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O papel do profissional de educação física na recuperação de indivíduos infartados: opinião de médicos cardiologistas

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DHE – DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES E EDUCAÇÃO

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

GABRIELA FYDRISZEWSKI

O PAPEL DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NA RECUPERAÇÃO DE INDIVÍDUOS INFARTADOS:

OPINIÃO DE MÉDICOS CARDIOLOGISTAS.

Santa Rosa – RS

2014

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GABRIELA FYDRISZEWSKI

O PAPEL DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA RECUPERAÇÃO DE INDIVÍDUOS INFARTADOS: OPINIÃO DE MÉDICOS CARDIOLOGISTAS.

Trabalho de Conclusão de curso apresentado ao Curso de Educação Física da UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Educação Física.

Orientador: Prof° Ms. Luiz Serafim de Mello Loi

Santa Rosa – RS 2014

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entendeu minha escolha profissional, apoiando-me em todos os momentos e auxiliando-me para que este momento feliz tornar-se realidade.

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A vida é como andar de bicicleta. Para se ter equilíbrio é preciso estar em movimento.”

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Agradeço primeiramente a Deus por me fazer forte, inabalável, sempre acreditando em dias melhores.

Ao meu pai Armindo Luiz que é meu herói, sempre me apoiou em todos os momentos da minha vida, dando-me seu amor incondicional...

Agradeço à Marisa minha mãe do coração, por incentivar o estudo desde pequena, pelos conselhos e carinho...

Aos meus familiares e amigos que torceram por mim entendendo os momentos de ausência...

Aos colegas de curso que me acompanharam nessa caminhada, vivenciando experiências que nos prepararam para a carreira profissional...

Ao meu amigo, professor e orientador Luiz Serafim de Mello Lói, pela paciência, conselhos e ajuda não somente na realização desse trabalho, mas também por todos os ensinamentos dados durante o percurso acadêmico...

Agradeço ao querido professor Leomar Tesche, por sua amizade, apoio e dedicação, motivando-me a não desistir dos meus ideais nos momentos de provação...

Agradeço a todos pelos maravilhosos momentos de alegrias, choros, encontros, despedidas, ensinamentos...

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RESUMO

O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é causado por diversas doenças crônicas – degenerativas que levam o indivíduo à morte ou incapacitam-no para muitas atividades. O exercício físico é capaz de provocar efeitos agudos e tardios benéficos que previnem e atenuam tais fatores e resultam em melhoria da capacidade funcional de indivíduos que foram acometidos pelo IAM. O profissional de educação física tem formação acadêmica para trabalhar com todas as populações, inclusive com indivíduos que estão em fases de recuperação após o IAM, porém, esse campo de atuação apresenta-se relativamente novo a esses profissionais. O estudo descritivo teve por objetivo verificar qual a opinião dos médicos cardiologistas em relação ao trabalho dos profissionais de educação física na recuperação de indivíduos infartados, bem como seu entendimento referente à prescrição de exercícios como forma de reabilitação/recuperação. Participaram 4 profissionais que atendem em clínicas da região. Os dados coletados foram analisados e discutidos através de uma análise descritiva. As análises levam a concluir que os entrevistados entendem que a reabilitação/recuperação deverá ser realizada por equipe multiprofissional, julgando ser importante a atuação do profissional de Educação Física desde que esteja capacitado para tal, dando importância aos Exercícios Físicos como fator de reabilitação, recomendando que devam ter intensidade moderada. Pode-se concluir que a formação dos profissionais não contempla disciplinas que abordam qualquer tipo de conhecimento referente à prática de exercício físico como fator de reabilitação ou recuperação de sujeitos infartados, mas pode-se inferir que existe um conhecimento já desenvolvido, sobre os benefícios do EF. Conclui-se que há carência de espaços multiprofissionais na região voltados a atender a esse público, bem como profissionais de Educação Física que sirvam como referência para esse trabalho.

Palavras-chave: Infarto Agudo do Miocárdio – Reabilitação Cardíaca - Intervenção - Profissionais de Educação Física.

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ABSTRACT

The Acute Myocardial Infarction (AMI) is caused by several chronic - degenerative diseases that lead the individual to death or disabling it for many activities. Physical exercise can cause acute effects and beneficial late to prevent and mitigate these factors and result in improved functional capacity of individuals who were affected by AMI. The physical education professional has academic training to work with all populations, including individuals who are in recovery phase after AMI, however, this area of practice presents relatively new to these professionals. The descriptive study aimed to verify that the opinion of cardiologists regarding the work of physical education professionals in recovery MI individuals as well as their understanding regarding the prescription of exercise as a form of rehabilitation / recovery. Participated in 4 professionals attending clinics in the region. The collected data were analyzed and discussed through a descriptive analysis. The analyzes lead to the conclusion that respondents understand that the rehabilitation / recovery should be performed by multidisciplinary team, deeming it important to performance of the professional physical education provided it is able to do so, giving importance to Physical Exercise as a rehabilitation factor, recommending that should be moderate. It can be concluded that the training of professionals does not include disciplines that address any knowledge on the physical exercise as rehabilitation or recovery factor infarcted subjects, but it can be inferred that there is a knowledge already developed, on the benefits of EF. We conclude that there is a lack of multidisciplinary spaces in the region aimed to respond to this public, as well as physical education professionals to serve as reference for this work.

Keywords: Acute Myocardial Infarction - Cardiac Rehabilitation - Intervention - Professional Physical Education.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 10

CAPÍTULO I ... 12

1. REFERENCIAL TEÓRICO ... 12

1.1 Sinais e sintomas do infarto agudo do miocárdio ... 13

1.2 Obesidade ... 13 1.3 Hipertensão ... 14 1.4 Diabetes mellitus ... 15 1.5 Tabagismo ... 15 1.6 Sedentarismo ... 16 1.7 Estresse ... 17

1.8 Efeitos fisiológicos do exercício físico ... 18

1.9 Princípios do condicionamento cardiovascular ... 19

1.10 Reabilitação cardíaca após infarto agudo do miocárdio ... 19

1.11 Os profissionais de educação física e sua intervenção no processo de recuperação e tratamento de infartados ... 24

CAPÍTULO II ... 28

2. METODOLOGIA DA PESQUISA ... 28

2.1 Tipo de pesquisa ... 28

2.2 População e amostra ... 28

2.3 Procedimentos de coleta de dados ... 29

2.4 Instrumento de coleta de dados ... 29

2.5 Análises dos dados ... 29

CAPÍTULO III – ... 30

3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ... 30

3.1 Análise da questão Número 1: Há quanto tempo o Senhor exerce a profissão? .... 30

3.2 Análise da questão Número 2: Qual o seu entendimento referente à recuperação e manutenção da saúde dos sujeitos infartados? Em sua opinião como ela deve se dar? ... 30

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3.3 Análise da questão Número 3: Na sua formação em Medicina teve algum

componente curricular que abordasse a prática de Exercício Físico como forma de

recuperação de sujeitos infartados? ... 32

3.4 Análise da questão Número 4: O Senhor orienta à prática de Exercício Físico? .... 33

3.5 Análise da questão Número 5: Qual sua opinião acerca do trabalho do Profissional de Educação Física na recuperação e manutenção da saúde dos sujeitos infartados? ... 34

3.6 Análise da questão número 6: O Senhor conhece algum local de prática de exercícios físicos na região que possa indicar como referência para os infartados que atende? Onde? ... 35

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 37

REFERÊNCIAS ... 39

ANEXOS ... 41

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INTRODUÇÃO

O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é no contexto atual responsável por elevado número de mortes no Brasil e no mundo, sendo multifatorial, causada por doenças crônico-degenerativas as quais se pode citar a obesidade, sedentarismo, hipertensão arterial, elevados níveis de colesterol, diabetes mellitus, tabagismo, estresse. O profissional de Educação Física tem um importante papel nesse aspecto que é de criar programas de exercício físico para a prevenção, tratamento e controle de fatores de risco que podem desencadear o IAM, respeitando a individualidade de cada beneficiário, buscando sempre a qualidade de vida e a promoção da saúde.

Vários estudos e pesquisas evidenciam que o EF é capaz de prevenir e controlar os fatores de risco cardíaco, considerando-se este um dos principais pilares em programas de reabilitação cardíaca.

O presente estudo descritivo tem por objetivo verificar a opinião de médicos cardiologistas com relação ao papel do Profissional de Educação Física na recuperação de indivíduos infartados.

Esse trabalho se deu devido a uma situação que ocorreu com meu pai levando-o a ser acometido por um IAM. Foi recomendado pelo médico cardiologista a realização de exercícios físicos para sua recuperação. Como futura Profissional de Educação Física, aquele momento deparou-me com a dificuldade de saber como ajudá-lo na questão, bem como de encontrar espaços específicos para a reabilitação e profissionais de Educação Física que realizam esse tipo de trabalho servindo como referência.

Instigou-me o interesse a respeito da visão que os médicos cardiologistas têm a respeito do trabalho do Profissional de Educação Física na recuperação de

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indivíduos infartados, bem como qual é seu entendimento do EF como fator de reabilitação/recuperação cardíaca, pois, o médico que acompanhou meu pai naquele difícil momento apenas recomendou a prática do mesmo, não sendo específico quanto ao tipo de atividade a ser realizada, e não indicou nenhum profissional da área para que executasse o trabalho.

Questionei-me a respeito, por entender das competências do PF, de acordo com sua formação acadêmica, que o torna apto em avaliar, programar e orientar programas de exercício físico para todas as populações, inclusive indivíduos em processo de recuperação após IAM.

A área de reabilitação/recuperação cardíaca apresenta-se relativamente nova para a atuação dos Profissionais de Educação Física, onde é preciso buscar por esse espaço de intervenção, mostrando a importância de seu trabalho para a melhoria da saúde dos indivíduos infartados e a modificação da visão dos outros profissionais da saúde, e a partir desse pressuposto que possam indicar os PF para trabalhos dessa competência.

O estudo dividiu-se em três capítulos, no primeiro apresenta-se a revisão de literatura, com tópicos referentes aos sinais e sintomas do IAM, fatores de risco e prevenção, efeitos fisiológicos do exercício físico, reabilitação cardíaca seguindo o tema os profissionais de educação física e sua intervenção no processo de recuperação e tratamento de infartados. No segundo capítulo está colocada a metodologia e no terceiro e último capítulo consta a análise dos dados e discussão dos resultados.

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CAPÍTULO I

1. REFERENCIAL TEÓRICO

O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é a principal causa isolada de óbito entre as doenças crônicas, sendo ela multifatorial causada por diversos fatores que agem simultaneamente acarretando a mesma. Se até meados do século passado 50% das mortes eram provocadas por doenças infecciosas, hoje elas causam apenas 5% dos óbitos. Já as doenças crônicas causadas principalmente pelo estilo de vida inadequado foram responsáveis por 49% dos 35 milhões de falecimentos de 2005, segundo a OMS.

Conforme Mansur et al. (2006, p. 116) “ O Infarto agudo do miocárdio (IAM) é a necrose de uma amostra do músculo cardíaco causado pela interrupção de fluxo sanguíneo nas artérias coronárias que nutrem o coração. O diagnóstico precoce é fator fundamental para a redução da mortalidade e das possíveis sequelas para o paciente.”

No Brasil, segundo estimativa do Ministério da Saúde, ocorrem cerca de 300 mil infartos por ano, provocando cerca de 80 mil mortes e permanecem como a primeira causa de mortalidade proporcional, responsáveis por 29% dos óbitos em 2010(DATASUS - Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde).

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1.1 Sinais e sintomas do infarto agudo do miocárdio

Os sintomas de um Infarto Agudo do Miocárdio são de dor no meio do peito em aperto, que se irradia para os braços mais frequentemente do lado esquerdo do corpo que pode variar de fraca a muito forte, dor no pescoço e costas, ardor no peito, muitas vezes confundido com azia, desconforto estomacal, alterações na frequência cardíaca, fraqueza muscular generalizada, sudorese, náuseas, vômito, palidez, tontura e desmaio, ansiedade e agitação.

Os fatores que aumentam o risco para o desenvolvimento dessa doença podem ser controlados como: hipertensão arterial, tabagismo, colesterol alto, sobrepeso e obesidade, diabetes mellitus, má-alimentação e sedentarismo. E também há fatores que não podem ser controlados como os de aspecto genético, se na família existem casos de infarto, angina ou com operação de coração abaixo de 60 anos há um risco maior de o indivíduo desenvolvê-lo.

1.2 Obesidade

A obesidade é um dos maiores fatores de risco para o Infarto Agudo do miocárdio e deve ser controlado com seriedade, pois o excesso de gordura na região abdominal está correlacionado com outras doenças como o diabetes mellitus, hipertensão, elevado nível de colesterol e triglicerídeos, doenças coronarianas e síndromes metabólicas.

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Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo “A obesidade pode ser definida como o acúmulo de tecido gorduroso localizado ou generalizado, provocado por desiquilíbrio nutricional associado a distúrbios genéticos ou endócrino-metabólicos”.

Cerca de 250 milhões de pessoas no mundo apresentam sobrepeso ou obesidade, sendo que quase todos os países sofrem dessa epidemia, inclusive o Brasil. Dados do Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, realizada pelo Ministério da Saúde) apontou que 17,5% dos brasileiros estão obesos e 50,8% com sobrepeso.

1.3 Hipertensão

A hipertensão arterial é uma doença que se caracteriza por níveis elevados de pressão arterial e alterações no metabolismo do organismo, nos hormônios e musculatura cardíaca. Na maioria dos casos o fator genético contribui para o aparecimento dessa doença e também uma alimentação inadequada rica em sódio, gordura excessiva e álcool. Essa doença contribui para o desencadeamento do infarto agudo do miocárdio e do acidente vascular cerebral (AVC).

De acordo com as IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão (2010, p. 2):

A hipertensão arterial é um dos grandes problemas de saúde pública no Brasil e no mundo. Associa-se frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com consequente aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais.

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1.4 Diabetes mellitus

O diabetes é uma síndrome metabólica que vem atingindo milhares de homens e mulheres em todo mundo, suas causas são multifatoriais e é caracterizada por decorrente falta de insulina no sangue ou incapacidade da mesma exercer seus efeitos, provocando aumento no nível de glicose no sangue.

Existem dois tipos de Diabetes, a do tipo 1 que geralmente aparece na infância onde o corpo produz pouca ou nenhuma insulina e sua principal causa é hereditária, 10% dos diabéticos têm a do tipo 1. Tipo 2 que ocorre em 90 ou 95% dos casos e é chamada de doença adquirida, pois sua causa é a má-alimentação e excesso de peso, ocorre na fase adulta.

O corpo produz insulina após uma refeição com doces e carboidratos, que são degradados e transformados em glicose, porém esta insulina, por estar “defeituosa”, não consegue colocar toda glicose que está circulante no sangue para dentro das células. O sangue fica com excesso de glicose e com o tempo aparece o Diabetes. De fato o risco relativo de morte por eventos cardiovasculares, ajustados para a idade, em diabéticos é três vezes maior do que a população em geral (STAMLER et al., 1993, p. 434-44.).

1.5 Tabagismo

Segundo Rosemberg (2004, p.73) “A nicotina é a droga psicoativa que mais causa dependência”. Eleva o ritmo cardíaco e a pressão arterial diminuindo a espessura dos vasos sanguíneos. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS) o tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo.

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A nicotina diminui a espessura dos vasos sanguíneos e o monóxido de carbono reduz a concentração de oxigênio no sangue. Assim, o fumante está mais sujeito a vários problemas relacionados à circulação, como aneurismas favorecendo os derrames e tromboses.

De acordo com Rosemberg (2004, p. 74, 75):

A estreita vinculação da nicotina com o infarto do miocárdio se expressa pelos estudos que compararam infartados que continuaram fumando com os que abandonaram o tabaco. Nos primeiros, a incidência de novo infarto foi em torno de 80% maior que nos segundos. Nos que deixam definitivamente de fumar, o risco de morrer por infarto cai 30% ao cabo de 1 ano, sendo metade aos 5 anos. Ao cabo de 10 anos, o risco de mortalidade por infarto se iguala com os que jamais fumaram.

Conforme as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2009, p.e 232):

O consumo de tabaco é o maior fator de risco cardiovascular isolado na população mundial e constitui um fator de risco independente para o infarto agudo do miocárdio. Consequentemente, seu abandono também tem o maior potencial de benefícios na prevenção da doença cardíaca.

Por todas as fontes citadas podemos ter uma ideia de muitos malefícios que o uso do cigarro pode causar especialmente aqueles relacionados ao infarto agudo do miocárdio.

1.6 Sedentarismo

Com os avanços da tecnologia conseguiu-se melhorar muito o conforto da vida da população em geral, pode-se contar com serviços de trens, carros, motocicletas para deslocamento para o trabalho por exemplo. Em casa não é preciso levantar do sofá para trocar o canal da televisão, pode-se pedir refeições por

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telefone, sem a necessidade de deslocar-se até o supermercado para comprar e preparar as refeições. Todos esses confortos trazem uma enorme desvantagem que é a diminuição do gasto de energia no dia a dia e os indivíduos acabam tornando-se sedentários.

O sedentarismo pode acarretar o aparecimento de várias outras doenças, como a hipertensão, obesidade, diabetes e níveis elevados de triglicerídeos, portanto é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares.

O sedentarismo, reconhecido como importante fator de risco para doenças cardiovasculares é definido como a falta ou a grande diminuição de atividade física. O estilo de vida sedentário, assim como o tabagismo, a hipertensão arterial, a dislipidemia e a obesidade, são considerados os principais fatores de risco para a morte súbita, estando na maioria das vezes associado, direta ou indiretamente, às causas ou ao agravamento da grande maioria das doenças (CARVALHO et al., 1996 p. 79).

1.7 Estresse

Conforme Lipp, (2000, p.12), “stress pode ser definido como um estado de tensão que causa uma ruptura no equilíbrio interno do organismo, ou seja, um estado de tensão patogênico do organismo”.

Um indivíduo que se estressa constantemente e vive essa tensão diária libera descargas extras de adrenalina e cortisol pelo corpo. Quando esta adrenalina entra na corrente sanguínea os seus efeitos são taquicardia e aumento da pressão arterial. Se o mesmo for hipertenso, o coração irá trabalhar muito mais do que em condições normais, tendo afetada a sua própria circulação coronariana. Essas alterações hormonais desencadeiam os sintomas e doenças como úlceras, gastrites, insônia, irritabilidade e também está relacionada a outras doenças como a hipertensão, elevado níve

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Lipp (2000, p. 14) ainda descreve: “Não é o stress que causa essas doenças, mas ele propicia o desencadeamento daquelas para as quais a pessoa já tinha uma predisposição ou, ao reduzir a defesa imunológica, ele abre espaço para doenças oportunistas se manifestem”.

1.8 Efeitos fisiológicos do exercício físico

Conforme Godoy (1997 p. 71) “Os efeitos fisiológicos do exercício físico podem ser classificados em agudos imediatos, agudos tardios e crônicos”.

Os efeitos agudos imediatos acontecem imediatamente no início da atividade física como o aumento da frequência cardíaca, ventilação pulmonar e sudorese. Após as primeiras 24 horas ocorrem os efeitos agudos tardios como a diminuição da resistência à insulina para diabéticos, redução discreta da pressão arterial em hipertensos; E os efeitos agudos tardios e crônicos são descritos por Godoy (1997 p. 71):

Denominados adaptações, são aqueles que resultam da exposição frequente e regular às sessões de exercício, representando os aspectos morfofuncionais que diferenciam um indivíduo fisicamente treinado, de um outro sedentário.

Também como resultados crônicos do exercício em indivíduos que exercitam-se com frequência pode-se citar a redução do percentual de gordura corporal, o ganho ou incremento de força, flexibilidade, tônus muscular, aumento da massa magra e densidade óssea, além dos efeitos psicológicos e sociais, com a melhoria da autoestima, autoimagem e socialização.

Segundo as Diretrizes para Reabilitação Cardíaca da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2009 p. 432), “os objetivos da reabilitação cardíaca são melhores

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alcançados por meio da prática do exercício físico, acompanhada de ações educacionais voltadas para mudanças no estilo de vida”.

Ainda de acordo com a mesma (2009 p.432):

A realização do exercício constitui um estresse fisiológico para o organismo em função do grande aumento da demanda energética em relação ao repouso, o que provoca grande liberação de calor e intensa modificação do ambiente químico muscular e sistêmico. Consequentemente, a exposição regular ao exercício ao longo do tempo (treinamento físico) promove um conjunto de adaptações morfológicas e funcionais que conferem maior capacidade ao organismo para responder ao estresse do exercício.

1.9 Princípios do condicionamento cardiovascular

De acordo com Delisa et al., (2002, p. 1418) os quatro fatores fundamentais que devem ser respeitados no momento da prescrição do processo de reabilitação cardíaca são:

Princípio da sobrecarga, onde um exercício para ser eficaz em aumentar o condicionamento, precisa ser a um nível de trabalho maior do que aquele no qual o indivíduo usualmente desempenha;

Princípio da especificidade onde cada tipo de exercício produz uma adaptação metabólica e fisiológica específica que resulta em um efeito específico de treinamento;

Variação individual onde o treinamento deve ser individualizado de acordo com as capacidades e necessidades da pessoa;

Princípio da Reversibilidade, os efeitos benéficos do treinamento não são permanentes. As melhoras atingidas começam a desaparecer apenas duas semanas depois da cessação do exercício, e a metade dos ganhos pode ser perdida em apenas cinco semanas.

1.10 Reabilitação cardíaca após infarto agudo do miocárdio

A reabilitação cardiovascular é designada como o processo de restabelecer o indivíduo com problemas cardíacos ao seu nível máximo de atividades, compatível com a capacidade funcional do seu coração (FARDY ; YANOWITZ e WILSON, 2004).

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Conforme a OMS (1964) “a reabilitação cardíaca é um conjunto de atividades necessárias para assegurar aos pacientes cardiopatas uma condição física, mental e social, permitindo assim retomar suas atividades na comunidade e ter uma vida ativa e produtiva”.

A prevenção secundária de uma lesão cardiovascular tem como objetivo principal a reabilitação do paciente após um evento, diminuindo os fatores de risco e estresse, melhorando sua capacidade cardiorrespiratória e ainda fortalecendo a musculatura, e dando maior resistência para a realização de tarefas diárias, prolongando sua vida com qualidade. Todo o programa de reabilitação cardíaca deve ser organizado e planejado de forma individualizada levando em conta suas características clínicas, fatores de risco, idade e capacidade funcional. “Os programas de exercícios podem ser contra indicados se alguma condição desfavorável como arritmias incontroláveis, tromboflebite, miocardite, entre outras forem constatadas” (MARQUES, 2004 p. 21).

Os programas de reabilitação cardíaca devem ser realizados por equipes multiprofissionais compostas por médicos cardiologistas que irão supervisionar os mesmos, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, profissionais de enfermagem, terapeuta ocupacional e profissional de educação física. A respeito da equipe multidisciplinar Godoy (1997, p.288) diz que a mesma deverá abordar todos os aspectos que envolvam a vida do cardiopata, isto é, psicológicos, físicos e sociais para que o indivíduo possa ter uma melhor resposta frente ao programa de recuperação.

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Sobre a reabilitação cardíaca Godoy (1997b, p.48), afirma que:

O treinamento físico tem como efeito fundamental a propriedade de aumentar a absorção pulmonar de oxigênio, facilitando o seu aproveitamento tecidual. O condicionamento físico possibilita, de maneira gradual, para cada batimento do coração, no mesmo volume de sangue, a absorção de mais oxigênio. Essa proporção maior de oxigênio no sangue permite ao coração bater menos vezes por minuto, mantendo o mesmo nível de oxigenação sanguínea sistêmica.

Na fase I exercícios simples e básicos são orientados por fisioterapeuta, com o objetivo de limitar os efeitos fisiológicos e psicológicos da doença cardíaca, controle dos sintomas da mesma, mostrando ao paciente como realizar as atividades como tomar banho, sentar numa cadeira ou até mesmo exercícios de mobilidade feitos na própria cama do quarto do hospital. É composta por atividades de baixa intensidade e devem ser observados sinais e sintomas como anginas, arritmias, sinais de baixo débito, tonturas, dispneia. Recomenda-se que o pulso não aumente mais do que 20bpm em relação ao repouso. (Arquivos Brasileiros de Cardiologia, volume 64,(n°3) 1995).

O programa de reabilitação cardíaca está organizado em quatro fases, a primeira fase inicia-se ainda no hospital na fase aguda do infarto objetivando reduzir os efeitos deletérios de prolongado repouso no leito, o controle das alterações psicológicas e a redução da permanência hospitalar (GODOY, 1997).

“Sempre devem existir recursos para a correta determinação da frequência cardíaca e verificação de pressão arterial, além da possibilidade de eventual verificação da saturação de oxigênio, determinação da glicemia” (Revista Brasileira da Sociedade de Cardiologia. 2010).

Para monitorar a atividade utiliza-se a Escala de Borg, para a classificação da percepção subjetiva da intensidade do esforço, onde o indivíduo utiliza a escala que pode iniciar com numeração de 1 a 10 representando respectivamente

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intensidade muito, muito fácil até exaustivo apontando sua própria percepção de esforço. Este recurso é muito importante em casos onde o indivíduo faz uso de fármacos Betabloqueadores, pois os mesmos alteram diretamente a frequência cardíaca diminuindo-a, para maior segurança para prescrição de treinamento deverá ser realizada anamnese bem como teste ergométrico ou ergoespirométrico para definir a intensidade do exercício, respeitando a individualidade do beneficiário.

A fase II deverá também ser realizada em ambiente hospitalar e com supervisão médica e como ato contínuo da fase I, ocorre 24 horas após alta hospitalar e consiste em exercícios supervisionados e desenvolvidos de acordo com a capacidade do paciente, onde também se desenvolve a auto percepção a fim de que o mesmo consiga identificar a frequência cardíaca, o esforço e sintomas como arritmias. O programa de exercícios deve ser individualizado, em termos de intensidade, duração, frequência, modalidade de treinamento e progressão.

Na fase III o objetivo é alcançar melhores níveis de função física, mental, emocional e social, com continuo acompanhamento de profissionais de educação física, fisioterapia e medicina, de forma integrada, incentivando o indivíduo a adotar a atividade física para o resto de sua vida, alimentação adequada, controle do estresse e interrupção do tabagismo.

Conforme Gardenghi e Dias (2004 p. 388) “na terceira fase do processo de reabilitação, o exercício pode ser realizado fora do ambiente hospitalar, objetivando evitar a evolução da doença e também novos episódios de doença cardiovascular”.

Para Godoy (1997 p. 276 – 277) “Em programas de atividade física, visando a saúde e a qualidade de vida, devem estar incluídas: resistência aeróbia, resistência muscular localizada (RML) e flexibilidade”.

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O tratamento é constituído de três etapas sendo elas o aquecimento com duração de 5 a 10 minutos, com exercícios de alongamento, dinâmicos aeróbios e de coordenação, associados a exercícios respiratórios, que tem como objetivo preparar o corpo para a atividade física, aumentando o fluxo sanguíneo, o sistema cardiorrespiratório e a elevação da temperatura corporal.

Parte principal ou de condicionamento que, de acordo com Marques (2004 p. 26), tem como objetivo exercitar o paciente a uma frequência cardíaca programada a fim de obter efeito de treinamento. “Os exercícios aeróbicos, rítmicos e dinâmicos são enfatizados e planejados de maneira a exercitar os grupos musculares das extremidades superiores e inferiores e compõem-se de caminhadas, exercícios de flexibilidade e exercícios de força”.

De acordo com Godoy (1997, p. 277):

A resistência aeróbia utiliza-se de exercícios dinâmicos, realizado sem condições de equilíbrio de oferta e demanda de oxigênio, intensidade moderada, tempo prolongado e envolvimento de grandes grupos musculares. Condições que são obtidas com exercícios cíclicos como andar, correr, pedalar, nadar, etc., que favorecem os ajustes metabólicos necessários para o desenvolvimento de adaptações fisiológicas relacionadas com a manutenção da saúde.

Ainda segundo o mesmo autor,

Para o treinamento de resistência muscular localizada (RML) o exercício deve ser preferencialmente, dinâmico com sobrecargas associados e aplicadas entre as séries e os números de repetições. Evitar exercícios com pesos com grande intensidade, pois os mesmos geram grande tensão muscular e podem produzir o aumento da pressão arterial diastólica e bloqueio respiratório.

Este bloqueio respiratório eleva a pressão e pode desencadear uma reação negativa quanto ao exercício. Para Gardenghi, Dias, (2007, p. 391),

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O exercício físico em programas de reabilitação cardiovascular deve privilegiar o uso de grandes grupos musculares, escolhendo-se atividades que possam ser mantidas por período de tempo prolongado de forma rítmica. Nesse grupo de exercícios enquadram-se atividades como caminhadas, corrida, natação e ciclismo.

Parte final ou desaquecimento que têm por objetivo prevenir o acúmulo de ácido lático nos músculos, auxiliar no retorno da pressão arterial aos níveis de repouso e no relaxamento das estruturas envolvidas na atividade anteriormente executada.

Godoy (1997, p. e277), coloca que:

Nos programas de treinamento, tanto preventivo como de reabilitação, devem estar incluídos exercícios de flexibilidade e alongamento, pois eles facilitam as atividades cotidianas, particularmente em relação ao trabalho onde estão envolvidas as regiões lombares e parte posterior de coxa.

Para Marques (2004 p. 27) “Os exercícios de relaxamento podem ser realizados no final do desaquecimento, e reduzir a frequência cardíaca, a pressão arterial e a incidência de arritmias cardíacas”.

A Fase IV é considerada de manutenção ou preventiva onde o indivíduo tem o compromisso de continuar a realizar atividade física e demais cuidados com seu estilo de vida em rua rotina, o acompanhamento dos profissionais é menos rigorosa, porém sempre necessária, pois trará maior segurança e benefícios a ele.

1.11 Os profissionais de educação física e sua intervenção no processo de recuperação e tratamento de infartados

O Profissional de Educação Física têm uma área de atuação relativamente nova, onde há alguns anos parecia-se inimaginável o mesmo trabalhando

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juntamente com profissionais da Medicina e Fisioterapia em ambiente hospitalar e clínicas de reabilitação, auxiliando em programas de reabilitação cardíaca.

Essa exclusão dos profissionais de educação física em trabalhos dessa natureza não é justificável, afinal ele é especialista em exercícios físicos que comprovadamente através de todas as evidências das fontes citadas nesse estudo, acarretarão benefícios físicos, psicológicos e sociais a seus praticantes, não só como forma de tratamento, mas, também na prevenção dos fatores de risco que poderão acarretar novo evento cardíaco.

Através da legislação do Conselho Regional de Educação Física da 2ª região – Cref2/RS, capítulo II do Campo e da Atividade Profissional define que:

Art. 7º O Profissional de Educação Física é especialista em atividades físicas, nas suas diversas manifestações - ginásticas, exercícios físicos, desportos, jogos, lutas, capoeira, artes marciais, danças, atividades rítmicas, expressivas e acrobáticas, musculação, lazer, recreação, reabilitação, ergonomia, relaxamento corporal, ioga, exercícios compensatórios à atividade laboral e do cotidiano e outras práticas corporais, sendo da sua competência prestar serviços que favoreçam o desenvolvimento da educação e da saúde, contribuindo para a capacitação e/ou restabelecimento de níveis adequados de desempenho e condicionamento fisiocorporal dos seus beneficiários, visando à consecução do bem-estar e da qualidade de vida, da consciência, da expressão e estética do movimento, da prevenção de doenças, de acidentes, de problemas posturais, da compensação de distúrbios funcionais, contribuindo ainda, para consecução da autonomia, da autoestima, da cooperação, da solidariedade, da integração, da cidadania, das relações sociais e a preservação do meio ambiente, observados os preceitos de responsabilidade, segurança, qualidade técnica e ética no atendimento individual e coletivo.

A legislação do Conselho Federal de Educação Física – CONFEF ampara a atuação do profissional de educação física em equipes multiprofissionais através da Lei Federal n° 9696/98 de 01 de setembro de 1998:

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Art. 3º Compete ao Profissional de Educação Física coordenar, planejar, programar, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, avaliar e executar trabalhos, programas, planos e projetos, bem como prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria, realizar treinamentos especializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas de atividades físicas e do desporto.

O profissional de Educação Física por ser especialista na área da saúde em avaliar, programar e orientar programas de exercícios físicos para todas as populações deverá estar presente desde a primeira fase de reabilitação, onde seu olhar técnico e objetivo somado aos conhecimentos de profissionais de outras áreas elevarão as potencialidades do programa. Poderá também ensinar ao indivíduo os benefícios que a atividade física regular e a mudança no seu estilo de vida proporcionarão a ele.

De acordo com Godoy (apud Cortez J.AA 1978 p. 231) “Cabe ao professor explicar ao paciente as diferenças entre atividade física e esporte. Estes esclarecimentos permitem-lhe justificar a escolha do tipo de exercício mais adequado, considerando-se tanto as suas preferências como as suas limitações”.

O Profissional de Educação Física será o responsável por elaborar programas de exercício físico supervisionado de maneira estruturada, respeitando a individualidade do beneficiário para que o mesmo consiga melhorar seu condicionamento físico, aptidão física, habilidades motoras, que conquiste sua independência e adoção de um estilo de vida saudável e melhore por consequência sua qualidade de vida.

É ele que define qual será a atividade física mais indicada para cada indivíduo, orientando-o quanto a forma de realizar o exercício e suas variáveis como a intensidade, sobrecarga, duração, frequência semanal e progressão do esforço. Também é de sua responsabilidade motivar o beneficiário trazendo atividades

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recreativas que proporcionem a sensação de bem estar e socialização, contribuindo para a redução do estresse e das tensões referentes à insegurança que o evento cardíaco trouxe ao mesmo.

Conforme Godoy (1997, p. 277):

Embora o envolvimento médico situe-se aparentemente na fase de seleção do indivíduo, é importante sua participação, de maneira contínua, com o professor de educação física. De acordo com a complexidade do serviço durante todas as fases de RCV, a esses profissionais somam-se especialistas nas áreas fisioterapia, enfermagem, nutrição, fisiologia, psicologia e etc.

Para a correta intervenção do Profissional de Educação Física é necessário que o mesmo tenha conhecimento a respeito da patologia e condições clínicas que se encontra o indivíduo, estas informações serão importantes para que o profissional possa programar uma rotina de treinamento onde os benefícios sejam maiores que os riscos, adaptando a Frequência Cardíaca de Treinamento (FCT) das atividades conforme os resultados de testes de consumo máximo de oxigênio(VO²Máx).

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CAPÍTULO II

2. METODOLOGIA DA PESQUISA

No presente capítulo apresentamos como a pesquisa foi estruturada, material e métodos utilizados para que a mesma pudesse atingir o objetivo norteador do estudo e ter validade teórica.

2.1 Tipo de pesquisa

Gil (1991) cita a pesquisa descritiva que visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática. A abordagem do problema é qualitativa, não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas.

2.2 População e amostra

A amostra foi composta por 4 médicos cardiologistas de ambos os sexos, que atuam nos municípios de Horizontina e Santa Rosa- RS. Alegando falta de tempo e outros motivos, muitos profissionais deixaram de participar da pesquisa, dificultando a realização da mesma e diminuindo consideravelmente a amostra, porém, os que aceitaram responder as perguntas, o fizeram de maneira bastante solícita, colaborando com os resultados

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2.3 Procedimentos de coleta de dados

Os dados foram coletados pela própria pesquisadora, com visitas em consultórios e clínicas onde os profissionais selecionados atuam, a partir de uma conversa, a maioria preferiu responder as perguntas do questionário em momento de descanso que posteriormente foram entregues pelas secretárias.

2.4 Instrumento de coleta de dados

Os dados foram coletados através de um questionário com perguntas abertas (ANEXO A) para obtenção da opinião dos médicos cardiologistas sobre a atuação dos Profissionais de Educação Física em programas de recuperação e manutenção cardiovascular de indivíduos acometidos pelo Infarto Agudo do Miocárdio.

2.5 Análises dos dados

Os dados foram analisados de forma qualitativa, onde se buscou interpretar as respostas dos entrevistados e a partir disso descreveu-se e discutiu-se com a literatura referente ao tema estudado.

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CAPÍTULO III

3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Neste capítulo serão analisados e discutidos os dados referentes ao questionário aplicado aos médicos cardiologistas, contendo questões relacionadas ao tema da pesquisa.

3.1 Análise da questão Número 1: Há quanto tempo o Senhor exerce a profissão?

Quando perguntados com relação à questão número 1 que aborda o tempo de exercício da profissão observou-se tempos variados entre 10 a 30 anos de exercício profissional. Constatando-se com isso que os médicos já tem um bom percurso profissional, sendo assim podem ter opinião formada com relação ao tema da pesquisa.

3.2 Análise da questão Número 2: Qual o seu entendimento referente à recuperação e manutenção da saúde dos sujeitos infartados? Em sua opinião como ela deve se dar?

Com relação à essa questão todos os entrevistados responderam que a recuperação deve ser feita a partir de certos cuidados levando em consideração a individualidade e o estado clínico de cada paciente.

Segundo o entrevistado 1, o paciente na recuperação deve passar por duas fases sendo a primeira repouso absoluto e a segunda retorno lento e gradual às atividades anteriores, já na manutenção o entrevistado respondeu a necessidade de

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exercício físico orientados, individualizados, progressivos, de 3 a 5 vezes na semana, também citou que a dieta deve ser pobre em gorduras e carboidratos.

Com relação a essa questão o entrevistado 2 respondeu que além do tratamento medicamentoso é importante à prática de atividade física monitorada para a melhoria da capacidade funcional, citando que a mesma auxilia no controle de alguns fatores de risco para doença cardiovascular (obesidade, hipertensão e sedentarismo). Segundo esse entrevistado a atividade física deve se basear na classificação dos pacientes com relação aos riscos (baixo, moderado e alto risco) a partir de alguns indicadores como capacidade funcional, disfunção ventricular, presença de arritmia.

Conforme o entrevistado 3, o paciente infartado deve, após a fase de cicatrização e após testes funcionais que estratificam os riscos e definem limites físicos, iniciar as atividades físicas com a finalidade de melhorar a classe funcional.

O entrevistado 4 respondeu que a reabilitação cardíaca é muito importante, tanto para os que tiveram evento isquêmico coronariano, como para os que já se submeteram à cirurgia cardíaca, colocando a necessidade de cuidados e meios para melhor segurança e maior eficiência do trabalho de reabilitação dos pacientes, citando ainda a importância de equipamentos e profissionais treinados para a situação.

Conforme a análise das respostas observou-se que todos os entrevistados citaram que na reabilitação cardíaca o exercício físico moderado é importante após a fase de recuperação (repouso absoluto, cicatrização) para a melhoria da capacidade funcional, desde que seja estratificado o risco para o paciente. Estas respostas corroboram a pesquisa de Godoy (1997, p. 244), o qual diz que “com base na evolução clínica da fase aguda, no ecocardiograma, nos exames laboratoriais e nos

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resultados do teste ergométrico precoce, pode-se estratificar o risco desses pacientes para reabilitação cardíaca”.

Com relação à melhoria da capacidade funcional, citada pelos entrevistados, Godoy (1997, p. 244) afirma que o “exercício físico pode aumentar a capacidade da função cardiovascular e diminuir a demanda de oxigênio miocárdico para um determinado nível de atividade física”. Ainda sobre o mesmo assunto, Pozzan, Cruz, Castier, et al. (1988, p. 305) afirmam que “...a atividade física regular é o princípio básico de um programa de reabilitação cardíaca.”, e que se o exercício físico for realizado com metodologia segura, é capaz de produzir alterações significativas. Os autores, concluem afirmando que desta forma, o exercício físico contribui para a terapêutica empregada no controle, prevenção e reabilitação dos cardiopatas, pois conforme a literatura da área da Educação Física, exercícios físicos ajudam na melhoria da capacidade funcional.

3.3 Análise da questão Número 3: Na sua formação em Medicina teve algum componente curricular que abordasse a prática de Exercício Físico como forma de recuperação de sujeitos infartados?

Os entrevistados em sua totalidade responderam que não tiveram componente curricular que abordou a prática de Exercício Físico como forma de recuperação de indivíduos infartados, porém o entrevistado número 4 afirmou que teve certo contato com o tema durante sua residência em Cardiologia, mas o que aprendeu partiu, principalmente, de seu interesse pessoal.

Ao se analisar as respostas dos entrevistados constata-se que a formação acadêmica dos mesmos é mais voltada a prevenção, porem também estão preparados para acompanhar os pacientes nas fases I e II, pós-evento cardíaco, sendo que após essas, os sujeitos infartados são liberados para outras fases do

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tratamento, onde abre-se espaço para a atuação dos Profissionais de Educação Física, pois, sua formação acadêmica o torna apto em planejar e orientar programas de exercícios físicos que é um dos principais pilares da reabilitação cardíaca, provocando adaptações fisiológicas benéficas ao indivíduo.

Com relação às adaptações fisiológicas provocadas pelo exercício físico o Consenso Nacional de Reabilitação Cardiovascular (1997, p.274), observa que diversas variáveis são beneficiadas, entre elas:

Diminuição dos níveis de Frequência Cardíaca em repouso, frequência cardíaca de esforço submáximo, pressão arterial sistêmica, lipídeos sanguíneos, triglicérides sanguíneos, grau de estresse, tabagismo, índice de mortalidade, sensação de fadiga, colesterol sanguíneo, nível de isquemia para carga semelhante, nível de epinefrina em repouso, nível de epinefrina e norepinefrina em exercício, resposta simpática, resposta vasoconstritora; aumento ou melhora de outras variáveis como a tolerância ao esforço, tolerância à glicose, fração HDL colesterol, estado psicológico, capacidade cardiorrespiratória, intensidade da carga para o mesmo duplo produto, efetividade da revascularização miocárdica, relacionamento pessoal.

Considerando as respostas dos entrevistados, é possível afirmar que o conhecimento do profissional de Educação Física é importante para a recuperação dos sujeitos infartados, tendo em vista o relatado pelos médicos entrevistados.

3.4 Análise da questão Número 4: O Senhor orienta à prática de Exercício Físico?

Nessa questão, referente à orientação à prática do Exercício Físico, a totalidade dos entrevistados respondeu que faz essa orientação. Quanto a essa questão o entrevistado número 1 afirmou que em pacientes infartados orienta que retornem de forma lenta e gradual a atividade física após trinta dias do evento inicial.

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O entrevistado número 3 cita que o exercício físico reduz a incidência de doenças cardíacas e o entrevistado número 4 orienta a prática do exercício físico tanto para pacientes portadores de doenças cardíacas (como trabalho de prevenção secundária) quanto para aqueles sem doença estabelecida (trabalho de prevenção primária). O entrevistado numero 2, não referiu nenhuma orientação referente a questão, somente que faz orientação pra que seus pacientes pratiquem Exercício Físico.

Ao fazer a análise das respostas percebe-se que há um consenso dos médicos cardiologistas ao afirmarem a relevância do exercício físico monitorado e devidamente programado de acordo com o estado clínico, evolução do quadro, individualidade biológica para o tratamento de seus pacientes, tanto para prevenção primária como para trabalho de prevenção secundária. Quanto às afirmações dos entrevistados, pode-se inferir que existe um conhecimento já desenvolvido, sobre os benefícios do EF, mesmo que não tenham tido nenhuma disciplina no curso que os orientasse a esse entendimento.

3.5 Análise da questão Número 5: Qual sua opinião acerca do trabalho do Profissional de Educação Física na recuperação e manutenção da saúde dos sujeitos infartados?

Com relação a questão numero 5, os entrevistados responderam que entendem ser importante a presença de Profissionais de Educação Física na reabilitação dos pacientes infartados, nesse sentido o entrevistado número 1 respondeu que é um trabalho muito necessário, pois, os pacientes não sabem dimensionar a carga de exercícios recomendados e muitos têm medo, ainda cita que ás vezes é necessário que se faça uma ergometria com carga baixa para avaliar a resposta do indivíduo ao exercício.

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Ainda sobre essa questão o entrevistado número 2 cita que após avaliação para estratificação do risco do paciente o acompanhamento do indivíduo por um Educador Físico é fundamental.

Com relação à mesma questão o entrevistado número 3 afirma que o trabalho do Educador Físico é muito importante, porém, ele observa que o mesmo, e demais profissionais como médicos não tem uma formação voltada especificamente para a reabilitação cardiovascular, com raras exceções.

O entrevistado número 4 entende que o trabalho da reabilitação cardíaca é multidisciplinar, dessa forma o Educador Físico deve estar integrado a Fisioterapeutas, Enfermeiros e Médicos no atendimento a pacientes em reabilitação. Cita ainda que a capacitação desses profissionais é fundamental para que se obtenham melhores resultados.

Conforme resposta dos entrevistados, percebeu-se que eles entendem que o trabalho do profissional de Educação Física é importante para a melhoria das condições físicas dos sujeitos infartados, porém, que como todo profissional da saúde que irá atuar com o respectivo público, deverá estar capacitado para que os resultados atingidos sejam os melhores possíveis, tendo conhecimento a respeito da fisiopatologia do Infarto Agudo do Miocárdio, bem como, de doenças crônicas – degenerativas que o indivíduo está acometido.

3.6 Análise da questão número 6: O Senhor conhece algum local de prática de exercícios físicos na região que possa indicar como referência para os infartados que atende? Onde?

Com relação a essa questão o entrevistado número 2 afirmou não ter conhecimento e os demais entrevistados disseram conhecer e indicar o Laboratório de Promoção à Saúde e Qualidade de Vida do curso de Educação Física da

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Universidade Regional do Noroeste do Estado – Unijuí, localizado na cidade de Santa Rosa – RS.

O entrevistado número 1 cita que já indicou o Laboratório referido para alguns de seus pacientes, mas, que o mesmo encontra-se com as vagas preenchidas.

Sobre essa questão o entrevistado número 3 observou que ocorreram excelentes resultados em pacientes que participam do programa supervisionado da Unijuí, onde em todos os pacientes houve melhora da capacidade funcional.

O entrevistado número 4 afirma que já indicou esse serviço para alguns de seus pacientes, declarando ainda que atualmente há poucos centros que realizam esse trabalho, mesmo nas capitais do Brasil.

Ao analisar as respostas dadas nessa questão constata-se que não há nenhum espaço multiprofissional especializado que atenda ao grande grupo de sujeitos que sofreram um evento cardíaco, comprometendo dessa forma sua recuperação, bem como abre espaço para a atuação do Profissional de Educação Física capacitado para tal.

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A partir do referencial teórico deste estudo foi possível comprovar que o exercício físico é fundamental para a recuperação e manutenção de sujeitos infartados, destacando-se os benefícios apresentados na adoção do mesmo em um programa de reabilitação cardíaca. Esses benefícios são possíveis graças às alterações fisiológicas que ocorrem com efeitos agudos e crônicos do organismo em resposta ao exercício físico. Também resultam em melhorias no aspecto psíquico e social, contribuindo para o alívio dos sintomas de ansiedade, melhorando a autoestima, autoimagem, prevenindo doenças crônicas - degenerativas, que são fatores de risco para o Infarto Agudo do Miocárdio e otimizando o condicionamento cardiovascular, prevenindo um novo evento cardíaco.

As análises, ainda levam-nos a concluir que a formação acadêmica dos entrevistados os prepara para atuação na prevenção e tratamento da fase aguda do Infarto do Miocárdio, e que os entrevistados tem o entendimento que o trabalho de reabilitação/recuperação deverá ser realizado por equipe multiprofissional capacitada e integrada em suas intervenções.

Também, concluiu-se que os entrevistados dão importância aos Exercícios Físicos como fator de reabilitação, desde que sejam estratificados os riscos dos pacientes, recomendando que os exercícios físicos devam ter intensidade moderada.

Ainda pode-se concluir que a formação dos profissionais não contempla disciplinas que abordam qualquer tipo de conhecimento referente à prática de exercício físico como fator de reabilitação ou recuperação de sujeitos infartados.

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As análises levam a concluir que os entrevistados entendem ser importante a atuação do profissional de Educação Física, tendo em vista que os pacientes não sabem mensurar as intensidades de prática, porém salientam que é necessário que o profissional esteja capacitado para o trabalho a ser executado.

Através do presente estudo houve a constatação da carência de espaços multiprofissionais voltados a atender ao público referido, bem como a carência de Profissionais de Educação Física que sirvam de referência para esse tipo de trabalho na região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, abrindo-se dessa maneira um nicho de mercado com um grande potencial de desenvolvimento até agora pouco explorado.

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ANEXO A – QUESTIONÁRIO APLICADO AOS MÉDICOS CARDIOLOGISTAS

Este questionário faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso de Bacharelado em Educação Física da UNIJUÍ, solicitamos que responda com a maior sinceridade. Os dados serão sigilosos e utilizados somente para o trabalho referido.

Obrigado.

Santa Rosa, Outubro de 2014.

Questionário

1 - Há quanto tempo o Senhor exerce a profissão?

2 - Qual o seu entendimento referente à recuperação e manutenção da

saúde dos sujeitos infartados? Em sua opinião, como ela deve se dar?

3 - Na sua formação em Medicina teve algum componente curricular que

abordasse a prática de Exercício Físico como uma forma de recuperação de sujeitos infartados?

4 - O Senhor orienta à prática de Exercício Físico?

5 - Qual sua opinião acerca do trabalho do Educador Físico na recuperação

e manutenção da saúde dos sujeitos infartados?

6 - O Senhor conhece algum local de prática de exercícios físicos na região

Referências

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