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Efeitos da injeção de lidocaína 1% sem conservantes, em olhos de coelhos da raça Nova Zelândia Branco com uveíte

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Academic year: 2017

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CÂMPUS DE JABOTICABAL

EFEITOS DA INJEÇÃO DE LIDOCAÍNA 1%, SEM

CONSERVANTES, EM OLHOS DE COELHOS DA RAÇA

NOVA ZELÂNDIA BRANCO COM UVEÍTE

Alexandre Augusto Franchi de Barros Sobrinho

Médico Veterinário

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CÂMPUS DE JABOTICABAL

EFEITOS DA INJEÇÃO DE LIDOCAÍNA 1%, SEM

CONSERVANTES, EM OLHOS DE COELHOS DA RAÇA

NOVA ZELÂNDIA BRANCO COM UVEÍTE

Alexandre Augusto Franchi de Barros Sobrinho

Orientador: Prof. Dr. José Luiz Laus

Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – Unesp,

Câmpus de Jaboticabal, como parte das exigências para a obtenção do título de Mestre em Cirurgia Veterinária.

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ALEXANDRE AUGUSTO FRANCHI DE BARROS SOBRINHO – nascido em

08 de fevereiro de 1986, na cidade de Guaranésia, Minas Gerais. Graduado em Medicina Veterinária pela Universidade do Estado de Santa Catarina, em julho de 2010. Atualmente, aluno regular do Programa de Pós–Graduação em Cirurgia

Veterinária, nível Mestrado, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV) –

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Primeiramente, aos meus pais Carlos Sobrinho e Maria Inês Franchi, que me apoiaram incondicionalmente em tudo que escolhi fazer. Muito obrigado pelo carinho, dedicação, esforço, paciência e ensinamentos.

Aos meus irmãos, Fernando Sobrinho e Iara Sobrinho, muito obrigado pelo companheirismo, lealdade e incentivo.

Ao prof. José Luiz Laus, obrigado por ter me aceitado como integrante desse grupo, pelos ensinamentos e pelo exemplo, tanto ético como profissional.

Aos meus amigos da Oftalmo, Roberta Renzo, Karina Kobashigawa, Tiago Barbalho, Camila Silveira, Roberta Crivelaro, Ivan Martinez, Flor Chacaltana, Marcela Aldrovani e Gisele Valdetaro. Obrigado pelo auxílio e principalmente pela amizade.

A Eliselle Gouveia de Faria Biteli e ao Nathan da Rocha Neves Cruz, obrigado pela ajuda, relativamente à anestesia e às análises laboratoriais.

À minha namorada, Fernanda Acre, muito obrigado por tudo, pela ajuda, pelo carinho, pela dedicação, pelo apoio e, principalmente, pelo amor.

A CAPES pela bolsa de estudos concedida, a FAPESP e ao CNPq.

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SUMÁRIO

CERTIFICADO DA COMISSÃO DE ÉTICA NO USO DE ANIMAIS ... iii

RESUMO ... iv

ABSTRACT ... v

LISTA DE ABREVIATURAS ... vi

LISTA DE TABELAS ... vii

LISTA DE FIGURAS ... viii

1. INTRODUÇÃO E REVISÃO DA LITERATURA ... 1

2. JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS ... 4

3. MATERIAL E MÉTODOS ... 5

3.1 Considerações quanto à ética ... 5

3.2 Animais ... 5

3.3 Grupos experimentais ... 6

3.4 Anestesia ... 6

3.5 Índice biespectral (BIS) ... 7

3.6 Uveíte experimental ... 7

3.7 Injeção intracameral (Câmara Anterior) ... 8

3.8 Momentos das avaliações ... 9

3.9 Parâmetros da avaliação ... 10

3.9.1 Diâmetro pupilar ... 10

3.9.2 Avaliação clínica ... 10

3.9.3 Pressão intraocular ... 11

3.9.4 Flaremetria a “laser” ... 11

3.9.5 Microscopia especular de não contato ... 11

3.9.6 pH e quantitativo de proteínas do humor aquoso ... 12

3.10 Protocolo terapêutico ... 12

3.11 Estatística ... 12

4. Resultados ... 14

4.1 Diâmetro pupilar ... 14

4.2 Avaliação clínica ... 15

4.3 Pressão intraocular... 15

4.4 Flaremetria a “laser”... 16

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4.6 pH e quantitativo de proteínas do humor aquoso ... 20

5. DISCUSSÃO ... 21

6. CONCLUSÃO ... 26

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EFEITOS DA INJEÇÃO DE LIDOCAÍNA 1%, SEM CONSERVANTES, EM OLHOS DE COELHOS DA RAÇA NOVA ZELÂNDIA BRANCO COM UVEÍTE

RESUMO - Estudaram-se os efeitos da lidocaína 1%, sem conservantes, sobre parâmetros da uveíte. Trinta coelhos compuseram a pesquisa, sendo dez constituindo um grupo controle (GC). Os demais, submetidos à uveíte experimental por paracentese, foram subdivididos em grupo uveíte tratado (GUT) e grupo uveíte não tratado (GUNT). O grupo GC recebeu 0,2 mL de lidocaína 1%, sem conservantes, por via intracameral. Animais do GUT e do GUNT receberam 0,2 mL de lidocaína 1%, sem conservantes, e de solução fisiológica (NaCl 0,9%), respectivamente, doze horas após a indução da uveíte, pela mesma via e com iguais critérios. Realizou-se a avaliação do diâmetro pupilar (DP), por paquimetria, nos seguintes momentos: basal (DP0’), até

o 10° minuto; a cada minuto, até o 30° minuto; a cada 5 minutos; e até o 60° minuto, a cada 10 minutos. Procedeu-se à análise clínica, que compreendeu a avaliação da hiperemia conjuntival, da quemose e do edema da córnea. A pressão intraocular (PIO) foi avaliada empregando-se tonômetro de aplanação. Procederam-se análises quantitativas do “flare” do aquoso à flaremetria a “laser”. A hexagonalidade, a

densidade celular, a área celular, o coeficiente de variação e a espessura da córnea foram avaliados à microscopia especular de não contato. As avaliações ocorreram no momento basal (M0) em todos os grupos, 12 horas após a indução da uveíte nos grupos GUT e GUNT (M1), 1 hora (M2), 12 horas (M3) e 24 horas (M4) após a injeção intracameral, em todos os grupos. Alíquotas de humor aquoso foram avaliadas quanto ao pH e quantitativo de proteínas. Diferenças foram consideradas significativas quando p≤0,05. Quanto ao diâmetro pupilar, houve diferença (p≤0,05) em todos os

momentos, entre o GC e os demais grupos (GUT e GUNT), sendo maior no GC, seguido pelo GUT e pelo GUNT. Quanto a PIO, todos os grupos apresentaram diferenças entre o M0 e os demais momentos (p≤0,05), sendo maior em M0.

Relativamente à espessura corneal, houve diferença entre M3 e os demais momentos, no GC e no GUT, sendo maior em M3. No GUNT, M2 e M3 não diferiram entre si, mas o fizeram superando os demais momentos (p≤0,05). Os valores de proteínas no humor

aquoso foram significativamente maiores nos grupos com uveíte (GUT e GUNT)

(p≤0,05), em M1. Demais parâmetros da avaliação não diferiram entre grupos e entre

momentos (p>0,05). Levando-se em conta as injunções do meio e as condições impostas aos protocolos da pesquisa, permite-se admitir que a injeção intracameral de lidocaína 1%, sem conservantes, não alterou o diâmetro pupilar ou os parâmetros endoteliais corneais em coelhos da raça Nova Zelândia Branco com uveíte induzida.

Palavras-chave: câmara anterior, coelho, diâmetro pupilar, microscopia especular, olho, paracentese

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EFFECTS OF THE INJECTION OF PRESERVATIVE FREE 1% LIDOCAINE, IN THE EYES OF NEW ZELAND WHITE RABBITS WITH UVEITIS

ABSTRACT - We studied the effects of preservative-free 1% lidocaine on parameters of uveitis. Thirty rabbits comprised the study, ten forming a control group (CG). The others, with experimental uveitis, were divided into uveitis treated group (UTG) and uveitis non-treated group (UNTG). CG group received 0.2 mL of preservative-free 1% lidocaine, via intracameral route. UTG and UNTG animals received 0.2 mL of preservative-free 1% lidocaine and 0.2 mL of saline (NaCl 0.9%), respectively, twelve hours after the induction of uveitis, via the same route and with the same criteria. The assessment of pupil diameter (PD) was made by pachymetry, at the following times: baseline (PD0') until the 10th minute; every minute, until the 30th minute; every 5 minutes, and up to 60 minutes, every 10 minutes. We conducted a clinical examination, which included the evaluation of the conjunctival hyperemia, chemosis and edema of the cornea. Intraocular pressure (IOP) was measured by applanation tonometry. We conducted quantitative analyses of the "flare" of the aqueous with a laser flarimetry. The hexagonality, cell density, cell area, coefficient of variation and corneal thickness were evaluated in a non-contact specular microscope. Assessments occurred at baseline (M0) in all groups, 12 hours after induction of uveitis in groups UTG and UNTG (M1), 1 hour (M2), 12 hours (M3) and 24 hours (M4) after intracameral injection in all groups. Aliquots of aqueous humor were evaluated for pH and for the quantification of proteins. Differences were considered significant when p ≤ 0.05. As for the pupillary

diameter, there was a significant difference (p <0.05) at all times between the CG and the other groups (UTG and UNTG), being higher in CG, followed by UTG and the UNTG. As for the PIO, all groups showed differences between M0 and the other times (p <0.05), being higher in M0. Regarding corneal thickness there was a significant difference between M3 and the other times in CG and UTG, being higher in M3. In UNTG, M2 and M3 did not differ, but did exceed the other times (p <0.05). The amounts of proteins in the aqueous humor were significantly higher in groups with uveitis (UTG and UNTG) compared to the CG (p <0.05), in M1. Other parameters of the evaluation did not differ between groups and between time points (p> 0.05). Taking into account the injunctions of the environment and the conditions imposed on the research protocols, it can be said that the intracameral injection of preservative-free 1% lidocaine did not alter the pupil size or the corneal endothelial parameters in New Zealand white rabbits with induced uveitis.

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LISTA DE ABREVIATURAS

CAM: concentração alveolar mínima cm: centímetro

dL: decilitro

ph/ms: fótons por milissegundos GC: grupo controle

GUNT: grupo uveíte não tratado GUT: grupo uveíte tratado kg: quilograma

mg: miligrama mL: mililitro mm: milímetro

mm2: milímetro quadrado

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Escores hiperemia e quemose, em coelhos da raça Nova Zelândia Branco, machos ou fêmeas, nos grupos controle (GC), uveíte tratado (GUT) e uveíte não tratado (GUNT), nos diferentes momentos, em porcentagem. Jaboticabal, SP, 2014. ... 15

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Em M, momento das avaliações. DP representa o diâmetro pupilar. Valores algébricos seguidos de apóstrofo correspondem ao tempo, em minutos. IU corresponde à Indução da uveíte e IC corresponde à injeção intracameral. GC representa grupo controle, GUT representa grupo uveíte tratado e GUNT representa grupo uveíte não tratado. Jaboticabal, SP, 2014... 9

Figura 2. Diâmetros pupilares (mm) médios e respectivos erros padrão, em coelhos da raça Nova Zelândia Branco, machos ou fêmeas, nos grupos controle (GC), uveíte tratado (GUT) e uveíte não tratado (GUNT), nos diferentes momentos da avaliação. Jaboticabal, SP, 2014. ... 14

Figura 3. Valores médios da pressão intraocular (PIO) (mmHg) em coelhos da raça Nova Zelândia Branco, machos ou fêmeas, nos grupos controle (GC), uveíte tratado (GUT) e uveíte não tratado (GUNT), nos diferentes momentos. Símbolos dentro do círculo indicam ausência de diferenças significativas. Jaboticabal, SP, 2014. ... 16

Figura 4. Valores médios da espessura corneal (mm) em coelhos da raça Nova Zelândia Branco, machos ou fêmeas, no grupo controle (GC), nos diferentes momentos. As barras representam as medias e as hastes verticais representam os erros padrão. Letras diferentes representam diferença (p<0,05). Jaboticabal, SP, 2014. ... 18

Figura 5. Valores médios da espessura corneal (mm) em coelhos da raça Nova Zelândia Branco, machos ou fêmeas, no grupo uveíte tratado (GUT), nos diferentes momentos. As barras representam as medias e as hastes verticais representam os erros padrão. Letras diferentes representam diferença (p<0,05). Jaboticabal, SP, 2014. ...19

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1. INTRODUÇÃO E REVISÃO DA LITERATURA

A catarata situa-se entre as principais causas de perda da visão em animais e no homem e a remoção cirúrgica da lente cataratosa é o único método efetivo de tratamento. A facoemulsificação é a técnica de eleição, por oferecer os melhores resultados (LIM et al., 2011). Manobras cirúrgicas são facilitadas por protocolos

pré-operatórios, visando ao controle da inflamação e à dilatação pupilar. A dilatação pupilar permite boa visibilização da periferia da lente e diminui a ocorrência de sinéquias pós-operatórias. Diferentes protocolos clínicos têm sido propostos no escopo de se promover a dilatação pupilar. Midriáticos, cicloplégicos e anti-inflamatórios são os mais empregados (DAVIDSON et al., 1990; GLOVER &

CONSTANTINESCU, 1997; PIGATTO, 2004).

A dilatação pupilar, permitindo exposição adequada da lente, constitui importante fator associado ao sucesso na facoemulsificação (WILKIE & GEMENSKY-METZLER, 2004). Variações quanto aos estágios anestésicos podem resultar em alterações no diâmetro pupilar (MUIR, 2007). O índice biespectral (BIS), um valor derivado do eletroencefalograma (EEG), permite que se quantifiquem os efeitos sedativos e hipnóticos de fármacos anestésicos sobre o sistema nervoso central (ROSOW & MANBERG, 2001; VIANNA, 2001). Ele é exposto em número puro, com valores variando entre zero e 100. Obedecendo a uma escala numérica, observa-se BIS = 100 (paciente acordado); BIS = 70 (sedação profunda); BIS = 60 (anestesia geral); BIS = 40 (hipnose profunda); BIS = zero (EEG isoelétrico) (JOHANSEN & SEBEL, 2000; BARD, 2001). O BIS indica, portanto, o nível de atividade cerebral, mas não distingue níveis de consciência, bem como de concentrações plasmáticas de fármacos (BELL et al., 2004). Para cães anestesiados com sevofluorano, segundo

Henao-Guerrero (2003), os valores de BIS correspondentes ao plano de anestesia cirúrgica permanecem entre 55 a 65.

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que agem diretamente no músculo esfíncter da íris (HENDRIX, 2007). A quebra das barreiras oculares resulta em aumento da concentração de proteínas no humor aquoso (TOWSEND, 2008).

Townsend (2008) discorreu sobre a ocorrência de uveíte em todos os estágios de catarata. Resposta lenta ou incompleta à cicloplégicos pode ser notada em alguns tipos de uveíte (LEASURE et al., 2001), reforçando a convicção quanto à necessidade

de se utilizarem anti-inflamatórios nas facectomias. Associações que possam ser feitas entre os sinais clínicos da uveíte e o grau de maturidade da catarata são controversas. Reportou-se que indivíduos da espécie canina, com catarata imatura ou hipermatura, diferem quanto à pressão intraocular e que a uveíte induzida pela lente cataratosa resulta em taxas de sucesso menores nas facectomias (LEASURE et al.,

2001). Renzo et al. (2014) não encontraram diferenças, quanto às alterações de

pressão intraocular, entre cães com catarata madura ou hipermatura.

A atropina é um parassimpatolítico de ação direta, que atua bloqueando a resposta à acetilcolina em receptores colinérgicos pós-ganglionares (VITAL, 2002). Aplicada localmente, resulta em cicloplegia e em diminuição da produção lacrimal. A atropina 1% é indicada previamente às facectomias. A frequência e a duração do tratamento, todavia, são variáveis. A tropicamida, também um parassimpatolítico, por sua menor ação temporal permite ao cirurgião melhor manejo da duração da cicloplegia, diminuindo a ocorrência de hipertensão ocular pós-cirúrgica (WILKIE & GEMENSKY-METZLER, 2004).

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ação vasoconstritora potente (WILKIE & GEMENSKY-METZLER, 2004). A injeção intracameral de epinefrina 1:10.000 pode ser utilizada como adjuvante (LUNDBERG & BEHNDIG, 2003).

A lidocaína é um anestésico local que bloqueia a condução de impulsos nervosos nos canais de sódio, interrompendo a transmissão neuronal em nervos e em tratos sensoriais (SKARDA et al., 2007), causando acinesia da íris (LINCOFF et al.,

1985). Produtos da inflamação diminuem o pH, retardando efeitos temporais da anestesia local e tornando menos eficiente o bloqueio nervoso (YAGIELA, 2002).

Em seres humanos, sabe-se que a injeção intracameral de lidocaína, livre de conservantes, age produzindo analgesia rápida e eficaz, bem como dilatação pupilar (TSENG & CHEN, 1998; PARK et al., 2010). É, por conseguinte, método alternativo à

utilização de cicloplégicos pré-operatórios (CIONNI et al., 2003, KHOKHAR & RAHIM,

2010). Efeitos midriáticos e proteção ao endotélio promovidos pela injeção intracameral de lidocaína, de epinefrina ou de ambas, foram reportados (LINCOFF et al., 1985; CATTERALL & MACKIE, 2001; CIONNI et al., 2003; LEE et al., 2003;

NIKEGHBALI et al., 2007). Myers & Shugar (2009) mostraram que a lidocaína e a

epinefrina intracamerais oferecem dilatação pupilar efetiva, quando combinadas a uma única gota de tropicamida 1%, no pré-operatório de facectomias.

Em coelhos, a injeção intracameral de lidocaína 1%, sem conservantes, pode ser usada como adjuvante na promoção da midríase, com menos alterações microestruturais ao endotélio corneal, comparativamente à epinefrina 1:10.000 (KIM

et al., 2010). Não se reportaram efeitos adversos após a utilização da lidocaína 1% ou

2%, sendo, em quaisquer das concentrações, factível para o manejo da dor intraocular (GERDING Jr. et al., 2004). Em cães normais, a injeção intracameral de 0,3 mL de

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2. JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS

JUSTIFICATIVAS

O sucesso em facectomias é determinado, entre outras razões, pelas condições intraoculares no momento da intervenção, sendo, a dilatação pupilar, uma das mais importantes.

A lidocaína, admite-se, é efetiva na promoção da cicloplegia e da analgesia em procedimentos cirúrgicos intraoculares. Desconhece-se, entretanto, que efeitos poderiam ser percebidos em olhos com uveíte, mas acredita-se que ela ofereça vantagens, comparativamente à epinefrina. Ressalvando-se que os efeitos cicloplégicos do fármaco podem estar prejudicados em olhos com uveíte lente induzida, pensou-se, ao testá-lo, que oportuno seria fazê-lo em olhos com uveíte, para a maior acurácia e confiabilidade dos resultados.

OBJETIVOS

Avaliarem-se os efeitos da injeção intracameral de lidocaína 1%, sem conservantes, em olhos de coelhos com uveíte induzida, considerando-se o tempo da dilatação pupilar, parâmetros clínicos, flaremetria a “laser”,microscopia especular, pH

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3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Considerações quanto à ética

A pesquisa foi realizada atendendo-se às normas da “Association for Research

in Vision and Ophthalmology”– ARVO, de consoante com o código de NÜREMBERG

(SHUSTER, 1998). Outrossim, sob a expressa autorização da Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV) da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Câmpus de Jaboticabal, processo n° 013561/13. Os indivíduos empregados na pesquisa foram mantidos para adoção.

3.2 Animais

Utilizaram-se 30 animais da espécie leporina (Oryctolagus cuniculus), da raça

Nova Zelândia Branco, adultos, machos ou fêmeas, com peso médio de 3,00 kg. Eles foram mantidos individualmente, em ambiente ventilado, em gaiolas apropriadas, limpas e higienizadas, com dieta à base de ração comercial e de água potável, à vontade. Previamente à inclusão na pesquisa, eles foram avaliados à semiotécnica oftálmica balizada no teste lacrimal de Schirmer1, na biomicroscopia com luz em

fenda2, na tonometria de aplanação3, na oftalmoscopia binocular indireta4 e na prova

do tingimento pela fluoresceína5. Apenas os livres de alterações oculares e em

aparente higidez sistêmica foram utilizados.

1 Teste de Schirmer£, Ophthalmos, São Paulo, SP

2 Portable SL 14£, Kowa, Nagoya, Japan

3 Tonopen XL£, Mentor O&O, Norwell, MA, EUA

4 Oftalmoscópio binocular indireto OHC£, Eye Tec, São Carlos, SP

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3.3 Grupos experimentais

Conceberam-se três grupos de dez animais (n=10): grupo uveíte não tratado (GUNT), submetido à uveíte experimental por paracentese, que recebeu, decorridas 12 horas da mesma, injeção intracameral (na câmara anterior) de solução de NaCl 0,9%6. Grupo uveíte tratado (GUT), submetido à uveíte experimental do mesmo modo,

que recebeu, decorridas 12 horas da mesma, injeção intracameral de lidocaína 1%7,

sem conservantes. Grupo controle (GC), sem uveíte experimental, que recebeu injeção intracameral de lidocaína 1%, sem conservantes. Empregou-se apenas o olho esquerdo de cada indivíduo.

3.4 Anestesia e Analgesia

A indução da anestesia foi iniciada, empregando-se máscara naso-oral vedada, com isofluorano8, a 5 CAM, diluído em fluxo total de 1 L/min de oxigênio 100%

fornecido em circuito anestésico sem reinalação de gases, dotado de vaporizador9

calibrado. A manutenção realizou-se por intubação com sonda de Magill10 de 3 mm

de diâmetro, conectada a aparelho de anestesia inalatória11. Reajustou-se o

vaporizador para 3 CAM. Os indivíduos foram mantidos no segundo plano do terceiro estágio de Guedel (MASSONE, 2008). Os animais receberam cloridrato de tramadol12,

na dose de 4 mg/kg, 20 minutos prévios à paracentese para indução da uveíte e à injeção intracameral, para assegurar analgesia (MASTROCINQUE & FANTONI, 2003; YASBEK & FANTONI, 2005).

6 Cloreto de sódio 0,9%, Equiplex, Aparecida de Goiânia, GO 7Lidocaína 1%, Ophthalmos, São Paulo, SP

8 Isoforine, Cristália, Campinas, SP

9 OHMEDA mod. ISOTEC 5 - Datex Ohmeda, Miami, FL, EUA 10 Tubo endotraqueal, Solidor, Shijiazhuang, China

11OHMEDA

– mod. Excel 210SE- Datex Ohmeda, Miami, FL, EUA

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3.5 Índice biespectral (BIS)

Eletrodos13 de avaliação do índice biespectral14 (BIS) foram posicionados,

atendendo-se ao descrito por Lopes et al. (2009). Procedeu-se à preparação das

regiões frontal e zigomática com álcool etílico15 e éter16. Dois eletrodos extremos

foram posicionados a 1 cm, caudalmente ao canto lateral de cada olho. Um eletrodo central (referência) foi posicionado na linha média do osso frontal, a 3 cm dos dois anteriores. Um eletrodo terra foi fixado a 2 cm da borda esquerda do eletrodo central. O índice biespectral foi mantido entre 55 e 65 (HENAO-GUERRERO, 2003).

3.6 Uveíte experimental

Adotou-se a paracentese da câmara anterior como modelo (RIBEIRO et al.,

2010, PINARD et al., 2011). Realizou-se a anestesia conforme descrito no item 3.4 e

prepararam-se os animais para procedimento asséptico. Estando os indivíduos em

decúbito lateral, a cabeça estabilizada sobre um “vacuum pillow”, e a região periorbital

tricotomizada, realizou-se a antissepsia empregando-se solução aquosa de iodopovidona17 10% nas pálpebras, diluída na proporção 1:1. Empregou-se, em

complementação à anestesia geral, anestesia local com colírio de proximetacaína 0,5%18. Realizou-se a antissepsia da córnea e da conjuntiva com solução de

iodopovidona 10%, na diluição 1:50 em solução salina. Utilizou-se a blefaroestase mecânica19. Empregou-se agulha de 13x4,520, acoplada a uma seringa de 1,0

mL21, introduzida tangencialmente, a 2 mm do limbo esclerocorneal temporal, em

córnea clara.

13 BIS-sensor XP Pediatric, Aspect Medical Systems, Inc, Natick, MA, EUA 14 A-2000 Biespectral Index Monitor Systems, Inc. Natick, MA, EUA 15 Álcool etílico 92,8° INMP, Itajá, Goianésia, GO

16 Éter etílico 35%, Vicpharma, Taquaritinga, SP 17 Iodopolividona, Riodeine, São José do Rio Preto, SP 18Anestalcon®, Alcon do Brasil, São Paulo, SP

19 Blefarostato de Barraquer, Steel Inox, Engenheiro Coelho, SP 20 Precision Glide£agulha descartável 13x4,5, BD, Curitiba, PR

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3.7 Injeção intracameral (Câmara Anterior)

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3.8 Momentos das avaliações

A Figura 1 mostra os momentos em que as avaliações foram realizadas e os dados relativos ao diâmetro pupilar.

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3.9 Parâmetros da avaliação

3.9.1 Diâmetro pupilar

O diâmetro pupilar (DP) foi avaliado empregando-se paquímetro22, sob luz com

intensidade fixa, em microscópio cirúrgico23. Foram contabilizadas as médias das

medidas horizontais e das verticais. Considerando-se o momento da injeção intracameral como tempo zero, o DP foi avaliado seguindo-se o protocolo: basal

(DP0’), até o 10° minuto; a cada minuto (DP1’, DP2’, DP3’, DP4’, DP5’, DP6’, DP7’,

DP8’,DP9’, DP10’), até o 30° minuto; a cada 5 minutos (DP15’, DP20’, DP25’, DP30’);

e até o 60° minuto, a cada 10 minutos (DP40’, DP50’e DP60’) (PARK et al., 2009).

3.9.2 Avaliação clínica

Avaliaram-se a hiperemia conjuntival, a quemose e o edema da córnea. Os eventos foram categorizados segundo a escala: ausente, discreto, moderado e intenso (ANDRADE et al., 1999). Consideraram-se, para as avaliações, os tempos: basal (M0) para todos os grupos; 12 horas após a indução da uveíte, nos grupos GUT e GUNT (M1); 1 hora (M2); 12 horas (M3); e 24 horas (M4) após a injeção intracameral, em todos os grupos.

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3.9.3 Pressão intraocular

Os valores da pressão intraocular considerados representaram a média de três avaliações consecutivas, com desvio padrão de 5%, tomadas na área central da córnea. Consideraram-se, para as avaliações, os tempos: basal (M0) para todos os grupos; 12 horas após a indução da uveíte, nos grupos GUT e GUNT (M1); 1 hora (M2); 12 horas (M3); e 24 horas (M4) após a injeção intracameral, em todos os grupos.

3.9.4 Flaremetria a “laser”

Sob contenção física delicada, a quantificação do “flare” foi realizada

empregando-se flarímetro a “laser”24. Valores contabilizados, o foram a partir da média

de três leituras, no momento basal (M0) para todos os grupos, 12 horas após a indução da uveíte nos grupos GUT e GUNT (M1), 1 hora (M2), 12 horas (M3) e 24 horas (M4) após a injeção intracameral, em todos os grupos.

3.9.5 Microscopia especular de não contato

Sob contenção física delicada, a região central da córnea foi avaliada em microscópio especular de não contato25. Três leituras foram realizadas. As imagens

foram analisadas e as células quantificadas em “software”26. Avaliou-se um mínimo

de 50 células bem definidas, quanto à hexagonalidade, à densidade celular, à área celular, o coeficiente de variação e quanto à espessura da córnea. As avaliações ocorreram em todos os grupos no momento basal (M0), 12 horas após a indução da

24Laser Flare Meter FM600, Kowa, Nagoya, Japan

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uveíte, nos grupos GUT e GUNT (M1), 1 hora (M2), 12 horas (M3) e 24 horas (M4) após a injeção intracameral, em todos os grupos.

3.9.6 pH e quantitativo de proteínas do humor aquoso

Amostras de 0,2 mL de humor aquoso foram colhidas por ocasião da injeção intracameral, por aspiração, visando-se à avaliação do pH com fita indicadora27 e à

quantificação das proteínas28.

3.10 Protocolo terapêutico pós injeção intracameral

Todos os animais foram monitorados quanto a intercorrências, no pós-operatório, e receberam colírio de acetato de prednisolona 1%29 (M1), a intervalos

regulares de doze horas, por sete dias. Posteriormente à sua recuperação, foram doados.

3.11 Estatística

Variáveis clínicas qualitativas foram expressas em porcentagem e avaliadas empregando-se o teste de qui-quadrado. Variáveis quantitativas foram testadas para a normalidade estatística, usando-se o teste de Kolmogorov-Smirnov. Variáveis com distribuição gaussiana foram comparadas empregando-se “one-way” ANOVA e

ANOVA para medidas repetidas. Parâmetros com distribuição não gaussiana foram comparados valendo-se do teste de Kruskal-Wallis. O valor de p das comparações

(27)

múltiplas foi ajustado empregando-se os testes “post-hoc” de Tukey ou de Bonferroni.

Diferenças foram consideradas significativas quando p igual ou menor que 5%, com

intervalo de confiança de 95% (±2 EP). Todos os cálculos, gráficos e comparações estatísticas foram concebidos utilizando-se os “softwares” Minitab 12TM30 e MedCalc

9.331. Gráficos ilustrativos das médias e dos erros padrão foram construídos para os

parâmetros cujas variáveis mostraram diferença.

(28)

4. Resultados

4.1 Diâmetro pupilar

Relativamente à variável diâmetro pupilar, houve diferença (p<0,05) entre todos

os momentos, entre o GC e os demais grupos (GUT e GUNT), sendo maior no GC, seguida pelo GUT e pelo GUNT (Figura 2). Porém não houve diferença entre os momentos dentro de cada grupo. Os valores do BIS foram mantidos entre 55 e 65 durante todos os momentos de avaliação do diâmetro pupilar.

(29)

4.2 Avaliação clínica

Os resultados, relativamente as variáveis hiperemia e quemose, encontram-se resumidos na Tabela 1. Nenhum indivíduo, em qualquer dos momentos, em todos os grupos avaliados, apresentou edema de córnea.

Tabela 1. Escores hiperemia e quemose, em coelhos da raça Nova Zelândia Branco, machos ou fêmeas, nos grupos controle (GC), uveíte tratado (GUT) e uveíte não tratado (GUNT), nos diferentes momentos, em porcentagem. Jaboticabal, SP, 2014.

Hiperemia Quemose

Ausente Discreto Moderado p Ausente Discreto Moderado p GC M2 40 60 0

0,08

70 30 0

0,28 M3 20 60 20 80 10 10

M4 70 30 0 90 10 0 GUT M1 10 60 30

0,33

100 0 0

0,37 M2 30 50 20 90 10 0

M3 0 90 10 100 0 0 M4 10 80 10 100 0 0 GUNT M1 0 87,5 12,5

0,84

100 0 0

0,77 M2 0 75 25 87,5 12,5 0

M3 0 75 25 87,5 12,5 0 M4 0 87,5 12,5 87,5 12,5 0

4.3 Pressão intraocular

(30)

encontrou-se diferença entre M0 e os demais momentos (p<0,05). Os dados, nos

diferentes grupos, encontram-se apresentados na Figura 3.

4.4 Flaremetria a “laser”

No GC os valores foram de 1,9 ph/ms (M0), de 5,65 ph/ms (M2), de 3,15 ph/ms (M3) e de 4,55 ph/ms (M4). Não se encontraram diferenças entre os momentos (p>0,05). No GUT, os valores foram de 3 ph/ms (M0), de 3,05 ph/ms (M1), de 2 ph/ms

(M2), de 3,75 ph/ms (M3) e de 1,25 ph/ms (M4). Não se encontraram diferenças entre os momentos (p>0,05). No GUNT, os valores foram de 4,6 ph/ms (M0), de 1,15 ph/ms

(M1), de 3,7 ph/ms (M2), de 5,5 ph/ms (M3) e de 5,45 ph/ms (M4). Encontrou-se diferença entre o M1 e demais momentos (p=0,05).

(31)

4.5 Microscopia especular de não contato

Os valores, relativamente às variáveis hexagonalidade (%), densidade celular (células/mm2), área celular (µm2) e coeficiente de variação (%) encontram-se

resumidos na Tabela 2. Não se encontraram diferenças (p>0,05), quanto à

hexagonalidade, à densidade celular, à área celular e ao coeficiente de variação, entre os grupos, em qualquer dos momentos.

Tabela 2. Valores de: hexagonalidade, densidade celular, área celular e coeficiente de variação, em coelhos da raça Nova Zelândia Branco, machos ou fêmeas, nos grupos controle (GC), uveíte tratado (GUT) e uveíte não tratado (GUNT), nos diferentes momentos. Jaboticabal, SP, 2014.

Hexagonalidade (%)

Densidade celular (células/mm2)

Área celular (µm2)

Coeficiente de variação (%)

GC M0 66±8,6 2274,1±325,5 448,47±61,93 24,22±4,26 M2 66,87±12,59 2113,1±172,7 477,1±37,36 25,52±4,74 M3 73±10,17 2103,1±214,3 479,97±47,8 23,92±3,02 M4 66,75±9,08 2095,1±124,3 480,85±28,92 25,90±4,09 GUT M0 68,3±6,165 2257,1±61,7 444,73±10,52 23,04±2,93 M1 65,2±9,283 2143,6±124,5 467,23±26,67 23,07±3,84 M2 64,7±6,237 2231,5±154,9 450,4±29,61 25,42±5,55 M3 66,7±3,773 2150,8±126,6 467,61±27,49 22,34±3,66 M4 65,5±13,385 2203,8±190,9 457,49±39,5 20,11±3,98 GUNT M0 66,25±9,161 2231,9±118,5 433,45±22,42 24,07±2,35 M1 69,625±6,739 2201,6±112,4 456,38±25,2 22,81±2,70 M2 62,25±8,345 2256,8±119,9 444,64±22,74 24,67±4,30 M3 59,5±8 2201,7±111,6 455,81±22,81 25,27±4,77 M4 66,75±9,051 2256,6±185,4 446,7±36,76 22,65±3,02

Valores médios da espessura da córnea e erros padrão foram, no GC (Figura 4), de 0,37±0,03 mm (M0), de 0,36±0,03 mm (M2), de 0,41±0,02 mm (M3) e de 0,36±0,03 mm (M4). Houve diferença entre M3 e os demais momentos (p<0,05). No

GUT (Figura 5), os valores foram de 0,36±0,01 mm (M0), de 0,38±0,01 mm (M1), de 0,38±0,04 mm (M2), de 0,41±0,03 mm (M3) e de 0,37±0,03 mm (M4). Houve diferença entre M3 e os demais momentos (p<0,05). No GUNT (Figura 6) os valores foram de

(32)

(M3) e de 0,36±0,04 mm (M4). M2 e M3 não diferiram entre si, mas o fizeram relativamente aos demais momentos (p<0,05).

Figura 4. Valores médios da espessura corneal (mm) em coelhos da raça Nova Zelândia Branco, machos ou fêmeas, no grupo controle (GC), nos diferentes momentos. As barras representam as medias e as hastes verticais representam os erros padrão. Letras diferentes representam diferença (p<0,05). Jaboticabal, SP, 2014.

0,45

0,40

0,35

0,30

0,25

0,20

0,15

0,10

0,05

0,00

Basal LA 12h 24h

M0 M2 M3 M4

b

(33)

Figura 5. Valores médios da espessura corneal (mm) em coelhos da raça Nova Zelândia Branco, machos ou fêmeas, no grupo uveíte tratado (GUT), nos diferentes momentos. As barras representam as medias e as hastes verticais representam os erros padrão. Letras diferentes representam diferença (p<0,05). Jaboticabal, SP, 2014.

0,45

0,40

0,35

0,30

0,25

0,20

0,15

0,10

0,05

0,00

B PI LA 12h 24h

M0 M1 M2 M3 M4

(34)

4.6 pH e quantitativo de proteínas do humor aquoso

Nas amostras de humor aquoso, relativamente a todos os grupos estudados, o pH foi igual a 7. Quanto a quantificação de proteínas, os valores médios apresentados foram de 71,18 mg/dL no GC, de 179,81 mg/dL no GUT e de 179,29 mg/dL no GUNT. Não houve diferença significativa entre os dois grupos com uveíte (GUT e GUNT) e ambos apresentaram valores significativamente maiores do que o GC (p<0,05).

0,45

0,40

0,35

0,30

0,25

0,20

0,15

0,10

0,05

0,00

Basal PI LA 12h 24h

Figura 6. Valores médios da espessura corneal (mm) em coelhos da raça Nova Zelândia Branco, machos ou fêmeas, no grupo uveíte não tratado (GUNT), nos diferentes momentos. As barras representam as medias e as hastes verticais representam os erros padrão. Letras diferentes representam diferença (p<0,05). Jaboticabal, SP, 2014.

M0 M1 M2 M3 M4

(35)

5. DISCUSSÃO

A uveíte facogênica é, das uveítes, a mais comum no cão. Estando associada a todos os estágios de maturidade da catarata (GELATT & WILKIE, 2011), decorre da difusão de proteínas através da cápsula lenticular, suscitando resposta inflamatória (TOWNSEND, 2008). Na uveíte, ocorre incremento de proteínas no humor aquoso. Prostaglandinas e leucotrienos medeiam a vasodilatação e há aumento da permeabilidade vascular, com hiperemia e redução da PIO. A ação de prostaglandinas induz ao espasmo dos músculos da íris, resultando em miose e em dor (TOWNSEND, 2008). O sucesso nas facectomias pode estar comprometido em pacientes com uveíte facolítica (LEASURE et al., 2001; RAM et al., 2010), proporcionando resultados

desfavoráveis em até 48% dos casos (WOERDT, van der. 2000; LEASURE et al.,

2001, KAWAGUCHI et al., 2007).

Na presente pesquisa, a paracentese da câmara anterior foi utilizada como modelo experimental de uveíte, conforme descrito por Gilmour & Lehenbauer (2009), Ribeiro et al. (2010) e Pinard et al. (2011). Observou-se aumento nos níveis de

proteínas no humor aquoso dos pacientes submetidos à paracentese (GUT e GUNT), corroborando achados de Gilmour (2009), Ribeiro (2010) e Pinard (2011). Ademais, observaram-se sinais clínicos condizentes à uveíte, tais como miose, diminuição da PIO, hiperemia e quemose.

Segundo Giasson & Bonanno (1994), o humor aquoso de coelhos sadios possui pH igual a 7,63 e segundo To et al. (2002), ele é igual a 7,6. Shah et al. (2008)

(36)

O diâmetro pupilar pode variar em decorrência da anestesia e do plano anestésico. No primeiro plano do terceiro estágio de Guedel (plano cirúrgico) a pupila encontra-se em miose. No segundo, em miose ou em início de midríase. No terceiro ela pode estar em midríase e no quarto em midríase acentuada (MASSONE, 2008). O BIS é um valor derivado do EEG que permite a quantificação dos efeitos sedativos e hipnóticos de fármacos anestésicos sobre o sistema nervoso central (ROSOW & MANBERG, 2001; VIANNA, 2001). Portanto, é método de escolha na determinação do plano anestésico. No presente estudo, o BIS foi utilizado para que eventuais mudanças no diâmetro pupilar não fossem erroneamente atribuídas à eventuais mudanças no plano anestésico e sim à inflamação ocular e aos efeitos da lidocaína.

A lidocaína é uma base fraca, pouco solúvel em água, existente em soluções ácidas nas formas ionizada e não-ionizada (McLURE & RUBIN, 2005). A não-ionizada é a porção que permeia a membrana celular e que bloqueia os canais de sódio, interrompendo o impulso nervoso (McLURE & RUBIN, 2005). Em meios ácidos, como na inflamação, ocorre aumento da forma ionizada, promovendo decréscimo da ação local do fármaco (BECKER & REED, 2012). A lidocaína tem sido empregada no bloqueio do músculo esfíncter da íris, visando-se ao aumento no diâmetro pupilar em cirurgias intraoculares em que a cicloplegia é necessária, como na facoemulsificação (NIKEGHBALI, FALAVARJANI, KHEIRKHAH, 2008; PARK et. al., 2009; KIM, PARK,

KIM, 2010). Park et al. (2009) observaram dilatação pupilar, em cães, com o uso de

lidocaína, em diferentes volumes, nas concentrações de 1% e de 2%. Ela foi mais rapidamente obtida nos grupos em que se utilizaram maiores volumes e concentrações. Cionni et al. (2003) utilizaram lidocaína intracameral 1%, com

conservantes, durante a facoemulsificação e relataram dilatação pupilar adequada. Kim, Park e Kim (2010) encontraram dilatação pupilar significativa com o uso de lidocaína 1% intracameral, em olhos de coelhos hígidos, comparativamente a outros que receberam solução salina balanceada (BSS) intracameral, na câmara anterior.

(37)

em qualquer dos grupos avaliados. Park et al. (2009) e Kim, Park e Kim (2010)

observaram midríase com a utilização de lidocaína 1% intracameral, porém em olhos sem uveíte. Cionni et al. (2003) também o fez, utilizando epinefrina 1:1000 na solução

de irrigação. Lundberg & Behndig (2003) e Behndig & Eriksson (2004) encontraram dilatação pupilar satisfatória, contudo utilizaram solução que, além de lidocaína 1%, continha fenilefrina 1,5% e ciclopentolato 0,1%. Myers & Shugar (2009) igualmente obtiveram boa dilatação, porém utilizaram lidocaína 0,75% e epinefrina 0,025% intracameral, na câmara anterior, e tropicamida 1% na forma de colírio, vinte minutos antes da primeira avaliação.

Nikeghbali et al. (2007), Nikeghbali et al. (2008) e Khokhar & Rahim (2010)

obtiveram dilatação pupilar adequada utilizando injeção intracameral de lidocaína 1% na facoemulsificação. Tais resultados divergem dos obtidos no presente trabalho, provavelmente pelas diferenças entre as espécies avaliadas. Zaidi et al. (2010)

relataram concentração média de proteínas no humor aquoso, em pacientes que se submeteram a facoemulsificação, de 46,46 mg/dL. Esse valor é aproximadamente quatro vezes menor do que o valor médio encontrado no presente estudo, nos animais com uveíte (179,56 mg/dL) e, aproximadamente, duas vezes menor que o valor médio observado nos animais sem uveíte (71,18mg/dL), em M1. Admite-se, que em seres humanos, a inflamação ensejada pela catarata seja branda, comparativamente ao modelo experimental de uveíte empregado na presente pesquisa, permitindo a obtenção de efeito mais significativo, quanto à dilatação pupilar.

A lidocaína 1%, por bloquear os canais de Na+, age como analgésico. Tan et

al. (2011) relataram que pacientes humanos ao receberem injeção intracameral de

lidocaína 1% experienciaram menos dor que os que receberam injeção intracameral de BSS. Ezra, Nambiar e Allan (2008), em meta-análise de oito ensaios clínicos aleatórios, observaram dor significativamente menor em pacientes que receberam anestésico local e injeção intracameral de lidocaína, comparativamente a outros que receberam somente anestésico local. Crandall et al. (1999) descreveram não haver

(38)

intracameral, na câmara anterior. Entretanto, indivíduos que receberam lidocaína relataram menor incômodo à manipulação tecidual durante a cirurgia. Ademais, cirurgiões relataram maior cooperação por parte de pacientes do grupo supracitado.

Park et al. (2010) relataram que o consumo de isofluorano foi menor em cães

que receberam lidocaína 2% intracameral, comparativamente aos que receberam BSS, durante facoemulsificação. Valimaki (2007) não observou diminuição da sensação de dor ou de desconforto de pacientes com o uso da lidocaína intracameral, comparativamente ao uso de sedativos intravenosos. A analgesia não foi avaliada na presente pesquisa, não obstante, trata-se de efeito desejado promovido, encorajando o uso do fármaco em procedimentos cirúrgicos intraoculares.

Muitos fármacos são potencialmente indutores de toxicidade, notadamente sobre o endotélio corneal (LIOU, CHIU, WANG, 2004). Quando o endotélio corneal é lesado, perdem-se células e a reparação envolve aumento e variação na forma (McCAREY, EDELHAUSER, LYNN, 2008). Eggeling et al. (2000) relataram não ter

observado dano endotelial em córneas de porcos expostas à lidocaína 1%. Porém, córneas expostas à lidocaína 5% e 10% mostraram aumento no tamanho e exibiram bordas irregulares. Kadonosono et al. (1998) observaram células endoteliais

irregulares com perda de microvilosidades, à microscopia eletrônica de varredura, em olhos de coelhos submetidos à injeção intracameral de lidocaína 2%. O microscópio especular de não contato pode fornecer, de forma não invasiva, análise do endotélio corneal quanto à densidade, formato e tamanho das células, além da espessura corneal (McCAREY, EDELHAUSER, LYNN, 2008). Gerding et al. (2004) relataram

não ter encontrado diferença quanto à espessura da córnea, densidade celular e morfologia celular, à microscopia especular de contato, em cães submetidos à injeção intracameral, na câmara anterior, de lidocaína a 1% e a 2%. Liou, Chiu e Wang (2004) relataram que não houve diferença significativa, à microscopia especular de não contato, quanto à densidade celular e à espessura corneal, em coelhos submetidos à injeção intracameral de lidocaína 1%. Kim et al. (1998) relataram edema transiente

(39)
(40)

6. CONCLUSÃO

(41)

7. REFERÊNCIAS32

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