Fabricação de Bicicletas
(Subclasse 35420 da CAE Rev 2.1)
1 - Âmbito
2 - Caracterização do sector
Empresas, Pessoal ao Serviço, Volume de Negócios e VAB Peso do sector na Indústria Transformadora
3 - Comércio internacional do sector 4 – Principais Produtos Exportados 5 – Principais Produtos Importados
6 – Associação Empresarial / Centro de I&D
7 – Fabricantes de Bicicletas e Principais Componentes
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-1 – ÂMBITOA Classificação das Actividades Económicas, concretamente a CAE Rev 2.1, integra a produção nacional de bicicletas e das respectivas partes e componentes, na Subclasse
35420 - Fabricação de Bicicletas.
Este agregado, juntamente com o da fabricação de motociclos e ciclomotores, e respectivas partes e componentes (Subsecção 35410), e com o da fabricação de veículos para deficientes, designadamente cadeiras de rodas ou outros (Subsecção 35430), constituem o Grupo 354 - Fabricação de Motociclos e Bicicletas, classificado na Secção D - Indústria Transformadora, na Subsecção DM - Fabricação de Material de Transporte, concretamente na Divisão 35 - Fabricação de Outro Material de Transporte.
Nesta data, a informação estatística disponibilizada pelo INE reporta a 2006, ao nível das Subclasses, mas não está disponível, ao nível da respectiva Divisão, quanto ao pessoal ao serviço, ao volume de negócios e ao VAB.
Importa ainda referir que, a partir de 2004, o INE procedeu a uma reformulação na produção das estatísticas relativas às empresas, pelo que a evolução de 2003 para 2004 deve ser encarada com reserva, particularmente no que reporta ao número de empresas. Ao longo do documento, todas as referências a importações e a exportações devem ser entendidas, respectivamente, como o somatório das chegadas provenientes da UE com as importações provenientes de Países extra-UE, e como o somatório das expedições para a UE com as exportações para Países extra-UE.
2 – CARACTERIZAÇÃO DO SECTOR
Ao longo dos anos em análise, como se observa no Quadro 1, a Fabricação de Outro Material de Transporte (Divisão 35) representou sempre, no âmbito da Indústria Transformadora, entre 0,5% e 1,3%, em todos os parâmetros mencionados, sendo que o número de empresas nunca atingiu o nível de 1%, enquanto o pessoal ao serviço, o volume de negócios e o VAB nunca desceram abaixo daquela taxa.
No contexto da Fabricação de Material de Transporte (DM), composta pela Divisão 34 - Fabricação de Veículos Automóveis, Reboques e Semi-reboques e pela Divisão 35, a dimensão desta última é menos relevante, devido ao peso que o sector automóvel tem na estrutura produtiva do País, designadamente quanto à dimensão e facturação das respectivas unidades fabris.
Considerando apenas o sector da Fabricação de Bicicletas, que compreende o fabrico de velocípedes sem motor e engloba também o fabrico das respectivas partes, peças e acessórios, pode ainda observar-se a sua fraca representatividade no contexto da indústria transformadora em geral, e mesmo uma relativa expressão quanto à Divisão,
principalmente no que se refere ao número de empresas (apenas 4,9% em 2006), já que a parcela mais significativa neste agregado é constituída pelos sectores responsáveis pela construção e reparação de embarcações.
Quadro 1
Fabricação de Bicicletas
Até 2003, o comportamento do sector responsável pelo fabrico de bicicletas foi globalmente positivo, aumentou a sua posição no contexto da Divisão e averbou consideráveis taxas de crescimento, superiores às registadas no âmbito da Subsecção DM e também da Indústria Transformadora.
Ultrapassando o comportamento revelado em 2004, face ao ano anterior, pelo motivo atrás referido, em 2005 registou-se uma estagnação quanto ao número de empresas, mas taxas de crescimento positivas nos restantes parâmetros.
Contudo, o ano 2006 revelou uma inversão deste cenário, o número de empresas diminuiu -7,3%, taxa de variação relativamente semelhante à registada no contexto em
02/01 03/02 04/03 05/04
EMPRESAS
D - Indústria Transformadora 72 364 78 790 78 431 102 723 104 262 97 958 8,9 -0,5 31,0 1,5 -6,0 DM - Fabricação de Material de Transporte 783 767 772 1 267 1 409 1 286 -2,0 0,7 64,1 11,2 -8,7
Por Divisões da CAE
35 - Fabricação de Outro Material de Transporte 354 359 338 758 897 777 1,4 -5,8 124,3 18,3 -13,4 Peso no total da Indústria Transformadora (%) 0,5 0,5 0,4 0,7 0,9 0,8
Por Subclasses da CAE
35420 - Fabricação de Bicicletas 29 30 34 41 41 38 3,4 13,3 20,6 0,0 -7,3
Peso no Total da Divisão 35 (%) 8,2 8,4 10,1 5,4 4,6 4,9 PESSOAL AO SERVIÇO
D - Indústria Transformadora 909 921 911 635 886 253 872 583 868 881 830 116 0,2 -2,8 -1,5 -0,4 -4,5 DM - Fabricação de Material de Transporte 34 874 35 987 34 168 33 864 33 744 32 895 3,2 -5,1 -0,9 -0,4 -2,5
Por Divisões da CAE
35 - Fabricação de Outro Material de Transporte 11 570 12 020 11 173 10 555 10 616 3,9 -7,0 -5,5 0,6 -100,0 Peso no total da Indústria Transformadora (%) 1,3 1,3 1,3 1,2 1,2
Por Subclasses da CAE
35420 - Fabricação de Bicicletas 950 930 1233 1 265 1 342 849 -2,1 32,6 2,6 6,1 -36,7 Peso no Total da Divisão 35 (%) 8,2 7,7 11,0 12,0 12,6
VOLUME DE NEGÓCIOS [1]
D - Indústria Transformadora 63 684 68 413 69 187 71 398 73 103 76 908 7,4 1,1 3,2 2,4 5,2 DM - Fabricação de Material de Transporte 5 586 5 503 5 363 5 105 5 066 5 037 -1,5 -2,5 -4,8 -0,8 -0,6
Por Divisões da CAE
35 - Fabricação de Outro Material de Transporte 656 650 879 791 786 -0,9 35,2 -10,0 -0,6 -100,0 Peso no total da Indústria Transformadora (%) 1,0 1,0 1,3 1,1 1,1
Por Subclasses da CAE
35420 - Fabricação de Bicicletas 49 56 147 159 172 71 14,3 162,5 8,2 8,2 -58,7 Peso no Total da Divisão 35 (%) 7,5 8,6 16,7 20,1 21,9
VAB [1]
D - Indústria Transformadora 17 930 18 265 18 470 18 747 18 629 18 713 1,9 1,1 1,5 -0,6 0,5 DM - Fabricação de Material de Transporte 1 147 1 128 1 019 1 005 998 994 -1,7 -9,7 -1,4 -0,7 -0,4
Por Divisões da CAE
35 - Fabricação de Outro Material de Transporte 234 244 223 237 239 4,3 -8,6 6,3 0,8 -100,0 Peso no total da Indústria Transformadora (%) 1,3 1,3 1,2 1,3 1,3
Por Subclasses da CAE
35420 - Fabricação de Bicicletas 15 16 30 32 35 18 6,7 87,5 6,7 9,4 -48,6
Peso no Total da Divisão 35 (%) 6,4 6,6 13,5 13,5 14,6 Nota: [1] - Valores em milhões de Euros
Fonte: INE (2001 a 2003 - Estatísticas das Empresas; 2004 a 2006 - Sistema de Contas Integradas das Empresas)
Taxas de variação 06/05 2006
Fabricação de Bicicletas
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-que se insere o sector, mas o pessoal ao serviço, o volume de negócios, e também o VAB, registaram acentuados decréscimos face a 2005, de -36,7%, -58,7% e -48,6%, respectivamente.
Quer em termos geográficos, quer do número de empresas e de trabalhadores, esta indústria está praticamente toda localizada na região Centro, de acordo com a classificação do INE por regiões NUTs II, designadamente no distrito de Aveiro, na região de Águeda.
Segundo a associação empresarial do sector, a produção nacional anual, assegurada por cerca de 30 empresas, ronda, aproximadamente, um milhão de bicicletas sendo o consumo interno estimado da ordem das 300 mil unidades.
Contudo, segundo informação contida no site da AICEP Portugal Global, existem 23 empresas exportadoras de bicicletas e respectivos componentes, entre fabricantes e exportadores, com a mesma concentração geográfica.
3 – COMÉRCIO INTERNACIONAL DO SECTOR
Relativamente ao comércio internacional, não é possível construir a balança comercial do sector estritamente relacionado com o fabrico de bicicletas, por não estar disponível a respectiva informação estatística desagregada ao nível das subclasses.
Porém, considerando este sector em conjunto com o da fabricação de motociclos, ou seja, o Grupo 354 - Fabricação de Motociclos e Bicicletas, segundo a designação da CAE, foi possível recolher informação relativa às respectivas trocas comerciais, disponível até 2007, enquadrá-las no contexto da Subsecção DM e no comércio internacional global, bem como construir a respectiva balança comercial (Quadro 2).
Quadro 2
Comércio internacional do Grupo 354 - Fabricação de Motociclos e Bicicletas
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2001 2007 2001 2007 Média 01-05 06/05 IMPORTAÇÕES
TOTAL GERAL 44 093 42 466 41 754 45 861 47 678 51 329 55 460 100,0 100,0 2,0 7,7 8,0 DM - Fabricação de Material de Transporte 7 029 6 269 6 006 6 915 6 442 6 431 7 076 15,9 12,8 100,0 100,0 -2,2 -0,2 10,0
Por Divisões da CAE
35 - Fabricação de Outro Material de Transporte 860 478 745 924 754 642 899 2,0 1,6 12,2 12,7 -3,2 -14,9 40,0
Por Grupos da CAE
354 - Fabricação de Motociclos e Bicicletas 120 120 116 135 143 160 204 0,3 0,4 1,7 2,9 4,5 11,9 27,5
EXPORTAÇÕES
TOTAL GERAL 26 918 27 398 28 092 29 576 29 692 33 639 36 712 100,0 100,0 2,5 13,3 9,1 DM - Fabricação de Material de Transporte 4 390 4 284 4 483 4 735 4 423 4 674 4 923 16,3 13,4 100,0 100,0 0,2 5,7 5,3
Por Divisões da CAE
35 - Fabricação de Outro Material de Transporte 441 334 460 645 482 297 476 1,6 1,3 10,0 9,7 2,2 -38,4 60,3
Por Grupos da CAE
354 - Fabricação de Motociclos e Bicicletas 75 71 96 109 122 135 187 0,3 0,5 1,7 3,8 12,9 10,7 38,5
Fonte: Dados extraídos do site do GEE em 24/7/2008
Taxas de variação Fabricação de Motociclos e Bicicletas
(Grupo 354)
Milhões de Euros Peso no TOTAL (%)
Peso na Subsecção
DM (%)
Entre 2001 e 2005, as exportações do grupo cresceram à taxa média de +12,9%, em contraste com o comportamento global das restantes exportações da Subseccção DM, que se mantiveram praticamente estáveis, e no último ano registaram mesmo um crescimento de +38,5% face a 2006, o que levou a que o seu peso, no âmbito da subsecção, tenha subido mais de dois pontos percentuais, ou seja, passou de 1,7% em 2001 para 3,8% em 2007.
Também no contexto nacional, o peso das exportações dos produtos que compõem este grupo, face ao valor total das exportações do País, aumentou ligeiramente, de 0,3% em 2001, para 0,5% em 2007, contrariando a tendência da subsecção, que representava 16,3% e passou para 13,4%, respectivamente.
Do lado das importações, o grupo registou também taxas de crescimento positivas, ainda que bem mais moderadas do que as correspondentes nas exportações, quer na média dos anos em análise, +4,5%, quer nos dois últimos anos, face aos anteriores, +11,9% e +27,5%.
O peso deste comércio, relativamente ao total nacional, manteve-se no mesmo nível (entre 0,3% e 0,4%), ao contrário do da subsecção, que em 2007 correspondia a 12,8% na estrutura das importações do País, contra 15,9% em 2001, mas aumentou mais de um ponto percentual na estrutura da subsecção, passando de 1,7%, em 2001, para 2,9%, em 2007.
A balança comercial do grupo tem sido sempre deficitária ao longo dos anos em análise, ainda que tendencialmente menos negativa, com saldos a evoluir de -45 milhões de euros, em 2001, para -17 milhões de euros, em 2007, e consequentemente, o correspondente grau de cobertura a passar de 62,5%, para 91,7%, respectivamente (Quadro 3).
Quadro 3
Balança comercial do Grupo 354 – Fabricação de Motociclos e Bicicletas
2001 2002 2003 2004 2005 2006 02/01 03/02 04/03 05/04 06/05
Importação (Cif) 120 120 116 135 143 160 204 0,0 -3,3 16,4 5,9 11,9 27,5
Exportação (Fob) 75 71 96 109 122 135 187 -5,3 35,2 13,5 11,9 10,7 38,5
Saldo (Fob-Cif) - 45 - 49 - 20 - 26 - 21 - 25 - 17
Grau de cobertura (Fob/Cif) 62,5 59,2 82,8 80,7 85,3 84,4 91,7
Fonte: Dados extraídos do site do GEE, em 24/7/2008
Taxas de variação Fabricação de Motociclos e Bicicletas (Grupo 354) Milhões de Euros 07/06 2007 - 50 0 50 100 150 200 250 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Milhões Euros
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-A evolução referida decorre do comportamento positivo do comércio internacional estritamente de bicicletas, o qual, de acordo com o Quadro 4, vem registando consideráveis taxas médias de crescimento, quer nos primeiros anos da análise, quer mais recentemente, em particular no ano 2007, face ao anterior.
O saldo da balança comercial de bicicletas tem sido sucessivamente crescente e é claramente favorável a Portugal, quer em valor, 91,5 milhões de euros (21,4 milhões de euros em 2001), quer em quantidade, cerca de 780 mil unidades (258,4 mil unidades em 2001).
Quadro 4
Balança Comercial de Bicicletas
3 – PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS
Conforme atrás referido, a informação disponível sobre comércio internacional, de acordo com a CAE, fica ao nível dos grupos, pelo que não é possível manter a estrutura do trabalho e analisar com detalhe, quer as exportações, quer as importações, dos produtos que compõem a Subclasse 35420 – Fabricação de Bicicletas.
A fim de ultrapassar a ausência de informação sectorial, mas podendo utilizar dados mais actuais, optou-se por seleccionar, através da Nomenclatura Combinada, um conjunto de artigos pautais claramente identificados como estando relacionadas com bicicletas e, através das estatísticas do Eurostat sobre comércio externo, recolher dados sobre as respectivas trocas comerciais, disponíveis até ao final de 2007.
De salientar que o agregado assim constituído não será exaustivo e, intencionalmente, não contempla alguns produtos, como capacetes, correntes, molas, campainhas, válvulas para câmaras de ar, entre os mais significativos, dado o descritivo do respectivo código pautal não especificar a sua utilização exclusivamente em bicicletas, pelo que a eventual inclusão no agregado poderia vir a distorcer a análise.
Média 01-05 06/05 Milhares de Euros Importações 4 148 4 566 7 899 8 676 14 306 15 822 23 283 36,3 10,6 47,2 Exportações 25 547 18 825 44 813 49 416 62 474 71 519 114 768 25,1 14,5 60,5 Saldo 21 399 14 259 36 914 40 740 48 168 55 697 91 485 22,5 15,6 64,3 Unidades Importações 45 164 65 960 100 665 128 341 172 263 154 292 229 340 39,7 -10,4 48,6 Exportações 303 587 254 869 464 348 494 495 629 783 773 598 1 009 489 20,0 22,8 30,5 Saldo 258 423 188 909 363 683 366 154 457 520 619 306 780 149 15,4 35,4 26,0
Fonte: Eurostat - External trade (Dados extraídos em 12/8/2008)
Taxas de variação
Bicicletas 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
De acordo com a referida metodologia identificam-se, no Quadro 5 os principais produtos associados ao fabrico de bicicletas, num total de vinte e quatro, ordenados pelo valor decrescente de exportação, em 2007.
O valor total destas exportações, cerca de 150 milhões de euros em 2007, corresponde a 80% do valor total das exportações do grupo Fabricação de Motociclos e Bicicletas, de acordo com os números contidos no Quadro 2, o que confirma a maior representatividade deste sector, face ao do fabrico de motociclos, e registou uma taxa de crescimento de +48,8%, contra +13,2% em 2006 face ao ano anterior.
Quadro 5
Exportações de Bicicletas, Partes e Componentes
As bicicletas continuam a constituir a parcela mais significativa deste comércio, 76,5% do total na estrutura das exportações em 2007, com um considerável acréscimo face ao ano anterior, +60,5%. Seguiu-se a parcela constituída por partes e acessórios diversos não especificados, para bicicletas, 13,9% e +25,0%, respectivamente, sendo que o conjunto destas duas parcelas constituiu 90,4% do valor de exportação deste agregado de produtos. 2005 2006 2005 2006 06/05 Bicicletas 62 473 769 71 518 929 114 768 213 70,2 71,0 76,5 14,5 60,5 Partes e acessórios 13 518 875 16 661 323 20 833 374 15,2 16,5 13,9 23,2 25,0 Aros 8 648 275 7 839 389 8 491 730 9,7 7,8 5,7 -9,4 8,3 Partes de travões 1 093 452 2 665 602 2 206 340 1,2 2,6 1,5 143,8 -17,2 Selins 316 245 455 641 700 709 0,4 0,5 0,5 44,1 53,8 Garfos 130 566 29 166 494 793 0,1 0,0 0,3 -77,7 1596,5 Outros travões 1 305 300 101 582 470 626 1,5 0,1 0,3 -92,2 363,3 Raios 228 621 136 641 359 812 0,3 0,1 0,2 -40,2 163,3 Farois 189 488 134 776 339 696 0,2 0,1 0,2 -28,9 152,0 Pedaleiros 97 719 43 401 206 290 0,1 0,0 0,1 -55,6 375,3 Quadros 384 586 343 132 180 812 0,4 0,3 0,1 -10,8 -47,3 Dérailleurs 30 894 119 270 176 014 0,0 0,1 0,1 286,1 47,6 Porta-bagagens 107 923 171 131 150 043 0,1 0,2 0,1 58,6 -12,3 Pneus novos 205 511 254 481 132 428 0,2 0,3 0,1 23,8 -48,0 Pinhões 57 098 188 691 92 321 0,1 0,2 0,1 230,5 -51,1 Pedais 21 522 20 561 68 742 … … … -4,5 234,3 Cubos 26 440 11 039 60 194 … … … -58,2 445,3 Partes de quadros/garfos 68 386 12 801 59 570 0,1 … … -81,3 365,4 Guiadores 24 691 20 670 45 698 … … … -16,3 121,1 Outros Ciclos/Triciclos 45 853 54 335 34 627 0,1 0,1 … 18,5 -36,3
Ciclos/Triciclos s/rolam. esferas 20 943 75 34 179 … … … -99,6 45472,0
Camaras de ar 10 013 8 115 24 259 … … … -19,0 198,9
Partes de pedais/pedaleiros 9 024 10 052 19 438 … … … 11,4 93,4
Cubos de travões 655 1 033 962 … … … 57,7 -6,9
Total 89 015 849 100 801 836 149 950 870 100,0 100,0 100,0 13,2 48,8
Fonte. Eurostat - External trade (Dados extraídos em 30/7/2008) Exportações
07/06 2007
2007
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-Em 2007, como nos anos precedentes, estes dois produtos, juntamente com os aros e com as partes de travões, constituíram praticamente a estrutura das exportações de bicicletas, partes e componentes, cerca de 98% do valor total do agregado de produtos, sendo as restantes parcelas praticamente irrelevantes (Figura 1).
Figura 1
Estrutura das Exportações de Bicicletas; Partes e Componentes em 2007
Globalmente, as exportações deste conjunto de produtos foram maioritariamente absorvidas por parceiros comunitários, 98% do valor total, como expressa a Figura 2, em particular o mercado francês, que foi destino de 82,8 milhões de euros só de bicicletas. Esta concentração decorre do facto de um fabricante, de considerável dimensão, estar a produzir em Portugal exclusivamente para aquele país, apesar do elevado grau de exigência que a França impõe à comercialização de bicicletas no mercado.
Figura 2
Exportações de Bicicletas, Partes e Componentes, por destinos
Fonte: Eurostat - External trade (Dados extraídos em 12/8/2008)
Intra-UE Extra-UE 0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000 160000 Milhares de Euros Intra-UE 51505 42921 69112 75962 87468 98849 147613 Extra-UE 3625 2877 1471 1506 1548 1953 2338 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Fonte. Eurostat - External trade (Dados extraídos em 30/7/2008)
Partes e acessórios 13,9% Outros 2,4% Bicicletas 76,5% Aros 5,7% Partes de travões 1,5%
No Quadro 6 identificam-se, para cada um dos quatro produtos com maior valor de exportação em 2007, os principais mercados de destino, respectivas quantidades e valores, o que permite observar a disparidade dos preços médios praticados em cada mercado e que corresponderão, em termos de qualidade, a produtos diferenciados.
Constata-se, no caso das bicicletas, que sete dos doze mercados de destino mencionados, são parceiros não comunitários, três deles PALOPs, que adquiriram bicicletas fabricadas em Portugal ao preço médio unitário entre €61,00 e €80,00, semelhante ao praticado no mercado espanhol (€70,30/unidade), enquanto nas bicicletas exportadas para França o preço médio praticado rondou €148,00, confirmando tratar-se de produto de qualidade superior.
Quadro 6
Mercados de Destino de Bicicletas e Principais Partes e Componentes em 2007
Total 1 009 489 114 768 213 Total 41 656 20 833 374
dos quais: dos quais:
França 559 536 82 776 629 Espanha 15 941 6 451 982
Espanha 431 101 30 312 315 França 10 635 5 812 993
Bélgica 4 583 472 512 Itália 3 152 1 724 055
Angola 6 396 392 251 Alemanha 1 705 988 842
Brasil 806 167 267 Reino Unido 1 980 773 164
Irlanda 2 428 149 030 Suécia 2 001 768 404
Rússia 736 115 952 Países Baixos 1 170 729 928
Marrocos 1 579 115 636 Hungria 497 692 157
China 426 102 051 Bélgica 915 627 535
Itália 819 81 481 Polónia 1 013 606 751
S Tomé e Príncipe 487 30 129 Eslováquia 737 309 540
Cabo Verde 339 27 203 Argélia 249 245 583
Amostra (%) 99,9 99,9 Amostra (%) 96,0 94,7
Total 2 340 168 8 491 730 Total 4 343 2 206 340
dos quais: dos quais:
Países Baixos 503 965 2 399 513 Itália 1 619 594 354
Alemanha 499 449 1 737 793 França 665 457 046
França 442 105 1 321 999 Polónia 885 375 775
Espanha 342 401 910 634 Hungria 360 196 175
Hungria 162 152 626 376 Espanha 326 181 480
Polónia 127 283 476 972 Alemanha 245 156 365
Bélgica 57 954 263 197 Países Baixos 146 136 169
Itália 67 244 214 075 Bélgica 33 42 389
Finlândia 53 688 189 243 Angola 8 25 088
Lituânia 41 289 162 153 Eslovénia 22 18 435
Turquia 21 931 62 070 Marrocos 17 8 451
Suiça 6 744 35 629 Reino Unido 7 6 099
Amostra (%) 99,4 98,9 Amostra (%) 99,8 99,6
Fonte: Eurostat - External trade (Dados extraídos em 31/7/2008) Notas: [1] - Euros; [2] - 100 kg
Quantidade [2]
Valor [1]
Aros Unidades Valor
[1] Partes de Travões Partes e Acessórios Quantidade [2] Valor [1] Bicicletas Unidades Valor
10
-4 – PRINCIPAIS PRODUTOS IMPORTADOSÀ semelhança do procedimento adoptado na análise dos dados sobre a exportação, considerou-se, também para a importação, o mesmo conjunto de vinte e quatro artigos pautais, estritamente relacionados com bicicletas, e procedeu-se à recolha de informação sobre o fluxo das respectivas importações nos três últimos anos completos (Quadro 7). Enquanto as exportações se concentraram nas bicicletas, com 76,5% do valor total, e os restantes 23,5% se repartiram pelos vários componentes, do lado das importações a situação é inversa, ou seja, a estrutura deste comércio é bastante diversificada e apenas 18,5% do valor total foi devido à importação de bicicletas, correspondendo os restantes 81,5% à importação das diversas partes, acessórios, ou componentes.
Quadro 7
Importações de Bicicletas; Partes e Componentes
Esta situação reflecte, por um lado, a capacidade produtiva do País relativamente ao sector, mas revela, por outro, um défice considerável de produção nacional dos vários componentes, obrigando a recorrer à sua importação, o que indicia a existência de uma oferta internacional de produtos competitivos em termos de qualidade/preço.
2005 2006 2005 2006 06/05 Partes e acessórios 15 949 253 21 414 950 29 013 576 22,9 25,4 23,1 34,3 35,5 Bicicletas 14 305 624 15 821 938 23 282 656 20,6 18,8 18,5 10,6 47,2 Quadros 10 071 507 11 077 578 17 745 646 14,5 13,1 14,1 10,0 60,2 Garfos 3 747 793 5 001 945 7 759 510 5,4 5,9 6,2 33,5 55,1 Partes de pedais/pedaleiros 6 503 991 6 752 845 6 402 100 9,4 8,0 5,1 3,8 -5,2 Pneus novos 3 075 806 3 848 565 5 908 283 4,4 4,6 4,7 25,1 53,5 Raios 957 620 881 993 5 034 553 1,4 1,0 4,0 -7,9 470,8 Outros travões 1 010 740 1 975 746 4 061 006 1,5 2,3 3,2 95,5 105,5 Dérailleurs 1 358 101 1 775 594 3 540 829 2,0 2,1 2,8 30,7 99,4 Selins 2 002 609 2 311 392 3 259 852 2,9 2,7 2,6 15,4 41,0 Cubos 1 568 908 1 806 265 2 977 342 2,3 2,1 2,4 15,1 64,8 Farois 1 513 199 1 676 638 2 755 347 2,2 2,0 2,2 10,8 64,3 Aros 924 848 1 827 122 2 586 202 1,3 2,2 2,1 97,6 41,5 Pedaleiros 1 750 812 2 272 592 2 218 836 2,5 2,7 1,8 29,8 -2,4 Pinhões 1 102 341 1 213 553 2 036 733 1,6 1,4 1,6 10,1 67,8 Guiadores 728 599 1 223 441 1 872 864 1,0 1,5 1,5 67,9 53,1 Partes de travões 1 304 364 1 278 515 1 452 290 1,9 1,5 1,2 -2,0 13,6 Pedais 736 664 819 333 1 432 798 1,1 1,0 1,1 11,2 74,9 Camaras de ar 410 179 466 117 646 715 0,6 0,6 0,5 13,6 38,7
Ciclos/Triciclos s/rolam. esferas 19 975 400 618 635 159 0,0 0,5 0,5 1905,6 58,5
Partes de quadros/garfos 152 291 265 078 403 966 0,2 0,3 0,3 74,1 52,4
Porta-bagagens 228 985 197 981 348 675 0,3 0,2 0,3 -13,5 76,1
Outros Ciclos/Triciclos 44 614 27 183 131 972 0,1 … 0,1 -39,1 385,5
Cubos de travões 58 906 32 288 100 673 0,1 … 0,1 -45,2 211,8
Total 69 527 729 84 369 270 125 607 583 100,0 100,0 100,0 21,3 48,9
Fonte. Eurostat - External trade (Dados extraídos em 30/7/2008) Importações
Valores em Euros Estrutura (%) Taxa de variação
Este fluxo de comércio tem vindo sucessivamente a aumentar, +21,3% em 2006 e +48,9% em 2007, apesar das taxas aduaneiras aplicados à entrada destes artigos, e em alguns casos de direitos anti-dumping, quando provenientes de certos países asiáticos, designadamente da China e do Vietname.
Em 2007, exceptuando os cerca de 23 milhões de euros de importações de bicicletas, os restantes 102,3 milhões de euros repartiram-se pelas importações dos diversos componentes, com destaque para as de partes e acessórios diversos não especificados, 23,1% do valor total, e de quadros, 14,1% do total, sendo que as restantes se repartiram de forma relativamente homogénea pelos outros produtos, conforme se constata na Figura 3.
Figura 3
Estrutura das Importações de Partes e Componentes para Bicicletas, em 2007
Também se constata alguma dispersão quanto aos mercados de origem, comparativamente à relativa concentração nos mercados francês e espanhol observada nas exportações, sendo que pouco mais de metade do valor dos produtos importados em 2007 teve origem na União Europeia, 56,5% do total (na exportação 98% tiveram como destino a UE), repartindo-se os restantes 43,5% pelo espaço extra-comunitário (Figura 4). Reportando apenas às bicicletas, as maiores importações tiveram origem em Espanha, 8,3 milhões de euros (35,7% do valor total) a um preço médio unitário de €93,84, nos Países Baixos, 3,4 milhões de euros (14,5%) ao preço médio de 158,77€/unidade, e em Taiwan, 3,1 milhões de euros (13,1%) a 145,84€/cada, valores unitários comparáveis aos praticados no caso das exportações para França.
No Quadro 8 estão identificados os doze produtos mais relevantes, em termos do valor de importação de 2007, excluindo bicicletas, globalmente responsáveis por aquisições no montante de 88,3 milhões de euros, cerca de 87% do valor total importado, bem como os respectivos mercados de origem também de maior relevância.
Fonte. Eurostat - External trade (Dados extraídos em 30/7/2008) 23,1 14,1 6,2 5,1 4,7 4,0 3,2 2,8 2,6 2,4 2,2 2,1 1,8 1,6 1,5 9,0 Part es e ace ss. Qua dro s Gar fos Pa rt. p edai s/ped al. Pn eus novo s Raio s Ou tr. tr avõ es Dér aille urs Se lins Cub os Far ois Aros Pe dalei ros Pin hões Guia dore s Outr os Estrutura (%)
12
-Importações de Bicicletas, Partes e Componentes, por destinos
Estas amostras são bastante representativas, já que correspondem, praticamente em todos os produtos mencionados, à quase totalidade dos respectivos valores de importação, correspondendo os espaços em branco à não existência de fluxo de comércio para o produto/mercado.
Quadro 8
Países de Origem das Principais Partes e Componentes para Bicicletas
Embora os países de origem sejam diversificados, globalmente importa salientar as posições dominantes da China, responsável por 31,3% do valor total importado, da Espanha, 14,4% do total, e de Taiwan e Países Baixos, cerca de 13%, cada.
Fonte: Eurostat - External trade (Dados extraídos em 12/8/2008) Intra-UE Extra-UE 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000 80000 Milhares de Euros Intra-UE 27781 24220 40776 37194 40958 54006 70955 Extra-UE 6323 6971 6938 10350 28570 30363 54653 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total 5 908 283 2 755 347 17 745 646 7 759 510 2 586 202 5 034 553 2 977 342 4 061 006 3 259 852 6 402 100 3 540 829 29 013 576 dos quais: China 2 654 436 1 099 497 13 378 547 4 262 682 64 216 76 899 1 483 345 687 505 90 685 8 691 1 203 252 4 380 246 Espanha 1 288 145 143 062 805 977 599 513 222 966 229 362 133 566 171 506 160 456 11 274 439 645 9 205 808 Taiwan 92 263 13 722 169 774 1 837 215 13 699 6 050 467 252 2 684 006 318 386 4 865 43 444 4 879 663 P. Baixos 820 116 64 192 2 645 929 601 153 189 727 321 689 699 921 263 976 304 034 62 709 219 899 4 272 962 França 57 341 1 341 439 38 973 90 958 2 017 215 4 287 287 145 11 894 4 216 10 158 34 393 1 672 522 Bélgica 8 621 14 924 98 870 30 176 52 76 674 127 750 131 148 3 803 91 938 1 575 003 1 698 271 Rep. Checa 358 696 5 829 11 306 3 848 907 4 628 Itália 36 768 24 489 113 122 161 221 22 761 180 2 261 216 269 1 065 088 Alemanha 113 027 47 918 24 487 0 16 522 23 827 1 891 186 246 652 Eslováquia 455 400 122 915 Amostra (%) 91,9 99,7 97,2 97,7 98,3 99,8 97,8 97,7 97,1 99,7 99,3 95,0
Fonte. Eurostat - External trade (Dados extraídos em 30/7/2008)
Outros travões Selins Farois Partes de pedais Valores em Euros 2007 Dérailleu rs Partes e acessó rios Pneus
5 – ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL / LABORATÓRIO DE ENSAIOS
O sector do fabrico e montagem de bicicletas e seus componentes é representado pela ABIMOTA – Associação Nacional das Indústrias de Duas Rodas, Ferragens, Mobiliário e Afins, entidade que integra também o fabrico de motociclos e ciclomotores, de ferragens e de mobiliário metálico.
Esta entidade tem contribuído significativamente para o desenvolvimento e promoção da indústria de duas rodas, bem como para a defesa dos seus interesses face a questões prementes, como a concorrência mundial, designadamente asiática, o dumping, o design, ou as questões ligadas à normalização.
ABIMOTA - Associação Nacional das Indústrias de Duas Rodas, Ferragens,
Mobiliário e Afins
Borralha, junto à Estrada Nacional nº 1 Apartado 299
3754-909 Águeda Telefone: 234 612 640 Fax: 234 602 018
e-mail:
geral@abimota.ptLEA – Laboratório de Ensaios da Abimota, com intervenção em áreas diversificadas e laboratórios específicos em cada uma delas
6 – FABRICANTES DE BICICLETAS E PRINCIPAIS COMPONENTES
O site da Abimota disponibiliza os nomes de 87 empresas, com actividade nos vários sectores do seu âmbito de actuação, pelo que muitas delas não têm sequer a ver com o sector das duas rodas.
O site da AICEP Portugal Global, na área que se refere ao sector das bicicletas e afins, contém informação sobre 23 empresas, algumas comuns ao anterior, simultaneamente produtoras e exportadoras, ou apenas exportadoras.
