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A influência da espiritualidade, religiosidade, ansiedade e depressão na motivação dos acadêmicos de uma universidade federal

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Academic year: 2021

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MESTRADO EM ATENÇÃO À SAÚDE

ELISÂNGELA DE ASSIS AMARO

A INFLUÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE, RELIGIOSIDADE, ANSIEDADE E DEPRESSÃO NA MOTIVAÇÃO DOS ACADÊMICOS DE UMA UNIVERSIDADE

FEDERAL

UBERABA 2018

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A INFLUÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE, RELIGIOSIDADE, ANSIEDADE E DEPRESSÃO NA MOTIVAÇÃO DOS ACADÊMICOS DE UMA UNIVERSIDADE

FEDERAL

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Atenção à Saúde, área de concentração Saúde e Enfermagem da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Atenção à Saúde.

Linha de Pesquisa: Atenção à saúde das

populações.

Eixos temáticos: Saúde do adulto.

Orientadora: Profª. Drª. Jurema Ribeiro

Luiz Gonçalves.

UBERABA 2018

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A INFLUÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE, RELIGIOSIDADE, ANSIEDADE E DEPRESSÃO NA MOTIVAÇÃO DE ACADÊMICOS DE UMA UNIVERSIDADE

FEDERAL

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Atenção à Saúde, área de concentração Saúde e Enfermagem da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Atenção à Saúde.

Uberaba, 25 de janeiro de 2018.

Banca Examinadora:

___________________________________________________________ Profª Drª Jurema Ribeiro Luiz Gonçalves – Orientadora

Universidade Federal do Triângulo Mineiro

____________________________________________________________ Profª Drª Leiner Resende Rodrigues

Universidade Federal do Triângulo Mineiro

_____________________________________________________________ Profª Drª Marciana Fernandes Moll

Universidade de Uberaba

UBERABA 2018

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Dedico este trabalho a minha mãe que diariamente se sacrifica para me dar o seu melhor!

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À Deus, ao Universo e a toda espiritualidade, por ter guiado e iluminado meus

passos, em mais uma conquista.

Às oportunidades, ao aprendizado, mesmo que árduo.

Aos meus pais, José Amaro Filho (em memória) e Dorcelina Francisca Amaro

que sempre apoiou todas as minhas decisões e pelo amparo e ajuda constante. A vocês, gratidão pelo dom da vida e por serem meus pais. Essa conquista é nossa!

Aos meus irmãos Eliseu de Assis Amaro, Edlaine de Assis Amaro, José Amaro da Silva Neto, cunhadas, cunhado, sobrinhos, sobrinhas, tios e tias pela paciência

comigo em minhas ausências no meio familiar.

Aos meus ancestrais.

Aos amigos de todas as épocas de minha vida, que estiveram presentes e à

distância com palavras e vibrações positivas a me incentivar no meu crescimento. Saliento minha gratidão a todos e, nesta etapa, agradeço imensamente a

Alexandre Marcos Rodrigues Braga, pelo reencontro de almas fraternas,

vivências, aprendizado, compartilhamento, amizade... Meu carinho por você é infinito! A Anquelins Patrícia do Amaral e Darci Nogueira Dinorah Silva estimadas e queridas amigas obrigada pelas palavras de encorajamento e o carinho de vocês!

Aos meus professores desde a pré-escola até a minha orientadora professora Dra.

Jurema Ribeiro Luiz Gonçalves que me proporcionou a oportunidade de

crescimento e aprendizado. Gratidão! Eu honro você.

Aos professores e servidores do Programa de Pós-Graduação em Atenção à

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À CAPES pelo subsídio.

Aos graduandos que conheci ao longo desses anos. Pelo compartilhamento de

experiências.

Aos colegas de mestrado em especial Márlon Martins Moreira.

Aos acadêmicos que participaram desta pesquisa.

Ao Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa em Espiritualidade e Saúde - NInPES.

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“Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje. Mas, continue em frente de qualquer jeito.”

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AMARO, Elisângela de Assis. A influência da espiritualidade, religiosidade,

ansiedade e depressão na motivação dos acadêmicos de uma universidade federal. 2017. 96f. Dissertação (Mestrado em Atenção à Saúde) – Programa de

Pós-Graduação em Atenção à Saúde, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba – MG, 2017.

Levando em consideração as dificuldades e exigências vividas no contexto universitário e os fatores que podem favorecer a evasão escolar, que diretamente ou não, podem estar ligados à motivação acadêmica, torna-se importante à compreensão do tema neste âmbito. Este estudo objetivou analisar as variáveis sociodemográficas, acadêmicas, espiritualidade, religiosidade, ansiedade e depressão sobre a motivação dos acadêmicos da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Trata-se de um modelo de estudo analítico, observacional, com delineamento do tipo seccional (transversal), com abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada nas dependências dos campi da Universidade Federal do Triângulo Mineiro com acadêmicos dos 28 cursos oferecidos pela universidade. Participaram da pesquisa 219 acadêmicos. O instrumento de pesquisa foi composto por duas vias do TCLE e cinco instrumentos autoaplicáveis, sendo eles, o Questionário de Avaliação Sociodemográfica, a Escala de Motivação Acadêmica,

Spirituality Self Rate Scale, Escala de Religiosidade de Duke – DUREL, Escala de

Ansiedade e Depressão para Hospital Geral – HAD. Esta pesquisa foi aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa CEP/UFTM, número do parecer 1.900. 668. Os dados foram digitados em planilha eletrônica EXCEL®, em dupla entrada, para verificação de consistência. Em seguida foram exportados para o aplicativo SPSS (Statistical

Packge for the Social Science), versão 20.0, para realização da análise estatística.

As variáveis categóricas foram apresentadas em tabelas de frequência absoluta e relativa, ao passo que as variáveis quantitativas foram resumidas empregando-se medidas de tendência central (média e mediana) e de variabilidade ou dispersão (amplitude e desvio padrão). Na análise de regressão linear segundo a ordem de domínios decrescente, foram identificados que os acadêmicos declarados não depressivos apresentaram significância estatística fraca positiva para os domínios MIC β=0,172 (p=0,012); MIR β=0,234 (p=<0,001); MIEE β=0,171 (p=0,013); MEID β=0,248 (p=<0,001). Dessa maneira os acadêmicos sem depressão apresentaram-se estados diferentes de motivação apresentaram-seja ela controlada e autônoma, mais próximos da autodeterminação. Para o domínio AMO apresentou significância estatística fraca negativa β=-0,398 (p=<0,001). Os acadêmicos que se declararam depressivos apresentam-se escores de desmotivação mais baixos, ou seja menor autodeterminação. As pessoas do sexo feminino apresentaram significância estatística fraca positiva para o domínio MEID β=0,204 (p=0,002), dessa maneira ser do sexo feminino influencia na MEID (motivação controlada) caracterizado por menor sensação de controle. Para os acadêmicos que não tem religião, foi percebida significância estatística fraca negativa para o domínio MERE β=-0,302 (p=<0,001) assim, manifesta maior motivação por expectativa de recompensa ou punição. Como limitação do estudo, apresentou-se a ausência de literatura que sustente a análise de regressão linear para os domínios da EMA e inclusive dos preditores que a influenciaram. Assim foi identificada a depressão como principal preditor, seguido de religião e sexo, mas ainda serão necessários novos

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ansiedade; depressão.

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AMARO, Elisângela de Assis. The influence of spirituality, religiosity, anxiety and depression on the motivation of the academics from a federal university. 2017. 96f. Dissertation (Master's Degree in Health Care) - Postgraduate Program in Health Care, Federal University of Triângulo Mineiro, Uberaba - MG, 2017.

Taking into account the difficulties and demands experienced in the university context and the factors that may favor school dropout, which may or may not be directly related to academic motivation, it becomes important to understand the subject in this context. This study aimed to analyze the sociodemographic, academic, spirituality, religiosity, anxiety and depression variables on the academic motivation of the Federal University of Triângulo Mineiro. It is an analytical, observational study model, with a design of the type (transversal), with quantitative approach. The research was carried out in the dependencies of the Federal University of the Triângulo Mineiro with academics of the 28 courses offered by the university. A total of 219 academics participated in the study. The research instrument consisted of two ways of the ICF and five self - applied instruments, such as the Sociodemographic Assessment Questionnaire, the Academic Motivation Scale, the Spirituality Self Rate Scale, the Duke - DUREL Scale of Religiosity, the Anxiety and Depression Scale for General Hospital - HAD. This research was approved by the CEP / UFTM Research Ethics Committee, opinion number 1,900.668. The data were entered in an EXCEL® spreadsheet, in double entry, for consistency checking. Then they were exported to the SPSS application (Statistical Packge for the Social Science), version 20.0, for statistical analysis. Categorical variables were presented in absolute and relative frequency tables, while the quantitative variables were summarized using central (mean and median) and variability or dispersion measures (amplitude and standard deviation). In the linear regression analysis according to the decreasing domain order, it was identified that the declared non-depressive academics presented weak positive statistical significance for the MIC domains β= 0,172 (p= 0,012); MIR β= 0,234 (p=<0,001); MIEE β= 0,171 (p= 0,013); MEID β= 0,248 (p= <0,001). In this way the non-depressed academics presented different states of motivation, whether controlled or autonomous, closer to self-determination. For the AMO domain it presented weak negative statistical significance β= -0,398 (p= <0,001). Academics who have declared themselves to be depressed have lower demotivation scores, that is, lower self-determination. Female subjects had a weak positive statistical significance for the domain MEID β= 0,204 (p= 0,002), thus being female influenced in MEID (controlled motivation) characterized by a lower control feeling. For nonreligious scholars, a weak negative statistical significance for the MERE domain β= -0,302 (p= <0,001) was observed, thus, a higher motivation for expectation of reward or punishment. As a limitation of the study, there was no literature supporting the linear regression analysis for the EMA domains and even the predictors that influenced it. Thus, depression was identified as the main predictor, followed by religion and sex, but further studies are still needed to study more deeply about this topic, since several factors may interfere in the process of academic motivation. Descriptors: Motivation; students; education, higher; religion; spirituality; anxiety; depression.

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AMARO, Elisângela de Assis. La influencia de la espiritualidad, religiosidad, ansiedad y depresión en la motivación de los académicos de una universidad federal. 2017. 96f. Disertación (Maestría en Atención a la Salud) - Programa de Postgrado en Atención a la Salud, Universidad Federal del Triángulo Mineiro, Uberaba - MG, 2017.

Teniendo en cuenta las dificultades y exigencias vividas en el contexto universitario y los factores que pueden favorecer la evasión escolar, que directamente o no, pueden estar ligados a la motivación académica, se vuelve importante a la comprensión del tema en este ámbito. Este estudio tuvo como objetivo analizar analizar las variables sociodemográficas, académicas, espiritualidad, religiosidad, ansiedad y depresión sobre la motivación de académicos de la Universidad Federal del Triángulo Mineiro. Se trata de un modelo de estudio analítico, observacional, con delineamiento del tipo (transversal), con abordaje cuantitativo. La investigación fue realizada en las dependencias de los campus de la Universidad Federal del Triángulo Minero con académicos de los 28 cursos ofrecidos por la universidad. Participaron en la investigación 219 académicos. El instrumento de investigación fue compuesto por dos vías del TCLE y cinco instrumentos autoaplicables, siendo ellos, el Cuestionario de Evaluación Sociodemográfica, la Escala de Motivación Académica, Spirituality Self Rate Scale, Escala de Religiosidad de Duke - DUREL, Escala de Ansiedad y Depresión para Hospital General - HAD. Esta investigación fue aprobada por el Comité de Ética en Investigación CEP / UFTM, número de la opinión 1.900. 668. Los datos fueron digitados en una hoja de cálculo EXCEL®, en doble entrada, para verificación de consistencia. A continuación se exportaron a la aplicación SPSS (Statistical Packge for the Social Science), versión 20.0, para realizar el análisis estadístico. Las variables categóricas fueron presentadas en tablas de frecuencia absoluta y relativa, mientras que las variables cuantitativas se resumieron empleando medidas de tendencia central (mediana y mediana) y de variabilidad o dispersión (amplitud y desviación estándar). En el análisis de regresión lineal según el orden de dominios decreciente, fueron identificados que los académicos declarados no depresivos presentaron significancia estadística débil positiva para los dominios MIC β= 0,172 (p = 0,012); MIR β= 0,234 (p= <0,001); MIEE β= 0,171 (p= 0,013); MEID β= 0,248 (p= <0,001). De esta manera los académicos sin depresión se presentaron estados diferentes de motivación, ya sea controlada y autónoma, más cerca de la autodeterminación. Para el dominio AMO presentó significancia estadística débil negativa β= -0,398 (p= <0,001). Los académicos que se declararon depresivos se presentan escores de desmotivación más bajos, o sea menor autodeterminación. Las personas del sexo femenino presentaron significancia estadística débil positiva para el dominio MEID β= 0,204 (p= 0,002), de esta manera ser del sexo femenino influye en la MEID (motivación controlada) caracterizado por una menor sensación de control. Para los académicos que no tienen religión, se percibió significancia estadística débil negativa para el dominio MERE β= -0,302 (p= <0,001) así, manifiesta mayor motivación por expectativa de recompensa o castigo. Como limitación del estudio, se presentó la ausencia de literatura que sustenta el análisis de regresión lineal para los dominios de la EMA e incluso de los predictores que la influenciaron. Así se identificó la depresión como principal predictor, seguido de religión y sexo, pero todavía serán necesarios nuevos levantamientos a fin de adentrarse en estudios profundos sobre

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Ansiedad; Depresión.

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Figura 1 - Continuum de Autodeterminação ... 33 Quadro 1 – Acadêmicos matriculados por Institutos, Campus Uberaba ... 40 Quadro 2 – Acadêmicos matriculados no campus Iturama ... 41

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Tabela 1 - Caracterização das variáveis sociodemográficas dos acadêmicos, Uberaba/MG, 2017 ... 51 Tabela 2 - Distribuição dos acadêmicos dos 28 cursos de graduação, Campi Uberaba e Iturama, Uberaba/MG, 2017 ... 52 Tabela 3 - Distribuição dos acadêmicos por períodos de graduação, Campi Uberaba e Iturama, Uberaba/MG, 2017 ... 53

Tabela 4 - Medidas de tendência central, variabilidade e consistência interna dos escores de cada domínio da Escala de Religiosidade de Duke (DUREL) e Spirituality

Self Rate Scale (SSRS) dos acadêmicos, Uberaba/MG, 2017 ... 54

Tabela 5 - Distribuição de frequência de prevalência de sintomas de ansiedade e depressão dos acadêmicos, Uberaba/MG, 2017 ... 54 Tabela 6 - Medidas de tendência central, variabilidade e consistência interna dos escores de cada domínio da Escala de Motivação Acadêmica (EMA) dos acadêmicos, Uberaba/MG, 2017 ... 55 Tabela 7 - Comparação de médias entre os domínios da EMA, variáveis sexo e cor de pele dos acadêmicos, Uberaba/MG, 2017 ... 56 Tabela 8 - Comparação de média entre domínios da EMA, variáveis estado civil e procedência dos acadêmicos, Uberaba/MG, 2017 ... 56 Tabela 9 - Comparação de média entre domínios da EMA, variáveis religião e mesma religião dos pais dos acadêmicos, Uberaba/MG, 2017... 57 Tabela 10 - Comparação de média entre os domínios da EMA, variáveis ansiedade e depressão dos acadêmicos, Uberaba/MG, 2017 ... 58 Tabela 11 - Correlação dos domínios da EMA e as variáveis sociodemográficas idade, renda e período dos acadêmicos, Uberaba/MG, 2017 ... 58

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espiritualidade dos acadêmicos, Uberaba/MG, 2017 ... 59

Tabela 13 - Regressão Linear dos domínios da EMA segundo as variáveis sociodemográficas, prevalência de depressão, Religiosidade intrínseca, e SSRS dos acadêmicos, Uberaba, MG, 2017 ... 60

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AM Amotivation

AMO Amotivation

AMS Academic Motivation Scale

BVS Biblioteca Virtual em Saúde

DRCA Departamento de Registro e Controle Acadêmico

EMA Escala de Motivação Acadêmica

EME Échelle de Motivation em Éducation

EMER Extrinsic Motivation External Regulation EMID Extrinsic Motivation Identified Regulation EMIN Extrinsic Motivation Introjected Regulation FMTM Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro

HAD Escala de Ansiedade e Depressão para Hospital Geral ICENE Instituto de Ciências Exatas, Naturais e Educação ICS Instituto de Ciências da Saúde

ICTE Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas

IELACHS Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais IMES Intrinsic Motivation Experience Stimulation

IMTA Intrinsic Motivation Towards Accomplish IMTK Intrinsic Motivation to Know

ME Motivação Extrínseca

MEID Motivação Extrínseca por Identificação MEIN Motivação Extrínseca por Introjeção

MERE Motivação Extrínseca por Regulação Externa

MI Motivação Intrínseca

MIC Motivação Intrínseca para Conhecer

MIEE Motivação Intrínseca para Experimentar Estímulos MIR Motivação Intrínseca para Realização

PASS Power Analysis and Sample Size

RI Religiosidade Instrínseca

RNO Religiosidade Não Organizacional

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SSRS Spirituality Self Rate Scale

TAD Teoria da Autodeterminação

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido UFTM Universidade Federal do Triângulo Mineiro

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1 INTRODUÇÃO ... 19 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 30 2.1 TEORIA DA AUTODETERMINAÇÃO ... 31 2.2 MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA ... 34 2.3 MOTIVAÇÃO EXTRÍNSECA ... 35 3 OBJETIVOS ... 36

MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA OBJETIVO GERAL ... 37

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 37 4 MÉTODOS ... 38 4.1 TIPO DE ESTUDO ... 39 4.2 LOCAL DO ESTUDO ... 39 4.3 PARTICIPANTES DO ESTUDO ... 40 4.3.1 Critérios de inclusão ... 41 4.3.2 Critérios de exclusão ... 41 4.3.3 Número de participantes ... 41

4.4 PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS ... 42

4.5 INSTRUMENTOS ... 42

4.5.1 Questionário de Avaliação Sociodemográfica ... 43

4.5.2 Escala de Motivação Acadêmica – EMA... 43

4.5.3 Spirituality Self Rate Scale – SSRS... 45

4.5.4 Escala de Religiosidade da Universidade de Duke – DUREL ... 45

4.5.5 Escala de Ansiedade e Depressão para Hospital Geral – HAD ... 46

4.6 PRINCÍPIOS ÉTICOS ... 47

4.7 ANÁLISE DOS DADOS ... 47

5 RESULTADOS ... 50

5.1 CARACTERIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS ... 51

5.2 CARACTERIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS ACADÊMICAS ... 52

5.3 DETERMINAÇÃO DOS ESCORES DE ESPIRITUALIDADE, RELIGIOSIDADE, ANSIEDADE, DEPRESSÃO E MOTIVAÇÃO ACADÊMICA ... 54

5.4 COMPARAÇÃO DOS ESCORES DE MOTIVAÇÃO ACADÊMICA, VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS, ANSIEDADE E DEPRESSÃO... 55

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5.6 REGRESSÃO LINEAR DOS ESCORES DE MOTIVAÇÃO ACADÊMICA,

VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS, DEPRESSÃO, RELIGIOSIDADE E

ESPIRITUALIDADE ... 59

6 DISCUSSÃO ... 61

7 CONCLUSÃO ... 68

REFERÊNCIAS ... 71

APÊNDICE A QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA ... 84

ANEXO A TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ... 86

ANEXO B ESCALA DE MOTIVAÇÃO ACADÊMICA – EMA ... 88

ANEXO C SPIRITUALITY SELF RATE SCALE – SSRS ... 90

ANEXO D ESCALA DE RELIGIOSIDADE DE Duke – DUREL ... 91

ANEXO E ESCALA DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO PARA HOSPITAL GERAL – HAD ... 93

ANEXO F APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERRAL DO TRIÂNGULO MINEIRO ... 95

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Introdução

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1 INTRODUÇÃO

A origem das universidades é datada do século XI na Itália, com expansão nos séculos XIII a XV em vários locais no mundo como Inglaterra, Espanha, Portugal, Alemanha dentre outros. No Brasil, a inserção da universidade ocorreu no século XIX (SIMÕES, 2013). Assim em comparação com os países da América Latina, as instituições de ensino superior brasileiras são mais jovens. A primeira universidade fundada no país foi no Rio de Janeiro em 1920, a qual estabeleceu importantes momentos na história.

Nesse contexto histórico, foram criadas mais universidades que marcaram o forte crescimento do sistema público federal, surgiram universidades católicas e presbiterianas. Em 1968 ocorreu à reforma universitária, que objetivou a eficiência administrativa, estrutura departamental e a indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão e, finalmente, a aplicação da Constituição Federal de 1988 e homologação de leis que regulamentaram a educação superior, com intuito de atender ao mercado, com profissionais qualificados, assim como criação da própria identidade do sistema de educação (STALLIVIERI, 2014).

Mesmo com alto índice de desigualdades nos países latino-americanos, dentre elas, a distribuição de renda, acesso à saúde e, principalmente, acesso à educação, as universidades desde o seu surgimento, formam acadêmicos empenhados com o compromisso do desenvolvimento econômico e social, com a luta pela diminuição das desigualdades, com a criação de oportunidades para todos, e com a construção e manutenção de identidades culturais (STALLIVIERI, 2014).

Ao longo dos anos, a educação do ensino superior tem promovido nos acadêmicos mudanças em nível pessoal que diz respeito às características e/ou manifestações comuns da personalidade, em nível cognitivo relacionado ao raciocínio, conhecimento e habilidade, em nível afetivo como crenças, valores, atitudes, autoconceito, motivações e satisfação, em nível profissional e social ligada às relações interpessoais. Essas mudanças são resultantes da diversidade de experiências que compõem o leque de ensinamentos a serem aprendidos, sejam em atividades obrigatórias ou não obrigatórias, acadêmicas ou não acadêmicas (ALMEIDA; SOARES; FERREIRA, 1999; PASCARELLA; TERENZINI, 2005).

Em contrapartida, com essa expansão, elevados índices de evasão em cursos de graduação também aumentaram e com ela, todos os envolvidos no

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processo educacional sofrem perdas. Dessa forma, a compreensão de suas causas tem justificado o desenvolvimento de trabalhos e pesquisas na área educacional (GARCIA DE ANDOAÍN et al., 2012; GILIOLI, 2016).

Sabe-se que a entrada na universidade é um momento impactante na vida dos jovens. Alguns fatores como área do curso, condições financeiras, desempenho acadêmico, indefinição da escolha profissional, fatores sociais e tempo de curso, expõem os acadêmicos às situações de vulnerabilidade e, com possíveis dificuldades de como lidar com elas, buscam diferentes formas de aliviar a tensão gerada, como exemplo o uso abusivo de álcool e outras drogas (TEIXEIRA et al., 2008; WAGNER; ANDRADE, 2008; GARCIA DE ANDOAÍN et al., 2012).

É possível observar que a fragilidade presente naqueles que ingressam a universidade tem ganhado relevância no contexto acadêmico-científico e clínico. Acredita-se que isso ocorra não só em razão do crescimento da população acadêmica em face ao acesso facilitado na universidade, mas também por seu significado em termos de saúde pública (GUIMARÃES, 2014).

Outro aspecto relevante dentro do ambiente educacional está relacionado ao processo de aprendizagem o qual acontece quando existe o estudo, experiência, instrução, raciocínio e observação. Por meio dele, é possível adquirir ou modificar habilidade, conhecimento, comportamentos ou valores. A aprendizagem humana está relacionada à educação e ao desenvolvimento pessoal e é favorecida quando a pessoa está motivada (GASCÓN et al., 2017). No entanto tem sido destacado quanto à qualidade do ensino e de aprendizagem deficitária nos cursos superiores que interferem neste processo (OLIVEIRA, 2017).

Por conseguinte, o processo de formação de uma pessoa, necessita do aprendizado, este decorrente da educação, pois a partir dela, existirá a capacidade de desempenho das atividades no mercado de trabalho, convívio em família e nos demais grupos sociais. Quando se fala em educação intenta-se na contribuição de formação de pessoas autônomas, críticas, criativas e ativas na sociedade. A partir desta visão, tem-se discutido sobre a qualidade do ensino brasileiro, sobre os grandes índices de evasão, violência, desinteresse e reprovação no ambiente educacional (OLIVEIRA, 2017).

Desta maneira, tem-se estudado sobre teorias e estratégias que contribuam na melhoria do ensino, pois os entraves iniciam-se desde a educação básica e podem prosseguir até o ensino superior. Assim sendo, muitas queixas por parte dos

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docentes universitários, tem ocorrido no que diz respeito à acadêmicos que agem de maneira passiva, com demonstração de pouco interesse e rendimento aquém do esperado (OLIVEIRA, 2017).

É importante considerar que cabe ao professor preparar os acadêmicos para um futuro profissional promissor e compete ao acadêmico o estudo, a realização de atividades e esforço, ambos devem inter-relacionarem-se, pois para os dois lados existem as sobrecargas e as venturas (MAXIMIANO, 2008).

Em vista disso, uma vez que a motivação é importante para a aprendizagem, onde uma está ligada a outra e ambas devem estar presentes no contexto educacional (OLIVEIRA, 2017), isto posto, a motivação é definida por um processo de iniciar e dirigir o comportamento na direção de certas metas ou objetivos. Ela inspira alguém a realizar alguma coisa pelo desejo, sem obrigatoriedade. Na verdade, as pessoas têm necessidades de conquista, ou alcance de determinadas metas e essas necessidades impulsionam na direção de novos propósitos a fim de promover a realização pessoal. A motivação envolve um conjunto de variáveis que ativam a conduta e orientam um determinado sentido para poder alcançar uma intenção. Para alcançar esse objetivo, a pessoa precisa estar motivada, ou seja, deve ser impulsionada (TAPIA, 1999; WALKER, 2002; BORUCHOVITCH; BZUNECK, 2009).

Para Pintrich e Schunk (2002), a motivação compreende um processo e não um produto, dessa forma não pode ser observada diretamente, mas pode ser inferida a partir de alguns comportamentos. Por conseguinte, as metas têm a função de oferecer um ímpeto para a direção da ação do sujeito, neste sentido, os acadêmicos atraem ou evitam a realização de uma atividade, como exemplo, a necessidade de uma atividade física (esforço, persistência e outras) e/ou mental (ações de natureza cognitiva como o pensar, planejar, avaliar) e por fim, o último elemento seria relacionado ao fato da motivação iniciar e sustentar uma ação.

Existe uma ligação da motivação à interação dinâmica entre as características pessoais e os contextos em que as tarefas se desenvolvem. Nesse sentido, é preciso levar em conta dois aspectos que concentram a motivação como sendo o quantitativo e o qualitativo. Para o acadêmico, a motivação pode ser maior ou menor, alta ou baixa, isso seria o aspecto quantitativo e o aspecto qualitativo é o motivo que o acadêmico tem para estar motivado, isto é, sua gratificação seria o prazer pelo aprendizado. Nesse caso a motivação é dependente de uma fonte

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externa ou interna (TAPIA, 1999; BORUCHOVITCH; BZUNECK, 2009; KUSURKAR, 2012).

Pode ser considerado também que sem motivação, qualquer ação que seja realizada não será completamente satisfatória e, que a motivação consiste em querer aprender, assim e é fundamental que o acadêmico tenha o desejo de ser educado, embora a motivação seja imitada pela personalidade e força de vontade de cada pessoa. Salienta-se inicialmente sobre o alcance da atenção voluntária do acadêmico para que mais tarde seja sentido a motivação em adquirir o conhecimento. Se isto for alcançado em nível cognitivo, o processo de síntese, processamento e integração do que foi aprendido será realizado. É por isso que, sem motivação, não haverá aprendizado e, portanto, não haverá um bom desempenho acadêmico (GASCÓN et al., 2017).

Mediante esse cenário, no que diz respeito à exposição sustentada dos acadêmicos à fatores estressores, podem ser percebidos, como exemplo a falta de concentração, baixa produtividade, desempenho acadêmico inferior, dentre outros. Assim, o estresse psicossocial associado a condições de vida adversas estão relacionados ao aumento dos transtornos mentais, particularmente a depressão e a ansiedade, mais evidentes durante a formação acadêmica (HERRERA; RIVERA, 2011).

Esses transtornos podem ser desencadeados pela elevada carga horária, grande volume de matérias, maior contato com pacientes portadores de diversas doenças e prognósticos, insegurança em relação ao ingresso no mercado de trabalho, cobrança da sociedade e da instituição de ensino, além da autocobrança típica do curso (PORCU; FRITZEN; HELBER, 2001).

A depressão é definida com um transtorno do humor, influenciado pelos fatores genéticos e interpsicossociais. Assim são alteradas as dimensões do comportamento, sejam elas afetiva, comportamental, cognitiva e fisiológica. Nesse sentido, a depressão, pode ser entendida como uma síndrome caracterizada por um conjunto de sintomas como, alteração no humor (tristeza, culpa), alteração no comportamento (isolamento), alterações nos padrões de pensamento e percepção da pessoa (menos concentração, baixa autoestima), queixas físicas (alterações no sono, alimentação, sexo) (LAFER et al., 2000; FUGERATO; SANTOS; SILVA, 2008; HETEM; GRAEFF, 2009).

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Geralmente a pessoa depressiva perde o interesse pelas atividades diárias, não dorme bem, não tem apetite, apresenta fadiga, dores nas costas ou na cabeça, é comum o surgimento de pensamentos ruins, ideias de culpa, inutilidade, desesperança, que poderão apresentar prejuízos no desempenho acadêmico, nos relacionamentos sociais e, nos casos mais graves, pode ocorrer suicídio (NETTINA, 2003; PAULA et al., 2014).

Este transtorno, tem acometido um crescente número de pessoas em graus de intensidade maior ou menor, essa enfermidade é considerada um dos problemas de saúde que mais causam sofrimento às pessoas e sua frequência é estimada de 15 a 25% da população geral (GAZALLE; HALLAL, 2004; CAMARGO; SOUSA; OLIVEIRA, 2014; PAULA et al., 2014; VASCONCELOS et al., 2015).

As consequências da depressão na população acadêmica são importantes, pelas quais podem se tornar empecilhos até término do processo de educação. Existe também o reconhecimento desta população sobre o quanto os sintomas depressivos podem ser impeditivos importantes no alcance de objetivos de vida valorizados por ela (KUWABARA et al., 2007).

Quanto à ansiedade, é percebida como uma emoção, caracterizada por um alerta tenso e fisicamente cansativo, associado geralmente a um perigo ou emergência iminente e inevitável, embora não necessariamente evidente. Ela pode estar referida a um estado emocional temporário conhecida como ansiedade-estado ou apresentar-se como ansiedade-traço, onde a pessoa responde com ansiedade a situações críticas e assim percebe um maior número de situações como ameaçadoras (MARAFANTI et al., 2013).

Define-se por ansiedade o conjunto de sinais e sintomas que abrangem o campo físico no qual se dá por reação de defesa de lutar ou fugir mediante a um agente agressor. Assim, são percebidas alterações fisiológicas como batimentos cardíacos acelerados, respiração rápida e superficial. No campo emocional, sentir ansiedade consiste numa mistura de sentimentos e sensação que alteram o dia a dia e, torna-se problema quando há o desequilíbrio tanto para o excesso, onde causa o estresse, quanto para a falta, associado à impossibilidade de defesa. Então, trata-se de um fenômeno humano normal e se torna patológico quando interfere nas atividades cotidianas (PARREIRA, 2008; GUIMARÃES, 2014).

Para outros estudiosos, a ansiedade é um sentimento de medo vago e desagradável, percebido como desconforto ou tensão por antecipação de perigo de

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algo desconhecido. Por outro lado, a ansiedade primaria é um fenômeno adaptativo de enfrentamento das situações que variam de intensidade e duração em cada pessoa. Vale ressaltar por medo quando existe um estímulo desencadeador externo óbvio cujo comportamento será o de evitação e fuga, enquanto que a ansiedade é um estado emocional aversivo sem desencadeadores claros e que não podem ser evitados (CASTILLO, 2000; GRAZZIANO; BIANCHI, 2004; BAPTISTA; CARVALHO; LORY, 2005; ASSUMPÇÃO, 2009).

A ansiedade sempre esteve presente no cotidiano das pessoas, atualmente devido à sobrecarga de prazos, competitividade, consumismo e deveres tem se tornado presente com maior intensidade. Portanto, esta agitação emocional tem gerado transtornos inesperados. (GUIMARÃES et al., 2015; KADER MAIDEEN et

al., 2015)

Se por um lado aspectos desfavoráveis são evidentes, existem por outro, circunstâncias que podem ser positivas, como é o caso da vivência da espiritualidade e a religiosidade as quais são capazes de proporcionar um aumento do sentido de vida. Vislumbra-se assim, o interesse da ciência pelos aspectos religiosos e espirituais. Estudos têm encontrado correlações entre comportamentos ditos espirituais ou religiosos e saúde, sugeridos pelo exercício de atividades espirituais que podem influenciar positivamente em diversos aspectos de saúde física e mental (PANZINI; BANDEIRA, 2007; CARLOTTO, 2013). Cabe lembrar que espiritualidade e religiosidade embora relacionadas, são expressões com sentido diferentes (OLIVEIRA; FRAZILI, 2012).

Nesse seguimento Freitas (2014), expõe que a espiritualidade diz respeito à capacidade de reflexão sobre si e sobre a experiência de sentido no mundo, na qual envolve a religiosidade. Esta por sua vez, refere-se às disposições humanas ligadas às experiências de fenômenos religiosos. No que diz respeito a religião, é organizada em sistemas de crenças, valores e ritos religiosos.

Para Boff e Leloup (2007), o modelo de saúde moderno criou o dualismo entre o corpo e mente; o homem e natureza, deste modo, o ser não é percebido em sua totalidade (inserido no todo da sociedade, da natureza e das energias cósmicas), em sua ruptura (doença), em sua reintegração (cura). Em nós há a dimensão do espírito (o eixo estruturador) de nossa vida e dele, deriva a espiritualidade, cuja atitude e atividade, favorece a expansão da vida, a relação

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consciente, a comunhão aberta, a subjetividade profunda e a transcendência como modo de ser, sempre disposto a novas experiências e a novos conhecimentos.

A relevância da espiritualidade é a sua força curativa própria, sem magia e esoterismo, mas com energias que são peculiares da dimensão espiritual como o amor à vida, estabelecimento de laços de fraternidade e solidariedade, perdão, misericórdia dentre outras. Ela reforça na pessoa, a confiança nas energias regenerativas da vida e, confiar significa afirmação que a vida tem sentido e detém uma energia interna que a autoalimenta (BOFF; LELOUP, 2007).

A espiritualidade é constituída, segundo Pinto e Pais-Ribeiro (2007), pelo conjunto de circunstâncias de situações socioculturais e históricas a estruturarem significados a valores, comportamentos, experiências humanas, e por vezes materializam-se no desempenho de um credo religioso específico. A relação mútua entre a religiosidade/espiritualidade e a saúde, refere-se às primícias da história, na qual os poderes curativos pertenciam aos sacerdotes e xamãs, que lidavam com os espíritos e, a quem era reconhecido o saber para tratar dos males do corpo.

A espiritualidade desenvolve nas pessoas valores humanos, a busca pessoal de respostas sobre o significado da vida por meio de conceitos que transcendem o tangível. Seu objetivo é a melhoria dos pensamentos, das palavras e ações, que afetam no comportamento dos sujeitos que passam a ter noção mais clara da sua identidade. Essa transformação parte do íntimo de cada um onde, busca-se um contato maior com seus sentimentos, bem como o enfrentamento do sofrimento seja ele inevitável ou não (LEAL; RÖHR; JÚNIOR, 2010; CARLOTTO, 2013). Nesse sentido, ela proporciona sentido, o transcendente à vida passageira. Ser espiritualizado faz bem à mente e ao corpo no qual garante o equilíbrio existencial ao homem (OLIVEIRA; FRAZILI, 2012).

Nos achados de uma pesquisa qualitativa dos autores Oliveira e Frazili (2012), no que tange ao significado dado ao aspecto espiritual as definições como “crença em Deus”, “fé”, “força para viver”, e “esperança e solidariedade” foram relatadas por acadêmicos. Para eles os o significado de espiritualidade está ligado à crença em um Deus maior, à paz que o ser humano necessita no cotidiano, a algo que transcende o ser humano. Observou-se também que a ideia mais frequente foi que a espiritualidade está inserida no próprio homem, ou seja, faz parte dele.

Quanto à religião, está atrelada a organização de práticas religiosas. No que concerne, o ato de acreditar, seguir e praticar determinada religião é designado pelo

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termo religiosidade. Esta por sua vez é caracterizada pela reverência a uma doutrina específica, normalmente partilhada por determinado grupo (CARLOTTO, 2013).

A religião abarca crenças, práticas e rituais relativos ao transcendente, ou um poder superior. Apresenta crenças específicas sobre vida pós morte e conduta dentro de um grupo social. É construída de maneira multidimensional por crenças, comportamentos, rituais e cerimônias, praticadas em particular ou em configurações públicas. Ela deriva de tradições que se desenvolveram durante os anos dentro de uma comunidade. Assim, é um sistema organizado de crenças, práticas e símbolos os quais aproximam o ser ao transcendente, também promove uma compreensão do relacionamento e responsabilidade perante o próximo (KOENIG; KING; CARSON, 2012).

Para Koenig (2004), há uma associação global positiva entre religiosidade, saúde mental e saúde física, onde as crenças e práticas religiosas estão associadas a menores taxas de suicídio, redução de ansiedade, depressão e abuso de substâncias, maior apoio social, estabilidade conjugal, bem-estar, esperança e otimismo, propósito e significado na vida.

Por intermédio de estratégias relacionadas à espiritualidade, à religiosidade ou ambas, as pessoas podem apresentar uma relação positiva em vários aspectos, como o bem-estar físico e mental e assim expressam uma sensação de amparo frente às adversidades. Sabe-se também que tanto a religiosidade quanto a espiritualidade influenciam na diminuição do estresse, podendo assim ser consideradas como fatores protetores para transtornos de ansiedade e depressão. (MOREIRA-ALMEIDA; NETO; KOENIG, 2006, KOENIG, 2009, VALCANTI et al., 2012). A participação religiosa e a espiritualidade parecem relacionar-se com uma melhor saúde e uma expectativa de vida mais prolongada, menor ansiedade, depressão e suicídio (MULLER; PLEVAK; RUMMANS, 2001).

Ainda que religiosidade e espiritualidade assumam sentidos opostos e independentes, pesquisas científicas têm analisado a influência da espiritualidade e religião na ciência, ou seja, na saúde e no envelhecimento. Fazem considerações sobre religião e saúde, a fim de provar que a religião, a fé e a espiritualidade são benéficas e acarretam bem-estar. Por sua importância a temática tem sido incluída nos currículos para formação de profissionais que vão lidar junto a pacientes, aspectos relacionados com a doença-saúde e fé-cura (OLIVEIRA; PESSINI, 2011; SILVA, 2012).

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Visto que existem relações significativas entre fatores pessoais e contextuais na regulação da motivação, a ansiedade, depressão, assim como a religiosidade e espiritualidade, podem interferir no cenário acadêmico, e dessa maneira requer a necessidade de propostas pedagógicas que se atentem aos aspectos psicológicos e emocionais dos acadêmicos, pois o ambiente universitário pode facilitar ou inibir o desenvolvimento da motivação, dependendo da presença de suporte ou não às necessidades do aprendiz. Além disso, situações específicas podem favorecer o reforço à motivação autônoma (primariamente intrínseca) ou controlada (essencialmente extrínseca), com impacto sobre a futura atuação profissional (SOBRAL, 2003).

A motivação pode ser afetada por diversos aspectos da situação na qual o acadêmico está inserido. Logo, torna-se relevante o seu estudo, uma vez que a motivação é a força geradora que impulsiona o aprendizado e o interesse a alimenta, portanto, sem interesse não há aprendizado. A aprendizagem acontece em função das necessidades de cada pessoa e, assim faz com que imediatamente surjam os motivos. Os motivos geram a energia impulsora, tensional que dispõem a pessoa na busca de algo. Após a percepção dos motivos é desencadeada a motivação que seria nada mais que a ação ou comportamento desencadeado em busca do objetivo (BARROS, 2000).

Quando se é movido a fazer algo significa que a pessoa está motivada. Também existe a situação em que se é estimulado para um fim. O contrário, é caracterizado a falta de ímpeto e inspiração para agir, ou seja, desmotivação. Os envolvidos nos estudos de teorias da motivação, atentam-se nas variações, quanto ao nível que se é mais ou menos motivado tal qual os seus tipos ou orientação. A orientação de motivação diz respeito às atitudes e objetivos subentendidos que dão origem às ações, em outras palavras, diz respeito ao porquê destas (RYAN; DECI, 2000).

Um acadêmico pode estar motivado para fazer a atividade por curiosidade e interesse, esta intenção pode variar conforme o que se deseja obter, como exemplo, a aprovação de um professor ou dos pais. Por outro lado, sentir-se motivado a aprender novas habilidades, porque é percebido a utilidade potencial e, em razão de aprender as habilidades, vão gerar boas notas e vivências agradáveis. Portanto, a quantidade de motivação não varia necessariamente, mas a natureza e o foco da motivação que se evidencia (RYAN; DECI, 2000).

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Para haver uma aprendizagem bem-sucedida é importante que se tenha motivação, sob essa vertente, a Teoria da Autodeterminação (TAD) fundamenta sobre a motivação humana é tradicionalmente diferenciada em intrínseca e extrínseca (SANTOS; ALCARA; ZENORINI, 2013).

Dessa forma, este estudo terá como respaldo teórico os princípios da TAD, pautado na motivação intrínseca - MI (no qual o comportamento é motivado pelo prazer da atividade em si, sendo livre de pressões ou restrições), na motivação extrínseca – ME (que por sua vez, o comportamento é regulado por diferentes fatores, que envolvem mais necessidades e consequências do que o ato em si) e a “amotivation” - AMO ou desmotivação (o nível mais baixo de autodeterminação, implica na ausência de percepção pelo indivíduo de associações entre seus interesses e as ações praticadas) (RYAN; DECI, 2000).

Ainda existem muitas lacunas no conhecimento sobre motivação acadêmica. No entanto, sabe-se que um dos caminhos para compreensão de seus determinantes é o estudo dos mecanismos que os universitários utilizam para regular seu comportamento e desenvolver estratégias de enfrentamento às situações adversas. (GUIMARÃES, 2008)

Através de estratégias relacionadas à espiritualidade, à religiosidade ou ambas, as pessoas podem apresentar uma relação positiva com vários aspectos, como o bem estar físico e mental, expressando assim uma sensação de amparo frente às adversidades (VALCANTI et al, 2012). Sabe-se também que tanto a religiosidade quanto a espiritualidade influenciam na diminuição do estresse, sendo assim considerados fatores protetores para transtornos de ansiedade e depressão. (TAUNAY et al, 2012; VOLCAN et al, 2003).

Dessa forma, infere-se na possibilidade de relações da motivação acadêmica com espiritualidade, religiosidade, ansiedade e depressão.

Os resultados desta pesquisa poderão subsidiar o planejamento de ações voltadas para a melhoria do desempenho acadêmico e contribuir com a literatura a respeito da temática.

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Referencial Teórico

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 TEORIA DA AUTODETERMINAÇÃO

O desenvolvimento comportamental está fundamentado pela Teoria da Autodeterminação (TAD), ou Self-Determination Theory (SDT) elaborada pelos autores Deci e Ryan (1985). A TAD tem sido utilizada no contexto de famílias, salas de aula, equipes, organizações, clínicas e culturas. Ela é definida como uma meta-teoria para sustentação de estudos motivacionais, também se concentra em como os fatores sociais e culturais podem facilitar o senso de vontade e iniciativa das pessoas, além de seu bem-estar e da qualidade de seu desempenho (RYAN; DECY, 2000).

Em vista disso, revela diferença nos tipos de motivações das pessoas as quais são determinadas pelos contextos que subsidiam as necessidades psicológicas com diferentes manifestações. Isto posto, torna a motivação dos acadêmicos para a aprendizagem uma ocorrência complexa, multideterminada, cuja dedução se dará perante a observação do comportamento, seja em situações reais de desempenho ou de auto relato (GUIMARÃES; BZUNECK, 2008).

A TAD compreende seis mini-teorias, sendo a primeira mini-teoria é a Teoria da Avaliação Cognitiva que se refere à motivação intrínseca, onde se baseia na satisfação de se comportar por si mesma. É uma fonte criativa vitalícia fundamental na educação, artes, desporto, dentre outros domínios (RYAN; DECY, 2000).

A segunda, a Teoria da Integração Organísmica, aborda o tema da motivação extrínseca em suas diversas formas, com suas propriedades, determinantes e consequências. A motivação extrínseca é um comportamento que é instrumental que se divide em regulação externa, introjeção identificação e integração, que visa resultados extrínsecos ao próprio comportamento. Esses subtipos de motivação extrínseca são vistos em um continnum de internalização. Quanto mais interiorizada for a motivação extrínseca, mais autônoma será a pessoa ao implementar os comportamentos (RYAN; DECY, 2000).

Na terceira, Teoria das Orientações de Causalidade, descreve diferenças individuais nas tendências das pessoas sejam elas orientar-se em direção a ambientes e regular o comportamento de várias maneiras. Desse jeito, avalia três tipos de orientações, a de causalidade a orientação de autonomia em que as

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pessoas agem por interesse e valorização do que está ocorrendo; a orientação de controle em que o foco está em recompensas, ganhos e aprovação; a orientação impessoal ou amadurecida caracterizada pela ansiedade relativa à competência (RYAN; DECY, 2000).

Em quarto, a Teoria das Necessidades Psicológicas Básica, elabora o conceito de relação entre as necessidades e bem-estar psicológicos e saúde. Argumenta que o bem-estar psicológico se baseia na autonomia, competência e parentesco. Examina as configurações inter-culturais para validação e aperfeiçoamento (RYAN; DECY, 2000).

A quinta, Teoria dos Conteúdos de Metas, surge das distinções entre metas intrínsecas e extrínsecas e seu impacto na motivação e bem-estar. Tem como objetivos extrínsecos como sucesso financeiro, aparência e popularidade/fama têm sido especificamente contrastados com objetivos intrínsecos como comunidade, relacionamentos próximos e crescimento pessoal (RYAN; DECY, 2000).

E por fim a sexta, Teoria da Motivação de Relacionamentos, que postula sobre a interação entre as pessoas ser essencial para o ajuste de bem-estar. Essas relações pessoais de qualidade mais elevada são aquelas em que cada parceiro suporta as necessidades de autonomia, competência e parentesco do outro (RYAN; DECY, 2000).

Na TAD é possível a promoção da internalização (processo pelo qual se adota uma regulamentação) e integração (processo onde as pessoas transformam a regulação) de valores e regulamentos comportamentais, uma vez que muitas das atividades educacionais prescritas nos ambientes educacionais não são projetadas de maneira intrínseca e interessante (DECI; RYAN, 1985). Assim pode variar desde a motivação à falta de vontade, do cumprimento passivo, ao comprometimento pessoal ativo.

Basicamente, existe diferença entre a motivação intrínseca, onde se faz algo porque é inerente à pessoa, interessante ou agradável de ser realizado e a motivação extrínseca, que se refere a fazer algo cujo resultado é separável. Conforme os autores, mais de três décadas de pesquisa mostrou que a qualidade da experiência e do desempenho pode ser muito diferente quando se comporta por razões intrínsecas versus extrínsecas (RYAN; DECI, 2000).

Dessa maneira, segundo a TAD, proposta por Deci e Ryan, 1985, 2000) fundamenta as dimensões Desmotivação/amotivação (AMO) - há interesse ou

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inspiração, fomentados interna ou externamente, para que o acadêmico aja em direção a um objetivo acadêmico, manifestando indiferença ou desinteresse; Motivação Extrínseca por Regulação Externa (MERE) - o acadêmico sente-se pressionado a agir sob a expectativa de recompensa ou punição concreta ou objetiva; Motivação Extrínseca por Introjeção (MEIN) - controlada por pressões externas, tais como, ofertas implícitas de engrandecimento ou ameaças implícitas de constrangimento. O acadêmico age a fim de evitar constrangimentos que geram culpa, vergonha ou busca auto-avaliação positiva; Motivação Extrínseca por Identificação (MEID) - o acadêmico tem um nível razoável de percepção da importância de suas ações e aceitação da responsabilidade própria, envolvendo-se com grau maior de vontade e menor sensação de pressão/controle externo; Motivação Intrínseca para Experimentar Estímulos (MIEE) - o acadêmico investe nas atividades, a fim de experimentar as sensações estimulantes e desafiadoras, de natureza sensorial ou estética; Motivação Intrínseca para Realização (MIR) - existe a superação dos limites conhecidos e produção por prazer e com engajamento nas atividades. Relaciona-se à criação de algo; Motivação Intrínseca para Conhecimento (MIC) - o acadêmico se engaja em atividades voltadas para a aprendizagem, aprendendo pelo prazer e satisfação decorrentes de explorar ou entender algo novo. Assim essa dimensão caracteriza maior autodeterminação.

Figura 1 - Continuum de Autodeterminação.

Busca resultado ou recompensa Prazer decorrente de aprender,

compreender, algo novo Desmotivação Motivação Extrínseca (ME) por: Motivação Intrínseca (MI) para:

Amotivação Regulação

Externa

Introjeção Identificação Experimentar Estímulos

Realização Conhecimento

AMO MERE MEIN MEID MIEE MIR MIC

Ausência de interesse Age sob pressão, recompensa , punição Age de acordo com normas ou expectativas Tem nível razoável de percepção das ações Investe nas atividades Age superando limites Aprende pelo prazer e satisfação CONTROLADA AUTÔNOMA Itens* 5, 12, 19, 26 Itens* 1, 8, 15, 22 Itens* 7, 14, 21, 28 Itens* 3, 10, 17, 24 Itens* 4, 11, 18, 25 Itens* 6, 12, 20, 27 Itens* 2, 9, 16, 23 AUTODETERMINAÇÃO * Itens que compõem a Escala de Motivação Acadêmica.

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(DECY; RYAN, 1985, 2000; SOBRAL, 2003; DAVOGLIO; SANTOS; LETTNIN, 2016)

Os conceitos de motivação intrínseca e motivação extrínseca compõem os estudos sobre a aprendizagem.

2.2 MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA (MI)

Está relacionada à atividade por satisfações inerentes a pessoa, assim ela, é movida a atuar por diversão ou por estar envolvida a algo que a desafia e a isenta de agir por impulsos, pressões ou recompensas externas. A MI foi reconhecida pela primeira vez em estudos de experimento comportamental em animais, onde descobriu-se o envolvimento comportamental exploratório, brincalhão e dirigido pela curiosidade mesmo na ausência de reforço ou recompensa (WHITE, 1959). Esses comportamentos espontâneos, embora claramente atribuído a benefícios adaptativos ao organismo, parecem não ser feitos por qualquer razão instrumental, mas sim pelas experiências positivas associadas ao exercício e extensão das capacidades.

O ser humano, em tenra idade apresenta uma disposição para aprender e explorar, essa tendência motivacional natural faz parte do desenvolvimento cognitivo, social e físico, por meio dele, a ação sobre os interesses inerentes, crescem à medida que há o conhecimento e as habilidades e perduram por toda vida, mas nem todas as pessoas apresentam interesses pelas mesmas atividades.

A MI apresenta duas medidas, a chamada "medida de livre escolha", baseada no comportamento experimental, por exemplo, participantes são convidados realizar atividades em uma sala de experimento, sob as condições de receber uma recompensa ou não. Passado um período o experimentador diz aos participantes que não precisam desenvolver mais a atividade, e eles são deixados sozinhos na sala com a tarefa alvo e com diversas atividades de distração. Assim eles têm, um período de "livre escolha" para realizar ou não a atividade. A outra abordagem comum para a medição da motivação intrínseca é o uso de auto-relatos de interesse e prazer da atividade por si (RYAN; DECY, 2000). O acadêmico intrinsecamente motivado destaca-se pelo envolvimento nas atividades com satisfação e as consideram agradáveis e interessantes (SIQUEIRA; WECHSLER, 2006).

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2.3 MOTIVAÇÃO EXTRÍNSECA (ME)

A motivação extrínseca ocorre quando uma atividade é feita para alcançar algum resultado. Por exemplo, fazer a lição de casa por temor da punição dos pais, ou seja, cumpre a atividade pelo controle. Outro aspecto dá-se pelo cumprimento da atividade por interesse pessoal. Ambos os exemplos apresentam variação no comportamento intencional e cumprimento das atividades RYAN; DECY, 2000).

À vista disso, o interesse em recompensas externas, o interesse em ser reconhecido ou apenas evitar uma punição. A motivação pode produzir um efeito na aprendizagem e no desempenho assim como a aprendizagem pode interferir na motivação (SIQUEIRA; WECHSLER, 2006).

As condições que sustentam a experiência de autonomia e competência das pessoas são discutidas para promover as formas de vontade e de alta qualidade de motivação e engajamento para atividades, inclui dessa maneira o desempenho aprimorado, a persistência e a criatividade. Essas três necessidades psicológicas quando não são apoiadas ou se forem frustradas dentro de um contexto social terá um impacto prejudicial nesse cenário (RYAN; DECY, 2000).

É importante que os educadores conheçam sobre essas motivações, pois nem sempre podem confiar na motivação intrínseca para promover a aprendizagem. Muitas das atividades solicitadas pelos professores aos seus acadêmicos podem não ser inerentemente interessantes ou agradáveis. Saber como promover formas mais ativas e volitivas versus passivas e controladoras de motivação extrínseca torna-se uma estratégia essencial para o sucesso do ensino (RYAN; DECI, 2000).

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Objetivos

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3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Analisar as variáveis sociodemográficas, acadêmicas, espiritualidade, religiosidade, ansiedade e depressão sobre a motivação de acadêmicos da Universidade Federal do Triângulo Mineiro.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1) Caracterizar os acadêmicos segundo as variáveis sociodemográficas; 2) Caracterizar os acadêmicos segundo as variáveis acadêmicas curso e

período;

3) Determinar os escores de espiritualidade; 4) Determinar os escores de religiosidade; 5) Determinar os escores de ansiedade; 6) Determinar os escores de depressão;

7) Determinar os escores de motivação acadêmica;

8) Analisar as variáveis sociodemográficas, acadêmicas, espiritualidade, religiosidade, ansiedade e depressão sobre a motivação acadêmica.

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Métodos

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4 MÉTODO

4.1 TIPO DE ESTUDO

Trata-se de um modelo de estudo analítico, observacional, com delineamento do tipo seccional (transversal), com abordagem quantitativa. O estudo observacional avalia a existência de associação entre um fator e um desfecho, sem intervir diretamente na relação analisada, com tratamento estatístico dos dados coletados da pesquisa. No estudo transversal a mensuração é realizada em um único momento. Quando ocorre a quantificação de um fenômeno no qual determina relações e associações a partir de análises estatíticas dos dados levantados, tem-se assim o estudo quantitativo (PEREIRA, 1995; ALMEIDA FILHO; ROUQUAYROL, 2003).

4.2 LOCAL DO ESTUDO

A pesquisa foi realizada nas dependências dos campi da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Esta Instituição de Ensino Superior foi fundada no município de Uberaba/MG, em 1953, cujo nome era Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro (FMTM). No ano de 2005 teve seu nome modificado para Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Há mais de 60 anos, tem reconhecimento nacional e internacional por meio das atividades de pós-graduação, pesquisa e extensão que desenvolve e por diferentes indicadores nacionais. Atua na geração, difusão, promoção de conhecimentos e na formação de profissionais conscientes e comprometidos com o desenvolvimento sócio-econômico, cultural e tecnológico. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO, 2016).

A Universidade oferece 25 cursos de graduação no Campus Uberaba, sendo eles citados com os seus respectivos anos de criação, Biomedicina (1999), Ciências Biológicas (2015), Educação Física (2009), Educação no Campo (2014), Enfermagem (1989), Engenharia Ambiental (2010), Engenharia Civil (2010), Engenharia de Alimentos (2010), Engenharia de Produção (2010), Engenharia Elétrica (2010), Engenharia Mecânica (2010), Engenharia Química (2010), Física (2009), Fisioterapia (2006), Geografia (2009), História (2009), Letras, Port./Inglês (2006), Letras, Port./Espanhol (2006), Matemática (2009), Medicina (1954), Nutrição

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(2006), Psicologia (2008), Química (2009), Serviço Social (2009), Terapia Ocupacional (2006). No campus Iturama, são oferecidos 3 cursos de graduação em Agronomia (2015), Ciências Biológicas (2015) e Química (2015).

4.3 PARTICIPANTES DO ESTUDO

Foi solicitado via e-mail, no mês de abril, ao Departamento de Registro e Controle Acadêmico (DRCA), da UFTM, uma lista de todos os acadêmicos que estivessem com situação cadastral “matriculado” no primeiro semestre do ano 2017.

Dessa forma, a pesquisa foi realizada com acadêmicos matriculados nos 28 cursos da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), estes estão distribuídos conforme os institutos de ciências. O campus Uberaba totalizou 5.843 acadêmicos distribuídos da seguinte maneira:

Quadro 1 – Acadêmicos matriculados por Institutos, Campus Uberaba. Instituto de Ciências Exatas, Naturais e Educação (ICENE)

Cursos de licenciatura Quantidade (740)

Ciências Biológicas 246

Educação no Campo 64

Física 132

Matemática 145

Química 153

Instituto de Ciências da Saúde (ICS)

Cursos de bacharelado Quantidade (1985)

Biomedicina 192 Educação Física 249 Enfermagem 280 Fisioterapia 305 Medicina 522 Nutrição 243 Terapia Ocupacional 194

Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas (ICTE)

Cursos de bacharelado Quantidade (1932)

Engenharia Ambiental 239 Engenharia Civil 338 Engenharia de Alimentos 192 Engenharia de Produção 311 Engenharia Elétrica 233 Engenharia Mecânica 319 Engenharia Química 300

Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais (IELACHS)

Cursos de licenciatura e bacharelado Quantidade (1186)

Geografia 185 História 242 Letras, Português/Inglês 124 Português/Espanhol 95 Psicologia 305 Serviço Social 235

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No campus Iturama a distribuição para os 3 cursos é a seguinte:

Quadro 2 – Acadêmicos matriculados no Campus Iturama. 2 Cursos de Licenciaturas e 1 Curso de Bacharel

Curso Quantidade (271)

Agronomia 95

Química 81

Ciências Biológicas 95

Fonte: Relatório do Departamento de Registro e Controle Acadêmico

Nos campi, totalizam 6114 acadêmicos.

4.3.1 Critérios de inclusão

Acadêmicos matriculados nos cursos, do primeiro ao último período, que tenham interesse em participar do estudo, com idade igual ou superior a 18 anos, com frequência regular superior a 30 dias do início do curso.

4.3.2 Critérios de exclusão

Acadêmicos que estejam com situação “Trancado” e “Afastado” conforme relatório do Departamento de Registro e Controle Acadêmico (DRCA).

4.3.3 Número de participantes

O número de acadêmicos correspondeu ao número representativo de cada curso, sendo a escolha dos participantes realizada por amostragem aleatória simples, realizado no Programa Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 20.0 baseada na listagem do DRCA referente aos acadêmicos matriculados no mesmo semestre de ocorrência da coleta de dados.

O cálculo do tamanho amostral considerou um coeficiente de determinação R2= 0, 10 em um modelo de regressão linear múltipla com 7 preditores, tendo como nível de significância ou erro do tipo I de α= 0,01 e erro do tipo II de β= 0,1 , resultou, portanto, em um poder estatístico apriorístico de 90%. Utilizou-se o aplicativo PASS (Power Analysis and Sample Size), versão de 2002 (NCSS, 2008),

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onde foram informados os valores acima descritos, dessa maneira obteve-se um tamanho de amostra mínimo de n= 228. Considerou-se uma perda amostral de 20% (recusas em participar), o número final de tentativas de entrevista será n= 285. A variável dependente principal deste estudo foi motivação acadêmica.

4.4 PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS

Antes de iniciar a coleta cinco entrevistadores (três graduandas, um mestrando e um servidor do Campus de Iturama) foram instruídos pela pesquisadora quanto à forma de abordagem e preenchimento do instrumento. A coleta ocorreu no período de 08/05 a 19/07/2017, nos três períodos manhã, tarde e noite, conforme o horário de aula de cada curso. Os acadêmicos selecionados em lista, foram abordados pelos entrevistadores, nas dependências da UFTM (em salas de aula, laboratórios, corredores) e quando não era possível realizar a entrevista no momento da abordagem o entrevistado estabelecia um horário para preencher o instrumento. Para aqueles acadêmicos que não foram encontrados no Campus o contato telefônico foi realizado para agendar um horário. Foram realizadas três tentativas de localização do acadêmico.

Após o primeiro contato, o acadêmico era direcionado a um lugar mais tranquilo e neste momento era apresentado os objetivos da pesquisa, métodos, benefícios previstos e ausência de riscos, custo e quanto à liberdade de decisão em participar da pesquisa, conforme previsto no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (ANEXO A).

A coleta ocorreu em único momento com o entrevistador e entrevistado. Os entrevistadores quando solicitados, sanaram dúvidas quanto ao preenchimento.

4.5 INSTRUMENTOS

O instrumento de pesquisa foi composto por duas vias do TCLE e cinco instrumentos autoaplicáveis, sendo eles, o Questionário de Avaliação Sociodemográfica (APÊNDICE A), a Escala de Motivação Acadêmica – EMA (ANEXO B), Spirituality Self Rate Scale – SSRS (ANEXO C), Escala de Religiosidade de Duke – DUREL (ANEXO D), Escala de Ansiedade e Depressão para Hospital Geral – HAD (ANEXO E).

Referências

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