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Soluções Numéricas de EDO’s

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Academic year: 2019

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(1)

Soluções Numéricas

de EDO’s

Prof. Dr. Leandro Blass

Prof. Dr. Anderson Bihain

(2)

Equações Diferenciais

 Equações contendo derivadas são equações diferenciais.

 É necessário conhecer equações diferenciais para:

• Compreender e investigar problemas envolvendo o fluxo de corrente elétrica em circuitos, a dissipação de calor em objetos sólidos, a propagação e detecção de ondas sísmica, o aumento ou diminuição de populações, o movimento de fluidos, entre outros.

(3)

Equações Diferenciais

 Você aprendeu, em cálculo, que a derivada dy/dx de uma

função y =(x) é em si uma outra função ’(x).

2

1 0 x

e

y

,

 A função é diferencial no intervalo (-,), e a sua

derivada é . Se substituirmos no lado

direito da derivada pelo símbolo y, obteremos

2 1 0 2 0 x xe dx

dy/  , ,

e

0,1x2

xy dx dy 2 0, 

 Como resolver essa equação na função incógnita y =(x)?

 A equação construída em (1) é chamada de equação diferencial.

(4)

Definição de Equação

Diferencial

 Uma equação que contém as derivadas (ou diferenciais) de uma ou mais variáveis dependentes em relação a uma ou mais variáveis independentes é chamada de equação diferencial (ED).

(5)

Classificação quanto ao Tipo

, x e y dx

dy

5 6 0,

2 2    y dx dy dx y d

Equações Diferenciais Ordinárias (EDO): se a função desconhecida depende de uma única variável independente. Neste caso, aparecem apenas derivadas simples.

y x dt dy dt dx    2 , 0 2 2 2 2       y u x u , t u t u x u         2 2 2 2 2

Equações Diferenciais Parciais (EDP): se a função desconhecida depende de diversas variáveis independentes. Neste caso, aparecem as derivadas parciais.

(6)

Classificação de Equações

Diferenciais

Notação de Leibniz: , , ,...

3 3 2 2 dx y d dx y d dx

dy Notação linha:

```,... ``,

`, y y y

Notação de Leibniz:

Notação linha: , x e y dx

dy

5 2 6 0,

2    y dx dy dx y d y x dt dy dt

dx

2

, ` y ex

y 5  y``y`6y  0,

A notação linha é usada somente para denotar as três primeiras derivadas; a quarta derivada é escrita como y(4), em

(7)

Classificação de Equações

Diferenciais

Sistema de equações diferenciais: se existem duas ou mais funções que devem ser determinadas, precisamos de um sistema de equações.

Uma solução de um sistema como (8) é um par de funções diferenciais x =1(t), y =2(t), definidas em um intervalo comum I, que satisfazem cada equação do sistema neste intervalo.

) , , (t x y f

dt dx

) , ,

(t x y g

dt dy

(8)

Classificação de Equações

Diferenciais

Notação ponto de Newton: é às vezes usada em Física ou

Engenharia para denotar derivadas em relação ao tempo. Assim sendo, a equação diferencial

32 2 2   dt s

d torna-se

32

s

Derivadas parciais são geralmente denotadas por uma

notação em subscrito. Assim sendo, a equação diferencial

t tt

xx u u

u   2

(9)

Equações Diferenciais

Ao estudar alguns fenômenos, é difícil estabelecer

diretamente a

relação de dependência

entre uma

variável independente

x

e uma

dependente

y

.

Todavia, é mais fácil estabelecer a relação entre

x

,

y

e as derivadas

y’(x), y’’(x), …, Y

(n)

(x)

.

Esta relação constitui uma

equação diferencial

.

(10)

Equações Diferenciais

Equação diferencial:

• é uma equação envolvendo uma função desconhecida e algumas de suas derivadas.

Equação diferencial ordinária de ordem

n

:

• equação que envolve derivadas até a ordem

n

da forma

Y

(n)

(x) = f(x, y(x),

y’(x), y’’(x), …

, Y

(n-1)

(x))

(11)

Ordem: a ordem de uma ED é a ordem da mais alta derivada que aparece na equação.

Exemplos:

5

x

3

,

dx dy

1

2 2 3 3 4 4

dydt

y

dt y d dt y d dt y d

Classificação por Ordem

É uma equação diferencial de segunda ordem.

x e y dx dy dx y

d

     

 5 4

3

2 2

(12)

Equações diferenciais ordinárias de primeira ordem são ocasionalmente escritas na forma diferencial

Classificação por Ordem

M(x, y) dy + N(x, y) dx = 0

Por exemplo, supondo que

y

seja a variável dependente em

(y - x) dx + 4x dy = 0,

então

y’ = dy/dx

Portanto, dividindo pela diferencial dx, obtemos a forma alternativa

(13)

Por razões práticas e teóricas, também consideraremos

)

,...,

"

,'

,

,

(

( 1)

n n

n n

y

y

y

y

x

f

y

dx

y

d

Classificação por Ordem

Geralmente a equação

F(y, y’, y”, ..., y(n)) = 0 (4)

é uma equação diferencial ordinária de ordem n em uma

variável dependente.

Onde F é uma função de valores reais de n + 2 variáveis, x, y,

y’, ..., y(n), e onde y(n) = dny / dxn.

(14)

para representar equações diferenciais ordinárias de primeira e segunda ordem.

Classificação por Ordem

Quando servir aos nossos propósitos, usaremos a forma normal

)

,

(

x

y

f

dx

dy

f

(

x

,

y

,

y

'

)

dx

y

d

2 2

e

(15)

Equações Lineares e não-lineares: A equação diferencial

0

)

,...,

"

,'

,

(

x

y

y

y

(n)

F

É dita linear se F é uma função linear das varáveis y, y’, y”,..., y(n-1)

Assim a equação diferencial ordinária linear geral de ordem n é

0

0

1 1

1

(

)

(

)

'

(

)

(

)

)

(

x

y

( )

a

x

y

( )

a

x

y

a

x

y

g

x

a

n n n n

Classificação por

Linearidade

)

(

)

(

)

(

)

(

)

(

a

x

y

g

x

dx

dy

x

a

dx

y

d

x

a

dx

y

d

x

a

n n n n n

n

1 1 0

1

1

(6)

(16)

Em (2) observamos as duas propriedades características de uma equação diferencial linear:

1) A variável dependente e todas as suas derivadas são do 1º grau, isto é, a potência de cada termo envolvendo y é 1.

2) Cada coeficiente depende no máximo da variável independente x. As equações diferenciais ordinárias lineares

abaixo são, respectivamente, de 1ª, 2ª e 3ª ordem.

Classificação por

Linearidade

)

(

)

(

)

(

)

(

)

(

a

x

y

g

x

dx

dy

x

a

dx

y

d

x

a

dx

y

d

x

a

n n n n n

n

1 1 0

1

1

(2)

(y - x) dx + 4x dy = 0, y’’– 2y’+ y = 0 e x

dt dy dx y d

e

y

x

5

(17)

A equação diferencial que não é da forma (1) é uma equação não-linear. Exemplo:

y

'

''

2

e

t

y

"

yy

'

t

4

Classificação por

Linearidade

Equações não-lineares: Uma equação diferencial ordinária

não-linear é simplesmente uma que não é linear.

Funções não-lineares da variável dependente ou de suas derivadas, como seny ou e y’, não podem aparecer em uma equação linear. Assim sendo, , 0 2 2   seny dx y d , ' )

(1 y y 2yex 4 2

0

4

y

dx

y

d

Termo não-linear

Coeficiente dependente de y Termo não-linearFunção não-linear de y

Termo não-linear

(18)

Solução de uma EDO

Definição: Toda função , definida em um intervalo I que tem

pelo menos

n

derivadas contínuas em I, as quais quando

substituídas em uma equação diferencial ordinária de ordem

n

reduzem a equação a uma identidade, é denominada uma

solução da equação diferencial no intervalo.

Em outras palavras, uma solução de uma equação diferencial ordinária de ordem n (4) é uma função  que tem pelo menos n

derivadas e para qual

(19)

Soluções: Uma solução da equação

y(n) = f (x, y, y`, y``, ..., y(n-1) ) em  < x <

é uma função  tal que `, ``, ... (n) existem e satisfazem

(n)(x) = f [x, (x), `(x), ``(x), ... (n-1) (x)]

para todo x em  < x <

Soluções

2

1 0 x

e

y

,

(20)

Verificação de uma Solução

Exemplo 1: Verifique se a função indicada é uma solução da

equação diferencial dada no intervalo (-,).

a)

dy/dx = xy

1/2

; y = x

4

/16

b)

y’’ –

2

y’

+ y = 0; y = xe

x

Solução: Uma maneira de verificar se a solução dada é uma solução é observar depois de substituir, se ambos os lados da equação são iguais para cada x no intervalo.

a) dy/dx = xy1/2; y = x4/16

lado esquerdo:

lado direito:

 

3 3

4 1 4 16 1 x x dx

dy

. 3 2 2 1 4 2 1 4 1 4 1 16 1 x x x x x

xy  

(21)

Verificação de uma Solução

Verifique se a função indicada é uma solução da equação diferencial dada no intervalo (-,).

a) dy/dx = xy1/2; y = x4/16

lado esquerdo:

lado direito:

 

3 3

4 1 4 16 1 x x dx

dy

. 3 2 2 1 4 2 1 4 1 4 1 16 1 x x x x x

xy  

             . / /

Vemos que ambos os lados são iguais para cada número real x.

(22)

Verificação de uma Solução

Verifique se a função indicada é uma solução da equação diferencial dada no intervalo (-,).

b) y’’ – 2y’ + y = 0; y = xex

Das derivadas y’ = xex + ex e y’’ = xex + 2ex, temos, para x  

lado esquerdo:

lado direito: 0

0

2       

x x x x

xe e

x e

xe y

y

y '' ' ( 2 ) 2( ex )

Observe que neste exercício, cada equação diferencial tem a solução constante y = 0, -< x <. Uma solução de uma

equação diferencial identicamente nula no intervalo I é chamada

(23)

Curva Integral

O gráfico de uma solução  de uma EDO é chamado de curva integral. Uma vez que  é uma função diferenciável, ela é contínua no intervalo de definição I. Assim sendo, pode haver uma

diferença entre o gráfico da função  e a solução da função .

Posto de outra forma, o domínio da função  não precisa ser

igual ao intervalo I de definição (ou domínio) da solução.

(24)

Domínio versus

intervalo

I

de Definição

Exemplo 2: O domínio de y = 1/x é  - {0}. A função racional y = 1/x, é

descontínua em zero. A função não é diferenciável em x = 0, uma vez que

o eixo y (cuja equação é x = 0) é uma assíntota vertical do gráfico.

Entretanto, y = 1/x é também solução da equação diferencial linear de primeira ordem xy’ + y = 0. (verifique)

Mas quando afirmamos que y = 1/x é uma solução dessa ED, queremos dizer que é uma função definida em um intervalo I no qual é diferenciável e satisfaz a equação.

Portanto, tomamos I como sendo (-, 0) ou (0,). O gráfico ilustra as

(25)

Domínio versus

intervalo

I

de Definição

Exemplo 2:

(26)

Soluções Explícitas e

Implícitas

Solução Explícita: É quando numa solução a variável dependente

é expressa somente em termos da variável independente e das constantes.

y = x4/16, y = xex e y = 1/x são soluções explícitas de

dy/dx = xy1/2, y’’ – 2y’ + y = 0 e xy’ + y = 0

Além disso, a solução trivial y = 0 é uma solução explícita de

(27)

Soluções Explícitas e

Implícitas

Solução Implícita: Dizemos que uma relação G(x, y) = 0 é uma

solução implícita de uma equação diferencial (4), em um intervalo

I, quando existe pelo menos uma função  que satisfaça a relação,

bem como a equação diferencial em I.

Exemplo 3: A relação x2 + y2 = 25

é uma solução implícita da ED

y x dx dy  

no intervalo -5 < x < 5. Por

diferenciação implícita, obtemos

0  ) ,..., " ,' ,

(x y y y(n)

F (4) 25 2 2 dx d y dx d x dx

d

ou 2  2  0

(28)

Soluções Explícitas e

Implícitas

Exemplo 3: Uma solução implícita e duas explícitas de y’ = - x/y

(a) Solução implícita

x2 + y2 = 25

(b) Solução explícita

5 5

25 2

1   x   x

y ,

(c) Solução explícita

5 5

25 2

2    x   x

(29)

Uso de computadores na

solução de EDO

Exercícios destinados a Laboratório de Computação.

Use um SAC (Sistema Algérico Computacional) para computar todas as derivadas e fazer as simplificações necessárias à constatação de que a função indicada é uma solução particular da equação diferencial dada.

1) y(4) 20 y’’’ + 158y’’ – 580y’ + 841y = 0; y = xe5x cos 2x

2) x3y’’’ + 2x2y’’ + 20xy’ - 78y = 0;

x x sen

x x

(30)

Equações Diferenciais

Ordinárias

 A solução de (5’):

y(n)(x) = f(x, y(x), y’(x), y’’(x), …, Y(n-1)(x)) (5)

a ≤ x ≤b.

• é qualquer função y = F(x) que é definida em [1, b] e tem n

derivadas neste intervalo e que satisfaz (5).

• Se a função é de uma só variável, então a equação se chama

ordinária.

• As equações que estabelecem relações entre uma variável e

(31)

Solução de uma EDO

 Na solução de uma EDO, dois caminhos podem ser seguidos:

Método analítico: O que tenta levar à uma solução exata do problema

Método numérico: O que encontra uma solução aproximada.

 Do ponto de vista analítico, resolver uma EDO do tipo y’ = f(x,y) é encontrar uma função y = F(x) que satisfaça a equação dada.

 Por exemplo, dada equação diferencial y’ = f(x,y) = 2x + 3, sua solução é obtida por:

y = ∫(2x+3)dx = x2 + 3x + C

• Na verdade, temos uma família de soluções (para cada CR tem

uma solução particular). A figura 1 (próximo slide) mostra algumas

(32)

Solução de uma EDO

Representações de soluções particulares, para alguns valores de

C, dafunção

y = x 2 + 3 x + C.

Figura 1

C= 0

C= 2

C= 4

x y

Note que à medida que C varia,

(33)

Solução de uma EDO

Para determinarmos uma solução específica é necessária a atribuição do valor de y em um dado x. Em outras palavras, deve ser dado um ponto ( x = a , y = s ) por onde a solução particular deve obrigatoriamente passar.

O processo para encontrar esta solução específica y da equação y =

f ( x, y ) com y ( a ) = s, onde a e s são dados numéricos, é chamado de problema de condição inicial.

Assim, podemos particularizar a solução do problema anterior atribuindo-lhe, por exemplo, a seguinte condição:

Logo, a solução geral é dada por y = x 2 + 3 + C, e a particular será dada por y ( 0 ) = 0 = 0 2 + 3 x 0 + CC = 0. Ou seja, y = x 2 + 3 x .

(34)

Definindo as condições

iniciais

 Para especificar uma das curvas que formam a família de

soluções, é preciso impor condições adicionais na função y. Essas condições são da forma:

y(a) =1 , y’(a) =2 , y’’(a) =3 ,… , y(n-1)(a) =

n (2)

• Que são chamadas de condições iniciais.

 O problema (1) com as condições iniciais (2) é chamado de

problema de valor inicial ou problema de condições iniciais.

(35)

Definindo as condições

iniciais

 O problema geral de primeira ordem é escrito como:

y’(x) = f(x, y(x)), y(a) = com a ≤ x ≤ b (3)

ou

dy/dt = f(t, y(t)), y(a) = com a ≤ t ≤ b

 Um problema de valor inicial de ordem n é escrito como:

y(n)(x) = f(x, y’, y’’, …, y(n-1)), a ≤ x ≤b (4a)

y(a) = 1 , y’(a) = 2 , y’’(a) = 3 ,… , y(n-1)(a) =

(36)

Condições de contorno

 Juntamente com o problema de valor inicial, podemos ter problemas com condições de contorno, isto é:

 Além da condição no início do fenômeno, temos também uma condição a atingir no fim do fenômeno.

EXEMPLO: condição de contorno de segunda ordem é escrito como

y’’(x) = f(x, y, y’’) , a x b (5) com

(37)

Usando símbolos diferentes

Exemplo 2: As funções x = c1cos4t e x = c2sen4t, onde c1 e c2 são

constantes arbitrárias ou parâmetros, são ambas soluções da equação diferencial linear x’’ + 16x = 0.

Para x = c1cos4tx’ = - 4c1sen4t e x’’ = - 16c1cos4t. Substituindo x’’ e x, obtemos

x’’ + 16x = - 16c1cos4t + 16c1cos4t = 0

Para x = c2sen4tx’’= - 16c2sen4t e, portanto,

x’’ + 16x = - 16c2sen4t + 16c2sen4t = 0

É fácil constatar que a combinação linear de soluções, ou a família a dois parâmetros x = c1cos4t + x = c2sen4t é também uma

(38)

Verificação de uma Solução

Uma solução de uma equação diferencial na incógnita y e na variável independente x no intervalo  é uma função y(x) que verifica a equação diferencial identicamente em todo x em .

Exemplo 3: Tem-se que y(x) = C2sen(2x) + C2cos(2x) é uma

solução de y’’ + 4y = 0. Isso pode ser visto através da

substituição de y(x) na equação original. Assim:

y’(x) = C1cos(2x) - C1sen(2x)

y’’(x) = -4C1sen(2x) - 4C2cos(2x)

(39)

Sistema de Equações

Diferenciais

 Um sistema de equações diferenciais de primeira ordem tem a seguinte

forma geral:

• y’1(x) = f1(x, y1, y2, y3, … yn)

• y’2(x) = f2(x, y1, y2, y3, … yn)

• … a x b

y’n(x) = fn(x, y1, y2, y3, yn)

• Sujeito a yk(a) =k , k = 1(1)n (6b)

• Onde f1, f2, … f1n são funções de n + 1 variáveis.

• Nota: se o problema (6a) tem solução, então ele tem, em geral, várias soluções (uma família de soluções). Com as condições (6b), temos o problema do valor inicial.

(40)

Sistema de Equações

Diferenciais

 As soluções do problema (6a) são derivadas da solução de uma única equação. Resolvendo o problema (6), podemos resolver o problema (4), utilizando mudanças de variáveis. Assim, basta definir um conjunto de n funções y1, y2, …, yn, da seguinte forma:

• y1(x) = y(x)

• y2(x) = y’(x)

• …

yn(x) = y(n-1)(x)

• Então (4a) pode ser escrita como:

y(n)(x) = f(x, y

(41)

Sistema de Equações

Diferenciais

 Diferenciando (7), obtemos:

• y’1(x) = y2(x)

• y’2(x) = y3(x)

• …

yn-1(x) = yn(x)

• De onde obtemos para (4) um sistema de equações diferenciais. As condições iniciais de (4b) tornam-se as condições iniciais do sistema.

(42)

Sistema de Equações

Diferenciais

 EXEMPLO:

y’’’(x) = xy’(x) + exy(x) + x2 + 1 0 ≤ x ≤ 1

y(0) = 1 , y’(0) = 0 , y’’(0) = -1

• Fazendo a mudança de variáveis, obtemos:

• y’1(x) = y2(x)

• y’2(x) = y3(x) 0 ≤ x ≤ 1

• y’3(x) = xy2(x) + ex y

1(x) + x2 + 1

(43)

Uso de computadores na

solução de EDO

 Um computador pode ser uma ferramenta extremamente útil no estudo de equações diferenciais.

 Algoritmos já estão sendo usados há muito tempo para solucioná-las como, por exemplo: o método de Euler e o de Runge-Kutta.

(44)

Algumas questões

relevantes

Uma equação diferencial sempre tem solução?

(existência)

Quantas soluções tem uma equação diferencial dada

que ela tem pelo menos uma? Que condições

adicionais devem ser especificadas para se obter

apenas uma única solução? (unicidade)

Dada uma ED, podemos determinar, de fato, uma

(45)

Equações Diferenciais de

Primeira Ordem

A forma geral das equações diferenciais ordinárias de primeira ordem é

dy/dx = f (x,y) (i)

Qualquer função diferencial y =(t) que satisfaça essa equação para todo t em um dado intervalo é uma solução desta equação.

Exemplo: y’ = 2y + 3et

(46)

Equações Lineares

Se a função f em (1) depende linearmente de y, então ela é chamada de uma equação linear de primeira ordem. Um exemplo com coeficientes constantes é

dy/dt = - ay + b,

onde a e b são constantes dadas.

Substituindo os coeficientes a e b por funções em t, temos a forma geral da equação linear de primeira ordem

dy/dt + p(t)y = g(t),

(47)

Exemplo: Considere a equação diferencial

dy/dt + 2y = 3. Encontre sua solução. Solução:

Temos que dy/dt = -2y + 3 ou dy/dt = -2 y - 3/2

ln |y - 3/2| = -2t + c

Logo,

y = 3/2 + ce- 2t

(48)

Fator integrante

Consiste em multiplicar a equação diferencial por uma

determinada função

(t)

de modo que a equação resultante

seja facilmente integrável.

Exemplo: Considere a equação

dy/dt +2y = 3

. Assim

podemos ter

(t) dy/dt + 2

(t) y = 3

(t)

Vamos tentar encontrar

(t)

de modo que a expressão

anterior tenha a esquerda do sinal da igualdade a derivada

de

(t) y

.

(49)

Comparando com a equação anterior temos que as duas primeiras parcelas são iguais e que as segundas podem ficar desde que (t) seja tal que d (t) /dt = 2 (t)

Logo [d (t) /dt] / (t) = 2

Donde d [ln| (t)|] / dt = 2 O que nos leva ao resultado

ln |(t)| = 2t +c ou (t) = c e 2 t

que é um fator integrante para a equação dada. Como não queremos um caso mais geral, tomamos

(t) = e 2 t

(50)

Logo, a equação dada, fica:

e

2 t

dy/dt + 2 e

2 t

y = 3 e

2 t

Ora, d (e

2 t

y)/dt = 3 e

2 t

Então e

2 t

y = (3/2) e

2 t

+ c, donde y = (3/2) + c e

- 2 t

.

que é a mesma solução encontrada anteriormente.

Em várias equações pode-se ter fator integrante como

em dy/dt + ay = b, o fator será

(t) = e

a t

basta apenas

fazer as devidas substituições de a e b.

(51)

Exemplo : Resolver a seguinte equação diferencial com condição inicial

y ` + 2y = te–2t , y(1) = 0.

Solução: Temos (t) = e 2 t

Logo e 2 t y` + 2y e 2 t = t

(e 2 ty)` = t

e 2 t y = (t2/2) + c. Aplicando a condição inicial, y(1) = 0,

Obtemos c = ½. E finalmente, a resposta

y = (e –2t/2) (t2 – 1)

(52)

Escolha de (t)

dy/dt + p(t)y = g(t)

(t) [dy/dt] + (t) p(t)y = (t) g(t) o segundo termo do lado esquerdo é igual a derivada do primeiro

[d(t)] /dt = p(t) (t), supondo que (t) > 0

{[d(t)] /dt} / (t) = p(t) então

ln (t) =  p(t)dt + c, escolhendo c = 0, temos

(t) que é a função mais simples, ou seja,

(t) = exp [ p(t)dt] = e p(t)dt

(53)

Exemplo: Seja dy/dt + y/2 = 2 + t.

Temos então a = 1/2, logo

(t) = e

t /2

.

Então d[e

t /2

y]/dt = 2 e

t /2

+ t e

t /2

.

Temos, integrando por partes,

e

t /2

y = 4 e

t / 2

+ 2t e

t /2

- 4 e

t /2

+ c,

Como c é constante, temos

y = 2t + c e

- t / 2

(54)

Equações separáveis

A equação geral de primeira ordem é dy/dx = f(x,y) que pode ser colocada na forma

M(x,y) + N(x,y)dy/dx = 0

Onde M(x,y) = - f(x,y) e N(x,y) = 1.

Porém se M depende apenas de x e N apenas de y, ela pode ser escrita como

M(x) + N(y)dy/dx = 0.

(55)

M(x)dx + N(y)dy = 0

Então as fórmulas envolvendo cada variável pode ser separada pelo sinal da igualdade.

Exemplo: Considere a equação diferencial

y` = -2xy.

Então podemos fazer y`/y = -2x e daí

ln|y| = - x2 + c,

logo para cada c R temos duas soluções:

y1 = e - x + c e y2 = - e - x + c

2 2

(56)

Equações exatas

Uma equação na forma M(x,y) + N(x,y) y` = 0 é uma equação exata em R (uma região) se, e somente se,

My (x,y) = Nx (x,y) em cada ponto de R.

Exemplo: Verifique se a equação

(x2 + 4y)y` + (2xy + 1 ) = 0 é exata.

Solução: Neste caso, M(x,y) = 2xy +1 e

N(x,y) = x2 + 4y.

(57)

Teorema 2.6.1: Suponha que as funções M, N, M

y

, N

x

são

contínuas na região retangular

R:

< x <

e

< y <

. Então a equação

M(x,y) + N(x,y)y` = 0 é uma equação exata em R se, e

somente se, M

y

(x,y) = N

x

(x,y) (1) em cada ponto de

R. Isto é, existe uma equação

satisfazendo as equações

x

(x,y) = M(x,y),

y

(x,y) = N(x,y) se,

e somente se, M e N satisfazem a equação (1).

(58)

As vezes é possível transformar uma equação diferencial que não é exata em uma exata multiplicando-se a equação por um fator integrante apropriado. Isto é, determinar uma função (x,y) tal que (M)y = (N)x seja uma equação exata.

Exemplo: A equação xy` - y = 0 não é exata.

Porém se multiplicarmos por 1/x2 =(x,y), temos

y`/x - y/x2 = 0 que é exata.

Facilmente podemos ver que M(x,y) = - y/x2

N(x,y) = 1/x e que My = - 1/x2 = N x

(59)

Exemplo: Resolva a seguinte equação diferencial (3x2 – 2xy +2 ) dx + (6y2 - x2 + 3) dy = 0.

Solução: Temos My(x,y) = -2x = Nx(x,y). Logo exata. Assim existe uma  (x, y) tal que

x (x, y) = 3x2 – 2xy +2 ,

y (x, y) = 6y2 - x2 + 3

Integrando a x (x, y), temos  (x, y) = (3x2 – 2xy +2) dx

= x3 – 2 x2 y +2x + h(y).

Fazendo y = N, temos - x2 + h’(y) = 6y2 - x2 + 3

h’(y) = 6y2 + 3 donde h(y) = 2y3 + 3y e por fim

 (x, y) = x3 – 2 x2 y +2x + 2y3 + 3y = c.

(60)

Fatores integrantes para equações exatas

Podemos multiplicar M(x,y) dx + N(x,y)dy = 0

por uma função  e depois tentar escolhê-la de modo que a equação resultante (x,y) M(x,y) dx + (x,y N(x,y)dy = 0 seja exata.

Sabemos que ela será exata se, e somente se, (M)y = (N)x. Assim, ela deve satisfazer a equação diferencial

M y - N x + (My – Nx)  = 0.

Vamos determinar as condições necessárias sobre M e N de modo que a equação dada tenha um fator integrante  dependendo apenas de x.

(61)

(M)y = (N)x, (Nx) = Nx + N[(d )/dx]

Logo, para que (M)y seja igual a (N)x, é necessário que d )/dx = [(My – Nx) / N] .

Se [(My – Nx) / N] depende somente de x, então existe um fator integrante  que depende apenas de x também.

Exemplo: Determine o fator integrante e resolva a seguinte equação diferencial dx – 2xydy = 0.

Solução: Temos que M = 1 e N = –2xy.

Logo My = 0 e Nx = -2y e, como são diferentes, a equação dada não é exata.

Vamos então determinar o fator que a torna exata.

(62)

Temos (M

y

N

x

) / N = (0 + 2y) / (-2xy) = - 1 / x.

Logo

(x,y) = exp

(-1/x)dx = e

– lnx

= 1/ x.

Assim temos dx /x = 2y dy

Donde

dx /x =

2y dy

E conseqüentemente ln|x| - y

2

+ c = 0.

(63)

Existência e unicidade

de solução

Teorema 2.4.1: (Existência e Unicidade) Se as funções p e g são contínuas em um intervalo aberto

I :  < t <  contendo o ponto t = t0,então existe uma única função y = (t) que satisfaz a equação diferencial

y` + p(t)y = g(t)

(64)

Exemplo: Determine um intervalo no qual a equação

ty` + 2y = 4t2 e y(1) = 2 tem uma única solução.

Solução: y` + (2/t) y = 4t

Assim, p(t) = 2 / t e g(t) = 4t e consequentemente g(t) é contínua para todo t e p(t) contínua para t  0.

Logo, para t > 0 contém a condição inicial, dando o intervalo procurado 0 < t < .

A solução é y = t2 + 1 / t2 , t > 0.

(65)

.

Teorema: 2.4.2: Suponha que as funções f e f/y são contínuas em um retângulo

 < t <  e  < y <  contendo o ponto (to, yo). Então

em algum intervalo to – h < t < to + h contido em  < t < ,

Existe uma única solução y = (t) do problema de valor inicial y’ = f(x,y) e y(to) = yo

Exemplo: Resolva o problema de valor inicial y’ = y2

e y(0) = 1 e determine o intervalo no qual a solução existe.

(66)

Solução: Pelo teorema 2.4.2 temos f(x,y) = y2 e f/y = 2y

contínuas em todo ponto de R.

Logo a solução dy/dt = y2 dy/ y2 = dt, logo

-y – 1 = t + c e y = 1 / (t+c).

Como y(0) = 1, temos y = 1 / (1 - t) que é a solução.

Portanto a solução existe apenas em -  < t < 1.

(67)

Referências

 HOPCROFT, J. E.; ULLMAN, J. D. Introdução à Teoria de Autômatos, Linguagens e Computação. Rio de Janeiro: Campus, 2002.

 MENEZES, P. F.; DIVÉRIO, T. A. Linguagens Formais e Autômatos, Porto Alegre: Sagra-Luzzatto, 2001.

 PAPADIMITRIOU, C. H.; LEWIS, H. F. Elementos de Teoria da Computação. Porto Alegre: Bookman, 2000.

Referências

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