• Nenhum resultado encontrado

Download/Open

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Download/Open"

Copied!
103
0
0

Texto

(1)EMANUELLE DOS SANTOS ARSUFFI. IDENTIFICAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS DE PERSONALIDADE EM GRUPOS CLÍNICOS POR MEIO DA ANÁLISE QUANTITAVIA E QUALITATIVA DO PSICODIAGNÓSTICO MIOCINÉTICO – PMK. São Bernardo do Campo 2019.

(2) IDENTIFICAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS DE PERSONALIDADE EM GRUPOS CLÍNICOS POR MEIO DA ANÁLISE QUANTITAVIA E QUALITATIVA DO PSICODIAGNÓSTICO MIOCINÉTICO – PMK. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde da Universidade Metodista de São Paulo – UMESP para obtenção do Título de Mestre em Psicologia. Orientador: Prof. Dr. Antonio de Pádua Serafim. São Bernardo do Campo 2019.

(3) FICHA CATALOGRÁFICA. Ar74i. Arsuffi, Emanuelle dos Santos Identificação de características de personalidade em grupos clínicos por meio da análise quantitativa e qualitativa do psicodiagnóstico miocinético - PMK / Emanuelle dos Santos Arsuffi. 2019. 84 p.. Dissertação (Mestrado em Psicologia da Saúde) – Diretoria de PósGraduação e Pesquisa da Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2019. Orientação de: Antonio de Pádua Serafim.. 1. Avaliação psicológica 2. Testes psicológicos 3. PMK (Testes psicológicos) 4. Esquizofrenia 5. Depressão I. Título CDD 157.9.

(4) Folha de aprovação (já está impressa).

(5) Agradecimentos. Agradeço a Deus e Meishu Sama pela permissão e objetivo alcançado. Agradeço à Vetor Editora pela oportunidade e confiança em mim creditada. Ao Ricardo Mattos por sempre me fazer enxergar além do que estava à minha volta. Ao Dr. Glauco por me permitir fazer parte dessa família chamada Vetor. Obrigada, Anna, por estar comigo nesta caminhada, por me apoiar e por toda ajuda. À Fernanda Buniya por me ajudar com os artigos e me acalmar quando achei que não ia conseguir. À Cristiane Cardim por me ouvir, ajudar e me confortar nos momentos de ansiedade. Ao Fábio Camilo, por clarear minhas ideias, tranquilizar e ajudar nas dificuldades. Ao Cristiano Esteves, pessoa que me ensinou muito, que me auxiliou nos momentos de desespero e com a estatística. Obrigada por tudo. Aos amigos que fiz nesta caminhada, Eloisa, Leonardo e Carolina, obrigada pela amizade, pelas risadas e por todas as vezes que me fizeram acreditar que tudo daria certo. Ao meu orientador, Antonio, Obrigada. Obrigada por me guiar neste caminho, por acreditar em mim e em nossa parceria. Obrigada pela paciência e carinho. Aos meus pais, Nivaldo e Ana, obrigada por me apoiarem em todas as minhas decisões, e, acima de tudo, obrigada por nunca terem me dito: “melhor não ir, filha”, mas, sim, “que Deus te acompanhe”. Com certeza, não seria metade do que sou se não fosse por vocês..

(6) Resumo Arsuffi, ES. (2019). Identificação de características de personalidade em grupos clínicos por meio da análise quantitativa e qualitativa do psicodiagnóstico miocinético – PMK. Dissertação de mestrado, Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde, Universidade Metodista de São Paulo.. A avaliação psicológica é uma prática que pode ser utilizada nas diversas áreas de atuação do psicólogo, tais como: escolar, equipamentos de saúde, social, clínica, no esporte entre outras. O profissional deve fazer uso de diferentes técnicas e instrumentos, sendo as mais utilizadas, as entrevistas e os testes psicológicos. Por meio dos testes é possível avaliar diferentes características psicológicas, como atenção, memória e inteligência, assim como, a personalidade. A personalidade é uma das características mais avaliadas e vem sendo amplamente estudada. Uma das maneiras de avaliar a personalidade é por intermédio do Psicodiagnóstico Miocinético – PMK. Desse modo, a presente pesquisa teve como objetivo identificar características de personalidade em diferentes grupos clínicos pelo teste Diagnóstico Miocinético – PMK. Participaram deste estudo 122 adultos com idade entre 18 e 54 anos (M=31,73; DP=8,75), divididos em três grupos, sendo, grupo controle, portadores de depressão e esquizofrenia. O grupo controle foi composto por 41,5 % de mulheres e 58,5 % de homens, divididos entre ensino fundamental (4,9%), ensino médio (41,5%) e superior (53,7%). Já em relação ao grupo com depressão, todas as participantes eram do sexo feminino, sendo 5% do ensino fundamental e 95% do ensino médio. Para o grupo com esquizofrenia, a maioria dos participantes era do sexo masculino (73,2%) em relação ao feminino (26,8%), entre o ensino fundamental (4,9%) e ensino médio (95,1%). Para a avaliação do PMK foram utilizados os indicativos apresentados por Mira (2009). Os resultados quantitativos apresentaram diferenças estatisticamente significantes a 0,001 e 0,005 para todas as medidas e para a análise qualitativa os indicadores apresentaram valores de χ2 de 3,922 à 52,688. Os resultados mostraram que os grupos se diferenciaram entre si, tanto nos resultados quantitativos quanto qualitativo. Os grupos clínicos apresentaram as maiores frequências de presenta das medidas que o grupo controle, corroborando com os resultados encontrados nas pesquisas originais. Palavras-chave: avaliação psicológica, testes psicológicos, PMK, esquizofrenia, depressão..

(7) Abstract Arsuffi, ES. (2019). Identification of personality characteristics in clinical groups through quantitative and qualitative analysis of mikinetic psychodiagnosis – PMK. Masters dissertation, Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde, Universidade Metodista de São Paulo.. Psychological evaluation is a practice that can be used in the different psychologist's areas of activity, such as: school, health institutions, social, clinical, sports, among others. The professional should make use of different techniques and instruments, being the most used, interviews and psychological tests. Through the tests it is possible to evaluate different psychological characteristics, such as attention, memory, intelligence, personality, among others. Personality is one of the most valued features that has been extensively studied. One of the ways to evaluate personality is s Myokinetic Psychodiagnosis – MKP. This research aims to raise personality characteristics in different clinical groups through MKP. A total of 122 adults between the ages of 18 and 54 (M = 31.73; DP = 8.75) participated in the study, divided into three groups, being, control group, depressive and schizophrenic. The control group consisted of 41.5% of women and 58.5% of men, divided between elementary school (4.9%), high school (39.6%) and higher (53.7%). Regarding the group with depression, all participants were female, with 5% of elementary school and 95% of high school. For the group with schizophrenia, the majority of the participants were male (73.2%) in relation to the female (28.8%), between elementary school (4.9%) and high school (95.1%). For the PMK evaluation, the indicatives presented by Mira (2009) were used. The quantitative results presented statistically differences from 0.001 and 0.005 for all measures and for the qualitative analysis the indicators presented χ2 values from 3.922 to 52.688. The results showed that the groups differed in both quantitative and qualitative results. The clinical groups had the highest present frequency of measurements than the control group, corroborating the results found in the original research. Keywords: psychological assessment, psychological testing, MKP, schizophrenia, depression..

(8) LISTA DE ILUSTRAÇÕES. Figura 1 – Folhas de aplicação do PMK...................................................................................... 22 Figura 2 – Mesa e cadeira de aplicação do PMK........................................................................ 22 Quadro 1 – Dados descritivos dos grupos clínicos..................................................................... 42 Tabela 1 – Distribuição da amostra em função do sexo e grupo................................................ 40 Tabela 2 – Distribuição da amostra em função da faixa etária e grupo..................................... 41 Tabela 3 – Distribuição da amostra em função da escolaridade, sexo e grupo......................... 41 Tabela 4 – Médias, desvios padrão e valores de F da Elação-Depressão para a mão direita......51 Tabela 5 – Resultados do teste de Tukey para a Elação-Depressão para a mão direita............ 52 Tabela 6 – Médias, desvios padrão e valores de F da Elação-Depressão para a mão esquerda 53 Tabela 7 – Resultados do teste de Tukey para a Elação-Depressão para a mão esquerda........ 53 Tabela 8 – Médias, desvios padrão e valores de F da Hetero-Autoagressividade para a mão direita......................................................................................................................................... 55 Tabela 9 – Resultados do teste de Tukey para a Hetero-Agressividade para a mão direita...... 55 Tabela 10 – Médias, desvios padrão e valores de F da Hetero-Autoagressividade para a mão esquerda..................................................................................................................................... 57 Tabela 11 – Resultados do teste de Tukey para a Hetero-Agressividade para a mão esquerda..................................................................................................................................... 58 Tabela 12 – Médias, desvios padrão e valores de F da Intra-Extratensão para a mão direita... 59 Tabela 13 – Resultados do teste de Tukey para a Extra-Intratensão para a mão direita........... 60 Tabela 14 – Médias, desvios padrão e valores de F da Intra-Extratensão para a mão esquerda..................................................................................................................................... 62 Tabela 15 – Resultados do teste de Tukey para a Extra-Intratensão para a mão esquerda...... 63 Tabela 16 – Médias, desvios padrão e valores de F da Emotividade para a mão direita........... 64 Tabela 17 Resultados do teste de Tukey para a Emotividade para a mão direita...................... 65 Tabela 18 – Médias, desvios padrão e valores de F da Emotividade para a mão esquerda....... 66 Tabela 19 – Resultados do teste de Tukey para a Emotividade para a mão esquerda.............. 66 Tabela 20 – Médias, desvios padrão e valores de F da Excitação-Inibição para a mão direita.. 67 Tabela 21 – Resultados do teste de Tukey para a Excitação-Inibição para a mão direita.......... 68 Tabela 22 – Médias, desvios padrão e valores de F da Excitação-Inibição para a mão esquerda..................................................................................................................................... 70 Tabela 23 – Resultados do teste de Tukey para a Excitação-inibição para a mão esquerda...... 71.

(9) Tabela 25 – Resultados do teste de Tukey para a Impulsividade-Rigidez para a mão direita.... 74 Tabela 26 – Médias, desvios padrão e valores de F da Impulsividade-rigidez para a mão esquerda..................................................................................................................................... 75 Tabela 27 – Resultados do teste de Tukey para a Impulsividade-rigidez para a mão esquerda 75 Tabela 28 – Porcentagem e χ2 das medidas para os sintomas de instabilidades dos esquizofrênicos e controle......................................................................................................... 77 Tabela 29 – Porcentagem e χ2 das medidas para os sintomas de instabilidades dos Depressivos e controle................................................................................................................................... 78 Tabela 30 – Porcentagem e χ2 das medidas para a agressividade dos esquizofrênicos e controle...................................................................................................................................... 80 Tabela 31 – Porcentagem e χ2 das medidas para a agressividade dos depressivos e controle. 80 Tabela 32 – Porcentagem e χ2 das medidas para os sintomas de Esquizofrenia....................... 81 Tabela 33 – Porcentagem e χ2 das medidas para os sintomas de Depressão............................ 82 Tabela 34 – Porcentagem e χ2 das medidas para os sintomas de Inibição, Angústia e Ansiedade................................................................................................................................... 83.

(10) SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 12 1.1 Avaliação Psicológica .......................................................................................... 12 1.2 Personalidade ...................................................................................................... 14 1.3 Psicodiagnóstico Miocinético - PMK................................................................. 17 1.4 Grupos Clínicos e o Psicodiagnóstico Miocinético ........................................... 23 1.5 Revisão da Literatura sobre o Psicodiagnóstico Miocinético - P................... 29 2. OBJETIVOS.......................................................................................................... 33 2.1 Objetivo Geral ..................................................................................................... 33 2.2 Objetivos específicos ........................................................................................... 33 3. HIPÓTESES ............................................................................................................. 34 4. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO................................................................................. 35 5. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO................................................................................ 36 6. MÉTODOS ............................................................................................................... 37 6.1 Participantes ........................................................................................................ 37 6.2 Instrumentos ........................................................................................................ 37 6.3 Procedimento ..................................................................................................... 388 6.4 Análise de Dados ............................................................................................... 399 7.RESULTADOS.......................................................................................................... 40 7.1 Descrição da amostra.......................................................................................... 40 7.2 Dados Descritivos Clínicos ................................................................................. 42 7.3 Análises Quantitativas........................................................................................ 51 7.3.1 Comparação da Elação-Depressão entre os grupos para a mão direta e esquerda......................................................................................................................... 51 7.3.2 Comparação da Hetero-Autoagressividade entre os grupos para a mão direta e esquerda......................................................................................................... 54 7.3.3 Comparação da Extra-Intratensão entre os grupos para a mão esquerda e direita............................................................................................................................. 59 7.3.4 Comparação da Emotividade entre os grupos para a mão esquerda e direita............................................................................................................................. 64 7.3.5 Comparação da Excitação-Inibição entre os grupos para mão esquerda e direita............................................................................................................................. 67.

(11) 7.3.6 Comparação da Impulsividade-Rigidez entre os grupos para a mão esquerda e direita.......................................................................................................... 72 7.4 Análises Qualitativas.............................................................................................. 70 7.4.1 Sintomas de Instabilidade em Esquizofrênicos e Depressivos..................... 70 7.4.2 Indicativos de Agressividade em Esquizofrênicos e Depressivos................ 79 7.4.3 Sintomas de Esquizofrenia e Depressão........................................................ 80 7.4.4 Sintomas de Inibição, Angústia e Ansiedade em Depressivos..................... 82 8. DISCUSSÃO............................................................................................................. 85 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 93 10. REFERÊNCIAS...................................................................................................... 95 11. Anexo A - Exemplos de movimentos dos grupos clínicos.................................... 99.

(12) 12. 1. INTRODUÇÃO. 1.1 Avaliação Psicológica. A avaliação psicológica é uma prática que pode ser utilizada nas diversas áreas de atuação do psicólogo, tais como escolar, equipamentos de saúde, social, clínica, no esporte, entre outras. Dessa forma, é um equívoco acreditar que este procedimento ocorra apenas em processos de recrutamento e seleção ou exclusivamente na área clínica. Enquanto fundamentação, a Avaliação Psicológica é um processo que tem como objetivo levantar características e informações sobre a pessoa envolvida, para uma finalidade específica e está presente na história da humanidade desde a antiguidade: há evidências da utilização de testes por volta do ano 3.000 a.C. na China (Anastasi & Urbina, 2000). No entanto, enquanto matéria específica da Psicologia, foi por intermédio de Cattel o uso da expressão “teste mental”, para se referir aos instrumentos que eram utilizados para avaliar o nível intelectual em estudantes universitários (Anastasi & Urbina, 2000). Mesmo com registros antigos, o uso dos instrumentos psicológicos pode ser efetivamente encontrado a partir dos trabalhos de Galton, que foi o responsável pelo início do movimento de testagem (Pasquali, 2003; Anastasi & Urbina, 2000). Neste contexto, a avaliação psicológica e os testes psicológicos tornaram-se importantes, pois por esses instrumentos é possível provar hipóteses, analisar diferenças individuais, ou subsidiar em um diagnóstico (Silva, 2011). Em tempos atuais, a Cartilha de Avaliação Psicológica elaborada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP, 2013) define a Avaliação Psicológica como um processo técnico e científico que requer metodologia e que tem como objetivo levantar informações sobre fenômenos psicológicos, auxiliando a tomada de decisão do psicólogo nos diferentes campos de atuação. Tal processo deve ter um planejamento prévio e cuidadoso, para que os resultados alcançados estejam de acordo com a.

(13) 13. demanda. Em outras palavras, a Avaliação Psicológica é uma coleta e integração de dados psicológicos que requer uso de instrumentos e técnicas cientificamente comprovadas, devendo esse processo ser flexível, e a análise deve ser direcionada ao objetivo proposto (CFP, 2013; Cohen, Swerdlik & Sturman, 2014; Urbina, 2007). No Brasil, o CFP vem buscado meios para que essa prática ocorra dentro de parâmetros éticos e com qualidade. As Resoluções 002/2003, que revoga a Resolução CFP n. 025/2001, que discorre sobre o uso, elaboração e comercialização de testes psicológicos, e n. 006/2019, que revoga a Resolução n. 004/2019, intitulada Manual de Elaboração de Documentos decorrentes de Avaliações Psicológicas, são importantes aportes para a área. Assim como as resoluções específicas para cada tipo de Avaliação, como a Resolução n. 018/2008 para Avaliação para o Porte de Arma, a Resolução n. 016/2002 para obtenção, renovação ou alteração da Carteira Nacional de Habilitação, a Resolução n. 001/2002 para Concursos Públicos e Processos Seletivos de mesma natureza, são alguns exemplos da sistematização e padronização das regras desse processo para que ocorra de maneira adequada (Borsa, 2016). Como ressaltado anteriormente, o processo de avaliação deve ser planejado e estruturado com uma metodologia, sendo que o primeiro passo é verificar qual objetivo da avaliação, que deve estar claro para o profissional, pois, somente ao entender o que será avaliado, tornará possível passar para o segundo passo, que abrange a escolha das técnicas e instrumentos a serem utilizados. O terceiro passo é interpretar e integrar os resultados obtidos pelas técnicas empregadas, e, então, por último elaborar o documento psicológico com a resposta à demanda inicial. Como foi explicado, o profissional deve fazer uso de diferentes técnicas e instrumentos, sendo os mais utilizados as entrevistas e os testes psicológicos (CFP, 2007). Um dos recursos da avaliação é o uso da Entrevista Psicológica, que pode ser definida como uma comunicação dirigida a um objetivo, que é dar recursos acerca de.

(14) 14. informações do candidato que serão complemento às outras técnicas utilizadas. Já os testes psicológicos são definidos como instrumentos para mensuração ou avaliação de atributos psicológicos, de uso restrito aos psicólogos e devem ter os requisitos mínimos técnicos e científicos definidos pela Resolução n. 002/2003 (CFP, 2012), revogada pela Resolução n. 009/2018 (CFP, 2018). Pasquali (2016) estabelece uma classificação dos testes em três categorias. Os testes psicométricos e impressionistas se enquadram no grupo chamado testes objetivos e padronizados, formando o primeiro grupo. O segundo grupo é composto pelos testes de capacidade ou aptidão (geral, específica e psicomotricidade) e ainda, personalidade, atitudes e valores e interesses, ou seja, são definidos por avaliar um processo psicológico. A forma de resposta caracteriza o terceiro grupo, que pode ser verbal, escrita, motor ou via computador. Dessa forma, por meio dos testes é possível avaliar diferentes características psicológicas, como atenção, memória, inteligência, personalidade, entre outros. A personalidade no cenário da avaliação psicológica se configura como uma importante área amplamente estudada.. 1.2 Personalidade. Entender e analisar a personalidade do ser humano tem despertado o interesse de estudiosos desde a antiguidade. Os teóricos desse construto afirmam que não existem duas pessoas iguais no mundo, ou gêmeos idênticos que compartilhem da mesma personalidade (Feist, Feist & Roberts, 2015). A grande maioria acredita que a palavra personalidade tem origem do latim persona, que, por sua vez, se refere às máscaras usadas pelos atores romanos. No entanto, não há um consenso entre os psicólogos sobre a definição de personalidade. Dessa forma, a literatura científica sobre o assunto mostra.

(15) 15. que diferentes teóricos tentaram definir esse construto, e a seguir serão citados alguns deles. Neste escopo, uma das definições disponíveis afirma que a personalidade é “um padrão de traços relativamente permanentes e características únicas que dão consciência e individualidade ao comportamento de uma pessoa” (Feist, Feist & Roberts, 2015, p. 4). Outra teoria afirma que a personalidade é a essência do ser humano, ou seja, definir como a pessoa realmente é. Há autores que caracterizam como a mediação do ajustamento do ser humano, isto é, o esforço de adaptação realizado pelo sujeito (Hall, Lindzey & Campbell, 2000). A personalidade também é entendida como um processo dinâmico resultante da interação do sujeito com o ambiente envolvido, dessa maneira, características individuais, inatas do sujeito e o ambiente constroem sua personalidade (Carvalho & Primi, 2013). No escopo do estudo da personalidade, o foco deste trabalho centra-se no Comportamento Expressivo, este pode ser definido como a forma individual de agir diante um acontecimento, ou seja, cada um responde a uma tarefa de acordo com seus padrões de movimento, atitudes, ritmo e atividade fisiológica (Alves & Esteves, 2009). O comportamento expressivo é a relação direta das emoções com o músculo. Hammer (1969/1991) ressaltou que os músculos refletem as emoções, tornando difícil disfarçar ou mascarar as emoções, pois são eles (os músculos) que transmitirão a verdade. O autor aponta ainda que as expressões psicomotoras são mais coerentes em relação à exposição oral. É difícil, por exemplo, quando se está com raiva, esconder a tensão muscular. A expressão psicomotora é a responsável também pelos movimentos e a maneira característica de cada pessoa de se comportar, retratando, então, a personalidade (Hammer, 1969/1991). Neste contexto, tem-se que o movimento interior possui uma relação com os movimentos corporais análogos, que são involuntariamente conduzidos para.

(16) 16. materializar o mundo interno. Dessa forma, o movimento expressivo é consequência de toda atividade interna, pois o comportamento é reflexo da força do impulso psíquico (Alves & Esteves, 2009). Sendo assim, as técnicas gráficas permitem, pela atividade motora, que as características de personalidade se expressem de maneira mais livre, não demandando do sujeito demasiado uso das defesas. Logo, os desenhos evocam a estrutura do comportamento expressivo (Hammer, 1969/1991). Portanto, o comportamento expressivo pode ser observado em qualquer técnica desta ordem (Van Kolck, 1984; Alves & Esteves 2009). Allport (1954, citado por Alves & Esteves, 2004) afirma que a expressão mais comum na cultura ocidental é a escrita, e a partir dela é possível aferir o caráter. É possível levantar características de personalidade daquele que escreve, pelo tamanho, inclinação e direção das letras. Alves e Esteves (2009) apresentam as relações entre essas variáveis em função da conexão entre o desenvolvimento da personalidade e as variações na escrita. Nesse sentido, indicam que a mesma pessoa aos 20 e aos 50 anos apresentará mudanças nas letras devido às mudanças sociais, biológicas e psicológicas que ocorrem no decorrer do tempo, que refletirão na maneira como suas características se expressarão. Existem diferentes maneiras de levantar características de personalidade, uma delas é pela aplicação de testes psicológicos que avaliem esse construto. Sendo assim, as modalidades de testes expressivos, por não permitirem o controle da tarefa a ser realizada e das características que serão avaliadas, são adequadas para este fim. Outro ponto importante é que as técnicas expressivas e projetivas não dependem de nível de escolaridade para serem aplicadas, e uma das maiores vantagens desses tipos de testes é a falta de controle da tarefa a ser executada e da característica que está sendo avaliada,.

(17) 17. dificultando assim a tentativa de manipular o teste. Neste projeto, foi empregado ao teste Psicodiagnóstico Miocionético (PMK).. 1.3 Psicodiagnóstico Miocinético – PMK. No escopo dos recursos instrumentais para avaliação da personalidade, insere-se o Psicodiagnóstico Miocinético (PMK). Trata-se de um teste gráfico expressivo que avalia características estruturais e reacionais de personalidade por meio dos traçados realizados com a mão dominante e mão dominada, ou seja, fornece informações sobre como a pessoa é em termos de estrutura de personalidade e como ela está no momento (Mira, 2014). O teste pode ser utilizado para psicodiagnósticos em geral, como por exemplo, em avaliação psicológica para porte de arma, obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), cargos de risco, avaliação clínica, entre outros. O teste PMK é fruto de pesquisas nas áreas de Psicologia e Psiquiatria. Formado em medicina, foi um incidente durante um atendimento domiciliar, que fez Mira se interessar pela área da Psiquiatria e Psicologia. Neste atendimento, ao se despedir, Mira levou um soco do rapaz que estava atendendo, intrigado pela atitude do rapaz, ele se dedicou nos estudos da Psicopatologia (Mira, 2009). Durante a Guerra Civil Espanhola, Emílo Mira y Lopez trabalhava selecionando pessoas para as diferentes unidades. Usava um aparelho chamado axistereometro para avaliar a orientação espacial dos candidatos (Boccalandro, 1998). Com o final da guerra e sem verbas, Mira transformou o axistereometro por desenhos nos planos sagitais, horizontais e verticais, usando uma mesa em que era possível desprender a tampa. Esses foram os primeiros passos para o desenvolvimento do PMK (Boccalandro, 1998). O PMK se baseia em três pressupostos teóricos: a Teoria Motriz da Consciência, o Tônus Muscular e o Princípio da Dissociação Miocinética. A Teoria Motriz da.

(18) 18. Consciência pressupõe que toda intenção de reação é acompanhada de uma mudança do tônus postural, ou seja, toda ação do sujeito é antecedida por um movimento. Darwin afirmou ainda que, ao ocorrer um movimento psíquico, ocorre também a alteração muscular, ou seja, ambos os fenômenos estão diretamente ligados (Mira, 2014; Boccalandro, 1977). William James (citado por Mira, 2014) afirmou que cada sentimento causa uma reação muscular, as emoções causam movimentos em todo o organismo. Para esse autor, as emoções são a consciência das sensações que conduz aos movimentos. O tônus postural, outra base da teoria do PMK, refere-se ao nível de tensão muscular em seus extremos, a contração e relaxamento. Existem dois tipos de tônus muscular, o Tônus Muscular Estático (TME) e o Tônus Muscular Dinâmico (TMD). O TME é dividido em duas classes, que são o Tônus Postural e o Tônus Atitudinal. O Tônus Postural é o grau de tensão em repouso e se subdivide em três grupos: 1) o Tônus Residual, que é a tensão quando relaxado; 2) o Tônus Ortostático, tensão na vigília; e 3) Tônus Catatônico, que se relaciona à tensão patológica. O Tônus Atitudinal, que é a tensão nos músculos ao contrai-los, também se divide em três subgrupos, sendo eles, 1) Tônus de Reforço, que se refere à tensão pré-ação; 2) O Tônus e Execução, que se define pela ação em si; e 3) Tônus e Emergência, que se caracterizam pelo tônus de reserva, caso o movimento falhe. Já o TMD, baseia-se no tônus muscular ativo, que se manifesta pela voz, gestos e atividades práticas. O nível de tônus latente nos músculos, diante a pré-movimentação para a ação, é velado e encoberto, e é possível realizar o movimento motor de maneira gradual pelo nível de tensão nos músculos antagonistas, nos quais um relaxa e o outro contrai (Mira, 2014). Já a Dissociação Miocinética, terceira base teórica do PMK, coloca que existe diferença entre as duas bases cerebrais, que não apenas orgânica, morfológica ou anatômica, mas também psíquica. A metade dominada, sendo a esquerda para os destros.

(19) 19. e a direita para os canhotos, é a menos desenvolvida, e a metade não consciente ao sujeito, já a mão dominante, ou seja, direita para os destros e esquerda para os canhotos, é a metade evoluída, porém é a que se encontra diretamente ligada às flutuações tensionais conscientes do indivíduo. A Miokinesis pressupõe que o espaço psicológico não é neutro e ao realizar os movimentos nas direções sagitais, horizontais e verticais é possível discriminar o tônus muscular quando relaxado ou contraído (Mira, 2014). Neste sentido, os movimentos sagitais referem-se à agressividade, se for para frente é direcionada para o meio, e se for para trás é direcionada para si. Já os movimentos horizontais, ligados à reação vivencial (energia psíquica manifestada no ambiente), quando direcionados para a borda das folhas, são dirigidas ao ambiente, quando ao contrário, direcionadas para o centro da folha, esta energia é interiorizada. Por sua vez, os movimentos verticais, ligados ao tônus muscular, definidos como energia disponível em situações de emergência, quando direcionados para cima retratarão aumento dessa energia em relação aos movimentos para baixo, que ilustram queda de energia (Mira, 2014). Ainda, é possível avaliar a emotividade da pessoa, ou seja, como esta reage diante de uma situação estressante, pelos desvios secundários laterais dos movimentos verticais, assim como avaliar a dimensão tensional, caracterizada como a inibição ou excitação dos movimentos nervosos impulsivos, por meio do comprimento linear. Já o predomínio tensional, obtido pelas diferenças do comprimento linear, indica se a pessoa é impulsiva ou rígida. A tarefa a ser realizada pelo avaliado é reproduzir alguns modelos (cinetogramas) que são impressos em folhas padronizadas. Os movimentos devem ser realizados ora com a mão direita, ora com a esquerda, e com as duas mãos simultaneamente. Na fase de treino, os movimentos são realizados com controle visual, ou seja, o avaliado realiza a tarefa vendo os traçados realizados. Na fase do teste.

(20) 20. propriamente dito, o avaliado deve continuar a realizar os movimentos com sua visão coberta por um anteparo (Mira, 2014). Ao tapar a visão do avaliado os membros devem enviar para o sistema nervoso central (SNC) um feedback dos movimentos realizados e esse processo tem o nome de propriocepção. O termo Propriocepção foi usado pela primeira vez por Sherrington, em 1906, definindo-o como capacidade em identificar as articulações no espaço. Em outras palavras, é quando cada terminação nervosa avisa sobre os movimentos e a posição corporal para o SNC, e estão presentes principalmente nos tendões, músculos, labirinto e ossos (Pozzana & Kastrup, 2017). A propriocepção também pode ser definida como a habilidade inconsciente de sentir o movimento e a posição da articulação no espaço pelas aferências neurais cumulativas originadas de mecanorreceptores. Outros autores ainda abrangem sua definição como um controle neuromuscular (Conduta, 2012). Enquanto composição, o PMK contém seis folhas de aplicação como ilustrado a seguir: Lineogramas, Zigue-zagues, Escadas e Círculos, Cadeias Sagitais e Verticais, Paralelas Egocífugas e Us Verticais e Paralelas Egocípetas e Us Sagitais, sendo necessário uma mesa e cadeira específicas para a aplicação..

(21) 21.

(22) 22. Figura 1. Folhas de aplicação do PMK. Figura 2. Mesa e cadeira de aplicação do PMK. Já a avaliação do PMK se dá de duas maneiras: uma quantitativa e uma qualitativa. A avaliação quantitativa é realizada por meio da mensuração em milímetros.

(23) 23. das distâncias e dos tamanhos dos traçados, considerando o modelo original, em que esses valores são convertidos em “tetrons” para então serem interpretados. A avaliação qualitativa é realizada pela análise das configurações dos traçados, como a pressão do lápis, a presença de tremores e a existência de alterações nas configurações dos movimentos, como distorções, deformações e dificuldades na realização dos modelos na execução sem o controle visual. Para uma avaliação com maior detalhe e qualidade, as duas avaliações, qualitativa e quantitativa devem ser consideradas igualmente para o melhor entendimento da estrutura de personalidade. A avaliação qualitativa é importante para o diagnóstico de quadros clínicos, como Depressão, Transtornos Afetivo Bipolar, Esquizofrenia, entre outros (Mira, 2009). De acordo com Mira (2009), pela análise qualitativa do PMK é possível identificar certas patologias em função da incidência (presença) de algumas alterações nas configurações de alguns movimentos. Por exemplo, na esquizofrenia é comum os traçados serem confusos e incoerentes, apresentarem avanços irregulares no zigue-zague e, torcedura axial nos lineogramas. Já nos quadros depressivos, pela análise do PMK é comum aparecerem maior facilidade nos movimentos de descida e, aumento da inibição, bem como aumento da autoagressividade, entre outros aspectos. Por ser um instrumento gráfico expressivo que infere características de personalidade, o psicólogo clínico pode, por meio do PMK, buscar entender as estruturas internas do sujeito, identificar possíveis casos clínicos e, a partir disso, elaborar o plano de intervenção mais adequado.. 1.4 Grupos Clínicos e o Psicodiagnóstico Miocinético. Pessoas com transtornos mentais apresentam problemas adaptativos decorrentes de alterações emocionais, comportamentais e cognitivas. De acordo com o relatório da.

(24) 24. Organização Mundial de Saúde (2010) entre os problemas prioritários estão a depressão, o suicídio, a demência e os problemas devido ao uso de álcool e drogas, e os quadros psicóticos, como a esquizofrenia. Esse dado põe em evidência a importância da ampliação dos procedimentos e instrumentos no processo do diagnóstico (WHO, 2010). Neste contexto, serão abordados os quadros de esquizofrenia e depressão. Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5, 2013), a esquizofrenia apresenta pelo menos dois ou mais dos seguintes sintomas: delírio,. alucinações,. discurso. desorganizado,. comportamento. indevidamente. desorganizado ou catatônico e sentimentos negativos. Estes sintomas devem ser frequentes em um período de um mês, e fazem com que áreas como relacionamento interpessoal e trabalho, assim como cuidado consigo mesmo, fiquem prejudicados durante pelo menos seis meses, deve haver sinais contínuos de perturbações, e, em pelo menos um mês, apresentar os sintomas anteriormente mencionados, e essas perturbações não devem ser resultantes do uso de substância e nem de outra condição médica. É caracterizada ainda por disfunções emocionais, comportamentais e cognitivas, mas apenas a deficiência dessas funções não é suficiente para o diagnóstico. É necessário realizar uma ampla exploração de vários sinais e sintomas que comprometem o funcionamento adequado da vida social e profissional. Outras características podem ajudar no diagnóstico, como o afeto inadequado, humor disfórico, padrão de sono perturbado e falta de interesse em se alimentar. Pacientes com esquizofrenia costumam rir em situações nas quais não houve estímulo para tal, mudança de humor para depressão e ansiedade, trocar a noite pelo dia e ainda recusar a se alimentarem. Pode ocorrer a despersonificação e sintomas de ansiedade e fobias são típicos (DSM-5, 2013). Além destes sintomas, perdas cognitivas são comuns e estão diretamente ligadas a prejuízos das capacidades profissionais e funcionais do indivíduo. Essas perdas.

(25) 25. cognitivas podem prejudicar a memória declarativa e de trabalho, a linguagem, a atenção, as funções executivas e a velocidade de processamento (DSM-5, 2013). Mira (2009) explica que psicose esquizofrênica pode ser entendida como uma mente partida ou desagregada. Com consequência da patologia, há a quebra das relações entre sujeito e mundo externo e ambivalência, que sinalizam a perda funcional da mente, além de atitudes rígidas, alteração nas atitudes, afetos e ideias. Estudos realizados com o PMK mostraram que pessoas diagnosticadas com esquizofrenia apresentavam alterações em alguns traçados, e aparecem tanto na mão dominante quanto na dominada, evidenciando as tensões no indivíduo como um todo. Mira apresenta as principais alterações que indivíduos com esta patologia apresentam: ▪ Todos os traçados são confusos e incoerentes; ▪ Maior esquizopraxia em ambas as mãos, salientando a perda dos movimentos; ▪ Linhas curvilíneas e desordenadas nos movimentos retos e ângulos poligonais e confusos nos movimentos circulares; ▪ Maior torcedura axial nos lineogramas horizontais e sagitais; ▪ Grave torcedura axial no zigue-zague, cadeia sagital, paralelas e Us em direção egocífuga; ▪ Ângulos reversíveis no zigue-zague, em ambas as mãos, ao cobrir a visão, com contraimpulsos nas paralelas; ▪ Avanços no zigue-zague, cadeias sagitais e paralelas; ▪ Incidências disrítmicas acentuadas havendo flutuações das dimensões tensionais; ▪ Intratensão acentuada; ▪ Dissolução e desorganização das configurações complexas;.

(26) 26. ▪ Boa concordância intrapsíquica observado no zigue-zague simétricos e patológicos.. Mira y Lopez (Mira, 2009) realizou uma pesquisa com diferentes grupos clínicos entre eles 16 pacientes esquizofrênicos, e observou que os aspectos gerais das linhas e das formas são mais relevantes na avaliação do que os dados quantitativos. O autor destacou três pontos importantes, como a tendência em perder a direção do movimento inicial realizando desvios axiais, tendência a reversão dos movimentos (contraimpulso) e dificuldade na execução dos movimentos (desorganização). Outra pesquisa, realizada em clínicas e hospitais psiquiátricos na Argentina, Mira y Lopez identificou melhor essas características. Observou nessa pesquisa que os Lineogramas esquerdo (mão dominada) expõem um desvio no plano sagital e horizontal, grande flutuação entre os valores do DS, zigue-zague da mão esquerda (genotípica) disrítmico, parcialmente dissociado ao da mão direita, apresentando flutuações lineares e angulares com reversão, traçados de formas complexas da mão esquerda desagragados ou embolotados, formas curvas apresentam contornos poligonais, nas paralelas fortes contraimpulsos na mão esquerda provocando cruzamentos (Mira, 2009). Já em relação à Depressão, diferentes quadros mantêm associação com essa psicopatologia, como, transtorno disruptivo da desregulação do humor, transtorno depressivo maior, transtorno depressivo persistente, transtorno disfórico pré-mestrual e transtorno depressivo induzido por substâncias ou medicamentos (DSM-5, 2013). É comum nesta psicopatologia a presença de humor triste, vazio ou irritável, seguido de mudanças somáticas e cognitivas afetando substancialmente o funcionamento do indivíduo. O transtorno disruptivo da desregulação do humor é caracterizado pela irritabilidade crônica grave, que se manifesta pelas explosões de raiva e pelo humor.

(27) 27. insistente irritável ou zangado. Na primeira situação, essas explosões normalmente ocorrem em virtude de uma frustração e podem ser expressas de forma verbal ou física. Esse comportamento deve ser frequente por no mínimo um ano em pelo menos dois ambientes diferentes e devem ser inadequados. No segundo caso, o humor irritado deve estar presente na maior parte do dia e ser percebido por outras pessoas presente no ambiente. Esse tipo de transtorno é comum em crianças (DSM-5, 2013). Em relação ao transtorno depressivo maior, este é caracterizado por episódios distintos de pelo menos duas semanas de duração, incluindo mudanças na afetividade, cognição, funções neurovegetativas e remissões interepisódicas (DSM-5, 2013). Para o diagnóstico desse quadro, é necessário que o indivíduo tenha pelos menos cinco dos sintomas descritos abaixo, presentes por no mínimo duas semanas, sendo que, dentre estes, dois devem ser humor deprimido e perda de interesse e prazer. As características incluem, humor deprimido na maior parte do dia, acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades, perda ou ganho perceptível de peso, insônia ou hipersonia frequentes, agitação ou retardo psicomotor, fadiga ou perda de energia, sentimento de inutilidade ou culpa, dificuldade para pensar ou concentrar, pensamentos frequentes de morte. Já em sua forma mais severa, o transtorno depressivo persistente é quando há conturbação do humor persistente por no mínimo dois anos. Os principais sintomas são, a saber, humor deprimido na maior parte dos dias, presente quando deprimido de duas das características a seguir, falta ou excesso de apetite, insônia ou hipersonia, baixa energia ou fadiga, baixa autoestima, dificuldade de concentração e sentimento de desesperança (DSM-5, 2013). Na condição disfórico pré-mestrual, o transtorno é específico e responsivo ao momento após a ovulação até dias depois da menstruação. Para o diagnóstico, é necessário a presença de pelo menos cinco dos sintomas, labilidade afetiva acentuada, irritabilidade acentuada, humor deprimido acentuado, ansiedade acentuada, diminuição.

(28) 28. de interesse pelas atividades do dia a dia, dificuldade de concentração, fadiga, insônia, sentir-se fora do controle, sensibilidade ou inchado das mamas, dores musculares ou articulares. Esses sintomas devem estar presentes poucos dias antes da menstruação e melhorar poucos dias após a menstruação. No caso da depressão, por uso de substâncias/medicamentos, sintomas de distúrbios do humor, caracterizado por humor depressivo ou alta diminuição do interesse ou prazer aparecem quando certos medicamentos são utilizados, por intoxicação ou abstinência (DSM-5, 2013). Para Mira (2009), a depressão é caracterizada por uma tristeza ou melancolia persistente, que aumenta a inibição e impossibilita a afetividade, que faz com que o indivíduo fique intratenso e fechado. Provoca também lentidão na fusão das ideias, diminuição da motricidade, autoestima baixa e recriminações que podem levar ao suicídio. Mira pôde perceber nas aplicações do PMK em depressivos que alguns traços eram comuns a esse grupo, entre eles: ✓ Manutenção das configurações gerais, ✓ Intensificação da inibição, ✓ Intratensão, principalmente na mão dominante; ✓ Forte depressão endógena mais presente na mão racional, movimentos descendentes nas configurações verticais, rupturas nas cadeias descendentes; ✓ Autoagressividade aumentada; ✓ Nível ideomotor bom; ✓ Lentidão no ritmo.. Além disso, é necessário também avaliar se o DPv o DSv são negativos. Em uma pesquisa realizada com sete maníacos e 16 depressivos, as alterações mais comuns.

(29) 29. estavam nos movimentos verticais, que caracterizam maior facilidade para descer os movimentos, evidenciando falta de energia, uma das características da depressão. A partir do exposto, destaca-se a relevância do PMK para o contexto da avaliação psicológica principalmente no auxílio no diagnóstico da esquizofrenia e da depressão. Em vista disso, o objetivo da presente pesquisa é identificar por meio da análise qualitativa e quantitativa do PMK as alterações de configuração dos traçados mais comuns nos diferentes grupos clínicos. Com isso, pretende-se colaborar com o trabalho do psicólogo, oferecendo uma maneira de se identificar possíveis traços patológicos a partir da análise da forma como são realizados os movimentos pelo avaliado, chamando a atenção para as alterações que são mais comuns a cada um dos grupos clínicos estudados.. 1.5 Revisão da Literatura sobre o Psicodiagnóstico Miocinético – PMK. Na tentativa de melhor fundamentar o processo da avaliação da personalidade, foi realizado um levantamento da literatura nas bases dados Scielo, Periódicos CAPES, Google acadêmico e Pepsic entre o período de 2000 a 2018, utilizando os seguintes descritores, Teste PMK, Psicodiagnósitco Miocinético, Avaliação Psicológica e Testes Psicológicos. Com base nos dados deste levantamento, obteve-se um número de 11 artigos. A maioria abordou exclusivamente o uso do PMK para área de avaliação psicológica. Um número menor abordou aspectos psicométricos, como validade e precisão. Desses artigos, seis foram selecionados, os demais foram excluídos por apenas citarem o nome do teste sem discussões mais aprofundadas. A seguir serão apresentados os artigos selecionados..

(30) 30. No estudo apresentado por Chueiri, 2004, verificaram-se os indicadores de sequelas neurológicas provocadas pelo uso prolongado de álcool possíveis de serem detectados pelos testes Bender e PMK, e buscou analisar comparativamente os instrumentos quanto à mensuração dos referidos indicadores. Essa análise comparativa permitiu discutir a aplicabilidade de ambos os testes na avaliação psicológica de candidatos à obtenção da CNH, sobretudo no que diz respeito à triagem de alcoolistas. A autora observou que, em comparação ao Bender, o PMK se mostrou um teste mais preciso e sensível na triagem de alcoolistas, e, por isso, de fundamental uso na avaliação psicológica de condutores. Em outro estudo, os autores compararam os resultados de candidatos à CNH de Belo Horizonte (Minas Gerais), Recife (Pernambuco), São Paulo e com a amostra de motoristas do Grupo A do Manual do PMK (Esteves, Bardella, Almeida, Bardella & Alves, 2004). Os autores evidenciaram diferenças estatisticamente significativas em um elevado número de medidas do PMK em diferentes estados do Brasil, o que evidencia a necessidade de desenvolver tabelas normativas por regiões. No estudo conduzido por Rueda e Lamounier (2006), que verificaram as diferenças no PMK em candidatos à obtenção de CNH em relação ao sexo, escolaridade e idade, em 126 sujeitos, dos quais 23% cursavam o Ensino Fundamental; 51,6% o Ensino Médio; e 25,4% o Ensino Superior. Os valores avaliados referiam-se aos Lineogramas e Us. No que tange ao sexo, os resultados indicaram que os homens tendem à intratensão controlada, enquanto as mulheres tendem reacionalmente a dirigir suas tensões para o ambiente, exteriorizando seus conteúdos psíquicos. Em relação à idade, constatou-se que os participantes apresentaram tendência à internalização das emoções e menor emotividade endógena. Todavia, os avaliados com idade inferior a 30 anos demonstraram expressiva internalização delas. Participantes mais novos apresentaram tônus positivo dentro da média esperada para o grupo, o que.

(31) 31. sugere que indivíduos com menos de 30 anos podem responder com maior agilidade diante de situações de emergência, bem como dispõem de energia vital para a realização de atividades. Quanto à escolaridade, observou-se que pessoas com menor escolaridade possuem uma tendência momentânea à intratensão em relação às pessoas com maior nível de escolaridade, que tenderam, por sua vez, à extratensão. Além disso, no que se refere à agressividade, notou-se que sujeitos com maior escolaridade tenderam a apresentar reacionalmente uma atitude de maior autoafirmação e domínio de si em comparação às pessoas com menor escolaridade. Os autores asseveraram que, embora o estudo não tenha contemplado a avaliação qualitativa das medidas do PMK, ela é essencial para a realização de um bom diagnóstico. No estudo de Silva e Alchieri (2007), foi realizada uma revisão da literatura sobre a avaliação psicológica da personalidade e processos para obtenção de CNH. Concluíram que é duvidosa a eficácia da avaliação psicológica no processo de habitação e, nesse sentido, afirmaram que os estudos realizados na área são escassos e que não sustentam a necessidade de avaliar tal construto para condução de veículos. No que se refere ao PMK, asseveraram que, embora seja amplamente utilizado, não há concordância de um perfil a ser avaliado. Vasconcelos, Sampaio e Nascimento (2013) investigaram a validade preditiva das dimensões do PMK em relação ao desempenho no trabalho em uma organização estadual em 248 participantes destros, com idade média de 22, 67 anos, sendo 83,9% do sexo masculino. Os resultados obtidos através das análises da associação entre as dimensões do PMK em relação ao desempenho indicaram que as variáveis comunicação disciplinar e recompensa e as suas respectivas subcategorias apresentaram associações significativas com as medidas de personalidade. Contudo, a magnitude dessas relações foi fraca e não se sustentou na análise de regressão logística, denotando que as dimensões do PMK, isoladas ou em conjunto, não estão relacionadas ao desempenho no.

(32) 32. trabalho. Portanto, não houve associação entre controle sobre a expressão emocional e comportamental, índices de tônus vital e agressividade e desempenho no trabalho, como é possível verificar, todos os estudos levantados e os aqui descritos não buscam estudar grupos específicos ou clínicos. Já Silva e Rueda (2016) verificaram se o teste PMK poderia ser utilizado para avaliação da inteligência. Participaram 128 sujeitos com idades entre 18 e 65 anos, homens e mulheres, com níveis de escolaridade que variaram do ensino fundamental à pós-graduação. Os indivíduos foram submetidos ao PMK e ao Teste de Inteligência (TI). As pontuações no TI foram correlacionadas ao total de pontos no PMK e os resultados obtidos indicaram uma correlação negativa, significativa e de magnitude moderada (r= - 0,462). Os resultados dessa pesquisa corroboram achados de estudos anteriores, que consideram o PMK como um instrumento capaz de avaliar a inteligência por meio de dados qualitativos, sobretudo em relação aos traçados mais complexos, como as Escadas e os Zigue-Zagues. De acordo com a literatura pode-se evidenciar que de uma maneira geral os estudos se caracterizam por comparações entre variáveis que podem apresentar diferenças estatísticas, estudos de validade ou apenas levantamento teórico. Dessa maneira, verificar características de personalidade em grupos clínicos pelo PMK, propósito deste estudo, vem preencher uma lacuna na literatura no tocante as essas variáveis em portadores de Depressão e Esquizofrenia..

(33) 33. 2. OBJETIVOS. 2.1 Objetivo Geral Levantar características de personalidade por meio da análise quantitativa e qualitativa do PMK em grupos clínicos de pacientes com Depressão e Esquizofrenia.. 2.2 Objetivos específicos Verificar aspectos da personalidade em pacientes com esquizofrenia pela análise quantitativa e qualitativa do PMK. Verificar aspectos da personalidade em pacientes com depressão pela análise quantitativa e qualitativa do PMK. Comparar aspectos da personalidade de pacientes com esquizofrenia e depressão ao um grupo de sujeitos sem histórico de transtorno mental pela análise quantitativa e qualitativa do PMK..

(34) 34. 3. HIPÓTESES Haverá diferenças entre as frequências das medidas de cada característica que avalia os grupos clínicos estudados; O. PMK. apresenta. esquizofrênicos e depressivos.. sensibilidade. para. avaliação. clínica. de. quadros.

(35) 35. 4. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO. Participantes a partir de 18 anos com diagnóstico de Transtorno do Espectro da Esquizofrenia e Transtorno Depressivo diagnosticados por profissionais habilitados considerando os critérios definidos pelo DSM-V. Para confirmação do diagnóstico foi aplicado o Mini-International Neuropsychiatric Interview (MINI)..

(36) 36. 5. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO Menores de 18 anos sem diagnóstico de Transtorno do Espectro da Esquizofrenia e Transtorno Depressivo ou como comorbidade diagnóstica segundo o DSM..

(37) 37. 6. MÉTODO. 6.1 Participantes. Participaram deste estudo 122 adultos entre 18 a 54 anos (M=31,73; DP=8,75), divididos em três grupos, sendo grupo controle (sem diagnóstico ou histórico de transtornos mentais), portadores de depressão e esquizofrenia. Os participantes dos grupos com esquizofrenia e depressão foram pacientes de ambulatórios de hospital psiquiátrico, clínica escola e CAPS nas cidades de região metropolitana de São Paulo. Os participantes do grupo controle foram indivíduos que estavam participando de processos seletivos para os diversos fins.. 6.2 Instrumentos. Dados Demográficos Todos os participantes foram submetidos por entrevista para levantamento de dados demográficos, como Escolaridade, Idade e Sexo e história clínica.. Dados Clínicos:. Mini-International Neuropsychiatric Interview – MINI Para validação da presença de transtornos psiquiátricos foi aplicada a versão brasileira do questionário MINI em todas as participantes. Trata-se de um questionário estruturado de aplicação rápida (15-30 minutos), desenvolvido para contemplar os critérios do DSM-IV e da CID-10 e validado para o português (Amorim, 2000)..

(38) 38. PSICODIAGNÓSTICO MIOCINÉTICO – PMK O PMK é um teste gráfico expressivo que permite inferir aspectos da personalidade, variações do estado emocional/humoral e aspectos atitudinais. É uma prova psicomotora baseada na relação entre os músculos (mio) e os movimentos (kinesão). Com o PMK, é possível avaliar as características estruturais e reacionais de personalidade. As bases teóricas do PMK são a Teria Motriz da Consciência, o Tônus Muscular e o Princípio da Dissociação Miocinética. O PMK avalia as seguintes características: Tônus Vital, Agressividade, Reação Vivencial, Emotividade, Dimensão Tensional e Predomínio Tensional. A aplicação do teste é individual, sem limite de tempo, em ambos os sexos e indivíduos entre 18 e 70 anos.. 6.3 Procedimentos. Após apresentação inicial do projeto seguida da autorização da coleta de dados na instituição, o projeto foi submetido ao Comitê de Ética da Universidade Metodista de São Paulo e após a aprovação (CAAE 79425517.0.0000.5508) os estudos foram iniciados. Foram apresentados os objetivos da pesquisa para todos os participantes e respectivos responsáveis legais. Para aqueles que aceitaram participar, foi entregue o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), em três vias, em que uma ficou com o participante ou responsável, outra com a instituição e uma com a pesquisadora. Para os casos de pacientes com restrições civis, o responsável legal assinou o TCLE. Foi explicado que a participação é voluntária e que em qualquer momento o participante poderia retirar seu consentimento em participar da pesquisa, sem nenhum dano ou penalidade. Após comum acordo as aplicações foram iniciadas..

(39) 39. A coleta dos dados pelo protocolo do PMK deu-se de forma individual seguindo criteriosamente as instruções do manual (Mira, 2014). Foram aplicados todos os movimentos com exceção das cadeias verticais, para que o teste fosse aplicado em apenas um dia. Primeiramente foram coletados os dados do grupo controle, seguido dos depressivos e esquizofrênicos. Para os pacientes psiquiátricos, os testes foram aplicados assim que encaminhados, pois o início do tratamento poderia interferir nos resultados dos testes.. 6.4 Análise de Dados. Para análise dos dados, foi utilizado o programa Statistical Package for the Social Sciences – IBM-SPSS versão 25.0 para o Windows. Para a avaliação quantitativa, foram obtidas as medidas de cada um dos traçados do teste e as médias comparadas por meio do Teste t de Student e/ou Anova com a finalidade de identificar as diferenças entre os grupos clínicos e controle. Para a avaliação qualitativa, foi analisada a configuração de cada um dos traçados, com a finalidade de identificar alterações específicas que pudessem eventualmente estar associadas aos diferentes grupos clínicos estudados. Foi considerado como referência para a avaliação as alterações de configuração disponíveis no manual do teste (Mira, 2009). Para verificar se as presenças dos indicadores diferenciaram os grupos clínicos e o grupo de controle estudados, foram comparadas as frequências por meio do χ2, ou seja, a frequência com que os itens da avaliação qualitativa diferenciam os grupos clínicos estudados e controle..

(40) 40. 7. RESULTADOS. 7.1 Descrição da amostra. O grupo controle foi composto por 41,5 % de mulheres e 58,5% de homens, divididos entre ensino fundamental (4,9%); ensino médio (41,5%); e superior (53,7%) sem histórico de transtornos mentais. O nível socioeconômico, etnia e religião não foram levantados e as escolaridades e sexos foram apresentados apenas com o objetivo de caracterização da amostra. Os grupos de portadores de depressão e esquizofrenia foram formados por pessoas diagnosticadas por psicólogos ou psiquiatras, quando vindo do hospital ou CAPS. No caso da clínica-escola, foram selecionados pelos prontuários em fila de espera. Para o grupo dos depressivos, todas as participantes eram do sexo feminino, sendo 5% do ensino fundamental e 95% do ensino médio. Já para o grupo dos esquizofrênicos, a maioria dos participantes era do sexo masculino (73,2%) em relação ao feminino (26,8%), entre o ensino fundamental (4,9%) e ensino médio (95,1%). A Tabela 1 apresenta a distribuição da amostra se comparado o sexo pelos grupos. Tabela 1 Distribuição da amostra em função do sexo e grupo Sexo. Controle. Depressivos. Esquizofrênicos. Total. N. %. N. N. N. %. N. %. Feminino. 17. 41,5. 40. 100. 11. 26,8. 68. 55,7. Masculino. 24. 58,5. -. -. 30. 73,2. 54. 44,3. Total. 41. 100. 40. 100. 41. 100. 122. 100.

(41) 41. Para melhor descrever a amostra, as idades foram organizadas em faixas etárias considerando entre e 18 a 25 anos, 26 a 35 anos, 36 a 44 anos e 45 anos ou mais. A tabela 2 apresenta a distribuição da amostra dos grupos pelas faixas etárias.. Tabela 2 Distribuição da amostra em função da faixa etária e grupo Faixa etária. Controle. Depressivos. Esquizofrênicos. Total. N. %. N. %. N. %. N. %. 18 a 25 anos. 10. 24,4. 17. 42,5. 5. 12,2. 32. 26,2. 26 a 35 anos. 18. 43,9. 19. 47,5. 16. 39,0. 53. 43,4. 36 a 44 anos. 5. 12,2. 2. 5,0. 18. 43,9. 25. 20,5. 45 anos ou mais. 8. 19,5. 2. 5,0. 2. 4,9. 12. 9,8. Total. 41. 100. 40. 100. 41. 100. 122. 100. De acordo com a Tabela 2, é possível verificar que o grupo controle teve maior concentração de participantes entre as idades de 26 a 35 anos (43,9%), já o grupo com depressão, a maior parte estava entre 18 e 25 nos (42,5%), assim como os casos de esquizofrenia com 43,4% dos participantes na mesma faixa etária. A amostra total também teve a maior concentração de participantes entre as idades 26 a 35 anos, seguida das idades 18 a 25 anos, 36 a 44 e 45 anos ou mais, respectivamente. Com o objetivo de descrever a amostra mais detalhadamente, os níveis de escolaridade foram organizados em relação aos grupos e sexo e estão apresentados na Tabela 3. Tabela 3 Distribuição da amostra em função da escolaridade, sexo e grupo.. Sexo. Fundamental. Médio. Superior. Total. Grupo. N. N. N. N. Controle. 1. 5. 11. 17. Depressivos. 2. 38. -. 40. Feminino.

(42) 42. Masculino. Esquizofrênicos. -. 11. -. 11. Controle. 1. 12. 11. 24. Depressivos. -. -. -. -. Esquizofrênicos. 2. 28. -. 30. 6. 94. 22. 122. Total. O grupo controle teve participantes nas três escolaridades em ambos os sexos, já no grupo com depressão não houve participante do sexo masculino, e as escolaridades ficaram entre o ensino fundamental e médio. Já para o grupo com esquizofrenia, para ambos os sexos não foram encontrados participantes do ensino superior, e no sexo feminino não houve participantes do ensino fundamental. 7.2 Dados descritivos clínicos As características de cada traço que avalia direta e indiretamente os dois grupos clínicos estão descritos no Quadro 1. Quadro 1 Dados descritivos dos grupos clínicos. Grupo de pacientes com depressão Sintoma. Movimento. Descrição do movimento Avanço irrelugar ou brusco DS. Lineograma Flutuações na direção do DS Linhas Deformadas Ângulos grandes Ângulos irregulares M.E Sintomas de Ângulos ausentes Instabilidade Zigue-Zague. Torção axial M.R. Direção regressiva Irregularidade geral dif. CL Irregularidade brusca dif. CL DP com avanço irregular geral.

(43) 43 Egocip. Acentuada dificuldade p/ voltar DS lateral irregular Tamanho linhas grandes Tamanho linhas irregulares Escadas Ângulos irregulares Direção ascendente irregular Configuração Geral Círculos irregulares Tamanho Círculos irregulares Círculos. Intensidade e localização Oscilação na direção Em relação do DSv Avanço lateraal irregular Em relação do DSv Flutuação na direção Considerando tamanho, elos com irregularidades nos diâmetros. Cadeias. Em função do DPs, avanço irregular Direção ecocíp. ME, volta intensamente aglomerada Paralelas desordenadas Em função da Dif. CL, leve irregularidade geral Em função da Dif. CL, irregularidade brusca e. Paralelas. imediata Em função do DPs, avanço irregular geral Direção egocip. Volta irregular Em função do DSs, serpenteante Em função do DPv, oscilação nas direções. Us Em função do DSs, flutuações de desvio Aumento gradativo e constante do C.L. Diminuição gradativa e constate do C.L. Lineograma Irregularidade do C.L. Leve. Inibição, Angústia e Ansiedade. Em relação ao DP M.R. Ângulos pequenos Zigue-Zague Direção oscilante.

(44) 44 Aumento gradativo CL Diminuição gradativa CL DP com avanço retraído DP com avanço irregular brusco Egocip. Volta irregular Tamanho linhas pequenas Escadas. Tamanho linhas diminuição gradativa Tamanho linhas aumento gradativo Tamanho Círculos gradativamente maiores. Círculos. Tamanho Círculos menores que o modelo Tamanho Círculos gradativamente menores Considerando tamanho, elos menores que o modelo Considerando tamanho, diminuição gradativa Considerando tamanho, aumento gradativo. Cadeias. Em função do DPs, dificuldade de avançar Direção ecocíp. ME, volta irregular Em função do DSs, desvio lateral irregular Paralelas com ganchos iniciais Distância entre as paralelas diminuída Paralelas Em função do CL, diminuição gradativa Em função do CL, aumento gradativo Em função do DSv, com oscilações Us Em função do DSs, oscilações bruscas de desvio Zigue-Zague. Egocip. Volta precipitada Em função do DPs, avanço com ruptura de cadeias. Agressividade Cadeias. Em função do DPs, avanço irregular brusco Em função do DPs, avanço dos músculos extensores sobre flexores.

Referências

Documentos relacionados

Os estudos originais encontrados entre janeiro de 2007 e dezembro de 2017 foram selecionados de acordo com os seguintes critérios de inclusão: obtenção de valores de

Os alunos que concluam com aproveitamento este curso, ficam habilitados com o 9.º ano de escolaridade e certificação profissional, podem prosseguir estudos em cursos vocacionais

Mesmo com a maioria dos centenários apresentando elevado percepção qualidade de vida, viu-se que o nível de atividade física e a média de número passo/dia, foram inferiores

A teoria das filas de espera agrega o c,onjunto de modelos nntc;máti- cos estocásticos construídos para o estudo dos fenómenos de espera que surgem correntemente na

Trata-se de um relato de pesquisa e experiência prática, de natureza descritiva, sobre a vivência em um projeto de extensão universitário multidisciplinar realizado na

Grupo: RESUMO.

A presente pesquisa tem potencial para ampliar os estudos sobre Literatura Brasileira na região Sul da Bahia, além de inovar o ensino da Literatura na Educação Básica, ao

Para identificar manifestações do pensamento algébrico, relacionadas ao pensamento funcional (Quadro 1), evidenciadas pelos estudantes durante a resolução das duas