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Aplicação das técnicas de análise de demonstrações contábeis em uma empresa varejista de pequeno porte

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Academic year: 2021

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UNIJUÍ - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CLÁUDIA LETÍCIA DARONCO

APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES

CONTÁBEIS EM UMA EMPRESA VAREJISTA DE PEQUENO PORTE

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CLÁUDIA LETÍCIA DARONCO

APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES

CONTÁBEIS EM UMA EMPRESA VAREJISTA DE PEQUENO PORTE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso de Ciências Contábeis, Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação (DACEC) da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI), requisito parcial para a obtenção do Grau de Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientador: Prof. Irani Paulo Basso

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço à Deus, me concedendo a vida, por ter me permitido e capacitado chegar até aqui, sem desistir em meio a caminhada, conquistando mais um sonho.

Aos meus incansáveis pais, Vilmar José Daronco e Célia Lourdes Daronco, que nunca deixaram de acreditar em mim, mesmo quando tudo parecia desabar, e tenho a plena certeza de que fariam o impossível para me ver feliz. Quando precisei chorar estavam ali chorando comigo, quando precisei sorrir estavam ali sorrindo comigo. A eles quero dizer que são a razão do meu viver.

À minha amada irmã Paloma Sabrina Daronco, que esteve comigo em todos os momentos, acalmando-me e insistindo que tudo iria dar certo.

Aos meus colegas e amigos, em especial a Cátia Sparemberger, Lenice Zambra, Sinara dos Santos e Valéria Braida, que estiveram comigo lado a lado nessa caminhada, pela grande amizade que se fortalece a cada dia.

Aos proprietários da empresa varejista, que abriram as portas de seu estabelecimento, permitindo a realização deste trabalho.

A todos os professores que estiveram sempre dispostos a dividir suas experiências e seus conhecimentos, em especial ao professor Irani, pelo acompanhamento e orientação, para que este estudo chegasse ao término com certeza e segurança.

(4)

RESUMO

O atual estudo tem como foco principal a Análise de Demonstrações Contábeis básicas de uma empresa do comércio varejista de pequeno porte, situada no Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Esse tema desenvolvido visa mostrar a importância dessa ferramenta de gestão, para obter a verdadeira e real situação econômica e financeira de determinada entidade, sendo possível identificar e prevenir desnecessários acontecimentos. Apresenta uma breve caracterização conceitual sobre Contabilidade e em especial sobre a técnica contábil de Análise de Balanços, a Metodologia do Trabalho, culminando com a aplicação das técnicas de análise de Demonstrações Contábeis sobre a realidade da empresa objeto da atividade prática do estudo, envolvendo os últimos cinco anos, ou seja, de 2009 a 2013. No trabalho prático, após a atualização de valores das demonstrações contábeis para o último ano da série em estudo, foram exercitadas as técnicas de Análise de Balanços em Valores Absolutos e Relativos; a de Análise de Balanço em Valores Relativos, composta da Análise Horizontal, Vertical e Análise de Balanço de Fundos; de Análise de Balanço por Indicadores Econômicos e Financeiros, com indicadores de Liquidez, de Endividamento, de Solvência, de Lucratividade, de Rentabilidade, de Atividade, Giro e Ciclometria. Complementa o estudo, as conclusões da análise, contendo observações e contribuições à empresa para tornar-se cada vez mais crescente e competitiva no mercado e nos negócios que pratica.

Palavras-chave: Contabilidade. Demonstrações Contábeis. Análise de Balanços. Índices Econômicos e Financeiros. Decisões.

(5)

LISTA DE QUADROS

Quadro 01- Balanço Patrimonial em Valores Absolutos Originais da Empresa do Comércio Varejista – R$ 1,00...

55

Quadro 02- Demonstração do Resultado do Exercício em Valores Absolutos

Originais da Empresa do Comércio Varejista – R$ 1,00...

56 Quadro 03- Cálculo do Fator de Atualização pelos Índices Médios do

IGPM-FGV/RJ...

56

Quadro 04- Balanço Patrimonial em Valores Absolutos Atualizados da Empresa

do Comércio Varejista – R$ 1,00...

57

Quadro 05- Demonstração do Resultado do Exercício em Valores Absolutos

Atualizados da Empresa do Comércio Varejista – R$ 1,00...

60

Quadro 06- Balanços Patrimoniais da Empresa do Comércio Varejista – R$ 1,00.. 63

Quadro 07- Resumo de Dados – Ativo Circulante... 64

Quadro 08- Resumo de Dados – Ativo Não Circulante... 65

Quadro 09- Resumo de Dados – Ativo Realizável a Longo Prazo... 65

Quadro 10- Resumo de Dados – Ativo Permanente... 66

Quadro 11- Resumo de Dados – Passivo Circulante... 67

Quadro 12- Resumo de Dados – Patrimônio Líquido... 68

Quadro 13- Demonstração do Resultado do Exercício da Empresa do Comércio Varejista... 70 Quadro 14- Resumo de Dados – Receita Operacional Bruta... 71

Quadro 15- Resumo de Dados – Deduções da Receita Bruta... 71

Quadro 16- Resumo de Dados – Lucro Operacional Bruto... 72

Quadro 17- Resumo de Dados – Lucro Operacional Líquido... 73

Quadro 18- Resumo de Dados – Lucro Líquido do Exercício... 74

Quadro 19- Balanço Patrimonial em Números Índices da Empresa do Comércio Varejista... 77 Quadro 20- Resumo de Dados – Evolução do Ativo Circulante... 78

Quadro 21- Resumo de Dados – Evolução do Ativo Não Circulante... 78

Quadro 22- Resumo de Dados – Evolução do Ativo Realizável a Longo Prazo... 79

Quadro 23- Resumo de Dados – Evolução do Ativo Permanente... 80

Quadro 24- Resumo de Dados – Evolução do Passivo Circulante... 81

Quadro 25- Resumo de Dados – Evolução do Passivo Não Circulante... 82

Quadro 26- Resumo de Dados – Evolução do Patrimônio Líquido... 83

Quadro 27- Demonstração do Resultado do Exercício da Empresa do Comércio Varejista em Números Índices... 86 Quadro 28- Resumo de Dados – Evolução da Receita Operacional Líquida... 87

(6)

Quadro 30- Resumo de Dados – Evolução da Receita Operacional Líquida... 88

Quadro 31- Resumo de Dados – Evolução do Lucro Operacional Bruto... 89

Quadro 32- Resumo de Dados – Evolução do Lucro Operacional Líquido... 90

Quadro 33- Resumo de Dados – Evolução do Lucro Líquido do Exercício... 91

Quadro 34- Balanço de Fundos – Valores Circulantes – Capital Circulante Líquido... 92 Quadro 35- Balanço de Fundos – Variações do Capital Circulante Líquido... 92

Quadro 36- Balanço de Fundos – Valores Não Circulantes... 93

Quadro 37- Resumo do Balanço de Fundos – 2009/2010... 94

Quadro 38- Resumo do Balanço de Fundos – 2010/2011... 95

Quadro 39- Resumo do Balanço de Fundos – 2011/2012... 97

Quadro 40- Resumo do Balanço de Fundos – 2012/2013... 98

Quadro 41- Resumo dos Valores do Capital Circulante Líquido... 101

Quadro 42- Resumo do Índice de Liquidez Geral – ILG... 102

Quadro 43- Resumo do Índice de Liquidez Corrente – ILC... 103

Quadro 44- Resumo do Índice de Liquidez Seca – ILS... 104

Quadro 45- Resumo do Coeficiente de Dívidas Circulantes – CDC... 106

Quadro 46- Resumo do Coeficiente de Dívidas Totais – CDT... 107

Quadro 47- Resumo do Coeficiente de Dívidas de Longo Prazo – CDLP... 108

Quadro 48- Resumo do Coeficiente de Segurança Máxima – CSM... 110

Quadro 49- Resumo do Coeficiente de Participação de Capitais de Terceiros – CPCT... 111 Quadro 50- Resumo do Coeficiente de Participação de Dívidas de Curto Prazo – CPDCP... 112 Quadro 51- Resumo do Coeficiente de Overtrading – CoVer... 114

Quadro 52- Resumo do Índice de Solvência de Kanitz... 115

Quadro 53- Resumo das Taxas de Margem do Lucro Bruto – TMLB... 116

Quadro 54- Resumo da Taxa de Margem de Lucro Operacional Líquido -TMLOL e Taxa de Margem do Lucro Líquido do Exercício – TMLLE... 117 Quadro 55- Resumo das Taxas de Remuneração do Capital Social – TRCS... 119

Quadro 56- Resumo das Taxas de Remuneração do Patrimônio Líquido - TRPL... 120

Quadro 57- Resumo das Taxas de Remuneração do Ativo Total – TRAT... 121

Quadro 58- Resumo de Dados da Taxa de Retorno dos Investimentos Operacionais – TRIO... 122 Quadro 59- Tempo Médio de Retorno dos Investimentos Operacionais... 122

(7)

Quadro 61- Resumo dos Indicadores do Exame de Rotação dos Estoques em Número de Vezes – ERE ...

125

Quadro 62- Resumo dos Indicadores do Exame de Rotação dos Estoques em Dias

– ERE...

125

Quadro 63- Resumo do Ponto Médio de Cobrança de Duplicatas – PMCD... 126

Quadro 64- Resumo do Ponto Médio de Pagamento de Duplicatas – PMPD... 128

(8)

LISTA DE FIGURAS

Figura 01- Participação Percentual do Ativo Circulante na Composição do Ativo 64

Figura 02- Participação Percentual do Ativo Não Circulante na Composição do Ativo...

65 Figura 03- Participação Percentual do Atiro Realizável a Longo Prazo na

Composição do Ativo...

66 Figura 04- Participação Percentual do Ativo Permanente na Composição do

Ativo...

67

Figura 05- Participação Percentual do Passivo Circulante nas Fontes Totais... 68

Figura 06- Participação Percentual do Patrimônio Líquido na Composição das Fontes... 69 Figura 07- Participação Percentual da Receita Operacional Bruta na Composição da Receita Operacional Líquida... 71 Figura 08- Participação Percentual das Deduções da Receita Bruta na Composição da Receita Operacional Líquida... 72 Figura 09- Participação Percentual do Lucro Operacional Bruto em Relação a Receita Operacional Líquida... 73 Figura10- Participação Percentual do Lucro Operacional Líquido em Relação a Receita Operacional Líquida... 74 Figura 11- Participação Percentual do Lucro Líquido do Exercício em Relação a Receita Operacional Líquida... 75 Figura 12- Evolução do Ativo Circulante... 78

Figura 13- Evolução do Ativo Não Circulante... 79

Figura 14- Evolução do Ativo Realizável a Longo Prazo... 80

Figura 15- Evolução do Ativo Permanente... 81

Figura 16- Evolução do Passivo Circulante... 82

Figura 17- Evolução do Passivo Não Circulante (PELP)... 83

Figura 18- Evolução do Patrimônio Líquido... 84

Figura 19- Evolução da Receita Operacional Bruta... 87

Figura 20- Evolução das Deduções da Receita Operacional Bruta... 88

Figura 21- Evolução da Receita Operacional Líquida... 89

Figura 22- Evolução do Lucro Operacional Bruto... 89

Figura 23- Evolução do Lucro Operacional Líquido... 90

Figura 24- Evolução do Lucro Líquido do Exercício... 91

Figura 25- Variação do Capital Circulante Líquido no Balanço de Fundos – Valores Circulantes... 93 Figura 26- Resumo do Balanço de Fundos de 2009 – Total das Fontes... 94

Figura 27- Resumo do Balanço de Fundos de 2009/2010 – Total das Aplicações. 95 Figura 28- Resumo do Balanço de Fundos de 2010/2011 – Total das Fontes... 96

(9)

Figura 29- Resumo do Balanço de Fundos de 2010/2011 – Total das Aplicações. 96

Figura 30- Resumo do Balanço de Fundos de 2011/2012 – Total das Fontes... 97

Figura 31- Resumo do Balanço de Fundos de 2011/2012 – Total das Aplicações. 98 Figura 32- Resumo do Balanço de Fundos de 2012/2013 – Total das Fontes... 99

Figura 33- Resumo do Balanço de Fundos de 2012/2013 – Total das Aplicações. 99 Figura 34- Capital Circulante Líquido... 101

Figura 35- Índice de Liquidez Geral... 102

Figura 36- Índice de Liquidez Corrente... 103

Figura 37- Índice de Liquidez Seca... 105

Figura 38- Coeficiente de Dívidas Circulantes... 106

Figura 39- Coeficiente de Dívidas Totais... 107

Figura 40- Coeficiente de Dívidas a Longo Prazo... 109

Figura 41- Coeficiente de Segurança Máxima... 110

Figura 42- Resultado do Coeficiente de Participação de Capitais de Terceiros... 111

Figura 43- Resultado do Coeficiente de Participação de Dívidas de Curto Prazo.. 113

Figura 44- Coeficiente de Overtrading... 114

Figura 45- Índice de Solvência de Kanitz... 115

Figura 46- Resumo das Taxas de Margem de Lucro Bruto... 116

Figura 47- Resumo das Taxa de Margem do Lucro Operacional Líquido e Margem do Lucro Líquido do Exercício... 118 Figura 48- Taxa de Rentabilidade do Capital Social... 119

Figura 49- Taxa de Rentabilidade do Patrimônio Líquido... 120

Figura 50- Taxa de Remuneração do Ativo Total... 121

Figura 51- Taxa de Retorno do Investimento Operacional... 122

Figura 52- Tempo Médio de Retorno do Investimento... 123

Figura 53- Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido... 124

Figura 54- Exame de Rotação dos Estoques em Numero de Vezes... 125

Figura 55- Exame de Rotação Estoques em Numero de Dias... 125

Figura 56- Exame do Prazo Médio de Cobrança de Duplicatas – PMCD... 127

Figura 57- Exame do Prazo Médio de Pagamento de Duplicatas – PMPD... 128

(10)

LISTA DE SIGLAS ABREVIATURAS

A – Aplicação AC – Ativo Circulante AH – Análise Horizontal ANC – Ativo Não Circulantes AP – Ativo Permanente

ARLP – Ativo Realizável a Longo Prazo BP – Balanço Patrimonial

CCL – Capital Circulante Líquido

CDC – Coeficiente de Dívidas Circulantes CDLP – Coeficientes de Dívidas de Longo Prazo CDT – Coeficiente de Dívidas Totais

CFC – Conselho Federal de Contabilidade CMLB – Coeficiente de Margem de Lucro Bruto

CMLLE – Coeficiente de Margem do Lucro Líquido do Exercício CMLOL – Coeficiente de Margem do Lucro Operacional Líquido CMLOP – Coeficiente de Margem do Lucro Operacional Próprio CMV – Custo das Mercadorias Vendidas

CSM – Coeficiente de Segurança Máxima COVER – Coeficiente de Overtrading

CPCT – Coeficiente de Participação de Capitais de Terceiros

CPDCP – Coeficiente de Participação das Dívidas de Curto Prazo sobre as Dívidas Totais

CPV – Custo dos Produtos Vendidos

CRAT – Coeficiente de Remuneração do Ativo Total CRCS – Coeficiente de Rentabilidade do Capital Social CRPL – Coeficiente de Rentabilidade do Patrimônio Líquido DF – Despesas Financeiras

DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa

DLPA – Demonstração dos Lucros ou prejuízos Acumulados DMPL – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido DOAR – Demonstração das Origens e Aplicação de Recursos

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DRB – Deduções da Receita Bruta

DRE – Demonstração do Resultado do Exercício DVA – Demonstração do Valor Adicionado

EBITDA – Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização ECA – Efeito Combinado de Alavancagem

ERE – Exame de Rotação de Estoques EVA – Valor Econômico Agregado F – Fontes

GAF – Grau de Alavancagem Financeira GAO – Grau de Alavancagem Operacional

GIPL – Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido ILC – Índice de Liquidez Corrente

ILG – Índice de Liquidez Geral ILS – Índice de Liquidez Seca LOB – Lucro Operacional Bruto LOL – Lucro Operacional Líquido MPE – Micro e Pequenas Empresas PC – Passivo Circulantes

PELP – Passivo Exigível a Longo Prazo PL – Patrimônio Líquido

PMCD – Prazo Médio de Cobrança de Duplicatas PMPD – Prazo Médio de Pagamento de Duplicatas PNC – Passivo Não Circulante

ROB – Receita Operacional Bruta ROL – Receita Operacional Líquida TCC – Trabalho de Conclusão de Curso TMLB – Taxa de Margem de Lucro Bruto TMLLE – Taxa do Lucro Líquido do Exercício TMLOL – Taxa de Lucro Operacional Líquida TRAT – Taxa de Remuneração do Ativo Total TRCS – Taxa de Rentabilidade do Capital Social TRIO – Taxa de Retorno do Investimento Operacional TRPL – Taxa de Rentabilidade do Patrimônio Líquido

(12)

SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 15 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO... 17 1.1 ÁREA CONTEMPLADA... 17 1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO... 17 1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA... 18 1.4 OBJETIVOS... 19 1.4.1 Objetivo geral... 19 1.4.2 Objetivos específicos... 19 1.5 JUSTIFICATIVA... 19 2 REFERENCIAL TEÓRICO... 21

2.1 CARACTERISTICA GERAL DA CONTABILIDADE... 21

2.1.1 Conceituação... 21

2.1.2 Objetivo... 22

2.1.3 Finalidades... 22

2.1.4 Funções e objetivos... 23

2.1.5 Princípios da contabilidade... 23

2.1.6 Técnicas contábeis básicas... 25

2.1.7 Demonstrações contábeis... 26

2.2 ANÁLISE DE BALANÇOS... 30

2.2.1 Finalidades e objetivos da análise de balanços... 31

2.2.2 Reestruturação de Demonstrações Contábeis para Análise de Balanços... 31

2.2.3 Atualização de valores para análise comparativa de balanços... 32

2.2.4 Análise de balanços em valores absolutos... 32

2.3 ANÁLISE DE BALANÇO EM VALORES RELATIVOS... 32

2.3.1 Análise horizontal de balanços... 33

2.3.2 Análise vertical de balanços... 33

2.3.3 Balanço de fundos... 34

2.4 ANÁLISE DE BALANÇOS POR INDICADORES ECONOMICOS E FINANCEIROS... 34 2.4.1 Indicadores de liquidez... 35

2.4.1.1 Capital Circulante Líquido – CCL... 35

2.4.1.2 Índice de Liquidez Geral – ILG... 35

2.4.1.3 Índice de Liquidez Corrente – ILC... 36

2.4.1.4 Índice de Liquidez Seca – ILS... 37

2.4.2 Indicadores de endividamento... 37

2.4.2.1 Coeficiente de Dívidas Circulantes – CDC... 38

2.4.2.2 Coeficiente de Dívidas Totais – CDT... 38

2.4.2.3 Coeficiente de Dívidas de Longo Prazo – CDLP... 38

2.4.2.4 Coeficiente de Segurança Máxima – CSM... 39

2.4.3 Indicadores de Solvência e Insolvência... 40

2.4.3.1 Coeficiente de Overtrading – COVER... 40

2.4.3.2 Índice de Solvência de Kanitz... 40

2.4.4 Indicadores de lucratividade... 41

2.4.4.1 Coeficiente de Margem de Lucro Operacional Bruto- CMLOB... 41

2.4.4.2 Coeficiente de Margem de Lucro Operacional Líquido – CMLOL... 42

(13)

2.4.4.4 Coeficiente de Margem de Lucro Operacional Próprio – CMLOP... 43

2.4.5 Indicadores de rentabilidade... 43

2.4.5.1 Coeficiente de Rentabilidade do Capital Social – CRCS... 44

2.4.5.2 Coeficiente de Rentabilidade do Patrimônio Líquido – CRPL... 44

2.4.5.3 Coeficiente de Remuneração do Ativo Total – CRAT... 45

2.4.5.4 Taxa de Retorno do Investimento Operacional – TRIO... 45

2.4.6 Indicadores de atividade, giro ou ciclometria... 45

2.4.6.1 Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido – GIPL... 46

2.4.6.2 Exame de Rotação de Estoques – ERE... 46

2.4.6.3 Exame de Prazo Médio de Duplicatas a Receber ou Cobrança de Duplicata - 47 2.4.6.4 Exame do Prazo Médio de Duplicatas a Pagar ou de Pagamento de Duplicata- 47 2.4.7 Outros Indicadores econômicos e financeiros... 47

2.4.7.1 Alavancagem financeira e operacional... 47

2.4.7.2 EBITDA e outros indicadores de mercado de capitais... 48

2.4.7.3 EVA... 49

3 METODOLOGIA DO ESTUDO... 50

3.1 CLASSIFICAÇÃO DO ESTUDO... 50

3.1.1 Quanto a natureza... 51

3.1.2 Quanto aos objetivos... 51

3.1.3 Quanto a forma de abordagem do problema... 51

3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos... 52

3.2 COLETA DE DADOS... 52

3.2.1 Instrumento de coleta de dados... 53

3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS... 53

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS... 54

4.1 APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS... 54

4.2 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM VALORES ABSOLUTOS... 54 4.2.1 Balanço Patrimonial em valores absolutos originais... 55

4.2.2 Demonstração do Resultado do Exercício em valores absolutos originais... 55

4.3 ATUALIZAÇÃO DOS VALORES DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA ANÁLISE COMPARATIVA DE BALANÇOS... 56 4.3.1 Balanço Patrimonial em valores absolutos originais... 57

4.3.1.1 Análise e interpretação do Balanço Patrimonial em valores absolutos atualizados... 58 4.3.2 Demonstração do Resultado do Exercício em valores absolutos atualizados... 60

4.3.2.1 Análise e interpretação da Demonstração do Resultado do Exercício em valores absolutos atualizados... 61 4.4 ANÁLISE DE BALANÇO EM VALORES RELATIVOS... 62

4.4.1 Análise vertical de Balanço da empresa do comércio varejista... 62

4.4.1.1 Análise vertical do Balanço Patrimonial da empresa do comércio varejista 62 4.4.1.2 Interpretação e análise do Balanço Patrimonial da empresa do comércio varejista... 64 4.4.1.3 Análise vertical da Demonstração do Resultado do Exercício da empresa do comércio varejista... 70 4.4.1.4 Interpretação e análise vertical da Demonstração do Resultado do Exercício da empresa do comércio varejista... 71 4.4.2 Análise horizontal de Balanços da empresa do comércio varejista... 76

(14)

4.4.2.1 Balanço Patrimonial da empresa do comércio varejista em valores relativos – 77

4.4.2.2 Interpretação e análise horizontal do Balanço Patrimonial da empresa do comércio varejista... 78 4.4.2.3 Análise horizontal da Demonstração do Resultado do Exercício da empresa do comércio varejista... 85 4.4.2.4 Interpretação e análise horizontal da Demonstração do Resultado do Exercício da empresa do comércio varejista... 87 4.5 ANÁLISE DO BALANÇO DE FUNDOS... 91

4.6 ANÁLISE DE BALANÇOS POR ÍNDICES ECONOMICOS E FINANCEIROS... 100 4.6.1 Análise de indicadores de liquidez... 101

4.6.1.1 Capital Circulante Líquido – CCL... 101

4.6.1.2 Índice de Liquidez Geral – ILG... 101

4.6.1.3 Índice de Liquidez Corrente – ILC... 103

4.6.1.4 Índice de Liquidez Seca – ILS... 104

4.6.2 Análise de indicadores de endividamento... 105

4.6.2.1 Coeficiente de Dívidas Circulantes – CDC... 106

4.6.2.2 Coeficiente de Dívidas Totais – CDT... 107

4.6.2.3 Coeficiente de Dívidas de Longo Prazo – CDLP... 108

4.6.2.4 Coeficiente de Segurança Máxima – CSM... 109

4.6.2.5 Coeficiente de Participação de Capitais de Terceiros – CPCT... 111

4.6.2.6 Coeficiente de Participação das Dívidas de Curto Prazo sobre as Dívidas Totais – CPDCP... 112 4.6.3 Análise de indicadores de solvência e insolvência ... 113

4.6.3.1 Coeficiente de Overtrading – CoVer... 113

4.6.3.2 Índice de Insolvência de Kanitz... 115

4.6.4 Análise de indicadores de lucratividade... 116

4.6.4.1 Taxa de Margem de Lucro Bruto – TMLB... 116

4.6.4.2 Taxa de Margem de Lucro Operacional Bruto e Margem do Lucro Exercício.. 117

4.6.5 Análise de indicadores de rentabilidade... 118

4.6.5.1 Taxa de Rentabilidade do Capital Social – TRCS... 118

4.6.5.2 Taxa de Rentabilidade do Patrimônio Líquido – TRPL... 119

4.6.5.3 Taxa de Rentabilidade do Ativo Total – TRAT... 120

4.6.5.4 Taxa de Retorno do Investimento Operacional – TRIO... 121

4.6.6 Indicadores de atividade, giro ou ciclometria... 123

4.6.6.1 Grau do Investimento do Patrimônio Líquido – GIPL... 123

4.6.6.2 Exame de Rotação de Estoques – ERE... 124

4.6.6.3 Exame do Prazo Médio de Cobrança de Duplicatas – PMCD... 126

4.6.6.4 Exame do Prazo Médio do Pagamento de Duplicatas – PMPD... 127

4.6.6.5 Prazo Relativo das Duplicatas – PRD... 128

4.7 CONCLUSÃO DA ANÁLISE DE BALANÇO PARA DECISÕES NA MPME... 130 CONCLUSÃO... 133

(15)

INTRODUÇÃO

Muitas entidades, em sua maioria, ainda não sabem da importância de se realizar uma análise de situação patrimonial, passada e presente, tendo por base suas próprias demonstrações contábeis, tanto de aumentos como diminuições. Através deste tema, busca-se desenvolver um processo de interpretação e análise da situação patrimonial, econômica e financeira de uma empresa, tendo como foco a importância da informação contábil para o conhecimento próprio das organizações e em especial para que seus gestores possam estar melhor instrumentalizados para suas decisões no dia a dia dos negócios.

A técnica contábil de Análise de Demonstrações Contábeis evidencia, de maneira explícita e decomposta, as informações expostas nos demonstrativos financeiros e econômicos, comparando as mesmas, para então se ter um dimensionamento de sua posição, evolução e possibilidades futuras, tendo por base a realidade passada, a conjuntura presente e a projeção em cenários futuros, na busca de resultados satisfatórios aos interesses sociais, independentemente do seu ramo de atuação.

Esse estudo é simples e ao mesmo tempo de grande importância, no momento em que os gestores da empresa forem tomar decisões gerenciais, comparando indicadores e projetando a situação patrimonial e econômica da empresa, estudando sua realidade e projetando tendências, terá, com certeza, maior probabilidade de acertos em seus negócios.

Com base nas mais variadas possibilidades de informações que a contabilidade pode oferecer aos seus diferentes usuários, são apresentadas aqui as principais etapas do trabalho de conclusão de curso da acadêmica proponente.

Ao dar inicio aos estudos, é apresentada a contextualização, mediante a definição da área de estudo, a caracterização da problemática, a definição de objetivos a serem atingidos e a apresentação da justificativa da autora para a realização do seu trabalho de conclusão de curso na área escolhida, passando ainda por uma breve caracterização da empresa que oferecerá os dados contábeis para a realização do último capítulo, parte prática do trabalho.

No capítulo dois, é relatado o produto da pesquisa teórica, envolvendo a Contabilidade e a técnica contábil da Análise de Balanços, com vistas ao embasamento teórico da proponente, como instrumentalização técnica para a realização da parte prática deste estudo, tendo por base as obras dos principais autores da área, disponíveis na Biblioteca Central da Unijuí e indicada pelos professores do curso, bem como revistas especializadas e mesmo artigos disponibilizados na rede internacional de computadores - internet.

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No terceiro capítulo, é apresentada a metodologia utilizada na parte teórica do trabalho e na condução das ações práticas com vista a realização dos objetivos propostos.

Na quarta parte deste estudo, ou no último capítulo, é apresentado o resultado prático do tema desenvolvido, as análises exigidas das demonstrações básicas: Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício da empresa em estudo, e as respectivas conclusões e recomendações retiradas e propostas das análises realizadas.

E por término, as considerações finais e as referências que deram suporte à realização do estudo.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Contextualizar o estudo tem por finalidade apresentar as características básicas que identificam o trabalho a que se propõe a concluinte do Curso de Ciências Contábeis.Nesta dimensão, são apresentados elementos que identificam a área de conhecimento contemplada pelo estudo ou a indicação do tema a ser abordado, seguido da caracterização da organização onde a parte prática do trabalho será realizada, da apresentação dos elementos da problematização do tema que as ações posteriores procurarão dar respostas, seguida da apresentação dos objetivos – gerais e específicos a serem alcançados, bem como da apresentação de argumentos que embasam a justificativa da acadêmica para a realização da tarefa de conclusão de curso na área escolhida.

1.1 ÁREA CONTEMPLADA

A formação contábil oferece inúmeras possibilidades de atuação ao futuro profissional, dado que, com certeza, nenhuma empresa subsiste sem os conhecimentos patrimoniais que a Ciência Contábil proporciona a seus gestores, tanto que a Contabilidade é um dos ramos do conhecimento humano mais antigo. Dentre essa diversidade instrumental está a técnica contábil da Analise de Balanços, que através das demonstrações contábeis evidencia o patrimônio e suas variações, toda a movimentação ocorrida no dia a dia da empresa, também apresenta dados patrimoniais, econômicos e financeiros momentâneos, de períodos em períodos, de onde podem ser retirados dados, indicadores e informações. Percebe-se daí, a grande importância que assume a área de análise de demonstrações contábeis, tanto para o futuro profissional como para as empresas em geral, o que por si só já justifica a opção da proponente em optar por essa área de estudo para a elaboração do seu trabalho de conclusão de curso.

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

A empresa em que é realizado o estudo do trabalho de conclusão de curso está localizada em uma das cidades que integram a região noroeste colonial do estado do Rio Grande do Sul, considerada de pequeno porte e que atua no ramo de comércio varejista de gêneros alimentícios, higiene e limpeza. Conta com 5 sócios proprietários, todos com atuação na empresa e com 33 funcionários devidamente registrados. É enquadrada tributariamente na

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modalidade do lucro real, sendo sua contabilidade realizada por um escritório de serviços contábeis.

O estudo abrange os períodos contábeis de 2009 a 2013, com seus valores absolutos de poder aquisitivo da moeda da época de sua respectiva elaboração e que para fins de análise comparativa necessitaram ser atualizados pela variação do poder aquisitivo da moeda nacional para o último ano da série em estudo.

1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA

A Análise de Demonstrações Contábeis pode não apresentar uma influência representativa na organização diante dos conceitos de quem não a realiza freqüentemente, mas é de indispensável realização. O uso dessa técnica contábil pode evitar grandes transtornos no longo prazo, mostrando suas delimitações, é ela quem influencia diretamente na tomada de decisão e no gerenciamento das organizações. É um estudo envolvendo vários anos de movimentação, com seus indicadores de situações passadas e presentes e possibilidades futuras, apresentando indicativos de estabilidade, continuidade ou de mudanças para o rumo dos negócios.

Esse trabalho dentro da organização mostra uma série de fatores que auxiliam diariamente, em suas estratégias de gerência, seus índices de posição e resultado. A análise de suas principais demonstrações será realizada processada em valores absolutos revelados em seu balanço patrimonial e sua demonstração do resultado de cada exercício social, bem como através de trabalhos de transformação de tais dados em valores relativos, representados pelas técnicas da análise vertical e horizontal e pela obtenção de índices econômicos e financeiros, de forma a proporcionar amplas condições de revelar a real situação patrimonial, econômica e financeira da empresa em estudo.

Diante os argumentos expostos, a pergunta geral a que a realização do trabalho de conclusão de curso desenvolvido na área objeto de estudo, procurou dar respostas, é assim delineada: Como se apresenta a real situação patrimonial, financeira e econômica da

empresa objeto de estudo, apontada pela aplicação das principais técnicas de análise de demonstrações contábeis no período de 2009 a 2013?

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1.4 OBJETIVOS

Os objetivos apontam o que se quer atingir com a realização do trabalho, tanto na dimensão da proponente, como na dimensão da expectativa da empresa que disponibilizará os dados para estudo, e se dividem em objetivo geral e objetivos específicos.

1.4.1 Objetivo geral

Demonstrar, através de cálculos, interpretações e análises, a posição e evolução patrimonial, econômica e financeira da empresa em estudo.

1.4.2 Objetivos específicos

 Revisar a base teórica que fundamenta as técnicas de análise de demonstrações contábeis, com vistas a aprofundar conhecimentos orientadores das atividades práticas a serem implementadas pela proponente.

 Preparar as demonstrações contábeis da empresa em estudo para adequá-las às necessidades técnicas de análise de balanços.

 Aplicar as principais técnicas de análise de demonstrações contábeis sobre os demonstrativos contábeis básicos de 2009 a 2013, obtendo indicadores que evidenciem a posição patrimonial e evolução econômica e financeira da empresa em estudo.

 Interpretar os indicadores obtidos, analisar e apresentar as sugestões de melhoria aos proprietários da empresa, nas ocasiões em que os resultados obtidos assim o demandarem.

1.5 JUSTIFICATIVA

Diante as várias divisões aplicativas que contemplam a contabilidade, das respostas que geram aos seus usuários, está a Análise de Balanços. A análise de demonstrações contábeis será tratada neste trabalho, especificamente na dimensão técnica de evidenciação e de resolução de questões patrimoniais, objeto de estudo da Contabilidade, pois é ela, entre outras, que demonstrará a situação ou posição do andamento da empresa, em termos monetários, em períodos históricos, permitindo assim, gerar uma gama de indicativos,

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permitindo uma base de maior segurança aos empresários no momento de suas decisões de ordem patrimonial.

Toda e qualquer empresa necessita de um gerenciamento controlado, seja ele específico ou não. A análise de demonstrações contábeis de uma empresa ajuda a rever os números financeiros, a análise do comportamento de clientes, concorrentes, fornecedores e outros integrantes do complexo mercado empresarial, tornando-se hoje indispensável ferramenta gerencial, proporcionando a oportunidade de identificar o que precisa ser alterado ou mantido, ou seja, o rumo certo a ser seguido.

A Unijuí - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul oferece aos seus alunos uma ampla abertura de conhecimentos, pesquisas e aprendizados, é por isso que ao final de qualquer curso, entre eles o de Ciências Contábeis, os alunos formulam um trabalho de conclusão, estudo que proporcionará ao concluinte um espaço de revisão, ampliação e experimentação prática de conhecimentos, e que poderá se constituir em mais um meio de estudo para qualquer pessoa que tiver interesse na área de conhecimento estudada, especialmente os alunos deste curso e empresários em geral, contribuindo para o desenvolvimento profissional de cada um.

Na condição de concluinte do Curso de Ciências Contábeis e futuro profissional da Contabilidade, busco através deste estudo aplicado na área de análise de balanços, ampliar conhecimentos e colocar em prática o meu aprendizado, abrindo horizontes profissionais. Este estudo é por mim considerado importante, pois permite mostrar na prática o quanto de informações podem ser obtidas para a compreensão da empresa e especialmente para orientar os empresários no dia a dia de suas decisões, dimensão especial que passa a assumir a Contabilidade no mundo dos negócios no mundo contemporâneo, onde a informação é elemento de fundamental importância.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo é apresentado o produto da pesquisa bibliográfica realizada pela acadêmica, com vista à revisão e ampliação de conhecimentos, base teórica para melhor desempenho na realização das tarefas práticas do trabalho de conclusão de curso, envolvendo conteúdos de Contabilidade e Análise de Balanços, área de estudo selecionada para a presente pesquisa.

2.1 CARACTERIZAÇÃO GERAL DA CONTABILIDADE

A Contabilidade é uma das principais tecnologias gerenciais utilizadas pelos gestores para o controle gerencial da empresa.

Mathioni (2004, p.75), afirma que: “A Contabilidade tem como objetivo maior fornecer informações atualizadas, úteis e confortáveis de forma a satisfazer os mais diversos usuários para que possam ter uma base segura nas tomadas de decisão, e para controlar o patrimônio da empresa, bem como suas contas”.

A Ciência Contábil é considerada como conhecimento ligado às Ciências Sociais e tem por objeto de estudo o patrimônio e suas variações enquanto as dimensões qualitativas e quantitativas.

2.1.1 Conceituação

A contabilidade surgiu muito antes do que se imagina e desde os primórdios a técnica contábil fez parte do cotidiano do ser humano.

Iudícibus (2000, p.31), diz que: “[...] a Contabilidade é tão antiga quanto o homem que pensa”.

Entendemos que Contabilidade, como conjunto ordenado de conhecimentos, leis, princípios e método de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem como de acumular, resumir e revelar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômico-financeira. (BASSO, 2005, p.22).

Conforme Barros (2005, p.17), “A Contabilidade é uma ciência social que estuda a prática e as funções de controle e de registros relativos aos atos e fatos da Administração e da

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Economia”.

Basso (2005), explica que a contabilidade é considerada também uma arte, pois registra as transações ocorridas em uma companhia, expressadas em termos monetários, informando o reflexo que essas atividades irão impactar na situação financeira e econômica da entidade.

Entende-se que a contabilidade, nada mais é, que uma ciência que estuda o patrimônio e suas variações, controla sua movimentação e evidencia sua posição e variações através de relatórios legais e gerenciais.

A contabilidade demonstra a situação da entidade em seu aspecto monetário e físico, possibilitando, através de seus relatórios, registros, análises, demonstrações, pareceres e assim por diante, se ter uma dimensão da situação atualizada do ponto de vista financeiro da entidade.

2.1.2 Objeto

Nenhuma entidade existe sem seu principal objeto de estudo, ou seja, o Patrimônio. Segundo Basso (2005, p.23), “O objeto da Contabilidade é o patrimônio, geralmente constituído por um conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma determinada entidade”.

Para Barros (2005, p.17) “[...] o objeto é sempre o patrimônio da entidade, ou seja, o conjunto de bens, direitos e obrigações para com terceiros, pertencentes a essa entidade”.

O patrimônio é enfocado pela contabilidade em dois aspectos: o qualitativo e o quantitativo, sendo que o primeiro leva em conta a composição física e jurídica individual de cada elemento patrimonial e o outro leva em conta o seu valor monetário ou econômico.

2.1.3 Finalidade

A finalidade da ciência contábil, nada mais é do que a geração de informações seja em forma de índice, percentual, ou qualquer outro indicador que venha a mostrar sua real situação.

Conforme Basso (2005, p.24), “A finalidade fundamental da contabilidade é gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento”.

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Essas informações possibilitam aos interessados ter conhecimento da verdadeira situação monetária da entidade em seus aspectos qualitativos e quantitativos.

2.1.4 Funções e objetivos

As funções podem ser assim destacadas, segundo Basso (2005, p. 25):

- coletar os documentos comprobatórios dos atos e fatos administrativos e econômicos que ocorrem na entidade;

- classificar os documentos comprobatórios de acordo com as alterações que provocam no patrimônio da entidade;

- registrar os fatos contábeis decorrentes das alterações patrimoniais nos livros de escrituração contábil da entidade;

- acumular informações quantitativas e qualitativas do patrimônio e suas variações, ao longo do tempo;

- resumir informações do patrimônio e suas variações, em demonstrativos contábeis; - revelar a situação patrimonial, econômica e financeira da entidade.

A caracterização dos objetivos é apresentada a seguir, segundo Basso (2005, p. 25): - controlar (física e monetariamente) o patrimônio da entidade;

- apurar os resultados decorrentes das variações ocorridas no patrimônio da entidade;

- evidenciar a situação patrimonial, econômica e financeira da entidade, bem como suas tendências;

- atentar para o cumprimento de normas, leis e demais dispositivos emergentes da legislação aplicável aos negócios da entidade;

- fornecer informações sobre o patrimônio aos seus usuários, de acordo com suas necessidades.

A contabilidade, não só no Brasil, é de indispensável e incontestável importância, pois não é possível a abertura de um estabelecimento, negócio, seja qual for o ramo de atividade, sem usar a prática contábil. Seus documentos, escriturações, relatórios simples ou complexos, mostram o quanto é necessária à gerência dos negócios, o controle de cada ato e fato ocorrido na entidade é que permite um gerenciamento responsável e eficiente do empreendimento. Comprovadamente, a Contabilidade tem se constituído em fonte incomum de geração de informações para seus diferentes usuários, tanto internos como externos.

2.1.5 Princípios de contabilidade

Em 1994 o CFC publicou a resolução nº 774/94, que trouxe os princípios fundamentais de contabilidade em vigor em todo o país de forma amplamente analítica, proporcionando ao leitor perfeitas condições de dimensão e significado dos mesmos.

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Basso (2005), diz que em 1981, o Conselho Federal de Contabilidade decidiu rever os princípios da contabilidade, formando uma comissão dos mais ilustres nomes da Contabilidade, que resultou na publicação da Resolução CFC nº 530/81, a partir daí se instituiu os princípios fundamentais da contabilidade.

Em 28 de dezembro de 2007, foi criada a lei 11.638/07 (Lei das Sociedades por Ações), que altera e revoga dispositivos da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, que deu um novo parecer referente aos Princípios da Contabilidade.

Os Princípios de Contabilidade vigentes são:

 Principio da Entidade;

 Principio da Continuidade;

 Principio da Oportunidade;

 Principio do Registro pelo Valor Original;

 Principio da Competência;

 Principio da Prudência.

Conforme Iudícibus (2000), o princípio da entidade detém a autonomia patrimonial, ou seja, o patrimônio da entidade nunca pode ser confundido com patrimônio particular dos sócios.

Greco e Arend (2001, p.24), explicitam que: “A vida da entidade é continuada, por consequência, como as demonstrações contábeis são estáticas, não podem ser desvinculadas dos períodos anteriores e subsequentes”. Pode-se entender que a entidade dará continuidade as suas atividades futuramente.

Conforme Basso (2005, p.317), “O princípio da oportunidade exige a apreensão, o registro e o relato de todas as variações sofridas pelo patrimônio de uma entidade, no momento em que elas ocorrem”.

Ainda para Basso (1999, p.49), “O Princípio da Oportunidade refere-se, simultaneamente, á tempestividade e á integralidade do registro do patrimônio e das suas variações, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originam”.

Barros (2005), afirma que o princípio do registro pelo valor original determina que os componentes do patrimônio devem ser registrados pelo seu valor original no momento da transação, ou seja, seu valor de aquisição, sem ter seus valores alterados enquanto o bem fizer parte do patrimônio.

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Já para Basso (1998, p.19), ao enfocar o princípio do registro pelo valor original, diz que “Fica claro, na leitura do Principio, que os elementos patrimoniais devem ser registrados pelo seu valor de origem, isto é, aquele estabelecido, preferencialmente, pelo agente externo da entidade, no documento de origem do elemento ou de sua variação [...]”.

O princípio da competência, explicado por Basso (2011), ordena que cada fato ocorrido, ou cada transação, sejam reconhecidos no mesmo período, independente de seu pagamento ou recebimento.

Segundo Greco; Arend (2001), o princípio da prudência rege sempre a adoção do menor valor para o ativo e do maior para o passivo. Isso previne a empresa de algum dano futuro diante de uma incerteza monetária a receber ou a pagar.

Os princípios de contabilidade regem as regras gerais na atuação de qualquer contador ético. Suas aplicações irão oferecer a base adequada a qualquer fato ocorrido dentro da empresa. O propósito principal é oferecer à contabilidade um padrão justo na formação profissional de cada contador.

2.1.6 Técnicas contábeis básicas

Para Basso (2005), as funções da contabilidade são estruturadas em quatro grandes grupos:

 Escrituração;

 Demonstrativos Contábeis;

 Auditoria;

 Análise de Balanços.

As escriturações são apenas os registros contábeis, que toda empresa deve fazer, nos livros Diários e Razão, e nos demais livros auxiliares.

Os acontecimentos e relatos financeiros e econômicos da empresa, como por exemplo, Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, entre outros, são denominados de Demonstrativos Contábeis.

A Auditoria consiste no exame dos procedimentos administrativos, operacionais e das praticas contábeis, servindo de certificação de sua lisura e clareza, legalidade, correção e fidedignidade.

Para Sá (2004, p. 3), “Analisar é dividir em partes alguma coisa, objetivando conhecer como esta se comporta em seu universo próprio”.

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A Análise de Balanço, objeto de estudo deste trabalho, são as informações extraídas das demonstrações, para serem analisadas. Seu resultado nos dará uma situação econômica e financeira da empresa.

2.1.7 Demonstrações contábeis

As demonstrações contábeis são obrigatórias e são a representação monetária da posição patrimonial, financeira ou econômica em determinada data, e das transações realizadas por uma entidade no período findo.

As demonstrações básicas obrigatórias são:

 Balanço Patrimonial;

 Demonstração do Resultado do Exercício;

 Demonstração dos Fluxos de Caixa;

 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;

 Demonstração do Valor Adicionado (não sendo obrigatórias para companhias de pequeno e médio porte);

 Notas Explicativas.

No Balanço Patrimonial é possível ver claramente a situação financeira da empresa. Segundo Arend; Greco e Gartner (2009, p.83), “O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, a posição patrimonial e financeira da entidade em determinada data”.

Para Basso (2011, p. 294),

O demonstrativo contábil „Balanço Patrimonial‟ pode ser entendido como uma representação quantitativa e sintética dos elementos que compõem o patrimônio de uma entidade numa determinada data, revelando a sua posição financeira e patrimonial estática, isto é, na data do seu levantamento.

O Balanço Patrimonial é dividido em três grandes grupos: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido.

O Ativo representa todos os valores positivos da entidade, ou seus bens e direitos. O Passivo representa todos os valores negativos de uma entidade, ou seja, todas as suas obrigações.

O Patrimônio Líquido é a soma algébrica do Ativo e do Passivo de uma entidade, podendo ela ser negativa ou positiva.

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Cabe ao Ativo, os grupos de Circulante e Não-Circulante, este, dividido em Realizável a Longo Prazo e Investimentos, Imobilizado e Intangível. O Passivo também é dividido em Circulante e Não Circulante, este representado pelo Exigível a Longo Prazo, já o Patrimônio Liquido é dividido em seis grupos de contas: Capital Social, Reservas de Capital, Reservas de Lucros, Ajuste de Avaliações Patrimoniais, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados, sendo esses últimos, retificativos do grupo.

Para Arend; Greco, Gartner (2009, p.84), ”Serão classificados no Ativo Circulante as contas que representarem disponibilidades, diretos realizáveis no curso do exercício social seguinte e as aplicações de recursos em despesas do exercício social seguinte”.

O grupo de contas do Ativo Circulante divide-se em: Disponível, Crédito de Clientes, Outros Valores a Receber, Estoques e as Despesas Antecipadas.

Sobre o Ativo Não Circulante, para Arend, Greco, Gartner (2009, p.85), “São incluídos nesse grupo todos os bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade”.

Esse subgrupo do Balanço Patrimonial tem como contas patrimoniais o Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível (acrescido do Diferido quando houver). O Passivo Circulante, segundo Basso (2011), agrupa as contas de obrigações conhecidas e os encargos estimados. Esse subgrupo pode se dividido em: Obrigações de Funcionamento, Obrigações de Financiamento. E o passivo Não Circulante é composto pelo Exigível a Longo Prazo, dividido nos mesmos grupos do Passivo Circulante.

A Demonstração do Resultado do Exercício, segundo Basso (2005, p. 275), “[...] é o relatório contábil que sintetiza as operações que deram origem ao resultado de um determinado exercício social”.

Essa demonstração é destinada a formar o resultado líquido num certo período de tempo da entidade.

É formada pela diferença da Receita Operacional Bruta e as deduções da Receita Operacional Bruta, a partir dessas duas contas obtém-se a Receita Operacional Liquida. Essa mesma receita deduzindo os Custos das Mercadorias e dos Produtos ou Serviços Vendidos, obtém-se então o Lucro Operacional Bruto.

Em seguida têm-se as Despesas Operacionais, como as Vendas, Receitas e Despesas Financeiras gerais e administrativas. As outras receitas e despesas operacionais ocupam o próximo item.

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O Resultado Operacional Líquido é formado pelo Lucro Operacional Bruto menos as Despesas Operacionais e as outras Receitas ou Despesas Operacionais.

O resultado líquido do exercício, que é a finalidade da demonstração do resultado do exercício, é obtido através da diminuição entre o resultado antes do imposto de renda e da provisão para o imposto de renda e contribuição social e as participações e contribuições.

Iudícibus (2009), diz que os impostos e taxas são aqueles gerados no momento das vendas, os mais cobrados são:

 IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados;

 ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços;

 ISS – Imposto Sobre Serviço (governo municipal);

 PIS – Programa de Integração Social (governo federal);

 COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (governo federal). A Demonstração dos Fluxos de Caixa passou a ser obrigatória a partir do dia primeiro de janeiro de dois mil e oito, através da publicação da Lei nº. 11.638/2007, sendo considerado um dos principais relatórios para as empresas.

É obrigatória para as entidades de capital aberto ou com patrimônio liquido superior a dois milhões de reais.

Esta demonstração indica a origem de todo o dinheiro que entrou no caixa em determinado período da empresa ou o resultado do fluxo financeiro. Assim como a demonstração de resultado de exercício, a demonstração do fluxo de caixa é uma demonstração que também está contida no balanço patrimonial.

Segundo Azevedo (2008, p. 18),

A principal função da DFC é controlar os fluxos de entradas e saídas de dinheiro e seu equivalente de uma entidade, proporcionando uma melhor gestão de recursos obtidos, adequada transparência das operações, e ainda evitando os desvios financeiros.

Essa demonstração evidencia onde os recursos são aplicados, lembra o principio da entidade, ou seja, não confundir a vida financeira particular com a da entidade.

A DFC está basicamente dividida em três grandes áreas de informações:

 Atividades Operacionais;

 Atividades de Investimento;

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As atividades operacionais são as receitas e gastos decorrentes da industrialização, comercialização ou prestação de serviços da empresa. As atividades de investimento são os gastos efetuados no realizável a longo prazo. As atividades de financiamento são os recursos obtidos do passivo não circulante e do patrimônio líquido.

O principal objetivo da DRE é apresentar o resultado líquido, através das receitas, despesas e resultados obtidos, num determinado período, geralmente de 12 meses, ajudando seus gestores na tomada de decisão.

A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido pode servir de substituição a Demonstrações dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, pois é mais abrangente, incluindo todas as contas de Patrimônio Líquido, inclusive a DLPA.

Segundo Basso (2011), é aquela que demonstra as mudanças de natureza e valor, contidas somente no Patrimônio Líquido da entidade, em certo período, geralmente de um ano, seu exercício social.

A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é uma das mais completas, diante das outras exigidas pelas normas contábeis, como o próprio nome já diz, ela relata todas as contas do Patrimônio Líquido, num determinado exercício social, incluindo as reservas não oriundas dos lucros.

Para a formação da DMPL, deve-se representar, coordenadamente, a movimentação que ocorre nas contas do PL, como por exemplo:

 Capital Social;  Reserva de Capital;  Reserva de Lucro;  Reserva de Reavaliação;  (-) Ações em Tesouraria;  (-) Prejuízos Acumulados.

A DMPL evidencia claramente a movimentação de uma conta para outra, com suas detalhadas origens. Mostra como é importante ter conhecimento de cada conta, a compreensão de cada reserva, dividendos e assim por diante, facilitando a visão de negócio, permitindo uma menor complexidade quanto a análise de resultados e seu controle.

A Demonstração do Valor Adicionado demonstra sinteticamente, o que a entidade agregou, em certo período, na movimentação de suas atividades. Apresenta a formação do valor através do resumo das receitas geradas, da exclusão dos insumos adquiridos para a

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geração dessa receita e retenções de bens de capital, sob formas de depreciações, exaustões e amortizações.

Segundo Azevedo (2008, p.119), “A „Demonstração do Valor Adicionado’ é a demonstração contábil destinada a evidenciar, de forma concisa, os dados e as informações do valor da riqueza gerada pela entidade em determinado período e sua distribuição”.

A DVA é uma demonstração muito útil, em relação a valores monetários, servindo também para gerar informações de natureza social, já que integra o balanço social, de determinada empresa. É representada basicamente pelas vendas menos os consumos de materiais e serviços, em determinado período.

As Notas Explicativas fornecem as informações necessárias para esclarecimento da situação patrimonial, ou seja, de determinada conta, saldo ou transação, ou de valores relativos aos resultados do exercício, ou fatos que podem alterar futuramente tal situação patrimonial. As demonstrações contábeis serão complementadas por notas explicativas, necessárias para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. Explica algo que é encontrado nos outros demonstrativos.

Ações em Tesouraria, Ágio ou Deságio, Arrendamento Mercantil, Debêntures, Variação Cambial e Seguros, são algumas das principais notas explicativas, recomendadas para as sociedades por ações de capital aberto.

2.2 ANÁLISE DE BALANÇOS

O foco principal de estudo do presente trabalho de conclusão de curso é a técnica contábil análise de balanços, que tem como meta retirar das demonstrações contábeis informações para a compreensão do passado patrimonial, da situação presente e das perspectivas futuras que dele se pode esperar, num determinado contexto sócio-econômico. Este tema em estudo acompanha a Contabilidade das organizações como uma de suas utilidades práticas de geração de dados e informações que auxiliaram os gestores em suas tarefas administrativas e como tal, continua contribuindo com a função de ser útil para os diferentes usuários da informação contábil nas mais diferentes maneiras de tomadas de decisões de ordem econômico-financeira.

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2.2.1 Finalidades e objetivos da análise de balanço

O objetivo da Análise de Balanço é oferecer um relatório sobre a real situação econômica e financeira da organização, utilizando relatórios gerados pela Contabilidade e outras informações necessárias.

Para Iudícibus (2010), é a expressão resumida dos principais fatos registrados pela contabilidade, em determinado período de tempo.

Segundo Matarazzo (2010, p.3), “As demonstrações financeiras fornecem uma série de dados para a empresa, de acordo com regras contábeis. A Análise de Balanços transforma esses dados em informações e será tanto mais eficiente quanto melhores informações produzir”.

A Análise de Demonstrações Contábeis visa fornecer informações numéricas ou monetárias de um determinado período de tempo, como no caso desse trabalho que envolve cinco anos, de modo a oferecer uma base aos administradores e acionistas, entre outros, que estejam interessados em conhecer a situação patrimonial, econômica e financeira da empresa para que possam tomar decisões baseadas em dados consistentes.

Esse instrumento de análise oferece uma ampla visão da situação da empresa aos usuários internos e também externos interessados, de uma ou outra forma, com vistas a um processo decisório.

2.2.2 Reestruturação de demonstrações contábeis para análise de balanços

A contabilidade segue um modelo padrão de apresentação das demonstrações contábeis.

Segundo Bruni (2011, p.1), “Muitas das informações trabalhadas em finanças são registradas e armazenadas na contabilidade”.

Conforme Iudícibus (2010, p.5), “Existe um conjunto de informações e conhecimentos básicos necessários para um entendimento mais profundo das vantagens e limitações da análise de balanços”.

A contabilidade oferece um padrão geral de contas que facilita o entendimento para os interessados e ele deve ser o mais simples e resumido possível. Quando isso não ocorre, há necessidade de proceder-se uma revisão e reorganização das informações expostas nas demonstrações contábeis, visando a obter-se esse padrão mínimo compreensível para a maioria dos usuários da análise de balanço. Esse processo consiste em organizar e padronizar

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contas na estrutura patrimonial e de resultados de forma a obter-se uma compreensão homogênea em todos os anos que compõem o período de estudo, resultando em dados que permitam a comparabilidade entre ambos.

2.2.3 Atualização de valores para análise comparativa de balanços

É necessária a atualização das demonstrações contábeis, mantendo um padrão uniforme, melhorando o entendimento de quem as interpreta.

Iudícibus (2010) diz que, para se ter uma ampla análise dos balanços é suficiente colocar o mesmo em moeda da mesma data, ou seja, se um balanço foi finalizado no devido exercício social, com o passar do tempo, sua moeda fica desvalorizada, perdendo valor diante do mercado.

Faz-se, então, a correção dessa moeda, para o último ano em que está sendo comparada, para evitar a perda de valor, impedindo que isso influencie no resultado esperado da análise da empresa.

2.2.4 Análise de balanços em valores absolutos

A maioria das empresas trabalha em um sistema constante, cada uma a seu ritmo, mas todas com o mesmo intuito, obter o máximo de lucro possível, com o equilíbrio de suas entradas e saídas. Proceder a análise de balanços em valores absolutos nada mais é do que o analista fazer os números mostrarem resultados aos seus diferentes usuários. Essa técnica consiste, portanto, na tarefa de expressar aos leitores os números representativos das aplicações e origens dos recursos expressos no balanço patrimonial e da formação das receitas, custos e despesas e desses, as diversas fases do resultado, expressas na demonstração do resultado do exercício da empresa, bem como nas suas demonstrações complementares.

2.3 ANÁLISE DE BALANÇOS EM VALORES RELATIVOS

A análise em valores relativos é a transformação dos valores absolutos em valores relativos – percentuais e números índices, a partir daí é aplicada a técnica de análise horizontal e vertical de balanços.

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2.3.1 Analise horizontal de balanços

A análise horizontal tem por finalidade, verificar o comportamento do patrimônio e do resultado da entidade, sempre com base em no mínimo dois períodos bases. Calculam-se os chamados números, estabelecendo o exercício social mais antigo como índice-base 100.

Iudícibus (2010 p.83), afirma que: “A finalidade principal da análise horizontal é apontar o crescimento de itens dos Balanços e das Demonstrações de Resultado (bem como de outros demonstrativos) através dos períodos, a fim de caracterizar tendências”.

Matarazzo (2010, p.172), afirma que a análise horizontal, “Baseia-se na evolução de cada conta de uma série de demonstrações financeiras em relação a demonstração anterior e/ou em relação a uma demonstração financeira básica, geralmente a mais antiga da série”.

No Balanço Patrimonial, para a empresa ter uma constante situação favorável é importante que seus bens, direitos e o patrimônio líquido estejam sempre em crescimento e suas obrigações com terceiros, até mesmo as dívidas se mantenham constantes ou em diminuição, nunca aumentar, consequentemente terá resultados satisfatórios.

Na Demonstração do Resultado do Exercício, é necessário que as receitas superem as despesas no período desejado.

2.3.2 Análise vertical de balanços

A Análise Vertical tem como índice representativo a porcentagem. Esse tipo de análise é comparado entre os valores das contas de cada grupo, com o montante desse grupo. Do mesmo modo o total desse grupo é comparado ao total dos valores encontrados no Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. Na Demonstração do Resultado do Exercício o total é comparado a cada conta ou grupo de contas, como as receitas e despesas, ambos em determinado período de tempo estipulado ao estudo.

Segundo Iudícibus (2010, p.86), “Esse tipo de análise é importante para avaliar a estrutura de composição de itens e sua evolução no tempo”.

Bruni (2011, p.74), afirma que: “Busca verificar os percentuais associados aos valores de determinado ano assumindo o total deste ano como sendo igual a 100%. A partir daí, todos os demais valores do ano são convertidos em percentuais do total”.

Desta forma, percebemos que para a entidade obter uma situação financeira cômoda é necessário que no Balanço Patrimonial, o Ativo Circulante esteja em maior número possível, ou no mínimo de 50%. O Passivo, quanto menor for sua participação total, maior será a

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situação da empresa. O Patrimônio Líquido também deve corresponder por 50% ou mais das fontes. Só assim pode-se dizer que a empresa tem uma situação monetária estável.

Na Demonstração do Resultado do Exercício, quanto maior os percentuais de resultado do lucro e menor os percentuais de custos e despesas, melhor é a situação econômica da empresa, pois como o próprio nome já diz, as despesas tendem a causar resultados negativos.

2.3.3 Balanço de fundos

O Balanço de Fundos é constituído por todas as contas patrimoniais, incluindo Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, tendo seus saldos finais e inicias comparados em um determinado período de tempo. Se o resultado for credor, tem-se uma origem de recursos e se for devedor tem-se uma aplicação de recursos.

Conforme Clebsch (1998, p.69), “O Balanço de Fundos se constitui, pela sua relativa facilidade de elaboração e pela visão de conjunto que proporciona do fluxo de recursos financeiros, entre o Circulante e o Não-Circulante, num valioso instrumento didático”.

O Capital Circulante Líquido (CCL) é identificado através da diferença do ativo e do passivo circulante. Os valores do Não Circulante representam as aplicações e origens de recursos a longo prazo, incluído aqui o imobilizado no ativo e o patrimônio líquido nas fontes. Para a empresa obter um bom resultado em seu Balanço de Fundos é necessário estar em boas condições financeiras, tendo gerado lucros em seu período comparado, ou ao menos sem ocorrer prejuízos.

2.4 ANÁLISE DE BALANÇOS POR INDICADORES ECONOMICOS E FINANCEIROS

A Análise de Balanços por indicadores pode ser representada por coeficiente, quociente, índice ou taxa.

Um coeficiente é resultado da divisão de um número por outro, de natureza diferenciada. Determinado resultado fornece indicadores que são números relativos.

O uso de quociente permite extrair tendências, ao comparar os quocientes padrões pré-estabelecidos pelos estudiosos do assunto.

Os índices relacionam grupos de contas ou contas, para extrair conclusões sobre a situação econômica e financeira da empresa.

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Os principais indicadores são os seguintes: Indicadores de Liquidez, de Endividamento, de Solvência/Insolvência, de Lucratividade, de Rentabilidade, de Atividade (Giro ou Ciclometria), entre outros.

2.4.1 Indicadores de liquidez

O estudo aprofundado da liquidez é o mesmo que verificar a capacidade que a empresa tem de honrar seus compromissos, em dia.

Bruni (2011, p.122), diz que: “Indicadores de Liquidez: estudam a solvência ou a capacidade de honrar as obrigações assumidas pela entidade”.

Já para Braga (1999, p.141), “A análise interna de liquidez constitui-se num dos mais valiosos instrumentos de controle financeiro, especialmente quando realizada em períodos curtos (semanais, quinzenais, mensais)”.

Os índices mais utilizados dentro de uma empresa são: Capital Circulante Líquido, Índice de Liquidez Geral, Índice e Liquidez Corrente e Índice de Liquidez Seca.

2.4.1.1 Capital circulante líquido – CCL

O Capital Circulante Líquido é o que a empresa possui de vantagem ou prejuízo no Circulante.

Segundo Matarazzo (2010, p.194), “O Capital Circulante Líquido é a folga financeira da empresa”.

O Capital Circulante Líquido demonstra em valores aquilo que sobra ou falta no Ativo Circulante após a quitação hipotética do Passivo Circulante, ou de suas dívidas de curto prazo.

Conforme Matarazzo (2010), para encontrar o CCL, utiliza-se a seguinte fórmula:

CCL = Ativo Circulante (-) Passivo Circulante

2.4.1.2 Índice de liquidez geral – ILG

Mostra a probabilidade da empresa de quitar todas as suas obrigações.

Para Braga (1999, p.143), “Este quociente indica a capacidade financeira da empresa para solver todos os compromissos para com seus credores de curto e longo prazos (Passivo).”

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