A hanseníase, doença de Hansen ou lepra é uma doença transmissível de evolução crônica causada pelo Mycobacterium leprae, bacilo álcool-acidorresistente dotado de baixa patogenicidade. A partir de agora, vamos conceituar alguns aspectos importantes
da hanseníase.
Agente etiológico e aspectos
gerais da hanseníase
É caracterizado como um bastonete gram positivo, álcool-ácido resistente. O bacilo reproduz-se em
aproximadamente 13 dias, e pode permanecer viável no meio ambiente não mais que nove dias.
A hanseníase quanto à sua classificação
Diagnóstico
Para fins de vigilância epidemiológica e atividade do programa de controle, a Hanseníase pode ser classificada de acordo com a divisão nacional de dermatologia sanitária:
Reação Tipo 1 ou reação reversa (RR) Reação Tipo 2 O diagnóstico da hanseníase é essencialmente clínico, realizado através de exame geral dermatológico que busca identificar lesões ou áreas com alterações de sensibilidade, comprometimento de nervos periféricos, alterações sensitivas, motoras e autonômicas. As complicações mais comuns são denominadas de reações hansênicas, que são
classificadas como:
+
O paciente pode apresentar novas lesões dermatológicas (manchas ou placas), infiltração, alterações de cor e
edema nas lesões antigas, com ou sem espessamento e dor de nervos periféricos (neurite).
+
O paciente pode apresentar eritema nodoso hansênico (ENH), nódulos subcutâneos dolorosos, acompanhados ou não de febre, dores articulares e mal-estar
generalizado, com ou sem espessamento e dor de nervos periféricos (neurite).
Tratamento
O tratamento é baseado em poliquimioterapia (PQT/OMS), administrado nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de forma ambulatorial seguindo o
esquema da classificação paucibacilar e/ou multibacilar. Esquema Paucibacilar (PB)
Vigilância epidemiológica e o controle da hanseníase
A vigilância epidemiológica tem como objetivo:
Detectar e tratar precocemente os casos novos a fim de interromper a cadeia de transmissão e prevenir as incapacidades físicas.
Realizar o exame dermatoneurológico em pessoas que tiveram contato com paciente com Hanseníase, com o objetivo de iniciar o tratamento, evitando a ocorrência de outros casos.
O controle da hanseníase deve ser feito adotando duas medidas:
Em pacientes com até cinco lesões de pele é utilizada uma combinação da rifampicina e
dapsona.
Medida ativa
Ações de comunicação em saúde Educação permanente Mobilização social
A comunicação e educação em saúde é um dos componentes estruturantes do Programa Nacional de Controle da Hanseníase, compreendendo três eixos:
Essas ações devem ser conduzidas sempre em consonância com as políticas vigentes.
Para encerrar, destacamos que todos os casos de Hanseníase, independentemente da forma clínica, deverão ser avaliados quanto ao grau de incapacidade no momento do diagnóstico e, no mínimo, uma vez por ano, inclusive na alta por cura.
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