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Análise da resistência à compressão de prismas de bloco estrutural de concreto produzidos na cidade de Sinop-MT Analysis from resistance to prisms compression of concrete structural block produced in Sinop City - MT

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Análise da resistência à compressão de prismas de bloco estrutural de concreto

produzidos na cidade de Sinop-MT

Analysis from resistance to prisms compression of concrete structural block

produced in Sinop City - MT

Valdicley Souza de Almeida1, Kênia Araújo de Lima2

Resumo: A alvenaria estrutural é um método construtivo que traz uma série de vantagens, como menos desperdícios de material, menos tempo de execução, entre outros. Mas para tais benefícios são necessários conhecimento de todos os componentes desta técnica construtiva e também realizações de ensaios e pesquisas para o melhor uso da alvenaria estrutural. O objetivo deste trabalho é determinar através de ensaios a resistência à compressão em blocos de concreto com função estrutural com diferentes porcentagens de grauteamento, em seguida analisar o fator de eficiência com valores encontrados por outros pesquisadores e por fim criar um índice de resistência destes prismas. A pesquisa se resume na análise da resistência à compressão em prismas de bloco estrutural de concreto aos 28 dias, seguindo recomendações da Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT (2011) e conforme outros autores. Na análise dos resultados, os prismas com 100% de grauteamento obtiveram um aumento de resistência à compressão de 80% em relação às amostras ocas e um aumento de 47% referente às amostras 50% grauteadas. O estudo visa como base para novas pesquisas no meio acadêmico na região de Sinop-MT e fornecimento de valores para profissionais que utilizam este método.

Palavras-chave: alvenaria estrutural; método construtivo; elemento estrutural.

Abstract: The structural brickwork is one constructive that brings a number of advantages, such as less material waste, less runtime, among others. But such benefits are necessary knowledge of all the components of this constructive technique and also essays and researches achievements for the best use of structural brickwork. The objective of this study is to determine through testing the compressive strength in concrete blocks with structural function with different percentages of grouting then analyze the efficiency factor with values reported by other researchers and finally create an index of resistance of these prisms. The research summarizes the analysis the resistance for prisms compression of concrete structural block at 28 days, following recommendations of the Brazilian Association of Technical Standards (ABNT 2011) and according to other authors. In analyzing the results, the prisms with 100% grouting obtained an increase of resistance for compression of 80 % compared to the hollow samples and an increase of 47 % referring to samples 50 % grouted. The study aims as basis for new researches in academy in Sinop region - MT and supply values for professionals who use this method.

Keywords: structural brickwork; constructive method; structural element.

1 Introdução

A alvenaria estrutural é um dos processos construtivos de grande destaque no ramo da engenharia civil. Com esses destaques surgens as evoluções que buscam sempre racionalizar uma obra em vários aspectos, como por exemplo: desperdício de material, tempo de execução, entre outros, garantindo assim mais qualidade, sem perder ou comprometer a segurança e durabilidade da obra. Conforme Steil (2003, p. 2) todo potencial da alvenaria só será compreendido após conhecimento das características dos componentes e de sua aplicação de maneira correta. O mesmo autor ainda acrescenta que o tipo, qualidade, a proporção dos materiais utilizados, cura e idade dos blocos e a eficiência na prensagem são os principais fatores que influenciam na resistência à compressão dos blocos.

Kalil [2002?] cita que as vantagens proporcionadas pela alvenaria estrutural incentivaram algumas construtoras a aberturas de novas fábricas e desenvolvimento de pesquisas a fim de divulgar melhor esta técnica.

No processo de fabricação dos elementos de alvenaria estrutural e de todos os outros tipos de projetos é de grande importância seguir a normativa para que se obtenha um bom material, como determina a ABNT NBR 12118:2010 – blocos vazados

de concreto simples, referente aos ensaios de análise de dimensão, absorção de água, resistência à compressão. Porém, além de cuidados na fabricação e nos ensaios citados acima, tem-se necessidade de outras pesquisas complementares para que haja um melhor conhecimento na concepção estrutural e execução desta técnica construtiva.

Este trabalho foi realizado com os materiais utilizados para confecção dos prismas adquiridos no município de Sinop, na qual este estudo é destinado à determinação da resistência a compressão em prismas, com diferentes porcentagens de grauteamento. Assim com esses valores encontrados, foi definido um índice de resistência para cada porcentagem de grauteamento, analisando se houve um ganho de resistência à compressão, e por fim, constituiu em analisar o fator de eficiência.

2 Fundamentação teórica

2.1 Alvenaria estrutural

Camacho (2006, p. 1) cita que no processo construtivo utilizando alvenaria estrutural seus 1 Graduando em Engenharia Civil, UNEMAT, Sinop, Brasil,

cley_1155@hotmail.com

2 Bacharel em Engenharia Civil, Orientadora, UNEMAT,

(2)

projetos são dimensionados e executados de forma racional, sendo que a própria alvenaria desempenha a função estrutural.

Assim sendo, as vantagens na utilização de alvenaria estrutural estão ligadas diretamente pela forma racional de execução, conforme expomos na Tabela 1 abaixo:

Tabela 1. Vantagens da alvenaria estrutural

Racionalização de projeto

O projeto elaborado e pensado desde o inicio na compatibilização de todos

os projetos complementares, com a finalidade de se obter o melhor uso da

construção e diminuir desperdícios.

Racionalização estrutural

Deixa-se de usar vigas e pilares como elemento estrutural e usa a própria alvenaria para tal função, simplificando

a execução. Fonte: Acervo próprio, 2014.

Comenta Camacho (2004, p. 1) que: proteção ao fogo, redução de camadas de revestimentos, isolamento térmico e acústico também são vantagens deste sistema construtivo.

Apesar de apresentar várias vantagens, são necessários estudos para garantir controle tecnológico, Grohmann (2006, p. 25) cita que a construção utilizando alvenaria estrutural tem comportamento complexo, sendo de grande importância a realização de estudos detalhados para otimizar o uso de seu elemento estrutural básico, para assim assegurar a segurança, sustentabilidade e qualidade da obra.

Na descrição do conceito de alvenaria estrutural desenvolvido neste tópico, cita suas vantagens e ainda, a necessidade do controle tecnológico, pois a ausência deste último item pode-se obter um resultado negativo. Com isso é indispensável o conhecimento dos componentes do elemento que será tratado, parede estrutural, conforme expomos abaixo, na Figura 1.

Figura 1: Elemento estrutural e seus componentes. Fonte: Acervo próprio, 2014.

2.1.1 Bloco estrutural

Segundo Ramalho e Corrêa (2003 apud VIAPIANA, 2009, p. 18) os blocos estruturais são um dos principais componentes da alvenaria estrutural, logo sua resistência influencia diretamente com a resistência final das paredes. Portanto de modo geral, quanto mais resistente for o bloco, maior a resistência final da construção. Ainda o mesmo autor comenta que os blocos podem ser classificados em maciços ou vazados, os blocos são produzidos com argila, concreto ou silicato de cálcio.

Conforme Accetti (1998, p. 10) os blocos de concreto são os mais utilizados nas construções em alvenaria estrutural no Brasil, isso devido as normas brasileiras de cálculo e execução são voltadas para esses blocos.

Quanto ao seu uso, os blocos de concretos são divididos em quatro classes segundo a ABNT NBR 6136:2007 – Blocos vazados de concreto para alvenaria:

Classe A – Com função estrutural, para uso em elementos de alvenaria acima ou abaixo do nível do solo;

Classe B - Com função estrutural, para uso em elementos de alvenaria acima do nível do solo; Classe C - Com função estrutural, para uso em elementos de alvenaria acima do nível do solo; Classe D - Sem função estrutural, para uso em elementos de alvenaria acima do nível do solo.

Esta mesma norma afirma que as resistências à compressão características referente a essas classes e as dimensões permitidas com tolerância de ± 2 mm para a largura e ± 3 mm para a altura e comprimento, devem ser conforme expomos na Tabela 2 e Quadro 1.

Tabela 2. Requisitos para resistência à compressão

Requisitos para resistência característica à compressão

Classe característica Resistência fck

(MPa)

A ≥ 6,0

B ≥ 4,0

C ≥ 3,0

D ≥ 2,0

Fonte: Adaptado ABNT, 2007.

Quadro 1. Dimensões padronizadas Dimensões

nominais (cm) Designação 20 x 20 x 40

M-20 20 x 20 x 40

15 x 20 x 40

M-15 15 x 20 x 20

15 x 20 x 30 15 x 20 x 15 12 x 20 x 40

M-12,5 12 x 20 x 20

12 x 20 x 25 12 x 20 x 12 12 x 20 x 37 12 x 20 x - 8 x 20 x 40

M-10 8 x 20 x 20

8 x 20 x 20 8 x 20 x 10 8 x 20 x 30 8 x 20 x -

(3)

2.1.2 Argamassa de assentamento

A ABNT NBR 13281:2005 - Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Requisitos, define a argamassa de assentamento como mistura homogênea, na qual são utilizados agregados miúdos, aglomerantes e água, podendo ou não conter o uso de aditivos, com propriedades como aderência e endurecimento. Quanto à sua dosagem, pode ser realizada no canteiro de obra ou instalação própria (argamassa industrializada).

Conforme Ramalho e Corrêa (2003 apud VIAPIANA, 2009, p. 21) a principal função da argamassa é unir os componentes da alvenaria, facilitando o assentamento e as amarrações entre os blocos, tem ainda a função de distribuir e absorver as tensões e deformações respectivamente.

Camacho (2010, p. 12) comenta que as argamassas são definidas como:

Argamassa tipo M: é recomendada para alvenaria em contato com o solo, tais como fundações. Possui alta resistência e durabilidade.

Argamassa tipo S: Por possuir boa resistência a compressão e a tração quando confinada entre os blocos, recomenda-se sua utilização em alvenarias sujeitas aos esforços de flexão.

Argamassa tipo N: Apresenta média resistência a compressão e boa durabilidade. É recomendada para uso geral em alvenarias expostas, sem contato com o solo. Essa é a argamassa mais comumente utilizada em obras de pequeno porte no Brasil. Argamassa tipo O: Pode ser aplicada em blocos maciços onde a tensão de compressão não ultrapasse 0,70 MPa e não esteja exposta a meio agressivo. Apresenta baixa resistência a compressão, e é indicada sua aplicação em paredes interiores em geral.

Quando se trata de argamassa de assentamento, um ponto importante é a espessura da junta, que segundo a ABNT NBR 15961-2:2011 – Blocos de concreto – Execução e controle de obras, determina os seguintes valores conforme a Figura 5 abaixo.

Quadro 2. Variáveis de controle geométrico na produção de alvenaria.

Fator Tolerância

Junta horizontal

Espessura ± 3 mm

Nível 2 mm/m

10 mm no máximo

Junta vertical

Espessura ± 3 mm

Alinhamento vertical

2 mm/m 10 mm no máximo

Alinhamento da parede

Vertical (desaprumo)

± 2 mm/m ± 10 mm no

máximo ±25 mm na altura

total do edifício

Horizontal (desalinhamento)

± 2 mm/m ± 10 mm no

máximo

Nível superior das

paredes

Nivelamento da

fiada respaldo ± 10 mm

Fonte: Adaptado ABNT, 2011.

Por fim, Grohmann (2006, p. 30) comenta que variações nas espessuras causam perdas na resistência à compressão do elemento estrutural e/ou de capacidade de amoldar-se as deformação.

2.1.3 Graute

Segundo a ABNT NBR 8798:1985 – Execução e controle em obras de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto – Procedimento- o graute é o componente proveniente da mistura de cimento, agregado miúdo e graúdo, água e cal, além de aditivos, sua função principal é aumentar a capacidade portante e solidarização da armadura, é utilizado para preencher os vazios dos blocos e canaletas.

Conforme Grohmann (2006, p. 32) o graute pode ser classificado pela presença ou não de agregado graúdo, sendo que para confecção do graute fino usa-se agregado com diâmetro igual ou inferior a 4,8 mm e para o graute grosso com o uso de agregado cujo diâmetro seja superior a 4,8 mm. Existe essa classificação devido o tamanho dos furos dos blocos a serem preenchidos.

Quanto aos agregados foi notado que, em grautes compostos por agregados graúdos têm menor retração e maior aderência bloco/graute, mas em relação à resistência à compressão não apresentou diferença significativa. (KINGSLEY et al. apud GROHMANN, 2006, p. 34).

Por fim, se tratando de aditivos, pesquisas comprovaram que o uso de plastificante ocasiona uma redução no teor agua/cimento e, consequentemente, uma redução da retração do graute e, quando referente ao acréscimo da cal, deve ser utilizada para melhorar a hidratação do cimento, porém, seu uso deve ser em pequenas quantidades de modo que não afete a armadura da alvenaria. (GROHMANN, 2006, p. 34).

2.1.4 Prisma

Conforme Calçada (1998 apud STEIL, 2003, p. 21) prismas são elementos constituídos de dois ou mais blocos unidos entre si por juntas de argamassa, podendo ter seus vazios preenchidos ou não por graute. Normalmente é composto por um componente de comprimento e um de largura, tendo sua altura entre 1,5 e 5 vezes a largura.

Se tratando da confecção dos prismas, Viapiana (2009, p. 23) cita que nos ensaios de prismas de três blocos, há uma melhor representação na ruptura da alvenaria, isso devido o bloco central ficar livre do efeito de confinamento dos pratos da prensa.

Para Mendes (apud GROHMANN, 2006, p. 34) ensaio em prismas de alvenaria é uma das formas mais simples e econômica para verificação das propriedades mecânicas de uma parede.

Conforme Mohamad et al. (2011, p. 8) sem realização de ensaios em paredes ou prismas com componentes que serão utilizados, não será possível estimar o desempenho estrutural do elemento – parede.

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Figura 2: Prisma oco, grauteado 50% e 100%. Fonte: Acervo próprio, 2014.

Um conceito importante referente à resistência da compressão em alvenaria estrutural é o fator de eficiência, que de acordo com Grohmann (2006, p. 36) é calculado dividindo-se o valor da resistência à compressão do elemento – parede/prisma – pela resistência do componente – bloco –, conforme a equação abaixo:

c e e

R

R

=

F

(Equação 1)

Onde:

e

F

= Fator de eficiência;

e

R

= Resistência do elemento – parede/prisma;

c

R

= Resistência do componente – bloco.

E por fim, com os valores obtidos da resitência à compressão dos prismas com diferentes porcentagens de grauteamento, será criado o índice de resistência conforme a equação abaixo.

o % r

P

P

=

I

(Equação 2)

Onde:

r

I

= Índice de resistência;

%

P

= Resistência média do prisma de cada porcentagem de grauteamento;

o

P

= Resistência média do prisma oco.

3 Materiais e métodos

Os ensaios foram realizados nas dependências laboratoriais do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI de Cuiabá, Mato Grosso. O estudo experimental foi decomposto em 4 (quatro) etapas, sendo a primeira o preparo e confecção das amostras, e a segunda foi referente ao período de cura. A terceira compreende a execução do rompimento das amostras após 28 dias e por fim, a quarta etapa finalizou com as análises e tratamentos dos valores obtidos durante os ensaios.

Foi utilizado bloco de concreto com função estrutural pertencente à classificação B e designação M-15, conforme a normativa ABNT (2007) produzidos na cidade de Sinop-MT, Figura 3.

Figura 3: Bloco estrutural de concreto . Fonte: Acervo próprio, 2014.

No assentamento foi utilizada argamassa industrializada, com resitência especificada pelo fabricante de 7 MPa, e foi confecciona conforme a Figura 4.

Figura 4: Argamassa industrializada. Fonte: Acervo próprio, 2014.

Para o traço do graute foi calculado uma resistência média de 15 MPa, seguindo recomendações citadas na ABNT (2011), sendo utilizados cimento Portland CPII, brita nº 0, areia media lavada, cal hidratada CH-III e água potável, Figura 5, nas proporções descritas na Tabela 3 a seguir:

(5)

Tabela 3. Relação do graute Traço do graute (Kg)

A/C Cimento Cal Areia Brita

1,000 0,025 3,090 2,640 0,780 Fonte: SENAI, 2014.

As quantidades citadas na tabela 3 foram obtidas pelos técnicos laboratoriais do SENAI, assim obtendo uma proporção adequada de materiais, resultando em um traço que atenda a resistências à compressão esperada.

Foram confeccionados 36 prismas com sobreposição de 3 blocos estruturais de concreto, medindo em média 140 mm x 580 mm x 390 mm (L x A x C), sendo que 12 corpos de provas foram ocos, sem uso do graute em suas células, 12 corpos de provas foram 50% grauteados, ou seja, uma célula grauteada e os outros 12 corpos de provas foram 100% grauteados. Em todas as amostras foram feitas as análises após 28 dias de grauteadas conforme recomendados pelas normas ABNT (2010 e 2011), demonstrado na Figura 6 a amostra oca.

Figura 6: Prisma Oco. Fonte: Acervo próprio, 2014.

As amostras foram alocadas em ambiente controlado no interior do laboratório do SENAI, permanecendo na temperatura e umidade de assentamento, ao abrigo do sol e vento, para o devido tempo de cura, ficando imóveis conforme descrito na ABNT (2011) e demonstrado na Figura 7.

Figura 7: Ambiente laboratorial Senai. Fonte: Acervo próprio, 2014.

A análise da resistência à compressão foi feita pela máquina universal de ensaios EMIC® Modelo DL 60000 com capacidade de 600 KN, os corpos de provas foram acomodados e rompidos seguindo recomendações normativas da ABNT (2010 e 2011), Figura 8 e Figura 9.

Figura 8: Máquina EMIC® Modelo DL 60000. Fonte: Acervo próprio, 2014.

(6)

4 Análises dos resultados

4.1 Resistência à compressão

Na primeira amostra analisada a resistência à compressão foram referentes aos prismas ocos. A Figura 10 demonstra os valores obtidos.

Figura 10: Gráfico das resistências à compressão das amostras dos prismas oco. Fonte: Acervo próprio, 2014

A figura 10 exibe os valores obtidos na análise das resistências à compressão obtidas pelas amostras de prismas ocos. Os prismas apresentaram resistência mínima de 3,2 MPa e resistência máxima de 4,85 MPa, com variação de 1,65 MPa, ficando com o valor médio de resistência à compressão de 3,99 MPa. Na segunda amostra analisada a resistência à compressão foram referentes dos prismas 50% grauteado. A Figura 11 demonstra os valores obtidos.

Figura 11: Gráfico das resistências à compressão das amostras dos prismas 50% grauteado. Fonte: Acervo

próprio, 2014

A figura 11 exibe os valores obtidos na análise das resistências à compressão obtidas pelas amostras de prismas 50% grauteado. Os prismas apresentaram resistência mínima de 3,28 MPa e resistência máxima de 6,38 MPa, com variação de 3,1 MPa, ficando com o valor médio de resistência à compressão de 4,87 MPa.

E por fim, foi analisada a resitência à compressão nas amostras 100% grauteada. A Figura 12 demonstra os valores obtidos.

Figura 12: Gráfico das resistências à compressão das amostras dos prismas 100% grauteado. Fonte: Acervo

próprio, 2014

A figura 12 exibe os valores obtidos na análise das resistências à compressão obtidas pelas amostras de prismas 100% grauteados. Os prismas apresentaram resistência mínima de 4,71 MPa e resistência máxima de 10,29 MPa, com variação de 5,58 MPa, ficando com o valor médio de resistência à compressão de 7,19 MPa.

As amostras de prismas ocos apresentaram ruptura não avisada, mostrando uma boa acomodação das deformações por parte da argamassa industrializada. Já nos prismas 50% e 100% grauteados, os tipos de rupturas foram semelhantes, percebendo fissuras nas faces dos blocos e em seguida o colapso. No processo de colapso houve a expulsão das faces dos componentes isso devido à expansão do graute e pode-se notar o colapso do mesmo, Figura 13.

Figura 13: Rupturas dos prismas 50% e 100% grauteados. Fonte: Acervo próprio, 2014.

A figura 14 apresenta um gráfico com os resultados médios da resistência à compressão das amostras.

0 2 4 6

1 2 3 4 5 6

7 8 9 10 11 12 13 Média: 3,99 MPa

R

es

is

nc

ia

à

co

m

pr

es

o

(M

P

a)

Corpos de provas

0 2 4 6 8

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

Média: 4,87 MPa

R

es

is

nc

ia

à

co

m

pr

es

o

(M

P

a)

Corpos de provas

0 2 4 6 8 10 12

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 Média: 7,19 MPa

R

es

is

nc

ia

à

co

m

pr

es

o

(M

P

a)

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Figura 14: Valores médios da resistência à compressão. Fonte: Acervo próprio, 2014.

4.2 Fator de eficiência e indice de resistência

Com os resultados das amostras dos prismas e com a resistência à compressão dos blocos estruturais de concreto pertencente à classe B, considerando os resultados médios de ambos, tem-se os seguintes valores do fator de eficiência descrito na Tabela 4 e o índice de resistência na Figura 15.

Tabela 4. Fator de eficiência

Tipos de grauteamento

Resistência à compressão (MPa) Fator de eficiência

Bloco Prisma

Oco 5 3,99 0,80

50%3 5 4,87 0,97

100%3 5 7,19 1,44

Fonte: Acervo próprio, 2014.

Figura 15: Índice de resistência. Fonte: Acervo próprio, 2014.

4.3 Comparativo com outras bibliografias

O comparativo está demonstrada em duas tabelas, Tabelas 5 e 6, uma demostra as resitências à compressão dos componentes e a outra com valores médios das resistências à compressão dos prismas e os fatores de eficiência, respectivamente, conforme os autores.

Tabela 5. Resistências à compressão dos componentes

Autores Componentes (Mpa)

Bloco Argamassa Graute

Resultado pesquisa 5,00 7,00 15,00 Logullo (2006) 8,64 6,00 17,00

khalaf (1996 apud

Grohmann, 2006) 20,10 15,40 15,70

“continuação...”

“continuação...”

Tabela 5. Resistências à compressão dos componentes

Autores Componentes (MPa)

Bloco Argamassa Graute

Calçada (1998 apud

Grohmann, 2006) 12,61 5,22 14,95

Camacho e Rodrigues (1999 apud

Grohmann, 2006) 15,94 5,45 15,59

Fonte: Acervo próprio, 2014.

A Tabela 5 exibe os valores da resistência à compressão dos componentes utilizados em pesquisas por vários autores. Onde o comparativo principal desta pesquisa é a autora Logullo (2006), pois há semelhança entre os componentes utilizados e os demais autores são somentes para demonstrar a importância de pesquisas quando se utlizam compomentes com valores diferentes.

Tabela 6. Valores médios das resistências à compressão dos prismas e fator de eficiência

Autores

Prismas (Mpa) Fator de eficiência

(Oco) Oco 50% 100%

Resultado pesquisa 3,99 4,87 7,19 0,80 Logullo (2006) 5,63 --- 11,29 0,65

khalaf (1996 apud

Grohmann, 2006) 9,80 --- 11,40 0,49

Calçada (1998 apud

Grohmann, 2006) 12,51 --- 16,71 0,99

Camacho e Rodrigues (1999 apud

Grohmann, 2006) 6,08 --- 9,92 0,38

Fonte: Acervo próprio, 2014.

A Tabela 6 demostra os valores da resistência à compressão dos prismas analisados. Na comparação dos resultados pode-se perceber semelhança nos valores encontrados com a autora Logullo (2006), já, por exemplo, com Khalaf (1996 apud Grohmann, 2006) percebe-se o valor do prisma próximo com o desta pesquisa, porém nota-se na Tabela 5 que os blocos utilizados são de resistência quatro vezes maiores que os utilizados nesta pesquisa.

Também a Tabela 6 exibe o fator de eficiência referente aos resultados obtidos a partir dos prismas ocos. O resultado desta pesquisa e o resultado do comparativo principal, a autora Logullo (2006), se encontra dentro do intervalo conforme demonstra a Tabela 7 citado por Camacho (2006, p.15).

3 Valores expostos somente para demonstrar o acréscimo do

fator de eficiência conforme as diferentes porcentagens de grauteamento, sem carácter comparativo com outas bibliografias.

3,99 4,87

7,19

Oco 50% Grauteado 100% Grauteado Resistências Médias (MPa)

1,00

1,22

1,80

(8)

Tabela 7. Fator de eficiência para bloco de concreto

Unidade Fator de eficiência Bloco de concreto 0,50 a 1,00

Fonte: Adaptado Camacho, 2006.

Todavia o resultado do fator de eficiência encontrado por Khalaf (1996 apud Grohmann, 2006) se encontra abaixo do intervalo conforme a Tabela 7, a autora Logullo (2006) comenta que é normal o resultado ficar abaixo do intervalo quando se utiliza blocos de maior resistência.

Pelo índice de resistência a Tabela 8 demonstra o acréscimo das resitências à compressão dos prismas citado pelos autores da Tabela 5.

Tabela 8. Comparativo pelo índice de resistência

Autores Índice de resistência

Oco 50% 100%

Resultado pesquisa

(2014) 1,00 1,22 1,80

Logullo (2006) 1,00 --- 2,00

khalaf (1996 apud

Grohmann, 2006) 1,00 --- 1,16

Calçada (1998 apud

Grohmann, 2006) 1,00 --- 1,33

Camacho e Rodrigues (1999

apud Grohmann, 2006)

1,00 --- 1,63

Fonte: Acervo próprio, 2014.

Pela Tabela 8 percebe-se uma pequena diferença no resultado do índice de resistência desta pesquisa com a autora Logullo (2006), mesmo utilizando blocos com uma pequena diferença de valores, já, por exemplo, o valor encontrado por Khalaf (1996 apud Grohmann, 2006) se encontra bem abaixo em relação ao resultado encontrado nesta pesquisa, mesmo utilizando blocos e argamassa de resistência bem superiores.

5Conclusões

Com base nos dados coletadas sobre a determinação da resistência à compressão dos prismas de bloco estrutural de concreto com diferentes porcentagens de grauteamentos pode-se chegar à conclusão que a amostras com 100% das células grauteadas se destacam em relação às demais amostras analisadas, apresentando melhores valores de resitência. Seus valores de resistência média à compressão aos 28 dias foram 80% maiores que as amostras ocas, 47% maior que as amostras com 50% das células grauteadas.

Na análise comparativa com outros autores há semelhança nos resultados com prismas moldados com os mesmos valores, ou próximos dos componentes utilizados. Já quando se utiliza componentes de resitências inferiores ou superiores utilizados nesta pesquisa demonstram valores finais diferentes nas resistências dos prismas, ou seja, não necessariamente utilizando blocos, argamassas e graute de resistências maiores irá se obter um prisma

de maior resitência e com isso mostra a importância do conhecimento de todos componentes a serem utilizados, tanto para pesquisas quanto para uso deste método construtivo, pois qualquer alteração sem o devido conhecimento pode-se não obter o resultado esperado.

Na avaliação do fator de eficiência a amostra analisada apresentou resultado dentro do intervalo citado em várias bibliografias. Na análise comparativa com outros autores alguns valores estão dentro e outros estão fora do intervalo, o que volta a conclusão tirada no parágrafo anterior, que não necessariamente utilizando blocos, argamassas e graute com resitência superiores irá se obter um valor dentro do intervalo de 0,50 a 1,00 conforme cita Camacho (2006).

E por fim, com o índice de resistência visa uma melhor demostração do aumento da resistência à compressão das amostras, na qual, na presente pesquisa ocorreu um aumento 0,80 nas amostras 100% grauteadoas em relação as amostras ocas e um aumento de 0,58 em comparação as amostras 50% grauteadas. Na análise comparativa com outros autores percebe-se mais claramente os valores de acréscimo encontrados para cada tipo de prisma. A avaliação de amostras análogas utlizando outros blocos, argamassas e grautes de resitências às compressões diferentes, conforme determina a ABNT (2011) e outros pesquisadores são propostas a serem analisadas em trabalhos futuros.

Agradecimentos

Primeiramente agradeço a Deus e também gostaria de agradecer aos meus pais, Benedito Pereira de Almeida e Maria José de Almeida, meus irmãos, Valdinei de Souza Almeida e Vanderley Souza de Almeida, meus avós, João Antônio de Souza e Terezinha Rosa de Souza, a todos meus tios, mas em especial meus tios, Reginaldo Antônio de Souza e Eva Cipriano Ribeiro e aos meus amigos, Lucas Hilleshein dos Santos, Matheus Hilleshein dos Santos, Thiago Mantovani Tonial, Maicon Diego da Silva Olgado, Rodrigo César Dill, keyty César Dill, Augusto Eduardo de Lucena Marconatto.

Agradeço também a uma pessoa especial, Franciele Rodrigues Lamero, pelo apoio, ajuda e paciência em todos os momentos no desenvolvimento deste artigo. E por fim, agradecer amiga e orientadora Engª Kênia Araújo de Lima, pela confiança e principalmente pelo apoio no desenvolvimento e realização desta pesquisa.

Referências

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15961-1: Alvenaria estrutural Projeto. Rio de Janeiro, 2011, 43p.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8798: Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto. Rio de Janeiro, 1985, 15 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6136: Blocos vazados de concreto para alvenaria – Requisitos. Rio de Janeiro, 2007, 9 p.

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Tabela 2. Requisitos para resistência à compressão  Requisitos para resistência
Figura 5: Graute. Fonte: Acervo próprio, 2014.
Tabela 3. Relação do graute  Traço do graute (Kg)
Figura 12: Gráfico das resistências à compressão das  amostras dos prismas 100% grauteado
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