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PONTO 1: Introdução PONTO 2: Crimes de Trânsito PONTO 3: Lei dos Crimes Hediondos. 1. Introdução: 2. Crimes de Trânsito - Lei 9.

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DIREITO PENAL

DIREITO PENAL

PONTO 1: Introdução

PONTO 2: Crimes de Trânsito PONTO 3: Lei dos Crimes Hediondos

1. Introdução: - “Abotio criminis indireta”.

- STJ, HC 158843, j. 02/08/11 – Lei 11.922/09.

2. Crimes de Trânsito - Lei 9.503/97: 1. Alterações advindas com a lei seca:

Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber.

Aplicação dos arts. 741, 762 (transação) e 883 (representação) da Lei 9099/95.

No art. 74 quando da composição civil dos danos, a vítima está abrindo mão do direto de representação.

Ação penal é publica condicionada a representação.

Exceções:

Art. 291, § 1o Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei no

9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver:

I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência;

II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente;

III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinqüenta quilômetros por hora).

- A ação passa a ser publica incondicionada

1 Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente.

2 Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. 3 Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.

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DIREITO PENAL

Art. 291, § 2o Nas hipóteses previstas no § 1o deste artigo, deverá ser instaurado inquérito policial para a investigação

da infração penal.

- Delegado é obrigado a inst. IP (não TC).

2. suspensão ou proibição de se obter a CNH – art 292: O Juiz não concede de oficio.

Pode ser pedida a todo e qualquer crime.

3. Representação – art. 294:

Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessidade para a garantia da ordem pública, poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público ou ainda mediante representação da autoridade policial, decretar, em decisão motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção.

Parágrafo único. Da decisão que decretar a suspensão ou a medida cautelar, ou da que indeferir o requerimento do Ministério Público, caberá recurso em sentido estrito, sem efeito suspensivo.

Caberá Recurso em Sentido Estrito para essa decisão.

Não há requisitos para ordem e clamor público. Tourinho Filho entende ser inconstitucional.

4. Agravantes – art. 298:

Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos crimes de trânsito ter o condutor do veículo cometido a infração:

I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano patrimonial a terceiros; II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;

III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;

IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da do veículo;

V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de passageiros ou de carga;

VI - utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características que afetem a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade prescritos nas especificações do fabricante;

VII - sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres.

Inciso III - caso haja crime de dirigir sem habilitação, não se aplica essa majorante, para não ocorrer “bis in idem”. No caso de homicídio caso incida a qualificadora não incidrá esse inciso também.

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DIREITO PENAL

Inciso V – não precisa estar com passageiro ou com a carga. O taxista não precisa estar com passageiro e nem o caminhão com a carga.

5. Socorro Premiado – art. 301:

Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela.

Se sujeito socorrer a vitima não poderá ser preso em flagrante e nem se exige fiança.

6. Crimes em espécie:

►Art. 302:

Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:

Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

Parágrafo único. No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de um terço à metade, se o agente:

I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação; II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;

III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente; IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros.

Há falta de técnica no tipo penal.

Há duas posições:

1) Majoritária: haverá homicídio culposo tendo sido o fato praticado ou não na via pública.

2) Minoritária: homicídio do CP.

Obs:

Não cabe tentativa de crime culposo. Exceção: culpa imprópria – não aplicada nesse caso.

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DIREITO PENAL

Possibilidade de incidência de perdão judicial. Porém, não há previsão no CTB do perdão, aplicando-se o CP, art. 121, §5º4.

Art. 44, I, CP – possibilidade de substituir a pena privativa de liberdade por restritiva de direitos – cabe nos crimes de transito. A vedação deste artigo é apenas a violência dolosa.

- As majorantes do art. 302 valem para o art. 303.

- Se há majorante, há preferência quanto a agravante. Se for sobre a faixa, não ira para o art. 298, VII.

Art. 302, parágrafo único, V – lei seca revoga esse inciso. Portanto, tem dois crimes – 302 + 306, CTB.

Hoje, aplica-se o crime de dano absorveu os de perigo.

► Art. 303:

Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:

Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

Parágrafo único. Aumenta-se a pena de um terço à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do parágrafo único do artigo anterior.

Trata-se de uma IMPO. O Delegado instaura o Termo Circunstanciado.

Regra: ação pública condicionada (art. 88, Lei 9099/95). Observando as exceções do art. 291, §1º, CTB.

►Art. 304:

Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública:

Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais grave.

Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves.

4 Art. 121, § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.

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DIREITO PENAL Três situações:

- Se há culpa do condutor haverá incidência do art. 302, CTB, majorado pela omissão ou o art. 303, CTB, majorado pela omissão.

- Se não há culpa do condutor do veiculo do acidente incidirá o art. 304 do CTB.

- Se quem se omitiu não se envolveu no acidente condutor de veiculo ou não incidirá o art. 1355

do CP.

►Art. 305 – Afastar do local do acidente :

Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída:

Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

Considerado inconstitucional.

► Art. 306:

Art. 306. Conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência: Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

Parágrafo único. O Poder Executivo federal estipulará a equivalência entre distintos testes de alcoolemia, para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo.

Via pública somente.

Art. 1º e 2 º6 do CTB definem via pública.

5 Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

6 Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional, abertas à circulação, rege-se por este Código. § 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.

§ 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito.

§ 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito respondem, no âmbito das respectivas competências, objetivamente, por danos causados aos cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na execução e manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o exercício do direito do trânsito seguro.

§ 5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações à defesa da vida, nela incluída a preservação da saúde e do meio-ambiente.

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DIREITO PENAL

Imprescindível a perícia, sob pena de atipicidade. Esse exame tem que ser complementado pela palavra do médico.

O bafômetro não é imprescindível no caso das drogas.

Perigo abstrato - posição STF – HC 109269, j. 27/09/11. 2º turma.

Não é uma IMPO, terá no máximo suspensão condicional do processo.

► Art. 307:

Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor imposta com fundamento neste Código:

Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de proibição.

Trata-se de uma IMPO.

► Art. 308:

Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada pela autoridade competente, desde que resulte dano potencial à incolumidade pública ou privada:

Penas - detenção, de seis meses a dois anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

Trata-se de uma IMPO. Não precisa de resultado naturalístico, é um crime de mera conduta. Caso haja resultado naturalístico, o racha será absorvido.

É um crime de concurso necessário, ou seja, necessita de no mínimo dois motoristas.

► Art. 309:

Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:

Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais.

Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação pública e as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas.

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DIREITO PENAL - Deve haver perigo concreto.

- Art. 327 LCP (derrogado).

- Súmula 7208 do STF.

► Art. 310:

Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança:

Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

Teoria monista - item 25 da exposição de motivos – por política criminal há exceções: este artigo é pluralista, pois tem vários verbos.

A grande discussão é quanto ao perigo deste artigo quanto ao responsável – há duas posições:

- pela lei é perigo abstrato, portanto, não há;

- uma interpretação sistemática diz que há perigo de dano.

► Art. 311: velocidades incompatíveis:

Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano:

Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

Trata-se de crime de perigo concreto.

► Art. 312 – Fraude:

Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz:

Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

7 Art. 32. Dirigir, sem a devida habilitação, veículo na via pública, ou embarcação a motor em águas públicas: Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.

8 Súmula 720 do STF: O art. 309 do Código de Trânsito Brasileiro, que reclama decorra do fato perigo de dano, derrogou o art. 32 da Lei das Contravenções Penais no tocante à direção sem habilitação em vias terrestres.

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DIREITO PENAL

É um tipo especial em relação ao art. 3479 do CP. É uma IMPO.

3. Lei dos Crimes Hediondos – Lei 8072/90: 1. Norma Constitucional – art. 5º, XLIII10

, CF:

Norma constitucional de eficácia limitada, ou seja, aplicabilidade será indireta e reduzida, necessitando da atuação do legislador infraconstitucional.

Então, surgiu a Lei 8072/90.

2. Critério legal:

No Brasil temos o sistema de lista fechada, não há margem de discricionariedade para o Juiz. O critério para determinação é legal.

3. Consumados ou tentados - art. 1º:

Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de

1940 - Código Penal, consumados ou tentados:

I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, I, II, III, IV e V);

II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine);

III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o);

IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o);

V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o);

VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o);

VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o).

VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998).

Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o

de outubro de 1956, tentado ou consumado. (Parágrafo incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)

- Crimes previstos no CPM: caso crime for militar e previsto como hediondo – não será considerado crime hediondo – art. 1º, caput, se refere apenas ao CP. Portanto, crime previsto em CPM não é hediondo.

9 Art. 347 - Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito:

Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.

10 Art. 5º, XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem.

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DIREITO PENAL

- Exclusão como hediondo do crime de envenenamento de água potável, substância alimentícia, ou medicinal – art. 27011 c/c art. 285, CP, – qualificado pela morte.

Antes era considerado hediondo. Alterado em 1994 pela Lei 8930.

- Rol no art. 1º + parágrafo único – somente estes crimes são considerados hediondos. Parágrafo único – Genocídio – Lei 2889/56.

- Figuras equiparadas – “os 3 Ts”. Tortura, Tráfico e Terrorismo. Não são hediondos, são equiparados/ afinados a hediondos.

Para fins de efeitos apenas, pois não são crimes hediondos.

4. Rol dos crimes hediondos - art. 1º:

I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, I, II, III, IV e V);

a) Homicídio simples é considerado crime hediondo desde que haja conduta típica de atividade praticado por grupo de extermínio – art. 121, caput12, CP.

b) Homicídio qualificado pelo art. 121, §2º13 , CP.

Obs: figura híbrida do homicídio qualificado privilegiado: art. 121, §1º14

, CP: são subjetivas.

11 Art. 270 - Envenenar água potável, de uso comum ou particular, ou substância alimentícia ou medicinal destinada a consumo: Pena - reclusão, de dez a quinze anos.

12 Art 121. Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 13 Art. 121, § 2° Se o homicídio é cometido:

I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; II - por motivo fútil;

III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido; V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:

Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

14 Art. 121, § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, ou juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.

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DIREITO PENAL

Porém, a qualificadora é objetiva.

As circunstâncias qualificadoras que são objetivas não convivem com as circunstancia subjetivas que diminuem a pena.

Se homicídio for híbrido ele não é crime hediondo.

- STJ, HC 153728, j. 13/04/10.

Obs: tráfico de drogas privilegiado - art. 33, §4º15

, Lei 11.343/06 – permanece sendo crime equiparado a Hediondo - STJ, RESP 1208274, DJ 23/09/11.

- Competência é do Tribunal do Júri.

II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine);

Latrocínio – art. 157, §3º16

, CP (última figura do CP).

Competência: juiz monocrático – Súmula 60317 STF.

Consumação - Súmula 61018 do STF.

Homicídio consumado + roubo tentado = latrocínio consumado.

15 Art. 33, § 4º. Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa.

16 Art. 157, § 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.

17 Súmula 603 STF: A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do juiz singular e não do Tribunal do Júri.

18 Súmula 610 do STF: Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não se realize o agente a subtração de bens da vítima.

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DIREITO PENAL III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o);

Só a extorsão com morte é crime hediondo. A extorsão simples não.

IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o);

Extorsão mediante seqüestro (art. 15919, CP): é outro crime. É hediondo quando simples ou qualificado. Diferente do crime de extorsão.

V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o);

Estupro simples e qualificado – art. 21320, caput e §§, CP.

São crimes hediondos todas as suas figuras.

VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o);

Estupro de vulnerável (art. 217-A21

, caput, §§, CP): hediondo em todas as modalidades. Inclusive se a vítima “consentir”.

19 Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: Pena - reclusão, de oito a quinze anos.

20 Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:

Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.

§ 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.

§ 2o Se da conduta resulta morte:

Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.

21 Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.

§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não

tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. § 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:

Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. § 4o Se da conduta resulta morte:

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DIREITO PENAL VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o).

Epidemia com resultado morte – art. 267, §1º22

, CP. Na modalidade simples não haverá crime hediondo, apenas na modalidade qualificada.

VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998).

Falsificação, corromper, adulterar ou alterar de produto terapêutico ou medicinal – art. 27323, caput e §§ do CP.

5. Genocídio – Lei 2889/56.

6. Equiparados – tortura, tráfico e terrorismo:

Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:

I - anistia, graça e indulto; II – fiança.

7. Indulto:

STF, reiteradamente, refere que não é inconstitucional o indulto mesmo que não previsto na CF, porque a CF refere a graça que é uma espécie de indulto.

22 Art. 267 - Causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos: Pena - reclusão, de dez a quinze anos.

§ 1º - Se do fato resulta morte, a pena é aplicada em dobro.

23 Art. 273 - Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais: Pena - reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e multa.

§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado.

§ 1º-A - Incluem-se entre os produtos a que se refere este artigo os medicamentos, as matérias-primas, os insumos farmacêuticos, os cosméticos, os saneantes e os de uso em diagnóstico.

§ 1º-B - Está sujeito às penas deste artigo quem pratica as ações previstas no § 1º em relação a produtos em qualquer das seguintes condições:

I - sem registro, quando exigível, no órgão de vigilância sanitária competente; II - em desacordo com a fórmula constante do registro previsto no inciso anterior;

III - sem as características de identidade e qualidade admitidas para a sua comercialização; IV - com redução de seu valor terapêutico ou de sua atividade;

V - de procedência ignorada;

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DIREITO PENAL

O indulto pode ser individual (chamado de graça) ou coletivo (indulto propriamente dito).

Não cabe indulto se o crime é hediondo ou equiparado. Não é considerado inconstitucional pelo STF.

Tortura – Lei 9455/97: cabe indulto condenado por tortura, uma vez que a Lei de tortura não veda. Lei posterior e mais benéfica.

8. Fiança:

Cabe liberdade provisória?

Com a alteração dos crimes hediondos há liberdade provisória. - STJ, 6ª T., HC 199907, j. 28/06/11.

2ª posição - não cabe liberdade sem fiança. - STJ, 5ªT. HC 181016, j. 31/05/11.

- STF, HC 103715, j. 23/11/10; HC 101503, j. 10/08/11.

9. Prisão Temporária: art. 2º, §4º:

§ 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste

artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

Na Lei 7960/89, a regra é: 5 dias + 5 dias.

Já na Lei dos crimes hediondos o prazo é de 30 dias. Porém, a Lei 7960/89 tem arrolado os crimes – lista – art. 1º, III. Assim, os crimes que não estão arrolados serão pela tratados pela Lei de Crimes Hediondos.

A Posição majoritária é que cabe temporária nos crimes hediondos.

10. Livramento condicional – art 83, V24

, CP:

24 Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois)

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DIREITO PENAL

Cabe nos crimes hediondos, cumpridos os requisitos do art. 83, V, CP.

11. Progressão de regime:

Súmula 471 do STJ: “Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei n. 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a progressão de regime prisional”.

A progressão depende da data do crime hediondo – Lei 11.464/07 – 28/03/07: - se o crime tiver sido praticado antes da data de 28/03/07 - Progressão pela regra geral de 1/6.

- se o crime tiver sido praticado depois desta data: – 2/5: não reincidente;

– 3/5: reincidente.

Requisito subjetivo para progressão do regime: submissão do condenado a exame criminológico. A lei não exige, mas Juiz poderá fazê-lo.

Súmula Vinculante 26: “Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei n. 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico”.

V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza.

Referências

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