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Boletim. Federal. Manual de Procedimentos. IPI - Sped - NF-e - Preenchimento. ICMS - IPI e Outros 1. INTRODUÇÃO 3. DANFE 2.

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Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

IPI - Sped - NF-e - Preenchimento

SUMÁRIO 1. Introdução 2. Conceito 3. Danfe

4. Requisitos técnicos

5. Preenchimento dos campos relacionados ao IPI

1. INTRODUÇÃO

A implantação da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) pe-los agentes da administração tributária tem como obje-tivo principal a utilização de um modelo nacional de do-cumento fi scal eletrônico que substitua a sistemática de emissão do documento fi scal em papel, modelos 1 e 1-A, com validade jurídica garantida pela

assina-tura digital do emitente, simplifi cando as obrigações acessórias dos con-tribuintes e permitindo, ao mesmo tempo, o acompanhamento em tempo real das operações co-merciais pelo Fisco.

A NF-e e o Documento Au-xiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe) foram instituídos pelo Ajus-te Sinief no 7/2005, para utilização pelos

contribuintes do IPI e do ICMS, em

substitui-ção à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, e à Nota Fiscal de Produtor, modelo 4.

A utilização da NF-e, em substituição à Nota Fis-cal de Produtor, modelo 4, somente poderá ser feita pelos contribuintes que tenham inscrição estadual e estejam inscritos no Cadastro Nacional de Pessoa Ju-rídica (CNPJ).

(Ajuste Sinief no 7/2005, cláusula primeira, caput, § 4o)

2. CONCEITO

A NF-e é o documento de existência exclusi-vamente digital, emitido e armazenado

eletronica-mente, com o intuito de documentar as operações de circulação de mercadorias ou as prestações de serviços, cuja validade jurídica é garantida pela as-sinatura digital do emitente e a autorização de uso, fornecida pela administração tributária do domicílio do contribuinte.

(Ajuste Sinief no 7/2005, cláusula primeira, § 1o)

3. DANFE

Para acompanhar o trânsito da mercadoria será impressa uma representação gráfi ca simplifi cada da NF-e, intitulada Danfe, geralmente em papel

co-mum, em via única, o qual conterá impressos, em destaque, a chave de acesso e o código de barras linear, tomando-se por referência o padrão

CODE-128C, para facilitar e agilizar a consulta à NF-e na Internet e a respectiva confi rmação de informações pelas unidades fi scais e contribuintes desti-natários.

O Danfe não é nota fi scal, nem a substitui, servindo apenas como ins-trumento auxiliar para consulta da NF-e, pois contém a chave de acesso que permite ao detentor desse documento confi rmar, através da página da Se-cretaria de Fazenda Estadual, ou da Receita Federal do Brasil, a efetiva existência de uma NF-e que tenha tido seu uso regularmente autorizado.

Este documento foi instituído pelo caput da cláusula nona do Ajuste Sinief no 7/2005,

obede-cendo ao leiaute estabelecido no Manual de Inte-gração do Contribuinte - NF-e, destinado, confor-me já confor-mencionamos, a acompanhar o trânsito das mercadorias acobertado por NF-e ou a facilitar a consulta da NF-e.

(Ajuste Sinief no 7/2005, cláusula nona, caput) o do documento fi scal em papel, modelos 1 e 1-A,

dica garantida pela assina-tura digital do emitente, simplifi cando

rias dos

con-dos pelo Ajus-o pelAjus-os contribuintes do IPI e do ICMS, em

substitui-mum, em via única, o qual conter

em destaque, a chave de acesso e o código de barras linear, tomando-se

por refer

128C, para facilitar e agilizar a consulta

a respectiva confi rma informa

fi scais e contribuintes desti-nat

O Danfe n

a substitui, servindo apenas como ins-trumento auxiliar para consulta da NF-e, pois

A NF-e é um documento de existência exclusivamente digital, emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar as operações de circulação de mercadorias ou as prestações de serviços, cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital

do emitente e a autorização de uso, fornecida pela administração tributária do domicílio

do contribuinte

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4. REQUISITOS TÉCNICOS

Na elaboração do arquivo NF-e é utilizado o padrão de documento XML (eXtensible Markup Language), cujo significado pode ser traduzido como uma recomendação da W3C para gerar linguagens de marcação com vistas a atender necessidades especiais (linguagem de compu-tador).

A especificação do documento XML adotada é a recomendação W3C para XML 1.0, disponí-vel na Internet em www.w3.org/TR/REC-xml, e a codificação dos caracteres é realizada em UTF-8, assim todos os documentos XML iniciam-se com a seguinte declaração: <?xml version=“1.0” encoding=“UTF-8”?>. Exemplo: - <IPI> <cEnq>999</cEnq> - <IPITrib> <CST>50</CST> <vBC>1368.00</vBC> <pIPI>10.00</pIPI> <vIPI>136.80</vIPI> </IPITrib> </IPI>

Lembra-se que cada arquivo XML somente po-derá ter uma única declaração <?xml version=“1.0” encoding=“UTF-8”?>.

Nas situações em que um documento XML possa conter outros do mesmo tipo, como ocorre com o do-cumento XML de lote de envio de NF-e, deve-se tomar o cuidado para que exista uma única declaração no início do lote.

Na geração do arquivo XML da NF-e, excetuados os campos identificados como obrigatórios no mode-lo, não deverá ser incluída a TAG (palavra-chave) de

campo com conteúdo zero (para campos tipo numéri-co) ou vazio (para campos tipo caractere).

Essa regra deverá estender-se para os campos em que não haja indicação de obrigatoriedade, mas cujo preenchimento, no entanto, se torne obrigatório por estar condicionado à legislação específica ou ao negócio do contribuinte. Neste caso, deverá constar a TAG com o valor correspondente e, para os demais campos, deverão ser eliminadas as TAG.

É importante destacar, por outro lado, que o Ato Cotepe/ICMS no 36/2010 alterou o Ato Cotepe/ICMS

no 49/2009, que dispõe sobre as especificações

téc-nicas da NF-e, do Danfe e dos pedidos de conces-são de uso, cancelamento, inutilização e consulta a cadastro, via webservices, conforme disposto no Ajuste Sinief no 7/2005, que instituiu a NF-e,

revogan-do, a contar de 1o.04. 2011, o Ato Cotepe/ICMS no

3/2009 e estipulando o uso, pelo contribuinte, das disposições técnicas estabelecidas no Manual de Integração do Contribuinte - NF-e, versão 3.0, até o dia 31.03.2011.

Portanto, desde 1o.04.2011, devem ser

observa-das as orientações contiobserva-das no Manual de Integração do Contribuinte - NF-e, versão 4.0.1, aprovado pelo art. 1o do citado Ato Cotepe/ICMS no 49/2009.

(Ajuste Sinief no 7/2005; Ato Cotepe/ICMS no 3/2009; Ato

Cotepe/ICMS no 49/2009; Ato Cotepe/ICMS no 36/2010; Manual

de Integração do Contribuinte - NF-e, Anexo I)

5. PREENCHIMENTO DOS CAMPOS RELACIONADOS AO IPI

O preenchimento dos diversos campos da NF-e é feito em consonância com as orientações do ma-nual de integração, entre as quais enfatizamos as do Anexo I, que trata do leiaute desse documento fiscal, em especial no que se refere ao IPI, conforme o qua-dro a seguir reproduzido:

O - Imposto sobre Produtos Industrializados

# ID Campo Descrição Ele Pai Tipo Ocorrência Tamanho Dec Observação

246 O01 IPI Grupo do IPI CG M01 0-1 Informar apenas quando o item for sujeito ao IPI

247 O02 clEnq Classe de enquadramento do

IPI para Cigarros e Bebidas E O01 C 0-1 5 Preenchimento conforme Atos Normativos editados pela Receita Federal

248 O03

CNPJ-Prod CNPJ do produtor da merca-doria, quando diferente do emitente. Somente para os casos de exportação direta ou indireta

(3)

Observe-se que, no subitem 5.1.1 do manual de in-tegração, consta a tabela de códigos de erros e descri-ções de mensagens de erros, entre os quais destaca-mos, como exemplo, os seguintes códigos de rejeição: a) 203 - Emissor não habilitado para emissão da NF-e; b) 207 - CNPJ do emitente inválido;

c) 208 - CNPJ do destinatário inválido;

d) 212 - Data de emissão da NF-e posterior à data de recebimento;

e) 220 - NF-e autorizada há mais de 7 dias (168 horas);

f) 226 - Código da Unidade da Federação (UF) do emitente diverge da UF autorizadora; g) 228 - Data de emissão muito atrasada;

h) 253 - Dígito verificador da chave de acesso composta inválida;

i) 257 - Solicitante não habilitado para emissão da NF-e; e

j) 999 - Erro não catalogado (informar a mensa-gem do erro capturado no tratamento da exce-ção).

É válido acrescentar que a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) não divulgou ainda a tabela de código de enquadramento legal do IPI, devendo, na hipótese do código 251 inserido na 1a coluna da

tabela anteriormente reproduzida, ser informado o número 999, conforme orientação constante na co-luna “Observação” da mesma tabela.

(Ajuste Sinief no 7/2005, cláusula terceira; Manual de

Inte-gração do Contribuinte - NF-e, Anexo I)

O - Imposto sobre Produtos Industrializados

# ID Campo Descrição Ele Pai Tipo Ocorrência Tamanho Dec Observação 249 O04 cSelo Código do selo de controle

IPI E O01 C 0-1 1-60 Preenchimento conforme AtosNormativos editados pela Receita Federal

250 O05 qSelo Quantidade de selo de

con-trole E O01 N 0-1 1-12

251 O06 cEnq Código de Enquadramento

Legal do IPI E O01 C 1-1 1-3 Tabela a ser criada pela RFB, infor-mar 999 enquanto a tabela não for criada

252 O07 IPITrib Grupo do CST 00, 49, 50 e 99 CG O01 1-1 Informar apenas um dos grupos O07 ou O08 com base valor atribuí-do ao campo O09 - CST atribuí-do IPI 253 O09 CST Código da situação tributária

do IPI E O07 C 1-1 2 00-Entrada com recuperação de crédito 49-Outras entradas

50-Saída tributada 99-Outras saídas

254 O10 vBC Valor da BC do IPI CE O07 N 1-1 15 2 Informar os campos O10 e O13 caso o cálculo do IPI seja por alí-quota ou os campos O11 e O12 caso o cálculo do IPI seja valor por unidade

255 O11 qUnid Quantidade total na unidade padrão para tributação (so-mente para os produtos tribu-tados por unidade)

CE O07 N 1-1 16 4

256 O12 vUnid Valor por Unidade Tributável CE O07 N 1-1 15 4

257 O13 pIPI Alíquota do IPI CE O07 N 1-1 5 2

259 O14 vIPI Valor do IPI E O07 N 1-1 15 2

260 O08 IPINT Grupo do CST 01, 02, 03, 04,

51, 52, 53, 54 e 55 CG O01 1-1 261 O09 CST Código da situação tributária

do IPI E O08 C 1-1 2 01-Entrada tributada com alíquota zero 02-Entrada isenta

03-Entrada não tributada 04-Entrada imune

05-Entrada com suspensão 51-Saída tributada com alíquota zero

52-Saída isenta 53-Saída não tributada 54-Saída imune

(4)

ICMS - Apropriação do crédito nas

aquisições de mercadorias fornecidas

por empresas optantes pelo Simples

Nacional

SUMÁRIO 1. Introdução

2. Crédito pelas empresas do simples 3. Crédito pelos adquirentes

4. Alíquota 5. Inaplicabilidade

6. Utilização indevida de crédito

1. INTRODUÇÃO

A Secretaria Executiva do Comitê Gestor do Simples Nacional informou em 02.02.2011 que o Simples Nacional, programa que unifica o pagamento de tributos para micro, pequenas empresas e para o empreendedor individual, terminou o mês de janeiro de 2011 com 4,7 milhões de empresas inscritas.

No fim de 2009, segundo dados da Receita Fede-ral, havia 3,38 milhões de empresas inscritas no pro-grama. Desse modo, houve um crescimento de cerca de 1,3 milhão de empresas neste período, dos quais aproximadamente 1,2 milhão de microempresas fize-ram a opção no ano passado e 80 mil tivefize-ram seu pedido validado em janeiro deste ano.

Tendo em vista a quantidade de estabelecimentos optante pelo regime, o comércio entre as empresas fora da sistemática simplificada e as do Simples Na-cional vêm aumentando continuamente.

Neste procedimento, trataremos da hipótese de crédito do ICMS pelas empresas fora do sistema que adquiram mercadorias dos estabelecimentos optan-tes pelo Simples Nacional.

(http://www.ms.agenciasebrae.com.br/noticia.kmf?canal= 733&cod=11472704&indice=0)

2. CRÉDITO PELAS EMPRESAS DO SIMPLES

As microempresas (ME) e as empresas de peque-no porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional:

a) não farão jus à apropriação nem transferirão créditos do ICMS, inclusive deverão estornar o saldo credor do ICMS relativo ao mês anterior ao da migração automática ou da opção pelo Simples Nacional;

b) não poderão utilizar nem destinar qualquer va-lor a título de incentivo fiscal.

(RICMS-AL/1991, art. 748-G, caput)

3. CRÉDITO PELOS ADQUIRENTES

Para os fatos geradores ocorridos a partir de 1o.01.2009, as pessoas jurídicas e aquelas a elas

equiparadas pela legislação tributária, não optan-tes pelo Simples Nacional, terão direito a crédito correspondente ao ICMS incidente sobre as suas aquisições de mercadorias de ME ou EPP optan-te pelo Simples Nacional, desde que destinadas a comercialização ou industrialização e observado, como limite, o ICMS efetivamente devido pelas op-tantes pelo Simples Nacional em relação a essas aquisições.

A ME ou a EPP optante pelo Simples Nacional que emitir documento fiscal com direito ao crédito consig-nará no campo destinado às informações comple-mentares ou, em sua falta, no corpo do documento, por qualquer meio gráfico indelével, a expressão: “permite o aproveitamento do crédito de ICMS no va-lor de R$...; correspondente à alíquota de ...%, nos termos do art. 23 da LC 123”.

(RICMS-AL/1991, art. 748-G, §§ 1o e 2o)

4. ALÍQUOTA

A alíquota aplicável ao cálculo do crédito corres-ponderá:

a) ao percentual de ICMS previsto nos Anexos I ou II da Lei Complementar no 123/2006, para a

faixa de receita bruta a que ela estiver sujeita no mês anterior ao da operação;

b) na hipótese de a operação ocorrer no mês de início de atividades da ME ou EPP op-tante pelo Simples Nacional, ao percentual de ICMS referente à menor alíquota prevista nos Anexos I ou II da Lei Complementar no

123/2006.

Na hipótese de o Estado conceder redução nos ter-mos da Lei Complementar no 123/2006, art. 18, § 20, a

alíquota será aquela considerando a respectiva redução.

(RICMS-AL/1991, art. 748-G, §§ 3o e 4o)

(5)

5. INAPLICABILIDADE

Não se aplica o crédito quando:

a) a ME ou a EPP estiver sujeita à tributação do ICMS no Simples Nacional por valores fixos mensais;

b) a ME ou a EPP não informar a alíquota no do-cumento fiscal;

c) houver isenção estabelecida pelo Estado nos termos da Lei Complementar no 123/2006, art.

18, § 20, que abranja a faixa de receita bruta a que a ME ou a EPP estiver sujeita no mês da operação, conforme a isenção descrita no tópico 7;

d) a operação ou a prestação for imune ao ICMS;

e) a ME ou a EPP considerar, por opção, que a base de cálculo sobre a qual serão calculados os valores devidos no Simples Nacional será representada pela receita recebida no mês, na forma da Resolução CGSN no 38/2008.

(RICMS-AL/1991, art. 748-G, § 5o)

6. UTILIZAÇÃO INDEVIDA DE CRÉDITO

Na hipótese de utilização de crédito, de maneira indevida ou a maior, o destinatário da operação estor-nará o crédito respectivo, sem prejuízo de eventuais sanções ao emitente nos termos da legislação do Simples Nacional.

(RICMS-AL/1991, art. 748-G, § 6o)

IOB Entende

ESTADUAL

Simples Nacional - Diferencial de

alíquotas nas remessas provenientes

de Unidade da Federação com previsão

de benefício fiscal não disciplinado por

convênio ICMS

Nos termos da Resolução

CGSN n

o

4/2007, art.

5

o

, § 1

o

, XIII, “h”, independentemente do

recolhi-mento feito pelo regime do Simples Nacional, os

contribuintes deverão recolher, conforme dispuser

a legislação para as demais pessoas, o ICMS

devi-do

nas aquisições em outras Unidades da Federação de bens ou mercadorias não sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto relativo à di-ferença entre a alíquota interna e a interestadual.

Assim, toda microempresa (ME) ou empresa de pequeno porte (EPP) que adquirir mercadorias em operações interestaduais deverá fazer o recolhimen-to do diferencial de alíquotas apartado do regime do Simples Nacional.

Todavia, surge na legislação de algumas Unida-des da Federação a hipótese de fruição de crédito presumido do imposto, inclusive nas operações inte-restaduais, sem previsão de convênio ICMS, atitude

essa em desconformidade com as disposições da Lei Complementar no 24/1975, especialmente o art. 1o,

parágrafo único, III.

O contribuinte beneficiado pelo mencionado cré-dito presumido reduz o imposto cobrado em cada operação, diminuindo, consequentemente, o valor da mercadoria e adquirindo vantagem econômica indevi-da sobre os contribuintes de outras Uniindevi-dades indevi-da Fe-deração que não podem usufruir deste benefício.

Chamados à contenda, alguns tribunais já deci-diram que, na hipótese de concessão de benefício não previsto em convênio ICMS, o estabelecimento recebedor da mercadoria não pode se apropriar do crédito transferido indevidamente.

Para exemplificar, reproduzimos acórdão que de-monstra tal entendimento:

Acórdão No 70030229066 de Tribunal de Justiça do RS -

Primeira Câmara Cível, de 12 agosto 2009 Apelação Cível

Magistrado Responsável: Irineu Mariani

APELAÇÃO CÍVEL. ICMS. OPERAÇÕES INTERESTA-DUAIS. BENEFÍCIOS FISCAIS. CRÉDITO PRESUMIDO. TRANSFERÊNCIA PARA FILIAL NO ESTADO DE DESTINO SEM PRÉVIO CONVÊNIO. APROVEITAMENTO. AUTO DE LANÇAMENTO. MULTA.

(6)

IOB Perguntas e Respostas

AL/ICMS - Cadastro de contribuintes - Produtor rural - Conceito

1) Qual é o conceito de produtor rural para efeito de inscrição estadual?

Considera-se produtor rural o empresário rural, pessoa natural, não equiparado a comer-ciante ou industrial, que realize profissionalmente atividade agropecuária, de extração e explora-ção vegetal ou animal, de pesca ou de armador de pesca.

(Instrução Normativa SEF no 17/2007, art. 24-A, § 1o)

AL/ICMS - Cadastro de contribuintes - Produtor rural - Legislação

2) Qual é a legislação que o produtor rural deverá verificar para solicitar a inscrição no cadastro de con-tribuintes do ICMS?

Para solicitar inscrição de estabelecimento no cadastro de contribuintes do ICMS, o produtor ru-ral deverá observar o disposto no art. 14 da Instru-ção Normativa SEF no 17/2007.

(Instrução Normativa SEF no 17/2007, art. 24-C)

1. Operações interestaduais. Benefícios fiscais. Crédito pre-sumido. Transferência para filial no Estado de destino sem prévio convênio.

1.1 A fim de ser possível transferir para filial, no Estado de destino, crédito presumido (rectius, não efetivamente pago) de ICMS, concedido para filial, a título de benefícios fiscais, pelo Estado de origem, é imprescindível a celebração de Convênio entre as Unidades Federativas. Exegese do art. 155, § 2o, VI, e XII, alínea “g”, c/c o art. 1o, parágrafo único,

III, da LC 24/75.

1.2 Se a CF-88 remete a disciplina das isenções, incentivos e benefícios fiscais à lei complementar, há entender como re-cepcionada a LC 24/75, não apenas o art. 1o que (a) institui a

celebração de Convênio entre as entidades federativas e (b) inclui como benefício a concessão de crédito presumido, mas também o art. 8o que estabelece as conseqüências aos

ca-sos de concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais sem observância do art. 1o, dentre elas “a nulidade do ato

e a ineficácia do crédito fiscal atribuído ao estabelecimento recebedor da mercadoria” (inc. I).

1.3 Assim, a legislação do Estado de destino que, em tais circunstâncias, recusa o aproveitamento do crédito, por esta-belecimento em seu território, sem prévia celebração de Con-vênio com o Estado de origem, está conforme a Constituição e a Lei Complementar.

1.4 Consequentemente, o contribuinte de ICMS, com filiais noutras Unidades Federativas, onde as mercadorias são compradas, tendo com estas celebrado Acordos de Regime Tributário Especial, recebendo benefícios fiscais, dentre eles créditos presumidos (rectius, não efetivamente pagos), não pode transferi-los para filial no Estado de destino e fazer o aproveitamento mediante compensação de ICMS devido a este, salvo a celebração de Convênio entre os Entes Fede-rados envolvidos.

2. Apuração do valor.

Correto o procedimento do Fisco do Estado de destino que, na apuração do valor do crédito presumido de ICMS, do qual o contribuinte se apropriou indevidamente, se baseia em cada operação, expurgando o percentual constante de Acordo de Regime Tributário Especial, para fins de benefícios fiscais, celebrado com o Estado de origem, isso porque, pelo Acordo, presume-se, por ser regra, o aproveitamento integral de tais benefícios. Se, eventualmente, o aproveitamento não foi integral (crédito presumido em percentual inferior àquele referido no Acordo), impunha-se, por ser exceção, prova pelo contribuinte, da qual, no caso, não se desincumbiu.

3. Multa.

A apropriação indevida de crédito de ICMS, reduzindo, por decorrência, via compensação, o imposto devido, caracteri-za hipótese de multa qualificada de 120%. Lei-RS 6.537/73, art. 8o, I, alínea “j”.

4. Dispositivo.

Por maioria, apelação desprovida. (Apelação Cível No

70030229066, Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Irineu Mariani, Julgado em 12/08/2009).

Tendo em vista tais posicionamentos, entendemos que, no cálculo para o recolhimento do diferencial de alí-quotas, deverá ser utilizada a diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário da mercadoria e a carga tributária efetivamente cobrada na Unidade da Federação remetente, ou seja, caso haja crédito presumido de 7%, por exemplo, nas saídas interestaduais, numa operação com alíquota interestadual de 12% e alíquota interna do recebedor de 17%, o diferencial de alíquotas a ser reco-lhido pela ME ou pela EPP a favor do Estado recebedor será de 10%, em vez de 5%.

(7)

ICMS - IPI e Outros

Eletrônico IOB

ICMS

PMPF para gasolina C,

diesel

, GLP,

querosene de aviação, AEHC e gás

natural - Divulgação

Foi divulgado o preço médio ponderado a con-sumidor fi nal (PMPF) de gasolina C, diesel, gás lique-feito de petróleo (GLP), querosene de aviação, álcool etílico hidratado combustível (AEHC) e gás natural para as Unidades da Federação indicadas na tabela constante do Ato Cotepe/PMPF no 7/2011, com

aplica-ção a partir de 16.04.2011.

(Ato Cotepe/PMPF no 7/2011 DOU 1 de 08.04.2011 Retifi

-cado no de 11.04.2011)

Para visualizar a íntegra do(s) ato(s) citado(s), acesse o conteúdo da Biblioteca Legislativa IOB, pelo link disponível no Site do Cliente.

IOF

Alíquotas - Operações de câmbio

- Cartão de crédito - Aquisições do

exterior - Esclarecimento

Por meio do Ato Declaratório Interpretativo RFB no

39/2011, foi determinado que sejam tributadas pelo IOF, à alíquota de 6,38%, as operações de câmbio des-tinadas ao cumprimento de obrigações de administra-doras de cartão de crédito ou de bancos comerciais ou múltiplos na qualidade de emissores de cartão de crédito, decorrentes de aquisição de bens e serviços do exterior e liquidadas a partir de 28.04.2011.

(Ato Declaratório Interpretativo RFB no 39/2011 - DOU 1 de

06.04.2011)

Para visualizar a íntegra do(s) ato(s) citado(s), acesse o conteúdo da Biblioteca Legislativa IOB, pelo link disponível no Site do Cliente.

Alíquotas - Operações de

câmbio - Empréstimo externo -

Alteração

Foi alterado o inciso XXII do art. 15-A do Decreto no 6.306/2007, no sentido de modifi car o prazo

míni-mo de 360 para 720 dias, para efeito de tributação do IOF, à alíquota de 6%, nas liquidações de ope-rações de câmbio contratadas desde 07.04.2011, referente a empréstimo externo, sujeito a registro no Banco Central do Brasil, contratado de forma direta ou mediante emissão de títulos no mercado inter-nacional.

(Decreto no 7.457/2011 - DOU 1 de 07.04.2011)

Para visualizar a íntegra do(s) ato(s) citado(s), acesse o conteúdo da Biblioteca Legislativa IOB, pelo link disponível no Site do Cliente.

Alíquotas - Operações de crédito -

Pessoas físicas - Majoração

Foi alterado o art. 7o, I a V e VII, do Regulamento

do IOF (Decreto no 6.306/2007), no sentido de elevar

a alíquota de 0,0041% para 0,0082% nas operações de crédito sob qualquer modalidade, inclusive abertu-ra de crédito, paabertu-ra mutuário pessoa física, bem como nas operações de fi nanciamento para aquisição de imóveis não residenciais em que o mutuário seja pes-soa física.

(Decreto no 7.458/2011 - DOU 1 de 08.04.2011)

Para visualizar a íntegra do(s) ato(s) citado(s), acesse o conteúdo da Biblioteca Legislativa IOB, pelo link disponível no Site do Cliente.

(8)

IPI

TIPI - Alteração - Inclusão e exclusão

de códigos

Foram incluídos os códigos de classificação constantes do Anexo Único ao Ato Declaratório Executivo RFB no 4/2011 (3925.90, 3925.90.10 e

3925.90.90) e suprimido o código 3925.90.00 da

Tabela de Incidência do IPI (TIPI), aprovada pelo Decreto no 6.006/2006, com efeitos retroativos a

1o.04.2011.

(Ato Declaratório Executivo RFB no 4/2011 - DOU 1 de

06.04.2011)

Para visualizar a íntegra do(s) ato(s) citado(s), acesse o conteúdo da Biblioteca Legislativa IOB, pelo link disponível no Site do Cliente.

IOB

Atualiza Estadual

ICMS

Prodesin - Devolução do imposto -

Valor para crédito nas operações com

farinha de trigo ou mistura de farinha

de trigo - Fevereiro/2011

O ato em fundamento divulgou os valores do ICMS para farinha de trigo ou mistura de farinha de trigo, que servirão de base para o cálculo do incentivo fiscal

da devolução do imposto relativo ao mês de feverei-ro/2011, para fins de aplicação das disposições conti-das nos arts. 23-A a 23-E do Decreto no 38.394/2000,

o qual regulamenta a concessão de incentivos no âm-bito do Programa de Desenvolvimento Integrado do Estado de Alagoas (Prodesin).

(Portaria SRE no 21/2011 - DOE AL de 08.04.2011)

Para visualizar a íntegra do(s) ato(s) citado(s), acesse o conteúdo da Biblioteca Legislativa IOB, pelo link disponível no Site do Cliente.

(9)

Substituição tributária - Betume e

asfalto - Levantamento de estoque

existente em 31.01.2011

Os estabelecimentos que possuíam em estoque, em 31.01.2011, betume e asfalto (NBM/SH 2713 e 2714) sem terem efetuado retenção ou recolhimento do imposto a título de substituição tributária deverão, para fins de apuração e pagamento do imposto relati-vo às operações subsequentes:

a) levantar o estoque existente na referida data e elaborar relação dos produtos;

b) entregar a referida relação na Gerência Regional de Administração Fazendária (Graf) até 15.04.2011; c) calcular o ICMS devido por substituição tributária; d) recolher o imposto devido até 22.04.2011; e) registrar demonstrativo do imposto a recolher

no campo “Observações” do livro Registro de Apuração do ICMS.

(Instrução Normativa SEF no 14/2011 - DOE AL de

05.04.2011)

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