Simulação numérica de equações de conservação
usando esquemas "upwind"
Simulação numérica de equações de conservação
usando esquemas "upwind"
Juliana Bertoco
Orientador:
Prof. Dr. Valdemir Garcia Ferreira
Dissertação apresentada ao Instituto de Ciências
Matemáticas e de Computação - ICMC-USP, como parte
dos requisitos para obtenção do título de Mestre em
Ciências - Ciências de Computação e Matemática
Computacional.
VERSÃO REVISADA
USP – São Carlos
Junho de 2012
SERVIÇO DE PÓS-GRADUAÇÃO DO ICMC-USP
Data de Depósito:
e Seção Técnica de Informática, ICMC/USP,
com os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
B482s
Bertoco, Juliana
Simulação numérica de equações de conservação usando
esquemas \"upwind\" / Juliana Bertoco; orientador
Valdemir Garcia Ferreira. -- São Carlos, 2012.
139 p.
Dissertação (Mestrado - Programa de Pós-Graduação em
Ciências de Computação e Matemática Computacional)
--Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação,
Universidade de São Paulo, 2012.
É preisodeixar maras de eterno por onde passamos e om quem onvivemos.
Primeiramente, agradeço à Deus, meu riador e amigo, pelodom de minha vida e porSua
presença à iluminarmeu aminhoao longodeste trabalho.
Aos meus queridos pais, Osar e MariaMarta, pelas orações, paiêia,ompreensão e pelo
grandeapoioaolongo de meus estudos. A minha irmãJoie, aomeu irmão Daniloeaos meus
unhados Mauro e Edivânia por todo arinho, apoio, torida. E ainda, de maneira espeial,
aos meus sobrinhos Lara, Heitor e Eloá por todos os momentos de risos e sapequies que me
transbordam de alegria.
Ao meu orientador Prof. Dr. Valdemir Garia Ferreira pela disponibilidade, paiênia,
apoioe prinipalmenteporseus ensinamentos.
À minha amiga Gabriela Apareida dos Reis por sua amizade, paiênia, arinho, apoio e
por todos osbons momentos.
Aos amigos do LMACC-USP por toda a ajuda, ensinamentos, paiênia e trabalho em
equipe.
Aosmeus irmãos de GOU, portodas as oraçõese pelos intensos momentosde fé ealegria.
Aos funionáriosdo ICMC-USP por toda dediação e apoio, emespeial à Leonardo
Mar-tinussi pela prontidão e paiênia.
À todos os professores do ICMC-USP pelos ensinamentos e disponibilidade ao longo de
todos estes anos de estudo.
À CAPES pelosuporte naneiro nodesenvolvimento deste projeto de pesquisa.
Umafamília de esquemas upwind denominadaFUS-RF (Family of Upwind Sheme via
Rational Funtions), queé derivada via funçõesraionaise dependentes de parâmetros, é
pro-posta para o álulo de soluções aproximadas de equações de onservação. A m de ilustrar
aapaidade dos novos esquemas,váriosresultados omputaionais para sistemashiperbólios
de leis de onservação são apresentados. Esses testes mostram a inuênia dos parâmetros
esolhidossobre aqualidadedos resultadosnumérios. Fazendoouso dealgunstestes padrões,
omparação dos novos limitadores de uxo orrespondentes om o esquema bem estabeleido
vanAlbada eesquemaatual EPUS(Eight-degree PolynomialUpwind Sheme) étambém
reali-zada. Ostestes numérios realizados em transporte de esalares e problemas de dinâmiados
gasesonrmamquealgunsesquemasdafamíliaFUS-RFsão nãoosilatórioseforneem
resul-tados onáveis quando pers desontínuos são transportados. Um esquema partiular dessa
nova família de esquemas upwind é então seleionado e utilizado para resolver esoamentos
omplexosom superfíies livres móveis.
Palavras-have: Equações de onservação; uidodinâmia omputaional; EDPs
A family of upwind shemes named as FUS-RF (Family of Upwind Sheme via Rational
Funtions),whihisderivedviarationalfuntionsanddependentofparameters,isproposedfor
omputingapproximatedsolutionsofonservationequations. Inordertoillustratethe
apabil-ityofthenewshemes,severalomputationalresultsforsystemofhyperbolionservationlaws
arepresented. Theseresultslarifytheinuene ofthehosen parametersonthe qualityofthe
numerial alulations. Using some standard test ases, omparison of the new orresponding
limiterswith the wellestablished van Albadaand the reently introdued EPUS (Eight-degree
Polynomial Upwind Sheme) limiters is also done. Numerial tests on both salar and gas
dynamis problems onrm that some shemes of the FUS-RF family are non-osillatory and
yield sharp results when solving proles with disontinuities. A partiular upwind sheme of
thisnewfamilyisthenseletedandusedforsolvingomplexinompressiblemovingfreesurfae
ows.
key-words: Conservationequations;omputationaluiddynamis;PDEspredominantly
1 Introdução 1
1.1 Motivaçãoe objetivos . . . 2
1.2 Organizaçãodotexto . . . 3
2 Formulação matemátia 5 2.1 Equações de onservação hiperbólias . . . 5
2.1.1 Equação linearde adveção . . . 5
2.1.2 Equação não linear de Burgers . . . 6
2.1.3 Equações de águasrasas . . . 6
2.1.4 Equações de Euler . . . 7
2.2 Equações de Navier-Stokes . . . 7
3 Interpolação upwind e otimização de gradientes via mínimos quadrados pon-derados 9 3.1 Motivação . . . 9
3.2 Critériosde limitaçãoe exemplos de esquemas upwind . . . 14
4 Derivação de novos esquemas upwind 23 4.1 Derivação de esquemas upwind via formausual: Esquema 1. . . 23
4.2 Derivaçãodeesquemasupwindviamínimosquadradosponderados: osEsquemas 2,3, 4,5 e6 . . . 27
4.2.1 Esquema 2. . . 28
4.2.2 Esquema 3. . . 29
4.2.3 Esquema 4. . . 31
4.2.4 Esquema 5. . . 33
5 Modelagem omputaional 41
5.1 Equações hiperbólias . . . 41
5.2 Equações de Navier-Stokes . . . 42
6 Resultados numérios para leis de onservação hiperbólias 49 6.1 Resultados para adveção de esalares . . . 49
6.2 Resultados para equação de Burgers . . . 56
6.3 Resultados para equação de águas rasas 1D. . . 65
6.4 Resultados para asequações de Euler 1D . . . 72
6.5 Resultados para equaçõesde águasrasas 2D . . . 84
6.6 Resultados para asequações de Euler 2D . . . 86
7 Apliação do Esquema 1 às equações de Navier-Stokes 101 7.1 Simulaçãode problemas
2
D e2
.
5
D . . . 1017.2 Simulaçãode problemas
3
D . . . 1128 Conlusões e Trabalhos Futuros 123 A Equações hiperbólias na forma quase-linear 125 A.1 Equação de Adveção . . . 125
A.2 Equação de Burgers . . . 126
A.3 Equações de águasrasas . . . 126
A.4 Equações de Euler . . . 127
B Disretização dos termos onvetivos 131
3.1 Deniçãodospontosdeinterpolação
D
,U
eR
omrespeitoàinterfaef
=
i
+1
/
2
eo sinal daveloidade de onveção
u
(
i
+1
/
2
,j
)
. . . 113.2 Comparações das soluções numérias em várias malhas (om o esquema FOU)
esolução analítiapara adveção de um esalar. (a) malha
200
; (b) malha 400;() malha 800; e(d) malha 6400. . . 12
3.3 Comparação das soluções numéria (om o esquema QUICK) e analítia numa
malhaomputaionalde 2000 pontos. . . 13
3.4 Caraterístias NV dos esquemas onvetivos FOU e QUICK; e diagrama de
variáveisnormalizadas,mostrando a regiãohahurada CBC. . . 13
3.5 Plano
ψ
(
r
)
⊥
r
mostrando a região de extremos (r
f
≤
0
), a região demonotoni-idade(vizinhança de
r
f
= 1
) e asregiõesde altaurvatura (r
f
>>
1
er
f
<<
1
). 163.6 RegiãoTVD de Sweby. . . 17
3.7 RegiãoTVD em variáveisnormalizadas. . . 19
4.1 Esquema
1
em variáveis normalizadaspara vários valoresdo parâmetroβ
. . . . 274.2 Limitadorde uxoorrespondentedoEsquema
1
(r
f
≥
0
)paraváriosvaloresdoparâmetro
β
. . . 274.3 Esquema
2
em variáveis normalizadaspara vários valoresdo parâmetroǫ
. . . 294.4 Limitador de uxo orrespondente do Esquema
2
(∀
r
f
) para vários valores doparâmetro
ǫ
. . . 304.5 Esquema
3
em variáveis normalizadaspara vários valoresdo parâmetroǫ
. . . 314.6 Limitador de uxo orrespondente do Esquema
3
(∀
r
f
) para vários valores doparâmetro
ǫ
. . . 324.7 Esquema
4
em variáveis normalizadaspara vários valoresdo parâmetroǫ
. . . 344.8 Limitador de uxo orrespondente do Esquema
4
(∀
r
f
) para vários valores doparâmetro
ǫ
. . . 344.10 Limitador de uxo orrespondente do Esquema
5
(∀
r
f
) para vários valores doparâmetro
ǫ
. . . 364.11 Esquema
6
em variáveisnormalizadaspara vários valores doparâmetroǫ
. . . 394.12 Limitador de uxo orrespondente do Esquema
6
(∀
r
f
) para vários valores doparâmetro
ǫ
. . . 395.1 Exemplodeumaélulaomputaional3D,mostrandoondeasvariáveissão
avali-adas. . . 43
6.1 Soluçãoexata e resultados obtidos om os esquemas FUS-RF para adveção de
um esalar. (a) Esquema
1
utilizando vários valores do parâmetroβ
; (b)-(f)Esquemas
2
−
6
utilizandovários valores do parâmetroǫ
. . . 506.2 Soluçãoexata e resultados numérios(Esquemas 1-6 om osmelhores
parâmet-ros e referênias van Albada e EPUS) para adveção de um esalar - Teste 1,
mostrando ampliaçãoda região de altogradiente. . . 51
6.3 Constantedo erro para osesquemas vanAlbada, EPUS eEsquemas 1-6om os
melhoresparâmetros, apliadosaoTeste 1. . . 54
6.4 Soluçãoexata e resultados numérios(Esquemas 1-6 om osmelhores
parâmet-ros e referênias van Albada e EPUS) para adveção de um esalar - Teste 2,
mostrando regiões de ampliações(Zoom 1-4). . . 55
6.5 Continuação da Figura6.4.. . . 56
6.6 Variação total para oTeste 2 om respeito aotempo.. . . 57
6.7 Evolução no tempo da solução numéria para equação de Burgers usando o
esquemaMC. . . 57
6.8 Solução exata e resultados obtidos om os esquemas FUS-RF para equação de
Burgers. (a)Esquema
1
utilizandováriosvaloresdoparâmetroβ
;(b)-(f)Esque-mas
2
−
6
utilizandovários valores doparâmetroǫ
. . . 596.9 Comparação (antes e depois do hoque) entre a solução exata e as soluções
numérios(Esquemas 1-6om os melhoresparâmetrose referênias vanAlbada
eEPUS) para equação de Burgers - Teste 3, mostrando regiõesde ampliação. . 60
6.10 Continuação da Figura6.9.. . . 60
6.11 Constantede erro
C
na normaL
1
para o Teste 3 antes edepois dohoque. . . 646.12 Comparação das soluções numérias e aolução exata para o Teste 4 usando
os esquema van Albada, EPUS e Esquemas 1-6 om os melhores parâmetros,
mostrando regiões de ampliação. . . 64
6.13 Continuação da Figura6.12. . . 64
6.15 Comparação das soluções numérias e aolução de referênia para a altura
h
douido no Teste 5 usando os esquema van Albada, EPUS e Esquemas 1-6 om
osmelhoresparâmetros, mostrando regiõesde ampliação. . . 66
6.16 Continuação daFigura 6.15. . . 66
6.17 Comparaçãodas soluções numérias e soluçãode referênia para a vazão
hu
douido no Teste 5 usando os esquema van Albada, EPUS e Esquemas 1-6 om
osmelhores parâmetros, mostrando regiõesde ampliação. . . 67
6.18 Continuação daFigura 6.17. . . 67
6.19 Variação total emvárias malhas para o Teste 5 om respeito aotempo.. . . 68
6.20 Comparaçãodas soluções numérias e soluçãode referênia para a vazão
hu
douido no Teste 6 usando os esquema van Albada, EPUS e Esquemas 1-6 om
osmelhores parâmetros, mostrando regiõesde ampliação. . . 69
6.21 Continuação daFigura 6.20. . . 70
6.22 Comparação das soluções numérias e solução de referênia para a altura
h
douido no Teste 6 usando os esquema van Albada, EPUS e Esquemas 1-6 om
osmelhores parâmetros, mostrando regiõesde ampliação. . . 70
6.23 Continuação daFigura 6.22. . . 71
6.24 Comparaçãodassoluçõesnumériaseasoluçãodereferêniaparaapressão
p
noTeste7,usandoosesquemavanAlbada,EPUSeEsquemas1-6omosmelhores
parâmetros,mostrando regiõesde ampliação. . . 72
6.25 Continuação daFigura 6.24. . . 73
6.26 Comparaçãodas soluções numérias e a solução de referênia para a densidade
ρ
no Teste 7, usando os esquema van Albada, EPUS e Esquemas 1-6 om osmelhoresparâmetros, mostrandoregiõesde ampliação. . . 73
6.27 Continuação daFigura 6.26. . . 73
6.28 Comparaçãodas soluções numériase a soluçãode referênia para a veloidade
u
no Teste 7, usando os esquema van Albada, EPUS e Esquemas 1-6 om osmelhoresparâmetros, mostrandoregiõesde ampliação. . . 74
6.29 Continuação daFigura 6.28. . . 74
6.30 Comparaçãodassoluçõesnumériaseasoluçãodereferêniaparaaenergia
E
noTeste8,usandoosesquemavanAlbada,EPUSeEsquemas1-6omosmelhores
parâmetros,mostrando regiõesde ampliação. . . 77
6.31 Continuação daFigura 6.30. . . 77
6.32 Comparaçãodas soluções numériase a soluçãode referênia para a veloidade
u
no Teste 8, usando os esquema van Albada, EPUS e Esquemas 1-6 om osmelhoresparâmetros, mostrandoregiõesde ampliação. . . 78
6.34 Comparação das soluções numérias e a solução de referênia para a densidade
ρ
no Teste 8, usando os esquema van Albada, EPUS e Esquemas 1-6 om osmelhoresparâmetros, mostrando regiões de ampliação. . . 79
6.35 Continuação da Figura6.34. . . 79
6.36 Variação total da variável onservada
E
para o Teste 8 em várias malhas omrespeito aotempo. . . 80
6.37 Comparaçãodassoluçõesnumériaseasoluçãode referêniaparaapressão
p
noTeste 9,usandoosesquemavanAlbada,EPUSeEsquemas1-6omosmelhores
parâmetros,mostrando regiõesde ampliação. . . 81
6.38 Continuação da Figura6.37. . . 81
6.39 Comparação das soluções numérias e a solução de referênia para a densidade
ρ
no Teste 9, usando os esquema van Albada, EPUS e Esquemas 1-6 om osmelhoresparâmetros, mostrando regiões de ampliação. . . 82
6.40 Continuação da Figura6.39. . . 82
6.41 Comparaçãodas soluções numériase a solução de referênia para a veloidade
u
no Teste 9, usando os esquema van Albada, EPUS e Esquemas 1-6 om osmelhoresparâmetros, mostrando regiões de ampliação. . . 83
6.42 Continuação da Figura6.41. . . 83
6.43 Comportamento daaltura
h
daporção de uido nos instantest
= 0
et
= 0
.
25
.Figuraextraída de LeVeque [21℄ . . . 84
6.44 Soluçãode referênia e resultados obtidos om os esquemas FUS-RF sob a reta
y
= 0
. (a)Esquema1
utilizandováriosvaloresdoparâmetroβ
;(b)-(f)Esquemas2
−
6
utilizando vários valoresdo parâmetroǫ
. . . 856.45 Solução de referênia e resultados numérios (Esquemas 1-6 om os melhores
parâmetros,vanAlbadaeEPUS)paraoTeste10,mostrandoregiãodeampliação. 86
6.46 Perl para aaltura
h
douidonoTeste 10. (a)vanAlbada;(b) EPUS; ()-(h)Esquemas 1-6om osmelhores parâmetros.. . . 87
6.47 Continuação da Figura6.46. . . 88
6.48 Solução exata e resultados obtidos om os esquemas FUS-RF para as equações
de Euler - Teste 11. (a) Esquema
1
utilizando vários valores do parâmetroβ
;(b)-(f)Esquemas
2
−
6
utilizandovários valores doparâmetroǫ
. . . 906.49 Comparação entre a solução exata e as soluções numérios (Esquemas 1-6 om
os melhoresparâmetros e referênias van Albada e EPUS) para as equações de
Euler -Teste 11, mostrando regiãode ampliação. . . 91
6.50 Soluçãode referênia e resultados obtidos om os esquemas FUS-RF sob a reta
x
=
y
om regiões de ampliação . (a) Esquema1
utilizando vários valores do6.51 Solução de referênia e resultados numérios (Esquemas 1-6 om os melhores
parâmetros,van Albada eEPUS) para o Teste 12, mostrandoregião de
ampli-ação (zoom1- zoom4). . . 95
6.52 Continuação daFigura 6.51. . . 95
6.53 Perl para a densidadde
ρ
do uido no Teste 12. (a) van Albada; (b) EPUS;()-(h)Esquemas 1-6om os melhoresparâmetros. . . 96
6.54 Continuação daFigura 6.53. . . 97
6.55 Perl para a densidadde
ρ
do uidonoTeste 13. (a) WENO5(b) vanAlbada;()EPUS; (d)-(i)Esquemas1-6omosmelhoresparâmetrosnamalha
240
×
960
(grossa). . . 99
6.56 Perlparaadensidade
ρ
douidonoTeste 13. (a)WENO5(b)vanAlbada;()EPUS; (d)-(i) Esquemas 1-6 om os melhores parâmetros na malha
480
×
1920
(na). . . 100
7.1 Esquematização de um jato livre inidindo perpendiularmente sobre uma
su-perfíierígida impermeável . . . 102
7.2 Contornos da veloidade emx, em y eda pressão parao problema do jatolivre
em diferentes tempos. . . 103
7.3 Comparaçãoentre a soluçãoanalítiade Watson [51℄ ea soluçãonuméria para
diferentes malhas. . . 104
7.4 Esquematizaçãodo problema de olapso de uma oluna de uido 2D. . . 104
7.5 Comparação entre as soluções experimentais, numérias e teórias para o
fen-menodo olapsode uma olunade uido. . . 105
7.6 Contornosdaveloidadeemx,emyedapressãoparaoproblema doolapsode
uma olunade uidoem 2D para diferentes tempos. . . 106
7.7 Esquematizaçãopara o experimento de Taylor.. . . 107
7.8 Ilustração do experimento de Taylor em diferentes tempos. (a) e () solução
experimental;(b) e(d) solução numéria. . . 108
7.9 Ilustraçãodasolução para o experimento de Taylor emdiferentes tempos. . . 109
7.10 IlustraçãodoexperimentodeTaylorem
T
= 7
s
eorte transversal evideniandoaformação de estruturas omplexas. . . 109
7.11 Esquematizaçãopara o fenmenodo ressaltohidráulioirular. . . 110
7.12 Comparação entre a solução analítia e a solução numéria para o ressalto
hidráulioirular,onsiderandodiferentes malhas. . . 111
7.13 Ilustração do ressalto hidráulio irular. (a) solução experimental de Rai [34℄
(b) soluçãonuméria. . . 111
7.14 Esquematizaçãopara o olapsode uido3D. . . 112
7.15 Comparação entre as soluções experimentais, numérias e teórias para o
7.16 Camposde pressãoede veloidadeemx ezpara oproblemadoolapsode uma
olunade uido em3D para diferentes tempos. . . 114
7.17 Esquematizaçãopara o problema dojato planar
3
D. . . 1157.18 Ilustraçãodasoluçãoparaoproblemadojatoplanarem3Dparadiferentestempos.116
7.19 Esquematizaçãopara o problema dojato irularem
3
D
. . . 1177.20 Ilustração da solução para o problema do jato irular em 3D para diferentes
tempos-Caso 1. . . 118
7.21 Ilustraçãodojatoirularosilanteem3Dpara diferentes tempos-Caso 2. (a)
soluçãoexperimental;(b) solução numéria. . . 119
7.22 Ilustração do fenmeno do ressalto hidráulio irular- Caso 1. (a) solução
experimental de Rai[34℄ ;(b) soluçãonuméria. . . 120
7.23 Ilustraçãodasolução para ofenmenodo ressaltohidráulioemdiferentes
tem-pos para
R
e
= 250
-Caso 1. . . 1217.24 Ilustração do fenmeno do ressalto hidráulio irular- Caso 2. (a) solução
experimental de Ellergard[9℄ ; (b) soluçãonuméria. . . 122
7.25 Ilustraçãodasolução para ofenmenodo ressaltohidráulioemdiferentes
6.1 Comparaçãodoserrosnasnormas
L
1
,L
2
eL
∞
paraoTeste1emváriasmalhas,mostrandoosordens observadas eas onstantes doerro. Osresultados são para
osesquemas van Albada,EPUS e osEsquemas 1-6om os melhoresparâmetros. 53
6.2 Continuação daTabela6.1. . . 54
6.3 Comparaçãodoserrosnanorma
L
2
paraoTeste 3emváriasmalhas,mostrando(antes e depois do hoque) as ordens observadas e as onstantes do erro. Os
resultados são para os esquemas van Albada, EPUS e os Esquemas 1-6 om
vários parâmetros. . . 61
6.4 Continuação daTabela6.3. . . 62
6.5 Continuação daTabela6.4. . . 63
6.6 Comparaçãodoserroseordensobservadasnasnormas
L
1
,L
2
eL
∞
paraoTeste6, usando os esquemas van Albada, EPUS e os Esquemas 1-6 om os melhores
parâmetros. . . 71
6.7 Comparação dos erros e ordens observadas nas normas
L
1
,L
2
eL
∞
para oTeste 7, usandoos esquemasvanAlbada, EPUSe osEsquemas 1-6 omvários
parâmetros. . . 75
6.8 Continuação daTabela6.7. . . 76
6.9 Comparação dos erros e ordens observadas nas normas
L
1
,L
2
eL
∞
para oTeste 11,usandoosesquemasvanAlbada,EPUSeosEsquemas1-6omvários
parâmetros. . . 91
6.10 Continuação daTabela6.9. . . 92
1
Introdução
Muitos problemas em uidodinâmia omputaional (ou dinâmia dos uidos
omputa-ional)podemsermodeladosporequaçõesdifereniaisàderivadaspariais(EDPs), omumente
onheidas omoequações de onservação. Exemplos representativossão asequaçõesde Euler
(para a dinâmia de gases) e Navier-Stokes (para uidos visosos) em ondições adversas de
onveção. SoluçõeslássiasparaessasEDPsontêmdesontinuidades(ouhoques),amadas
limiteenãouniidade,araterístiasessas,prinipalmentenosasosnão lineares
predominan-temente onvetivos, quefazem dasimulação omputaionalum trabalhobastante omplexo.
Muitas ténias numériasonsagradasnaliteraturafalham,mesmoemEDPs linearesom
aráteronvetivomoderado. A extensãoaos asosmultidimensionaisnãolinearesomaráter
onvetivoaentuadotorna-seumtrabalhomuitomaisomplexo,umavez quepodemapareer
instabilidades (físias/não físias) aarretando não onvergênia ou violação de entropia.
De-vido a essas diuldades, uma parte substanial da omunidade ientía, prinipalmenteem
uidodinâmiaomputaional,temsedediadoaodesenvolvimentoetestede métodos
numéri-os apazes de resolverEDPs de aráter predominantemente onvetivo. Taismétodos devem,
em partiular, forneer soluções siamente orretas, om boa resolução nas vizinhanças de
desontinuidades esem introduzir osilaçõesnumérias ousuavizações.
A m de derivar métodos omputaionais que atendam àsondições de estabilidade e
on-vergênia, sem introduzir osilações espúrias e om poua suavização, Harten [14℄ introduziu
o oneito de esquemas de altaresolução TVD (Total Variation Diminishing), os quais foram
posteriormenteestendidos, admitindo-se esquemas ompletamentedisretos ousemi-disretos,
por Swebby, Chakravarthy-Osher, Shu-Osher, Jameson, Shmidt, Turkel, entre outros (ver
[21℄). Jin e Xin [15℄, por exemplo, em 1995 propuseram esquemas de relaxação reduzindo as
equações deonservação àsistemasde onservaçõeslineareshiperbóliosomtermo fonte. Em
ondiçõesparaseobter estabilidadenão linear. Asondiçõesde Leonardagregadasà denição
de limitadoresde uxo (ver[41℄)e aoritériode limitaçãoCBC(Convetion Boundedness
Cri-terion) de Gaskell e Lau [12℄ possibilitaram a derivação de esquemas upwind que atendam às
neessidades de estabilidade, de limitaçãoe de onvergênia.
Umaaraterístiaimportantedasequaçõesdeonservaçãoomaráterpredominantemente
onvetivo (prinipalmente as leis de onservação hiperbólias) é que as informções físias se
propagam por meio das araterístias. Métodos numérios que herdamesta propriedade
(o-mumente hamados esquemas onvetivos ou upwind) são, portanto, os mais indiados nesses
asos. Váriosesquemas onvetivosupwind foramproduzidosnas últimasdéadas, dentre eles
destaam-seoesquemaHLPA(HybridLinearParaboliApproximation)deZhu[55℄,oSMART
(Sharp and Monotoni Algorithm for Realisti Transport) de Gaskell e Lau [12℄, o WACEB
(Weighted-Average Coeient Ensuring Boundedness) de Song et al. [40℄. Mais reentemente,
Alves et al. [24℄ propuseram o esquema CUBISTA (Convergent and Universally Bounded
In-terpolation Sheme for the Treatment of advetion), Ferreira et al. [10℄ desenvolveram o
es-quemaADBQUICKEST (ADaptative Bounded QUICKEST),uma versão limitadadoesquema
QUICKEST (QUICK with Estimated Streaming Terms) de Leonard [17℄; e Ferreira etal. [33℄
intoduziram o esquema polinomial TOPUS (Third-Order Polynomial Upwind Sheme) para
simular problemas ompressíveis einompressíveis.
1.1 Motivação e objetivos
NosúltimosanosospesquisadoresdoLMACC(LaboratóriodeMatemátiaApliadae
Com-putação Cientía)doICMC/USP têm sedediado aodesenvolvimento de métodos numérios
emdinâmiados uidosomputaionalparasimularesoamentosinompressíveisaumaampla
faixa do número de Reynolds. Em partiular, várias ténias inovadoras foram
desenvolvi-das e inseridas no ontexto dos projetos temátios da FAPESP, omo Solução numéria das
equações de Navier-Stokes e Meânia dos uidos não estaionária: apliação em aeronáutia
e em reologia, dentre elas destaam-se:
•
Desenvolvimento, análise e implementação de esquemas upwind de alta resolução paraleisde onservação hiperbóliasgerais;
•
Estudo,análiseeimplementaçãodeesquemasupwind dealtaresoluçãoparaesoamentos2D e 3D de uidos newtonianosno regimelaminar eom superfíies livres móveis;
•
Implementação damodelagens da turbulênia,tais omoκ
−
ε
eRNG;•
Implementaçãode modelosreológios,taisomoMaxell,PTT,Oldroyd-B,dentre outros.Estes avanços foram parialmente inorporados ao ódigo Freeow [4℄, permitindo a
de Reynolds e de esoamentos reológios tridimensionais de grande omplexidade e interesse
tenológio naindústriade polímeros(ver, por exemplo,[29℄,[25℄).
ApesardosresultadossatisfatóriosgeradospelosistemaFreeow,algumasdiuldadesainda
impedemasimulaçãode algunsfenmenosemdinâmiadosuidosparaproblemasde interesse
aadêmio/tenológio. Desta forma, onsidera-se impresindível,para aumentar a
apliabili-dade das ferramentas desenvolvidas, um esforço de integração e uma metodologia numéria
únia para simular esoamentos laminares a altos Reynolds e turbulentos de uidos
newtoni-anos om superfíies livresmóveis.
Dentrodesteenário,propõe-senestetrabalhoumafamíliadefunçõesraionaisdenominada
FUS-RF(Familyof Upwind ShemesviaRationalFuntions),para asimulaçãoomputaional
de equações de onservação om aráter predominante onvetivo. A famíliaFUS-RF é
om-posta de seis esquemas upwind dependentes de parâmetros, que foidesenvolvida om base nos
ritériosde estabilidade TVD/CBCe naténia de minimizaçãomínimos quadrados
pondera-dos.
A família FUS-RF é utilizada iniialmente para simular leis de onservação hiperbólias,
à saber, equação de adveção, equação não linear de Burgers, águas rasas e equações de
Eu-ler nos asos 1D e 2D. Para a simulação desses problemas, utiliza-se o paote omputaional
CLAWPACK(ConservationLAWsPACKage)desenvolvidoporLeVeque[21℄. Oódigo,
imple-mentadoemlinguagemFortran,resolvenumeriamenteumavariedadedesistemashiperbólios,
desdeadveçãodeesalaresatésistemashiperbóliostridimensionais. Esteódigousaométodo
de volumesnitos,permitindoresolverproblemas deRiemannom ondiçõesiniiaise de
on-tornobemdenidas. Nosoftware serãoinluídososlimitadoresdeuxo FUS-RFdesenvolvidos
neste trabalho. Os resultados numérios serão omparados om os resulatdos obtidos om os
limitadores de uxo do bem estabeleido esquema van Albada [46℄ e do atual EPUS [7℄. Os
esquemasraionaisserãolassiadose,então,omaisrobustoseráutilizadonasimulação
om-putaional de esoamentos laminares de uidos newtonianos inompressíveis om superfíies
livresmóveis. OambienteFreeow de Casteloetal. [4℄é oódigo base paraas simulaçõesdos
problemasde esoamentode uidosvisosos. Este ódigo utilizaométodode diferençasnitas
sobre malhasdifereniadas. A metodologianumériade solução aser utilizadaéuma variante
dométodode projeçãode Chorin [5℄proposto originalmenteporHarlowe Welh[13℄ (Método
MAC) e bemdisutido porPeyret e Taylor [31℄.
1.2 Organização do texto
Os apítulosdesta dissertação estão dispostos daseguinte maneira:
•
O apítulo 2 apresenta a formulação matemátia de equações de onservação lineares enão lineares onsideradas neste trabalho. São apresentadas também as ondições iniias
•
No apítulo 3 é feita uma ontextualização da proposta e são apresentadas ondiçõespara determinação de esquemas upwind nos ontextos TVD e CBC. Apresenta-se o
oneito de minimização via téniade mínimosquadrados ponderados para aderivação
de limitadoresde uxo otimizados.
•
Noapítulo4são propostosnovosesquemasupwinddafamíliaFUS-RF.Umaanálisedaspropriedadesdesritas noapítulo 3é tambémapresentada;
•
No apítulo 5 apresenta-se a ténia omputaional para aproximação dos termoson-vetivos das equações onsideradas neste trabalho. Apresentam-se também a estrutura
de resolução do software CLAWPACK equipado om novos limitadoresde uxo, e a
es-trutura do ambiente de simulação Freeow adaptado om os novos esquemas da família
FUS-RF.
•
O apítulo6 ontempla os resultados omputaionais para leisde onservaçãohiperbóli-as 1D e 2D. Apresenta-se também uma análise omparativa dos novos esquemas e os
esquemas vanAlbada e EPUS.
•
No sétimoapítulo um esquemapartiular dessa novafamíliade esquemas upwind éuti-lizadopararesolveresoamentosinompressíveisomplexosomsuperfíieslivresmóveis.
•
As onlusões deste trabalho, bem omo os planos para o futuro, são apresentadas no2
Formulação matemátia
Neste apítuloapresentam-se asequaçõesmatemátias onsideradas nopresente trabalho.
2.1 Equações de onservação hiperbólias
Equações difereniais pariais (EDPs) do tipo hiperbólio modelam uma grande
vari-edade de fenmenos físios que envolvem transporte de substânias ou movimento de ondas.
Estas são geralmente não lineares e dependentes do tempo. O aso n dimensional na forma
quase-linear é representado por
∂φ
∂t
+
A
1
∂φ
∂x
1
+
A
2
∂φ
∂x
2
+
· · ·
+
A
n
∂φ
∂x
n
=
ζ,
(2.1)onde
φ
(
x
1
, x
2
,
· · ·
, x
n
, t
) :
Rn
×
R
→
Rm
é o vetor das inógnitas do problema (por exemplo,
pressão, veloidade,
. . .
) a ser determinado, eA
i
m
×
m
uma matriz real, diagonalizável e omautovalores reais (ver LeVeque, [21℄);
ζ
são termosfonte. Em variáveis onservadas, o sistema(2.1) éesrito omo
∂φ
∂t
+
∂F
i
(
φ
)
∂x
i
=
ζ,
i
= 1
, . . . , n,
(2.2)onde
F
i
(
φ
) =
F
i
(
φ
(
x
1
, x
2
,
· · ·
, x
n
, t
)) :
Rm
→
Rm
são asfunções uxo.
Alguns asos partiulares das equações (2.2)são apresentados nasequênia.
2.1.1 Equação linear de adveção
A equação linear de adveção 1D é o aso mais simples de leisde onservação hiperbólias
e modela o transporte de um esalar om uma veloidade presrita. Nesta equação a variável
é
∂φ
∂t
+
∂F
1
(
φ
)
∂x
= 0
,
x
∈
[
x
L
, x
R
]
,
t
∈
[0
, T
]
,
(2.3)onde
F
1
(
φ
) =
uφ
. A solução exata deste problema é um desloamento da solução iniialφ
0
dada por
φ
(
x, t
) =
φ
0
(
x
−
ut
)
.
(2.4)Condiçõesde ontorno periódias são omumente utilizadasneste aso.
2.1.2 Equação não linear de Burgers
A equação não linear de Burgers possui araterístias omuns às equações que modelam
uidosemmovimento(equaçõesNavier-Stokes), porém,porsermaissimplesqueestasúltimas,
éutilizadafrequentementeemestudosnumériosomotestepreliminar. Noaso1D,aequação
(2.2) torna-se
∂φ
∂t
+
∂F
1
(
φ
)
∂x
=
ζ,
x
∈
[
x
L
, x
R
]
,
t
∈
[0
, T
]
,
(2.5)onde
F
1
(
φ
) =
φ
2
2
. Assume-se, neste aso,ζ
= 0
(aso não visoso) ouζ
=
ν
∂
2
φ
∂x
2
(aso visoso),ν
sendo ooeiente de visosidade(onstante).2.1.3 Equações de águas rasas
Asequaçõesdeáguasrasasmodelamfenmenosmeteorológioseoeanográos envolvendo
ondas de superfíie, em que a altura da onda é pequena omparada om o seu omprimento.
No aso 1D, o sistemade equações (2.2) torna-se
∂φ
∂t
+
∂F
1
(
φ
)
∂x
= 0
,
x
∈
[
x
L
, x
R
]
,
t
∈
[0
, T
]
,
(2.6)onde
φ
= [
h, hu
]
T
e
F
1
= [
hu, hu
2
+
1
2
gh
2
]
T
; sendo
h
=
h
(
x, t
)
a profundidade do uido numanal,
u
aveloidadehorizontaldouido,hu
avazãoeg
= 9
.
81
m/s
2
aonstantegravitaional.
Para ondições de ontorno, em geral, usa-se extrapolação de ordem zero (ver, por exemplo,
[21℄). No aso 2D, osistema de equações (2.2) é
∂φ
∂t
+
∂F
1
(
φ
)
∂x
+
∂F
2
(
φ
)
∂y
= 0
,
x
∈
[
x
L
, x
R
]
,
y
∈
[
y
B
, y
T
]
,
t
∈
[0
, T
]
,
(2.7)onde
φ
= [
h, hu, hv
]
T
,
F
1
= [
hu, hu
2
+
1
2
gh
2
, huv
]
T
e
F
2
= [
hv, huv, hv
2
+
1
2
gh
2
]
T
; sendo
v
a2.1.4 Equações de Euler
As equações de Euler modelam a dinâmia de gases. No aso 1D, o sistema de equações
(2.2) torna-se
∂φ
∂t
+
∂F
1
(
φ
)
∂x
=
ζ,
x
∈
[
x
L
, x
R
]
,
t
∈
[0
, T
]
,
(2.8)onde
φ
= [
ρ, ρu, E
]
T
e
F
1
= [
ρu, ρu
2
+
p, u
(
E
+
p
)]
T
; sendo
ρ
a densidade,p
a pressão,ρu
aquantidadede movimentoe
E
a energiatotal. A equação de gás idealp
= (
γ
−
1)(
E
−
1
2
ρu
2
)
éusadaparafehar oproblema,emque
γ
éarazãodoalorespeío. As ondiçõesde ontornoomumente usadas são extrapolação de ordem zero. No aso 2D, o sistema de equações (2.2)
torna-se
∂φ
∂t
+
∂F
1
(
φ
)
∂x
+
∂F
2
(
φ
)
∂y
=
ζ,
x
1
∈
[
x
L
, x
R
]
,
y
∈
[
y
B
, y
T
]
,
t
∈
[0
, T
]
,
(2.9)emque
φ
= [
ρ, ρu, ρv, E
]
T
,
F
1
= [
ρu, ρu
2
+
p, ρuv, u
(
E
+
p
)]
T
e
F
2
= [
ρv, ρuv, ρv
2
+
p, v
(
E
+
p
)]
T
;
sendo a pressão
p
denida em função deE
pela relação de fehamento para gás idealp
=
(
γ
−
1)(
E
−
1
2
ρ
(
u
2
+
v
2
))
. As ondições de ontorno omumente usadas são extrapolação de
ordemzero.
2.2 Equações de Navier-Stokes
As equações de Navier-Stokes, em oordenadas artesianas, que modelam esoamentos
in-ompressíveis de uidos newtonianos são, na forma adimensional,dadas pela equação de
on-servação damassa
∇ ·
u
=
0
,
(2.10)e aonservação da quantidadede movimento
∂
u
∂t
+
∇ ·
uu
=
−∇ ·
p
+
1
R
e
∇
2
u
+
1
F
2
r
g
(2.11)em que
u
é ampo de veloidades,u
= [
u, v
]
T
para o aso 2D e
u
= [
u, v, w
]
T
para o aso
3D, onde
u
,v
ew
são as veloidades emx
,y
ez
respetivamente. Os números adimensionaisde Reynolds e Froude são, respetivamente, denidos omo
R
e
=
L
0
U
0
/ν
eF
r
=
U
0
/
p
L
0
|
g
|
;sendo
L
0
eU
0
as esalas de omprimento e veloidade, respetivamente. Outras variáveis eonstantes foram denidas previamente.
As equaçõesde Navier-Stokes emoordenadas ilíndriassão dadas por
∂u
∂t
+
1
r
∂
(
ruu
)
∂r
+
∂
(
uv
)
∂z
=
−
∂p
∂r
+
1
R
e
∂
∂z
∂u
∂z
−
∂v
∂r
+
1
F
2
r
g
r
,
(2.12)∂v
∂t
+
1
r
∂
(
rvu
)
∂r
+
∂
(
vv
)
∂z
=
−
∂p
∂z
+
1
R
e
1
r
∂
∂r
r
(
∂u
∂z
−
∂v
∂r
)
+
1
F
2
r
1
r
∂
(
ru
)
∂r
+
∂v
∂z
= 0
,
(2.14)em que
u
=
u
(
r, z, t
)
ev
=
v
(
r, z, t
)
são os omponentes do ampo de veloidades;r
ez
representam, respetivamente, a oordenada radial eo eixo de simetria.
AsondiçõesdeontornoapliadaspararesolverasequaçõesdeNavier-Stokessão,emgeral,
omo segue:
•
Injetor: Nesseontornosãopresritasasveloidadesnormalaoontorno(u
n
)etangenialaoontorno (
u
t
) (Condição de Dirihlet)u
n
=
U
0
,
u
t
= 0;
(2.15)•
Ejetor: Nesse ontorno onsidera-se a ondição homogênea de Neumann∂u
n
∂n
=
∂u
t
∂n
= 0;
(2.16)•
Contorno rígido: Neste ontorno são apliadas asondições de não-esorregamentou
n
=
u
t
= 0;
(2.17)ouesorregamento
u
n
= 0
,
∂u
t
∂n
= 0;
(2.18)•
Superfíielivre: Nasuperfíielivreassume-sequeouidoestáemumaatmosferapassiva,istoé
n
·
(
σ
·
n
) = 0
,
m
1
·
(
σ
·
n
) = 0
,
m
2
·
(
σ
·
n
) = 0
,
(2.19)
onde
n
é o vetor normal à superfíie,m
1
em
2
os vetores tangeniais eσ
é o tensor dastensões dado por
3
Interpolação upwind e otimização de gradientes
via mínimos quadrados ponderados
Neste apítuloapresentam-se relações importantes para o desenvolvimento de métodos
up-wind de alta resolução. Objetiva-se aproximartermos onvetivos (lineares e não lineares) de
leis de onservação gerais. É apresentado também uma forma de se estimar o gradiente de
formaotimizada, por meio daténiamínimos quadrados ponderados.
3.1 Motivação
Porsimpliidade,esemperdade generalidade,onsidera-seaequação(2.3)avaliadaemum
ponto
(
x
i
, t
j
) = (
iδ
x
, jδ
t
) = (
i, j
)
damalha,ondeδ
x
éoespaçamento de malha(assumido nestetrabalhoomo onstante aolongo dodomínio),e
δ
t
éo tamanhodo passotemporal, assim∂φ
∂t
+
∂
(
uφ
)
∂x
(
i,j
)
=
∂φ
∂t
(
i,j
)
+
∂
(
uφ
)
∂x
(
i,j
)
= 0
.
(3.1)Umaaproximaçãoparaaderivadatemporalpodeserfeitautilizando-sealgummétodonumério
paraEDO, omoEuler ouRunge-Kutta. Para otermoespaial,usa-se aseguinteaproximação
∂
(
uφ
)
∂x
(
i,j
)
≈
(
uφ
)
(
i
−
1
/
2
,j
)
δx
−
(
uφ
)
(
i
+1
/
2
,j
)
=
1
δx
u
(
i
−
1
/
2
,j
)
φ
(
i
−
1
/
2
,j
)
−
u
(
i
+1
/
2
,j
)
φ
(
i
+1
/
2
,j
)
.
(3.2)
Note que para avaliar o termo espaial no ponto
(
i, j
)
é neessário onheer a veloidade deonveção
u
, bem omo a variável transportadaφ
, nos pontos (não de malha)(
i
−
1
/
2
, j
)
f
= (
i
+ 1
/
2)
)são aluladas por meio damédiasimplesu
(
i
−
1
/
2
,j
)
=
1
2
(
u
(
i,j
)
+
u
(
i
−
1
,j
)
)
,
u
(
i
+1
/
2
,j
)
=
1
2
(
u
(
i
+1
,j
)
+
u
(
i,j
)
)
.
(3.3)Os valores da variável
φ
nos pontos(
i
−
1
/
2
, j
)
e(
i
+ 1
/
2
, j
)
(que são hamados uxosnumérios nas faes
g
ef
) não são onheidos, e portanto preisam ser determinados poralguma ténia de interpolação. Uma maneira interessante e útil de se obter aproximações
para essesuxos éfazerumainterpolaçãolevando emontaosinal daveloidadede onveção
nessas faes. Tal proedimento é onheido omo interpolação upwind. De posse do sinal da
veloidadedeonveção
u
perpendiularaumainterfaedaélulaomputaional,porexemplof
=
i
+ 1
/
2
, ainterpolação upwind davariávelφ
éfeita emfunção dos três pontos vizinhosdemalhamaispróximos,asaber: D(Downstream),pontoàjusantedainterfae
f
;U(Upstream),ponto à montante da interfae
f
; e R (Remote upstream), ponto mais à montante def
. Emoutras palavras,a variávelonvetada
φ
nainterfaef
é uma função daformaφ
f
=
φ
(
φ
D
, φ
U
, φ
R
,
sinal(
u
f
))
,
(3.4)emque
φ
D
, φ
U
, φ
R
denotam a variávelφ
avaliada nas posiçõesD
,U
, eR
, respetivamente.Apartirdesteponto,onsidera-seapenasafae
f
=
i
+1
/
2
emqueaveloidadedeonveçãoé positiva (
u
(
i
+1
/
2
,j
)
>
0
). Os outros asos seguem proedimentos similares. Como exemplo,onsidera-se o ponto
(
i
+ 1
/
2
, j
)
, om interfaef
=
i
+ 1
/
2
; neste aso a interpolação upwindpara o uxo numério em
(
i
+ 1
/
2
, j
)
éomo segueφ
(
i
+1
/
2
,j
)
=
φ
(
i
+1
/
2
,j
)
(
φ
(
i
+1
,j
)
, φ
(
i,j
)
, φ
(
i
−
1
,j
)
,
sinal(
u
(
i
+1
/
2
,j
)
))
,
(3.5)om os pontos
D
= (
i
+ 1
, j
)
,U
= (
i, j
)
eR
= (
i
−
1
, j
)
dispostos na Figura 3.1(a); aso aveloidadede onveção sejanegativa,istoé
u
(
i
+1
/
2
,j
)
<
0
, adisposição dessespontossão omoilustradona Figura3.1(b).
Comofoi vistoanteriormente, ovalordavariáveltransportada
φ
nainterfaef
é obtidoemfunção dos pontos
D
,U
eR
ede maneiraupwind , istoé,φ
f
=
φ
(
φ
D
, φ
U
, φ
R
,
sinal(
u
f
))
. Como objetivo de reduzir o número de variáveis envolvidas nessa interpolação, uma transformação
é feita de tal forma que a função
φ
=
φ
f
dependa apenas da informação atrasada (upwind).Esta transformação, denotada por
φ
ˆ
f
e denida omoˆ
φ
f
=
φ
f
−
φ
R
φ
D
−
φ
R
.
(3.6)Esta éa representação dafunção
φ
f
emvariávelnormalizada(NV) de Leonard[19℄. Noteque,omo
ˆ
φ
D
= 1
eˆ
φ
R
= 0
, a relação (3.4) dependerá apenas deˆ
φ
U
. Na sequênia apresentam-se(a) Veloidadedeonveçãopositiva.
(b) Veloidadedeonveçãonegativa.
Figura3.1: Denição dospontosde interpolação
D
,U
eR
omrespeito àinterfaef
=
i
+ 1
/
2
e osinal da veloidade de onveção
u
(
i
+1
/
2
,j
)
.O esquema FOU (First-Order Upwind) é um exemplo lássio de esquema onvetivo de
primeira ordem. Sua representação, na forma não normalizada, é dada por
φ
f
=
φ
(
i,j
)
=
φ
U
,e, naforma normalizada,por
φ
ˆ
f
= ˆ
φ
U
. A Figura 3.2mostra o desempenho desse esquema emváriasmalhasomputaionaisomumnúmerodeCourant
CF L
= 0
.
1
,apliadoaoproblemadeadveçãodeumaondaquadrada. Vê-selaramentenestaguraqueparaseterumaboasolução
numériaomesteesquemadeve-seutilizarumamalhaomputaionalsuientementerenada.
Observa-se tambémque o esquemaFOU é bastantedifusivo,istoé elesuaviza sobremaneiraa
soluçãonas regiõespróximasàs desontinuidades(ver Figura3.2(a)).
OesquemaonvetivoQUICK (Quadrati Upstream Interpolationfor Convetive
Kinemat-is)éoutroexemploonvenionaldeesquemasupwind,representadoemformanãonormalizada
por
φ
f
=
1
2
(
φ
D
+
φ
U
)
−
1
8
(
φ
D
−
2
φ
U
+
φ
R
)
,
(3.7)e naformanormalizada por
ˆ
φ
f
=
3
4
φ
ˆ
U
+
3
8
.
(3.8)Aindaqueatinjatereiraordemdepreisão(ver[18℄),oesquemaQUICKpossuiaraterístias
indesejáveis em apliações: as omumente hamadas osilações não físias. Essas osilações
podem ser vistas na Figura 3.3, onde apresentam-se as soluções numéria e analítia para o
transporte de uma onda quadradavia equação de adveção 1D.
Ambos esquemas (FOU e QUICK) dependem linearmente de
φ
ˆ
U
. Esta dependênia éilustrada na Figura 3.4, em que as urvas mostradas são hamadas de araterístias NV.
A região indiada omo CBC nesta gura orresponde aodiagrama de variáveis normalizadas
(a) (b)
() (d)
Figura 3.2: Comparações das soluções numérias em várias malhas (om o esquema FOU) e
soluçãoanalítiapara adveção de um esalar. (a) malha
200
; (b) malha400; () malha800; eFigura 3.3: Comparação das soluções numéria (om o esquema QUICK) e analítia numa
malha omputaionalde 2000 pontos.
Figura3.4: Caraterístias NV dos esquemas onvetivos FOU e QUICK; ediagrama de
Usando série de Taylor,pode-se mostrar(ver[19℄) que,para qualquer esquemabaseado em
araterístiasNV (lineares ounão lineares), valem asseguintes propriedades:
- Passar noponto (
1
2
,
3
4
) dodiagramaNV alançasegunda ordem de preisão loal;- Ter inlinação
3
4
,enquantopassa noponto(1
2
,
3
4
), atinjetereiraordem de preisão loal.Leonardobservoutambémqueesquemasquepassamem
O
= (0
,
0)
eP
= (1
,
1)
sãolivresdeosilações numérias. Vê-se laramenteque o esquema FOUé de primeira ordeme o esquema
QUICK éde tereiraordem. OesquemaFOU,apesardabaixaordem,seomportademaneira
estável, mas suaviza asolução (difusão). O esquemaQUICK, por outro lado, sendo de ordem
mais alta(preisão melhor), produz osilaçõesnão físias(dispersão).
Para superar esses defeitos, vários esquemas upwind de alta resolução têm apareido na
literatura tais omo SMART (Sharp and Monotoni Algorithm for Realisti Transport) [12℄,
VONOS (Variable-Order Non-Osillatory Sheme) [47℄, SHARP (Simple High Auray R
es-olution Program) [20℄, WACEB (Weighted-Average Coeient Ensuring Boundedness) [39℄,
CUBISTA (Convergent and Universally Bounded Interpolation Sheme for the Treatment of
Advetion) [1℄, entre muito outros. O objetivo prinipal desses métodos é resolver problemas
propensos a osilações e, ao mesmo tempo, melhorar a preisão loal. É importante notar,
entretanto, que esses esquemas (alguns deles ao menos), embora funionando bem em alguns
problemas, podem não ser limitados em situações envolvendo desontinuidades (hoques) em
esoamentosompressíveis(ver, porexemplo,[16℄,[22℄) e/ou esoamentosinompressíveis
vis-oelástiosomequaçõesonstitutivashiperbólias(ver, porexemplo,[54℄). LineChieng[23℄e
LineLin[22℄,porexemplo,observaramque osesquemas SMARTeSHARP,embora alanem
altaordemde onvergênia, produzemosilaçõesespúriasemproblemasom desontinuidades
(omo por exemplo, o problema do tubo de hoque). Alves et al [1℄usando esquemas upwind
de alta ordem, zeram uma série de testes para simular uidos visoelástios e observaram
diuldades de onvergênia quando a malhaera renada, om uma fortetendênia a osilar.
As araterístias indesejáveis assoiadas a ambos os esquemas lássios FOU e QUICK e
os problemas de limitaçãoom esquemas de altaresolução itados motivamoestudo de novos
esquemas onvetivos om boa ordem de preisão (
≥
2),ao mesmo tempolivres de osilaçõesnão físias,que resolvambem problemas omplexos.
3.2 Critérios de limitação e exemplos de esquemas upwind
Duranteasimulaçãoomputaionaldeproblemasomplexos,éimpresindívelqueassoluções
obtidasnãoultrapassemosvaloresfísiosdoproessoqueestásendosimulado. SegundoGaskell
es-quema orrespondente preserva monotoniidade see somente se
(
ˆ
φ
U
≤
F
( ˆ
φ
U
)
≤
1
,
seφ
ˆ
U
∈
[0
,
1]
,
F
( ˆ
φ
U
) = ˆ
φ
U
,
seφ
ˆ
U
∈
/
[0
,
1]
.
(3.9)
Este ritério de limitação é representado geometriamente na Figura 3.4 e dene a região de
estabilidadedo proesso numério.
Um esquema onvetivo upwind pode ser desenvolvido onsiderandoa aproximaçãogeral
φ
f
=
φ
U
+
B
h
∂φ
∂x
f
,
∂φ
∂x
g
, δx
i
,
(3.10)onde afunção
B
éum termo anti-difusivo. Naliteratura, é omum tomar afunçãoB
omoB
=
1
2
δx
∂φ
∂x
f
.
(3.11)
Oesquema onvetivo upwind (3.10)pode ser então aproximado por
φ
f
≈
φ
U
+
1
2
δx
∂φ
∂x
f
≈
φ
U
+
1
2
φ
D
−
φ
U
,
(3.12)o qual é propenso à formação de osilações não físias (similar ao que foi visto om o uso do
esquemaQUICK).Para orrigiressasosilações,introduz-seumafunção
ψ
(hamadalimitadorde uxo) na formulação (3.12). Isto permite manter a solução numéria dentro de regiões
estáveis, istoé,
φ
f
≈
φ
U
+
1
2
ψ
(
r
f
)
φ
D
−
φ
U
,
(3.13)onde
r
f
éum sensorde suavidade dasolução denido omor
f
=
r
(
i
+1
/
2
,j
)
=
∂φ
∂x
g
∂φ
∂x
f
≈
∆
φ
2
∆
φ
1
=
φ
U
−
φ
R
φ
D
−
φ
U
=
φ
(
i,j
)
−
φ
(
i
−
1
,j
)
φ
(
i
+1
,j
)
−
φ
(
i,j
)
.
(3.14)Alguns exemplos de limitadoressão omo segue:
•
ψ
= 0
→
FOU;•
ψ
= 1
→
Diferença Central;Segundo Harten [14℄, um bom limitador de uxo é aquele que para
r
f
<
0
se transformeno esquema FOU e para
r
f
>
0
esteja restrito às regiões de monotoniidade, apresentandoomportamentoassintótionesta região. Esse objetivo pode ser alançado pormeiodoritério
delimitaçãoTVD(TotalVariationDiminishing)de Harten[14℄quegarantesoluçõesnumérias
siamente aeitáveis, livres de osilações e om boa ordem de preisão. Em NV, o esquema
upwind (3.13) é esritoomo
ˆ
φ
f
≈
φ
ˆ
U
+
1
2
ψ
(
r
f
)
1
−
φ
ˆ
U
,
(3.15)ou
ˆ
φ
(1+1
/
2
,j
)
≈
φ
ˆ
(
i,j
)
+
1
2
ψ
(
r
f
)
1
−
φ
ˆ
(
i,j
)
,
(3.16)onde
r
f
=
r
(
i
+1
/
2
,j
)
=
ˆ
φ
U
1
−
φ
ˆ
U
=
φ
ˆ
(
i,j
)
1
−
φ
ˆ
(
i,j
)
.
(3.17)Como omentado anteriormente, o parâmetro
r
f
funiona omo um detetor de suavidadeda solução. Com base nos valores de
r
f
, várias regiões de interesse podem ser identiadasnoplano
ψ
(
r
f
)
⊥
r
f
. A retar
f
= 0
, omo mostrado naFigura 3.5, separa regiões de osilaçõesouextremos (
r
f
<
0
)de regiõesde soluções monotnias(r
f
>
0
). Dentro dessas últimas,r
f
≈
1
orresponde aregiõesde soluçõessuaves(
r
f
= 1
-variaçãolinear). Regiõesde altasurvaturaspodem ser identiadas para
r
f
≤
0
er
f
<<
1
(urvatura negativa) our
f
>>
1
(urvaturapositiva).
ψ
Figura3.5: Plano
ψ
(
r
)
⊥
r
mostrandoaregiãode extremos(r
f
≤
0
),aregiãodemonotoniidade(vizinhança de
r
f
= 1
) eas regiõesde altaurvatura (r
f
>>
1
er
f
<<
1
).A variaçãototal (
T V
)no nível de tempot
j
=
jδ
t
é denida omoT V
(
φ
(
t
j
)) =
T V
(
φ
j
) =
X
i
|
φ
(
i
+1
,j
)
−
φ
(
i,j
)
|
.
(3.18)T V
(
φ
j
+1
)
≤
T V
(
φ
j
)
.
(3.19)O termo Diminishing refere-se ao fato de que a variação total num dado tempo pode ser
no máximo a variação total no tempo anterior, não resente om a marha no tempo. A
propriedadeTVDé umapropriedadeglobalde um esquemaadvetivoe previneaampliação
espúriade extremos. Harten[14℄ provouque um perl (iniialmente) monotnio
φ
permaneemonotnio após ser advetado por um esquema TVD. Entretanto, a propriedade TVD não
exlui a possibilidade de que um extremo possa reser enquanto outro diminui.
No aso de problemas om soluções desontínuas, faz-se neessário empregar métodos
mo-notnios para que não haja osilações nas vizinhanças das desontinuidades. LeVeque [21℄
demonstrou que se o esquema é TVD, ele preserva monotoniidade. Sweby [41℄ apliou o
oneito de Harten [14℄ aos limitadoresde uxo, epropsa restrição
(
0
≤
ψ
(
r
f
)
≤
min
(2
r
f
,
2)
,
ser
f
≥
0
,
ψ
(
r
f
) = 0
,
ser
f
≤
0
,
(3.20)
aqualdene aomumente hamadaregiãoTVD (verFigura3.6) paraos limitadoresde uxo.
Figura3.6: Região TVD de Sweby.
É mostrado a seguir que qualquer limitador de uxo
ψ
que satisfazψ
(1) = 1
(prinípiode Sweby [41℄), e que faz om que (3.13) seja de segunda ordem de preisão deve satisfazer a
seguinte ondição de equivalênia: