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Análise técnica de edifícios em concreto armado (10 a 21 pavimentos) com diferentes valores de resistência à compressão, considerando a relação geométrica, em planta, de 1:1 Technical analysis of buildings in reinforced concrete (10 through 21 floors), wi

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Análise técnica de edifícios em concreto armado (10 a 21 pavimentos) com diferentes

valores de resistência à compressão, considerando a relação geométrica, em planta,

de 1:1

Technical analysis of buildings in reinforced concrete (10 through 21 floors), with

different values of compressive strength, considering the geometric proportion, in

plant, of 1:1

Kellin Jenipher Pagno¹, Roberto Vasconcelos Pinheiro2

Resumo: Este trabalho tem o intuito de avaliar o comportamento técnico-econômico de edifícios de 10 a 21 pavimentos, com valores de “fck” do concreto de 25 a 40 MPa, considerando a relação geométrica, em planta, de 1:1. Deram suporte à pesquisa os softwares AltoQiEberick V8 Gold e Microsoft Excel 2010. Já os métodos são subdivididos em etapas, dentre elas: (i) projeto arquitetônico; (ii) concepção estrutural; (iii) análise estrutural; (iv) análise dos parâmetros técnicos. A análise dos resultados obtidos concluiu que conforme o valor do “fck” aumenta, há reduções significativas nas dimensões dos elementos estruturais de natureza verticais (pilares). A espessura por pavimento teve variação média de 1,53%. E o consumo de fôrma teve uma variação máxima de 1,29%. No consumo por subsistema houve uma economia média de 18,03% no caso das peças ordem verticais. Com toda essa variação entre os subsistemas, quando se fala em consumo global, verifica-se uma diferença de 1,42% entre o menor e o maior valor.

Palavras-chave: concepção estrutural; consumo de materiais; estruturas de concreto.

Abstract: This study aims to evaluate the technical and economic behavior of buildings with 10-21 floors, with values of "fck" concrete 25-40 MPa, considering the geometric proportion in plant, 1: 1. Supported the research the AltoQiEberick software V8 Gold and Microsoft Excel 2010 methods are subdivided into stages, such as: (i) architectural design; (ii) structural design; (iii) structural analysis; (iv) analysis of technical parameters. The results obtained concluded that as the value of "fck" increases, significant reductions in the dimensions of the structural elements of nature vertical (columns). The thickness of pavement had average growth of 1.53%. And the consumption of mold had a maximum variation of 1.29%. Consumption by subsystem there was an average savings of 18.03% for vertical order parts. With all this variation between the subsystems, when it comes to global consumption, there is a difference of 1.42% between the lowest and highest value.

Keywords: concrete structures; structural design; consumption of materials.

1 Introdução

Pode haver várias maneiras de se encontrar uma solução viável na concepção de edifícios. Para isso, o engenheiro responsável pode utilizar inúmeros sistemas estruturais, dependendo de seu conhecimento teórico e experiência profissional, (REBELLO, 2007). Vale ressaltar que, o posicionamento dos elementos estruturais de concreto armado é tão importante quanto a escolha do material, para que, desta forma, as qualidades exigidas sejam de fato garantidas.

Sendo assim, justifica-se o desenvolvimento de um estudo que defina quantitativos de concreto, aço e fôrma da superestrutura (vigas, lajes e pilares) e, além disso, subsidie a orçamentação de edifícios em concreto armado. Para o cálculo dos elementos da superestrutura serão considerados os seguintes parâmetros: “fck” (25, 30, 35 e 40 MPa); edifícios com 10, 15 e 21 pavimentos; relação geométrica de cada pavimento, em planta, de aproximadamente 1:1. Para a obtenção dos resultados referentes aos quantitativos de concreto, de aço e de forma, será utilizado o software AltoQi Eberick. O software Microsoft Excel 2010 auxiliará, na forma de tabelas, na organização dos resultados obtidos e, apresentados em formato gráfico para melhor

1Graduando, Universidade do Estado de Mato Grosso,

Sinop-MT, Brasil, E-mail: kellinjp@hotmail.com

2 Professor Doutor, Universidade do Estado de Mato Grosso,

Sinop-MT, Brasil, rpinheiro@unemat-net.br

compreensão dos mesmos.

2 Fundamentação teórica

2.1 Histórico do concreto

A rocha, um material semelhante ao concreto, foi empregado desde a antiguidade, quando aplicado em estruturas submetidas à esforços de compressão. No século XIX, devida a baixa resistência à tração da argamassa (a base de cimento), fez-se a junção do aço ao referido material, surgindo o concreto armado. No Brasil, estruturas de concreto armado tiveram início com Emílio Henrique Baumgard. Suas obras ganharam reconhecimento por obter originalidade e elevadas dimensões.

2.2 Normatização

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2.3 Propriedades dos materiais

2.3.1 Concreto

Bastos (2006) comenta que o concreto trata-se de um material composto por cimento, água, agregados miúdo e graúdo. Mas, também pode ser inseridos aditivos e adições.

A (ABNT, NBR 6118, 2014), preconiza que a resistência mecânica do concreto é influenciada pela granulometria dos agregados, relação cimento/água e quantidade de cimento. O comportamento mecânico também é influenciado por fatores como velocidade de carregamento, idade do concreto e tipo de solicitação.

Segundo Giongo (2007), o concreto apresenta qualidades e limitações. Dentre as vantagens, se enquadram: resistência à compressão, economia, durabilidade, liberdade das formas arquitetônicas, estrutura monolítica, pouco permeável, entre outros. Quanto às limitações, têm-se: manutenção/reforma e peso dos elementos estruturais.

2.3.2 Aço para concreto armado

De acordo com a (ABNT, NBR 7480, 2004), na armadura, as barras e fios de aço são devidamente posicionados nos elementos estruturais, para absorver os esforços de tração e, algumas vezes, esforços de compressão. É necessário que as barras e fios passem por testes de tração para determinar a resistência ao dobramento antes de chegarem ao mercado.

2.4 Concepção estrutural.

A estrutura de um edifício consiste num arranjo de todos os elementos estruturais do edifício e, para isso, deve-se considerar vários fatores, tais como, os projetos arquitetônico, elétrico, hidrosanitário, ar condicionado, bem como considerar a estabilidade local e global e tipo do solo.

Segundo (SOUZA, M.F.S.M.; RODRIGUES, R.B.;, 2008), os elementos estruturais que compõem o sistema estrutural global são elementos bidimensionais (lajes), elementos lineares (vigas e pilares) e elementos tridimensionais (fundação). E ainda, têm-se outros elementos estruturais complementares, como escadas, reservatórios, etc. Como procedimento para definir a forma estrutural, segundo Pinheiro (2003), parte da localização dos pilares e segue com o posicionamento das vigas e das lajes, nessa ordem, sempre considerando a compatibilização com o projeto arquitetônico.

2.5 Ações na estrutura

As ações são fenômenos que atuam na estrutura de concreto armado, provocando esforços e deformações. Segundo a NBR 8681 (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1984), as ações são classificadas em permanentes, variáveis e excepcionais.

2.5.1 Ações permanentes

“Ações permanentes são as que ocorrem com valores praticamente constantes durante toda a vida da construção”. (BASTOS P. S., 2006). São elas: peso próprio dos elementos e de paredes; instalações permanentes; retração e deformação lenta do concreto.

2.5.2 Ações variáveis

São ações que tem variações ao longo do tempo. Constituem-se por cargas acidentais, principalmente, a ação do vento e sobrecarga de utilização (pessoas e veículos).

2.5.3 Ações excepcionais

“As que têm duração extremamente curta e baixa probabilidade de ocorrência durante a vida da construção, mas que devem ser consideradas nos projetos de determinadas estruturas.” NBR 8681 (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1984). São consideradas ações excepcionais: terremotos, vulcões, explosões, incêndios, enchentes, etc.

2.6 Estabilidade global

Segundo Giongo (2007), nos edifícios de concreto armado a atuação simultânea das ações verticais e horizontais, provoca, inevitavelmente, deslocamentos laterais dos nós da estrutura. Porém, de acordo com (RIBEIRO, 2010), um projeto estrutural deve garantir que o edifício como um todo ou qualquer parte isolada, não atinja o estado limite último de instabilidade.

2.6.1 Parâmetro de instabilidade

Com base na NBR 6118 (ABNT 2014), o parâmetro de instabilidade (α) é utilizado com o intuito de avaliar a estabilidade global proposta por Beck e König (1967). Este considera a estrutura como um meio elástico e, sendo assim, considera-se que a mesma pode ter nós fixos ou deslocáveis. Este parâmetro não estima os esforços oriundos dos efeitos de segunda ordem.

2.6.2 Coeficiente γz

Conforme a NBR 6118 (ABNT, 2007, p. 88), coeficiente “γz” é o “Coeficiente de majoração dos esforços globais finais de 1ª ordem para obtenção dos finais de 2ª ordem.” Avalia a importância dos esforços de segunda ordem em edifícios com estruturas reticuladas de quatro andares ou mais. Para “γz” ≤ 1,1, considera-se estrutura indeslocável (sob efeito de 1ª ordem). Caso contrário, para valores superiores a 1,1 e não superior a 1,3, as estruturas são consideradas com nós deslocáveis, com a incidência dos efeitos de 2ª ordem.

2.7 Estados limites

Segundo a NBR 6118, estado limite é a situação na qual a estrutura deixa de atender suas finalidades na construção. Espera-se que a edificação cumpra com as condições de segurança, durabilidade e funcionalidade, assim atendendo as necessidades para que foi projetada.

Por isso, quando for projetada, é necessário um grau de segurança para que se garanta a não ocorrência do estado limite, que pode ser dividido em estado limite último (ELU) e estado limite de segurança (ELS).

O estado limite último acontece quando a capacidade de sustentação da estrutura se esgota tornando-a insegura. Pode acontecer por ruptura das seções, colapso ou perda de estabilidade, entre outros motivos.

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durabilidade e seu desempenho. As causas podem ser fissuração excessiva, grandes deformações entre outros casos.

2.8 Dimensionamento dos elementos estruturais

De acordo com a NBR 6118 (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2007, p. 102), os princípios gerais de dimensionamento dividem-se em etapas: a) dimensionamento - se define a mínima seção transversal dos elementos e a armadura; b) verificação - deslocamentos (verticais e horizontais) dos subsistemas; parâmetros de instabilidade e fissuração dos referidos elementos; e c) detalhamento - posicionar a armadura nos elementos.

2.9 Aspectos Gerais e Análise Técnico-Econômica

Cada tipo de edifício tem um custo, dependendo das propriedades do solo, dos elementos estruturais e do acabamento utilizado. Normalmente, do valor total da obra, 20% a 25% é destinado somente para a estrutura de concreto armado. De acordo com Giongo (2007, p. 28), neste custo já estão inclusos os insumos, mão-de-obra e equipamentos.

Foi realizada por Barbosa e Pinheiro (2014) uma análise técnico-econômica na superestrutura de edifícios de concreto armado de 10 a 21 pavimentos com relação em planta de 1:2, com diferentes valores de resistência a compressão. Nesta análise concluiu-se que para todas as propostas de utilização de classes mais resistentes de “fck”, maior foi a economia gerada, sendo que nos casos extremos a economia obtida chegou a 19,3% no consumo de aço/m³ de concreto. No consumo de formas/m³ de concreto a variação foi menor que 2% e a espessura média teve variação de aproximadamente 10%, relacionando o número de pavimentos e o “fck” de projeto.

2.10 Eberick V8

O Eberick V8 é um software para projeto estrutural em concreto armado, engloba as etapas de lançamento e análise da estrutura, dimensionamento e detalhamento dos elementos, de acordo com a NBR 6118:2014. (AutoQi)

3 Metodologia

3.1 Materiais

A pesquisa em questão é essencialmente teórica, sendo assim, os materiais empregados foram: artigos, documentos normativos, livros e softwares (AltoQiEberick V8 - análise estrutural, dimensionamento, verificações e quantitativos de insumos; Microsoft Excel 2010 - planilhas e gráficos).

3.2 Métodos

Este trabalho foi feito em etapas. Definiu-se o projeto arquitetônico e deu-se inicio à concepção estrutural (locação dos elementos estruturais). Após a locação, foi realizada a análise estrutural (local e global), as verificações das tensões no concreto, o dimensionamento das armaduras, as verificações dos deslocamentos (verticais e horizontais) e a quantificação dos insumos (concreto, aço e formas). Em seguida, foi realizada a composição dos custos e,

por fim, foram elaborados gráficos para obtenção dos parâmetros técnico-econômicos.

3.2.1 Projeto arquitetônico

O projeto arquitetônico hipotético (figura 1), com área de aproximadamente 382,30 𝑚2 por pavimento. A proporção geométrica empregada, em planta, foi de aproximadamente 1:1, com 19,5m por 22,5m, variando entre dez e vinte e um pavimentos tipo.

Figura 1 - Planta do projeto arquitetônico do pavimento tipo. Fonte: O autor, 2015.

Foram elaborados projetos para pavimentos com dez, quinze e vinte e um andares, considerando a quantidade necessária para gerarem os resultados dos parâmetros propostos, assim como podemos observar na figura a seguir.

Figura 2 - Casos propostos relacionados aos níveis da estrutura. Fonte: O autor, 2015.

3.2.2 Concepção Estrutural

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locou-se os pilares, de tal maneira que proporcionaslocou-se o alinhamento em duas direções ortogonais entre si.

Posteriormente, iniciou-se a locação das vigas que, junto com os pilares, compõem o pórtico de contraventamento, contribuindo para minimizar os deslocamentos provenientes das ações horizontais provocadas pelo vento. As vigas foram locadas ligando um pilar ao outro e, em algumas situações, apoiadas entre si, com ligações rígidas, semi-rígidas ou rotuladas. Por fim, as disposições das lajes foram condicionadas ao arranjo das vigas, como mostra a Figura 03.

Figura 3 - Planta de fôrmas do pavimento tipo. Fonte: O autor, 2015.

3.2.3 Ações, análise estrutural e dimensionamento Com base nas normas ABNT NBR 6120:1980 e ABNT NBR 6123:1988, definem-se as ações atuantes na estrutura, isto é, as ações permanentes e as ações variáveis. As ações permanentes englobam o peso próprio da estrutura e dos elementos não estruturais, tais como, alvenaria, revestimento, acabamentos, etc. Neste caso, foi adotada a espessura da parede em 0,15m (peso específico do tijolo de 13 kN/𝑚3) e o peso próprio do piso na estrutura (revestimento cerâmico; argamassas de piso, de regularização e de forro) igual a 0,93 kN/𝑚2. Para as ações variáveis serão usadas sobrecargas de utilização, segundo a ABNT NBR – 6120:1980: 1,5 kN/𝑚2 (dormitórios, quartos, cozinhas, banheiros e copa); 2 kN/𝑚2 (área de serviço, despensa, lavanderia e terraços sem acesso ao público); e 3 kN/𝑚2 (escadas e corredores com acesso ao público).

As cargas que resultam das ações de vento são preconizadas pela ABNT NBR – 6123:1988. Para a determinação destas ações, foi adotada velocidade básica do vento (V0) igual a 30m/s, conforme a região hachurada das isopletas (ver Figura).

Figura 4 – Isopletas de velocidade básica. Fonte: ABNT NBR 6123 (1988).

Outros parâmetros relevantes foram considerados: fator topográfico (S1 - Item 5.2), considerando terreno plano ou fracamente acidentado; fator (S2 - Item 5.3) - efeito combinado da rugosidade do terreno, das dimensões da edificação e a altura acima do terreno – considerando Categoria III e Classe “C”; fator estatístico (S3 - Item 5.4), considerando Grupo 2 (ver Figura 05).

Quanto aos Coeficientes de Arrasto (Ca), foram calculados para cada pavimento tipo, a partir do ábaco da Figura 4 (ABNT NBR 6123:1988), levando-se em consideração as alturas relativas a cada pavimento, bem como as dimensões em planta da edificação.

Figura 5 – Parâmetros para a ação do vento. Fonte: O autor, 2015.

Baseando-se na NBR 6118:2014, definiu-se alguns padrões para o concreto armado que foi utilizado na elaboração do projeto do edifício e, essa padronização reúne a resistência à tração do aço (CA50 e CA60 para os pilares, CA50 para vigas e lajes), a resistência característica a compressão (25, 30, 35, 40 MPa), o cobrimento das armaduras conforme a classe de agressividade II, a qual determina 3 cm para pilares e vigas, 2 cm para as lajes, o peso específico do concreto de 25 kN/𝑚3 e o diâmetro do agregado utilizado de 19 mm.

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estruturais: vigas variando entre 20x30 e 20x60 cm; lajes, limitaram-se a 8 e 10 cm de espessura; pilares, com 20x60 cm (do 15º ao 21º pavimentos) e 30x130 cm (do 1º ao 7º pavimentos, do Caso C).

A rigidez das seções transversais e os efeitos de primeira e segunda ordem da estrutura, relacionados à análise global, também foram verificados, levando em consideração os critérios condizentes aos coeficientes “α” (parâmetro de instabilidade) e “γz” (majoração dos esforços globais finais de 1ª ordem para obtenção dos finais de 2ª ordem).

3.2.4 Quantitativos e composição de custo de insumos Após o dimensionamento dos elementos estruturais (pilares, vigas e lajes), foram obtidos os quantitativos de insumos: concreto (m³), formas (m²) e aço (Kg). A composição de custo destes insumos foi realizada a partir da tabela SINAPI de maio de 2015.

3.2.5 Análises Estatísticas

Para as análises finais foram utilizados fatores de variação para uniformizar e facilitar a determinação de alguns resultados e recomendações. Entre esses fatores estão: média, desvio padrão e coeficiente de variação entre os resultados por “fck” e por número de pavimentos. Como critério de seleção para melhor definição de quantitativos, foi tolerado uma variação de no máximo 5% entre um coeficiente e outro. 3.2.6 Parâmetros técnico-econômicos

Com a determinação dos quantitativos e a composição de custo dos insumos, empregou-se o software de planilha eletrônica para determinar os parâmetros técnicos-econômicos: Consumo de Aço (kg,aço/m³,concreto); Consumo de formas (m²,forma/m³,concreto); Espessura média do pavimento (cm); Custo médio da edificação (R$/m²); e Consumo médio dos insumos (%).

4 Análise e discussão dos resultados 4.1 Estrutura proposta “A”

4.1.1 Consumo em kgaço/m³concreto

A seguir, a Figura 6 mostra a relação kgaço/m³concreto:

Figura 6 - Relação kgaço/m³concreto por subestrutura para a

proposta "A". Fonte: O autor, 2015.

Com base no gráfico acima, pode-se observar que nas estruturas horizontais de lajes, quanto maior os valores de “fck”, menor é o consumo de aço. Essa variação estabiliza os componentes da estrutura proporcionando um maior equilíbrio interno do concreto armado. O consumo de aço nas lajes diminuiu 5,1%. Com o objetivo de se obter um melhor parâmetro de comparação, as suas grandezas foram conservadas.

Desta forma, podemos observar uma mudança no consumo de aço nos pilares e vigas, sendo que nos pilares o consumo do aço diminui conforme o “fck” aumenta, com exceção do valor máximo de “fck”, onde o consumo de aço aumenta, e nas vigas o consumo de aço aumenta de um extremo a outro, conforme os valores de “fck” crescem. A diferença do consumo de aço entre os extremos da resistência a compressão dos pilares e das vigas foram de 3,97% e 0,41%, respectivamente.

Na Figura 7, verifica-se o consumo global de aço.

Figura 7 - Consumo global de aço (kgaço/m³concreto ) para a

proposta "A”. Fonte: O autor,2015.

Nota-se que é irregular a redução do consumo de aço conforme o aumento dos valores de “fck”. Assim, a redução foi de 2,67% entre os valores máximos e mínimos de resistência característica a compressão, e 3,63% entre o valor de “fck” máximo e o de 30Mpa. Na Figura 8 podemos verificar o consumo total de forma (m²/m³). A média fixou-se em 12,36 m²fôrmas/m³concreto.

Figura 8 – Consumo Total Forma m²/m³ para a estrutura

proposta “A”. Fonte: O autor, 2015.

Considerando o volume total de concreto para esta proposta e a área dos pavimentos tipo, foi possível encontrar a espessura média de 0,175m.

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Figura 9 – Custo global por “fck” para a estrutura proposta

“A”. Fonte: O autor, 2015.

4.2 Estrutura proposta “B” 4.2.1 Consumo em kgaço/m³concreto

A Figura 10 apresenta a relação kgaço/m³concreto.

Figura 10 - Relação kgaço/m³concreto por subestrutura para a

proposta "B". Fonte: O autor, 2015.

Nos pilares e lajes nota-se uma redução no consumo de aço conforme se aumenta o valor de “fck”. A economia nas maiores resistências foi de 17,43% para pilares e 3,98% para lajes.

Já as vigas apresentaram uma irregularidade no consumo de aço para as diferentes resistências a compressão do concreto, este fato pode ser explicado pela variação das dimensões dos elementos estruturais. A diferença entre o menor e o maior valor do consumo de aço é 2,68%.

Na Figura 11 verifica-se o consumo global de aço:

Figura 11 - Consumo global de aço (kgaço/m³concreto ) para a proposta "B”. Fonte: O autor,2015.

O consumo de aço diminui continuamente conforme o valor do “fck” aumenta. A diferença entre os extremos é de 6,28%.

O consumo de fôrma manteve-se estável, com uma variação máxima de 0,48% entre os diferentes valores

de resistência a compressão e média de 11,95 m²fôrmas/m³concreto. (Figura 12)

Figura 12 – Consumo Total Forma m²/m³ para a estrutura

proposta “B”. Fonte: O autor, 2015.

Considerando o volume total de concreto para esta proposta e a área dos pavimentos tipo foi possível encontrar a espessura média de 0,19m.

Considerando o custo global a proposta teve variação de 2,4% conforme apresentado na Figura 13:

Figura 13 –Custo global por “fck” para a estrutura proposta “B”. Fonte: O autor, 2015.

4.3 Estrutura proposta “C” 4.3.1 Consumo em kgaço/m³concreto

A relação kgaço/m³concreto é apresentada pela Figura 14.

Figura 14 - Relação kgaço/m³concreto por subestrutura para a

proposta "C". Fonte: O autor, 2015.

Em todos os subsistemas houve uma diminuição regular do consumo de aço em função do aumento do “fck”. Considerando os extremos, obteve-se uma economia de 4,83% para lajes, 36,96% para pilares e 5,57% para vigas.

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Figura 15 - Consumo global de aço (kgaço/m³concreto ) para a

proposta "C". Fonte: O autor,2015.

Nos dados globais, houve uma redução progressiva do consumo de aço, conforme ocorreu o aumento do “fck”, essa economia foi de 14,22%.

O consumo de fôrma variou em 0,1% entre os diferentes valores de “fck”, e fechou numa média de 11,87 m²fôrmas/m³concreto. (Figura 16)

Figura 16 - Consumo Total Forma m²/m³ para a estrutura

proposta “C”. Fonte: O autor, 2015.

Considerando o volume total de concreto para esta proposta e a área dos pavimentos tipo foi possível encontrar a espessura média de 0,196m.

O custo global para esta proposta teve variação de 5,47%, como mostra a Figura 17:

Figura 17 - Custo global por “fck” para a estrutura proposta “C”. Fonte: O autor, 2015.

4.4 Relações entre propostas

A Figura 18 apresenta o consumo em kgaço/m³concreto conforme a variação do número de pavimentos.

Figura 18 - Consumo em kgaço/m³concreto.

Fonte: O autor, 2015.

Com análise no gráfico que representa o consumo de aço por volume de concreto, podemos observar que, linearmente, conforme aumenta o tamanho da estrutura, se torna mais viável o uso de um concreto com fck de 40 MPa.

Estatisticamente, a variação deste consumo é maior para o fck de 25MPa e menor para o fck de 40 MPa. Para os edifícios de 10 e 15 pavimentos, em média, ocupa-se 92 kg de aço/m³ de concreto. Essa média provém do coeficiente de variação calculado que neste caso é 2,2%. Para edifícios de 21 pavimentos ocupa-se 100 kg de aço/m³ de concreto quando utilizado fck igual a 40 e 35 MPa e para os demais fck ocupa-se de 106 kg de aço/m³ de concreto a 115 kg de aço/m³ de concreto, provando assim, que quanto menor o valor de resistência a compressão, maior o valor de uso de aço.

Na Figura 19, são apresentados os valores de espessura média com a variação dos pavimentos tipo.

Figura 19 – Espessura média dos pavimentos. Fonte: O autor, 2015.

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espessura média de 19 cm. (Valores baseados no coeficiente de variação gerado, igual a 1%).

As retas abaixo apresentam a variação continua do consumo de formas (em m²fôrmas/m³concreto) nos pavimentos tipo em questão, em relação aos diferentes valores de resistência a compressão (Figura 20).

Figura 20 - Consumo em m²fôrmas/m³concreto.

Fonte: O autor, 2015.

O consumo de área de forma por volume de concreto variou minimamente durante todas as relações feitas. Desta maneira podemos uniformizar um valor para todas as estruturas, considerando os diferentes tipos de MPa envolvidos. Este valor de consumo de formas é igual a 12 m² de forma/m³ de concreto.

5 Conclusões

Com base nos resultados obtidos, foi possível avaliar a importância da escolha correta dos valores de “fck” para a elaboração dos projetos estruturais, visto que esta escolha influencia de forma significativa para um custo final moderado da obra.

O custo global variou em média 1,42% nos elementos de natureza horizontal. Já nos elementos verticais houve uma grande variação das seções transversais, influenciando diretamente o custo. A variação média de economia foi de 18,03%.

Verificou-se redução nos insumos conforme o aumento do “fck” nas propostas apresentadas, havendo economia global destas estruturas, garantindo viabilidade ao uso do “fck” de 35 MPa para a proposta “A” e de 40 MPa para as propostas “B” e “C”.

As espessuras médias dos pavimentos tiveram uma pouca variação, sendo que a mesma manteve uma média de 17cm para a proposta de 10 pavimentos e 19cm para as propostas de 15 e 21 pavimentos. O consumo de formas se mantém em 12m² de forma/m³ de concreto para qualquer tipo de estrutura avaliada indiferente do valor de fck adotado.

Sabe-se que as quantificações na construção civil não podem ser generalizadas, pois cada obra tem suas próprias características e necessita de um vasto conhecimento bibliográfico no ramo da engenharia, por isso recomenda-se a continuidade de pesquisas no assunto abordado.

Agradecimentos

Agradeço aos meus pais, Sr. Vanderlei Pagno e Sra. Sandra Casagrande, e a minha irmã, Pietra, por todo suporte, confiança e incentivo a sempre buscar novos conhecimentos. Ao meu namorado Gabriel Loureiro pelo companheirismo e paciência. Aos amigos que se tornaram irmãos e estiveram próximos em toda essa caminhada. Gostaria de agradecer a todos os professores que colaboraram em toda a minha trajetória de formação, e especialmente ao orientador Drº Roberto Vasconcelos Pinheiro pelo seu esforço a fim de garantir o aprendizado.

Referências

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GIONGO, J. S. Concreto Armado: Introdução e propriedade dos materiais, São Carlos, Março 2007.

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GIONGO, J. S. Concreto Armado: Projeto Estrutural de edifícios, São Carlos, Fevereiro 2007. 184.

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Figura 2 - Casos propostos relacionados aos níveis da  estrutura. Fonte: O autor, 2015
Figura 4 – Isopletas de velocidade básica.
Figura 6 - Relação kg aço /m³ concreto  por subestrutura para a  proposta &#34;A&#34;
Figura 14 - Relação kg aço /m³ concreto  por subestrutura para a  proposta &#34;C&#34;
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Referências

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