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COMUNICADO 19. tromboembólicos. eventos. que, até

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Alinhada  à  compreensão  de  países  como  Austrália,  Canadá,  Estados  Unidos,  Reino  Unido,  Coreia, Japão, além de especialistas, a Anvisa não identificou qualquer alteração na relação  benefício‐risco para suspender o uso da vacina da Oxford/Astrazeneca. 

A  avaliação  da  segurança  da  vacina  conduzida  pela  Gerência  de  Farmacovigilância,  da  Gerência  Geral  de  Monitoramento  de  Produtos  Sujeitos  à  Vigilância  Sanitária,  Quinta  Diretoria  da  Anvisa  (GFARM/GGMON/DIRE5/ANVISA)  não  aponta  alteração  no  equilíbrio  benefício‐risco da vacina e recomenda a continuidade do seu uso na população brasileira,  sem que haja a necessidade de qualquer medida regulatória neste momento. 

 

SOBRE A INVESTIGAÇÃO DE FARMACOVIGILÂNCIA 

Desde  a  suspeita  de  países  europeus,  a  Anvisa  revisou  os  seis  casos  de  eventos  tromboembólicos  ocorridos  no  Brasil  suspeitos  e,  em  conjunto  com  a  Sociedade Brasileira  de  Angiologia  e  Cirurgia  Vascular,  não  encontrou  sinais  de  causalidade  entre  os  eventos  comunicados e o uso da vacina. 

Além do Plano de Gerenciamento de Risco, as informações provenientes das notificações e  da  análise  de  causalidade,  sumário  executivo,  gerenciamento  de  sinais  de  segurança  e  consulta aos especialistas, a GFARM/GGMON/DIRE5/ANVISA está em constante intercâmbio  com Autoridades Regulatórias internacionais e com a OMS.  

Nesta manhã, foi realizada nova reunião entre a Anvisa e Autoridades Regulatórias de vários  países  para  compreender  as  razões  da  medida  naqueles  países,  por  meio  do  encontro  periódico  dos  países  que  compõem  a  coalizão  internacional  de  agências  reguladoras  ‐  (International Coalition of Medicines Regulatory Authorities ‐ ICMRA).  

Totalizando 52 representantes de outras agências como a americana, canadense, japonesa,  australiana, britânica,  irlandesa,  dinamarquesa, singapurense  e  outras,  a  discussão  técnica  apontou  para  a  necessidade  de  apresentação  de  outros  dados  e  o  aprofundamento  das  investigações nos países que invocaram o princípio da precaução para suspender o uso da  vacina Oxford/Astrazeneca. 

Ainda, a GFARM/GGMON/DIRE5/ANVISA se reuniu com especialistas da Sociedade Brasileira  de Angiologia e Cirurgia Vascular para discussão da relação benefício‐risco no Brasil e houve  consenso  sobre  a  manutenção  da  vacinação  no  país,  com  a  vacina  de  Fiocruz/Oxford/Astrazeneca e Fiocruz. 

 

ANÁLISE DOS CASOS  

A análise dos casos é avaliada quanto à causalidade, que é uma análise técnica que busca  averiguar a relação entre um evento adverso e o uso de um produto, inclusive de vacina.   A  causalidade  de  todos  os  eventos  adversos  reportados  em  notificações  relacionadas  às  vacinas  contra  a  COVID‐19  no  VigiMed  é  avaliada  diariamente  pela  equipe  da  GFARM/GGMON/DIRE5/ANVISA. Para tanto, são adotados os critérios definidos pela OMS. 

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Para  análise  de  causalidade,  as  evidências  científicas  existentes  e  outras  possíveis  explicações  para  o  evento  adverso  devem  ser  levantadas.  Conforme  Manual  de  vigilância  epidemiológica  de  eventos  adversos  pós‐vacinação  publicado  em  dezembro  de  2020  pelo  Ministério  da  Saúde  [7],  exames  clínicos  e  laboratoriais  podem  ajudar  no  diagnóstico  definitivo  de  outras  possíveis  etiologias  ou  até  anomalias  congênitas  que  podem  ter  causado o evento. 

A  trombose  venosa  profunda  (TVP)  caracteriza‐se  pela  formação  de  trombos  dentro  de  veias  profundas,  com  obstrução  parcial  ou  oclusão,  sendo  mais  comum  nos  membros  inferiores – em 80 a 95% dos casos [8]. 

Em  relação  aos  eventos  trombóticos,  por  exemplo,  a  Sociedade  Brasileira  de  Angiologia  e  Cirurgia  Vascular  estima,  de  maneira  geral,  60  casos  de  Trombose  Venosa  Profunda  (TVP)  para cada 100.000 habitantes ao ano [9]. A incidência pode ser maior entre pessoas na faixa  dos 70 a 79 anos: 300‐500 casos/100.000 pessoas ao ano [8]. Essa faixa etária está entre os  grupos prioritários para vacinação no Brasil. 

Entre  outros  fatores  de  risco  para  eventos  trombóticos,  constam  idade  avançada,  câncer,  procedimentos  cirúrgicos,  imobilização,  uso  de  estrogênio,  gravidez,  distúrbios  de  hipercoagulabilidade hereditários ou adquiridos [8], o tabagismo, altas taxas de colesterol e  triglicérides,  sedentarismo  e  doenças  cardiovasculares,  como  hipertensão  arterial  e  arritmias  cardíacas  [10].  De  forma  geral,  o  número  de  relatos  de  coágulos  no  sangue  recebidos até o momento na população vacinada não é maior que o número de casos que  ocorre naturalmente. 

A  Anvisa  está  atenta  e  acompanhando  todos  os  casos  notificados  de  eventos  adversos  supostamente ligados à vacinação contra a Covid‐19 no Brasil. A Agência esclarece que, até  o momento, o uso das vacinas aplicadas no Brasil é seguro e não há motivo para a adoção  de qualquer medida sanitária. 

 

DADOS DE SEGURANÇA BRASILEIROS 

Já  foram  aplicadas  mais  de  três  milhões  e  oitenta  mil  de  doses  da  vacina  Fiocruz/Oxford/Astrazeneca no Brasil [6]. Até esta data, não foi confirmada nenhuma morte  atribuível às vacinas contra COVID‐19 no mundo [3]. 

A  Anvisa  está  monitorando,  nesse  conjunto  de  notificações,  a  ocorrência  de  seis  casos  suspeitos  de  eventos  tromboembólicos  aqui  ocorridos,  não  havendo,  até  o  momento,  correlação  estabelecida  entre  o  uso  da  vacina  Fiocruz/Oxford/Astrazeneca  com  eventos  adversos relacionados à coagulação sanguínea.  

Há  um canal  de  contato  ativo  entre  a  Agência e  as  empresas  fabricantes  para a  discussão  dos casos apontados.  

Essas informações se somam ao intercâmbio de dados com outras Autoridades Reguladoras,  além das informações recebidas dos profissionais de saúde, fabricantes e o gerenciamento  de sinais de segurança. 

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MAIS SOBRE A VACINA 

A  Vacina  COVID‐19  AstraZeneca  é  um  medicamento  administrado  para  prevenir  a  doença  coronavírus 2019 (COVID‐19) em pessoas com 18 anos ou mais.  

A Vacina COVID‐19 AstraZeneca é composta por outro vírus (da família dos adenovírus) que  foi  modificado  para  conter  o  gene  para  a  produção  de  uma  proteína  do  SARS‐CoV‐2.  A  vacina  COVID‐19  Fiocruz/Oxford/Astrazeneca  não  contém  o  vírus  em  si  e  não  é  capaz  de  causar a doença. 

Os  efeitos  colaterais  mais  comuns  da  Vacina  Fiocruz/Oxford/Astrazeneca  COVID‐19  são  geralmente leves ou moderados, envolvendo cefaleia (dor de cabeça), pirexia (febre) e dor  (incluindo  dor  muscular).  Em  alguns  casos,  podem  ser  observados  calafrios.  Estas  reações  melhoram alguns dias após a vacinação. 

 

CONSIDERAÇÕES 

A  Anvisa  é  a  coordenadora  da  farmacovigilância  no  Brasil  e  analisa  diariamente  as  notificações  recebidas  pelo  sistema  VigiMed,  e  acompanha  as  notificações  do  e‐SUS  Notifica,  participa  ativamente  das  discussões  de  análise  de  causalidade  dos  eventos  adversos. 

De  um  modo  geral,  a  maioria  dos  eventos  adversos  graves  com  associação  temporal  às  vacinas  são  apenas  eventos  coincidentes,  não  correspondendo  a  eventos  causados  pelos  imunizantes.  A  diferenciação  entre  esses  dois  tipos  de  eventos  requer  uma  investigação  aprofundada de cada caso.  

Antes da campanha iniciar, foram analisados os Planos de Gerenciamento de Riscos de cada  uma das vacinas como parte da avaliação para autorização de uso emergencial ou registro.  Sumários  executivos  de  eventos  adversos  e  Relatórios  de  Análise  Benefício‐Risco  encaminhados pelas empresas por exigência da legislação também constituem documentos  analisados  pela  Gerência  de  Farmacovigilância,  da  Gerência  Geral  de  Monitoramento  de  Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária, Quinta Diretoria da Anvisa. 

Essas informações se somam ao intercâmbio de dados com outras Autoridades Reguladoras,  além das informações recebidas dos profissionais de saúde, fabricantes e o gerenciamento  de sinais de segurança. Esse conjunto de informações, é subsídio para a avaliação benefício‐ risco.  

Esse  trabalho  permite  a  adoção  de  medidas  sanitárias,  caso  seja  identificada  alguma  alteração no perfil benefício‐risco. Fato que não ocorreu até agora. 

A  Anvisa  está  atenta  e  acompanhando  todos  os  casos  notificados  de  eventos  adversos  supostamente ligados à vacinação contra a Covid‐19 no Brasil. A Agência esclarece que, até 

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3. Organización  Pan‐Americana  de  Salud.  Actualización  sobre  la  vacuna  contra  la  COVID‐19  de  AstraZeneca y la trombosis | 12 de marzo de 2021. 

4. Anvisa. VigiMed. 2021. 

5. Agencia Española de Medicamentos y Productos Sanitarios (AEMPS) Inmovilización en Austria de un  lote de la vacuna frente a la COVID‐19 de AstraZeneca: la evaluación preliminar no indica relación con 

los  acontecimientos  notificados.  Disponível  em: 

https://www.aemps.gob.es/informa/notasinformativas/medicamentosusohumano‐ 3/seguridad‐1/2021‐seguridad‐1/inmovilizacion‐en‐austria‐de‐un‐lote‐de‐la‐vacuna‐frente‐ a‐la‐covid‐19‐de‐astrazeneca‐la‐evaluacion‐preliminar‐no‐indica‐relacion‐con‐los‐ acontecimientos‐ notificados/?fbclid=IwAR0BacDEryGMWekhNSZZ5ALTmRPdFGA02j3BLW_4ttlfqhRpdBXW0aj ‐H‐A 

6. Ministério  da  Saúde.  COVID‐19  ‐  Vacinação:  Doses  Aplicadas.  Disponível  em: 

https://viz.saude.gov.br/extensions/DEMAS_C19Vacina/DEMAS_C19Vacina.html  

7. Brasil.  Ministério  da  Saúde.  Secretaria  de  Vigilância  em  Saúde.  Departamento  de  Imunizações  e  Doenças  Transmissíveis.  Manual  de  vigilância  epidemiológica  de  eventos  adversos  pós‐vacinação  [recurso  eletrônico]  /  Ministério  da  Saúde,  Secretaria  de  Vigilância  em  Saúde,  Departamento  de  Imunizações  e  Doenças  Transmissíveis.  –  4.  ed.  –  Brasília:  Ministério  da  Saúde,  2020.  340  p.  :  il. 

Disponível  em:  https://www.gov.br/saude/pt‐

br/media/pdf/2020/dezembro/03/manual_vigilancia_epidemiologica_eventos_vacinacao_4ed.pdf  8. Sociedade  Brasileira  de  Angiologia  e  Cirurgia  Vascular.  Trombose  Venosa  Profunda.  Diagnóstico  e 

tratamento.  Disponível  em  https://sbacv.org.br/wp‐content/uploads/2018/02/trombose‐venosa‐ profunda.pdf  

9. Sociedade  Brasileira  de  Angiologia  e  Cirurgia  Vascular.  Estimativas.  Disponível  em: 

https://sbacv.org.br/imprensa/estimativas/ 

10. Simão  AF,  Precoma  DB,  Andrade  JP,  Correa  Filho  H,  Saraiva  JFK,  Oliveira  GMM  et  al.  I  Diretriz  Brasileira  de  Prevenção  Cardiovascular.  Arq.  Bras.  Cardiol.    [Internet].  2013    Dec  [cited    2021    Mar   15]; 101(6 Suppl 2): 1‐63. Disponível: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066‐ 782X2013004500001&lng=en.  https://doi.org/10.5935/abc.2013S012. 

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