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Análise da deformação dinâmica de um contator eletromecânico utilizando redes de Bragg em fibra óptica

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE TECNOL ´OGICA FEDERAL DO PARAN ´A DEPARTAMENTO ACAD ˆEMICO DE EL ´ETRICA

CURSO DE ENGENHARIA EL ´ETRICA

JEAN CARLOS GALON

AN ´

ALISE DA DEFORMAC

¸ ˜

AO DIN ˆ

AMICA DE UM

CONTATOR ELETROMEC ˆ

ANICO UTILIZANDO REDES

DE BRAGG EM FIBRA ´

OPTICA

TRABALHO DE CONCLUS ˜AO DE CURSO

PATO BRANCO 2018

(2)

JEAN CARLOS GALON

AN ´

ALISE DA DEFORMAC

¸ ˜

AO DIN ˆ

AMICA DE UM

CONTATOR ELETROMEC ˆ

ANICO UTILIZANDO REDES

DE BRAGG EM FIBRA ´

OPTICA

Trabalho de Conclus ˜ao de Curso de graduac¸ ˜ao, apresentado `a disciplina de Trabalho de Conclus ˜ao de Curso 2, do Curso de Engenharia El ´etrica da Coordenac¸ ˜ao de Engenharia El ´etrica - CO-ELT - da Universidade Tecnol ´ogica Federal do Paran ´a - UTFPR, C ˆampus Pato Branco, como requisito parcial para obtenc¸ ˜ao do t´ıtulo de Engenheiro Eletricista.

Orientador: Prof. Dr. Kleiton de Morais Sousa

Coorientador: Prof. Dr. Jorge Luis Roel Ortiz

PATO BRANCO 2018

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TERMO DE APROVAC¸ ˜AO

O Trabalho de Conclus ˜ao de Curso intituladoAN ´ALISE DA DEFORMAC¸ ˜AO DIN ˆAMICA DE UM CONTATOR ELETROMEC ˆANICO UTILIZANDO REDES DE BRAGG EM FIBRA ´OPTICA do acad ˆemico Jean Carlos Galon foi considerado APROVADO de acordo com a ata da banca examinadoraN207 de 2018.

Fizeram parte da banca examinadora os professores:

Prof. Dr. Kleiton de Morais Sousa

Prof. Dr. Jorge Luis Roel Ortiz

Prof. Me. C ´esar Augusto Portolann

Prof. Dr. Ivo de Lourenc¸o J ´unior

A Ata de Defesa assinada encontra-se na Coordenac¸ ˜ao do Curso de Engenharia El ´etrica

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Aos meus pais por sempre terem se esforc¸ado para dar seu melhor na minha criac¸ ˜ao e o incentivo que sempre me de-ram.

(5)

Comece de onde voc ˆe est ´a. Use o que voc ˆe tiver. Fac¸a o que voc ˆe puder.

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AGRADECIMENTOS

Agradec¸o principalmente meus pais por terem sempre me apoiado nas mi-nhas escolhas e sempre me incentivarem ir atras dos meus sonhos. Aos professores Kleiton e Ortiz pela disponibilidade e orientac¸ ˜ao ao longo desse trabalho. Agradec¸o tamb ´em as entidades de fomentos Fundac¸ ˜ao Arauc ´aria, UTFPR-PB, UTFPR-CB, CNPQ e CAPES. Aos demais colegas de curso e amigos por terem sempre me ajudado sendo forma de conhecimento ou por momentos de alegrias. E meus primos pela parceria na vida.

(7)

RESUMO

Os contatores eletromec ˆanicos s ˜ao amplamente utilizados em ambientes industriais para conectar e desconectar circuitos de carga de energia. Devido a sua variedade de aplicac¸ ˜oes, ´e importante garantir sua operac¸ ˜ao, mesmo em condic¸ ˜oes adversas, como quedas de tens ˜ao. A medic¸ ˜ao da deformac¸ ˜ao din ˆamica do n ´ucleo do contator pode ser usada para analisar sua operac¸ ˜ao, uma vez que a forc¸a ele-tromagn ´etica, que causa a deformac¸ ˜ao, depende da tens ˜ao e corrente do conta-tor. Os sensores de redes de Bragg em fibra podem ser utilizados para medic¸ ˜ao de deformac¸ ˜ao do n ´ucleo do contator devido `a sua imunidade eletromagn ´etica e ta-manho pequeno. Medic¸ ˜oes obtidas durante os testes de acionamento do contator, es-tado estacion ´ario e desligamento do contator mostram a deformac¸ ˜ao din ˆamica devido a forc¸as eletromagn ´eticas. Ambas as partes das forc¸as eletromagn ´eticas, constantes e senoidais, podem ser observadas nas curvas de deformac¸ ˜ao. A parte senoidal tem uma frequ ˆencia fundamental de 120 Hz, duas vezes do fornecimento de frequ ˆencia. Este trabalho apresenta resultados que viabilizam a utilizac¸ ˜ao de sensores FBG para analise de contatores eletromec ˆanicos.

Palavras-chave: Contator eletromec ˆanico, forc¸a eletromagn ´etica, redes de Bragg em fibra ´optica, sensores ´opticos.

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ABSTRACT

The electromechanical contactors are widely used in industrial environment to connect and disconnect of power load circuits. Due to its variety of applications it is important to guarantee its operation, even in adverse conditions such as voltage sags. The measurement of the dynamic strain of the contactor core can be used to analyze its operation, since the electromagnetic force, that causes the strain, depends on contactor´s voltage and current. The fiber Bragg gratings sensors can be used for contactor core strain measurement due to its electromagnetic immunity and small size. Measurements obtained during tests of contactor´s turn on, steady state and contactor turn off shows the dynamic strain due to electromagnetic forces. Both parts of the electromagnetic forces, constant and sinusoidal, can be observed on the strain curves. The sinusoidal part has a fundamental frequency of 120 Hz, twice of the frequency supply. This work presents results that make feasible the use of FBG sensors for the analysis of electromechanical contactors.

Keywords: Electromechanical contactor, electromagnetic force, fiber Bragg gratings, optical sensors.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Estrutura do contator. . . 17

Figura 2: Circuito an ´alago el ´etrico equivalente. . . 18

Figura 3: Representac¸ ˜ao de uma FBG: (a) fibra ´optica contendo tr ˆes FBGs e (b) espectros associados. . . 23

Figura 4: Fluxograma para simulac¸ ˜ao. . . 27

Figura 5: Sensor FBG fixado ao n ´ucleo fixo do contator. . . 28

Figura 6: Arranjo experimental. . . 28

Figura 7: Deformac¸ ˜ao do n ´ucleo fixo do contator. Do per´ıodo de 1s at ´e 18,5s o contator est ´a em funcionamento. . . 30

Figura 8: Deformac¸ ˜ao do n ´ucleo fixo do contator durante o transit ´orio quando a bobina de excitac¸ ˜ao est ´a ligada. A posic¸ ˜ao do n ´ucleo m ´ovel ´e ilustrada acima da curva de deformac¸ ˜ao. . . 31

Figura 9: Transit ´orio da corrente na bobina de excitac¸ ˜ao durante o acio-namento do contator. Canal 1 (azul escuro) mostra a curva da tens ˜ao de entrada em divis ˜oes de 100 V. Canal 2 (azul claro) mostra a curva da corrente el ´etrica da bobina de excitac¸ ˜ao em divis ˜oes de 500 mA. A escala de tempo (eixo horizontal) esta em 10 ms por divis ˜ao. . . 32

Figura 10: Deformac¸ ˜ao do n ´ucleo fixo durante estado estacion ´ario do con-tator. . . 32

Figura 11: Espectro de frequ ˆencia deformac¸ ˜ao din ˆamica do n ´ucleo fixo do contator. . . 33

Figura 12: Corrente e tens ˜ao na bobina de excitac¸ ˜ao durante o estado es-tacion ´ario do contator. Canal 1 (azul escuro) mostra a curva da tens ˜ao de entrada em divis ˜oes de 100 V. Canal 2 (azul claro) mostra a curva da corrente el ´etrica da bobina de excitac¸ ˜ao em divis ˜oes de 500 mA. A escala de tempo (eixo horizontal) esta em 10 ms por divis ˜ao. . . 33

(10)

Figura 13: Deformac¸ ˜ao do n ´ucleo fixo do contator quando a bobina de excitac¸ ˜ao ´e desligada. . . 34 Figura 14: Transit ´orio da deformac¸ ˜ao din ˆamica do n ´ucleo fixo do contator

duranto o acionamento. . . 35 Figura 15: Transit ´orio da corrente na bobina de excitac¸ ˜ao durante o

acio-namento do contator. Canal 1 (azul escuro) mostra a curva da tens ˜ao de entrada em divis ˜oes de 100 V. Canal 2 (azul claro) mostra a curva da corrente el ´etrica da bobina de excitac¸ ˜ao em divis ˜oes de 500 mA. A escala de tempo (eixo horizontal) esta em 10 ms por divis ˜ao. . . 35 Figura 16: Transit ´orio da deformac¸ ˜ao din ˆamica do n ´ucleo fixo do contator

duranto o acionamento. . . 36 Figura 17: Transit ´orio da corrente na bobina de excitac¸ ˜ao durante o

acio-namento do contator. Canal 1 (azul escuro) mostra a curva da tens ˜ao de entrada em divis ˜oes de 100 V. Canal 2 (azul claro) mostra a curva da corrente el ´etrica da bobina de excitac¸ ˜ao em divis ˜oes de 500 mA. A escala de tempo (eixo horizontal) esta em 10 ms por divis ˜ao. . . 36 Figura 18: Transit ´orio da deformac¸ ˜ao din ˆamica do n ´ucleo fixo do contator

duranto o acionamento. . . 37 Figura 19: Transit ´orio da corrente na bobina de excitac¸ ˜ao durante o

acio-namento do contator. Canal 1 (azul escuro) mostra a curva da tens ˜ao de entrada em divis ˜oes de 100 V. Canal 2 (azul claro) mostra a curva da corrente el ´etrica da bobina de excitac¸ ˜ao em divis ˜oes de 500 mA. A escala de tempo (eixo horizontal) esta em 20 ms por divis ˜ao. . . 38 Figura 20: Espectro de frequ ˆencia deformac¸ ˜ao din ˆamica do n ´ucleo fixo do

contator. . . 38 Figura 21: Transit ´orio da deformac¸ ˜ao din ˆamica do n ´ucleo fixo do contator

(11)

Figura 22: Transit ´orio da corrente na bobina de excitac¸ ˜ao durante o acio-namento do contator. Canal 1 (azul escuro) mostra a curva da tens ˜ao de entrada em divis ˜oes de 100 V. Canal 2 (azul claro) mostra a curva da corrente el ´etrica da bobina de excitac¸ ˜ao em divis ˜oes de 500 mA. A escala de tempo (eixo horizontal) esta em 20 ms por divis ˜ao. . . 39 Figura 23: Resposta em frequ ˆencia deformac¸ ˜ao din ˆamica do n ´ucleo fixo do

contator. . . 40 Figura 24: Gr ´aficos obtidos com a simulac¸ ˜ao computacional. Primeiro gr ´afico

mostra a corrente de excitac¸ ˜ao e o segundo o posicionamento do n ´ucleo m ´ovel em relac¸ ˜ao ao n ´ucleo fixo. . . 41

(12)

SUM ´ARIO

1 INTRODUC¸ ˜AO . . . 11

1.1 CONTATORES ELETROMEC ˆANICOS . . . 11

1.2 SENSORES DE BRAGG EM FIBRA ´OPTICA . . . 13

1.3 OBJETIVOS E METAS . . . 14

1.3.1 Objetivo Geral . . . 14

1.3.2 Objetivos Espec´ıficos . . . 14

1.4 JUSTIFICATIVA . . . 14

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO . . . 15

2 CONTATORES ELETROMEC ˆANICOS . . . 16

2.1 MODELAGEM DIN ˆAMICA . . . 17

3 SENSORES EM FIBRA ´OPTICA . . . 21

3.1 SENSORES DE BRAGG EM FIBRA ´OPTICA . . . 22

3.2 SENSIBILIDADE CRUZADA DE DEFORMAC¸ ˜AO E TEMPERATURA NAS REDES DE BRAGG . . . 24 4 MATERIAIS E M ´ETODOS . . . 26 4.1 SIMULAC¸ ˜AO . . . 26 4.2 ARRANJO EXPERIMENTAL . . . 27 5 RESULTADOS E DISCUSS ˜AO . . . 29 6 CONCLUS ˜AO . . . 42

(13)

11 1 INTRODUC¸ ˜AO

1.1 CONTATORES ELETROMEC ˆANICOS

Os contatores eletromec ˆanicos, ou simplesmente contatores, s ˜ao dispo-sitivos amplamente utilizados para comutac¸ ˜ao e controle, e eles t ˆem sido utilizados em processos industriais por muitas d ´ecadas. Mais de 80% deles est ˜ao equipados com bobinas alimentadas por corrente alternada (CA) (COLLINS; ZAPARDIEL, 1997). A preocupac¸ ˜ao da ind ´ustria com a qualidade de energia acentuou o interesse em entender o comportamento do contator durante dist ´urbios da rede, como queda de tens ˜ao. Quando os contatores enfrentam perturbac¸ ˜oes de energia, eles podem abrir seus contatos e desconectar circuitos causando interrompimentos indevidos em pro-cessos industriais. ´E importante entender a resposta desse dispositivo para prever seu comportamento durante perturbac¸ ˜oes de tens ˜ao.

O funcionamento adequado de um contator CA durante dist ´urbios de tens ˜ao depende da quantidade de energia armazenada na bobina do contator, que ´e ener-gizada a partir de uma das fases da alimentac¸ ˜ao (WELDEMARIAM et al., 2016). Esses

dispositivos s ˜ao diagnosticados como elos fracos e geralmente t ˆem baixa capacidade de afundamentos de tens ˜ao (COLLINS; BRIDGWOOD, 1997), pois, um disparo de um con-tator pode interromper toda a linha de produc¸ ˜ao, o que pode levar a um desligamento descontrolado do processo, o qual pode ser extremamente caro, mesmo se todos os outros equipamentos estiverem imunes a tais dist ´urbios .

Uma desvantagem dos contatores CA ´e o movimento mec ˆanico de suas partes durante o acionamento e o desgaste que isso causa. No momento que os con-tatos s ˜ao fechados a parte m ´ovel bate na parte fixa fazendo que os concon-tatos tenham um sobresalto. Este fen ˆomeno ´e indesej ´avel, pois a reabertura dos contatos durante o fechamento causa aquecimento devido a um arco el ´etrico e degradac¸ ˜ao dos contatos o que impacta diretamente na vida ´util do contator (RUIZ et al., 2010).

A sensibilidade de um processo contra afundamentos de tens ˜ao depende da resposta de componentes individuais e interac¸ ˜ao entre os componentes do pro-cesso durante esse dist ´urbio (WU et al., 2016). O comportamento el ´etrico de contatores CA sob afundamentos de tens ˜ao podem apresentar uma ligeira variac¸ ˜ao em seu limiar

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1.1 Contatores Eletromec ˆanicos 12 de sensibilidade (magnitude, durac¸ ˜ao) (MOHAMAD; NOR, 2004). O desengate dos con-tatos acontece devido a forc¸a eletromagn ´etica ser menor que a forc¸a da mola. A forc¸a eletromagn ´etica depende da intensidade do fluxo magn ´etico que passa pelos n ´ucleos. Quando ocorre um afundamento de tens ˜ao abaixo do limite da tens ˜ao de controle, o fluxo diminui e a forc¸a eletromagn ´etica resultante ´e menor do que a forc¸a exercida pela mola, como os contatos a se abrem e interrompe a alimentac¸ ˜ao principal para a carga. Um importante fen ˆomeno do contator ´e o salto dos contatos m ´oveis. Os contatos e os n ´ucleos dos contatores CA colidem em alta velocidade e grandes forc¸as de impacto atuam entre eles (WADA et al., 2002). Tais impactos levam a um salto de contato, que ´e um conjunto de colis ˜oes ocorrendo repetidamente em pouco tempo, quest ˜ao de milissegundos. O salto de contato resulta na reduc¸ ˜ao da vida ´util do equi-pamento, porque surgem arcos el ´etricos durante o per´ıodo de salto. Portanto, reduzir o salto de contato ´e uma das quest ˜oes mais importantes para projetar o contator CA. Uma mola amortecedora ´e instalado para aliviar os impactos. Assim, o movimento do contator CA ´e altamente din ˆamico, com acoplamentos complicados entre sistemas mec ˆanicos e eletromagn ´eticos (WANG et al., 2011).

Os movimentos dos contatores variam de acordo com v ´arios par ˆametros, como ˆangulo de fase da tens ˜ao, amplitude da tens ˜ao, massa, in ´ercia das partes mec ˆanicas. Al ´em disso, os movimentos mec ˆanicos e os comportamentos eletro-magn ´eticos s ˜ao acoplados entre si (KOLTERMANN et al., 1992). Entretanto, para ana-lisar o movimento geral dos contatores, ´e necess ´ario anaana-lisar os comportamentos din ˆamicos, e os fatores de acoplamento simultaneamente.

Portanto, ´e desej ´avel que o desempenho de contatores se tornem cada vez melhor. Pesquisas e desenvolvimentos tem sido realizado h ´a d ´ecadas para melhorar o comportamento dos contatores (COLLINS; ZAPARDIEL, 1997), (KOLTERMANN et al., 1992), (MOHAMAD; NOR, 2004), (WANG et al., 2011) e (WU et al., 2016). Controles eletr ˆonicos e sensores foram adicionados aos contatores para controlar a abertura do contator para minimizar a eros ˜ao do contato e para controlar o fechamento do contator para reduzir o ressalto do contato (LI et al., 2004). Esse Arranjo de controle com sensores necessita de uma instrumentac¸ ˜ao precisa, sendo neste quesito a utilizac¸ ˜ao de sensores a fibra

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1.2 Sensores de Bragg Em Fibra ´Optica 13 1.2 SENSORES DE BRAGG EM FIBRA ´OPTICA

O emprego de sensores el ´etricos garante a operac¸ ˜ao de diversos sistemas e tecnologias atuais. Algumas aplicac¸ ˜oes exigem, entretanto, o desenvolvimento de sensores adaptados, nos quais os materiais utilizados em sensores el ´etricos tornam-se uma barreira para o detornam-senvolvimento dos mesmos (CARNEIRO; BARBERO, 2014).

Desde a primeira demonstrac¸ ˜ao da utilizac¸ ˜ao de fibra ´optica como sensor (GIALLORENZI et al., 1982), o avanc¸o tecnol ´ogico e utilizac¸ ˜ao destes sensores tem sido cada vez mais disseminado. Muitas aplicac¸ ˜oes para esse tipo de sensores j ´a foram demonstrados em varias ´areas (UDD; SPILLMAN, 2011), oferecendo soluc¸ ˜oes mais efi-cazes pelo monitoramento mais preciso e em tempo real (HILL; MELTZ, 1997). At ´e mesmo para sensoriamento de meios magn ´eticos a utilizac¸ ˜ao de sensores de fibra

´optica ´e utilizada (LENZ; EDELSTEIN, 2006).

Os sensores de fibra ´optica baseados em redes de Bragg (FBG - Fiber Bragg Grating) apresentam vantagens relevantes, como ser totalmente passivo por n ˜ao precisar de fonte de alimentac¸ ˜ao local, volume reduzido, sendo menores que seus sensores equivalentes el ´etricos, imunes `a interfer ˆencia eletromagn ´etica e capazes de serem multiplexados em uma ´unica fibra (SOUSA et al., 2011).

Esses sensores j ´a foram utilizados tanto para medir temperatura quanto para deformac¸ ˜ao e vibrac¸ ˜ao em equipamentos el ´etricos como geradores de energia el ´etrica, maquinas de induc¸ ˜ao e entre outras aplicac¸ ˜oes (SOUSA et al., 2015).

As caracter´ısticas intr´ınsecas dos sensores FBGs, fazem deles uma das tecnologias mais promissoras a serem usadas na an ´alise de vibrac¸ ˜oes e aquecimento em m ´aquinas el ´etricas (SOUSA et al., 2012). Os sensores baseados em FBG, apro-veitam algumas propriedades oferecidas pela fibra ´otica, ou seja, transmiss ˜ao de baixa perda, isolamento el ´etrico, peso e volume reduzidos, durabilidade e flexibili-dade (LINESSIO et al., 2015). Al ´em disso, o isolamento el ´etrico e a imunidade a in-terfer ˆencias eletromagn ´eticas s ˜ao caracter´ısticas fundamentais a serem consideradas em sua aplicac¸ ˜ao em m ´aquinas de alta tens ˜ao e ambientes sujeitos a intensas inter-fer ˆencias eletromagn ´eticas (SOUSA et al., 2012). As informac¸ ˜oes adquiridas pelas FBGs est ˜ao moduladas em frequ ˆencia e, consequentemente, apresentam menor suscetibi-lidade a interfer ˆencias externas, o que melhora a relac¸ ˜ao sinal-ru´ıdo. Existe v ´arios tipos de sensores FBG, como sensores de temperatura, deslocamento, press ˜ao, pH, acelerac¸ ˜ao, entre outros, os quais podem ser multiplexados na mesma fibra ´optica, reduzindo a necessidade de cabeamento m ´ultiplo e pesado usado na detecc¸ ˜ao

(16)

tradi-1.3 Objetivos e Metas 14 cional (SOUSA et al., 2015) e (LINESSIO et al., 2016).

Os sensores ´opticos formados por redes de Bragg em fibra ´optica possuem alterac¸ ˜oes feitas no n ´ucleo da fibra ´optica. Tais n ´ucleos, passam por um tratamento o qual ficam gravadas as redes de Bragg. Existe varias t ´ecnicas de gravac¸ ˜ao dos sen-sores de FBG (HILL; MELTZ, 1997). Outro fator importante a considerar-se, ´e que n ˜ao se possui um modelo padr ˜ao de t ´ecnicas de leitura desses sensores (UDD; SPILLMAN, 2011).

1.3 OBJETIVOS E METAS

O presente trabalho tem como objetivos e metas os itens que est ˜ao descri-tos nessa sess ˜ao.

1.3.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo geral do trabalho ´e analisar o comportamento din ˆamico da deformac¸ ˜ao do n ´ucleo de um contator eletromec ˆanico CA utilizando redes de Bragg em fibra ´optica, a partir da medida da deformac¸ ˜ao do n ´ucleo.

1.3.2 OBJETIVOS ESPEC´IFICOS

• Revisar bibliografias referentes aos contatores CA e sensores FBGs; • Estudar e analisar um modelo para simulac¸ ˜ao de um contator CA; • Determinar o local de medic¸ ˜ao da deformac¸ ˜ao;

• Instalac¸ ˜ao do sensor ´optico no n ´ucleo do contator; • Realizar ensaios;

• Analisar os resultados obtidos.

1.4 JUSTIFICATIVA

A an ´alise de um contator, ´e de bastante complexidade, pois, n ˜ao possui um funcionamento padr ˜ao e sua estrutura f´ısica o torna de dif´ıcil instalac¸ ˜ao de sensores para poder entender o que acontece, onde geralmente se utiliza dados os quais s ˜ao

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1.5 Estrutura do trabalho 15 obtidos por par ˆametros que se obt ´em externamente, como corrente e tens ˜ao de en-trada. Por tais motivos, a utilizac¸ ˜ao de um sensor de fibra ´optica se mostrou uma forma de analisar o funcionamento, principalmente pelo tamanho f´ısico de tais sensores.

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO

O texto foi organizado visando a melhor compreens ˜ao de sensores FBG e contatores. Est ˜ao descritos a seguir os cap´ıtulos que comp ˜oem o texto.

• Cap´ıtulo 2: Aborda as caracter´ısticas e aspectos de funcionamento dos conta-tores eletromec ˆanicos;

• Cap´ıtulo 3: Demostra de forma sucinta as caracter´ısticas e funcionamento dos sensores FBG;

• Cap´ıtulo 4: Apresenta como ser ˜ao feitas as analises para obtenc¸ ˜ao de resulta-dos;

• Cap´ıtulo 5: Apresenta e discute os resultados obtidos;

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16 2 CONTATORES ELETROMEC ˆANICOS

O contator eletromec ˆanico de corrente alternada (CA), ´e um dos equipa-mentos mais comum em plantas industriais. Este equipamento ´e integrado em outros importantes circuitos, com as mais diversas formas de atuac¸ ˜ao, tais como, protec¸ ˜ao de sistemas, partida de motores el ´etricos e controle automatizado de processos in-dustriais.

A estrutura de um contator, Figura 1, ´e composta por dois n ´ucleos em for-mato de E, um m ´ovel e um fixo. Uma bobina de excitac¸ ˜ao na coluna central e uma bobina em cada coluna externa, localizada no final das colunas externas, chamada de anel de curto-circuito ou bobina de sombreamento, ambas no n ´ucleo fixo. Entre os dois n ´ucleos existe uma mola de retorno. Uma armadura de pl ´astico r´ıgido ´e acoplada ao n ´ucleo m ´ovel. Junto a esta armadura possui os contatos, e tamb ´em uma mola de retorno dos contatos. As dimens ˜oes do n ´ucleo fixo s ˜ao maiores que a do n ´ucleo m ´ovel.

O funcionamento desse equipamento depende da intensidade da forc¸a ele-tromagn ´etica, a qual depende da corrente el ´etrica drenada pela bobina de excitac¸ ˜ao. A tens ˜ao aplicada aos terminais da bobina geram uma corrente el ´etrica, a qual induz fluxo magn ´etico na coluna central do n ´ucleo, o qual se divide para as colunas late-rais. O fluxo da coluna central tem a func¸ ˜ao de intensificar a forc¸a eletromagn ´etica no entreferro entre dos n ´ucleos, at ´e que as faces das colunas laterais da parte m ´ovel se encontrem com as faces das colunas laterais da parte fixa. Tal forc¸a, tem que ser maior que a forc¸a exercida pelas molas tanto do n ´ucleo, quanto dos contatos. As mo-las tem finalidade de reduzir um sobressalto gerado na hora que os n ´ucleo se colidem, criando um arco el ´etrico, tudo isso diminui a vida ´util do equipamento.

A forc¸a magn ´etica tem que ser dimensionada levando em conta um fator importante, a fus ˜ao dos contatos na hora que se chocam e assim tornando-o inuti-liz ´avel, essa forc¸a n ˜ao pode ser muito maior que a forc¸a m ´axima que as molas podem exercer, essa resultante tamb ´em ´e a que define uma vida ´util estimada das molas, por consequ ˆencia do contator.

Quando se encontram, os n ´ucleo ainda possuem entreferros presentes nas colunas laterais e central. Os entreferros nas colunas laterais existem para intensificar

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2.1 Modelagem Din ˆamica 17 o fluxo que passa pelas faces sombreadas e n ˜ao sombreadas das extremidades, a dispers ˜ao magn ´etica ´e minima nesses pontos. O anel de curto-circuito tem finalidade de defasar o fluxo gerado pela bobina de excitac¸ ˜ao, quando a corrente passar por zero n ˜ao acontecer um desatracamento dos n ´ucleos, essa defasagem tende a ser 90o atrasado com o fluxo da bobina de excitac¸ ˜ao. Na coluna central ´e presente um entreferro constante quando o contator ´e atracado, esse entreferro existe para a que a forc¸a magn ´etica tenha um valor constante e maior que a forc¸a das molas.

Contato Móvel Contato Fixo Mola de Contato Armadura Núcleo Móvel Núcleo Fixo Anel de Curto-Circuito e Bobina de Excitação Mola do Núcleo Entreferro le2 le1 ls x

Figura 1: Estrutura do contator. Fonte: Autoria Pr ´opria

2.1 MODELAGEM DIN ˆAMICA

Muitos trabalhos na literatura modelam os comportamentos din ˆamicos do contator, no entanto, a maioria baseia-se no m ´etodo dos elementos finitos (FEM), por ´em para finalidades de entendimento, ser ´a mostrada apenas o equacionamento do contator CA (KOLTERMANN et al., 1992), (WU et al., 2016), (WANG et al., 2011) e (WADA et al., 2002).

A modelagem que ser ´a demonstrada neste trabalho usa das Leis de Kir-choff, Leis de Maxwell e Leis de Newton para demonstrar os equacionamentos do contator CA e analogia entre circuitos magn ´eticos e el ´etricos.

A Figura 2 ilustra o circuito el ´etrico an ´alogo equivalente ao circuito magn ´etico, e a modelagem do contator ´e baseada nesse circuito. As tens ˜oes de terminal

(20)

utili-2.1 Modelagem Din ˆamica 18 zando a Lei das malhas de Kirchoff ´e dada pelas equac¸ ˜oes 1 e 2. Por ´em, para o anel de curto-circuito a tens ˜ao ´e zero, pois, possui um caminho fechado, o qual ter ´a somente corrente induzida.

eus

Neie Nsis

Φe

Φu Φs

Figura 2: Circuito an ´alago el ´etrico equivalente. Fonte: Autoria Pr ´opria

V = Reie+ Ne dφe dt (1) 0 = 2Rsis+ Ns dφs dt , (2)

em que V corresponde a tens ˜ao aplicada aos terminais da bobina de excitac¸ ˜ao, ie e is s ˜ao as correntes que passam pela bobina de excitac¸ ˜ao e pelo anel de curto-circuito, respectivamente, Ne e Ns o n ´umero de voltas na bobina de excitac¸ ˜ao e no anel de curto-circuito, no anel de curto circuito s ´o possui uma volta, logo Ns=1, φe ´e o fluxo magn ´etico gerado pela bobina de excitac¸ ˜ao, φs ´e o fluxo magn ´etico na parte do n ´ucleo sombreado pelo anel de curto-circuito, φu ´e o fluxo magn ´etico na parte do n ´ucleo n ˜ao sombreado, ´e proporcional ao fluxo gerado pela bobina de excitac¸ ˜ao.

Utilizando da analogia de circuitos magn ´eticos mostrada na Figura 2, apli-cando a lei das malhas e deixando em func¸ ˜ao das tens ˜oes induzidas nas bobinas, obtemos as equac¸ ˜oes 3 e 4.

Neie= (<e+ <u)φe+ <uφs (3)

Nsis = <uφe+ (<u+ <s)φs, (4) sendo que o anel de curto-circuito s ´o possui uma espira, Nsigual a 1.

As relut ˆancias, incluindo os entreferros, s ˜ao dadas pelas equac¸ ˜oes 5, 6 e 7. Onde <e, <s, <u s ˜ao as relut ˆancias da bobina de excitac¸ ˜ao, da parte sombreada pelo

(21)

2.1 Modelagem Din ˆamica 19 anel de curto-circuito das colunas externas, e da parte n ˜ao sombreada pelo anel de curto-circuito das colunas laterias, respectivamente.

<e= le1+ le2 µ0µrAe +e + x µ0Ae (5) <s= ls µ0µrAs + x µ0As (6) <u = lu µ0µrAu + x µ0Au , (7)

em que le1 e le2 s ˜ao os caminhos m ´edios magn ´eticos do fluxo gerado pela bobina de excitac¸ ˜ao no n ´ucleo fixo e m ´ovel, ls ´e o caminho m ´edio magn ´etico do fluxo sombreado pelo anel de curto-circuito na extremidade das colunas e lupela parte n ˜ao sombreada das bobinas, Ae, As e Au representam a ´area da secc¸ ˜ao transversal que passa o fluxo da bobina de excitac¸ ˜ao, da parte sombreada pelo anel de curto-circuito e n ˜ao sombreada, µ0 ´e a permeabilidade magn ´etica do ar e µr permeabilidade relativa do material do n ´ucleo. x ´e a dist ˆancia presente entre os n ´ucleos.

Das equac¸ ˜oes 3 e 4 tem-se a seguinte representac¸ ˜ao para os fluxos:

" φe φs # = " <e+ <u <u <u <s+ <u #−1" Ne 0 0 1 # " ie is # . (8)

Substituindo 8 nas equac¸ ˜oes 1 e 2, e deixando em termos de di/dt, tem-se:

d dt " ie is # =    −Re(<e+ <u) N2 e −2Rs<u Ne −Re<u Ne −2Rs(<u+ <s)    −1 " ie is # +    <e+ <u N2 e <u Ne   V. (9)

Utilizando o Tensor de Maxwell (ALBUQUERQUE, 1998), ´e obtido a forc¸a ele-tromagn ´etica, Fmag, entre os n ´ucleos do contator, ou seja, a forc¸a de atrac¸ ˜ao que atua nos entreferros, equac¸ ˜ao 10.

Fmag = φ 2 esin 2 (ωt + θ) 2µA (10)

Utilizando identidade trigonom ´etrica, considerando que fluxo gerado pela coluna central φe se divide para as duas colunas externas, sendo metade para cada e

(22)

2.1 Modelagem Din ˆamica 20 valores de pico. Em termos do fluxo φu e φs, ambos possuem defasagem em relac¸ ˜ao ao φe, e aplicando em 10, temos:

Fmag = φu2 4µ0Au + φ 2 s 4µ0As −φ 2 ucos(2ωt + ϕ) 4µ0Au − φ 2 scos(2ωt − θ) 4µ0As . (11)

Em conjunto com a forc¸a eletromagn ´etica, possui a forc¸a peso 13 e a forc¸a el ´astica das molas 14. O movimento da parte m ´ovel ´e dada pela velocidade que os n ´ucleos se atracam, a qual pode ser representada por 13.

dV el dt =

Fmag+ Fpeso− Fel

m (12)

Onde m ´e a massa que exerce forc¸a sobre as molas, referente a parte m ´ovel do n ´ucleo e a armadura acoplada a ele.

As express ˜oes para forc¸a peso e el ´astica s ˜ao exibidas nas equac¸ ˜oes 13 e 14 respectivamente.

Fpeso = mg, (13)

em que g representa a acelerac¸ ˜ao da gravidade.

Sendo que as molas presentes, mola contato e de retorno n ˜ao possuem linearidade em suas constantes el ´asticas, k. Tendo duas condic¸ ˜oes para a forc¸a el ´astica, primeiro somente a mola de retorno exerce forc¸a at ´e a parte m ´ovel estiver na posic¸ ˜ao em que a mola dos contatos se encontra, ent ˜ao as duas v ˜ao exercer uma forc¸a repulsiva a forc¸a eletromagn ´etica. Essas condic¸ ˜oes s ˜ao exibidas na equac¸ ˜ao 14.

Fel =    km(xm− x) se xc≤ x ≤ xmax km(xm− x) + kc(xc− x), se 0 ≤ x ≤ xc, (14)

em que kme xmrepresentam a constate el ´astica da mola de retorno e a dist ˆancia entre os n ´ucleos, e kc e xc das molas de contatos e a dist ˆancia entre os contatos m ´oveis e fixos.

A soluc¸ ˜ao desse modelo depende de equac¸ ˜oes diferencias parciais e n ˜ao lineares, ou seja, usar m ´etodos num ´ericos complexos.

A modelagem apresentada, foi elaborada com base em (ALBUQUERQUE, 1998) e (JEONG et al., 2009).

(23)

21 3 SENSORES EM FIBRA ´OPTICA

Muitos desconhecem a exist ˆencia de sensores em fibra ´optica, apesar de sua import ˆancia na inovac¸ ˜ao dos sistemas de monitoramento em diversas ´areas tec-nol ´ogicas. As redes de Bragg em fibra ´optica podem ser descritas como tectec-nologias capacitantes, ou do ingl ˆes enabling technologies, pois permitem um r ´apido desen-volvimento, e eficiente de novos sensores cujos benef´ıcios superam as limitac¸ ˜oes de sensores el ´etricos tradicionais.

At ´e os anos de 1970, a principal aplicac¸ ˜ao das fibras ´opticas era em ins-trumentos endosc ´opicos que s ˜ao usados frequentemente em procedimentos cl´ınicos para observar o interior do corpo humano com um meio de transmitir luz e imagem (MENDEZ, 2007).

Em 1988, um importante avanc¸o na pesquisa de fotossensibilidade em fi-bras foi relatado, demonstrando a fabricac¸ ˜ao de redes de Bragg no n ´ucleo de fibra ´optica pela exposic¸ ˜ao lateral, externa `a fibra, de um padr ˜ao de interfer ˆencia na regi ˜ao espectral do ultravioleta (MELTZ et al., 1989).

A fabricac¸ ˜ao desses sensores necessita de t ´ecnicas avanc¸adas, as quais depende de um tratamento especial no n ´ucleo da fibra ´optica, podendo ser por exposic¸ ˜oes a gases, feixes de luz e lasers. Uma t ´ecnica de gravac¸ ˜ao de redes com m ´ascara de fase, a mais difundida atualmente, apresentada por (HILL et al., 1993), foi adaptada na fabricac¸ ˜ao de rede de Bragg, essa t ´ecnica ´e a mais simples e reprodut´ıvel das t ´ecnicas de fabricac¸ ˜ao de redes de Bragg. Com o melhoramento das fibras ´opticas e das t ´ecnicas de gravac¸ ˜ao das rede de Bragg, sua utilizac¸ ˜ao no desenvolvimento de dispositivos para aplicac¸ ˜oes em telecomunicac¸ ˜ao e sensoriamento tem se tornado mais acess´ıvel.

As caracter´ısticas que fazem esses sensores serem excelentes alternati-vas a sensores el ´etricos s ˜ao a baixa perda relacionada por comprimento, imunidade `a interfer ˆencias eletromagn ´eticas, pequeno e leve, operac¸ ˜ao segura em ambientes onde existem ambientes perigosos, alta sensibilidade, multiplexac¸ ˜ao de sensores na mesma fibra e confiabilidade a longo prazo. Tais sensores, vem sendo emprega-dos em aplicac¸ ˜oes como: sensores ac ´usticos, sensores de temperatura, sensores de deformac¸ ˜ao e entre outros, (GIALLORENZI et al., 1982).

(24)

3.1 Sensores de Bragg Em Fibra ´Optica 22 3.1 SENSORES DE BRAGG EM FIBRA ´OPTICA

Os sensores FBG, podem ser classificados na categoria de sensores por modulac¸ ˜ao de frequ ˆencia. Esses sensores, s ˜ao sens´ıveis a mudanc¸as de algumas grandezas f´ısicas como temperatura, deslocamento e at ´e mesmo a presenc¸a de ele-mentos qu´ımicos junto as fibras ´opticas. Alterac¸ ˜oes nessas grandezas f´ısicas modi-ficam a frequ ˆencia da luz refletida pelas redes de Bragg. Essa variac¸ ˜ao, pode ent ˜ao ser detectada e traduzida pelo interrogador ´optico. Os interrogadores ´opticos s ˜ao os equipamentos respons ´aveis por detectar e traduzir as medic¸ ˜oes feitas pelos sensores ´opticos. Os sensores de FBG usam enderec¸amento por comprimento de onda, wa-velength division multiplexing (WDM), a informac¸ ˜ao referente ao estado do sensor ´e determinada por um comprimento espec´ıfico do espectro de radiac¸ ˜ao da fonte, sendo assim n ˜ao precisa de componentes eletr ˆonicos de processamento r ´apido e baixas perdas ´opticas.

A estrutura dos sensores de FBG ´e feita diretamente ao n ´ucleo da fibra ´optica, as redes de Bragg podem ser descritas como uma modulac¸ ˜ao do ´ındice de refrac¸ ˜ao no n ´ucleo de uma fibra ´optica, e apresentam um per´ıodo espacial, Λ. A rede de Bragg em fibra ´optica em sua forma mais simples ´e constitu´ıda pela interfer ˆencia dos feixes e ´e respons ´avel pela modulac¸ ˜ao peri ´odica do ´ındice de refrac¸ ˜ao no n ´ucleo de uma fibra ´optica, com ´ındice efetivo denominado ηef. Figura 3a ilustra uma FBG em fibra ´optica.

Uma rede de Bragg em fibra ´optica, Figura 3, constitui em uma modulac¸ ˜ao local e peri ´odica do ´ındice de refrac¸ ˜ao do n ´ucleo da fibra ´optica. A rede de Bragg, opera como um filtro passa faixa, que seleciona um comprimento de onda de onde uma banda larga de comprimentos de onda tenham sido acoplados a fibra ´optica ( CU-NHA, 2007). Este comprimento de onda de Bragg λB, est ´a relacionado com a periodi-cidade da modulac¸ ˜ao do ´ındice de refrac¸ ˜ao Λ, e com o ´ındice de refrac¸ ˜ao efetivo do n ´ucleo ηef.

Devido aos efeitos fotoel ´astico e termo ´optico, tanto esforc¸os mec ˆanicos longitudinais quanto variac¸ ˜oes na temperatura provocam o deslocamento do com-primento de onda de Bragg (PEREIRA, 2003). No caso de deformac¸ ˜oes, se ocorrer contrac¸ ˜ao, a variac¸ ˜ao do comprimento de onda de Bragg ser ´a um menor que compri-mento original, e trac¸ ˜ao faz o compricompri-mento de onda ser maior.

A luz guiada ao longo da fibra ´optica ´e refletida em cada plano da rede de Bragg. Para as frequ ˆencias que n ˜ao satisfazem a condic¸ ˜ao de Bragg, a luz refletida

(25)

3.1 Sensores de Bragg Em Fibra ´Optica 23 por cada plano subsequente torna-se progressivamente fora de fase e eventualmente se cancela (PATERNO, 2006). Quando a condic¸ ˜ao de Bragg ´e satisfeita, a parcela da luz refletida em cada plano da rede contribui construtivamente na direc¸ ˜ao contra propa-gante, formando uma banda de reflex ˜ao com comprimento de onda central definidos pelos par ˆametros da rede.

Λ1 Λ2 Λ3 l1 l2 l3 λ λ In te ns id ad e In te ns id ad e λB1 λB2 λB3 λ λB1 λB2 λB3 i k f k K

Espectro incidente Espectro transmitido

Espectro refletido In te ns id ad e Casca Núcleo (a) (b)

Figura 3: Representac¸ ˜ao de uma FBG: (a) fibra ´optica contendo tr ˆes FBGs e (b) espectros associados.

Fonte: (SOUSA, 2011)

O princ´ıpio do funcionamento dos sensores FBG baseia-se na lei de Snell-Descartes (HALLIDAY, 2009). Sendo assim, os feixes de luz incidentes ao n ´ucleo que obedecem as condic¸ ˜oes de Bragg sofrem reflex ˜ao construtivas, ou seja, os que se enquadram no comprimento de onda de Bragg, e os feixes de luz que n ˜ao obede-cem acabam por se cancelar. Para satisfazer a condic¸ ˜ao do comprimento de onda de Bragg, o raio incidente deve atender a equac¸ ˜ao 15. Assim, a rede de Bragg funciona como um filtro seletivo, que permite a passagem de radiac¸ ˜ao em todos os compri-mentos de onda, exceto, o comprimento de onda de Bragg. A Figura 3b ilustra o que acontece com um feixe de luz que incide aa fibra.

λB = 2.ηef.Λ (15)

(26)

3.2 Sensibilidade cruzada de deformac¸ ˜ao e temperatura nas redes de Bragg 24 que ´e em func¸ ˜ao direta da variac¸ ˜ao do sinal obtido pelo interrogador ´optico, o qual est ´a associado a condic¸ ˜ao de resson ˆancia de Bragg. A leitura do interrogador ´e conhecida como interrogac¸ ˜ao do sensor ´optico acoplado ao interrogador ´optico.

3.2 SENSIBILIDADE CRUZADA DE DEFORMAC¸ ˜AO E TEMPERATURA NAS RE-DES DE BRAGG

A resson ˆancia das redes de Bragg, que ´e o comprimento de onda cen-tral da luz refletida de um per´ıodo da rede de Bragg, depende do ´ındice efetivo de refrac¸ ˜ao do n ´ucleo e da periodicidade da rede. O ´ındice efetivo de refrac¸ ˜ao, bem como o espac¸amento peri ´odico entre os per´ıodos, ser ˜ao afetados por variac¸ ˜oes de deformac¸ ˜ao e temperatura. Usando a equac¸ ˜ao 16, a variac¸ ˜ao no comprimento de onda do centro da rede de Bragg devido a mudanc¸as de deformac¸ ˜ao e temperatura ´e dada por ∆λB = 2(Λ ∂n ∂l + n ∂Λ ∂l )∆l + 2(Λ ∂n ∂T + n ∂Λ ∂T)∆T. (16)

O primeiro termo da equac¸ ˜ao 16 representa o efeito de deformac¸ ˜ao em uma fibra ´optica. Isso corresponde a uma mudanc¸a no espac¸amento do per´ıodo e `a mudanc¸a induzida por deformac¸ ˜ao ´optica no ´ındice de refrac¸ ˜ao. O termo de efeito de deformac¸ ˜ao acima pode ser expresso como

∆λB = λB(1 − pe)Z, (17)

onde pe ´e uma constante de deformac¸ ˜ao- ´optica eficaz definida como

pe = n 2

2 [p12− ν(p11+ p12)], (18)

onde p11 e p12 s ˜ao componentes do tensor de deformac¸ ˜ao ´optica, n ´e o ´ındice do n ´ucleo e ν ´e a relac¸ ˜ao de Poisson. Para uma fibra ´optica tipica p11=0,113, p12=0,252, n=1,482 e ν=0,16. Usando esses par ˆametros e as equac¸ ˜oes acima, a sensibilidade esperada em 1550 nm ´e uma mudanc¸a de 1,2 pm como resultado da aplicac¸ ˜ao de 1 µε de deformac¸ ˜ao na rede de Bragg. Esses valores s ˜ao resultados experimentais de um deslocamento de comprimento de onda do centro de Bragg com deformac¸ ˜ao aplicada a uma rede de Bragg de 1548,2 nm (OTHONOS, 1997).

O segundo termo na equac¸ ˜ao 16 representa o efeito da temperatura em uma fibra ´otica. Uma variac¸ ˜ao no comprimento de onda de Bragg devido `a expans ˜ao

(27)

3.2 Sensibilidade cruzada de deformac¸ ˜ao e temperatura nas redes de Bragg 25 t ´ermica altera o espac¸amento da grade e altera o ´ındice de refrac¸ ˜ao. Este desvio de comprimento de onda fracion ´ario para uma mudanc¸a de temperatura DT pode ser escrito como

∆λB = λB(α + ζ)∆T, (19)

onde um α=(1/Λ)(∂Λ/∂T ) ´e o coeficiente de expans ˜ao t ´ermica para a fibra (aproxi-madamente 0,55×10−6 oC−1). A quantidade ζ=(1/n)(∂n/∂T ) representa a coeficiente termo- ´optico e ´e aproximadamente igual a 8.6×10−6 oC−1 para a fibra de n ´ucleo de s´ılica dopada com germ ˆanio. Claramente, a mudanc¸a de ´ındice ´e de longe o efeito dominante. Da equac¸ ˜ao 19, a sensibilidade esperada a uma rede de Bragg de 1550 nm ´e de aproximadamente 13,7 pm/oC (OTHONOS, 1997).

(28)

26 4 MATERIAIS E M ´ETODOS

O presente trabalho tem por etapas de obtenc¸ ˜ao de resultados por meio de simulac¸ ˜ao computacional e experimento pr ´atico de um contator CA, com base em um contator comercial. As medidas e par ˆametros foram obtidas atrav ´es de medic¸ ˜oes com equipamentos como paqu´ımetro e mult´ımetro digital, valores que n ˜ao puderam ser obtidos com os instrumentos dispon´ıveis no laborat ´orio foi feita analogia com valores apresentados em artigos cient´ıficos.

Os par ˆametros do contator CA para simulac¸ ˜ao e experimento pr ´atico tem por tens ˜ao nominal 220 V, resist ˆencia da bobina de excitac¸ ˜ao 280 Ω, resist ˆencia do anel de curto-circuito 1,92 Ω, permeabilidade magn ´etica do n ´ucleo considerada cons-tante para ferro-sil´ıcio em um ponto de operac¸ ˜ao de 5500 H/m, obtido em artigos cient´ıficos de transformadores que utilizam do mesmo material, entreferro de 7 mm, espac¸amento da coluna central quando contatos fechados 0,1 mm, e demais medidas de dimensionamento foram feitas com paqu´ımetro digital.

4.1 SIMULAC¸ ˜AO

A simulac¸ ˜ao foi realizada utilizando algoritmo no software computacional MATLAB . O algoritmo ´e feito seguindo a modelagem apresentada no Cap´ıtuloR 2, por ´em, como n ˜ao ´e poss´ıvel medir as defasagens dos fluxos apresentados na equac¸ ˜ao 11, pois com os equipamentos dispon´ıveis no laborat ´orio n ˜ao ´e poss´ıvel ob-ter os ˆangulos, o calculo da forc¸a eletromagn ´etica ´e feito atrav ´es da equac¸ ˜ao 20, que apresenta somente a parcela constante da forc¸a magn ´etica ent ˜ao (JEONG et al., 2009).

Fmag = φe2 2µ0(Ae+ Au) + φ2 s 2µ0(As+ Au) + φeφs µ0Au (20)

A Figura 4 apresenta um fluxograma da rotina de c ´alculo efetuado pelo algoritmo e o Anexo A apresenta o algoritmo desenvolvido.

(29)

4.2 Arranjo Experimental 27 Condições iniciais Cálculo Relutâncias Cálculo Correntes Cálculo Fluxos Cálculo Força Eletromagnética Variáveis fixas Cálculo Força Elástica Cálculo Velocidade Incremento tempo posição Resultado

}

Figura 4: Fluxograma para simulac¸ ˜ao. Fonte: Autoria pr ´opria.

4.2 ARRANJO EXPERIMENTAL

Os testes foram realizados com um contator comercial de corrente alter-nada. Para a medic¸ ˜ao da deformac¸ ˜ao, ´e utilizado um cabo de fibra ´optica com um sensor FBG gravado no seu final, com comprimento de onda igual a 1542 nm, fi-xado com cola de cianoacrilato no n ´ucleo fixo do contator, como mostra a Figura 5. A aquisic¸ ˜ao do comprimento de onda de pico da FBG ´e feita com um interrogador ´optico, e optou-se por uma taxa de amostragem de 1 kHz. Em paralelo com a medic¸ ˜ao da deformac¸ ˜ao, ´e feita a medic¸ ˜ao el ´etrica de tens ˜ao e corrente nos terminais do contator com auxilio de um oscilosc ´opio digital, utilizando ponteiras de corrente e diferenc¸a de potencial. A configurac¸ ˜ao experimental ´e apresentada na Figura 6.

Os testes experimentais consistem em ligar e desligar a bobina de excitac¸ ˜ao, primeiro com tens ˜ao nominal, 220 V, e em seguida com tens ˜ao reduzida entre 137 V e 139 V respectivamente. O teste de tens ˜ao reduzida foi realizado para identificar o limite m´ınimo de tens ˜ao para o fechamento dos contatos, e tr ˆes situac¸ ˜oes diferentes podem ser analisadas. O primeiro ´e o transiente durante a ativac¸ ˜ao da bobina de excitac¸ ˜ao. Logo ap ´os, ´e apresentado um regime de deformac¸ ˜ao oscilat ´oria causado pela forc¸a oscilat ´oria. A ´ultima situac¸ ˜ao, ´e o transit ´orio quando a bobina de excitac¸ ˜ao ´e desligada, a forma de corrente para est ´a situac¸ ˜ao n ˜ao ´e mostrado, pois a corrente vai para zero instantaneamente. Devido `a sensibilidade do FBG, `a deformac¸ ˜ao e tempe-ratura, somente a deformac¸ ˜ao din ˆamica ser ´a analisada neste trabalho. Esta an ´alise, pode ser feita uma vez que a variac¸ ˜ao no pico de comprimento de onda de Bragg, devido `a temperatura ser lenta em comparac¸ ˜ao com a deformac¸ ˜ao din ˆamica. Em con-junto com as formas de onda de cada situac¸ ˜ao ´e apresentada as formas de corrente e tens ˜ao.

(30)

4.2 Arranjo Experimental 28

FBG

Figura 5: Sensor FBG fixado ao n ´ucleo fixo do con-tator.

Fonte: Autoria pr ´opria.

Núcleo Fixo Interruptor

Bobina de

Excitação Núcleo Móvel

Sensor FBG Fonte CA Fibra Óptica Interrogador Óptico Aquisição Contator Ponteira DDP Ponteira Corrente Osciloscópio

Figura 6: Arranjo experimental. Fonte: Autoria pr ´opria.

(31)

29 5 RESULTADOS E DISCUSS ˜AO

Os resultados s ˜ao obtidos ligando e desligando o interruptor da fonte da bobina de excitac¸ ˜ao. A Figura 7 apresenta a leitura da medic¸ ˜ao do comprimento de onda do sensor FBG e tamb ´em ´e poss´ıvel identificar a situac¸ ˜ao de alimentac¸ ˜ao da bobina. Durante os 20 segundos de medic¸ ˜ao, uma variac¸ ˜ao lenta no comprimento de onda do sensor FBG pode ser observada, a variac¸ ˜ao lenta ´e devido ao aumento de temperatura dentro do contator causado pela circulac¸ ˜ao de corrente el ´etrica. A cor-rente el ´etrica ´e respons ´avel pelas perdas joule da bobina de excitac¸ ˜ao, essas perdas e as perdas magn ´eticas do n ´ucleo do contator levam `a um aumento de temperatura do contator.

A variac¸ ˜ao do comprimento de onda FBG devido `a deformac¸ ˜ao din ˆamica ´e mais r ´apida do que a variac¸ ˜ao devido `a temperatura, como pode ser observado quando o interruptor liga ou desliga. Devido ao efeito da temperatura, apenas a variac¸ ˜ao do comprimento de onda din ˆamico ´e analisado neste trabalho. Assim, ape-nas pequenos intervalos de tempo s ˜ao mostrados ape-nas Figuras seguintes e a variac¸ ˜ao do comprimento de onda nessas situac¸ ˜oes ´e devida apenas `a deformac¸ ˜ao. Junto com essas an ´alises de deformac¸ ˜ao ´e mostrado o comportamento da tens ˜ao e corrente nos terminais da bobina de excitac¸ ˜ao, sendo que a corrente ´e a ´unica que apresenta variac¸ ˜ao not ´aveis.

A bobina do contator ´e energizada um segundos ap ´os o in´ıcio da aquisic¸ ˜ao, em detalhe da deformac¸ ˜ao ´e apresentado na Figura 8. O sensor FBG tem uma sen-sibilidade de deformac¸ ˜ao de 1,2 pm/µε. No entanto, os resultados deste trabalho s ˜ao apresentados em variac¸ ˜ao de comprimento de onda, e um processo de calibrac¸ ˜ao precisa ser feito como um trabalho futuro. Quando a bobina do contator ´e energi-zada, o n ´ucleo m ´ovel ´e puxado para baixo pela forc¸a eletromagn ´etica e colide com o n ´ucleo fixo. Esta colis ˜ao, faz com que o n ´ucleo fixo sofra compress ˜ao devido ao im-pacto, posic¸ ˜ao 2 da Figura 8, resultando em uma diminuic¸ ˜ao no comprimento de onda medido. Ap ´os ter sofrido essa compress ˜ao, a deformac¸ ˜ao do n ´ucleo fixo sobre um au-mento no compriau-mento de onda medido, causando uma expans ˜ao do material, essa expans ˜ao ´e devido a forc¸a exercida pela mola e da forc¸a eletromagn ´etica procurando um ponto de equilibro da deformac¸ ˜ao do material do n ´ucleo. Esse comportamento

(32)

5 Resultados e Discuss ˜ao 30 1540,405 1540,410 1540,415 1540,420 1540,425 1540,430 1540,435 5 10 15 Compri mento de onda [nm] Tempo [s] Sensor FBG

Figura 7: Deformac¸ ˜ao do n ´ucleo fixo do contator. Do per´ıodo de 1s at ´e 18,5s o contator est ´a em funcionamento. Fonte: Autoria Pr ´opria

est ´a presente no sobressalto observado na posic¸ ˜ao 3 da Figura 8. Ap ´os o transit ´orio, a deformac¸ ˜ao do n ´ucleo m ´ovel ´e causada apenas pela forc¸a eletromagn ´etica, que possui uma componente constante e uma componente oscilat ´oria de acordo com a equac¸ ˜ao 11, onde a componente constante faz com que a deformac¸ ˜ao do n ´ucleo te-nha um comprimento de onda em m ´edia de 1540,425 nm, j ´a a componente oscilat ´orio n ˜ao ´e poss´ıvel dizer quanto influ ˆencia na deformac¸ ˜ao do n ´ucleo, mas ´e not ´avel durante o acionamento e desligar do contator mostrado pela Figura 7. Em um contator ideal, a parte da forc¸a oscilat ´oria deve ser zero, mas isso n ˜ao ocorre no contator usado neste documento. Isto pode ser identificado pela deformac¸ ˜ao do n ´ucleo fixo quando o sis-tema entra no estado estacion ´ario. A tens ˜ao da deformac¸ ˜ao do n ´ucleo fixo ´e ilustrada na Figura 8 para cada situac¸ ˜ao.

A Figura 9 demonstra o transit ´orio da corrente durante o acionamento mos-trado na Figura 8. Nota-se que o ponto da curva da tens ˜ao em que o contator foi acionado representa a intensidade m ´axima que a corrente pode chegar, sendo para esse caso, aproximadamente -90o el ´etricos na tens ˜ao respondeu a uma amplitude m ´axima da corrente de 1,5 A. Em aproximadamente 15 ms os n ´ucleos se encontram em contato, esse instante para a curva mostrada na Figura 8 corresponde a posic¸ ˜ao 2. As pr ´oximas pequenas variac¸ ˜oes na corrente, correspondem at ´e a estabilizac¸ ˜ao da deformac¸ ˜ao que permanecem at ´e entrar em estado estacion ´ario a partir de 55 ms.

Durante o estado estacion ´ario, a deformac¸ ˜ao experimentada pelo n ´ucleo fixo ´e devida `a forc¸a eletromagn ´etica com uma componente constante e uma compo-nente senoidal. Devido `a sensibilidade simult ˆanea do FBG `a deformac¸ ˜ao e tempera-tura, n ˜ao ´e poss´ıvel determinar a deformac¸ ˜ao causada apenas pela porc¸ ˜ao constante

(33)

5 Resultados e Discuss ˜ao 31

Figura 8: Deformac¸ ˜ao do n ´ucleo fixo do contator durante o transit ´orio quando a bobina de excitac¸ ˜ao est ´a ligada. A posic¸ ˜ao do n ´ucleo m ´ovel ´e ilustrada acima da curva de deformac¸ ˜ao.

Fonte: Autoria Pr ´opria

da forc¸a eletromagn ´etica. A variac¸ ˜ao de temperatura leva a uma variac¸ ˜ao no compri-mento de onda de Bragg e leva a uma expans ˜ao t ´ermica do n ´ucleo. Esses dois efeitos ocorrem com uma frequ ˆencia mais lenta em comparac¸ ˜ao com a deformac¸ ˜ao din ˆamica causada pela porc¸ ˜ao senoidal da forc¸a eletromagn ´etica. Assim, com a instrumentac¸ ˜ao usada neste trabalho, somente a deformac¸ ˜ao devido a componente constante da forc¸a eletromagn ´etica no estado estacion ´ario pode ser analisada. Esta deformac¸ ˜ao ´e mos-trada na Figura 10 e o componente de frequ ˆencia fundamental ´e de 120 Hz, o dobro da frequ ˆencia da bobina de excitac¸ ˜ao, como esperado de acordo com a equac¸ ˜ao 11.

Contatores comerciais s ˜ao projetados de modo que a forc¸a eletromagn ´etica senoidal seja a menor poss´ıvel, alterando a a forma do n ´ucleo, modificando a bo-bina, material do anel de curto-circuito e entre outros. Devido a isso, a amplitude da deformac¸ ˜ao ´e pequena e um sensor com boa sensibilidade, boa relac¸ ˜ao sinal-ru´ıdo e imunidade `a interfer ˆencia eletromagn ´etica ´e necess ´ario. Essas caracter´ısticas podem ser encontradas em um sensor de deformac¸ ˜ao FBG.

A transformada de Fourier da deformac¸ ˜ao din ˆamica em estado estacion ´ario ´e mostrada na Figura 11, onde ´e poss´ıvel identificar a frequ ˆencia fundamental de 120 Hz.

(34)

5 Resultados e Discuss ˜ao 32

Figura 9: Transit ´orio da corrente na bobina de excitac¸ ˜ao durante o acionamento do contator. Canal 1 (azul escuro) mostra a curva da tens ˜ao de entrada em divis ˜oes de 100 V. Canal 2 (azul claro) mostra a curva da corrente el ´etrica da bobina de excitac¸ ˜ao em divis ˜oes de 500 mA. A escala de tempo (eixo horizontal) esta em 10 ms por divis ˜ao.

Fonte: Autoria Pr ´opria

1540,4245 1540,4250 1540,4255 1540,4260 1540,4265 1540,4270 1540,4275 50 100 150 200 Compri mendo de onda [ nm] Tempo [ms] Sensor FBG

Figura 10: Deformac¸ ˜ao do n ´ucleo fixo durante estado es-tacion ´ario do contator.

Fonte: Autoria Pr ´opria

A Figura 12 ilustra o sinal de corrente e tens ˜ao na bobina de excitac¸ ˜ao durante o estado estacion ´ario. Oberserva-se que uma defasagem m ´edia entre elas ´e de -110o el ´etricos. Essa defasagem teoricamente deveria ser -90o el ´etricos, por ´em esse acr ´escimo ´e devido ao anel de curto-circuito impactar no fluxo el ´etrico que atua

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5 Resultados e Discuss ˜ao 33 -130 -120 -110 -100 -90 -80 -70 -60 100 200 300 400 500 Amplitude [ db] Frequência [Hz] Sensor FBG

Figura 11: Espectro de frequ ˆencia deformac¸ ˜ao din ˆamica do n ´ucleo fixo do contator.

Fonte: Autoria Pr ´opria

no n ´ucleo do contator, o que gera um atraso no fluxo total da bobina de excitac¸ ˜ao. Ainda podemos ver na Figura 12 que para o contator estar atuando a corrente que flui pela bobina de excitac¸ ˜ao ´e baixa, em m ´edia 147,6 mA.

Figura 12: Corrente e tens ˜ao na bobina de excitac¸ ˜ao durante o estado estacion ´ario do con-tator. Canal 1 (azul escuro) mostra a curva da tens ˜ao de entrada em divis ˜oes de 100 V. Canal 2 (azul claro) mostra a curva da corrente el ´etrica da bobina de excitac¸ ˜ao em divis ˜oes de 500 mA. A escala de tempo (eixo horizontal) esta em 10 ms por divis ˜ao.

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5 Resultados e Discuss ˜ao 34 A deformac¸ ˜ao do n ´ucleo do contator quando a chave ´e desligada ´e apre-sentada na Figura 13. A forc¸a eletromagn ´etica ´e zero e o transit ´orio na Figura 13 ´e devido `a energia armazenada nas molas. Em 135 ms a tens ˜ao na bobina de excitac¸ ˜ao ´e zero e a pequena variac¸ ˜ao no comprimento de onda do Bragg ´e devida a ru´ıdos que o sensor detecta, principalmente variac¸ ˜ao de temperatura interna do contator.

1540,422 1540,424 1540,426 1540,428 1540,430 1540,432 50 100 150 200 Compri mento de onda [nm] Tempo [ms] Sensor FBG

Figura 13: Deformac¸ ˜ao do n ´ucleo fixo do contator quando a bobina de excitac¸ ˜ao ´e desligada.

Fonte: Autoria Pr ´opria

Um segundo teste ligando o contator foi efetuado, um ponto na curva de tens ˜ao em aproximadamente +90o el ´etricos, mostrado na Figura 15. Na Figura 14 o transit ´orio da deformac¸ ˜ao segue as mesmas posic¸ ˜oes mostradas na Figura 8, como neste teste o ponto na curva de tens ˜ao foi mais pr ´oximo de 90o el ´etricos, indiferente se for positivo ou negativo, teve um pico m ´aximo de corrente de 1,521 A e apresentou uma variac¸ ˜ao menor do sobressalto.

As Figuras 16 e 17 ilustra um teste feitos durante o acionamento do contator em aproximadamente 0o el ´etricos na curva de tens ˜ao. A Figura 16 mostra que quanto mais pr ´oximo de 0o el ´etricos maior ser ´a a corrente pela bobina de excitac¸ ˜ao durante o transit ´orio, atingindo 1,9000 A aproximadamente e ilustrado na Figura 17, e n ˜ao demonstrou ter o sobressalto na etapa de expans ˜ao do n ´ucleo fixo.

Feitas essas an ´alises pelo ponto de vista que o sobressalto do n ´ucleo do contator ´e um dos principais aspectos a ser evitado para o bom funcionamento deste equipamento, o melhor momento para acionar a bobina de excitac¸ ˜ao seria o ponto da curva de tens ˜ao em 0o el ´etricos, mesmo sendo neste ponto a maior corrente ne-cess ´ario para que os n ´ucleos se encontrem. Tendo um m´ınimo ou nenhum sobres-salto a vida ´util do equipamento ´e prolongada. A durac¸ ˜ao dos per´ıodos transit ´orios mostraram-se iguais para os testes realizados, indiferente do ponto da curva de tens ˜ao

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5 Resultados e Discuss ˜ao 35 1540,425 1540,430 1540,435 1540,440 1540,445 20 40 60 80 100 Compri mento de onda [nm] Tempo [ms] Sensor FBG

Figura 14: Transit ´orio da deformac¸ ˜ao din ˆamica do n ´ucleo fixo do contator duranto o acionamento.

Fonte: Autoria Pr ´opria

Figura 15: Transit ´orio da corrente na bobina de excitac¸ ˜ao durante o acionamento do conta-tor. Canal 1 (azul escuro) mostra a curva da tens ˜ao de entrada em divis ˜oes de 100 V. Canal 2 (azul claro) mostra a curva da corrente el ´etrica da bobina de excitac¸ ˜ao em divis ˜oes de 500 mA. A escala de tempo (eixo horizontal) esta em 10 ms por divis ˜ao.

Fonte: Autoria Pr ´opria

que ´e dado o acionamento da bobina de excitac¸ ˜ao.

Testes com novos par ˆametros de tens ˜ao reduzida foram feitos para saber o limite que o contator pode operar, para isso foram feitas reduc¸ ˜oes na tens ˜ao de

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5 Resultados e Discuss ˜ao 36 1540,585 1540,590 1540,595 1540,600 1540,605 1540,610 20 40 60 80 100 Compri mento de onda [nm] Tempo [ms] Sensor FBG

Figura 16: Transit ´orio da deformac¸ ˜ao din ˆamica do n ´ucleo fixo do contator duranto o acionamento.

Fonte: Autoria Pr ´opria

Figura 17: Transit ´orio da corrente na bobina de excitac¸ ˜ao durante o acionamento do conta-tor. Canal 1 (azul escuro) mostra a curva da tens ˜ao de entrada em divis ˜oes de 100 V. Canal 2 (azul claro) mostra a curva da corrente el ´etrica da bobina de excitac¸ ˜ao em divis ˜oes de 500 mA. A escala de tempo (eixo horizontal) esta em 10 ms por divis ˜ao.

Fonte: Autoria Pr ´opria

alimentac¸ ˜ao da bobina de excitac¸ ˜ao, e foi encontrado um limite em 137,5 V. Com esta amplitude de tens ˜ao o contator n ˜ao pode operar adequadamente durante seu transit ´orio e n ˜ao fechou seus contatos.

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5 Resultados e Discuss ˜ao 37 As Figura 18 e 19 ilustram a deformac¸ ˜ao din ˆamica e o comportamento da corrente durante a reduc¸ ˜ao de tens ˜ao para 137,5 V, onde paroximadamente 1 A de corrente ´e drenada da fonte de alimentac¸ ˜ao. Apos 60 ms o contator fica abrindo e fe-chando seus contatos, isso acontece pois a forca eletromagn ´etica m ´axima n ˜ao vence a forc¸a exercida pelas molas, e n ˜ao fecha os contatos at ´e que a tens ˜ao suba nova-mente. 1540,692 1540,693 1540,694 1540,695 1540,696 1540,697 1540,698 1540,699 1540,700 1540,701 20 40 60 80 100 Compri mento de onda [nm] Tempo [ms] Sensor FBG

Figura 18: Transit ´orio da deformac¸ ˜ao din ˆamica do n ´ucleo fixo do contator duranto o acionamento.

Fonte: Autoria Pr ´opria

Durante a tentativa de fechar totalmente o contato entre os n ´ucleos, o con-tator possu´ı grandes vibrac¸ ˜oes e emite um som o qual pode-se identificar quando n ˜ao consegue funcionar adequadamente. A resposta em frequ ˆencia para essas vibrac¸ ˜oes ´e ilustrado na Figura 20. Nota-se que al ´em da componente fundamental de 120 Hz, as demais harm ˆonicas mostram altas amplitudes, correspondendo assim ao mal fun-cionamento do contator.

Um segundo teste para a tens ˜ao reduzida foi feito, mediu-se uma tens ˜ao de 138,4 V, como mostra a Figura 21, essa variac¸ ˜ao diferente da anterior se da a n ˜ao linearidade do equipamento utilizado, podendo ser caracterizado pela falta de precis ˜ao do mesmo e ainda um acr ´escimo de tens ˜ao residual ao teste anterior, pois n ˜ao foram feitas alterac¸ ˜oes no equipamento.

Com a tens ˜ao tendo sido elevada pela n ˜ao linearidade do material e o n ´ucleo estar com temperatura j ´a elevada durante o teste, o a deformac¸ ˜ao din ˆamica do contator mostrou que em 50 ms o contator efetua total contato entre os n ´ucleos. Sendo assim o contator teve funcionamento normal ap ´os o transit ´orio, o qual mostrou ser semelhante ao transit ´orio mostrado na Figura 18.

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5 Resultados e Discuss ˜ao 38

Figura 19: Transit ´orio da corrente na bobina de excitac¸ ˜ao durante o acionamento do conta-tor. Canal 1 (azul escuro) mostra a curva da tens ˜ao de entrada em divis ˜oes de 100 V. Canal 2 (azul claro) mostra a curva da corrente el ´etrica da bobina de excitac¸ ˜ao em divis ˜oes de 500 mA. A escala de tempo (eixo horizontal) esta em 20 ms por divis ˜ao.

Fonte: Autoria Pr ´opria

-130 -120 -110 -100 -90 -80 -70 -60 100 200 300 400 500 Amplitude [ db] Frequência [Hz] Sensor FBG

Figura 20: Espectro de frequ ˆencia deformac¸ ˜ao din ˆamica do n ´ucleo fixo do contator.

Fonte: Autoria Pr ´opria

Um ponto a ser analisado na Figura 22 ´e que o ponto da curva de tens ˜ao quando acionado a bobina de excitac¸ ˜ao foi pr ´oximo de 0o el ´etricos, o qual foi res-pons ´avel pela m ´axima corrente de 1,3000 A aproximadamente, o qual pode-se dizer que foi respons ´avel por gerar uma forc¸a eletromagn ´etica m ´axima maior que a forc¸a

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5 Resultados e Discuss ˜ao 39 1540,686 1540,688 1540,690 1540,692 1540,694 1540,696 1540,698 1540,700 20 40 60 80 100 Compri mento de onda [nm] Tempo [ms] Sensor FBG

Figura 21: Transit ´orio da deformac¸ ˜ao din ˆamica do n ´ucleo fixo do contator duranto o acionamento.

Fonte: Autoria Pr ´opria

exercida pelas molas, e assim fechando totalmente o contato entre os n ´ucleos, e es-tabilizando em regime estacion ´ario com cerca de 100 mA.

Figura 22: Transit ´orio da corrente na bobina de excitac¸ ˜ao durante o acionamento do conta-tor. Canal 1 (azul escuro) mostra a curva da tens ˜ao de entrada em divis ˜oes de 100 V. Canal 2 (azul claro) mostra a curva da corrente el ´etrica da bobina de excitac¸ ˜ao em divis ˜oes de 500 mA. A escala de tempo (eixo horizontal) esta em 20 ms por divis ˜ao.

Fonte: Autoria Pr ´opria

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con-5 Resultados e Discuss ˜ao 40 tator ´e ilustrada na Figura 23, como em estado estacion ´ario o contator est ´a ope-rando normalmente, sua resposta em frequ ˆencia segue o mesmo padr ˜ao demonstrada em 11, com amplitude maior na frequ ˆencia fundamental devido a operac¸ ˜ao fora das condic¸ ˜oes nominais.

-120 -115 -110 -105 -100 -95 -90 -85 -80 -75 -70 100 200 300 400 500 Amplitude [ db] Frequência [Hz] Sensor FBG

Figura 23: Resposta em frequ ˆencia deformac¸ ˜ao din ˆamica do n ´ucleo fixo do contator.

Fonte: Autoria Pr ´opria

E por ´ultimo a an ´alise da simulac¸ ˜ao computacional. Esta etapa n ˜ao fo-ram alcanc¸ado resultados esperados para comparac¸ ˜ao com as medic¸ ˜oes feitas com oscilosc ´opio, sendo assim, a Figura 24 demonstra que em estado estacion ´ario para condic¸ ˜oes nominais de funcionamento assemelham-se muito com as encontradas na Figura 8. Por ´em, n ˜ao demonstrou transit ´orio mesmo com a movimentac¸ ˜ao do n ´ucleo m ´ovel at ´e o entreferro ser zero, e o tempo desse movimento tamb ´em n ˜ao condiz com o tempo da posic¸ ˜ao 2 da Figura 7. Por n ˜ao mostrar o per´ıodo de transit ´orio da cor-rente de excitac¸ ˜ao, outro fator que implicou em n ˜ao utilizar essa simulac¸ ˜ao para com-parar resultados com os experimentos pr ´atico ´e o fato que os valores medidos para resist ˆencia da bobina de excitac¸ ˜ao, anel de curto-circuito e o n ´umero de expiras resul-taram em valores diferentes dos obtidos experimentalmente, sendo assim os gr ´aficos mostrados na Figura 24 ´e resultado de valores testados empiricamente para mostrar que o algoritmo funciona e acredita-se que utilizando m ´etodos num ´ericos as equac¸ ˜oes apresentadas no Capitulo 2 a simulac¸ ˜ao os resultados devam alcanc¸ar os padr ˜oes e valores mostrados experimentalmente.

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5 Resultados e Discuss ˜ao 41 0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 Tempo (s) -0.2 -0.1 0 0.1 0.2 Corr ente (A) Corrente de excitação 0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 Tempo (s) 0 2 4 6 8 Posiçã o (m)

#10-3 Posição do núcleo móvel

Figura 24: Gr ´aficos obtidos com a simulac¸ ˜ao computacional. Primeiro gr ´afico mostra a corrente de excitac¸ ˜ao e o segundo o posicionamento do n ´ucleo m ´ovel em relac¸ ˜ao ao n ´ucleo fixo.

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42 6 CONCLUS ˜AO

Este Trabalho apresenta a medic¸ ˜ao da deformac¸ ˜ao din ˆamica do n ´ucleo de um contator eletromec ˆanico. Tr ˆes situac¸ ˜oes s ˜ao analisadas, o transit ´orio quando a bobina do contator ´e ligada, a deformac¸ ˜ao din ˆamica do n ´ucleo do contator no estado estacion ´ario e o transit ´orio quando a bobina do contator ´e desligada. O uso do FBG para medir a deformac¸ ˜ao permitiu a identificac¸ ˜ao das duas componentes da forc¸a ele-tromagn ´etica no n ´ucleo do contator, uma componente constante e outra senoidal. A componente senoidal, observada durante o estado estacion ´ario, tem uma frequ ˆencia fundamental de 120 Hz, que ´e o dobro da frequ ˆencia da rede el ´etrica. Devido `a sen-sibilidade intr´ınseca cruzada do FBG, apenas a componente constante da forc¸a ele-tromagn ´etica ´e poss´ıvel ser analisada. Os resultados mostram que as caracter´ısticas dos sensores FBG comprovaram ser v ´alidas para esta aplicac¸ ˜ao.

Os resultados apresentados mostram um potencial para sensores FBG para monitoramento e analise de maquinas el ´etricas. As caracter´ısticas desses sen-sores justifica sua aplicac¸ ˜ao em m ´aquinas el ´etricas, principalmente seu tamanho re-duzido, sua imunidade eletromagn ´etica, possibilidade de multiplexac¸ ˜ao de v ´arios sen-sores na mesma fibra ´optica. O grande empecilho em sua utilizac¸ ˜ao ambientes in-dustriais, ´e seu alto custo envolvido, onde o maior custo est ´a no interrogador ´optico. Sendo assim, para m ´aquinas e equipamentos el ´etricos como o apresentado neste tra-balho, n ˜ao se torna economicamente vi ´avel, uma vez que o custo da instrumentac¸ ˜ao pode chegar ou ultrapassar o valor da m ´aquina ou equipamento a ser instalado. Por outro lado, em m ´aquinas e equipamentos de alta potencia e custos muito mais eleva-dos, onde necessita que o funcionamento ideal e o monitoramento s ˜ao indispens ´aveis para n ˜ao causar um gasto ainda mais elevado, a utilizac¸ ˜ao de sensores FBG, passa a ser economicamente vi ´avel.

Trabalhos futuros devem utilizar a t ´ecnica de instrumentac¸ ˜ao para validac¸ ˜ao de modelos de simulac¸ ˜ao din ˆamica e para estudar o comportamento do contator du-rante quedas de tens ˜ao. Al ´em disso, a instrumentac¸ ˜ao tamb ´em pode ser melhorada com o uso de um pacote para medic¸ ˜ao simult ˆanea de temperatura e deformac¸ ˜ao e a tens ˜ao causada pela parte constante da forc¸a eletromagn ´etica pode ser identificada.

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