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Relatório de Contabilidade Ano Económico 2017

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Relatório de Contabilidade

Ano Económico 2017

Este documento acompanha o Relatório de Atividades para o Ano Económico de 2017 do Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária (FAMR)

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Relatório de Contabilidade

Ano Económico 2017

Sobre o FAMR:

Criado em julho de 2005 e com sede na cidade da Praia – Cabo Verde, o Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária (FAMR) é um fundo do Estado, dotado de autonomia administrativa e financeira, que tem por objetivo o financiamento sustentado e contínuo da gestão da preservação das estradas que integram a rede rodoviária do país, garantindo a durabilidade das infraestruturas viárias.

Agradecimentos:

Os agradecimentos especiais vão para a equipa da BTOC Consulting, cuja colaboração foi indespensável para a boa consecução deste documento.

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i

FICHA TÉCNICA

Identificação:

Relatório de Contabilidade do Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária (FAMR): Ano Económico de 2017

Objetivo:

O presente relatório apresenta as contas do FAMR para o Ano Económico de 2017. Através das demonstrações financeiras da instituição o documento proporciona informação acerca da posição financeira e da performance das atividades realizadas, visando suportar de forma ajustada a tomada de decisão dos órgãos de gestão e ainda de fornecer, às entidades responsáveis pela sua monitorização e fiscalização, dentre os quais cita-se o Tribunal de Contas (TC) e o Banco Mundial (BM), elementos conclusivos para a avaliação de desempenho e averiguação da regularidade das atividades realizadas.

Metodologia:

Para a elaboração das contas anuais do FAMR realizou-se a análise de dados primários gerados pela própria instituição, os quais tiveram sua recolha contínua ao longo do ano e seu devido arquivo em formato físico e digital nas bases de dados mantidas por este organismo. O tratamento dos dados analisados fez recurso ao software informático contabilístico SENDYS e de outros disponibilizados no pacote office da Microsoft. A interpretação dos dados avaliados diz respeito às principais demonstrações financeiras de relato contabilístico, nos quais incluem-se, entre outros:

 O balanço patrimonial (BP)

 A demonstração do resultado de exercício (DRE)  A demonstração dos fluxos de caixa (DFC)

 A demonstração das variações patrimoniais (DVP)

Elaboração:

____________________________________ Hegel Lubrano Teixeira Napoleão Fernandes Gestor Executivo, FAMR

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TERMO DE RESPONSABILIDADE

Para os devidos efeitos eu, José Manuel Gomes Cabral Pereira, com o Número de Identificação Fiscal (NIF) 108741605, na qualidade de contabilista certificado perante a Ordem de Profissional de Auditores e Contabilistas de Cabo Verde (OPACC), declaro que as demonstrações financeiras do Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária (FAMR), relativas ao ano económico de 2017, as quais compreendem:

 o Balanço Patrimonial (que evidencia um total do capital próprio e do passivo no valor de 107.278.449 ECV);

 a Demonstração de Resultados do Exercício (apresentando um resultado liquido do período de 38.124.760 ECV);

 a Demonstração dos Fluxos de Caixa (com um saldo no fim do período de 100.804.626 ECV);

 a Demonstração das Variações Patrimoniais (cujo valor total é de 639.072.776 ECV) e;

 aos anexos às demonstrações financeiras (Balancete Analítico, Extrato Contabilístico, Reconciliações Bancárias, Inventário e Mapa de Depreciação/Amortização),

foram elaboradas de acordo com o Sistema de Normalização Contabilística e de Relato Financeiro (SNCRF), apresentando de forma apropriada, em todos os aspetos materiais, a posição financeira do FAMR em 31 de dezembro de 2017 e o seu desempenho financeiro, relativos ao exercício findo naquela data.

O Técnico de Contas A entidade prestadora do serviço

_______________________________ __________________________ José Manuel Gomes Cabral Pereira BTOC, SOCIEDADE UNIPESSOAL, LDA OPACC – Cédula Profissional nº 0302 NIF: 259646156

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ÍNDICE DE CONTEÚDOS

FICHA TÉCNICA ... i

TERMO DE RESPONSABILIDADE ... ii

LISTA DE TABELAS ... v

LISTA DE ACRÔNIMOS E ABREVIAÇÕES ... vi

1 NOTAS INTRODUTÓRIAS ... 1

1.1 Observações preliminares ... 1

1.2 Referencial e pressupostos das demonstrações financeiras ... 1

1.2.1 Referencial contabilístico ... 1

1.2.2 Pressuposto da continuidade ... 1

1.2.3 Disposições do SNCRF ... 2

1.2.4 Moeda funcional e de apresentação ... 2

2 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ... 3

2.1 Balanço Patrimonial (BP) ... 3

2.1.1 Glossário das rubricas do Balanço Patrimonial (BP) ... 4

2.1.2 Notas explicativas do Balanço Patrimonial (BP) ... 5

2.1.2.1 Ativos fixos tangíveis (nota nº 1) ... 5

2.1.2.2 Ativos intangíveis (nota nº 2) ... 6

2.1.2.3 Adiantamentos aos subcontratados (nota nº 3) ... 6

2.1.2.4 Outras contas a receber (nota nº 4) ... 6

2.1.2.5 Caixa e depósitos bancários (nota nº 5) ... 7

2.1.2.6 Fundo Patrimonial (nota nº 6) ... 7

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iv

2.1.2.8 Subcontratados (nota nº 8) ... 8

2.1.2.9 Estado e outros entes públicos (nota nº 9)... 8

2.1.2.10 Outras contas a pagar (nota nº 10) ... 8

2.2 Demonstração do Resultado de Exercício (DRE)... 9

2.2.1 Glossário das rúbricas da Demonstração do Resultado de Exercício (DRE) ... 9

2.2.2 Notas explicativas da Demonstração do Resultado de Exercício (DRE) ... 10

2.2.2.1 Taxas de serviços (nota nº 1) ... 10

2.2.2.2 Subcontratos relacionados com as prestações de serviços (nota nº 2) ... 10

2.2.2.3 Fornecimento e Serviços Externos (nota nº 3) ... 10

2.2.2.4 Gastos com o pessoal (nota nº 4) ... 12

2.2.2.5 Outros gastos e perdas (nota nº 5) ... 13

2.2.2.6 Gastos de depreciação e amortização (nota nº 6) ... 13

2.3 Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) ... 13

2.3.1 Glossário das rubricas da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) ... 14

2.3.2 Notas explicativas da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) ... 15

2.3.2.1 Pagamentos de subcontratos (nota nº 1) ... 15

2.3.2.2 Pagamentos ao pessoal (nota nº 2) ... 15

2.3.2.3 Outros recebimentos/pagamentos (nota nº 3) ... 15

2.3.2.4 Ativos fixos tangíveis (nota nº 4) ... 15

2.3.2.5 Ativos intangíveis (nota nº 5) ... 15

2.3.2.6 Caixa e equivalentes no início do período (nota nº 6) ... 16

2.4 Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP) ... 16

2.4.1 Glossário das rubricas da Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP) 17 2.4.2 Notas explicativas da Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP) ... 17

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v

2.4.2.2 PAMR (nota nº 2)... 17

2.4.2.3 Devolução TSMR (nota nº 3) ... 17

2.4.2.4 Despesas com o pessoal (nota nº 4)... 17

2.4.2.5 Despesas de funcionamento (nota nº 5)... 18

2.4.2.6 Despesas de investimento (nota nº 6) ... 18

2.4.2.7 Superávit (nota nº 7) ... 18

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v

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Balanço Patrimonial (BP) ... 3

Tabela 2 - Ativos fixos tangíveis adquiridos em 2017... 5

Tabela 3 - Adiantamento aos subcontratados ... 6

Tabela 4 - Outras contas a receber ... 7

Tabela 5 - Meios financeiros a 31 de dezembro de 2017 ... 7

Tabela 6 - Dividas com subcontratados ... 8

Tabela 7 - Estado e outros entes públicos ... 8

Tabela 8 - Outras contas a pagar ... 9

Tabela 9 - Demonstração do Resultado de Exercício (DRE) ... 9

Tabela 10 - Despesas de Funcionamento do FAMR ... 11

Tabela 11 - Despesas de funcionamento do IE ... 12

Tabela 12 - Gastos com o pessoal do FAMR ... 12

Tabela 13 - Gastos com o pessoal do IE ... 13

Tabela 14 - Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) ... 14

Tabela 15 - Outros recebimentos/pagamentos ... 15

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LISTA DE ACRÔNIMOS E ABREVIAÇÕES

ARMFA African Roads Maintenance Funds Association BCA Banco Comercial do Atlântico

ECV Escudos Cabo-Verdianos

FAMR Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária GRT Gestão das Restituições da TSMR

IE Instituto de Estradas

TC Tribunal de Contas

BM Banco Mundial

PAMR Plano Anual de Manutenção Rodoviária

SNCRF Sistema de Normalização Contabilístico e de Relato Financeiro

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1 NOTAS INTRODUTÓRIAS

1.1 Observações preliminares

O Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária (FAMR) é um fundo do Estado dotado de autonomia administrativa e financeira, que tem por objetivo o financiamento sustentado e contínuo da gestão e preservação das estradas que integram a rede rodoviária do país garantindo a durabilidade das infraestruturas viárias. Foi criado através da Resolução nº 33/2005, de 25 de julho, estando sediado em Ponta Belém/Plateau, cidade da Praia, Republica de Cabo Verde.

As demonstrações financeiras apresentadas para o Ano Económico de 2017 têm por objetivo proporcionar informação acerca da posição financeira e suas alterações, e do desempenho global da instituição, visando suportar de forma adequada a tomada de decisão dos órgãos de gestão do FAMR e de fornecer, às entidades responsáveis pela sua fiscalização, elementos conclusivos para a avaliação a nível de prerformance e para a averiguação da regularidade das atividades realizadas.

Este relatório, que complementa o Relatório de Atividades para do FAMR para o Ano Económico de 2017, encontra-se disponibilizado para consulta pública no endereço eletrónico www.famr.cv.

1.2 Referencial e pressupostos das demonstrações financeiras

1.2.1 Referencial contabilístico

As demonstrações financeiras do FAMR foram preparadas com base nos seus registos contabilísticos e de acordo com o Sistema de Normalização Contabilístico e de Relato Financeiro (SNCRF) aprovado pelo Decreto-Lei nº 5/2008, de 4 de fevereiro, seguido da portaria nº 49/2008, que aprova o Código das Contas do SNCRF, bem como do despacho normativo nº 1/2008, que aprova a Estrutura Conceptual do SNCRF.

1.2.2 Pressuposto da continuidade

As demonstrações financeiras têm por base o pressuposto da continuidade das operações, tendo em contas as características qualitativas da comparabilidade, da compreensibilidade, da materialidade, da relevância, da fiabilidade, da substância sob a forma, da neutralidade e da prudência.

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2

1.2.3 Disposições do SNCRF

No decorrer do exercício a que respeitam as demonstrações financeiras, foram cumpridas todas as disposições previstas no SNCRF.

1.2.4 Moeda funcional e de apresentação

A moeda funcional e de apresentação das demonstrações financeiras é o Escudo Cabo-Verdiano (ECV).

As transações em moeda estrangeira são transpostas para a moeda funcional utilizando a taxa de câmbio prevalecente à data da transação.

Os ganhos ou perdas cambiais resultantes dos pagamentos/recebimentos das transações bem como da conversão da taxa de câmbio à data do balanço dos ativos e passivos monetários, denominados em moeda estrangeira, são reconhecidos na demonstração dos resultados na rúbrica “Gastos de financiamento”, se relacionados com empréstimos, ou em “Outros gastos ou perdas operacionais” para todos os outros saldos/transações.

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2 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

2.1 Balanço Patrimonial (BP)

A finalidade do balanço patrimonial é proporcionar informação acerca da posição financeira da entidade e contém informações acerca dos recursos utilizados e da forma como foram financiados. A Tabela 1 apresenta o Balanço Patrimonial do FAMR aos 31 de dezembro de 2017 e o compara com os resultados do mesmo período do ano económico anterior. Os montantes são apresentados na moeda funcional (ECV).

Tabela 1 - Balanço Patrimonial (BP)

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2.1.1 Glossário das rubricas do Balanço Patrimonial (BP)

Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de acontecimentos passados e do qual se espera que fluam para esta benefícios económicos futuros.

Ativo corrente é um ativo que satisfaça qualquer dos seguintes critérios:

a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade;

b) esteja detido essencialmente para a finalidade de ser negociado;

c) espera-se que seja realizado num período até doze meses após a data do balanço; ou

d) seja caixa ou equivalente de caixa, a menos que lhe seja limitada a troca ou sejam usados para liquidar um passivo durante pelo menos doze meses após a data do balanço.

Ativo não corrente são ativos que não satisfaçam a definição de ativo corrente. Ativos fixos tangíveis são itens tangíveis detidos para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para arrendamento a outros, ou para fins administrativos, do qual se espera utilização em mais do que um período.

Ativos intangíveis são ativos não monetários, identificável sem substância física. Estes ativos só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a entidade, sejam controláveis pela entidade e se possa medir razoavelmente o valor.

Amortização/Depreciação é a imputação sistemática da quantia depreciável de um ativo durante a sua vida útil.

Passivo é uma obrigação presente da entidade proveniente de acontecimentos passados, cuja liquidação se espera resulte num exfluxo de recursos da entidade que incorporem benefícios económicos.

Passivo corrente é um passivo que satisfaça qualquer dos seguintes critérios: a) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade; b) esteja detido essencialmente para a finalidade de ser negociado;

c) deva ser liquidado num período até doze meses após a data do balanço; ou d) a entidade não tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do

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5

Passivo não corrente são passivos que não satisfaçam a definição de passivo corrente.

Capital próprio é o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzir todos os seus passivos.

2.1.2 Notas explicativas do Balanço Patrimonial (BP)

2.1.2.1 Ativos fixos tangíveis (nota nº 1)

O valor escriturado na rúbrica equipamentos administrativos corresponde ao seu custo de aquisição, deduzido das correspondentes depreciações acumuladas. Os equipamentos administrativos adquiridos no ano económico de 2017 constam na tabela seguir apresentada.

Tabela 2 - Ativos fixos tangíveis adquiridos em 2017

Fonte: Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária (FAMR)

A vida útil é determinada em conformidade com o período de vida útil máximo dado através das taxas máximas aplicáveis na portaria nº 42/2015. As depreciações são calculadas após o início da utilização dos bens, pelo método das quotas constantes, em regime anual.

As despesas com a reparação e manutenção dos Ativos fixos tangíveis são consideradas como gasto no período em que ocorrem.

No mês de outubro procedeu-se ao registo contabilistico da regularização da amortização do ativo intangível (programa de computador), que no exercicio 2016 foi registada em depreciações de outros activos fixos tangíveis no valor de 14.828 ECV.

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2.1.2.2 Ativos intangíveis (nota nº 2)

No decorrer do exercício 2017 procedeu-se ao desenvolvimento do Website

(www.famr.cv) e da Plataforma GRT (grt.famr.cv) do FAMR. Estes ativos são

fundamentais na operacionalização do processo de restituição/devolução e fiscalização da Taxa de Serviço de Manutenção Rodoviária (TSMR) e para a comunicação de todas as demais atividades realizadas pelo FAMR. O valor constante na rúbrica “outros ativos intangíveis” dizem respeito ao custo do desenvolvimento do website e da plataforma do FAMR, líquido das amortizações acumuladas.

As amortizações são calculadas, após o início da utilização dos bens, pelo método das quotas constantes, regime anual. A taxa da depreciação foi determinada em conformidade com as taxas máximas aplicáveis na portaria nº 42/2015.

2.1.2.3 Adiantamentos aos subcontratados (nota nº 3)

O saldo constante nesta rúbrica diz respeito aos adiantamentos efetuados aos empreiteiros no âmbito da atividade normal desenvolvida pelo FAMR. Os valores que integram esta rúbrica constam da Tabela 3 apresentada a seguir:

Tabela 3 - Adiantamento aos subcontratados

Fonte: Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária (FAMR)

Os adiantamentos são regularizados à medida que a faturação dos serviços prestados é apresentada. Em relação ao saldo devedor do subcontratado SIBAFIL, é do nosso conhecimento que a entidade solicitou a sua regularização em janeiro de 2018. A dedução dos adiantamentos excede o saldo da conta transitado do ano 2016. O saldo do fornecedor TECHNOR será regularizado no exercício de 2018.

2.1.2.4 Outras contas a receber (nota nº 4)

O saldo desta rúbrica refere-se ao pagamento das cauções das rendas da antiga instalação do FAMR e da atual instalação do Instituto de Estradas (IE). É do

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conhecimento do FAMR que os valores devem ser regularizados, no entanto, aguarda-se pela elaboração da documentação comprovante para o efeito. Os valores apresentados serão regularizados no exercício de 2018.

Tabela 4 - Outras contas a receber

Fonte: Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária (FAMR)

2.1.2.5 Caixa e depósitos bancários (nota nº 5)

Em 31 de dezembro do período em análise, a rúbrica Caixa e depósitos bancários apresentava a composição conforme a Tabela 5.

Tabela 5 - Meios financeiros a 31 de dezembro de 2017

Fonte: Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária (FAMR)

2.1.2.6 Fundo Patrimonial (nota nº 6)

O Fundo patrimonial, assim designado devido à natureza da entidade em alternativa a Capital Próprio e o Capital Social, representa a diferença entre os valores ativos e passivos adicionados algebricamente das variações verificadas nos resultados (superavitis/deficits).

O saldo constante nesta rúbrica refere-se aos resultados obtidos desde a criação do FAMR, que foi o equivalente ao acumulado de 39.954.995 ECV. Para o período em análise o valor desta rúbrica manteve-se constante em relação ao exercício de 2016.

2.1.2.7 Resultado líquido do período (nota nº 7)

No exercício económico de 2017 o FAMR teve um desempenho económico positivo de 38.124.760 ECV, o que significa que os rendimentos obtidos excederam os gastos incorridos.

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2.1.2.8 Subcontratados (nota nº 8)

O saldo desta rúbrica diz respeito às dívidas a pagar às entidades responsáveis pelos serviços de manutenção, melhorias e reabilitação das estradas do País.

As contas a pagar aos credores, que não vencem juros, são registadas pelo seu valor nominal, que é substancialmente equivalente ao seu justo valor.

Á data das demonstrações financeiras a rúbrica “subcontratados” apresentava a composição ilustrada pela Tabela 6 a seguir apresentada.

Tabela 6 - Dividas com subcontratados

Fonte: Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária (FAMR)

2.1.2.9 Estado e outros entes públicos (nota nº 9)

A rúbrica “Estado e Outros Entes Públicos” apresenta um saldo credor de 14.218 ECV, conforme mostra a Tabela 7. O saldo desta rúbrica transitou do exercício 2016 e será objeto de análise no decorrer do ano económico de 2018.

Tabela 7 - Estado e outros entes públicos

Fonte: Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária (FAMR)

2.1.2.10 Outras contas a pagar (nota nº 10)

No final do período em análise, a rubrica “Outras contas a pagar” apresentava a composição ilustrada na Tabela 8. A divida a pagar à ENACOL refere-se à comissão devida pelos serviços de cobrança da TSMR. A rúbrica Credores até 31/12/2016 refere-se à restituição da TSMR a requerentes que solicitaram o refere-seu reembolso fora do prazo estipulado pela lei. Esta dívida vem transitando desde a gestão anterior do FAMR e prevê-se sua prescrição no ano económico de 2018 considerando que não houve mais demanda por esta por parte dos credores/entidades requerentes.

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Tabela 8 - Outras contas a pagar

Fonte: Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária (FAMR)

2.2 Demonstração do Resultado de Exercício (DRE)

A demonstração dos resultados tem por objetivo informar sobre o desempenho económico da entidade à data das demonstrações financeiras. As suas componentes são os rendimentos e os gastos. A Tabela 9, mostrada a seguir, apresenta a Demonstração do Resultado de Exercício (DRE) do FAMR para o ano económico de 2017 e os compara aos resultados obtidos em 2016, sendo os montantes apresentados em Escudos Cabo-Verdianos (ECV).

Tabela 9 - Demonstração do Resultado de Exercício (DRE)

Fonte: Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária (FAMR)

2.2.1 Glossário das rúbricas da Demonstração do Resultado de Exercício (DRE)

Gastos são diminuições nos benefícios económicos durante o período contabilístico na forma de exfluxos ou deperecimentos de ativos ou na incorrência de passivos que

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resultem em diminuições do capital próprio, que não sejam as relacionadas com distribuições aos participantes no capital próprio.

Rendimentos são aumentos nos benefícios económicos durante o período contabilístico na forma de influxos ou aumentos de ativos ou diminuições de passivos que resultem em aumentos no capital próprio, que não sejam os relacionados com as contribuições dos participantes no capital próprio.

2.2.2 Notas explicativas da Demonstração do Resultado de Exercício (DRE)

2.2.2.1 Taxas de serviços (nota nº 1)

O valor registado nesta rúbrica refere-se ao valor arrecadado referente à cobrança da TSMR, uma prestação pecuniária criada através do Decreto-lei 16/2008, de 2 de junho. A cobrança da TSMR deve-se à necessidade de ser sustentada a gestão da preservação da rede rodoviária de Cabo Verde.

2.2.2.2 Subcontratos relacionados com as prestações de serviços (nota nº 2)

O saldo desta rúbrica refere-se aos encargos relacionados com os serviços de preservação da rede rodoviária do País, de acordo com o artigo 5º e 24º dos Estatutos do FAMR (Decreto-Lei nº 9/2017, de 6 de março).

2.2.2.3 Fornecimento e Serviços Externos (nota nº 3)

Nesta rúbrica constam as despesas de funcionamento incorridas pelo FAMR e pelo Instituto de Estradas (IE). A distribuição das despesas de funcionamento elegíveis ao financiamento com a TSMR encontram-se definidas no Artigo 4º do Decreto-Lei nº 63/2016, que estabelece e regula a distruibuição das verbas do FAMR provenientes da TSMR.

As Tabelas 10 e 11, apresentadas a seguir, apresentam as despesas de funcionamento do Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária e do Instituto de Estradas, respetivamente.

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Tabela 10 - Despesas de Funcionamento do FAMR

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Tabela 11 - Despesas de funcionamento do IE

Fonte: Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária (FAMR)

2.2.2.4 Gastos com o pessoal (nota nº 4)

Os valores registados nesta rúbrica referem-se gastos com o pessoal do FAMR e do IE. As Tabelas 12 e 13, mostradas a seguir, apresentam detalhadamente a composição destes gastos.

Tabela 12 - Gastos com o pessoal do FAMR

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Tabela 13 - Gastos com o pessoal do IE

Fonte: Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária (FAMR)

2.2.2.5 Outros gastos e perdas (nota nº 5)

O saldo desta rúbrica, no valor de 257 287 ECV, refere-se a pagamentos de quotizações ao organismo internacional de nome African Roads Maintenance Funds Association (ARMFA).

2.2.2.6 Gastos de depreciação e amortização (nota nº 6)

Referem-se à imputação sistemática da quantia depreciável de um ativo durante a sua vida útil, isto é, refere ao desgaste dos ativos decorrente da sua utilização. Em 2017 esta rúbrica totalizou o montante de 74.193 ECV.

2.3 Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

A demonstração dos fluxos de caixa relata a entrada e saída de dinheiro para o período em análise, permitindo aos utentes determinar o impacto das atividades operacionais de financiamento e de investimento na posição financeira atual da entidade. A Tabela 14, mostrada a seguir, apresenta a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) do FAMR para o período compreendido entre 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2017, comparando-os ao mesmo período do exercício económico anterior. Os montantes são apresentados em Escudos Cabo-Verdianos (ECV).

Refira-se que no exercício de 2017 procedeu-se a uma revisão da rubrica onde é registada a arrecadação da cobrança da TSMR, entendendo-se que não faz sentido que a mesma seja ou fosse qualificada como recebimentos de clientes.

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Tabela 14 - Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

Fonte: Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária (FAMR)

2.3.1 Glossário das rubricas da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

Atividades operacionais são as principais atividades produtoras de rédito da entidade e outras actividades que não sejam de investimento e de financiamento.

Atividades de investimento são aquisições e alienações de ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluidos em equivalentes de caixa,

Atividade de financiamento são atividades que têm como consequência alterações na dimensão e composição do capital próprio contribuído e nos empréstimos obtidos pela entidade.

Caixa compreende o dinheiro em caixa e em depósitos à ordem.

Equivalentes de caixa são investimentos financeiros altamente liquidos e que sejam prontamente convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de valor.

Fluxos de caixa são influxos (recebimentos, entradas) e exfluxos (pagamentos, saídas) de caixa e seus equivalentes.

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2.3.2 Notas explicativas da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

2.3.2.1 Pagamentos de subcontratos (nota nº 1)

Refere-se aos valores pagos aos subcontratados e Câmaras Municipais no âmbito das intervenções rodoviárias de manutenção realizadas.

2.3.2.2 Pagamentos ao pessoal (nota nº 2)

O saldo desta rúbrica diz respeito aos pagamentos ao órgão social, ao pessoal do FAMR, ao pessoal do IE, dos encargos sobre as remunerações e do seguro obrigatório de acidentes de trabalho (SOAT).

2.3.2.3 Outros recebimentos/pagamentos (nota nº 3)

O saldo desta rúbrica resulta da diferença entre as receitas (arrecadação da TSMR) e dos gastos de funcionamento do FAMR e do IE, dos gastos com as restituições da TSMR, e outros gastos.

A 31 de dezembro de 2017 esta rúbrica apresentava a seguinte composição:

Tabela 15 - Outros recebimentos/pagamentos

Fonte: Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária (FAMR)

2.3.2.4 Ativos fixos tangíveis (nota nº 4)

Respeita aos pagamentos dos ativos fixos de longo prazo adquiridos no período em análise.

2.3.2.5 Ativos intangíveis (nota nº 5)

Respeita aos pagamentos relativos ao desenvolvimento do Website e da Plataforma GRT do FAMR.

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2.3.2.6 Caixa e equivalentes no início do período (nota nº 6)

Refere-se ao saldo de caixa e dos seus equivalentes transitado do ano anterior.

2.4 Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP)

A demonstração das variações patrimoniais tem por objetivo evidenciar as alterações ocorridas no património, resultantes da sua execução orçamental. Evidencia o resultado patrimonial após a dedução entre os rendimentos e os gastos. A Tabela 16, mostrada a seguir, apresenta a Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP) do FAMR entre o no ano 2017. Os montantes são apresentados em Escudos Cabo-Verdianos (ECV).

Tabela 16 - Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP)

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2.4.1 Glossário das rubricas da Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP)

Receitas orçamentárias são aquelas incluídas na lei anual do orrçamento do exercício. As receitas orçamentárias só são consideradas realizadas quando arrecadadas, diferenciando-se nesse ponto das receitas realizadas pelas empresas privadas.

Despesas orçamentárias são aquelas que constam na lei anual do orçamento do exercício. As despesas orçamentárias só são consideradas realizadas quando pagas, diferenciando-se nesse ponto das receitas realizadas pelas empresas privadas.

2.4.2 Notas explicativas da Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP)

2.4.2.1 Arrecadação TSMR (nota nº1)

De acordo com o Decreto-Lei nº 16/2008 a TSMR destina-se à conservação e manutenção da rede rodoviária do país, a TSMR é devida no momento em que o combustível é colocado à disposição do utente de uma estrada do país e o seu valor é de 8,00 ECV a ser adicionado sobre o preço final de cada litro de combustível. O FAMR é o serviço responsável pelo financiamento da conservação e reparação das estradas do País, e pela gestão dos recursos destinados à prossecução destes objetivos, que inclui a TSMR.

2.4.2.2 PAMR (nota nº 2)

O saldo desta rúbrica corresponde às despesas pagas tendo em vista a a conservação e manutenção de toda a rede rodoviária do país.

2.4.2.3 Devolução TSMR (nota nº 3)

De acordo com o artigo 14º do Decreto-Lei 16/2008, de 2 de junho, aquele que provar ter adquirido combustível nas bombas que não se destine à circulalção rodoviária, tem direito à restituição do valor da taxa paga. O saldo desta rúbrica corresponde a estas devoluções/restituições.

2.4.2.4 Despesas com o pessoal (nota nº 4)

O saldo desta rúbrica corresponde às despesas efetivamente pagas ao pessoal do FAMR e do IE, as contribuições para a segurança social e o pagamento dos seguros obrigatórios de acidentes de trabalho.

(27)

18

2.4.2.5 Despesas de funcionamento (nota nº 5)

O valor registado compreende a todas as despesas pagas para o funcionamento do FAMR e do IE.

2.4.2.6 Despesas de investimento (nota nº 6)

O saldo desta rúbrica compreende ao pagamento da aquisição dos equipamentos administrativos e das despesas do desenvolvimento do website e da plataforma GRT do FAMR.

2.4.2.7 Superávit (nota nº 7)

O correspondente à diferença entre as receitas orçamentarias e às despesas orçamentárias.

(28)

19

ANEXOS

Lista de documentos anexados ao “Relatório de Contabilidade do Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária (FAMR): Ano Económico de 2017”:

1. Balancete Analítico do Ano Económico de 2017 2. Extrato Contabilístico do Ano Económico de 2017

3. Reconciliações Bancárias do Tesouro e do BCA – Ano Económico 2017 4. Inventário e Mapa de Depreciação/Amortização – até 31/12/2017

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Referências

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