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Palavras-chave: Estudo de caso. Abordagem Centrada na Pessoa. Insight. Resposta-reflexo. Terapeuta.

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ISSN 18088449

XXII Encontro de Iniciação à Pesquisa

Universidade de Fortaleza 17 à 21 de Outubro de 2016

O papel do terapeuta e o lugar do insight em um Atendimento Centrado na

Pessoa.

Jéssica de Oliveira Costa 1* (IC), Heloísa Hélvia Leite dos Santos 2 (IC), Camila Pereira de Souza 2 (PQ).

1. Faculdade Maurício de Nassau – Discente do Curso de Psicologia 2. Faculdade Maurício de Nassau – Discente do Curso de Psicologia 3. Faculdade Maurício de Nassau – Docente do Curso de Psicologia jessicaqts9@gmail.com

Palavras-chave: Estudo de caso. Abordagem Centrada na Pessoa. Insight. Resposta-reflexo. Terapeuta.

Resumo

São peças fundamentais para que se possa desenvolver o processo de psicoterapia com base no referencial teórico da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) a forma de ser do psicoterapeuta, a relação interpessoal estabelecida com o cliente e o ambiente proporcionado no desenrolar do processo. Compreendemos que os principais conceitos a ACP, tais como a aceitação incondicional, a autenticidade e a compreensão empática, são fundamentais para a facilitação do encontro terapêutico e para o crescimento do cliente. Este pode ocorrer através de insights. Com isso, este trabalho busca apresentar por meio de um estudo de caso clínico único, a importância do papel do psicoterapeuta e o lugar do insight em um atendimento com base na ACP. O estudo de caso foi realizado com uma mulher de 20 anos de idade, a qual foi atendida na Clínica-Escola da Faculdade Maurício de Nassau, sede Fortaleza, por sete meses. No decorrer do processo, a cliente vem gradativamente se atualizando e tendo percepções sobre si mesma, o que auxiliam a enxergar novas possibilidades.

Introdução

A Abordagem Centrada na Pessoa, desenvolvida pelo psicólogo norte Americano Carl Rogers, no inicio de 1940, trouxe uma nova maneira de pensar as mudanças no processo terapêutico. Rogers (1961/2009) acreditava que todo ser humano tem um movimento natural de desenvolvimento e a capacidade de se atualizar com suas próprias potencialidades em uma direção construtiva. Essa ideia foi conceituada como tendência atualizante e atravessa todo o pensamento rogeriano (ROGERS, 1961/2009).

O atendimento com base na ACP tem como objetivo favorecer um ambiente facilitador para que o cliente consiga seu desenvolvimento pleno, para isso Rogers (1961/2009) apresenta três atitudes facilitadoras que, segundo ele, são fundamentais para que se consiga chegar a um resultado positivo. São elas: a congruência que se caracteriza pelo terapeuta ser verdadeiramente ele mesmo e que possa estar presente na relação terapêutica; Consideração Positiva Incondicional, que se trata de entender e aceitar o sujeito como ele realmente é e se apresenta independente de sua condição e sem julgamentos; Empatia, que se representa pelo terapeuta se colocar no lugar do outro, contudo, sem perder o como se (ROGERS, 1961/2009).

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Os principais conceitos existentes na ACP se caracterizam inicialmente pelo indivíduo dá significados próprios dentro de uma totalidade organísmica enquanto ser biopsicossocial, já o self é a imagem ou ideia do individuo de retratar a sua identidade e experiência, em que podem construir e modificar suas opiniões a respeito de si mesmo (Rogers, 1992). Já a tendência atualizante trás a ideia de que nós seres humanos temos um movimento natural dentro de nós ao desenvolvimento (Rogers, 1992). O terapeuta então deve criar um ambiente com clima favorável, que promova uma relação interpessoal que possa favorecer o crescimento do indivíduo e que se estabeleça uma relação de encontro genuíno (ROGERS, 1961/2009).

Segundo Rogers e Kinget (1977) é importante que o terapeuta que trabalha fundamentado na ACP evite o uso de dedução e de linguagens técnicas, os autores ainda falam que o cliente é quem tem a tarefa de se debruçar sobre si mesmo e de promover um significado para aquilo que ele tenha descoberto, esses significados das experiências do sujeito se dá de forma gradativa de acordo com o que o cliente for compreendendo de si mesmo, fazendo com que, o mesmo, muitas vezes modifique a sua percepção.

O terapeuta de base rogeriana, durante o processo, pode usar como recurso compreensivo a resposta-reflexo, que se caracteriza por expor o que o cliente relatou com o intuito de trazê-lo a se aproximar do que ele tenha dito e assim compreendê-lo verdadeiramente. A resposta-reflexo se dá de três maneiras diferentes: A primeira é a reiteração ou reflexo simples que é quando o terapeuta repete o que o cliente diz; A segunda é o reflexo dos sentimentos e das atitudes que tem como objetivo pontuar elementos que não foram colocados de maneira clara pelo cliente, com a intenção de clarificar de maneira mais abrangente a percepção do cliente sobre o que ele mesmo relatou; A terceira resposta-reflexo é a elucidação onde o terapeuta expressa de maneira clara e compreensiva os sentimentos expressados pelo cliente (ROGERS e KINGET, 1977).

Durante o processo terapêutico o cliente vai aos poucos expressando seus sentimentos de maneira livre. Com a expressão de sentimentos reprimidos o sujeito vai ao longo do processo criando forças psíquicas para enfrentar essas percepções e gradativamente compreendendo e vendo possibilidades diante das situações, Rogers (2005) dá o nome dessa compreensão de insight.

Para Rogers (1961/2009) o insight acontece no momento em que o cliente consegue verbalizar e compreender o seu sentimento. Rogers (2005) afirma que:

Neste momento, o termo implica a percepção de novo sentido na experiência do individuo. Ver novas relações de causa e efeito, alcançar uma nova compreensão de sentido que têm os sintomas da conduta, compreender o modelo do próprio comportamento – essa aprendizagem constitui a compreensão (Rogers, 2005, p. 187).

Por último e não menos importante falamos do ouvir, que acreditamos ser a maior técnica psicoterapêutica de um psicólogo. O ouvir verdadeiramente nos permite uma escuta qualificada, uma devolutiva apropriada, facilita o contato com o outro, facilita no processo de aceitação e compreensão do sujeito, o ouvir nos permite se colocar no processo, na inter-relação, nos aspectos, nos detalhes e na sensibilidade da dor do outro, com isso contribuindo e facilitando para que durante o processo o cliente possa vir a ter insights.

De acordo com Rogers (1987), ouvir o outro é uma satisfação, por trás do relato do cliente podemos conhecer o universo que existe em cada palavra e o significado que cada uma representa. Rogers (1987) diz que:

Ouvir verdadeiramente alguém resulta numa outra satisfação especial. É como ouvir a música das estrelas, pois por trás da mensagem imediata de uma pessoa,

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qualquer que seja essa mensagem, há o universal. Escondidas sob comunicações pessoais que eu realmente ouço, parecem haver leis psicológicas ordenadas, aspectos da mesma ordem que encontramos no universo como um todo. Assim, existe ao mesmo tempo a satisfação de ouvir esta pessoa e a satisfação de sentir o próprio eu em contato com uma verdade universal (Rogers, 1987, p.10).

Devido à relevância do lugar da escuta no contexto clínico para o processo de reorganização e crescimento do cliente, elaboramos este trabalho cujo objetivo de pesquisa é compreender como se dá o papel do terapeuta e o lugar que o insight ocupa em um Atendimento Centrado na Pessoa. Este trabalho foi desenvolvido a partir do estágio II em Psicologia Clínica do nono semestre do curso de Psicologia da Faculdade Mauricio de Nassau Fortaleza.

Metodologia

Este trabalho está metodologicamente embasado pelo estudo de caso de cunho qualitativo. A pesquisa qualitativa possibilita explorar e explicar os aspectos objetivos e subjetivos (GODOY, 1995).

Segundo Gil (2009) o estudo de caso se caracteriza por ser um estudo profundo que possibilita o conhecimento amplo e detalhado para explorar situações da vida real, assim como também descrever situações no qual está sendo feita determinada investigação.

Foi utilizada também a pesquisa de bases bibliográficas, na qual investigamos o referencial teórico da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) e sua interface com a prática clínica.

Os dados foram sendo obtidos gradualmente de acordo com os atendimentos semanais a cliente, assim como também nas supervisões semanais, com a professora supervisora do estágio.

Resultados e Discussão

A cliente que chamaremos de L. F. 20 anos, sexo feminino, namora, não trabalha e não estuda, mora com os pais e uma irmã mais nova, natural de Fortaleza. Possui diagnóstico de depressão e faz uso dos medicamentos risperidona e cloridrato de paroxetina.

A cliente trouxe como queixa inicial: “Vim para tirar dúvidas do tempo que estou parada, quero parar de tomar remédio. Vim porque quero desabafar e falar tudo que está dentro de mim, colocar tudo para fora” (SIC). O que ela trouxe mais fortemente no início das sessões foi com relação ao desejo de parar de tomar a medicação, pois relata que se sente incompleta tendo que se medicar todos os dias para poder dormir e se sentir segura consigo mesma. Tem como desejo poder viver bem e completa sem precisar de medicamentos.

O caso de L. F. se contextualizada sobre três pontos principais apresentados até então durante o processo terapêutico. São eles: O desejo de se sentir-se completa; os conflitos com o pai e os conflitos consigo mesma. Descreveremos esses aspectos de acordo com o que a cliente trouxe nas sessões de maneira gradativa.

L. F. relata que no ano de 2012 estava no ensino médio e se preparando para o vestibular. Começou a estudar muito, tinha uma ânsia muito forte de passar no mesmo, com isso diz que aos poucos foi esquecendo de se cuidar, não se alimentava direito, assim como não dormia direito, com o tempo foi apresentando tonturas, desmaios e mal-estar. Com o passar dos dias relata que esses sintomas foram se intensificando, até o dia que estava em uma missa e desmaiou. Os pais segundo ela a levaram ao hospital onde foi diagnosticada com anemia. Passou então a se medicar por conta do diagnostico e teve que se afastar da escola por um tempo. L. F. diz que mesmo se medicando e se cuidando continuou sentindo

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estar. Passou a se isolar, não tinha ânimo para fazer nada, crises de choro, ansiedade, começou a ter pensamentos suicidas, alucinações auditivas e visuais, agressividade, relata ainda que nesses momentos de surto psicótico não tinha controle sobre si mesma. Após essas crises os pais segundo ela a levaram ao psiquiatra, onde foi diagnosticada com depressão e transtorno de ansiedade, passou então a fazer uso dos medicamentos risperiodona e cloridrato de paroxetina. L. F. diz que desde então não foi mais ao psiquiatra e que renova as receitas no CAPS, portanto tomando os remédios até hoje. Relata então que desde que começou a tomar os remédios não se sente completa consigo mesma, que todos os dias têm que se medicar para sentir-se segura, para dormir, se alimentar e viver bem. Deseja poder viver bem e segura sem medicamentos. Por conta da depressão e dos pensamentos suicidas, relata que perdeu a confiança da família, desde então ela diz que principalmente a mãe e a irmã não a deixa sozinha e passaram a intervir nas decisões dela. Já quanto ao pai a cliente começa a falar da relação conflituosa entre ambos recorrentemente. No decorrer das sessões L. F. cada vez mais fala do seu desgosto quanto ao pai beber, de que o mesmo não lhe dá atenção, e o culpa por tudo que aconteceu em sua vida.

De acordo com a ACP, o terapeuta tem como papel favorecer condições facilitadoras e necessárias para a mudança construtiva do cliente possibilitando que ele se atualize e reorganize suas vivências. São elas: empatia que segundo Rogers (1961/2009), é a capacidade de se colocar no lugar do outro como se fosse o outro; aceitação positiva incondicional é entender o sujeito como ele realmente é e se apresenta independente de sua condição e sem julgamentos e por ultimo congruência, que é ser autêntico com o cliente no momento da relação. “Ser o que se é” no encontro genuíno com o outro, não significa falar de si (ROGERS, 1961/2009).

Então, desde o início do processo terapêutico com L. F. as três condições facilitadoras se fizeram presentes para facilitar o seu processo de crescimento. Todas as sessões a terapeuta sempre tenta se colocar no lugar da cliente como se fosse ela, com intuito de compreender melhor o que a mesma sente, do que representa para ela toda essa situação, assim como está ali para aceitá-la independente de qualquer coisa, não a julgando, esperando o momento de ela ter percepções de si mesma ao seu tempo e acima de tudo tentando ser ao máximo congruente com o que fala e com o que expressa também fisicamente nos atendimentos.

No processo de L. F. percebendo que ela em vários momentos mostrava-se não se ouvindo ou não tendo real consciência do que expressava durante as sessões, a terapeuta começou a usar durante a terapia a resposta-reflexo que se especifica em a terapeuta expor o que a cliente relatou, com o intuito de trazer a tona aquilo que ela tinha dito e compreendê-la verdadeiramente. Rogers e Kinget (1977), falam de três tipos de resposta-reflexo dentro da ACP. São elas: reiteração ou reflexo simples que é a repetição do que a cliente diz; reflexo dos sentimentos e das atitudes que tem como objetivo pontuar elementos que não foram colocados de maneira clara pela cliente, com a intenção de clarificar de maneira mais abrangente a percepção da mesma sobre o que ela relatou; e por ultimo elucidação onde a terapeuta expressa de maneira clara e compreensiva os sentimentos expressados pela cliente (ROGERS e KINGET, 1977).

No decorrer das sessões a psicoterapeuta foi introduzindo esta técnica com L. F. e aos poucos foi notando que ela veio percebendo, gradativamente novas possibilidades para a relação com o pai e com ela mesma. Então a cliente foi tendo percepções até chegar ao insight que é quando ela consegue enxergar novas possibilidades na relação com o pai, isso acontece no próprio movimento dela, no momento que ela consegue verbalizar uma compreensão sobre o seu sentimento, possibilitando assim uma modificação na percepção de si. Isso acontece de maneira gradual no processo terapêutico, quando o sujeito já tem força para aguentar novas percepções (ROGERS, 2005).

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L. F. ao longo das sessões recorrentemente relata do seu desgosto pelo pai, o qual ela diz não lhe dar atenção, carinho e que a “culpa” de tudo que aconteceu com ela é dele, diz que está dentro de uma caixa para se proteger, essa caixa está fechada, é como se não tivesse nem pernas e nem braços e não consegue sair, relata ainda que mesmo que consiga sair um dia, algo vai vir e ela vai ter que voltar para dentro da caixa novamente.

Na décima segunda sessão a cliente mais uma vez relatou sobre seus conflitos com o pai, porém no início da sessão ela relata que vir para a terapia está fazendo com que ela si perceba de fora para dentro. Volta a falar sobre o pai: “Não deixo o meu pai se aproximar de modo algum, falo o necessário. O meu desejo, é que ele chegue e pergunte como eu estou” (SIC).

Após a fala da cliente a terapeuta a indagou sobre a abertura que ela permitia na comunicação com o pai?

L. F. então fica em silêncio por alguns segundos e relata: “O fato de eu reprimi-lo pode fazer com que ele não se aproxime de mim mesmo. Como nunca pensei nisso? Ele tem uma grande qualidade, muito boa, que é saber ouvir. Ele me deixa ter responsabilidades, ele percebe minhas limitações...” (SIC).

Após o relato de L. F. a terapeuta comunicou a percepção sobre a fala da cliente e pontuou o papel que o pai ocupa distintamente dos demais membros da família ao lhe conferir autonomia e poder de decisão. O pai da cliente é o único que lhe dá liberdade e responsabilidade para ela, ao contrário da mãe, irmã e namorado que dão tudo em suas mãos, muitas vezes não deixando com que ela faça as coisas do jeito dela, mas do jeito deles, com isso a cliente passou também a confundir seus sentimentos, não sabendo muitas vezes identificar o que é dela, o que é da mãe, irmã ou do namorado. L. F. então percebe que tem conflito com o pai justamente por causa disso: por ele ser o único que tira da zona de conforto, da qual está acostumada. A cliente então se mostra surpresa e relata: “Não havia pensado que ele pode está me dando responsabilidades, ele está sempre ao meu lado, ele tentou se aproximar essa semana e eu não deixei. Esse tempo todo eu estou vendo só a questão do vício (ele bebe) do meu pai e a questão pode estar vindo de mim mesma. Cobro muito dele e não faço isso, de perguntar como ele está ou como foi o dia dele, só espero que ele me pergunte isso. Sabe quando você nem acredita...” (SIC).

L. F. depois de relatar o anteriormente mencionado, mudou completamente sua postura física, ficou eufórica, sorrindo o tempo todo.

Já perto do final da sessão a terapeuta perguntou como foi à sessão para ela naquele dia? Ela então sorrindo, diz: “Foi uma sessão onde eu descubro a minha questão com meu pai, o que é meu e o que é dele. Se eu tivesse descoberto antes,...mas eu não tinha condições de perceber. Perceber isso vai me aproximar do meu pai. Foi libertador” (SIC).

A terapeuta acompanhou a cliente como sempre faz até a recepção e a mesma estava completamente eufórica por ter percebido que o pai está ao seu lado, que ele a ama independente de qualquer coisa e que lhe dá autonomia e liberdade. Após a sessão a terapeuta fez a evolução do caso, ficou muito feliz pela cliente ter tido esse insight, porém se manteve em alerta porque poderia ter sido algo somente daquele momento, decidiu então esperar e ver como ela iria processar tudo durante a semana e ver nas sessões seguintes se ela tinha tido realmente o insight caso ela voltasse a falar.

Na sessão seguinte, L. F. relata que a sessão anterior fez com que ela se reaproximasse mais do pai durante a semana, fez com que ela pudesse enxergar o pai de uma maneira diferente. Relatou ainda o quão está se sentindo bem em ter percebido que o pai está ao seu lado e repetiu assim como na sessão anterior que foi “libertador” ter percebido isso. Quanto à caixa, ela disse que no momento, a caixa está aberta, mas que ainda não consegue sair.

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Nesse momento diante do que foi exposto, durante o processo terapêutico de L. F. é possível observar que o insight acontece no momento em que ela percebe e verbaliza autenticidade em suas percepções e passa a ver novas possibilidades a respeito da sua visão e relação sobre o pai.

Conclusão

É possível observarmos a partir de tudo que foi apresentado o quão é importante o lugar e o papel do terapeuta em um Atendimento Centrado na Pessoa, em que se constrói no processo terapêutico uma relação interpessoal, em que o terapeuta favorecerá as condições necessárias para que o cliente possa ter uma mudança construtiva.

Pôde-se ver que o contexto psicoterápico foi importante para se chegar ao insight, tendo a compreensão de que o mesmo ampliou o campo de percepção da cliente em relação ao pai e a si mesma, a cliente começou a enxergar novas possibilidades.

Diante disso é possível percebermos que ela vem evoluindo gradativamente com relação a suas percepções sobre si mesma e sobre suas relações. A questão então não é o pai, assim como não é a mãe ou a irmã, a cliente “utiliza” seus confrontos como forma de defesa e fuga de si mesma. O movimento dela até esse presente momento se caracteriza em: “angústia, medo e insegurança” do que ainda pode “descobrir” sobre si mesma.

Podemos com esse trabalho ver a limitação que existe na literatura, existem poucos estudos de casos clínicos que falem do insight embasado pela Abordagem Centrada na Pessoa. Com isso, sugerimos que sejam elaborados mais estudos de casos, embasados pela ACP, para que se possa ter um maior material e discussão que ilustrem a importância desse tipo de estudo.

Referências

GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6 ed. São Paulo. Editora Atlas, 2009.

GODOY, A. S. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades, 1995. In: Revista de Administração de Empresas, V35, n2.

ROGERS, C. Psicoterapia e consulta psicológica. São Paulo. Editora Moraes Editores, 2005.

ROGERS, C. Terapia Centrada no Cliente. São Paulo. Editora Martins Fontes, 1992.

ROGERS, C. Tornar-se Pessoa. 6 ed. São Paulo. Editora WMF Martins Fontes, 1961/2009.

ROGERS, C. Um Jeito de Ser. 4 ed. São Paulo. Editora Pedagógica e universitária, 1987.

ROGERS, C. e KINGET, M.G. Psicoterapia e Relações Humanas. Vol. 02. Belo Horizonte. Editora Interlivros, 1977.

Agradecimentos

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