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ESCOLA ESTADUAL IGNÁCIO SCHEVINSKI FILHO ENSINO MÉDIO. SÉRIE: 3 ano

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Academic year: 2021

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ESCOLA ESTADUAL IGNÁCIO SCHEVINSKI FILHO ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA: Geografia SÉRIE: 3° ano

1ª Semana de maio 03/05 A 07/05 fluxos populacionais, migrações internacionais no mundo.

Os fluxos populacionais foram incrementados a partir do desenvolvimento do sistema de transporte (Rodoviário, hidroviário, ferroviário e aéreo) e das telecomunicações, que ofereceram maior mobilidade às pessoas em todo mundo. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), aproximadamente 175 milhões de pessoas vivem fora do país de origem. Os fluxos populacionais entre países são denominados de migrações internacionais, essas podem ocorrer por atração ou por repulsão, a primeira geralmente acontece quando as pessoas vivem em países nos quais não há boas condições de vida e de trabalho, são atraídas rumo a países desenvolvidos, como Estados Unidos, países da Europa desenvolvida e Japão, a segunda são migrações onde o indivíduo deixa seu país devido a problemas políticos, perseguições, guerras, entre outros. A maioria das migrações internacionais ocorre pela busca de trabalho, as principais correntes migratórias emergem de Latino-Americanos, Africanos e Asiáticos em direção aos EUA, Europa e Japão. Os trabalhadores migrantes enviam dinheiro para sua terra natal, algumas estimativas revelam que eles movimentam anualmente cerca de 58 bilhões de dólares, o Brasil, por exemplo, recebe anualmente cerca de 2,8 bilhões de dólares enviados por brasileiros que

vivem no exterior. Os brasileiros por vários motivos saem do país, o movimento de saída do país é chamado de emigração, o de entrada de estrangeiro é denominado de imigração. O que levam os brasileiros a sair do país rumo a outro, são as sucessivas crises econômicas, hoje existem cerca de 2 milhões de brasileiros vivendo no exterior de forma clandestina.

Outra modalidade de migração internacional é a de fluxo de refugiados, indivíduos que sofrem perseguições de ordem política, religiosa ou étnica. Na década de 1970, havia cerca de 2,5 milhões de refugiados, hoje esse número chega aos 25 milhões, decorrentes de acontecimentos geopolíticos como: o fim do socialismo, a diminuição de ajudas financeiras e humanitárias e principalmente pela expansão do fundamentalismo Islâmico. São considerados migrantes refugiados cerca de 25 milhões de pessoas, que foram obrigados a deixar seus lares devido a problemas ambientais, como desmatamento, desertificação, erosão dos solos e desastres químicos e nucleares. As origens dos refugiados são as mais variadas, mas geralmente possuem algumas características, como origem de países subdesenvolvidos, no qual a renda per capita média está abaixo de 500 dólares e há alto índice de analfabetismo, governos ditatoriais que violam os direitos humanos

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de determinada parcela da população, na forma de perseguições políticas e torturas, extermínio étnico e discriminações religiosas e culturais. Por fim, existe um fluxo, agora sem agravante, que é o turístico, que são motivados pela busca de lazer, cultura e religião,

esse processo motiva a comercialização de viagens em grande escala a custos mais reduzidos (pacotes de viagens), mas esse tipo de fluxo é privilégio de uma restrita parcela da população mundial. Os principais países que atraem turistas são Alemanha, Japão e EUA, o volume do faturamento decorrente a atividade é de aproximadamente 4,5 trilhões de dólares, gerando cerca de 200 milhões de empregos em todo o mundo. O deslocamento de pessoas no Os

avanços promovidos pela Revolução Técnico-Científica Informacional acarretaram uma maior expansão do sistema capitalista pelo mundo, transcendendo todas as suas fronteiras e ampliando os seus horizontes de ação. Assim, consolidou-se o processo de globalização – visto, por muitos, como uma mundialização – , que permitiu a instauração da chamada “Aldeia Global”. A globalização, sob vários aspectos (econômico, político, urbano, territorial etc.), atua por meio da consolidação de um sistema informacional, que se estrutura a partir da formação de redes geográficas, ou seja, por um sistema interconectado de pontos e ligações entre eles. A partir disso, podemos entender a relação de nós interconectados entre si ou a composição de fixos e fluxos que estruturam a economia mundial. De toda forma, o processo de globalização seria inimaginável se não houvesse os fluxos internacionais que estruturam a sua existência. Entende-se por fluxos da sociedade global a cadeia interconectada entre as diferentes partes do mundo que permite a circulação – nem sempre livre – de elementos econômicos, informações e pessoas. Portanto, os fluxos podem ser considerados, em muitas abordagens, como a materialização da globalização no espaço geográfico. Fluxos econômicos. Os fluxos econômicos na sociedade global apresentam-se por meio do deslocamento de capitais, empresas, mercadorias e investimentos. Com os avanços proporcionados no âmbito dos meios de transporte e comunicação, a economia mundializou - se e passou a integrar todas as diferentes partes do mundo, embora de maneira desigual e hierárquica. Não obstante, os principais fluxos que acontecem no âmbito atual do Capitalismo Financeiro e Informacional são os de capitais. Todos os dias uma quantidade muito grande de dinheiro circula em todo o mundo na forma de bits de computador, sem, na maioria dos casos, materializar-se totalmente. Na verdade, estima-se que a maior parte de todo o capital existente não se encontre mais na forma de dinheiro impresso. Os chamados “capitais especulativos” encontram-se no centro desse processo. Muitas vezes, os investidores preferem concentrar-se em títulos, juros de dívidas públicas e privadas, ações e outros para valorização e posterior arrecadação. Com isso, o retorno é mais rápido, embora a ausência de investimentos na produção proporcione uma série de prejuízos em termos internacionais. A circulação de “capitais produtivos” também é bastante relevante para a economia global. Ela ocorre por meio de investimentos em determinados setores da atividade econômica, tais como fábricas, comércios, lojas etc. Outra forma é o deslocamento das próprias empresas, que migram para países onde os fatores locacionais são mais vantajosos. Em algumas indústrias de empresas

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multinacionais, a produção é dividida em várias fábricas, cada uma localizada em uma parte do mundo, com a montagem acontecendo em um local igualmente distinto. Fluxos de Informações Não são poucos os autores que classificam a era atual como a era da sociedade informacional, com destaque para Manuel Castells, Milton Santos e David Harvey. A expansão dos meios de comunicação e as facilidades geradas fazem com que o mundo inteiro esteja interligado, o que permite a difusão de conceitos, costumes e tradições. Os principais meios que permitem a difusão dos fluxos de informações são o rádio, a TV, as revistas, jornais e, principalmente, a internet. Em termos de comparação, um acontecimento importante na Europa do século XVIII levava dias ou até meses para ser informado em outros territórios. Atualmente, eventos com a mesma relevância ou até menos importantes são informados em todo o mundo quase que em tempo real. Com isso, gera-se um acúmulo muito grande de dados e informações sobre os mais diversos elementos e acontecimentos existentes no mundo. Todavia, o acesso a esses sistemas ainda é muito limitado e desigual, de forma que a maior parte desses fluxos obedece a um círculo privilegiado de pessoas. Fluxo de pessoas Por extensão aos avanços tecnológicos provocados ao longo do século XX e início do século XXI, o fluxo internacional de pessoas também vem se intensificando na era da globalização atual. A expansão desse fluxo acontece de duas formas: o turismo e a migração. O turismo, não por acaso, é a atividade do setor terciário que mais vem crescendo no planeta, com milhões de pessoas se deslocando todos os anos sob os mais diferentes interesses. Com isso, as cidades receptoras e os meios de transporte vão se adequando a essa realidade, o que resulta na modernização de seus respectivos sistemas de recepção, deslocamento e hospedagem, gerando cifras milionárias em termos de lucros e produção de riquezas. As migrações internacionais também se intensificam no planeta e configuram-se sob muitos aspectos. Muitas migram por razões humanitárias, sociais, econômicas e afetivas, muito embora existam muitas barreiras estabelecidas pelos países para conter esse processo. É muito comum a migração de pessoas de um país para outro (muitas vezes por meios ilegais) em busca de maior geração de renda e oportunidades. Portanto, como podemos observar, os fluxos que estruturam a sociedade global e suas redes internacionais são compostos por interações econômicas, informacionais e demográficas. Estas, por sua vez, permitem a expansão mundial de outros elementos, tais como os costumes culturais ou regionais, religiões e as práticas socioespaciais de um modo geral.

2ª semana de maio 10/05 A 14/05 População e movimentos migratórios

A Geografia explica que um movimento migratório é originado a partir do deslocamento de uma população de uma determinada região para outra. A migração no âmbito interno de um país é dividida em dois formatos: migrações pendulares, quando ocorre o movimento das populações das periferias para o centro das cidades. O segundo formato é o da migração transumância, que acontece especialmente entre os meses de julho e janeiro, períodos de férias. Outros movimentos migratórios com maior complexidade também são observados em algumas regiões. É o caso das populações que saem de um determinado espaço para outro em função de fatores naturais ou econômicos. Movimentos migratórios no Brasil No espaço brasileiro, diferentemente de

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outros países, os movimentos migratórios não ocorrem em função de guerras. O aspecto econômico ou as causas naturais são as principais causas. É o caso da seca, que representa um dos motivos pelos quais muitos nordestinos optam pela migração. O êxodo rural é outra forma migratória constante. Nela, ocorrem movimentos especialmente nas regiões norte e nordeste. Sempre direcionados ao sudeste brasileiro. A busca por empregos e melhor qualidade de vida é o foco de quem participa de tais fluxos. Nas décadas de 60 e 70 tais fluxos eram mais constantes, especialmente por conta da elevada industrialização do território brasileiro, de forma mais intensa nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. A oferta de empregos também foi ampla durante o período de construção da cidade de Brasília. Os “retirantes” trabalhavam na capital brasileira e moravam nas chamadas cidades satélites próximas ao Distrito Federal. População economicamente ativa A População Economicamente Ativa (PEA) é formada pela população trabalhadora com idade entre 10 e 65 anos (no Brasil) que recebem remuneração salarial pela venda de sua força de trabalho, incluindo também as pessoas que estejam temporariamente desempregadas. Há países com maior desenvolvimento econômico que consideram integrantes da PEA as pessoas entre 15 e 60 anos. Também é contabilizada a População Economicamente Inativa (PEI) que se encontram as crianças com menos de 10 anos, aposentados, idosos e pessoas desempregadas que não estão em busca de emprego. Sendo assim há duas classificações feitas pelo IBGE que determinam as pessoas integrantes da PEA como População Ocupada e População Desocupada. A População Ocupada se refere as pessoas que trabalham, sendo divididas entre:

➢ Empregados: pessoas que trabalham para alguém, com jornada de trabalho em troca de remuneração econômica, podendo ser em dinheiro, moradia, alimentação etc. Nessa categoria também estão os militares e cargos relacionados à igreja;

➢ Empregadores: pessoas que exploram atividade econômica de outra, ou exercem algum ofício que necessitem de auxílio de um empregado;

➢ Conta Própria: pessoas que exercem alguma profissão sem auxílio de empregados;

➢ Não Remunerados: pessoas que trabalham menos de 15h por semana e que não recebem salário de fato pelo ofício, sendo considerados estagiários e aprendizes.

➢ A população Desocupada se refere as pessoas que se encontram temporariamente desempregadas, mas que estejam em busca de algum ofício. A PEA está distribuída entre os três setores da economia: Setor Primário: aquele em que se encontram as atividades ligadas diretamente à matéria prima, como a agricultura, pecuária e extração mineral e vegetal.

Setor Secundário: aquele em que se modifica a matéria prima, como as indústrias e a construção civil; Setor Terciário: aquele em que há relação interpessoal, como as prestações de serviço (médicos, advogados, professores etc.) e o comércio. A quantidade de população economicamente ativa em cada setor é o que determina as características econômicas do país, ou seja, se a maior parte da população estiver trabalhando em atividades ligadas ao setor primário, aquele país é considerado rural. Essas diferenças entre a distribuição da população economicamente ativa pelos setores da economia está presente na categorização dos países mais desenvolvidos e os menos. Nos países com a economia mais avançada, os mais desenvolvidos, há uma concentração da PEA no setor terciário da economia, devido à alta mecanização dos campos e da indústria, com base nos avanços tecnológicos disponíveis no país. Essa transição entre os

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setores da economia é a forma mais expressante para indicar a classificação de desenvolvimento econômico. Os países com menor desenvolvimento apresentam uma maior parcela da PEA concentrada nos setores primário e secundário, e no caso do setor terciário há uma grande quantidade de trabalhadores entre o mercado informal, caracterizando os chamados subempregos, como camelôs, ambulantes etc. Os que apresentam maior parcela no setor primário são os países com baixa industrialização, sendo os com os mais baixos níveis de economia. Tanto os países mais desenvolvidos como os menos sofrem atualmente com o desemprego, característico da automação em massa dos três setores da economia, mobilizando novas formas de trabalho para suprir o mercado de trabalho e a colocação da PEA.

3ª Semana de maio 17/05 A 21/05 Significado de Diversidade cultural Diversidade cultural são os vários aspectos que

representam particularmente as diferentes culturas, como a linguagem, as tradições, a culinária, a religião, os costumes, o modelo de organização familiar, a política, entre outras características próprias de um grupo de seres humanos que habitam um determinado território. A diversidade cultural é um conceito criado para compreender os processos de diferenciação entre

as várias culturas que existem ao redor do mundo. As múltiplas culturas formam a chamada identidade cultural dos indivíduos ou de uma sociedade; uma "marca" que personaliza e diferencia os membros de determinado lugar do restante da população mundial. A diversidade significa pluralidade, variedade e diferenciação, conceito que é considerado o oposto total da homogeneidade. Atualmente, devido ao processo de colonização e miscigenação cultural entre a maioria das nações do planeta, quase todos os países possuem a sua diversidade cultural, ou seja, um "pedacinho" das tradições e costumes de várias culturas diferentes. Algumas pessoas consideram a globalização um perigo para a preservação da diversidade cultural, pois acreditam na perda de costumes tradicionais e típicos de cada sociedade, dando lugar à características globais e "impessoais". Com o intuito de tentar preservar a riqueza da diversidade cultural dos países, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) criou a "Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural". A Declaração da UNESCO sobre Diversidade Cultural reconhece as múltiplas culturas como uma "herança comum da humanidade", e é considerada o primeiro instrumento que promove e protege a diversidade cultural e o diálogo intercultural entre as nações. Diversidade cultural no Brasil O Brasil é um país incrivelmente rico em diversidade cultural, devido a sua extensão territorial e a pluralidade de colonizações e influências que sofreu ao longo do processo de construção da sociedade brasileira. As diferenças são bastante visíveis mesmo entre as diferentes regiões do país: norte, nordeste, centro-oeste, sudeste e sul. Nas regiões norte e nordeste, a predominância é das tradições indígenas e africanas, sincretizadas com os costumes dos povos europeus, que colonizaram o país. Na região centro-oeste, onde predomina o Pantanal, existe ainda uma grande presença da diversidade cultural indígena, com forte influência da culinária mineira e paulista. No sudeste e sul destacam-se costumes de origem europeia, com colônias portuguesas, germânicas, italianas e espanholas que, ainda hoje, mantêm a cultura típica de seus países de origem. Diversidade cultural indígena A Declaração

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Universal sobre a Diversidade Cultural prevê ações de preservação das múltiplas culturas de origem indígena e africana, como as línguas indígenas ameaçadas de extinção, além dos rituais e festas tradicionais do povo indígena e afrodescendente. Diversidade cultural e religiosa A diversidade religiosa está intrinsecamente relacionada com a cultura. O chamado sincretismo religioso conceitua o processo de mistura e diversificação de várias religiões reunidas dentro de uma sociedade. No Brasil, por exemplo, a diversidade religiosa está na presença das várias crendices coabitando em um mesmo território, como os católicos, judeus, muçulmanos, hindus etc. Brasil é um país com imensa diversidade cultural. A origem da formação cultural brasileira está ligada, sobretudo, aos indígenas, aos negros escravizados e aos imigrantes europeus. O primeiro imigrante foi o colonizador português e ao longo dos séculos seguintes, outras nacionalidades também tiveram destaque na migração brasileira, como os italianos, alemães, japoneses e poloneses. De norte a sul, as tradições, as festas, os rituais e a alimentação variam de maneira significativa. As manifestações culturais são influenciadas também pelas características locais, como o clima e a vegetação e os aspectos sociais e econômicos. Entre as regiões do país existem diferenças bastante significativas da formação cultural, mas mesmo dentro de uma região ou estado é possível encontrar grande diversidade de tradições e manifestações culturais. A cultura dos mais variados grupos no Brasil é elemento de identificação, é o que forma os indivíduos que pensam, sentem e agem em seus círculos sociais. São as manifestações culturais que fornecem identidade e contam a história de um país, por isso, sua preservação é muito importante. Para que a cultura de um país seja preservada é preciso que se criem políticas públicas de valorização e reconhecimento das tradições e que esses temas sejam incluídos nos currículos escolares. Diversidade cultural nas regiões do Brasil Norte - Na região norte acontecem dois importantes eventos culturais: o Festival de Parintins no Amazonas e o Círio de Nazaré em Belém do Pará. O Festival de Parintins conta com apresentações semelhantes ao carnaval, com fantasias, alegorias e enredo e acontece uma competição entre o boi caprichoso e o boi garantido. O Círio de Nazaré é uma manifestação religiosa cristã de devoção à Nossa Senhora de Nazaré e reúne cerca de 2 milhões de pessoas. Nessa região, a culinária apresenta forte influência indígena, sobretudo na utilização do peixe e da mandioca. Também são pratos típicos dessa região a carne de sol, o jambu e o tucupi (caldo de mandioca cozido). Festival de Parintins. Nordeste - No Nordeste, uma das manifestações artísticas mais tradicionais é a literatura de cordel, que é um gênero literário produzido em versos. Os textos são escritos em folhetos e pendurados em cordas nas apresentações, por isso o nome "cordel". Outras tradições famosas dessa região são o maracatu, o bumba meu boi, o carnaval, a capoeira, o frevo, o coco, a ciranda, a festa de Iemanjá, a marujada e a lavagem das escadarias do Bonfim. Os pratos típicos da região são: acarajé, vatapá, caruru, sarapatel, carne de sol, bolo de fubá, arroz doce, canjica, buchada de bode, tapioca, pamonha, feijão verde e cocada. Literatura de cordel. Centro - oeste - O centro-oeste é uma região de grande diversidade devido às influências de outros estados, de povos indígenas e até mesmo de outros países como a Bolívia e o Paraguai. Nessa região, algumas das manifestações culturais famosas são a cavalhada, o fogaréu e o cururu. E dentre os pratos típicos estão o arroz com pequi, o angu, o arroz boliviano o cural e os peixes do pantanal. Procissão do Fogaréu. Sudeste - No Sudeste, algumas das tradições são as festas do divino, o carnaval, o bumba meu boi, o peão boiadeiro, o samba de lenço, o caiapó, a dança de velhos, a folia de reis e o jongo. Os pratos típicos dessa região são o cuscuz paulista, aipim frito, moqueca capixaba, pão de queijo, feijoada, tutu de

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feijão, feijão tropeiro, queijo minas, farofa e bolinho de bacalhau. Folia de reis.Sul - O Sul tem diversas manifestações culturais relacionadas aos imigrantes europeus, principalmente alemães, italianos e japoneses. Os grupos descendentes desses imigrantes preservam práticas culturais de dança, culinária e na arquitetura. É comum encontrar cidades inteiras construídas em estilo alemão, por exemplo. No que se refere a culinária, destacam-se o chimarrão, especialmente no Rio Grande do Sul, o pirão de peixe, o barreado (carne cozida em panela de barro) e a produção de vinho.

4ª Semana de maio 24/05 A 28/05 A formação do povo brasileiro O povo brasileiro é resultado de um processo chamado de miscigenação, isto é, a mistura de várias etnias. Por essa razão, a população brasileira é classificada como multirracial. A história da composição da população do Brasil pode ser contada pelo processo de formação do país, especialmente a partir da chegada dos navegantes portugueses ao território, que mais tarde seria chamado de Brasil, no ano de 1500. Como se formou o povo brasileiro? A formação dessa população miscigenada aconteceu através de diversos processos ao longo da história. Muitos povos fizeram parte

do processo de formação do povo brasileiro: indígenas, africanos, europeus e asiáticos. Isso aconteceu principalmente em razão das diferentes nacionalidades que chegaram ao país, por duas razões principais: devido aos processos de colonização e imigração. Ao chegarem aqui, juntaram-se aos povos originários que habitavam a região: os indígenas. A presença indígena - Os povos indígenas são os habitantes originários do Brasil, quando o território ainda não tinha esse nome. Existiam inúmeras etnias indígenas que viviam na região e ocupavam diferentes espaços do território. Nessa época, viviam em grandes comunidades, chamadas de tribos, e tinham sua subsistência baseada na utilização do que era provido pela natureza: caça, pesca e colheita de alimentos. Estima-se que aproximadamente 3 milhões de indígenas habitavam a região no momento da chegada dos portugueses. De acordo com a FUNAI (Fundação Nacional do Índio), apenas 150 depois, em 1650, a população indígena já havia sido reduzida para cerca de 700 mil pessoas. Atualmente, conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população indígena é de aproximadamente 800 mil pessoas. Os colonizadores portugueses - O primeiro acontecimento que marca o início da mistura do povo brasileiro é a chegada dos colonizadores portugueses à região brasileira, datada de abril de 1500. Ao chegarem, os portugueses depararam-se com a grande população indígena que já vivia em terras brasileiras. A chegada dos portugueses não foi um processo pacífico para a região e para os habitantes que já viviam no território, visto que os colonizadores se interessaram pela diversidade de riquezas naturais encontradas nas terras brasileiras. A chegada dos africanos - O povo originário do continente africano chegou ao país por meio de um processo de escravização, a partir do século XVI. Os africanos foram retirados de seus países, escravizados e trazidos ao território do Brasil pelos europeus, para trabalhar principalmente nas plantações de café e cana-de-açúcar que começaram a ser cultivadas. Muitos escravos também foram obrigados a trabalhar na extração em minas de ouro. Além de serem forçados a estes rígidos trabalhos físicos, os escravizados africanos também serviam às famílias aristocratas que dominavam o poder econômico da época. Somava-se ao processo de escravização o fato

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de que a comercialização de escravos africanos era considerada pelos portugueses como um negócio lucrativo. Os povos africanos foram escravizados depois de tentativas frustradas de escravização dos povos nativos do país, que - tanto quanto puderam - resistiram às tentativas portuguesas de trabalho forçado. Entretanto, é importante saber que no período inicial da colonização os indígenas também fizeram inúmeros trabalhos forçados. A escravidão só foi abolida no país em 1888, por meio da assinatura da Lei Áurea - Ainda que sua chegada ao país tenha sido pelo violento processo de escravidão, os hábitos trazidos pelos povos africanos são uma das mais fortes influências da cultura do país, sendo fundamentais no processo de formação da população. São heranças africanas que fazem parte da cultura brasileira: religiões como o Candomblé e o culto aos Orixás, a música e o hábito do consumo de alimentos como feijão e mandioca. A imigração europeia além dos portugueses - Algum tempo depois, começou a ocorrer o processo de imigração europeia, iniciado aproximadamente em 1850, após a proibição oficial do tráfico de escravos no país. A partir desse momento, começaram a chegar ao país imigrantes europeus de diversas nacionalidades, que também fazem parte da formação do povo brasileiro. Além de portugueses, chegaram ao Brasil: italianos, alemães e espanhóis. Em menor quantidade, também imigraram para o país russos, ingleses, suíços, húngaros e poloneses, entre outros. A chegada desses imigrantes foi fortalecida pela ocorrência de guerras no Continente Europeu e a maioria destes imigrantes passou a trabalhar na agricultura de grandes fazendas, principalmente as produtoras de café. Todos estes imigrantes formaram colônias no país e seus hábitos e costumes também fizeram parte da formação da cultura e da sociedade brasileira. A imigração japonesa - Os imigrantes japoneses também fazem parte do processo de formação da população brasileira. Os primeiros imigrantes chegaram ao país no começo do século XX e instalaram-se em São Paulo e no Paraná. Os dois estados possuem as maiores colônia japonesas ainda hoje. A chegada desses imigrantes aconteceu especialmente pela necessidade de aumentar o número de pessoas dispostas a trabalhar nas plantações destes dois estados. O processo ocorreu por meio de um acordo de abertura de imigração firmado entre os governos do Brasil e do Japão. Estima-se que atualmente vivem no país cerca 1,5 milhões de descendentes de japonês A distribuição da população é um fenômeno que está sempre mudando. Por exemplo, se pensarmos na distribuição da população, nos espaços rurais e urbanos, veremos que, até a década de 1960, a maioria da população vivia nas zonas rurais, mas, à medida que se intensificaram os problemas fundiários no campo e uma série de atividades urbanas se desenvolveram, a população deixou as áreas rurais em busca de alternativas de vida nas zonas urbanas, fenômeno denominado êxodo rural. As cidades começaram a atrair tanta gente que a população urbana no Brasil se tornou maioria. Hoje, há mais gente morando nas cidades do que no campo. es.

Atividades

O que é uma nação?

Por que o Brasil é uma nação?

Quais são as consequências do processo de envelhecimento da população para o Brasil?

Será que todos os estados brasileiros serão impactados da mesma forma? Explique o que é diversidade cultural no Brasil?

O que você entende por qualidade de vida? Por que acontece os Movimentos migratórios no Brasil e no mundo?

Referências

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