IJNIVERSIDADE E,E
SAO
PAU!-O
I
NSTITI,JTO
DE
G
EOCIÊIVCMS
OS
TURMALINA GRANITOS DE PERUS,
SP:
ASPECTOS GEOLÓC¡COS
E
PETROGRÁFICOS
D/O/V/SIO TADEU DE
AZEVEDO
orientador: Prof. Dr. Horstpeter Herberto Gustavo José
ulb:ich
DrssERrnÇÃo
DE
MESTRADo
,6-*
¡oo.
/*"
u,u,-,orECA
\,îT
,,4'1.:
\!
s. ?'
(\.
)
,tr.. I
-.j
n'i tàl
coMtssno
¡uLGADORA
Presidente:
prof. Dr. Horstpeter H.G,José UlbrichExaminadores:
prof. Dr. Antenor ZanarctoProf.
Dr.
José Moacyr Vianna Coutin¡oSÃO
PAULO
UNIVERSIDADE
DE
SAO
PAULO
INSTITUTO
DE
GEOCIÊNCIAS
OS
TURMALINA
GRANITOS
ASPECTOS GEOLÓGICOS
E
DE
PERUS,
SP:
PETROGRÁFICOS.
Dionisio
Tadeu
de
Azevedo
Orientador:
Prof.
Dr.
Horstpeter
H. G.
J.
Ulbrich
'r\o
Gn,'
. (t
rl ¡,
i,
1i:, rl-!/)Ii:rìA
,,
It'
í
""111c14
;'
ir., J
DtssERTAÇÃO DE
MESTRADO
,q
5.
?. "
Programa
de
Pós-Graduação
em
Mineralogia
e
Petrologia
DEDALUS-Acervo-lGC
\\Il\Il\\\\rl\\l\ï\\il\\Iï\\ll\\ll\\l\lï\I\rr\\\Il\\\\\Iil
30900004533
SÃO
PAULO
À
Úrsula, pela paciência,INDICE
X
XII
XTV
01
01
02
05
06
06
06
07
CAPfTULO2
.
OCONTEXTO
GEOLÓGICO-GEOTECTÔNICO
REGIONAL..,.
092.1.
ARCABOUÇOGEOTECTOMCO...
092.1.L. O
modelo geossinclinal deEbert
(1968)... ... ..'.'
102,1.2.
O
modelo deAlmeida, Hasui
e coåutores (1966-1981). ...
112.1.3.
A Faixa
Alto
RioGrande
e nappes deempurrão....
l5
2,2.
ASROCHASMETAMÓRFICAS NO
DOMÍNIO
SÃOROQUE
172.3.
A
EVOLUçÃO
OOCOÌüßCIMENTO
SOBREAS
ROCHASGRANÍTICAS DO ESTADO
DE
SÃOP4ULO..,.,..,..,,. ."
T82,3.2.
Trabalhos
prévios...2.3.3. Idades dos granitos...
CAPhULO
3
.
A
GEOLOGIA
DAS
FOLIIAS
SANTANA
DO
PARNAÍBA
E GUARULHOS,.,,.,,.,....,...,...3.
1. EMBASAMENTO...,,
3.2.
OSMETASSEDIMENTOS
E ROCF{AS ASSOCIADAS: OS GRUPOS SÃOROQUE
E
SERRA DOITABERABA,...
3.3.
MACIÇOS
GRANITÓIDES3.3.1.
Granitóides
pr&tectônicos...,... .. .. ..3.3.2.
Granitóides
brasilianos...3.4.
COBERTURA RECENTE,...3.
5.
ASPECTOS ESTRUTIIRAIS...,..,...19
23
27
29
30
34
34
36
39
40
43
43
45
46
46
47 47
50
5l
5l
s1
52
4,
3.
ASPECTOS ESTRUTURAIS...,...4.3.1. Deformação
sin-magmática
nas fácies bandadas dosturmalina
granitos...,,...CAPÍTULO
6- CONSIDERAÇÕES
FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRIFICAS...,...
s4
56
59
59
60
61
61
6l
ó1
64
66
66
68
73
76
78
78
79
81
82
86
ÍNorce
DE FIGURAS
Figura 1.1.
A
localização da regiãoestudada...:...,...,..,.
03Figura
2.1. O modelo geossinclinal de Ebert (1968).....
.
12Figura
2.2. Mapa geotectônico para região sudeste segundo Hasui(1978)...
...
14Figura
2.3.A
Nappe de EmpunãoSocono-Guaxupé...,...,...
..
.
....
l6
Figura
2.4. As principais oconências de granitóides no estadode São Paulo (Janasi
& Ulbrich,
1992)...
22Figura
3.1. Mapa geológico regional, folhas Santana do Parnaibae Guarulho
(Anexo
1)...
28Figura
4.1. Mapa geológico da região de Perus, SP (Anexo 2).....
44Figura
4.2. Diagramas de polo eroseta...
55Figura
4.3. Esquema proposto por Ramsay (1967), mostrando dos diversos padrões de interferência em dobramentos. ....Figura
5.1. Esquema mostrando o bandamento nafácies
bandada...Figura
5.2. Algumas variações do modelo de bandamento reconhecidos no c4mpo...Figura
5.3.Perfil
rnineralógico transversal à banda ...Figura 5.4.
Diagrama modalQ-A-P-M
para os turmalina granitos...Figura 5,5.
Diagrama modalQ-A-P-M
para os granitóides dos corpos maiores... 5763
64
66
72
ÍNorcp
DE
TABELAS
Tabela
2.1. Os domínios geológicos no embasamento paulista...Tabela 2.2. As associações granitóides no estado de São Paulo: caracteristicas e idades...,....
Tabel¡
3.1. Idades geocronológicas em rochas dos Grupos São Roquee Serra do Itaberaba,...
Tabela
5.1. Dados modais para os turmalina granitos de Perus, fácies bandadae homogênea..,..
Tabela 5.2. Dados modais de granitóides dos maciços
Cantareira (CA), Taipas (TP) e
Tico-Tico
(TT).
.
.....
....
21JJ
ÍNorcp
DE
Foros
E
FoToMCRocRAFIAS
Foto
1.1. Vista geral das área de ocorrência dos turmalina gtanitos (à sul do morro de Perus)..,...,...Foto 4.1. Visão geral, para
NW,
da frente de lawa da pedreira Panorama, no maciço Cantareira... ... .Foto 4.2, Vista geral do
mono
do Perus, desde o topo da pedreira Fiore...,...Foto 4.3.
A
pedreira Dellantônia emjulho
de 1996 (Anexo 2).Vista geral da exploração...
Foto 4.4.
A
pedreira Botuquara emjulho
de 1996 (Anexo 2).Vista geral para E.. ... ... ....
Foto 4.5. Contato escalonado entre o turmalina granito da
pedreira Dellantônia e a rocha metamórfica encaixante...
Foto 4.6.
Xenólito
de xistos encaixantes...Foto 4.7. Corpo tabular concordante de turmalina ganito...,...
Foto 4.8. Corpo
inegular
concordante de pegmatito, localizado em xistos...Fofo 4.9. a), b), c) e d). Ilustrações do padrão de dobramentos nos
turmalina
granitos...
58Foto 5.1. Afloramento de
biotita-sillimanita
xisto...
62Foto5.2.Rochacálcio-silicáticacombandamentoreliquiarregular...62
tr'oto 5.3. Fácies bandada na frente de lawa (pedreira
Fiore)...
62Foto 5.4. Fácies bandada, visão de
detaIhe...
...
62Foto 5.5. Fácies bandada com turmalina (pedreira
Fiore)....
65Foto
5.6. Fácies bandada com limites em partegadacionais...
65Foto 5.7. Fatia colorida, mostrando uma banda e os níveis basal, intermediário e
superior...
6548
48
48
48
53
53
53
Foto 5.8. Fatia colorida, identificando uma banda... .. ..
Foto
5.9. Fácies bandada na frente de lawa (pedreira Fiore)... ...Foto 5.10. Fácies bandada e veios concordantes de pegmatóides
(fácies pegmatóide interna) na frente de lavra...,....,..
Foto 5.11, Fácies bandada e veios concordantes de pegmatóides (pedreira Fiore).
Foto 5.12. Fácies bandada e veios pegmatóides
concordantes e subconcordantes (pedreira Botuquara). ... ...
Foto
5.13. Relação diretâ entre veios pegmatóides concordantes65
67
67
67
67
e discordantes na fácies bandada (pedreira Dellantônia)...
Foto 5.14, Veios pegmatóides concordantes e discordantes em contato com dique na fácies bandada (pedreira Dellantônia)
Foto 5.15. a), b). Seções transversais ao bandamento, mostrando
a distribuição dos minerais (nícois descruzados e cruzado)... ....
Foto 5.16. Fácies bandada, nível basal (nícois cruzados),
69
69
.
'
.',.,.,
74 69(pedreria Fiore)
Foto 5.17. Fácies bandada, nível intermediiírio (nícois cruzados), (pedreira Fiore).
Foto 5.18. Fácies bandada, nível superior, (pedreira Fiore)
Foto 5.19. Fá,cies bandada, nível superior, (pedreira Fiore)
Foto 5.20. Fácies homogênea na frente de lavra
(pedreira Botuquara)...
Foto
5.21. Fácies homogênea em fatia de rocha (pedreira Dellantônia)...ßoto 5.22. Feldspato de dimensões centimétricas com intercrescimento grá{ico...
Foto
5.23. Fácies pegrnatóide intema na frente de lavra(Pedreira Fiore)
Foto 5.24. Fatia do granito Cantareira (pedreira Panorama)...
75
75
75
75
77
Foto 5.25. Fatia do granito TaiPas
(pedreira
Construcap),
...,,
83Foto 5.26. Granito
Tico-Tico
(pedreira
Pedralix)
....
..
83Foto 5.27. Granito
Tico-Tico
RESIIMO
O
objetivo
princípal
destetrabalho
é a
obtençãode um
melhor
conhecimentogeológico
e
petrográfico
dosturmalina
granitosde
Perus, SP, tentando esclarecer suasrelações com os maciços graníticos maiores que afloram nas vizinhanças.
Uma
parte do trabalhofoi
dedicadaà
realização de um mapa de compilação, em escalal:
100.000, dasfolhas topográficas Guarulhos e Santana do Pamaiba (escala
original
l:
50.000),utilizando
paratal
os dados geológicos de quatro teses e dissertações, com a finalidadeprincipal
demostrar, em det¿lhe, a distribuição dos corpos graníticos presentes na região (Cantareira, Taipas,
Tico-Tico, Mairiporã,
Itaqui,Itaim,
Mono
do Perus e vários corpos menores, estesconsiderados pré-brasilianos na literatura).
A
discussão sobre a geologia desta compilaçãoé
acornpanhadade uma
sinopsesobre geologia, distribuição,
e
idades
dos
granitos presentes no embasamento do estado de São Paulo, chamando-se a atenção que as idadesU/Pb
mais novas sugerem queos
eventos"sin-"
e
"tarditectônicos"
brasilianos teriamidades em
tomo
de 630 e 580M4
respectivamente.A
base do presente trabalhoé um
mapa de detalhe, em escala 1:5.000, da região onde são encontradas as principais pedreiras de turmalina granitos, englobando também osafloramentos do maciço Taipas e a parte centro-ocidental do maciço Cantareira. Nota-se que o
primeiro
aparece como três bossasprincipais
e alguns afloramentos, marcados por matacões, apaxentementeisolados, rodeados
por
xistos regionais (Grupo Serra
doItaberaba);
é
constituído
por
biotita
granodioritos
a
monzogranitosporfiríticos,
comhornblenda
e
pouco
feldspato potiissico
nr
matriz.
O
maciço
Cantareira
forma
um marcadoalto
topográfico na região, separado do maciço Taipas e dosturmalina
granitospor
faixas de
cisalhamento,como
sugerido pelos mapeamentos regionais;a
fácies dele predominante na região é de umbiotita
monzogranito, que se diferencia do granito Taipaspor
sermais evoluido, não
apresentarhomblenda
e
mostrar
feldspato potássico comofenocristais e também na matriz.
Foi
descrito adicionalmenteo
granitoTico-Tico,
a duasmicas
e
com
granada"
embora
ele
esteja
afastado
dos
turmalina
granitos;petrograficamente,
é um sienoganito
de
composiçãomínima,
mostrando também com isto tratår-se de um produto de fusão crustal.Os turmalina granitos, e as rochas associadas, aparecem como pequenas bossas (a
maior não superior a 250
x
150m)
e uma grande quantidade de corpos pequenos (diques,veios,
lentes),
concordantes
a
discordantes,
dispersos
nas
rochas
metamórficasencaixantes, a
maioria
apenasvisíveis
como manchas restritas de alteração caollnica. Asbossas
de turmalina granitos
e
as
manifestações menores(ora turmalina
granitos, orapegmatitos) estão concentradas
em
pequena rirea, localizadas em função principalmente dedois
sitemas de cisalhamento:NE,
predominante regionalmente,e
NW;
um
terceirosistem4
E-W,
foi
document¿doem
pedreiras
do
maciço
Cantareira,
e
parece
sel subordinado.Ao
longo do sistemaNE,
aparecem veios concordantes de turmalina granitos e pegmatitos, que podem ser encontrados mais paraN,
até a região deMairiporã,
já
foraTrês fácies são encontradas nas bossas de turmalina gtanítos: bandada, homogênea
e pegmatítica interna.
A
fllcies
bandadapredomina
nestescorpos, enquanto
que
ahomogênea
é
muito restrita.
A
fácies
pegmatítica
intema
apareceora
como
veios corcordantes a discordantes, ora como diques e bolsões maiores, em parte ocupando partessignificativas
de
algumas pedreiras
(20
a
40%
do
total),
Predominam,
nasfácies
homogênea
e
pegmdtítica
interna,
os
minerais feldspato potássico,
plagioclásio (oligoclásio), quartzo e turmalina (preta, com a bege-esverdeada e a rósea aparecendo nos bolsões pegmatíticos maiores), e apatita e granada como acessórios comuns, além de uma variedade grandede minerais
secundários(micas
claras, fasescom
U,
etc.),
naflicies
bandada
o
plagioclásio
é
o
feldspato
mais
abundante.Ainda
nafácies
bandada,
eidentificada uma unidade
de
repetição
ou
banda, constituída
por um
nível
basal(enriquecido em quartzo), um nível predominante intermediário (feldspático, com alguma
turmalina) e um nível
superior, característico, enriquecido emturmalina e
plagioclásio;estas variações são em geral acompanhadas
por
leve aumento nas dimensões dos grãos(padrão
normal
gtanocrescente),por
vezes sem ele (padrãonormal
equigranular). Estas bandas repetem-se, nos casos típicos, dezenas de vezes, sem mudanças na espessura (emgeral,
em torno de
3
a
7
cm), padrãomineralógico,
etc.Em
todos os casos, as bandas aparecem deformadas com padrões que simulam redobramento. Trata-se de um fenômenosin-magmático
e
não tectônico, portanto
geradodwante
a
cristalizaçãodos turmalina
granitos.
Os
veios
pegmatíticos concordantes sugeremuma origem por
formação
de magmashiperfluidos, por
concentraçãotardia de fluidos em locais
preferenciais, comocorolii'rio
do
padrão
bandado.As
relações
entre
os
veios
concordantese
os
veiosdiscordantes, diques
e
bolsões pegrnatíticos internos mostra claramente queos ultimos
representam magmas
mobilizados
que cortam
o
bandamento,num
processoúnico
econtínuo
de
cristalizaçãoe
diferenciação.A
origem de
estruturas bandadascomo
estasdeve
apelar
para mecanismoscomo
o
de
convecçãodupla difusiva
("double
diffusiveconvection")
e não o da simples deposição por gravidade.Os
estudosde
campo não mostram
claramenteas
relaçõesentre
os
turmalinagranitos
e
os
maciços maiores, sugerindo-sena
literatura que
os
primeiros
teriam
seformado
por
diferenciação
de
magmas menos evoluidos, derivado
do
magmatismo Cantareira. Geologia e topografia não permitem relacionar estruturalmente osturmalina
granitos com
o
maciço
Cantareira,
de
cristalização
mais profunda
e
separado dosanteriores
por
zonasde
cisalhamento.As
idadesaté
hoje
conhecidaspara
estes doisgranitóides não permitem afirmações mais categóricas, os dados sendo de 650 ou 570
Ma
para os
turmalina
granitos, e de 670-630 ou 570Ma
parao
maciço Cantareira.A
origemdos magmas que geraram estes
turmalina
granitos não parece ser portanto clara, devendoser
discutida
em
função
de
dadosprincipalmente
geocronológicose
isotópicos
maisABSTRACT
The main purpose
of
this project isto
reach a better understandingof
the geology and petrographyof
the tourmaline granitesof
Perus, sP, andtheir
structural and geologic relationshipwith
other major nearby gtanite occurrences. As groundwork, a compiled map is presented ona
l:100,000
scale, based on several graduate theses, depicting the geologyand
mainly the distribution
of
the granitic
massesin
the
Guarulhosand
Santana doPamaiba sheets (the Cantareira, Taipas, Itaqui,
Tico-Tico, Itaim
andMairiporã
massifs, aswell
as other
smaller
and
deformed occulrences,
which
some
authorsconsider
pre-Brasiliano).A
discussion on the granites observedwithin
the basement rocksof
the stateof
São Paulo focuses ontheir
geology,distribution
and ages, showing that the latest U/Pb dates indicate an intrusion pattemwith
peakactivity
for the syn- and late-tectonic granites at about 630 and 580 Ma, respectively.A
geologic map, scale 1:5,000, constitutes the basefor
the present study,detailing
occunence and
distribution
ot the tourmaline gtanites and associated smaller outcrops, aswell
as thoseof
the
Taipas andthe
centfal-westempart
of
the cantafeira
massif. The Taipas graniteis
constitutedby
threemain
separate stocks and some smaller outcrops, surrounded by thesena
do Itaberaba Group (schists) as countryfocks;
it
is
aporphyritic
biotite
granodiorite to monzogranite,with
hornblende and verylittle
KF in thematrix.
TheCantareira massif
forms
here a prominent topographic height, separatedfrom
the Taipas granite and the tourmaline granites by shear faults, as suggested by regional mapping. Theiocally
predominant faciesis
aporphyritic
biotite
monzogranite, more evolved than the Taipas rock,with
no honblende andKF
in
thematrix.
The rocksofthe
Tico-Tico
massif,further
away,
were also
described;it
is a two mica
syenogtanitewith
gamet,with
acomposition clearly reflecting
origin
by melting of crustal rocks.The tourmaline granites, and associated rocks, are found as small stocks (the larger
one about 250
x
150m in
size) and many smaller concordant or discordant bodies (veins, lenses,dikes),
within the
country
schists,frequently
observedonly
aswhite
alterationpatches. The stocks (tourmaline graniteÐ and lesser bodies (either granites or pegnatites)
are concentrated
within
a rathersmall
area, definedby two
shear systems: one trendingNE,
regionatly
predominant,and
anotherwith
a
NW
trend.
A
third
system,E-W,
issubordinate
and
was
observed
in
quarries
within
the
Canta¡eira
g¡anite.
Smallerconcofdant bodies were observed in the
NE
shear system, to theN ofthe
mappedare4
up to theMairiporã
region.The
tourmaline
granite stocks present threedifferent petrogaphic
facies: banded,homogeneous
and intemal
pegmatitic.
The
banded
facies
is
predominant,while
thehomogeneous
variety
is
ratherrestricted;
the
hrst
one
is,
modally,
a
granodioriÛe, ther""onà
a
monzogranite.The intemal pegmatitic
facies occursboth
as concordant veins and as discordant veins, dikes, and masses, sometimes making up a significant part (20to
quartz and tourmaline (usually
black
schorlite,with
the beige-greenish and rosy varietiesrather common
in
the
larger pegmatitic
masses),and gamet and apatite as
accessory phases;a
large
number
of
secondaryminerals
is
found,
in
fractures,as
replircement rosettes, etc.(white
micas,U
minerals, etc.). The banded facies(typically,
thicknessof
3to 7 cm) is constituted by a sequence ofbands or layers, each
with
a lower quartz-çnrichedlevel
or
horizon,
an
intermediate feldspar-nch
level
with
some
tourmaline
and
adistinctive
upper
level
enriched
in
tourmaline,
Thesemodal variations are fn:quently
accompanied
by
an
increasein
grain
size
(normal
pattern
with
grain-size
increase), sometimeswith
no textural
changes(normal
equigranular pattem),The
bandsor
layersform
continuous
sequencesof
up
to
severaltens
of
bands, eachband
maintining
its
thickness,
modal variation,
etc.The
layering
is
always complexly folded
("r<;foldingpattem"),
asa
result
of
a
syn-magmaticdeformation
episode, thereforenot
of
lectonicorigin. The
concordant pegmatite veinsform
asthe result
of fluid
concentratiorrduring
crystallization. Their relationship
with
the discordant veins and dikes clearly show that thelatter are mainly mobilized portions
of
the
concordant veins, disrupting
an
existing layeringwith
further concentrationin
favorable sites,in
anoverall
continuous processof
magmatic
crystallization
anddifferentiation.
Mechanismsthat
generatethe
layering
in
these
tourmaline
gtanites cannot be merely controlledby
gravitational processes,but
are probably the result of doublediffusive
convection.It
is
diflicult
to
reconcilefield
evidencewith
the ideâ that the tourmaline granitemagmas were differentiated
from
less evolved magmasin
the Cantareiramassif
Geologyand topography show
no
relationshipsof
the Cantareira massif, probably crystallized atgreater depths,
with
the toumaline occrurences,both
separatedby
shear zones. Agesfor
both
arealso inconclusive:
publishedfigures show
650
or
570
Ma for
the
tourmaline granites, and 67-630or
570Ma for
the porphyritic
Cantareira rocks.The
origin of
themagmas
that
formed
the
torumaline
granitesare
still
a
debateditem,
awaiting
moreAGRADECIMENTOS
Gostaria
de
agradecer
a
todas as
pessoase
instituições
que
diretamente ou indiretamente colaboraram para a elaboração desta dissertação'Inicialmente
ao Prof Dr,
Horstpeter
Ulbrich
pela
orientação,
apoio
eacompanhamento durante a evolução do trabalho.
Aos Profs. Sílvio
vlach
e
Valdecir
Janasi,pelo
constanteincentivo
e
valiosassugestões.
Ao
Gilson,
Renatoe
Marco
Aurélio,
pelas discussõese
troca de
informações, edemais colegas
da
Pós-GraduaçãoNelson,
Nilson, Ricardo,
Gandini,
Geysa, Rosana, Raquel, Ângela, Sandra, Lucy, Nara, Irena, Annabel, Peter, Jorge, Marcelo, JaimeAos
professoresdo IG-USP,
Gergely
Szabó,Daniel Atencio,
FranciscoAlves
eDarcy Svisero, pelo convívio durante este tempo de trabalho
Ao
pessoalda
laminação,
Sr.
Cláudio Hopp
e
toda
sua equipe
que
sempreatenderam
prontamente
as
solicitações mesmo
nas
situações
mais
adversas;
asbibliotecárias, pela atenção e cuidado;
a
grátfica doIG,
pela confecção da capa e montagem dos volumes e a secretaria doDMP,
Marta e Tadeu.Ao
CNPq
pela
concessãoda
bolsa
de
pesquisa(Processo 134348/95-8)
e
aFAPESP
pelo
apoio financeiro que viabilizou
diversas etapas destetrabalho
(Processo96/0783-8)
CAPÍTULO
1INTRODUÇÃO
1.1. A
TEMATICA
O
embasamentodo
estadode
São
Paulo
apresenta-sedividido em faixas
oudomínios
de
orientaçãoNE,
todos
eleslimitados
por
extensas zonasde
cisalhamento. Cada t¡.m destes domínios mostra-se constituído por corpos metamórficos característicos econtral;tados,
ofa
com predomínio de
rochas supfacrustaiscom metamorltsmo
de
graubaixo a médio, ora aparecendo neles gnaisses e migmatitos geralmente ortoderivados. As
falhas limitantes, colocando em contato fragmentos litosfériscos aparentemente distintos,
devem portanto
ter
participado
ativamente
da
construção
deste particular
ananjo
estrutwal.
Adicionalmente, todos estes domínios mostram rochasganitóides
de diversas idades, em partejá
deformadas ou recristalizadas representado oconências mais antigas,mas também outras
de
aparição
mais tardia,
identificadas
como
manifestações dagranitogênese brasiliana (650 a 550 Ma, eventualmente com idades de até 450 Ma para as
oconências tardi-orogênicas).
O
Domínio
São Roque, em particular,limitado
por algumas das maiores zonas decisalhamento (Jundiuvira
no
limite NW,
Taxaquara para SE), é formadopor
sequênciassupracrustais,
com
rochas meta-wlcânicas
e
de
deposição
quimica
na
base
emanifesøções detríticas
nas
partes superiores; rochas
com
graus metamórfïco
mais elevados, representadas por mica xistos e gnaisses, afloram tanto no extremoE
como noW
dafaixa
São Roque e são consideradaso
embasamento das oconências supracrustais.os
vários aspectos da geologia regional elocal
são discutidos commaior
detalhe, e comcitação de referências, nos capítulos corespondentes.
O Domínio
São Roque enconha-se cortadopor
grande número de manifestaçõesgraníticas, as mais importantes de dimensões batolíticas
(são
Roque, Itaquí, Cantareira),as
menorescom
dimensões moderadasou
pequenas,mas
de gande
interesse tanto mineralógico como pehog¡áfico-geoqulmico.A
região em volta das localidades de Perus eCaieras, à
N
da
cidadede
SãoPaulo,
é a
que
mostramaior
diversidadetipológica
decorpos
granitóides.
O
embasamentoaqui
predominante
é
de
mica'xistos
em
parte porfiroblásticos, com intercalações de lentes cálcio-silicáticas, ambaslitologias
por vezesafetadas
por
metamorfismo
de grau mais
elevado, particularmente nos
contatos comintrusões granitóides.
São
encontradasna
área várias oconências
de
porte
menor constituídas por turmalina granito, maciços ou bandados; frequentemente eles também seapresentam
como
variedades pegnr.atíticas,seja
como parte integante dos
pequenoscorpos,
sejacomo veios
ou
lâminas
alongadas, alojadasde
maneira
independente nasrochas encaixantes.
Na
parteNW
destaregião,
ocorreo
maciço granitico
Tico-Tico,
àduas micas e com granada, enquanto que na região
sE
são encontradas as manifestaçõescálcio-alcalinas pertencentes à extremidade ocidental do
batólito
Cantafeira e ao"stook"
de Taipas. Os
turmalina
granitos, emparticular,
são objetos de exploração comercial depetrográficas
e
mineralógicas
muito
específicâs
Eles
são, ainda,
portadoresde
umavariada mineralogia de fases acessórias e secundárias, incluindo-se
ai
minerais uraníferos relativamente raros.Já existe uma considerável
bibliografia
sobre estes corpos deturmalina ganitos,
enfatizando em particular as feições petrográficas e mineralógicas, e em parte também as
caracteristicas
químicas.
Recentemente,
estão sendo
estudadasas
relações
destesturmalina
granitos
com os
granitos
circundantespor
meio de
metodologia
moderna,procurando-se estabelecer
um
modelo
de
evolução magmática
em
função
de
dados geoquímicos e de química de rnineral (e. g., Wernick etal.,
198ó; ver CapÍtulos 2 e 3).O
objetivo
da presente dissertação de mestrado éo
de destacar principalmente os aspectos geológicose
petrográficos
dos
granitóides
da
região
de
Perus,ainda
poucoconhecidos
(não
existe,
por ex.,
um
mapa geológico
de
detalhe
da
distribuição
dosturmalina granitos, e de suas relações geológicas com corpos
vizinhos
maiores). Parte-seportanto da realização de
um
mapageológico de
detalhe,compleødo com
a
descrição pormenorizada das diferentes fácies graníticas encontradas na região; particular ênfase édedicada ao estudo das variações petfogfáficas existentes nos próprios turmalina granitos.
No
Capítulo
I
da dissertação apresenta'se uma introdução geral e uma discussão sobre a metodologia utilizada. O Capítulo 2 aborda aspectos relacionados com o contextogeológico-geotecônico regional.
No
capitulo
3 é mostrado o estado da arte da geologia dodomínio São Roque; acompanha um mapa regional de compilação, reduzido para a escala 1:100.000, focalizando as regiões em
volta
da localidade de Perus.O
Capítulo4
trata dageologia
local,
mostrandoos
resultadosde
levantamentode
detalhepelo
autor
(mapa geológico em escala 1:5.000),junto
com uma breve carâcterização geológica das unidades mapeadas.No
Capitulo
5
são
apresentadosos
aspectospetrográficos
dos
conjuntoslitológicos
identificados. Finalmente, no Capítulo6
são destacadas, de maneira resumida,as principais conclusões.
1.2. LOCN-VAÇÃO,
ACESSO E BASETOPOGRÁFICA
A
região estudada situa-se à sul da localidade deVila
Perus a aproximadamente 25km
na direçãoN-NW
do centro da
cidadede
São Paulo.A
regiãoé
de
fácil
acesso econstitui
em boa parte área urbana, afetadapor
loteamentos,muitos
deles relativamente recentes.As
vias de
acessoprincipais
sãoa
rodovia
Anhanguera,a
estfada de Perus etambém a avenida Raimundo Pereira de Magalhães (antiga estrada de Campinas), todas elas asfaltadas. Destas estradas partem inumeros caminhos secundários de
tena
em boascondições
(Figura
1.1).A
Foto
1.1 mostra umâ visão panorâmica da região, a esquerda(leste) tem-se os morros
mais
altos,devido
aos afloramentosdo
maciço
Cantareira, naporção
central
dominam as ii,reas rebaixadas onde tem-se osxistos
e
as ocorrênias deturmalina granito,
e a direita
(oeste),ao fundo,
se destacaos
quartizitos
do Pico
doSANTANA
00
PARNAIBA
orerr
os/
// l1õtrPerús
GRANDE
\SAO
PAUL
Figura 1,1. A
localização da região estudada. O mapa superior mostra os limites do maparegional de compilação (folhas topogrâ,frcas Santana do Pamaíba e Guarulhos, em escala
1:5O.OOO;
e do
mapade
detalhe(folhas
Mono
do
Tico-Tico,
Pico de
Jaraguá, Perus eJardim Panamericano, escala 1:10.000). Este
último
aparece em destaque no mapainferior
Foto
l.l.
Vista
panorâmica
da região de Perus (visão
para sul).
Tem-se:
7,pedreira
Panorama,
no
maciço Cantareira; 2, 3
e
4,
asExistem mapas pafa a região em escala 1:50.000
e
1:10.000.o
mapa regional decompilação,
em
escala 1:100.000,foi
finalizado utilizando as
informações conhecidassobrè a iegião, com área de aproximadamente 300
km'.
Apresenta-se como um polígonoretangular,
definido
gfosseiramente pelas cidadesde são
Paulo,
Baruerí,
santana doparna'íba e
Mairiporã.
Sua base topográfica constitui-se das folhas santana do Pamaíba eGuarulhos (ver Càpítulo 3). As folhas em escala l:10.000
Morro
doTico-Tico,
Vila
Perus,Pico do Jaraguá e Jardim Panamericano (atualizadas até 1994) serviram como base para
os
trabalhosde
mapeamentomais
detalhado,com
aproximadâmente2
km2de
área eampliadas para 1:5.000; os resultados são apfesentâdos no Capítulo
4
Os limites do maparegional e àa área mapeada em detalhe estão representados na Figura 1 1'
1.3.
ASPECTOS FISIOGRÁFICOSA
area estudada está contida na unidade geomorfológica denominada Serrania desão Roque (Ponçano, 1981),
que
representa a porção doPlanalto Atlântico
marcado porcontinuãs
p.or"rrot
de
denudação,cuja
geração relaciona-secom as
superficies
de aplainamento Itaguá e Japi(Almeida,
1964).As
variaçõesgeomorfológicas
abrangemtrês
formas distintas
de
relevo.
Nasporções
leste
e
sudoésteda
área ocorrem as maiores
elevaçõesna forma de
serrasàbngadas com até I100 metros, relacionadas aos maciços cantareira e ltaqui. Bordejando estes maciços e estendendo-se em todas aS direções é encontradO
o
mar de morros comoconjuntos
de
formasem
"meia
laranja"
com
nível
de base dos valesa
700
metros dealtiiude
e
diferençasde relevo
vafia;do
entre
100a
300
metros.É
nestedomínio
queocoffem
os principais corpos gfaníticos menores Taipas,Mono
de Perus,Tico-Tico
e asbossas
e
lentes déturmalina
granitose litotipos
associados.os
turmalina
granitos, emparticular, ocorrem num conjunto de pequenos morrotes com amplitude de relevo menor que 100 metros numa
faixa
à oeste do maciço Cantareira.No
extremo noroeste' ocorremos
morros com serras restritas
de
maior
expressãotopográfica
que
os
monosanteriormente citados.
o
clima
da regiãoé
subtropical com
períodosde
estiagem(abril a
setembro) echuvoso
(outubro a março)
bem marcados.o
principal
escoadouronatural é
o
córrego Perus, da rede de drenagem local, situado 700 metros à oeste das oconências estudadas.A
vegetâção
nativa
é
praticamente inexistente,
tendo sido ora
totalmente extraída,
ora substituída por áreas de reflorestâmento.A
á¡ea de mapeamento apresenta-se intensamente urbanizada.os
afloramentos deturmalina granitos
ioram
ooupadosna
década
de
60
por
empresasde
mineração interessadal no feldspato para a industria de cerâmica. As pedreiras ainda em exploração,em número de duas, operam em regime de baixa produção. Recentemente despertou-se o
interesse
no
caulim, para utilização como aditivo
à
borracha,
extraido
por
alguns1,4.
MITODOLOGIA
os
turmalina
gfanitos,bem como
as manifestações granitóides queafloram
nasvizinhanças, apresentam
variações
intemas por
vezes consideráveis.Elas
podem
serregistradas
poi
meio
de descrições pormenorizadase
mapeamento de detalheou
semi-deìahe,
identificando
as
suasdistintas fácies
petrográficas. Cadaum
desteslitotipos
representâ
um
aspecloparticular dentro da história de
evoluçãoe/ou
colocação destesmaciço,;
(ver,
poi
ex.,
Ulbrich,
1984).O
mapa resultante,junto
com
as descrições dasvariações encontradas, constituem o fundamento para embasar discussões e interpretações
petrogenéticas,
estrutuais
e
geoquímicas.os
objetivos
do
trabalho
de
campo
foram, entaol os da identihcação dos diversoslitotipos,
reconhecimento de suas extensões e das relações existentes entre eles. Os trabalhos delaboratório
concentraram-se na descriçãoestrutural, petrográfica
e
mineralógica
das amostras coletadas.As
interpretações finais,por
esl:¿lr bãseadasem
dados restritos, enfatizam principalmenteos
aspectos ligados aoposicionamento dos corpos menores e à origem de estruturas e
textuas
magmáticas.1.4.1.
Andamento dostrabalhos
os
trabalhos de campo iniciaram-seno
segundo semestrede
1995 com visitas àsvafias pedreiras da região.
Durante o
anode
1996foram
realizadosperfis
ao longo dasprincipais
vias
de aceiso e das estradas secundarias, bem como emtorno
dos corpos deio.*oilnu
granitos, visando
inicialmente ao
reconhecimentodos contatos
geológicos,posteriormãnte
refinados
ao
proceder-seao
adensamentodos pontos.
As
observaçõesioram também estendidas aos
i'stocks"
de Taipas eTico-Tico
e ao maciço Cantareira' Foi montada uma coleção de rochas representatívas das diferentes faciologias reconhecidas.Ainda no segundo semestre de 1995, como suporte para os trabalhos de campo,
foi
realizadz
a
fotoint¿rpretaçãode três
levantamentos aerofotogramétricosna
região
deperus, escala
1:30,000, realizadosem
1950,
1964
e
1980, visando principalmente
a reconstituiçãodo
desenvolvimento daslawas
nosturmalina
granitose a
confecção debases topográficas.
A
parte laboratorial do trabalho iniciou-se no
segundo semestrede
1996com
o estudo e descrição das seções delgadase
a contagem das modas,com
sua representação em diagtamas apropriados; estas primeiras observações de laboratório, juntamente com osdados de campo, identificaram os maiores problemas a s€rem resolvidos'
1,4.2, Tratamento
dos dadostopográficos
Para
esta
dissertação
os
mapas geológicos regional
e
de
detalhe
foramconfeccionados através
da
digilalizaçáo das folhas
topográficas apfopriadas,em
parteatualizadas
até
1994,
utilizando
o
software
AutocAD-Release12.
O
mapa
regionalcompilado
foi
construídoutilizando
as folhas doIBGE
Santana do Pamaíba (SF.23-Y-C-Í11-3lNr-2767-3)
e Guarulhos(sF.23-Y-C-il-4 llvr-2767-4),
ambas na escala 1:50.000.os
trabalhos de detalhe foram realizados por meio das folhasMono
doTico-Tico
(sF-23-Y-C-Itr-3-SE-B), Pico do Jaraguá
(SF-23-Y-C-[I-3-SE-D),
Perus(SF-23-Y-C'III4-SO-A),
Optou-se por este processo de tratamento das bases topográficas utilizadas du¡ante
o
mapeamento de detalhe e a fase de confecção do mapa regional, devido a inexistênciade foihas na escala adequada ao trabalho de campo (1:5.000) e de compilação (1:100.000)
e
por
estas áreasde
interesseestarem
sempre localizadasna
confluência
de
folhasdistintas.
Na
mesadigitalizadora,
apósa
calibração utilizando
coordenadasUTN,
foram traçados osprincipais
elementos topográficos de cadafolha,
tais como curvasde
nível,redes de dreiragem, vias de acesso
e
obras de cultura, em /ayers distintos, compondo nofinal a
basea
ser
trabalhada.o
mapa
de
compilação
foi
realizado
pela
inclusão
deinformações geológicas disponíveis na literatu¡a (unidades mapeadas, contatos, estruturas
regionais mais importantes, fotolineamentos), que quase sempre se mostravam em escala
distinta
da
basetopográfica
confeccionada.o
maparegional
obtido a partir
das duasfolhas
do IBGE,
em
escala 1:50.000,foi
impressoem
escala l:100.000e
o
mapa
dedetalhe, construido
por
meio
dasquatro folhas da
EMPLASA
em
escala I :10.000,foi
impresso na escala 1:5.000.
1.4.3.
Análisespetrográficas
Para o estudo mineralógico e
textufal
das rochas foram confeccionadas 70 lâminasdelgadas, analisadas
sob
luz
transmitida. Foram ainda utilizadas cerca
de
10
seçõesdelgadas polidas, para a identificação e estudo textural dos minerais opacos através de
luz
reflitida.
Para contagem
modal foram
adicionalmente
cortadas40
fatias
de
rochasporfiríticas de granulação mais grossa e/ou estruturalmente complexas' representativas dos maciços Cantareira, Taipas e
Tico-Tico
A
contagemmodal em
lâminas delgadasé
feita ao
microscópiocom
auxilio
devernier
e contador de pontos, com intervalos que variam entre 0,1 e 0,5mm,
conforme agranulação
da
rocha.
Foi
contado
um
número
mínimo
de
1200 pontos
por
lâmina,varrendo em media 80% da sua área
útil.
A
contagem dasfatias,
apóstingimento com
soluçãode
cobaltinitrito
de
sódio,cobriu
areasenire
170 a 300 cm2, sempre dez vezesmaior
que a áreado maior
grão dafatia.
A
contagem (emtomo
de 1300a
1500 pontos)foi
realizada nos nós de um retículo fianspafente dè espaçamento regular, com distância variável de acordo com a gfan¡laçãoda rocha, colocado sobre a fatia.
A
identificação do feldspato potií,ssico em fatias de rocha éfacilitada
pela cor amarela, obtida portingimento
comcobaltinitrito
de sódio enquantoos grãos de plagioclásio se mantém com coloração esbranquiçada. Esta contagem permite,
assim,
obtei
valores representativos das proporções de feldspato potâssico, plagioclásio, quartzo e do conjunto de minerais máficos e acessórios. Por sua vez, os teofes individuaisdos v¿írios minerais máficos foram determinados
pol
contagem modal em lâmina'A
solução detingimento
é
obtida
atravésda
dissoluçãototal de
19,64g do
salcobaltinitrito àe
sódio,num
béquerde
250
ml,
em 5
ml
de ácido acético
seguida dadiluição com
água destilada atécompletaf
um
volume
final
de 200
ml
de
solução. Ovolume é suficiènte para colofação de um conjunto
de
l0
amostras.A
solução é aplicada1'-
Num
recipiente plástico contendo solução de ácidofluorídrico
concentradosão mergulhadas as fatias, durante aproximâdamente 50 segundos.
2o- Numa segunda bandeja com água pura as fatias são lavadas, para remoção do excesso de FIF, e em seguida secadas preferencialmente com ar comprimido
3o-
O
tingimento
é realizadocom a
imersão daslatias em
uma terceira bandeja plástica contendo a solução preparada, dwante 50 segundos.4o-
As
fatias são lavadasa
seguir em água corrente, para retiradado
excesso de solução.Após
secagem ao natu¡al é recomendávela
pulverização da superficie das fatiasCAPÍTULO
2
O
CONTEXTO GEOLÓGICO-GEOTECTÔNICO REGIONAL
2,
1. ARCABOUÇO GEOTECTÔMCO
Os
granitóides localizadosna
região de
Peruse
vizinhanças,no
estadotle
SãoPaulo,
aparecem
invadindo rochas
metassedimentaresdo
Grupo São Roque,
queconstituem
uma
faixa
dobradacom
deformações e/ou retrabalhamentode
rochas mais antigas, juntamente com intrusões graníticas, todas devidas à atuação dociclo
Brasiliano(defrnido por
conjuntosde
rochas geradas e/ou deformadas entre 700e
450Ma.
como identificado por dataçõesRb/sr
eK/Ar;
Almeidaet
al.,l97l;
parabibliografia
abrangentesobre o Brasiliano, ver Hasui
et al.,
1978a; Trompette, 1994). Estas rochas metamórfìcas,limitadas à
N
pela zona de cisalhamento de Jundiuvira e à S pela de Taxaquara, são parteintegfante
de uma
unidade
geológico-geotectônicamaior,
o
cinturão de
dobramentonibèira,
importante constituente do embasamentocristalino
do estado de São Paulo e dos estados vizinhos. Este cinturão, que contomano
limite
comMinas
Gerais a partesul
da cunha ou maciço de Guaxupé, desvia-se a seguir para fomecer olimite
E do craton do SãoFrancisco.
As
relaçõesentre
o
cinturão
Ribeira
e
as outras
grandes r¡nidadesgeológico-geotectônicas
da região SE brasileira
são
resumidamente apresentadasno
parágrafo seguinte.A
plataforma sul-americana, com as sr¡¿rs vá¡ias coberturas sedimentares, apaleceexpressa na região do SE do
Brasil
pelo chamado escudo atlântico(Almeida et
al., 1976;Schobbenhaus et
al.,
1984). Como os seus elementos constitutivos mais importantes, sãocitados
o
craton
do são
Franciscoe
os
cinturõesde
dobramento queo
circundam.o
cratondo
São Franscicoé
uma área estávelde
complexahistória,
que mostra núcleos afqueanos (idades superiores a 3 Ga), rehabalhados por eventos ou cicios tectono-térmicosmais
novos,
tais como
o
de
Jequié
(2,6-2,7 Ga)
e
o
Transamazónico(-
2'0
Ga)'registrando-se ainda
a
atuaçãofinal do ciclo
Brasiliano
(700-450Ma).
A
extremidademðridional
do
craton
mostra-semais
estreita, bordejadapor um
conjunto
complexo de faixas dobradas de idade brasiliana, em pafte apresentando retrabalhamento de crosta maisantiga, mas também
com
contribuiçõesjuvenis.
Na
sua margem leste, aparece paraN
afaixá de dobramento
Araçuaí
(Almeida,
1976,1977; tambémAlmeida
etal.,
1978, citado em Schobbenhaus etal.,
1984), com direção e estrutufas predominantes N-S.A
parfir
domeridiano
20oS,é
encontradaa
extremidade setentrionalda
faixa
dobradaou
cinturão Ribeira(Almeida et
al., 1973; ver Schobbenhaus etal.,
1984), nesta região com estn¡tufas dominanìesN-S,
queinfletem
paraSW à altura do meridiano
22oS, adaptando-se destamaneira
à
porçãoterminal do
craton.
o
contomo ocidental cratónico
é limitado
pelomaciço mediano ou complexo de Guaxupé, de
forma triangular,
comvértice
apontandopu.u'E. O cintufão Ribeira, por
sua vez, continua mais parao sul,
sendoo
constituinte principa.t dos embasamentoscristalinos
dos estadosdo S e
SEbrasileiros
(são
Paulo, þu.unå,S*tu
Catarina,Rio Grande do Sul), com algumas importantes intercalações maisantigaq
anteriormentetidas como
representativasde "maciços
medianos" (e'g',
o
deloin-ville;
o
chamadocomplexo costeiro,
no
litoral de
São Paulo,
Paranáe
santaCatarinaj, hoje consideradâs parte
integante
de regiões cratónicas (cratonsLuis Alves
eRio
de la Plata; e.g., Schobbenhaus etal.,
1984).A
seguir, são discutidos, em sequência de apresentação naliteratua
específrca, ostrês
mo,ielo;
geotectônicos mais relevantes paraa
compreensãodo contexto
geológico-geotectônico dos granitóides estudados2.1.1.
(}
modelo geossinclinal deEbert
(1968),{
proposta de Ebert, acompanhada de mapajâ
apresentadoem
1965, está baseadaem
modólos
geológico-geotectônicoscorriqueiramente
utilizados
por
pesquisadores europeos, partiõularmente os de Hans Stille (e.g.,Locry
&
Ladeira, 1980). Estes geólogosideniificavam um
modelo"alpinotipo"
de deformação, com aparição de faixas dobradasduplas situadas entre duas áieas estriveis (geralmente continentais, mas
que
poderiamtu.U¿.
ser oceânicas,na
concepçãode
Stille).
A
compressão era realizada contra umantepais (..foreland"); neste,
as
cobertu¡as
sedimentares eventualmente
presentesregistram
iouca
ou nenhuma deformação ouinfluência
de atividademetamórfica
As duasfalas
dobradas diferenciavam-sepelo
tipo
de sedimentação que recebiam, e ainda pelapresença
(ou
ausência)
de
atividade ígnea
e a
intensidade
da
deformação
e
do-"trtnãm..no.
A
faixa
chamada de"externides",
adjacente ao antepais, era identificada pela ausência de sedimentos imaturos, afalta
de atividade intrusiva, e um metamorfismoiraco (fácies xistos verdes, ou menor).
A
segunda faixa, a dos"intemides",
paralela à dos..exteÀides"
e mais afastada do antepais, caracterizava-se pela sedimentação de materiaismais imaturos
(grauvaques,etc.)
e
presençade
lulcanismo, e um
metamorltsmo
maisintenso
(facies-anfrboiito
ou
até
granulito)
acompanhado
de
invasões
graníticas("granitizàção" mais marcada)
Na
teoria
geossinclinal
clássica
(eg,
Kay,
1951;i<ir*b"in
&
sloss,
1g51;Aubouin,
1g65;Loc'
&
Ladeira, lgg0),
's
"extemides"
e..internides" se conespondem, pelo menos em parte, aos conceitos de
"miogeossinclinal"
e "eugeossinclinal", respectivamente.
Foi também
Stille
(e.g.,Stille,
1958) o pesquisador que comprovou a pfesença' nosvários
continentes,do que
chamou
de
evento
"assíntico" de
orogenia,
deformação emetamorfismo,
hoje
caracterizado
como
evento
Bfasiliano
na
Améfica
do
sul,
dePanafricano
na
África, etc.
o
nome "assintíco" deriva
da
discordância encontfada nodistrito
de Ass1,mt, na Escócia setentrional, que sepafa os arenitosTorridonian
(de idadeprécambriana
incerta),
levemente deformados,
dos
sedimentoscalcário-pelíticos
não àeformados supfajacentes, com fauna deolenellus do cambriano
inferior (stille,
1958);esta
fase
otogèni"u
se
localiza.ria,portånto,
no
Precambria¡o superior,
provavelmenteperto do
limite
com o Cambriano(>
500 Ma).geológicos e petrográficos
(faciologia
das rochas metamórfrtcas) (Figura21).
O
antepaisi.forJan¿")
àe gbert
aparece representadopela "bacia do
rio
SãoFra¡cisco"
(comòobertura de rochas sedimentares a metassedimentares anquimetamórhcas) e a "zona do
Espinhaço,'(com as séries
Minas e Itacolomi,
mostrandogfau metamórlico da
fáciesxisìos
verdes,
subfáciesda clorita).
No limite
oriental
do
antepais aparecea
faixa
orogênica ..assíntica'
dos Paraibides(:
neo-precambriana, idade provável da ordem deSSdUa;
verEbert,
1968), de percursoN
aNE
e
que continua com direção SW, após olimite
inferior
do antepais, passando pelos estados de São Paulo, Paraná e Santa C¿tarina. Para W aparece umainflexão ("virgação")
dafaixa
orogênica, contomando a extremidademeridionà
do
antepais, constituindo uma segundafaixa
com tendênciafinal NW,
a dosA¡axaides. Atraves
do
grau metamórfico,Ebert
pôdeidentificar
tambémo
cinturão
dosextemides de
baixo
grau metamórf,rco, adjacente ao antepais,com
paragênese minerais metamórficas da fáciès xistos verdes (subfácies declorita
ebiotita)
eanfibolito
(subfáciescom
estaurolita); queforma
a
parteocidental
dos Paraibides,proximal
ao antepais. As u¡idades mais impórtantes dos externides seriam os Grupos São João del Rei, com rochas da fácies xistos vérdes, em Minas Gerais, e o Grupo Açungui em São Paulo, também com paragêneses da facies xistos verdese
supostamente pobre emfeldspatos
o
cinturão dosintemides, com
gÉu
metamórfico maior, distal ao antepais, mostra paragêneses da fáciesanfibolito
e
indicações
de
intensa atividade granítica
(intrusões,
migmatitos,..granitizações")'.
O
constituenteestratigfil,fico
mais
importante
dos
intemides
estariacõnstituídó pelo Grupo
Paraiba,que mostraria principalmente
paragraisses(em
parte,migrnatíticoi),
micaxistose
escassos granulitos, provavelmente derivados de sedimentoseugeossinclinais
tais
como
arcósios
e
grauvaques;
subordinadamente, encontram'seesJamitos, quaxtzitos
e
ortognaisses.Em
Minas
Gerais,o
Grupo Andrelândia seri¿ uma unidade importante dos intemides, constituido por mica-xistos mais pobres em feldspatose
quartzitós,
possivelmente
representandojá
uma
transição
para
sedimentos
demioieossinclinais.
Claramente anômala é afaixa
São Roque (mostrando rochas da fáciesxistÀ-s verdes, com
filitos,
quartzitose
metacalcarios predominantes, mineralogicamentepobres em feldspatos) por règistrar no seu
interior
a presença de viários corpos gfaníticos,ämbora seja considerada
como r¡m
segmentodos
externides;era identificada
naquelaépoca como equivalente do Grupo Açungui.
Desvinculadas destas faixas dobradas "assínticas", aparecem regiões com rochas da alta fácies
anfibolito
e com intercalações de lentes chamoquíticas; entre estas,destaca-se a .,cunha,. de Guaxupé,
já
reconhecida como tal no mapa de Ebert (ver Figura 2.1).2.1.2.
o
modelo de
Almeida,
H¡sui
e
coautores (1966-1981): os
geossincllneose
asgrandes
estruturas brasilianas
no SEbrasileiro
A partir
de 19ó6, F.F.M. deAlmeida
vêm desenvolvendo, individualmente ou comoutros
autores,um
modelo de
compartimentaçãotectônica
e
de
evoluçäoda
chamadaPlataforma
Sulamericana,num
primeiro
momento identificando
asprincipais
unidadesgeológico-geotectônicas,
refinando
a
seguir
estesmodelos
e
definindo as várias
fasesãuotuiiroas, modelo também adotado em grandes linhas pela maioria dos geopesquisadores
brasileiros
(Almeida,
1966,1967,1969,
1977;ver
tambémAlmeida
et al',
1973, 1976,1981; Hasuì et
al.,
1978a;Wernick
etal.,
1978; Schobbenhaus etal.,
1984, e bibliografiaTroço estruiurol
Bocio
do
Poronó
lnternides
Externides
Antepois
42"
il-
Zono de fócles gronulítlco?r?
Zono de fócies onfibolÍtlcorVcf-
(subfóciescom
slllmonlto)Tu'h_ Zono de fócies onfibolÍtico
L r
v
(com subfócles estourollto e cionlto)Zono de fócies xisto verde
Vq-
(subfóciescom
biotito e clorlto)r?r
vD-
Zono de fócies xisto verdecom
lntrusoes de gronito (Série Soo Roque)
/
/
Figura
2.1. O modelo geossinclinal de Ebert (1968). Para maiores detalhes, ver texto.O
quadro geológico-geotectônicono
SEbrasileíro
seinicia
com
a
definição
deuma
unidade cratônicaantiga,
a do
craton
de
São Francisco,envolvido
por
extensa ecomplexa
faixa
de dobramento, coletivamente identificada como "Região de Dobramentodo SE'
brasileiro
(ou
"cintulão
dobrado
Ribeira"), que em
termos
geotectônicos éequivalente, no
NE
doterritório
nacional, à "Região de DobramentoNE"
(e g,
Hasui etal.,
1978a;Wemick et al.,
1978).O
cratonde
São Francisco mostra bordas aindamal
definidas, em
virtude de
coberturas posteriorese o
retrabalhamento de suas margens, à época brasiliana, oculta¡do-se com isto os seuslimites
reais. Nas regiões de dobramentosão identificadas duas unidades estruturais diferentes,
uma
constituída pelasfaixas
de dobramento, a outra pelos chamados "maciços medianos"'As
faixas de dobtamento, emconcordância
com
as
ídeais
previamente difr¡ndidas
por
Ebert (e.g., Ebert,
1968),mostrariam uma parte extema, com metamorfismo mais marcado e
maior
intensidade deatividade ígnea (equivalente aos
"intemides",
ver ítem anterior), e uma proximal ao craton(os "extemides"), com metamorfismo pouco intenso (fácies xistos verdes) e que em parte
afeta também as
coberturas cratónicas.Os
maciços
medianos,por
sua vez,
estariam representadospor
porçõesda
crostasiálica mais
antiga, retrabalhada duranteo
eventobrasiliano,
limitados
por falhas transcorrentes de direções concordantes com as principaisatitudes estruturais reproduzidas nos cinturões dobradas (e
g., NE-SW
na regiãodo
SEbrasileiro).
As regiões de dobramento são, no SE brasileiro e nas áreas de interesse do presente
trabalho, principalmente
as
faixas
Apiaí
e
São Roque,
com
estruturas orientadas nosentido NE-SW,
limitadas
àN-NE
pelo maciço mediano Guaxupé e, à S-SE pelo maciçomediano
Joinville.
O craton de São Francisco, por sua vez, aparece rodeado, paraW,
pelocinturão dobrado Brasília e, para E, pelo cinturão Araçuaí (Figura 2.2)
A
atividade brasiliana nesta região é definida da seguinte maneira:início
porvolta
de
1,0
a
0,7
Ga,
com
aparição
de
bacias
controladas
por
falhamento
profundo,sedimentação e alguma atividade
wlcânica
básica, seguida de etapa intemediária (0,7-0,6Ga),
com
metamorfismo regional, deformação polifásica,
magmatismo
ácido
emigmatização nas regiões mais profundas, com etapa
final
(600-450Ma)
acompanhada desoerguimento,
intrusão
de
corpos graníticos pós'tectônicos, ativação
(reativação?) defalhas
transcorrentese
geração
de
"antefossas"
e
"intrafossas"
com
sedimentaçãomolássica. Os blocos mais altos da região
foram
afetados, durante todos estes periodos,por
metamorfismo
adicional,
migmatizagão, intrusões graníticase, em
parte, tambémregistraram
sedimentaçãol
são
fragmentos
mais
soerguidos
do
embasamentopré'
brasiliano,
de
idades proterozóicas
ou
até,
predominantemente, ¿¡rquenas,que
hoje constituiriam os maciços medianos,A
sedimentaçãobrasiliana pode ser mais facilmente
reconhecidanas
faixas marginais("extemides"),
menos deformadas emostando
metamorfismo de baixograu A
sequência
basal, sem
conglomerados
basais,
é
tipicamente clástico'qulmica
(com quartzitos, metacalcários, etc.) com alguma participação de derrames básicos (anfibolitos,clorita xistos),
seguidapor uma
sequênciaclástica
de
tipo
flyschóide
(metarenitos emetarritmitos), sem participação
de
derrames
básicos.
Em
algumas
legiões,
sãoobservados pacotes por vezes espessos de rochas carbonáticas, mais antigos que as rochas