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Academic year: 2021

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Ramiro Sápiras

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Í N D I C E Prefácio... ... 05 1 – A amizade... ... 09 2 – A arte da prudência... 11 3 – A arte de esquecer... 16 4 – A arte de ouvir... 18 5 – A formação da personalidade... 20

6 – A missão de cada um... 24

7 – A origem e o significado do Natal... 26 8 – A prática de esportes e espírito esportivo 29

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9 – As emoções nossas de cada dia... 32

10 – As qualidades do verdadeiro líder... 34

11 – As virtudes humanas... 37

12 – Atitudes para elevar a auto-estima... 42

13 – Atitudes...... 45 14 - Comunicação...... 52 15 – Direitos da Criança... 55 16 – Direitos Humanos... 58 17 – Educação e formação... 63 18 - Elementos da Cultura... 65 19 – Eros e Thánatos... 68 20 – Eutanásia...... 70 21 – Filosofia de 75

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vida... 22 – Liberdade...... 77 23 – Magnetismo pessoal... 79 24 – Mensagens bíblicas... 81 25 Motivações humanas... 84 26 – O agora eterno... 86

27 – O clamor dos filhos... 88

28 – O milagre de uma nova vida... 91

29 – O pensamento vivo de Marco Aurélio... 93

30 - O poder da fé... 98

31 – O poder da mente subconsciente... 100

32 – O poder da palavra... 104

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33 – O significado da vida... 109

34 – Os sete talentos fundamentais... 112

35 – Os setenta e sete pecados capitais... 115

36 – Pensamentos...... 118

37 – Qualidade de vida... 122

38 – Relacionamentos...... 125

39 – Relembrando Confúcio... 127

40 – Sócrates, o grande filósofo grego... 130

41 – Sucesso e felicidade... 135

42 – Todo mundo é seu mestre... 139

43 – Triunfo sobre o medo e as preocupações.. 140

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45 – Zona de conforto... 145 O

autor...

... 147

PREFÁCIO

“Lições para toda a vida”, de Ramiro Sápiras, é um livro de leitura fácil, que deve ser interiorizado frase a frase, capítulo a capítulo. Não é para ser “devorado”, mas degustado lentamente como quem sorve um delicioso vinho, deixando o líquido preencher o nosso paladar. “Lições para toda a vida” perpassa nosso coração, nossa alma, orientando nosso dia-a-dia, nossas ações, tocando-nos para atingir aqueles que nos cercam.

É um livro para transformação interior, para conscientização de que somos dotados de sabedoria, de senso crítico, de inteligência, capazes, portanto,

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de viver num mundo que, embora imperfeito, foi criado pelo mais perfeito dos seres. É um livro que transcende nossa mesquinhez, mostrando-nos que é possível ver a natureza e o nosso semelhante com bondade, aceitando-o em suas peculiaridades. Sim, porque somos diferentes na nossa igualdade e precisamos entender e aceitar isso.

Ramiro, de maneira clara e fluente, faz ponderações pertinentes sobre temas de crucial importância para nossa convivência quotidiana com aqueles que fazem parte de nossa vida. Sobre a amizade, por exemplo, ele afirma: “[...] a amizade é algo muito frágil, precisa ser cultivada e conservada com muito cuidado”. Sobre a “arte de esquecer”, diz o autor “[...] banir da memória frustrações, conflitos, negatividades”. Ramiro busca na mitologia grega assunto para fazer-nos pensar sobre o amor e a morte e apresenta-nos Eros (deus do amor) e Thánatos (deus da morte), questionando-nos sobre qual queremos seguir. Ele não deixa de penetrar num terreno polêmico, mas que precisa ser abordado, a eutanásia, pois ela diz respeito a amenizar o sofrimento do ser humano portador de uma doença incurável e dolorosa. Ele traz depoimentos de médicos e as justificativas para a prática da eutanásia.

Nosso autor se detém a analisar o lado psíquico do ser humano, como, por exemplo, das emoções, chamando a atenção que elas são provocadas pelas mais diversas razões; enumera alguns atributos que caracterizam o verdadeiro líder; descreve as virtudes; lista atitudes para elevar a auto-estima, entre outros assuntos.

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Como bom advogado que é, Ramiro dedica um capítulo aos direitos da criança, reproduzindo os dez princípios da Declaração dos Direitos da Criança; um capítulo aos direitos do homem, reproduzindo alguns artigos do Estatuto da Declaração Universal dos Direitos Humanos; um capítulo sobre os filhos, no qual reproduz um texto de Almir Ribeiro Guimarães, um verdadeiro “clamor dos filhos” a seus pais; e relembra a sabedoria dos pensamentos de filósofos, como Confúcio e Sócrates.

Este livro nasceu, publicado capítulo a capítulo, na internet, cada um independente do anterior, e assim pode ser lido. Não há necessidade de ler capítulos anteriores para compreender os demais. Temos uma obra didática que nos remete a uma reflexão sobre nós, nossos valores, nossas concepções, um guia para qualificarmos nossas ações, para aceitarmos nosso semelhante como ele é, sem querer modificá-lo, e para não julgarmos as pessoas precipitadamente.

“Lições para toda a vida” é o resultado de um trabalho de pesquisa, de fácil assimilação, onde encontramos considerações para sermos mais felizes, para triunfarmos sobre nossos medos e preocupações e para proporcionar o desenvolvimento de nossa personalidade de modo que seja atraente e simpática. Assim, pouco a pouco, como um timoneiro que conduz o seu barco com mão firme, conhecendo o rumo a seguir, o autor leva o leitor a um porto seguro para a sua vida.

São Leopoldo, maio de 2008.

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Mestre em Literatura

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Minha saudação a todos os escritores e poetas do Centro Literário de São Leopoldo.

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Dedico este livro às minhas filhas Susana, Adriana e Giovana,

e à minha esposa Ester, com carinho.

A amizade

A

amizade é uma das formas mais prazerosas de relacionamento humano. Os bons momentos da vida ficam ainda melhores na presença de amigos verdadeiros. E, nos momentos difíceis, eles ajudam a aliviar a situação, oferecendo apoio eficaz, ou, às vezes, somente um abraço ou um ombro confortador. A amizade tem início em um momento mágico, indefinível. São pequenos detalhes que impressionam, enternecem e fazem brotar esse maravilhoso sentimento.

A verdadeira amizade é uma planta de crescimento lento. Somente após passar por inúmeras provas, no decorrer do tempo, ela pode merecer essa designação. Mas, a amizade é algo muito frágil, precisa ser cultivada e conservada com muito cuidado e sensibilidade.

Amizade é união de espíritos. Ela gera harmonia, alegria, entusiasmo. Torna a vida mais dinâmica e interessante. São os amigos que, muitas vezes, nos estimulam a sair da concha, a viver mais intensamente.

Esse sentimento fraterno carece de tolerância e paciência, pois, muitas vezes, as pessoas dizem ou

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fazem coisas que magoam. Nesses momentos difíceis é necessário muito tato. Por vezes, o silêncio é o melhor remédio.

Saber ouvir é outro requisito que deve ser cultivado. Um amigo sincero deve ser sempre o melhor ouvinte. Isto é muito importante, pois as pessoas precisam desabafar, expressar sentimentos, revelar segredos e sonhos, ou expor uma nova idéia, com inúmeros detalhes.

É possível desenvolver mais amizades em dois meses interessando-se mais pelas pessoas, do que em dois anos, tentando fazer as pessoas se interessarem por si mesmo. E isso é verdadeiro, pois somente alguém prestativo e simpático, alguém que irradia alegria e entusiasmo, é que possui o dom de conquistar amigos.

As amizades, para serem duradouras, precisam de dedicação e tempo. Os amigos devem encontrar-se regularmente, em casa, em passeios, em sessões de cinema e teatro, em eventos culturais, em bailes e festas, em eventos esportivos. E a comunicação telefônica, ou via internet, deve ser constante, sob pena de enfraquecer-se o vínculo.

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A arte da prudência

livro “A Arte da Prudência – Um Oráculo Manual” (Editora Martin Claret) é considerado uma obra-prima no gênero “livros de perfeita sabedoria”. Seu autor é o jesuíta espanhol Baltasar Gracián, nascido a 8 de janeiro de 1601 e falecido a 6 de dezembro de 1658. Pregador de renome, foi também reitor de colégios jesuítas de Tarragona e Valência. Outros livros de sua lavra: El

héroe, El político, El discreto e El criticon.

O

Schopenhauer, escritor alemão, a respeito desse livro, disse: “Ensina a arte que todos praticariam de bom grado, sendo, portanto um livro para todos. Sem dúvida, lê-lo todo apenas uma vez não é suficiente; trata-se de um livro para uso

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constante, de acordo com a ocasião – em resumo, para ser um companheiro na vida”.

Na Idade Média, todo padre escritor devia submeter suas obras aos superiores para tê-las aprovadas e publicadas. Assim, ao aprovar “A Arte da Prudência”, Frei Gabriel Hernández, em seu parecer, declarou: “Admirei em tão pouco corpo tanta alma. É a quintessência da mais recôndita prudência, que não se alimentam de outras coisas os sábios. Sempre tive por difícil a arte da prudência, mas quem soube achar regras para a agudeza pôde ditar preceitos para a cordura”.

Enfim, trata-se de um manual para ser consultado a toda hora. Traz trezentos aforismos comentados que ensinam como viver nesse mundo, nas relações pessoais e nos tratos profissionais. Eis alguns deles:

 Caráter e inteligência. São os pólos que fazem luzir os predicados. Não basta ser inteligente; é preciso também ter o caráter apropriado. (2)

 Alcançar a perfeição. Ninguém nasce perfeito. Deve se aperfeiçoar dia a dia, tanto pessoal quanto profissionalmente, até se realizar por completo, repleto de dotes e de qualidades. (6)

 Conhecer seu principal atributo. Seu dom de destaque. Cultive-o e incentive os demais. Todos alcançariam a excelência em alguma coisa se conhecessem sua qualidade dominante. Identifique o rei dos seus atributos e se dedique a ele com afinco. (34)

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 Nunca perder o controle. Grande ênfase deve pôr a prudência em não perder o controle. As paixões são os humores da alma, e qualquer excesso indispõe a prudência. Tendo completo domínio de si próprio na prosperidade como na adversidade, ninguém irá censurá-lo, mas admirá-lo. (52)

 Nem tudo mau, nem tudo bom. Certo sábio reduziu toda sabedoria ao caminho do meio. Levar o certo longe demais e ele se torna errado. A laranja espremida ao máximo dá só amargor. Mesmo no prazer não devemos ir a extremos. A própria inteligência se esgota se exigida demais, e se ordenhamos uma vaca em excesso teremos sangue por leite. (82)

 Ter amigos. É uma segunda vida. Para um amigo, todos os amigos são bons e sábios. Entre eles, tudo acaba bem. Você vale tanto quanto os outros o querem e, para que o queiram, deve ganhar-lhes a boca através do coração. Nada conquista tanto como servir aos outros, e a melhor maneira de ganhar amigos é agir como amigo. (111)  Nunca competir. Quando competimos,

nossa reputação pode sofrer prejuízo. O competidor vai de imediato tentar descobrir nossos defeitos para nos desacreditar. A rivalidade descobre as faltas que a cortesia tinha esquecido. (114)

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 Não falar sobre si mesmo. Ou se gabará, o que é vaidade, ou se criticará, o que é humildade. Ao demonstrar tal falta de sensatez, tornamo-nos maçantes para os ouvintes. (117)

 Não fazer tempestade em copo d’água. Alguns não levam nada em conta, ao passo que outros transformam tudo em caso. Estão sempre falando com importância, sempre levando as coisas muito a sério, transformando-as em controvérsia e mistério. É tolice levar a sério aquilo que não deveríamos ligar importância. (121)  Grandeza de alma. Um dos principais

requisitos do heroísmo, pois inspira todo tipo de grandeza. Realça nosso gosto, engrandece o coração, eleva nosso pensamento, enobrece o caráter e dispõe à magnificência. (128)

 Reconsiderar. A segurança está em reexaminar as coisas, principalmente quando não se está totalmente seguro. (132)

 Não se intrometer. Principalmente quanto mais agitadas estiverem as ondas do social ou do familiar. O convívio humano tem seus tumultos, suas tempestades de vontade; em tais ocasiões é sensato retirar-se para um porto seguro e deixar as ondas se acalmarem. Não há remédio melhor para a confusão do que deixá-la seguir seu curso, terminando assim por si mesma. (138)

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 Conhecer os dias aziagos. Porque eles existem. Tudo para dar certo tem seu momento. Certos dias, tudo corre mal; noutros, bem, e com menos esforço. Mas não é sensato considerar o dia definitivamente mau ou bom por causa de um golpe de azar ou de sorte. (139)

 O pacato tem vida longa. Para viver, deixe viver. As pessoas pacíficas não vivem apenas, reinam. Ouça e veja, mas mantenha-se calado. Um dia sem tensões significa uma noite repousante. (192)

 Ter algo a desejar. De modo a não se tornar infeliz por excesso de ventura. Quando possuir tudo, tudo será decepção e insatisfação. Mesmo o conhecimento precisa de algo mais para aprender, algo que seja aperitivo para a curiosidade. O anseio nos dá alento, mas a fartura de felicidade pode ser fatal. (200)

 Saber organizar a vida com bom senso. O que torna a vida agradável é a diversidade do conhecimento. Filosofar é o prazer mais elevado de todos. (229)

 Completar as vitórias. Alguns começam tudo e nada terminam. De caráter volúvel, começam, mas não persistem. Nunca conseguem louvores porque não prosseguem com nada. Se a empreitada vale a pena, compensa terminar. Se não

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compensa terminar, por que começar? (242)

 Saber esquecer é mais um dom que arte. Aquilo que mais deveríamos esquecer é o que lembramos com mais facilidade. Às vezes, o melhor remédio para o mal seria esquecê-lo, mas esquecemos o remédio. Convém, pois instruir a memória a ter melhores hábitos, pois ela sozinha pode nos proporcionar o céu ou o inferno. (262)

 Palavras suaves, proferidas delicadamente. As flechas trespassam o corpo: as más palavras, a alma. A maioria das coisas paga-se com palavras, e elas sozinhas bastam para realizar o impossível. A única forma de ser amável é ser manso. (267)

 Viver de acordo com a ocasião. Não viva segundo regras fixas, a menos que se trate de agir com virtude. Os sensatos sabem que o rumo da prudência está em se portar de acordo com a ocasião. (288)

 Moderar suas opiniões. Cada um forma as idéias de acordo com a sua conveniência e apresenta razões de sobra para defendê-las. Na maioria das pessoas, o juízo é vencido pela emoção. De quando em quando, ponha-se do outro lado e, com cuidado, reviponha-se a própria opinião. Analise os motivos do ponto de vista do outro. (294)

 Em resumo, ser um santo; isso diz tudo. A virtude é uma cadeia de todas as perfeições, o centro de toda a felicidade.

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Torna-o prudente, discreto, perspicaz, sensível, sensato, corajoso, cauteloso, honesto, feliz, louvável, verdadeiro, um herói universal. Três esses nos tornam bem-aventurados: sábio, sadio e santo. Não há nada tão amável quanto a virtude, nem tão detestável quanto o vício. A virtude é autêntica; tudo o mais é imitação. Capacidade e grandeza se medem pela virtude, não pela sorte. Só a virtude basta a si mesma. (300)

A arte de esquecer

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tivar a memória, aprimorá-la constantemente, torná-la excelente, eis o que é considerado ideal. Sem dúvida, é louvável manter uma ótima capacidade de memorização envolvendo dados, datas, fatos, nomes, números, imagens, fórmulas e tantas coisas mais. A esse tipo de memória denominamos memória objetiva.

Entretanto, essa reflexão trata da memória subjetiva, psicológica. É a capacidade de reter lembranças de acontecimentos, ordinariamente negativos, ou interpretados desta forma. As pessoas que desenvolvem esse tipo de memória jamais esquecem uma ofensa, um fato negativo, um acontecimento que as deixou amargurada. Carregam pela vida afora um fardo, cada vez mais pesado, repleto de recordações eivadas de intrigas, de maledicências, de questões mal-resolvidas, de falsas interpretações da realidade.

Assim, as pessoas, de tempos em tempos, podem trazer à tona lembranças remotas, escondidas nos escaninhos da mente, envolvendo suscetibilidades, feridas abertas. E o interlocutor, surpreso, poderá dizer: “Mas isso é coisa do passado! Já havia me esquecido completamente! Por que reviver algo que não acrescenta nada de positivo, algo que pode reabrir velhas feridas”?

O mesmo acontece naquela estória envolvendo dois monges. Andavam eles a peregrinar por uma região campestre, quando chegaram à beira de um largo córrego, ornado de rochas e cachoeiras. Então, deparam-se com uma formosa donzela que pretendia atravessar a correnteza, mas sentia-se temerosa, incapaz de realizar sozinha tal façanha. Por isso, implorou aos cenobitas que a conduzissem

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à margem oposta. O mais idoso, sem a menor hesitação, tomou-a em seus braços, e, com firmeza e energia, atravessou o riacho, deixando a jovem segura em terra firme. Ela agradeceu, comovida, e seguiu seu caminho. Os monges continuaram sua rota, em silêncio. Porém, a certa altura, o mais jovem, que até então andava aflito com seus pensamentos e interpretações, censurou o colega: “Meu irmão! Como é que você toca numa mulher? Segundo nossos sagrados princípios, isso é pecado”! Ao que respondeu o outro: “Veja bem, meu prezado irmão: eu larguei a moça já faz bastante tempo, lá longe, na margem do riacho. Por sua vez, você continua a carregá-la, ao menos em seu pensamento”!

E é isso exatamente o que fazem as pessoas, em inúmeras e variadas circunstâncias: continuam a carregar pensamentos e suas distorcidas interpretações, depreciando a vida e os relacionamentos.

Considerando esse singular fenômeno, enfatizamos a importância de se desenvolver a “arte de esquecer”. Ou seja, banir da memória todo e qualquer resquício de maledicências, frustrações, conflitos, negatividades. Enfim, tudo o que não contribui para o enriquecimento do espírito, das relações humanas, da qualidade de vida. Suprimir, ou melhor, reduzir ao ínfimo, e depositar em algum lugar praticamente inacessível da mente, toda memória psicológica, toda e qualquer lembrança que somente traz prejuízos à nossa vida. E isso é verdadeiramente uma arte que precisa ser aprendida, exercitada, elaborada, dia após dia, durante a vida toda.

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A arte de ouvir E

m nossa cultura, observamos que ouvir com plena atenção é um aspecto muito negligenciado nas comunicações interpessoais. Porém, falar e ouvir são elementos essenciais. A qualidade de ambos define a qualidade das interações humanas.

Comumente, as pessoas preocupam-se mais com o que vão dizer, ou responder, do que propriamente com o ato de ouvir, que não é, em absoluto, uma condição passiva, pois necessita de apreciável esforço e concentração.

Assim, devemos conscientizar-nos de quanto é importante ouvir com atenção, mesmo durante um tempo prolongado. Realmente, trata-se de uma arte, e deve ser desenvolvida.

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Quando ouvimos o nosso interlocutor com respeito, sensibilidade e serena atenção, podemos nos transportar para o interior de sua mente e acompanhar sua trajetória, elaborando imagens reais do que está sendo narrado, discutido, desenvolvido.

Nesses mágicos momentos, estamos demonstrando ao nosso interlocutor que o aceitamos como pessoa que possui idéias dignas de serem ouvidas, como pessoa que elabora questões dignas de atenção, como pessoa plena de dignidade a ser respeitada.

Nosso interlocutor, em tal situação, sente-se à vontade, seguro, confiante, e pode revelar seus pensamentos e sentimentos mais profundos, com toda a plenitude. Isto é admirável! Ele experimenta uma sensação de elevada auto-estima, pois está sendo apreciado por inteiro.

De nossa parte, seremos capazes de compreender suas idéias, suas proposições, seus pontos de vista, com inteireza, pois não estamos interferindo com nossas próprias idéias, teorias, valores, crenças, preconceitos. Isso não significa concordância com tudo o que está sendo afirmado. Quando chegar a nossa vez de falar, nas mesmas condições, nos será possível expor, com clareza e profundidade, tudo o que tivermos a dizer, consoante nossas próprias convicções.

O silêncio vale ouro. Provérbio popular muito conhecido, porém, pouco compreendido. Mas, é exatamente nos preciosos momentos de interação pessoal que devemos nos valer do silêncio. Porém,

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um silêncio criativo, encorajador, que estimula o outro a dizer tudo quanto precisa dizer.

Ao desenvolver a verdadeira arte de ouvir, estaremos contribuindo para o estabelecimento da harmonia e da paz nas relações humanas.

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A formação da personalidade

ersonalidade é o conjunto de características psicológicas, de certa forma estáveis, que determinam a maneira como o indivíduo interage com o seu ambiente. Também podemos definir “personalidade” como “a organização integral e dinâmica do contexto formado pelos atributos físicos, mentais e morais do indivíduo, compreendendo as características hereditárias e as adquiridas durante a vida: hábitos, interesses, inclinações, complexos, sentimentos e aspirações”.

P

A formação da personalidade tem início a partir do nascimento. Assim, os primeiros anos de vida de uma pessoa são decisivos para a gênese de sua futura personalidade. Nesse período, são delineadas as principais características psíquicas, a partir da relação da criança com os pais, com pessoas próximas, com objetos e com o meio ambiente. Assim, essas relações devem suprir todas as necessidades físicas e psicológicas da criança. A não satisfação das mesmas pode causar sérios prejuízos à formação da personalidade. Outrossim, é preciso acalentar o desenvolvimento de uma ampla gama de virtudes desde os primeiros anos de vida, em especial a temperança, que propicia a conquista de um sentido de equilíbrio, evitando-se a exacerbação de necessidades, por um lado, e, por outro, a insatisfação de outras consideradas fundamentais. Nesse contexto, além das necessidades de manutenção da vida, todos os

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indivíduos possuem outras, de aprovação, de independência, de aprimoramento pessoal, de segurança e de auto-realização, onde serão desenvolvidos os valores existenciais, estéticos, intelectuais e morais.

A qualidade das relações entre pais e filhos exerce uma influência determinante na formação psicológica destes. A partir dos primeiros meses de vida, os pais e responsáveis pela criação e educação das crianças devem dedicar toda a atenção ao desenvolvimento de sua auto-estima. É imprescindível estimular, elogiar, oferecer muito afeto e carinho, para que as crianças construam sua personalidade, com base em elevado amor próprio. Da mesma forma, os pequenos devem ter toda a liberdade para expressar emoções: alegria, afeto, tristeza, medo e raiva. Se a criança for levada a reprimir suas emoções autênticas, desenvolverá uma personalidade combalida, neurótica, plena de tensão, de ansiedade, de angústia e de depressão.

Dessa forma, os adultos responsáveis pela formação dos futuros cidadãos devem evitar, a todo custo, dirigir-lhes palavras e tomar atitudes que possam desenvolver um baixo nível de auto-estima. Assim, não devem se valer de severidade, críticas exageradas, exigências exacerbadas; inclusive, devem abster-se de olhares e gestos que possam produzir efeitos negativos. A mania de perfeição é outra característica que pode ser considerada doentia, e resulta, certamente, em prejuízo à formação dos indivíduos. Por outro lado, são igualmente nocivas a indiferença, a rejeição e as desqualificações (chacotas, escárnios, gozações).

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Por todos esses motivos, não devem ser proferidas frases deste jaez: “qualquer idiota faria melhor que você”; “homem que é homem não chora”; “não seja fraco”; “você é burro”; “seja perfeito”; “faça como seu irmão; ele, sim, é legal”; “está sonhando alto demais”; “só gosto de você quando é obediente”. E assim por diante...

De outra sorte, os pais e os responsáveis devem imprimir, clara e objetivamente, certos limites e regras fáceis e simples de serem assimiladas e cumpridas, desde a mais tenra idade. Não se pode deixar uma criança agir de forma totalmente desregrada e livre, sem qualquer fronteira. Inúmeros livros já foram escritos sobre o assunto, com títulos assemelhados a “Disciplina na medida certa”, “Colocando regras, com afeto”; ou, “Seu filho precisa conhecer as regras do jogo da vida”. Outro aspecto é a coerência entre palavras e atitudes. Não é possível conciliar uma regra enunciada verbalmente com uma atitude oposta. Por exemplo, afirmar o acerto de hábitos de higiene e, depois, deixar objetos pelo chão, não recolher roupas sujas, ou “varrer o pó para debaixo dos tapetes”...

Agora, outra questão de suma importância: para que o desenvolvimento das crianças ocorra de forma natural e saudável, é absolutamente necessário que elas se entreguem, em grande parte de seu tempo ativo, às brincadeiras próprias de sua idade, individual ou coletivamente. Os folguedos coletivos proporcionam o relacionamento interpessoal, de extrema importância para a formação do caráter social do indivíduo. A livre expressão da alegria, própria das atividades lúdicas,

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é fundamental para a saudável formação da personalidade.

Dessa forma, podemos compreender a importância de brincadeiras adequadas para cada faixa etária. Os brinquedos, até os seis meses de idade, devem ser relacionados ao tato, ao sentir os objetos em suas formas e texturas. Além do contato físico com as mãos, o contato visual, o gustativo, o olfativo, o auditivo, são de suma importância. A partir dessa primeira fase, é preciso oferecer às crianças brinquedos com certas características: cores vivas, formas interessantes, sons refinados, aromas adequados. Após o primeiro ano de vida, o que ganha importância são os carrinhos, os bonecos que se movem e também a música – seqüência de sons harmônicos e melodiosos. Em seguida, vêm todos os objetos e ações que adestram a imaginação e despertam o senso de criatividade.

A criatividade é uma característica de imenso valor no contexto humano. Ela deve ser exercida de forma livre, sem qualquer limitação. Na infância, desempenha um papel de extrema importância na formação da personalidade. Assim, pais e professores devem ter o máximo cuidado para não bloquear a capacidade das crianças nesse contexto. Eles precisam fornecer os elementos, mas devem permitir às crianças que descubram por si mesmas os procedimentos para chegar ao objetivo final: a satisfação, a alegria, o desenvolvimento do lúdico. Não é admissível que os adultos mostrem ou determinem às crianças a maneira como devem fazer as coisas. Isso tolhe a oportunidade que elas têm de exercitarem a imaginação, a criatividade, a curiosidade e de usufruírem da satisfação de

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descobrirem, por si próprias, a melhor maneira de agir e brincar.

Outro fator que influencia a formação da personalidade é a movimentação física da criança, principalmente através dos esportes praticados por prazer, não por competição. A movimentação física, saudável e prazerosa, melhora o estado geral do organismo, tanto físico quanto psicológico. O esporte propicia à criança, além de prazer e alegria, o descobrimento de seus limites e de suas reais capacidades. O esporte, praticado com sabedoria, sob a supervisão de profissionais competentes, proporciona o gradual desenvolvimento do indivíduo, a partir de tenra idade. Nesse contexto, a criança consegue superar os medos, de qualquer espécie: de se machucar, de se enfrentar com outras crianças, do ridículo, de perder o jogo. O esporte mostra o caminho da superação.

Assim, formado o embasamento sólido e saudável da personalidade, nos primeiros anos, pode o indivíduo, no decorrer de sua existência, ampliar suas capacidades e habilidades, enriquecer seu caráter, e, num processo permanente de desenvolvimento pessoal, experimentar uma vida plena de sentido e felicidade.

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A missão de cada um

U

m dia desses, num momento em que me encontrava oculto nas “regiões mais profundas do meu eu interior”, encontrei um peregrino que me contou a seguinte estória:

Invadiu-me certa vez uma inexorável perplexidade acerca do sentido da vida. Decidi, então, peregrinar por este mundo afora, para decifrar tão profundo enigma.

A todos os seres que encontrava propunha a questão. À frondosa árvore, enraizada no centro de grande praça, supliquei que me revelasse sua verdadeira missão. Explanou-me ela:

“Em primeiro lugar, devo manter-me viva, forte, saudável, para melhor poder cumprir meu papel. Em segundo, descobrir exatamente qual seja esse papel. E, por fim, desempenhá-lo diligentemente. A mim cabe proteger os peregrinos que por aqui passam, nos tórridos dias de verão, ofertando-lhes minha generosa sombra”.

Segui adiante e deparei-me com um belo gato siamês. Segredou-me ele que sua missão consistia em fazer companhia a uma velha senhora, ofertando a ela todo seu encanto e ternura.

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Por muitos e muitos dias, por escabrosas veredas, feri meus pés à procura de respostas à pungente dúvida. O esforço foi sobejamente recompensado. Mas eu sentia que era preciso ainda ouvir uma sábia opinião de um representante do gênero humano.

Finalmente, após fatigante busca, no alto de um outeiro, encontrei um provecto anacoreta, de longas barbas brancas, com o olhar perdido no horizonte, a meditar...

Acolheu-me amavelmente. Após ouvir, todo paciência e atenção, meu relato e minhas súplicas, sentenciou gravemente:

“Meu prezado buscador. Os sábios seres da natureza propiciaram a ti as respostas. Já és possuidor do inefável segredo. Não obstante, mais posso aduzir. Caso descobrires que és uma árvore, sejas realmente uma árvore; se fores um gatinho, não te constranjas em ofertar toda tua meiguice; e se um leão, coloque sempre toda tua energia em tudo que fizeres. Enfim, é preciso descobrir teus verdadeiros talentos, aprimorá-los, produzir os melhores frutos, e então, ofertá-los, generosamente”.

Após esse inusitado encontro com o enigmático romeiro, fiquei por algum tempo a meditar sobre sua fantástica estória. Decidi, então, sempre que surgir uma oportunidade, refugiar-me nessas fantásticas “regiões mais profundas do meu eu interior”, para deparar-me com outros misteriosos e interessantes peregrinos. Com certeza, as experiências serão gratificantes.

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A origem e o significado do Natal

A

celebração do Natal teve início com um antigo festival mesopotâmico que simbolizava a passagem de um ano para outro. Ritual semelhante era realizado pelos persas e babilônicos.

No hemisfério norte, o solstício de inverno ocorre entre os dias 21 e 22 de dezembro, quando o sol atinge seu afastamento máximo da linha do Equador, fazendo com que as noites se tornem mais longas, e marcando o início do inverno. Os mitraístas estabeleceram o dia 25 de dezembro como a data do Natalis Solis Invicti, ou o Nascimento do Sol Invencível. Esta festividade pagã envolvia a decoração de árvores com luzes (velas) e a troca de presentes.

Mais tarde, o costume alcançou os romanos, que promoviam duas grandes festas pagãs. A primeira, as saturnais, em homenagem a Saturno, começava a 17 de dezembro, estendendo-se até 1º de janeiro; a segunda, as calendas, saudava a chegada do ano novo.

Somente após a cristianização do Império Romano, o dia 25 de dezembro passou a ter o significado atual de comemoração do natalício de Jesus. A maior parte dos historiadores afirma que o primeiro Natal, como hoje é conhecido, foi celebrado no ano de 336 d.C., e oficializado no Concílio de

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Nicéia no ano de 440 d.C.. O fato é que, naquela época, a Igreja Católica proibia os cristãos de participarem das festas pagãs. A igreja, porém, sofrendo pressões do Império Romano, a partir daquele ano, adotou essas comemorações pagãs, fazendo com que passassem a fazer parte do calendário cristão.

Nesse sentido, o ensinamento de Mário Righetti, notável teólogo católico:

“...a Igreja de Roma, para facilitar a aceitação da fé pelas massas pagãs, achou conveniente instituir o 25 de dezembro como a festa do nascimento temporal de Cristo, para desviá-las da festa pagã, a Natalis Solis Invicti, celebrada no mesmo dia”.

A Nova Enciclopédia Católica reconhece: “A data do nascimento de Cristo não é conhecida. Os evangelhos não indicam nem o dia nem o mês”. A seu turno, a revista católica americana U. S.

Catholic diz: “É impossível separar o Natal de suas

origens pagãs”.

E agora, uma pergunta: Qual o verdadeiro significado do Natal? Cada um interpreta as comemorações natalinas de acordo com sua cultura, sua filosofia de vida.

De minha parte, entendo o Natal como a comemoração da paz, da harmonia, da fraternidade. Afinal, foi esta a mensagem de Cristo: “Amai-vos uns aos outros, como a si mesmo”. Assim, em especial na época do Natal, devemos efetuar uma profunda reflexão a respeito de nossa vida, de nossas relações pessoais, de nossa auto-estima. Precisamos rever nossos valores e prioridades, e descobrir o

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verdadeiro rumo que estamos dando à nossa existência.

Certamente, o clima de festa, de alegria, de confraternização deve existir. As comemorações são pertinentes e necessárias; a troca de presentes é salutar. Mas, em primeiro lugar, é preciso compreender a essência do Natal, a verdadeira essência da mensagem de Cristo. E viver essa essência, no dia-a-dia. Caso contrário, as festividades terão um cunho essencialmente pagão, materialista, consumista.

Tradições Natalinas

A Árvore de Natal. Existem várias versões a respeito da sua origem. No entanto, a maioria afirma que foi na Alemanha onde surgiu a primeira árvore de Natal. Segundo consta, teria sido Martinho Lutero, ex-padre e reformador protestante do século XVI, quem teve a idéia de enfeitar com velas um pinheiro em sua casa, para que as crianças pudessem imaginar como estaria o céu na noite do nascimento de Jesus.

O Presépio. O primeiro presépio foi idealizado por São Francisco de Assis, na véspera do Natal de 1223, no povoado de Grécio, Itália. Ele providenciou a preparação de um presépio vivo, composto de pessoas, palhas, uma manjedoura, um boi e um jumento. O seu propósito, ao realizar tal teatralização, foi o de fazer com que as pessoas contemplassem as condições em que o menino Jesus havia nascido.

Os Reis Magos. Baltazar, Gaspar e Melquior foram os três reis magos que chegaram à noite do

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nascimento de Cristo, vindos do Oriente, trazendo oferendas de ouro, mirra e incenso para o menino Jesus. O ouro significava o poder de reinar sobre os homens. A mirra, usada na medicina da época, simbolizava a humanidade de Jesus. O incenso significava a divindade. Assim, os três presentes anunciavam que Jesus era, a um só tempo, rei, homem e divindade.

Troca de presentes. O costume de realizar-se troca de prerealizar-sentes teve origem na Antiga Roma. Inicialmente, os romanos presenteavam uns aos outros com os galhos de uma árvore considerada sagrada. Mais tarde, passaram a fazer uso de itens cada vez mais sofisticados, como ouro, prata e alimentos preparados com mel – que simbolizavam votos de felicidade para o ano novo.

Papai Noel. O primeiro Papai Noel foi o Bispo Nicolau, que viveu em Myra, Turquia, por volta do ano 400. Ele distribuía doces e brinquedos às crianças. Vários milagres lhe foram atribuídos. Assim, mais tarde, ele foi canonizado como São Nicolau, padroeiro da Rússia. Nos Estados Unidos, seu mito ganhou força graças ao cartunista Thomas Nast, que publicou seu desenho pela primeira vez na revista Christmas Supplement, em 31 de dezembro de 1870.

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A prática de esportes e o espírito esportivo

O

esporte é uma forma universal de expressão cultural. Através da prática esportiva, o homem, há séculos, faz intercâmbio com outros homens. Na antiga Grécia, onde nasceram as Olimpíadas, a cultura física era muito valorizada. Naqueles tempos, os jogos olímpicos eram desenvolvidos somente pelos homens. Aliás, às mulheres era proibido mesmo assistir ao grande espetáculo, eis que os atletas exercitavam-se e competiam completamente nus...

Antes de salientarmos os benefícios da prática de esportes, é preciso enfatizar os danos do sedentarismo, um dos males do nosso tempo. Em inúmeras atividades, o homem está sujeito a pouco ou quase nenhum esforço, o que ocasiona envelhecimento precoce. Como qualquer coisa que não é usada, também o organismo vivo se torna “enferrujado”, atrofiado, decrépito. E mais: uma vida sedentária também provoca alienação e despersonalização do indivíduo.

A rotina do dia-a-dia oferece certa praticidade, sem dúvida. Algumas atividades exigem uma constante repetição, pois isto consiste sua própria natureza. No entanto, a vida não suporta, por muito tempo, somente a rotina. Com efeito, a emoção de

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viver encontra-se na novidade, no problema, na solução, na tensão, no conflito.

Agora, ressaltamos os benefícios que a prática de esportes proporciona ao ser humano. Por exemplo: fortalecimento orgânico, elevado preparo geral, resistência, velocidade, agilidade. Também, aprimora alguns aspectos da vontade: audácia, decisão, iniciativa, ímpeto de conquistar vitórias.

Assim, a atividade física revela-se de extrema importância para o equilíbrio do indivíduo, em todos os aspectos: físico, emocional, mental, espiritual. Atividade é movimento, ação, energia. Gera motivação e entusiasmo. O ser humano, em constante atividade, conquista a estabilidade fisiológica, a alegria de viver.

O homem, por natureza, é um ser lúdico, da mesma forma que os animais. Basta observar um pequeno cão, um gato, ou os macacos no zoológico. Eles jogam, brincam, divertem-se, estabelecem relações lúdicas. O jogo é um fator de união entre as pessoas. Evidencia diferenças. Salienta regras. Por meio do jogo, o homem encontra a si mesmo, e também seu semelhante.

O jogo é uma atividade sujeita a regras. Cada esporte compreende um complexo específico de técnicas, métodos, formas, movimentos, regulamentos. Somente a submissão a este universo uniformizador e caracterizador de determinado jogo, torna-o possível. Mas, é preciso, também, não perder de vista outra característica muito importante de todo e qualquer esporte: a espontaneidade, seu aspecto artístico e lúdico.

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Inúmeras são as motivações que levam o homem a praticar esportes. Além do já evidenciado preparo físico, o homem busca um sentimento de satisfação experimentado na atividade muscular; uma sensação prazerosa de caráter estético, oriunda da harmonia, equilíbrio, beleza e habilidade dos movimentos; uma satisfação pelo fato de demonstrar audácia e decisão ao realizar exercícios e movimentos difíceis. Enfim, tudo isto resulta em desenvolvimento da auto-imagem e da auto-estima. Outro aspecto a ser evidenciado em relação à prática regular de determinado esporte é o fato de que o mesmo exige o domínio e técnica de execução de movimentos físicos específicos. Através dele, o atleta assimila e aperfeiçoa determinados hábitos motores. Desta forma, certos movimentos e ações tornam-se automáticos, exigindo menor esforço, proporcionando melhores resultados, elevando a qualidade do jogo.

Mas, afinal, o que entendemos por “espírito esportivo”? Uma disposição de ânimo favorável, lúcida, carregada de bom senso, que todo atleta deve desenvolver durante o jogo, seja de caráter profissional ou amador. Neste sentido, por ocasião de uma jogada duvidosa, é preferível conceder a vantagem ao adversário, do que prejudicar preciosas amizades, ou deslustrar o clima de confraternização.

O maior propósito das competições esportivas é o convívio, a confraternização, o desenvolvimento de amizades. Nestes momentos, o espírito esportivo deve prevalecer sempre, em qualquer circunstância, fato que demonstra controle emocional e presença de elevado grau de cultura social.

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As emoções nossas de cada dia

A

vida é repleta de emoções. A cada novo dia vivenciamos renovadas experiências. Não poderíamos imaginar uma vida sem emoções. São elas que dão sentido a nossa existência, ao lado dos sentimentos e motivações.

Podemos conceituar a emoção como um processo fisiopsíquico, do qual resultam sensações de prazer ou de desprazer, com duração e intensidades variáveis. No momento em que uma emoção se manifesta no psiquismo humano, ocorrem reações neurofisiológicas e corporais típicas, envolvendo glândulas, músculos, vísceras e nervos. As reações são bastante conhecidas, provocando alteração nos ritmos cardíaco, respiratório, digestivo, muscular e neurológico. Então, podem acontecer manifestações peculiares: rubor facial, suor nas mãos, respiração ofegante, voz embargada, fisionomia alterada.

As emoções podem ser classificadas em agradáveis: alegria, contentamento, euforia, entusiasmo; ou desagradáveis: medo, pavor, pânico, angústia, apreensão, agitação, raiva. Por vezes, uma emoção pode apresentar um efeito tão intenso, a ponto de impedir o normal funcionamento da razão.

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Infinitos são os motivos que provocam emoções. Por exemplo: ouvir música, apreciar obras de arte, praticar o esporte favorito, brincar com uma criança. Ou então: uma jogada especial em partida de xadrez, o inesperado encontro com um amigo, a cena dramática de um filme, a leitura de um trecho de livro, a observação de um beija-flor sugando o precioso néctar.

Acontecimentos importantes são fontes originais de arrebatadas emoções. Nesse sentido, relembro a abertura da “São Leopoldo Fest”, principal evento cultural de minha cidade. Na ocasião, um espetáculo pirotécnico proporcionou aos presentes as mais intensas emoções. Nas expressões das pessoas, as mais variadas manifestações de alegria, surpresa, espanto. E, em seguida, inúmeros eventos: danças tradicionais, apresentações musicais, atividades no parque de diversões, degustação de comidas e bebidas típicas, e o desfile de milhares de pessoas.

Atualmente (julho de 2003), estou provando uma emoção muito especial. Todos os dias, em momentos de tranquilidade junto à minha esposa, ao acariciar suavemente seu ventre grávido, eu sinto os movimentos da Giovana, que vai nascer “quando Setembro vier”. Experimento imenso contentamento ao observar a vida de um novo ser pulsando intensamente no ventre materno. Posso, então, imaginar quanta emoção a família toda irá sentir quando ela vier à luz. E, depois, no dia a dia, com certeza ela vai nos proporcionar renovadas e intensas emoções.

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As qualidades do verdadeiro líder

odos os seres humanos podem tornar-se verdadeiros líderes. Porém, nem todos têm consciência deste fato, ou, então, não desenvolvem as qualidades essenciais. Na verdade, estes predicados devem ser aprendidos e aprimorados no decurso da vida, através de estudos, da observação profunda e da própria experiência.

T

Ser líder não significa ser ditador, déspota, um chefe autoritário. Ao contrário, significa ser humanitário, dócil, flexível. Enfim, um verdadeiro amigo de seus subordinados. É nosso propósito examinar alguns atributos que caracterizam o verdadeiro líder:

 Trata a todos como seres humanos, promovendo a comunicação eficaz, a integração entre as pessoas, a harmonia dos relacionamentos.

 É um estimulador por excelência. Possui a capacidade de persuadir seus liderados a seguir pelos caminhos traçados e a alcançar os objetivos definidos, mesmo que isto seja um grande desafio para todos.

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 No papel de líder, torna-se mestre e tem verdadeiro prazer em ensinar as pessoas sob sua responsabilidade.

 Possui a constante vontade de aprender. Humildemente, considera-se um eterno aprendiz.

 É capaz de tomar decisões acertadas em cada situação, mesmo sob pressões de toda ordem.

 Mantém o hábito de agradecer e elogiar, sempre que oportuno.

 Procura desenvolver a cooperação e desestimular a competição entre seus liderados.

 É um entusiasta por natureza, contagiando a todos com sua energia.  Sabe atuar no presente de forma

realista, ao mesmo tempo em que planeja as ações futuras.

 Possui o dom de oferecer aos liderados as opções por eles preconizadas, permitindo que participem das decisões.

 É capaz de avaliar o grau de sucesso e fracasso em cada oportunidade.

 Antes de tudo, é capaz de ouvir com a devida atenção.

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 É capaz de aceitar sugestões das pessoas sob seu comando, e substituir suas próprias por aquelas, sem qualquer constrangimento.

 Sabe estimular os liderados no caminho

do desenvolvimento pessoal,

aconselhando-os a efetuarem cursos apropriados e leitura de bons livros.  O verdadeiro líder é pródigo nos elogios

e parcimonioso nas críticas.

 Sabe descobrir em cada liderado seus melhores atributos e talentos.

 Possui a habilidade de delegar tarefas e responsabilidades, e respeitar a autoridade transferida.

 Procura examinar as reações do grupo antes de prosseguir com seus projetos.  O verdadeiro líder é bem-humorado,

sabe sorrir com naturalidade, é uma pessoa agradável, cheia de magnetismo.  Em todas as oportunidades, faz com que seus liderados se sintam importantes.

 Sabe aceitar as diferenças e limitações humanas.

 Todas as pessoas têm necessidade constante de serem estimuladas e

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elogiadas. O verdadeiro líder sabe disso e age nesse sentido.

Creio que conseguimos desenvolver uma boa imagem do verdadeiro líder. No entanto, seus atributos são infinitos. A cada dia, novas habilidades podem surgir, de conformidade com os desafios e as circunstâncias.

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As virtudes humanas A

estrutura da personalidade compreende, entre outros elementos psicológicos, um conjunto de virtudes que tornam o indivíduo mais elevado, íntegro, humanitário. Uma virtude representa retidão moral, probidade, excelência moral. As pessoas podem ser avaliadas pela riqueza de suas virtudes.

De forma sucinta, vamos apreciar algumas dessas virtudes. No decorrer dessa empreitada, poderemos observar que elas quase sempre caminham juntas, raramente apresentam-se isoladas.

Autoconfiança. Esta virtude pode ser conquistada mediante o desenvolvimento de recursos e habilidades que proporcionam competência, segurança e tranqüilidade no decurso da vida. A pessoa autoconfiante é prudente e equilibrada, de tal sorte que procura agir sempre com cautela. Pelo fato de possuir imensa fé em si, ela sabe que pode contar consigo mesma, em situações as mais adversas.

Benevolência. É uma qualidade que dispõe o indivíduo a praticar o bem, podendo acrescentar generosidade, gentileza e simpatia. Para tanto, é preciso renunciar a sentimentos de hostilidade e egoísmo.

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Contentamento. É uma virtude que promove alegria e bem-estar. Proporciona o poder de enfrentar adversidades, sem aflição, com serenidade e jovialidade, porque capacita o ser humano a adaptar-se a tais situações, e a mudar suas atitudes diante delas.

Coragem. Trata-se de uma habilidade ímpar para enfrentar, com serenidade e domínio do medo, os perigos que se apresentam no decurso da vida. Ela proporciona ao indivíduo a aptidão de avaliar uma gama de possibilidades para vencer as adversidades. A coragem inspira o indivíduo a agir com perseverança e determinação em face de todas as situações e circunstâncias.

Desapego. É uma virtude que capacita o indivíduo a ver os fatos e situações com imparcialidade, com isenção de ânimo. A pessoa que consegue desapegar-se de suas próprias idéias e opiniões, livre de preconceitos, é capaz de agir com justiça. O desapego em relação a pessoas, bens materiais e imateriais, é outra faceta desta valiosa virtude, que possibilita uma vida mais rica e feliz.

Despreocupação. Ser despreocupado denota serenidade, confiança, paz. Significa viver a cada momento, com intensidade e prazer, permitindo ao amanhã cuidar de seus próprios interesses. No entanto, despreocupação não quer dizer descuido, imprudência, imprevidência. Muito pelo contrário, pois esta virtude inspira o indivíduo a tornar-se responsável e cuidadoso com a administração de tudo que lhe compete.

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Determinação. Firmeza e perseverança são duas aliadas desta virtude. Ela permite ao indivíduo progredir, a ter sucesso em todos os seus empreendimentos, pois não tolera preguiça, desalento, falta de ânimo. Não importam as circunstâncias ou obstáculos, a presença desta virtude capacita o ser humano a concluir sempre todas as tarefas a que se programou. Determinação é uma virtude necessária para assimilar as demais virtudes e para livrar-se de todas as negatividades.

Disciplina. É ordem, é organização, é aceitação de preceitos e normas. O próprio Universo é obediente a uma ordem implacável, caso contrário não poderia existir. Para assimilar e manter esta virtude, o indivíduo precisa corrigir, moldar e aperfeiçoar seu caráter. Para tanto, não poderá prescindir do concurso de outras virtudes, como paciência, tolerância e perseverança. Terá também que abominar hábitos nocivos, como rebeldia e inconformidade. Na ausência da disciplina, a vida torna-se impossível.

Docilidade. Consiste em uma força magnética que atrai a todos. A vida torna-se mais encantadora quando as pessoas agem com docilidade, com bom humor e com gentileza.

Empatia. Significa colocar-se no lugar do outro, em sua própria pele. Ver as coisas sob sua perspectiva. Compreender seus motivos. E, então, poder aconselhar com acerto e coerência.

Entusiasmo. É a chama que provoca ação. É vida em movimento. É motivação. É fogo interior que proporciona prazer e vitalidade para executar até o

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fim os planos traçados. Graças ao entusiasmo, o mundo inteiro está em constante progresso.

Estabilidade. Significa coerência, responsabilidade, constância. Esta virtude não admite rigidez, mas requer flexibilidade e adaptabilidade. Assim, a confiança é desenvolvida e a convivência humana torna-se harmônica e duradoura.

Flexibilidade. Esta virtude permite constante adaptação às pessoas e circunstâncias. Ela promove a harmonia nos relacionamentos e proporciona condições para a necessária moldagem às permanentes mutações da vida. Tal como o salgueiro, podemos nos curvar, pela força do vento, e, ao mesmo tempo, permanecer firmemente enraizados.

Generosidade. Significa desprendimento, liberalidade, altruísmo. A pessoa dotada desta virtude aprecia verdadeiramente os outros, e presta a ajuda necessária sem esperar nada em troca. Ela também promove o fortalecimento das relações, a paz no contexto social.

Honestidade. Este dom suscita a necessária confiança entre as pessoas. Em todos os atos da vida, a citada qualidade deve estar sempre presente. Por outro lado, sua carência provoca as mais nefastas consequências.

Humildade. Mesmo sendo possuidor de múltiplas virtudes, o indivíduo pode ainda abarcar mais uma, a humildade. Significa modéstia, compostura, ausência de vaidade. Simplicidade na maneira de se apresentar. Comedimento na forma de

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referir-se a si próprio. A pessoa pode conhecer sua força e poder, e apesar disso, não precisa jactar-se perante os outros.

Introspecção. É a pedra fundamental de todas as virtudes. Graças a ela, o ser humano torna-se capaz de avaliar e de transformar sua personalidade. Mergulhar no interior de si mesmo é uma condição necessária para o auto-aperfeiçoamento. Esta virtude desperta os poderes pessoais e harmoniza todo o ser.

Jovialidade. O dom de ser alegre, bem-humorado, de rir e fazer rir, é uma qualidade indispensável para a existência da harmonia nos relacionamentos. Proporciona bem-estar e leveza de espírito. Irradia simpatia, conquista a amizade, desenvolve o ânimo.

Longanimidade. Significa complacência, indulgência, benignidade, tolerância. Proporciona o desenvolvimento de uma natural disposição de ânimo para suportar, com serenidade e resignação, insultos, vexames, ofensas e contrariedades.

Maturidade. Esta virtude confere a habilidade de agir com coerência e acerto em todas as circunstâncias. Ela proporciona o desenvolvimento de outra fenomenal virtude, a sabedoria.

Misericórdia. É uma qualidade ímpar nos relacionamentos humanos. Esta virtude confere às pessoas o dom de perdoar as faltas dos outros, de compreender suas fraquezas, pois carrega em si a tolerância e a compaixão.

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Paciência. Ser paciente significa ser calmo, sereno e equilibrado. Denota controle sobre desejos e emoções. Afasta o desespero e a aflição. Possibilita pensamentos e julgamentos imparciais e objetivos.

Precisão. Esta qualidade proporciona clareza e perfeita definição. Na presença de exatidão, os pensamentos, as palavras e as ações serão apropriados a cada circunstância. A virtude em questão possibilita a habilidade de fazer as coisas de forma correta. Graças ao autocontrole, paciência, serenidade, conhecimento de causa, este dom pode prosperar, trazendo benefícios incalculáveis ao progresso e bem-estar.

Pureza. Significa ausência de vícios de toda ordem. Presença de uma mente sã, plena de amor e justiça, isenta de máculas, livre de preconceitos e superstições.

Sabedoria. A conquista da maturidade proporciona o surgimento da sabedoria. Esta virtude confere o poder de controlar impulsos e reações, ter uma visão de águia, reconhecer a verdadeira intuição, ser previdente. A pessoa que conquistou o poder da sabedoria é capaz de agir de forma correta, em todas as circunstâncias, com base em conhecimentos vastos, em sua longa experiência, na própria realidade. Pode-se observar o perfeito equilíbrio de todos os poderes e talentos quando a sabedoria está presente.

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Atitudes para elevar a auto-estima

A

uto-estima é amor-próprio. É o conjunto de crenças que o indivíduo possui e aceita como verdadeiras, em relação a si mesmo. É como ele se vê, se sente, se estima. Nesse contexto, acha-se a vontade de crescer, de aperfeiçoar-se, de ser feliz, de irradiar uma imagem pessoal positiva. A pessoa que possui auto-estima elevada experimenta a sensação de ser qualificada para expressar seus desejos e necessidades, e também de ser digna para desfrutar os resultados de seus esforços.

A maneira como a pessoa trata de si mesma, de sua saúde física, mental, emocional e espiritual, identifica o nível da auto-estima. No mesmo sentido, a forma de administrar a vida, superar os medos, ansiedades e frustrações, revela a qualidade do amor-próprio.

Agora, vamos apreciar uma série de atitudes a adotar com o objetivo de elevar o nível da auto-estima:

 Aprender a dizer “não”. É direito inalienável de todo o ser humano não se permitir manipular por ninguém. Não é preciso ceder às pressões dos outros somente para agradá-los.

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 Não se subestimar. Ter consciência de seu próprio valor. Sentir-se competente. Não se sentir culpado.

 Encarar o maior medo. O medo coloca em deficiência todo o poder pessoal. É preciso enfrentá-lo “sem medo”. Desta forma, será possível conhecê-lo melhor e vencê-lo com eficácia.

 Identificar as convicções. As pessoas são movidas por um código de valores e princípios. Assim, é preciso manter-se fiel a este código, sem sujeitar-se a pressões externas. No entanto, de tempos em tempos, é salutar revisar este conjunto de normas, para melhor adaptar-se à realidade.

 Não fazer comparações. Por vezes, temos o hábito de nos comparar com outras pessoas. Isso deve ser evitado. Cada pessoa é um ser único, dotado de características especiais. Dessa forma, todos devem superar suas próprias deficiências, para alcançar o sucesso e a felicidade.

 Sorrir. Nada melhor que um sorriso para aquecer o coração, irradiar alegria e transmitir uma mensagem de valor e auto-estima.

 Adotar hábitos saudáveis. Realizar boa nutrição em refeições regulares, usufruir de sono suficiente, dedicar

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tempo à diversão, ao lazer, ao silêncio e à meditação, manter contato com as pessoas, são hábitos indispensáveis para sustentar a saúde e o amor-próprio.

 Fugir das armadilhas químicas. Fumo, drogas, bebidas alcoólicas em excesso, medicamentos desnecessários, tudo isso deve ser evitado com rigor.  Ligar-se a pessoas dotadas de

elevada auto-estima. Elas inspiram-nos em inspiram-nossos projetos, aconselham-inspiram-nos em questões importantes, encorajam-nos encorajam-nos momentos difíceis da vida.  Aprender uma nova habilidade ou

aprimorar uma antiga. Praticar um novo esporte ou contratar um instrutor para aprimorar o esporte favorito; aprender a tocar teclado ou violão; participar do coral do clube ou da comunidade; estudar informática; obter fotografias de paisagens e de pessoas. Tantas são as atividades a que podemos nos dedicar, as quais nos proporcionam emoção e prazer.

 Participar de um curso. Não importa a idade, é preciso continuar a aprender sempre. Ingressar em um curso de desenho, pintura ou escultura; ou, então, em um curso de desenvolvimento pessoal. Essas atitudes oferecem inúmeros benefícios: mantém-nos mentalmente estimulados, propiciam o

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preenchimento do tempo ocioso, melhoram a qualidade da comunicação, proporcionam habilidades para um novo emprego.

 Procurar por novas experiências. Fazer aquela viagem espetacular. Mudar a decoração da casa. Enfim, fazer alguma coisa que sempre se desejou fazer.

 Enfrentar o maior desafio. Qual o maior medo experimentado? Viajar de avião? Falar em público? Andar a cavalo? Nadar? É preciso enfrentar todos esses medos com coragem e determinação. Os benefícios serão incalculáveis.

 Recompensar a si mesmo. É preciso premiar-se em todas as oportunidades, em razão de metas conquistadas. Programar um jantar especial, uma viagem de fim-de-semana, um roteiro turístico exclusivo. São exemplos de atitudes que elevam a auto-estima e proporcionam saúde e bem-estar. Comemorar os próprios sucessos é algo positivo e estimulante.

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Atitudes

E

m nosso dia-a-dia, por vezes, dizemos a nós mesmos: “Preciso tomar uma atitude”! Ou à outra pessoa: “Você precisa tomar uma atitude, assim não dá para continuar”! Significa que é preciso decidir por um novo caminho, com presteza, sem protelações. É necessário agir, com energia e objetividade, para mudar o rumo das coisas, sob pena de não serem alcançadas as metas desejadas.

Mas, em outros tantos momentos da vida, mesmo não sendo necessário mudar o rumo dos acontecimentos de forma radical e urgente, sentimos um desejo secreto de proporcionar um colorido mais intenso à nossa existência. Assim, nos dispomos a tomar uma série de atitudes. Por exemplo:

 Uma atitude alegre. Decido hoje sentir no âmago de meu ser uma sensação de alegria. Desejo também irradiá-la para além de mim, pois quero contagiar as pessoas ao meu redor. Sinto que preciso ser mais brincalhão, menos sério. Hoje quero cantar, dançar, rir além da conta.

 Uma atitude altruísta. Em um estado de espírito disponível, sinto hoje um profundo, espontâneo e sincero desejo,

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pleno de energia e vitalidade, de compartilhar esta alegre sensação com outras pessoas. Vou abrir meu coração e doar um pouco de mim, da abundância de bens materiais e imateriais de que sou possuidor. E vou começar dentro de minha própria casa, descobrindo quem mais precisa de atenção, de afago, ou mesmo de um pedaço de torta de maçã.

 Uma atitude arrojada. Hoje quero permitir-me ser mais audacioso em minhas ações. Vou dizer aquilo que há muito tempo desejo manifestar a certa pessoa, ou seja, que a aprecio muito, que seu desempenho profissional é ótimo, que estou muito grato em tê-la como colaboradora. Também vou bater com cuidado na porta do meu vizinho, elogiar seu gosto musical, e também revelar o quanto perturba a todos nós o seu exagerado volume de som.

 Uma atitude alternativa. Às vezes podemos nos sentir condicionados, presos a limitações e conceitos desgastados. Sentimos, então, uma vontade premente de agir de forma alternativa, ou seja, de tomar uma atitude renovada, de livre escolha, sem limitação de espécie alguma. Novos horizontes, novas expectativas e novas oportunidades se apresentam.

 Uma atitude amorosa. Nossa maneira de tratar as pessoas pode estar um

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tanto áspera, antipática, desagradável. É preciso despertar deste torpor e harmonizar-se com todos à nossa volta. Sabemos que o amor pode ser expresso de inúmeras maneiras. Cada um deve descobrir o seu jeito de ser, em cada circunstância.

 Uma atitude apaixonada. Mais emoção, mais paixão. Por vezes, é preciso dar um colorido mais intenso à nossa vida, é preciso experimentar tudo com mais intensidade. Por exemplo: entregar-se a tarefas prazerosas e a momentos de lazer vibrantes; ou, relacionar-se com pessoas que nos transmitem alegria e contentamento.  Uma atitude autêntica. Ao

observarmos o modo de ser de uma inocente criança, podemos constatar que ela age de forma absolutamente autêntica. Ela expressa, com sinceridade, seus sentimentos e seus pensamentos. Não há engodo, malícia, dubiedade, dissimulação. Existe inteira transparência e clareza. Devemos

aprender com as crianças,

enriquecendo nossa eterna “criança interior”.

 Uma atitude coerente. Todos possuem um código de valores e devem ser coerentes com o mesmo. É preciso praticar aquilo que se prega, e não cair na armadilha da contradição.

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