequeiniiou

oproessoK.

A fsia da rupturadieletriapreliminaraindan~ao

eentendida, seeque ha umunio e bem identiado

evento.

O lder esalonado move{se apassos suessivos de

10 a 200 m de omprimento, om um valor tpio de

50m. Existempausasentre ospassosde

aproximada-mente 50 mirossegundos, variando de 30 a 120

mi-rossegundos. A veloidade do lder varia de 10 5

a

310 6

m/s,omumvalortpiode310 5

m/s. Podem

oorrer100oumaispassoseolderdispendeemtorno

de 10 milissegundos para alanar o solo partindo da

base danuvem. A argado lder estaontidaem um

analomodi^ametrode1a10meapresentandouma

densidade de arga distribuda quase uniformemente,

valor em torno de 10 3

C=m. A densidade de arga

doslderesesalonadosealtamentevariaveleestimada

nointervalo de 10 5

a210 3

(12)

pro-de arga negativa s~ao distribudos ao longo do anal,

ques~aoneutralizadospeladesargaderetorno.

Adesargaonetantesurge quandoolder

esalo-nadoaproxima{sedealgumobjetoondutor, talomo

uma arvore, ummonte de terra, atorrede uma linha

de transmiss~ao, et., pois o ampo eletrio produzido

pelaarganolderpodeserintensiadopeloobjetoe

dar origem auma desarga a partirdo objeto. Nesse

instante o iruito eletrio e formado e uma desarga

deretornotemorigem,\esoando" ou\neutralizando"

aargaeletriaassoiadaaoanal.

IV.2.3 Considera~oes sobrea nomenlatura

Emgeral,odomniodeumtopiodepesquisaesta

assoiadoaumanomenlaturalara,onsistentee

om-pleta. A falta dessa nomenlatura no vernaulo ou

traduz uma fenomenologia nova oulaunas nas

inves-tiga~oesdeumaomunidadeienta. Como

~oesbasiasnoBrasil,relaionam{se:

Rel^ampago: designa~aodoproessodedesargas

at-mosferiasompleto.

Raio: designa~ao oloquial para o aminho luminoso

da desargaatmosferia,asvezesutilizada,mais

formalmente,paradesignaruma desargaparao

solo.

Trov~ao: designa~ao do efeito sonoro da desarga

eletria atmosferia, devida a expans~ao abrupta

doaraqueidopeladearga.

Noentanto,hauma nomenlaturamaisextensana

literaturainternaional,em geralde arateranalogio,

para as manifesta~oes dos rel^ampagose muitasainda

sem equivalentes no vernaulo. Isso e onsequ^enia

da falta ou da poua observa~ao visual do fen^omeno

no Brasil e de uma doumenta~ao sistematizada.

Apresentam{se,aseguir,algunstermosusados:

Desarga aerea: umadesargaquen~aoseonetaao

solo.

Sheetlightning: rel^ampago que visualmente se

mostralaminar.

Heat lightning: rel^ampagoquen~aoevistoououvido

devidoadist^ania daumulonimbuseseriauma

oorr^eniaomumduranteover~ao.

Roketlightning: uma longa desarga aerea que

lembraotrajeto deumfoguetenoeu.

Spider lightning: umrel^ampagoaereolongo

apresen-tandomultiplasramia~oes(rel^ampagoaranha).

Presentefrequentementesobnuvensestratiformes

tais omo as que aompanham sistemas

onve-Forked lightning: rel^ampagonuvem{soloqueseabre

emramia~oesqueseonetamaosolo.

Ribbonlightning: rel^ampagos de multiplas

desar-gas em que elas oorrem em posi~oes levemente

alteradasdevidoaovento.

Bead lightning: rel^ampago que se mostra om

al-tern^ania ao longo do anal de regi~oes laras e

esuras,omosefossemontasemumolar.

Ball lightning: rel^ampago{bola e o rel^ampago de

formaaproximadamenteesferiaquedesloapela

atmosfera, aparentemente desonetado de uma

fonte de arga. N~ao hauma provavisual inequ

voa dasuaoorr^enia, emborasejam muitosos

relatos. As explia~oesfsias aindaest~ao sendo

disutidas.

Quantoaategoriadosrel^ampagosemonex~aoom

osolo,elespodemserlassiadosomo:

Rel^ampagosnaturais: rel^ampagosqueoorremsem

envolver nenhuma estrutura ou interven~ao

hu-mana.

Rel^ampagosartiialmenteinduzidos: rel^

ampa-gosqueoorrem devidoaestruturasonstrudas

ou por interven~ao humana, omo, por

exem-plo,rel^ampagosassoiadosaestruturasartiiais

muitoaltas,aaeroplanoseafoguetes.

V Assuntos de pesquisa da

eletrodin^amia atmosferia

O ampo de pesquisa sobre as desargas eletrias

at-mosferiastem{sedemonstrado muito rio de

aborda-gens epromissor em termos de aplia~oes [9-13,7℄. O

ensinodessaareadei^enianoBrasilpreisasermenos

equivoadonoentendimentodosfen^omenos(omo,por

exemplo, em livrosesolares, aarma~aoinorreta de

queosrel^ampagossurgemda olis~aodenuvens),mais

apto na apropria~ao dos temas e mais pronto nos

de-senvolvimentos. Paraisso,algunstopiosdepesquisas

reentes ser~ao relaionados, om o m de motivarem

pesquisasinovadoraseessasseremdeauxlioao

desen-volvimento dedomniotenio{iento.

V.1 Modelos para a eletrodin^amia

at-mosferia

Nos ultimos 30 anos, inumeros modelos t^em sido

desenvolvidos para entendimento do omportamento

eletrodin^amioatmosferioonernenteaoCEAG.

En-tre esses modelos, alguns lidam om situa~oes

es-peasebusamanalisaradistribui~aodeargas,os

ampos eletrioseosrel^ampagos.

(13)

Emgeral,paraaobten~aodeummodeloparaa

tra-jetoriaeomportamentodorel^ampago,assume-sequeo

LderEsalonadoprogridenadire~aodoampoeletrio

( r,queeogradientedopotenialeletrio)existente

na frente desse lder. De aordoom o grau de

om-plia~ao e realismo da simula~ao numeria, fazem{se

aproxima~oesnoformalismoadotado. Considerando-se

queosamposmagnetiosgeradospossam ser

deson-siderados, queaondutividadeeletriadaatmosfera

euma grandezaesalarequereseexponenialmente

om a altura, que a orrente eletria obedee a lei de

Ohm simpliada, e tendo a ionosfera e o solo omo

ondi~oesdefronteiras,tem-seaseguinteequa~aopara

opotenialesalar:

1

T

r

2

0

r 2

+2K

z

= 1

0 rJ

s

; (21)

em que

T

tempoaraterstiodoproesso;

0

permissividadeeletriadoespaolivre;

0

tempoderelaxa~aoeletriodoar;

K onstantequerepresentaesaladealturada

ondu-tividadeeletria;

J

s

densidadesuperial deorrentedasargasfontes.

Esse potenial permitira determinar o ampo eletrio

~

E= r.

Os rel^ampagos aonteem em um tempo

ara-terstio

muito pequeno (< 1 s); assim, em uma

simplia~ao,sooprimeirotermo doladoesquerdoda

Equa~ao 21preisa seronsiderado. A equa~ao

resul-tanteeasolu~aooulombiana.Aestasolu~aoadiiona{

se a solu~ao da Equa~ao 21 antes da oorr^enia da

desarga eletria,omo uma ondi~ao iniial, que

or-respondeaoproessodesepara~aodeargasnanuvem.

Estaondi~aoiniialeobtidaonsiderando-seapenaso

segundotermo doladoesquerdo daEqua~ao21. Esta

solu~ao ombinada permite estabeleer uma analise

eletrodin^amia da atmosfera e,em partiular, simular

atrajetoriadorel^ampago.

V.1.2 Modelos eletrodin^amios

Os difentes modelos para a eletrodin^amia

at-mosferias~aoapresentadosaseguir.

O trabalhodesenvolvido por Anderson and Freier,

em 1969, estabeleeu o formalismo teorio (omo na

Se~ao V.1.1) neessario para estudar a trajetoria do

rel^ampago na atmosfera. Considerando-se as rapidas

altera~oes assoiadas ao rel^ampago omparadas om

a situa~ao quase estaionariada atmosfera, nesse

tra-um dipolo vertial om uma atmosfera om

ondu-tividade onstante om a altura e om uma

ondu-tividade que aumentava exponenialmente om a

al-tura. Tambem se analisaram as mudanas de

poten-ialeletrioduranteaasens~aodasargaspositivasda

partebaixa daatmosfera,queeventualmente

neutrali-zamasargasdoentropositivomenornabaseda

nu-vem. Com esse modelo obteve-seum meanismo

on-vetivo que expliava o arregamento regenerativo da

umulonimbus.

Takagi eolegas, em 1986,onsideraramuma

on-gura~aovertialeinlinadaparaodipoloeletriodas

umulonimbus. Elesalularamapropor~aode

desar-gaspositivasom rela~aoao totaldelas. Nesse

mode-lo, onsiderou{se que o lder esalonado iniia{se em

umilindro innitodeargaseprogridenadire~aodo

gradientenaponta dadesarga,emuma atmosferade

ondutividadeeletriaonstante. Conseguiu-se,assim,

ummeanismoque expliavaasaltasperentagensde

rel^ampagosemlatitudesmediasdoHemisferioNorte.

Dellera e Garbagnati, em 1982, onsideraram o

rel^ampago a aproximadamente 1km aima do ponto

deinid^enia nosolo. Analisaram-seapropaga~aodos

anaisiniialmente vertiaisderel^ampagosnegativose

oinioeapropaga~aodeanaisasendentespositivos

(desargasonetantes)apartirdeestruturaselevadas

nosolo. Usaramu{seum anelunipolar deargas para

modelo da nuvem, segmentos lineares de argas para

osanaisdesendenteseasendentes,eargaspontuais

ou lineares para as estruturas aterradas. Esse foi um

estudovoltadoasaplia~oesdeengenhariaeletria.

Kawasakieolegas,em1989,apliaramumaanalise

frataleimplementaramomodelodeDellerae

Garbag-nati, onsiderando uma erta tortuosidade e

rami-a~aoomoaraterstiasrepresentativasdoanaldo

rel^ampago. Esses trabalhos permitiram avaliar a

ex-posi~ao de estruturas loalizadas em regi~oes planas e

emondi~oesorograasmaisompliadas.

Takeutieolegas,em1993,apresentaramuma

abor-dagem empria diferente para alular o aminho do

rel^ampagonaatmosfera. N~aoseonsiderouanatureza

eletriadofen^omeno;poremuma naturezaestatstia.

Desenvolveu{se um tratamento estatstio em que o

aminhodorel^ampago,abaixo danuvem ateosolo, e

modeladoombasenaanalisedefotograas. Esse

tra-balhoanalisouaei^eniadeblindagensporestruturas

elevadas,omotorresmetalias.

Mendeseolegas,em1996, desenvolveramum

mo-delosimilar aomodelodeTakagi; poremonsiderando

ondi~oes mais realistas. Utilizaram{se esferas nitas

dearga para modelo danuvem euma ondutividade

eletriaexponenialmenteresenteomaalturana

at-mosfera. Esse trabalho mostrou que essa

ondutivi-dade, de aordo om os modelos padronizados de

at-mosfera,tambem ontrolaaoorr^enia de rel^ampagos

(14)

perenta-numeriosest~aoemonord^aniaomosvalores

experi-mentaisobtidosnoBrasil. Assim,essetrabalhoestende

os resultados do modelo de Takagi e olegas (inlui o

HemisferioSul)eexpliaoomportamentodas

desar-gasparalatitudesmaisbaixas. AFig.10apresentaum

esquemadasimula~aodolderesalonado.

Figura10. Esquemadesimula~aodolideresalonado.

Tais modelos, onsiderando-se suas bases teorias

e experimentais e levando-se em onta suas

ara-terstias distintas, apontam para a onveni^enia e a

viabilidadedesebusarmodeloseletrodin^amiosada

vezmaisrealistas. Alemdepermitirumamelhor

om-preens~aoientadofen^omeno,osmodelospoder~aoser

degrandeutilidadepratiaemtermosdeengenhariae

desegurana.

V.2Oaoplamentoeletrodin^amioda

at-mosfera

Aomunidade ientafoisurpreendida,pormeio

deevid^eniasirrefutaveis,omoaoplamentoativoda

troposfera om a media e alta atmosferas. Embora

desde 1886 existissem testemunhos, relatados em

re-vistasdemeteorologias,defen^omenosqueoorriamde

formaestranhanastempestadeseletrias,somente em

1989umgolpedesorteduranteotestedeuma^amera

sensvel a baixa luminosidade, que iria voar em um

foguete,oloouemdisuss~aoobalanorealdeenergia

entreasregi~oesdaatmosfera.

Cientistas daUniversidade de Minnesota, USA,

li-deradospeloGeofsioEspaialDr. JohnR.Winkler,

doumentaramumestranhobrilhooorrendoaimade

umulonimbus. Eraoiniodeumapesquisasobreum

fen^omenoquen~aopareiaserummerorel^ampago,mas

queestavaassoiadoastempestadeseletrias.

Atualmente,umvariadoonjuntodefen^omenos

lu-minosos transientes assoiados a rel^ampagos, ou, no

mnimo,astempestadeseletrias,foiidentiado. Ateo

momento,esseseventosest~aolassiadosem: sprites,

jatos azuis, elves, halos de sprites, trolls e surtos de

raiosgama. AFig.11apresenta,deformaesquematia,

exemplosdoseventosluminosos assoiadosas

tempes-Figura11. Exemplosdeeventosluminososassoiadosa

tempestadeseletrias.

V.2.1 Oseventos luminosos transientes

Sprites: OsSpritesouredspritess~aofen^omenos

lumi-nososquepodem seestenderde95km atemenos

que 30km de altitude. Analises indiam que

eles iniiam usualmente entre 70 e75km,

desen-volvendo, em ambas as dire~oes, veloidade de

10 7

m=s. Eles perdurampordezenas de

milis-segundos; embora os elementos mais brilhantes

duremapenas pouos milissegundos. Os sprites

quase sempreseguem rel^ampagos nuvem-solode

polaridade positiva, dentro de uma defasagem

temporal de menos que 1s a mais que 100ms.

Essefen^omeno tem oorrido tipiamente

assoi-ado om amplas tempestades eletrias,

espeial-mentenaquelas queapresentamuma substanial

regi~aodepreipita~aoestratiforme.

Elves: Oselvess~aoperebidosomoestruturas

quase-toroidais em expans~ao. Doumentou-se o seu

alargamentohorizontal etambemuma expans~ao

para baixo.

E um fen^omeno relativamente

bri-lhante (1000kR) e de dura~ao menor do que

500ms. Eles seguem por aproximadamente 300

ms om respeito a rel^ampagos nuvem-solo

in-tensos (orrente eletria > 100kA), a maioria

ompolaridadepositiva. A teoriapropostapara

seumeanismoeque os pulsos eletromagnetios

dosrel^ampagosinduzemumbrilhotransiente na

ionosferaentreasaltitudesde80e100km.

Halo de sprites: Oshalos de spritespareemserum

brilhodifuso naformade disoquepreedemos

sprites, duram em torno de um milissegundo e

lembram superialmente os elves. Apresentam

estruturas usualmente menores do que 100km e

propagam-separa baixo de 85 a70km. Os

(15)

Jatos azuis: Os jatos azuis s~ao jatos de luz que

emergem do topo de tempestades eletriamente

ativas. Propagam para ima om veloidades

de100km/s, atingindoaltitudesterminais de

40 km. Seu brilho estimado e da ordem de

1000 kR. Esses jatos n~ao pareem assoiar{se a

rel^ampagosnuvem-soloespeos;noentanto, a

atividadeeletriapareeessarporalguns

segun-dosaposaoorr^eniadeumjatoazul. Examina{

se a assoia~ao om tempestades que produzem

granizo.

Trolls: Os trolls lembram superialmente os jatos

azuis, embora laramente dominados por uma

emiss~aoavermelhada. Elespareemoorrerapos

umspriteintensoujasramia~oesestenderam{

se para baixo ate o topo das nuvens. Os trolls

exibem umaluminosa \abea" afrente deuma

\auda" de luminosa fraa e movem{se para

ima iniialmente a 150 km/s,

desaelerando-segradualmente,edesapareendoemtornode50

km.

Surtos de Raios Gama: Surtos de Raios gama t^em

sido observados no solo durante tempestades

eletrias. T^emsidoperebidos2tiposdeeventos.

Umdelesmostraumlentoaumentode radia~ao,

omfotonsdeenergiasate3MeV ,eduraporuma

horaoumaisantesdedeairlentamente. Aausa

sugeridas~aoosaerossoisradiativosnaspartulas

preipitantes na huva. Superposto a essa

ra-dia~ao gradual haum surto impulsivode fotons

de mais alta energia (ate 10MeV ), que perdura

porunspouosminutos.Sugere{sequeessesraios

gamas~aoprovenientesderadia~aodefrenagemde

eletronsdemaiorenergiaolidindoomosatomos

daatmosfera. Omeanismoseriaaaelera~aode

eletrons pelos fortes amposeletrios

estabelei-dosdurante astempestadeseletrias.

As investiga~oes experimentais t^em mostrado que

essesfen^omenospareemassoiadosomvariasespeies

de tempestades eletrias, produzidas em grandes

Sis-temasConvetivosdeMesoesalanasmediaslatitudes,

linhas de instabilidades assoiadas a tornados,

on-ve~oes tropiais profundas, ilones, e \winter snow

squalls".

V.3 Tenias de observa~ao e medi~ao

Atualmente, para a oleta de informa~oes

experi-mentaisdaatmosferaassoiadasasondi~oesdetempo,

disseminam{se metodologias e reursos para o

moni-toramento extensivo e intensivo da atividade eletria

atmosferia. Inumerasquest~oesrelativasas

metodolo-gias e tenias de dete~ao e de medi~ao de atividade

eletria na atmosfera baixa (. 150km) preisam ser

(omo por exemplo: as previs~oes de tempestades

se-veras).

Quanto aos sistemas de estudo das atividades

eletrias,podem-serelaionar:

Sistemas de dete~ao e rastreio de

rel^ampagos.

Esses sistemas produzem informa~oes de

loa-liza~ao, intensidade, polaridade das desargas

eletrias do tipo nuvem{solo. Atualmente

exis-temtambemformasdeseidentiardesargasdo

tipointernuvens eintranuvens. Essetipode

in-forma~aopode auxiliarna previs~ao aurtssimo

prazo das desargas nuvem{solo e de ondi~oes

severas.

Sistemasdeimageamentodefen^omenos

at-mosferios (nuvens, rel^ampagos, sprites, e

outros fen^omenosoptiostransientes).

Essessistemas s~aoompostosdeumonjuntode

^amerasCCDsonvenionaiseoutrode^ameras

CCDs de alta resolu~ao espaiale temporal (da

ordem de milissegundos). Este tipo de sistema

permiteavaliaroproessofsiodaforma~aodas

tempestadesdeuma formaontnua,desdeo

de-senvolvimento das nuvens umulonimbus ate o

seu estagio de dissipa~ao. Alem disso, esse tipo

de metodo permite estudar e analisar de uma

forma n~ao induzida as araterstiasfsias dos

rel^ampagos omo tortuosidade do anal,

multi-pliidade,intervaloentredesargas,entreoutras,

assoiadasapar^ametrosfsiosdaatmosfera.

Sistemas de monitoramento austio da

atividade eletria, emespeial do trov~ao.

Essessistemas possibilitamavaliarefeitos de

on-das de hoque e propaga~ao do som na amada

atmosferia,queest~aoassoiadosaospar^ametros

fsios,qumioseeletriosdaatmosferaloal.

Sistemas de monitoramento do ampo

eletrioatmosferio (AC/DC).

Essessistemas(detetoreseldmill,detetoresde

sferisedetetoressimilares)permitemmonitorar

ontinuamentepar^ametrosfsiosdaatmosfera

lo-al.

Sistemas de integra~ao das informa~oes

eletrias as demais informa~oes

at-mosferias.

Esses sistemas para integra~ao e proessamento

deinforma~oesomeamaserdisutidose

desen-volvidos.Opropositoen~aoapenaspermitir

(16)

Aresentam{se ainda outras tenologias re

em-aprimoradasreentes de monitoramentoom ousode

satelites. Possibilidades que v^em inorporar{se aos

radares tipo Doppler e polarimetrios, que permitem

analisesdeseveridadedotempo.

Ossistemasdedete~aoeloaliza~aoderel^ampagos

baseiam{seemalgunsprinpiossimples,mas

sostia-dos tenologiamente para a sua opera~ao otimizada.

Apresentam{sesuintamenteessasmetodologiasde

de-te~ao:

Metodode Loaliza~ao Direional

Esse tipo de sistema emprega dois ou mais

sen-sores que medem o^angulo azimutal entre o

sen-sor e a desarga eletria, na verdade, o sinal

deorrente da desarga de retorno. Esse ^angulo

e tipiamente determinado por meio do uso de

2aneis(loops)deantenasmagnetiasortogonais.

Quando 3 ou mais sensores s~ao utilizados, um

proedimento de otimiza~ao queminimiza os

er-rosno^angulopodeserempregado. Narealidade,

esse sistemabaseia{senoproedimentode

trian-gula~ao.

Metododo Tempode Chegada

Nometododotempodehegadadosinal

eletro-magnetio (time{of{arrival method), 3 ou mais

sensoresquemedemotempodehegadadosinal

dadesargaeletrias~aoempregados. Ossensores

medem a diferena de tempo que o sinal

eletro-magnetiolevaparahegarateosvariossensores

empregados. Comessemetodo,adaparde

sen-sores fornee uma urva hiperbolia que

desre-ve o onjunto de loaliza~oes que satisfazem a

diferenadetempomedida. Havendoduasdessas

urvasdeterminadaspor3oumaissensoresdesse

tipo,epossveldeterminaruma posi~ao apartir

dainterse~aodasmesmas. Algumaambiguidade

geometriaeventualpodeserresolvidaoma

uti-liza~aodepelomenos4sensores.

MetodoIMPACT

OmetododaPreis~aoAumentadaporTenologia

Combinada (Improved Auray from Combined

Tehnology-IMPACT)eaombina~aodometodo

do tempo de hegada e dometodo de loaliza~ao

direional. Nessenovoarranjooloalizador

dire-ional fornee a informa~ao azimutal e o tempo

absolutodehegadainformasobreoalane.

Metodode Interferometria

O metodo de interferometria baseia{se na

a-raterstiaeletromagnetiadosinal edetermina

pelaintensidadeefase,pormeiodeuma redede

sensores, aloaliza~ao espao-temporal da fonte

do sinal. Essemetodoeapazde disriminar as

desargasqueonetamosoloeasquen~ao

one-Reentemente, alguns outros metodos omearam

a ser implementados. Um e o sistema de

mapea-mento tridimensional de rel^ampagosbaseadoem GPS

(Global Positoning System). As medi~oes servem n~ao

apenas para estudar as eletria~oes das tempestades

mas tambem omo um valioso indiador da

estru-turae intensidadedas tempestades. Um outroeuma

redemundialde7magnet^ometrosdealtapreis~ao

sin-ronizadostemporalmente. Essesistemapermitira

tri-angular ada evento de rel^ampago no globoterrestre,

omomdemonitoraraevolu~aotemporaleespaial

daatividadeglobalderel^ampagos.

VI Conlus~ao

A Eletrodin^amia Planetaria onstitui{se em uma

area interdisiplinar de grande interesse teorio e

pratio. Odesenvolvimentodessas pesquisas resultam

em multiplos benefios para a soiedade brasileira.

Alguns a urto prazo, omo o desenvolvimento de

metodologias avanadas e tenologiasde ponta, e

ou-tros de mais longa matura~ao, omo aforma~ao

mul-tidisiplinar de prossionais de diversas areas. Este

desenvolvimento requer (a)o engajamentodos

profes-sores, dos varios nveis de ensino, na administra~ao

ompetente deumonteudoientoamplo,(b)a

in-forma~aodospesquisadoresdaimport^aniae

multipli-idadedeenfoquesdessapesquisa,e() aforma~aode

novosestudantes omaapaidadede atuarem areas

interdisiplinares (integrando potenialmente as areas

de fsia, meteorologia, matematia, omputa~ao,

en-genharia,qumiaebiologia).

Agradeimentos

Osautores agradeema FAPESP osuporte

nan-eiro dadoaspesquisas doProjeto Via-Lux(FAPESP

1998/3860-9).

Refer^enias

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Per-spetivas. In Proeedings, Volume 1, Rio de Janeiro,

Ot16-20,2000.Soiedade BrasileiradeMeteorologia

Imagem

Figura 1. Estratia ~ ao solar e uxo de energia.
Figura 3. Uma vis~ ao simpliada das regi~ oes que omp~ oem
Figura 4. Esquema da distribui ~ ao de el etrons em um
Figura 5. Esquematiza ~ ao do arrasto visoso (vista
+5

Referências

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