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OSTEOPOROSE E OS RISCOS DE FRATURAS

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FACULDADE INTEGRADAS PROMOVE CURSO DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIS

OSTEOPOROSE E OS RISCOS DE FRATURAS

Estudantes: Eleni Conceição dos Santos e Elizângela Valverde dos Santos Orientador: Msc. Joel de Souza F. Neto

BRASÍLIA 2013

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Eleni Conceição dos Santos e Elizângela Valverde dos Santos

CURSO DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA

OSTEOPOROSE E OS RISCOS DE FRATURAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial do curso de Tecnologia em Radiologia, para obtenção do título de Tecnólogo em Radiologia, orientado pelo professor, Msc. Joel de Souza F. Neto.

BRASÍLIA 2013

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RESUMO

Introdução: As descrições presentes neste artigo de revisão tiveram como

fundamento estudos sobre a osteoporose, os aspectos relacionados aos sintomas, método de diagnóstico por imagem e formas de tratamento, sendo realizada uma abordagem que prioriza de forma clara e precisa o tema exposto. Justificativa: Verificação dos componentes que são utilizados na realização eficiente no diagnóstico e detecção precoce desta patologia. Objetivo: No presente artigo de revisão, temos como objetivo mostrar a osteoporose e sua associação aos riscos de possíveis fraturas. Materiais e Métodos: Este estudo constitui-se de uma revisão da literatura, onde se buscaram informações sobre o tema em artigos científicos, periódicos e revistas online.

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ABSTRACT

Introduction: The descriptions contained in this review article were founded studies

on osteoporosis, aspects related to the symptoms, the method of diagnostic imaging and possible treatment, and carried out an approach which prioritizes in a clear and accurately exposed the issue. Justification: Verification of components that are used in carrying out effective diagnosis and early detection of this condition.

Objective: In this review article, we aim to demonstrate osteoporosis and its

association to risk of possible fractures. Materials and Methods: This study consisted of a literature review where sought information on the subject of articles in scientific journals and magazines online.

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1. INTRODUÇÃO

Devido ao aumento na expectativa de vida das populações, a osteoporose é atualmente reconhecida como importante questão em termos de saúde pública. Afetam indivíduos de maior idade, sobretudo mulheres na pós-menopausa, sendo que aquelas com idade acima dos 50 anos apresentam um risco maior de fratura osteoporótica no colo do fêmur, vértebras e rádio distal, além de outros locais do esqueleto (MELTON, 1992).

Nas três últimas décadas, esta patologia tornou-se alvo de atenção de várias especialidades médicas, graças a maior compreensão das doenças ósseo-metabólicas e particularmente ao desenvolvimento de métodos de medida da massa óssea. Sendo que dois fatores contribuem para maior importância da osteoporose: a longevidade populacional, e os custos gerados pelas fraturas, principalmente de quadril (DOURADOR, 1999).

A incidência de fraturas ósseas em decorrência da osteoporose de quadril cresce em proporções geométricas e são as que impõem maior morbidade e mortalidade (SEEMAN).

A osteoporose é definida pela Organização Mundial de Saúde como uma doença metabólica óssea sistêmica, caracterizada por diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, com consequente aumento da fragilidade do osso e da suscetibilidade a fraturas (ZERBINI, 1998). Sendo um distúrbio ósseo caracterizado pela diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, sem alterações significativas da proporção entre a fase mineral e não mineral da matriz, levando a um aumento da fragilidade óssea e um consequente aumento do risco de fratura (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1994).

Ocorre quando os osteoclastos criam uma cavidade excessivamente profunda que não consegue ser preenchida suficientemente ou quando os osteoblastos não conseguem preencher uma cavidade de reabsorção normal. Ambas podem ocorrer simultaneamente na menopausa (PAPLER, 1997).

Após os 65 anos, a população feminina sofre as consequências do baixo pico de massa óssea associado à diminuição da densidade óssea que ocorre a partir dos 35 anos e à menopausa. Dessa forma, compreende-se o porquê da atenção dispensada a esse grupo. Além disso, essa população não foi atingida pela

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prevenção da osteoporose, e portanto é mais susceptível à ocorrência de fraturas. A maioria das fraturas ocorre em mulheres idosas por várias razões: sua expectativa de vida é maior do que a dos homens; o risco de fratura aumenta com a idade; o pico de massa óssea é menor em mulheres; a menopausa acelera a perda óssea (KANIS; PITT, 1992).

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2. METODOLOGIA

Neste artigo de revisão literatura, buscaram-se informações sobre o tema em artigos científicos, periódicos, revistas online, a fim de determinar esta patologia como indicador de risco de fraturas. Sendo citados ainda tópicos utilizados em estudos publicados com o intuito de observar o comportamento das pessoas frente a analise desta doença.

3. OBJETIVOS

3.1. OBJETIVO GERAL

Este artigo de revisão foi elaborado com o objetivo de mostrar os aspectos pertinentes à osteoporose, os sinais clínicos e sintomas específicos e como predizer com segurança o curso dessa afecção, particularmente durante a admissão hospitalar e a procura por métodos mais objetivos e precisos na caracterização de sua gravidade. A necessidade deste trabalho surgiu pelo conhecimento do alto índice de incidência desta patologia e desconhecimento dos que ainda justificados pela intolerância e falta de informações necessárias na prevenção e tratamento de doença já existente.

3.2. OBJETIVO ESPECÍFICO

Informar alguns dos exames de diagnósticos mais utilizados e formas de tratamento, indispensáveis na realização de um diagnóstico preciso, visto que a incidência de osteoporose está ocorrendo em nível quase epidêmico, ocupando assim um papel de grande importância tanto pela constância, quanto pela sua gravidade.

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4. HISTÓRICO

O esqueleto humano apresenta vestígios e consequências da osteoporose, sendo identificada através de exames específicos e que possivelmente a prova mais longínqua da origem desta patologia remonta de 7000 anos atrás (CARVALHO, 2005), sendo que o termo osteoporose teve reconhecimento patológico atribuída ao patologista francês Jean Lobstein. (TORRES, 2012).

Segundo a antropóloga Eugenia Cunha destaca-se como bom exemplo os estudos na série osteológica de Spitalfields, onde em uma igreja de Londres, exumaram-se esqueletos dos séculos XVIII/XIX, e constatou-se que a perda de massa óssea nas mulheres permaneceu inalterada no último milênio. A pesquisa realizou a análise cortical dos metacárpicos, e confirmou a presença da osteoporose em homens e mulheres, sem correlacionar trabalho e o esforço físico de ambos (CARVALHO, 2005).

Inicialmente o diagnóstico da osteoporose era feito somente através de radiografia, ficando dependendo da qualidade dos raios X e do conhecimento do médico, podendo assim ocorrer um diagnóstico errôneo. Somente em 1983 e que o uso do método de Densitometria óssea e, tornou-se referencia no diagnóstico por imagem, por seu aspecto fidedigno em relação a esta patologia (RASO, et al., 2007). A Organização Mundial de Saúde definiu como normalidade, em adultos, a densidade mineral óssea entre zero e ± 1 desvio padrão (DP) em relação aos valores médios observados em indivíduos jovens saudáveis (T-score). Em crianças, esses valores devem ser ajustados para a idade e o sexo (Z-score). Osteogenia é definida por densidade mineral óssea entre –1 e –2,5 DP, e osteoporose por densidade abaixo de –2,5 DP4. (ZERBINI, 1998)

Fisiologicamente o osso é continuamente depositado por osteoblastos e absorvido nos locais onde os osteoclastos estão ativos, normalmente, a não ser nos ossos em crescimento, há equilíbrio entre deposição e absorção óssea; na osteoporose existe desproporção entre atividade osteoblástica e osteoclástica, com predomínio da última (GALI, 2001).

O esqueleto acumula osso até a faixa dos 30 anos, sendo a massa óssea maior no homem do que na mulher. Daí por diante perde 0,3 % ao ano. Na mulher a perda é maior nos 10 primeiros anos pós-menopausa, podendo chegar a 3% ao ano, e é maior na mulher sedentária. De acordo com critérios da Organização Mundial de

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Saúde, 1/3 das mulheres brancas acima dos 65 anos são portadoras de osteoporose; estima-se que cerca de 50% das mulheres com mais de 75 anos venham a sofrer alguma fratura osteoporótica (LANE, 1998).

5. COMPOSIÇÃO DO OSSO

O osso é um tecido vivo que está constantemente submetido a alterações para acompanhar as necessidades metabólicas e fisiológicas do corpo. Os Osteoclastos e osteoblastos são as principais células ósseas responsáveis pela remodelação óssea, conforme figura 1. Os osteoclastos removem o osso, causando reabsorção óssea, visto na figura 2, enquanto os osteoblastos constroem ou repõem tecido ósseo, figura 3.

Figura 1- Remodelação óssea. Fonte: GIMENES, 2011.

O índice de ocorrência deste processo contribui para a densidade do osso. Quando estamos jovens e em crescimento ativo, os osteoblastos constroem e repõem nossos tecidos ósseos. Geralmente, por volta dos 35 anos de idade, mais ossos são removidos que repostos, resultando na queda progressiva de massa óssea. O aumento da idade faz com que os ossos do esqueleto se tornem mais finos e fracos. Com a perda da densidade óssea há um aumento da incidência de fraturas de quadril, coluna, punho e outros ossos, com traumas pequenos ou mínimos. A detecção precoce por meio da Densitometria óssea pode levar á intervenção antes que as fraturas associadas ao esqueleto ocorram (BONTRAGER, 2005).

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Figura 2- Osteoblasto Figura 3 – Osteoclasto Fonte: UNIFESP, 2013 Fonte: UNIFESP, 2013.

6. DIAGNÓSTICO

Como em outras patologias, o diagnóstico da osteoporose é feito pela história clínica, exame físico e exames subsidiários, visto que é pouco sintomática. A dor dorso lombar é queixa comum; o espasmo muscular é a principal causa dos sintomas, que também podem ser por microfraturas; em muitos casos, é consequente a uma fratura por compressão (KAPLAN, et al, 1994).

Na história deve ser inquirida a idade da menopausa, presença de fator familiar, hábitos alimentares, atividade física, o uso de café, cigarro ou álcool, podendo ainda verificar a deformidade da coluna; dados de peso e altura (GALI 2001).

Os exames subsidiários utilizados são os laboratoriais e de imagem; os primeiros geralmente são normais na osteoporose primária, sendo rotineiramente solicitado o hemograma, VHS (velocidade de hemossedimentação, um dos exames mais utilizados por um reumatologista, eletroforese de proteínas, provas de função renal, dosagens de cálcio e fósforo, fosfatase alcalina e calciúria de 24 horas e posteriormente verificando o nível de cálcio endógeno excretado que esta diretamente relacionado ao aparecimento da osteoporose (KAPLAN, et al, 1994).

O exame radiográfico pode mostrar diminuição da densidade óssea, porém pode existir variação de até 30%, além do mais, as radiografias não dão

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quantificação da perda óssea, podemos encontrar colapso vertebral ou acunhamento, compressão bicôncava dos discos, nódulos de Schrmol e afinamento das corticais (BONTRAGER, 2005).

Outro exame dito como padrão seria a Densitometria óssea, utilizada para estudo seriado, determinação da extensão da perda e verificação da eficácia da prevenção ou tratamento especificado (BONTRAGER, 2005)

Existem diferentes tipos de equipamentos para a Densitometria: os centrais avaliam a massa óssea do quadril, coluna e corpo todo e os periféricos avaliam a massa óssea nos dedos, punhos, patela, tíbia e calcâneo (GALI, 2001).

Pode ser efetuada por aparelhos de fóton único, duplo fóton (2 picos de energia), absorção de dupla energia de raios X (DEXA), por tomografia quantitativa e por ultrassom. A Densitometria é o melhor preceptor de fraturas; não importa o sítio avaliado, quanto maior a osteoporose maior o risco de fratura do quadril (GALI, 2001).

7. CLASSIFICAÇÃO DA OSTEOPOROSE

A classificação da osteoporose pode ser primária (idiopática) ou secundária. A forma primária é classificada em tipo I e tipo II. No tipo I, também conhecida por tipo pós-menopausa, existe rápida perda óssea, predominantemente atinge o osso trabecular e é associada a fraturas das vértebras e do rádio distal. A do tipo II, ou senil, é relacionada ao envelhecimento e aparece por deficiência crônica de cálcio, aumento da atividade do paratormônio e diminuição da formação óssea, conforme figuras 4 e 5 (RIGGS; MELO, 1983).

A osteoporose secundária é decorrente de processos inflamatórios, como a artrite reumatóide; alterações endócrinas, como hipertireoidismo e desordens adrenais; mieloma múltiplo; por desuso; por uso de drogas como heparina, álcool, vitamina A e corticóides (GALLI, 2001).

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. Figura 4. Resultado da osteoporose nos ossos Fonte: Seres, 2009.

Figura 5 – Avaliação da Osteoporose Fonte: Brasil Escola, 2012.

8. DENSITOMETRIA

A Densitometria Óssea é uma especialidade que usa vários métodos de investigação na análise da densidade óssea mineral (DOM) para o diagnóstico da osteoporose. A importância da detecção e diagnóstico precoce aumentou o interesse pelas técnicas de Densitometria óssea suas aplicações avançadas têm afetado de modo significativo tanto o diagnóstico como o tratamento do processo

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desta doença, utilizando equipamento como o visto na figura 6 (BONTRAGER, 2005).

Antes do desenvolvimento de métodos específicos de Densitometria óssea, as radiografias convencionais da coluna dorsal ou lombar diagnosticavam a perda de 30% a 50% do trabeculado ósseo e as primeiras alterações visíveis (BONTRAGER, 2005).

Figura 6 – Equipamento de Densitometria Óssea Fonte: SPENZIERI, 2013.

8.1 CONTEÚDO MINERAL OSSÉO VERSUS DENSIDADE MINERAL ÓSSEA

O conteúdo mineral ósseo (CMO) é a mensuração da quantidade de massa óssea medida em gramas(g) e a densidade mineral óssea (DOM) é a média de conteúdo mineral ósseo em uma área, e é calculada pela quantidade de unidades g/cm. Os índices T e os índices Z são usados na Densitometria óssea para determinar a quantidade de Densitometria óssea mineral, detectar perda óssea, estabelecer o diagnostico da osteoporose, avaliar o risco individual de fratura e avaliar a resposta á terapia de osteoporose.

 Índice Z – O índice Z padrão compara os dados do paciente com uma média individual da mesma idade e sexo,

 Índice T- O índice T compara o paciente com uma média individual de jovens saudáveis no pico de massa óssea. Estes valores podem ajudar a avaliar a presença ou extensão dos riscos de osteoporose para futuras fraturas (BONTRAGER, 2005).

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O Ato de Mensuração de Massa Óssea (AMMO) de 1998 (conhecido como The Balanced Budget Act (BBA) de 1997, instituiu como necessidade médica a Densitometria óssea após julho de 1998, sendo indicado a pessoas que estão dentro de parâmetros ou pelo menos 3 destas situações:

 Falta de terapia de reposição adequada de estrógeno,  Historia familiar de fraturas por osteoporose,

 Taxa do peso corporal inferior a 25 pontos percentuais,  Historia de anorexia,

 Historia de amenorréia por um período de pelo menos 01 ano antes dos 45 anos,

 Historia de má absorção ou atualmente portadora de má absorção do trato gastrointestinal,

 Hipertireoidismo ou excesso de dose na terapia de reposição da tireóide,

 Uso de heparina por mais de um mês,

 Alterações vertebrais, podendo ser indicativa de osteoporose, osteopenia ou fratura vertebral.

 Terapia com corticóides ou terapia com corticosteróides de longa duração,

 Hiperparatireoidismo primário ou outras doenças endócrinas.

9. RISCOS DE FRATURA

A força e a densidade do osso estão muito ligadas, sendo que pessoas com baixa densidade mineral óssea (DOM) também têm um aumento do índice de fragilidade que provoca a fratura. Numerosos estudos demonstraram que a relação ajustada entre idade e risco de fratura aumenta em aproximadamente duas vezes para cada aumento de desvio padrão (DP) na densidade mineral óssea. A habilidade de predizer futuras fraturas com a Densitometria óssea é melhor do que a previsão de doença vascular com a contagem do colesterol. A relação entre risco de fratura e a Densitometria óssea é continua, e não existe faixa de densidade baixa que não resulte em fratura (BONTRAGER, 2005).

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Quando medida em qualquer instituição, a Densitometria óssea mostra aproximadamente o mesmo risco de fratura para cada ponto de diminuição do desvio padrão na densidade mineral óssea. Fazer uma Densitometria óssea do fêmur proximal é melhor, entretanto, na previsão de fraturas do quadril, quando comparada com as medidas de outros locais. O risco relativo é de 2,7 para cada ponto de diminuição do desvio-padrão na densidade mineral óssea do quadril. Isso significa que uma mulher cuja Densitometria óssea esta com dois pontos do DP abaixo da média para a sua idade tem mais de sete vezes (2,7 x 2,7) mais chance de ter uma fratura de quadril, do que uma mulher da mesma idade cuja densidade mineral óssea é igual à média.

Além do baixo índice de Densitometria óssea, a idade é um fator preponderante na previsão de fatura, alem do sexo (mulher com maior risco que homem), nível de hormônio sexual, baixo peso corporal, historia anterior de fraturas com fragilidade, historia familiar de fratura de quadril, menopausa precoce, amenorréia primária ou secundária, etnia caucasiana ou asiática, fumo, alto consumo de álcool, doença neuromuscular, uso crônico de esteróides, baixa acuidade visual, incapacidade por tempo prolongado, dieta de baixa ingestão de cálcio e deficiência de vitamina D. A previsão do risco de fratura é melhorada com a combinação da Densitometria óssea com os fatores clínicos de risco, desta forma pessoas com fatores de riscos clínicos múltiplos têm maior risco de fratura do que aquelas com menos fatores de risco. (BONTRAGER, 2005),

Com o desenvolvimento dos equipamentos de dupla energia (DEXA) capazes de obter medidas altamente precisas das mensurações de densidade mineral óssea, o paradigma para o diagnostico da osteoporose mudou, da ocorrência da fartura, para o risco do sofrimento de uma fratura, por isso é evidente e senso comum na comunidade internacional, que descreve a osteoporose como uma doença esquelética sistêmica caracterizada pela baixa de massa óssea e deterioração microarquitetural do tecido ósseo, com um consequente aumento da fragilidade óssea e suscetibilidade de fratura (BONTRAGER, 2005).

O índice T individual é usado para classificar o individuo como normal osteopênico, ou osteoporótico. Normal é definido com um índice T não inferior a – 1,0; osteopênico, com índice T mais baixo que – 1,0, porém mais alto que -2,5; e osteoporótico, com índice T -2,5 ou menor. Uma classificação adicional para

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gravemente osteoporótico é feita para aquelas pessoas cujo índice T é -2,5 ou inferior com uma ou mais fraturas por fragilidade, conforme visualizado no quadro 1.

SUMÁRIO DE CLASSIFICAÇÕES DOS INDICES T INDIVIDUAIS

TERMO INDICE 1 DESCRIÇÃO

Normal Não inferior a -1,0. Massa óssea não inferior a -1,0.

Osteopenia Inferior a -1,0, mas maior que -2,5.

Condição de massa óssea inferior ao normal.

Osteoporose -2,5 ou inferior. Uma disfunção definida pela redução da quantidade de massa óssea inferior a -2,5.

Osteoporose

Grave -2,5 ou inferior. Uma disfunção com redução de massa óssea de -2,5 ou inferior combinada com uma ou mais fraturas por fragilidades

presentes.

Quadro 1- Sumário de Classificações dos Índices Individuais Fonte: Bontrager, 2005.

10. ABSORCIOMETRIA DE RAIOS X POR ENERGIA DUPLA

Vários tipos de equipamentos estão disponíveis, usando vários métodos e técnicas para determinar a densidade mineral óssea ou o conteúdo, sendo Absorciometria de raios X por energia dupla (DEXA) uma das mais utilizadas, (BONTRAGER, 2005).

A absorção de raios X por energia dupla (DEXA) é a técnica mais comum

empregada na prática atual. As bases físicas da DEXA incorporam o uso de raios X de baixa e alta energia para contar o máximo de diferenças de atenuação nos ossos e tecidos de partes moles. Esta atuação pode ser alcançada por meio do uso de

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sistema de troca de energia ou filtros. Os sistemas de troca de energia são alterados pela troca de kilovoltagem de alta por baixa energia. Os filtros usados em conjunto com sistemas de detectores discriminantes separam o feixe de raios X em altamente eficaz e com baixas energias (BONTRAGER, 2005).

Os primeiros destes sistemas usam um feixe de raios X do tipo lápis e um detector. Os sistemas mais recentes de DEXA incluem a construção de feixe em leque com uma faixa de detectores ou, mais recentemente, o método do braço em C. Tais unidades são mais rápidas, e, dependendo da construção do feixe, a varredura pode ser feita em poucos minutos, visto nas figuras 7 e 8.

Figura 7 - Sistema DEXA Figura 8 - Imagem panorâmica DEXA Fonte: Bontrager, 2005. Fonte: Bontrager, 2005.

10.2 DOSES DE RADIAÇÃO

A dose de radiação que o paciente recebe é muito menor que na radiografia convencional. As orientações atuais de exposições médicas para este sistema definem a unidade de exposição em miliSieverts (mSv) A dose efetiva para o exame de Densitometria óssea é de aproximadamente 1 a 30 mSv. A média de dose é ligeiramente maior para a Tomografia computadorizada quantitativa, aproximadamente de 50 a 60 mSv, sendo assim os exames de absorciometria de raios X oferecem informações diagnosticas com riscos muito baixos se comparados aos seus benefícios potenciais.

A Absorciometria de raios X por energia dupla, bem como outras técnicas de densitometria ionizantes, começa com uma imagem panorâmica ou piloto para

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determinar a posição correta e avaliar a presença de artefatos antes da aquisição dos dados. O local selecionado então é analisado, e um relatório de densitometria é coletado, este relatório normalmente contém a imagem mineral óssea, as mensurações da densidade óssea e os padrões de comparação, informação do paciente e os dados de controle de qualidade. A informação coletada é comparada com os dados básicos de densidade óssea, para determinar a presença de osteoporose seguindo os padrões determinados (BONTRAGER, 2005).

11. TRATAMENTO

A melhor forma de tratamento da osteoporose ainda é a prevenção; mas para o tratamento existem medicamentos que agem como agentes terapêuticos atuando na reabsorção óssea, como os anti-reabsortivos (RADOMINSKI, 2004).

Cálcio

O consumo de cálcio aumenta com a atividade física e também é maior na gravidez e lactação. As necessidades diárias variam de acordo com a faixa etária. A principal fonte de cálcio na dieta é o leite e seus derivados, alem de vegetais como espinafre, agrião, brócolis e couve-manteiga.

Supostamente a suplementação isolada do cálcio pode reduzir os riscos de fratura em 10%; a suplementação de cálcio em mulheres entre 35 e 43 anos, prevenindo a perda óssea e a entrada na menopausa com massa óssea maior (RADOMINSKI, 2004).

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Vitamina D

A vitamina D é elaborada na pele pela ação dos raios ultravioletas e migra para o fígado e rins onde ocorrem transformações tornando-a ativa e favorecendo a formação óssea e absorção intestinal do cálcio (RADOMINSKI, 2004).

Reposição Hormonal – Estrógenos

A perda óssea é acelerada após a menopausa. Por um mecanismo não bem entendido, os estrógenos inibem a reabsorção óssea e, possivelmente, possam atuar na formação, também. Melhoram o perfil lipídico, protegem os dentes e o cérebro, diminuem o risco de Alzheimer.

A administração de estrógenos bloqueia a perda acelerada de osso medular que se verifica nos primeiros anos após a menopausa. A reposição hormonal está indicada no início da menopausa e depois, quando a mulher está próxima aos 70 anos. São contraindicados quando existe grande tendência familiar de câncer de mama, história pessoal ou acidente vascular cerebral (RADOMINSKI, 2004).

Moduladores Seletivos dos Receptores de Estrógeno (SERMs)

Produzem agonismo estrogênico em alvos desejados, como ossos e fígado e antagonismo nas mamas e útero. As drogas mais utilizadas são o tamoxifeno e o raloxifeno (RADOMINSKI, 2004).

Bisfosfonatos

Apresentam quimiotactismo pela superfície do osso, diminuem a reabsorção e podem aumentar a formação óssea, sendo o mais utilizado em maior frequência atualmente os alendronatos (RADOMINSKI, 2004),

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Fluoreto de Sódio

Aumenta a mineralização do osso trabecular e juntamente com a vitamina D potencializa a ação nos osteoblastos (RADOMINSKI, 2004).

Atividade Física

Os exercícios físicos de fortalecimento muscular melhoram a propriocepção diminuindo a incidência de quedas, que juntamente com os exercícios aeróbios de baixo impacto, como caminhadas, estimulam a formação osteoblástica e previnem a reabsorção. O benefício da atividade física pode evitar perda óssea que ocorre com a inatividade reduzindo o risco de fraturas, mas em casos em que já ocorre a osteoporose pode ser combinada ao tratamento medicamentoso já prescrito (RADOMINSKI,).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Atualmente pode-se observar que a idade avançada, menopausa e o índice de baixa densidade óssea, estão associados às causas de fraturas por fragilidade óssea. O uso clínico deste exame na identificação desta patologia é uma das principais estratégias de controle da osteoporose, sendo que a utilização da densitometria tem como objetivo ajudar ou minimizar as consequências decorrentes desta doença, quanto do diagnóstico precoce da doença.

As estratégias para prevenção da osteoporose devem ser estabelecidas antes do período de menopausa, idade em que se inicia a perda de massa óssea, incluindo modificações no estilo de vida e alimentação, controle do uso de medicamentos e a prática regular de atividade física.

Portanto, adotando esta nova realidade, é possível prevenir-se adotando medidas que evitem a manifestação da osteoporose e promovendo o bem estar físico e mental.

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REFERÊNCIAS

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Referências

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