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I. Dos processos às formas urbanas, conceitos e metodologias. Curso Ordenamento do Território

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Curso Ordenamento do Território

FORMA URBANA “SUSTENTÁVEL”

PROCESSOS E METODOLOGIAS

Patrícia Abrantes

Centro de Estudos Geográficos Instituto de Geografia e Ordenamento do Território Universidade de Lisboa Montijo, 30 de Abril de 2013 patricia.abrantes@campus.ul.pt

1. Dos processos às formas urbanas, conceitos e metodologias 1.1. Os processos de urbanização

1.2. Forma urbana e sustentabilidade 1.3. Forma(s) urbana(s) e medida(s)

2. Metodologias de análise dos processos e das formas urbanas 2.1. Tipologia DIMET (tipologia das dinâmicas metropolitanas) 2.2. Métricas espaciais de ocupação urbana dos municípios portugueses 3. Forma urbana e sustentabilidade nas orientações de política de OT

3.1. Dos documentos e directrizes europeias para “combater” o urban

sprawl às directrizes nacionais e regionais

3.2. A análise da forma urbana nos PDM pós-PNPOT

Sumário

2

I. Dos processos às formas urbanas,

conceitos e metodologias

(2)

1.1. Os processos de urbanização

• A urbanização foi um dos processos mais marcantes do séc. XX • É um processo acima de tudo demográfico que marca a passagem de

uma população vivendo predominantemente em áreas rurais, para uma população vivendo maioritariamente em cidades

• Esse processo trouxe alterações aos padrões de povoamento • Van der Berg (citado em Marques da Costa, 2007), associa as fases

de transição demográfica das cidades às alterações no sistema económico e no modelo de transportes e refere 4 processos: Urbanização, Suburbanização, Desurbanização e Reurbanização

Marques da Costa, N, 2007, Mobilidade e Transporte em Áreas Urbanas. O caso da Área Metropolitana de Lisboa, Tese de Doutoramento em Geografia Humana, Universidade de Lisboa

Image NASA via geology.com

5

De acordo com a AEA (2010), 80% da população europeia vive em áreas urbanas

1. Urbanização

Está associada ao processo de industrialização que trouxe população das áreas rurais para o centro das cidades. Esse processo traduz-se espacialmente por uma concentração da população e das actividades nos centros das cidades.

2. Suburbanização

Com o desenvolvimento dos sistemas de transporte urbano (rodoviário e ferroviário), sobretudo até meados dos anos 1960, a urbanização caracterizou-se por um processo de suburbanização, ou seja de expansão da população para a periferia imediata da cidade, em função da terciarização do centro da cidade e dos custos associados à habitação. Esta fase caracterizou-se espacialmente, por um modelo de expansão urbana compacto e radial a partir do centro da cidade e por uma progressiva densificação dos espaços intersticiais em função sobretudo dos eixos de transporte colectivo (rodoviário).

(3)

Dois conceitos associados:

i) Contra-Urbanização (Counter-Urbanization) - Brian Berry (1976) ii) Rurbanização (rurbanisation) - Bauer e Roux (1976)

A disseminação da população urbana e dos seus modos de vida sobre o espaço rural faz-se sem uma relação funcional com a cidade, podendo ser em áreas próximas como mais afastadas desta. A desurbanização marca, para alguns autores, o fim da tradicional oposição cidade/campo.

3. Desurbanização

Processo iniciado sobretudo a partir dos anos 1970 e caracterizado pela “saída” da população das cidades para as áreas rurais.

A generalização do transporte individual (automóvel) e o crescente aumento da mobilidade, assim como das tecnologias de informação permitiram a desconcentração do sistema produtivo e contribuíram para o afastamento das populações e actividades dos centros das cidades.

BERRY, B., Urbanization and counterurbanization, 1976

BAUER, G., ROUX, J.-M., La rurbanisation ou la ville éparpillée, 1976 7

Enquadramento conceptual IV. Reurbanização

Nos anos 1980, as aglomerações urbanas começaram a atrair novamente população, entrando numa fase que se designou de Reurbanização. Contudo, não se trata apenas da atracção de pessoas e actividades para as áreas centrais das cidades (e.g. regeneração urbana), mas também para as suas áreas de influência, alargando-as. Dois conceitos associados:

i) Metropolização

Segundo Merlin e Choay (2000), metropolização é um processo intrínseco à globalização da economia caracterizado pelo retorno das populações e actividades às cidades de hierarquia superior (metrópoles).

A metropolização tem assim a ver com a re-concentração da população e das actividades em determinados territórios mais urbanizados, mais industrializados, mais conectados e centrais (transportes, telecomunicações/ informação) e mais qualificados, com o objectivo de beneficiar das economias de aglomeração.

MERLIN, P, CHOAY, F. et all., Dictionnaire de l’urbanisme et de l’aménagement - (3e éd.), Paris: PUF, 2000, 928 p. 8

ii) Periurbanização

Processo teorizado no inicio da década de 1990 por Dézert e Steinberg (1991), traduzindo a expansão da população urbana sobre o espaço rural, mas ao contrário do conceito de rurbanização/contra-urbanização, este pressupõe a existência de uma relação intrínseca com a cidade (por ex. deslocações casa-trabalho)

Dézert, B., Metton, A., Steinberg, J., La périurbanisation en France, Paris: SEDES, 1991 O que se define como retorno das populações e actividades às cidades, não é mais que o entendimento que a cidade se alargou espacialmente, visto que actividades e população vivem mais afastadas do centro das cidades, embora na (inter)dependência destas.

A noção de cidade alargada dá origem a noções como região

metropolitana, região urbana funcional, metápole, etc.

(4)

Do ponto de vista espacial o processo de reurbanização surge muito ligado ao conceito de difusão urbana (Étalement urbain/ Urban sprawl), muito utilizado desde a década de 1990.

NOTA - Os processos e as formas resultantes aconteceram a ritmos diferentes. Aconteceram muito mais cedo na Inglaterra e nos EUA. Desde meados dos anos 1950/60 que os autores

anglo-saxónicos falam de formas urbanas dispersas e

descontínuas à cidade tradicional.

A diferença de comportamento está associada aos diferentes ritmos de transição de uma economia assente no sector agrícola para uma economia industrial e posteriormente terciária. 10 Enquadramento conceptual Ganha o centro Perde o centro Ganha a periferia Perde o centro Perde a periferia Ganha o centro, a periferia e a periferia alargada 11

Forte concentração da população e actividades no centro urbano, criando condições para o surgimento de uma coroa periférica

Saída da população e do emprego para a cintura imediata da cidade – subúrbio

Perda de população e emprego no conjunto da aglomeração para as áreas rurais próximas/afastadas em virtude do incremento do transporte automóvel

Retoma do centro e do subúrbio e novas centralidades não contíguas, acompanhadas de acções de requalificação dos centros

Forma urbana dispersa (Urban Sprawl)

A noção mais banalizada de Urban Sprawl é a proposta pela AEA (2006) - “the physical pattern of low-density expansion of large urban areas,

under market conditions, mainly into the surrounding agricultural areas”.

O conceito de difusão urbana (urban sprawl/ étalement urbain), traduz-se do ponto de vista espacial por uma forma urbana dispersa, descontínua em relação à cidade, sendo marcada pela coexistência de diferentes usos e ocupações do solo (urbano, agrícola e florestal).

Outros conceitos associados: franja urbana (urban fringe) ou franja urbano-rural (rural-urban fringe), espaço periurbano (espace périurbain), área peri-urbana (aire périubaine), ou espaços sob influencia urbana

(espace sous influence urbaine).

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13

14

• A questão do urban sprawl fez emergir ao longo da década de 1990 o debate em torno da forma urbana sustentável, nomeadamente procurando investigar se determinadas formas têm impacte na sustentabilidade das cidades.

• Considera-se o impacte da forma urbana, num conjunto de critérios de sustentabilidade, tais como ambientais (poluição, consumo de energia e de solo, fragmentação dos habitats), de equidade social (acesso aos serviços e equipamentos), acessibilidade e transportes (transporte publico vs transporte automóvel), performance económica (concentração de actividades e economias de escala), entre outros. • Um desenvolvimento urbano sustentável deve ser capaz de

proporcionar um equilibro dos domínios sócio-cultural, económico e ambiental de uma cidade e da sua área envolvente

• O debate faz-se em torno da dialéctica cidade compacta – cidade dispersa.

1.2. Forma urbana e sustentabilidade

(6)

Os argumentos contra o urban sprawl

O “urban sprawl” reforça a necessidade de deslocações pendulares, aumentando a dependência do transporte motorizado, o congestionamento de tráfego, o consumo de energia (maior necessidade energética per capita) e a emissão de poluentes, assim como o consumo de solo agrícola e florestal. Neste sentido é apontado como originando custos económicos, ambientais e sociais mais elevados.

16

Os argumentos contra a cidade compacta

A cidade compacta rejeita o estilo de vida semi-rural, negligência as comunidades rurais, permite menos espaços verdes e livres, aumenta o congestionamento e a segregação socio-espacial, reduz a qualidade ambiental. Os apoiantes da cidade dispersa defendem a cidade verde, com um tipo de forma urbana mais aberta, em que os edifícios e áreas livres e verdes formam um mosaico harmonioso.

17

• Mais recentemente, os argumentos a favor da cidade compacta e da cidade dispersa, levaram ao desenvolvimento de posições intermédias, que tentam combinar os melhores aspectos de ambos os modelos.

• Isto porque o modelo de cidade compacta reduz as deslocações pois as pessoas residem mais próximo dos locais de trabalho e fazem maior uso dos serviços de proximidade. Além disto, estas formas favorecem densidades suficientes para suportar o transporte publico e encorajar a mobilidade pedonal. As cidades compactas, têm sido apresentadas como uma solução para o planeamento urbano sustentável, sendo dominante na política europeia.

• Em geral, existe um consenso alargado internacional favorecendo o modelo da cidade compacta (Holden e Norland, 2005).

• Surge o conceito de concentração descentralizada, em que a extensão urbana deve ser feita em redor de uma cidade ou um grupo de vilas (ou aglomerados rurais), favorecendo-se a heterogeneidade nos usos do solo.

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19

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(10)

Hong-kong 28

Houston 29

i) Análise da forma urbana baseada em dados e análise

estatística

1.3. Forma(s) urbana(s) e medida(s)

Indicadores mais comuns: densidade populacional, e gradientes de densidade (decréscimo com o afastamento ao centro da cidade) a que se podem juntar outros indicadores como a população urbana, os movimentos pendulares, entre outros.

ii) Análise da forma urbana baseada em SIG e detecção remota

Extracção de áreas construídas e de outros tipos de uso/ocupação do solo (através de métodos de detecção remota)

Passam a ser também associados a métricas provenientes da ecologia da paisagem

(11)

Stead (1999) Titheridge et al (1999) Williams e Banister (1999) Níveis de análise: •Individual •Povoamento (aglomeração) •Município Padrão de mobilidade: •Distância percorrida/hab. •Distância para o trabalho •Modo de deslocação Caract. socio-económ.: •Grupo socio-económico •Nº de carros •Nº de cartas de condução •Situação na Profissão •Género •Idade •Dimensão do agregado e composição do agregado •Rendimento Stead, Williams e Titheridge, 2000 – Land Use, Transport and People: Identifying the Connections

Estudos para analisar as interacções entre uso do solo, padrões de mobilidade e as caracteristicas socio-económicas das populações

Stead, Williams e Titheridge, 2000 – Land Use, Transport and People: Identifying the Connections, in Achieving Sustainable

Urban Form, ed. Williams, Burton, JenksE &FN Spon, Londres

Stead (1999) Titheridge et al (1999) Williams and Banister (1999)

Uso do Solo – Características •Distância do centro urbano •“Ruralidade” •Dimensão do aglomerado •“Mistura” dos usos do solo •Prestação de serviços •Densidade •Proximidade à paragem do TP •Frequência do serviço de TP •Nº de serviços locais de transporte público • Distância à estação CF mais próxima •Frequência de comboios por estação •Proximidade ao nó da autoestrada •Disponibilidade de parque residencial √b) √ a) √c)

a) considerou-se a distância desde o centro de Londres ou do centro mais próximo com mais de 10000 hab. b) relação entre emprego e activos

c) nº de postos de trabalho a 1, 2, 5 e 10 km de distância

Conclusões – consumo energético associado a alojamentos unifamiliares, a maiores rendimentos das populações e a um numero de automóveis por agregado mais elevado

32

Galster et al., Wrestling sprawl to the ground (2001)

• Estudo mais completo sobre como medir a forma urbana. Apresenta 8 dimensões da forma urbana (a partir da extracção da mancha de uso do solo construída de várias unidades urbanas (AU) nos EUA) • Indicadores:

– Densidade (número de manchas construídas/total da área da AU) – Continuidade (se as manchas construídas são contínuas) – Concentração (se as manchas estão mais ou menos

concentradas)

– Agrupamento (se estão agrupadas);

– Centralidade (se as manchas estão próximas ou distantes da mancha principal-CBD)

– Nuclearidade (se as manchas apresentam um padrão nuclear ou polinuclear)

– Mistura de usos

– Proximidade (se as manchas estão próximas entre si) Fonte: Galster, G., Hanson, R., Ratcliffe, M. R., Wolman, H., Coleman, S., & Freihage, J. (2001). Wrestling sprawl to the ground: Defining and measuring an elusive concept. Housing Policy Debate,

12(4), 681–717.

(12)

Fonte: Galster, G., Hanson, R., Ratcliffe, M. R., Wolman, H., Coleman, S., & Freihage, J. (2001). Wrestling sprawl to the ground: Defining and measuring an elusive concept. Housing Policy Debate,

12(4), 681–717. Continuo Descontínuo – saltando barreiras (“leapfrog”) 34 Continuidade

Fonte: Galster, G., Hanson, R., Ratcliffe, M. R., Wolman, H., Coleman, S., & Freihage, J. (2001). Wrestling sprawl to the ground: Defining and measuring an elusive concept. Housing Policy Debate,

12(4), 681–717.

35

Centralidade

Desenvolvimento compacto

Desenvolvimento polinucleado Agrupamento da população e das actividades à volta de vários centros

36

(13)

Song and Knaap, Measuring Urban Form (2004)

• Apresentam várias medidas quantitativas da forma urbana, testadas para várias cidades americanas:

- Desenho das ruas e dos sistemas de circulação - Densidade

- Mistura de usos - Acessibilidade - Acessibilidade Pedonal

Principais conclusões:

- Habitação unifamiliar aumentou

- A conectividade interna das ruas, assim como o acesso

pedonal a áreas comerciais e a paragens de autocarro aumentaram

- A conectividade externa continua a diminuir - A mistura de usos do solo permanece limitada

Fonte: Song and Knaap: “Measuring Urban Form”,

Journal of the American Planning Association, Spring 2004, Vol. 70, No. 2

37

1. Desenho das ruas e dos sistemas de circulação

Conectividade interna •número de intersecções nas ruas a dividir pelo somatório das intersecções e do número de becos sem saída; quanto maior o índice,

maior a conectividade Perimetro dos quarteirões •perimetro médio dos quarteirões;

Quanto menor o índice, maior a conectividade

Quarteirões •nº de quarteirões; quanto menor

o nº de quarteirões maior a ligação

Extensão das vias sem saída

•dimensão média das vias sem saída; quanto menor a dimensão

maior a conectividade Conectividade externa •distância média entre os pontos de

entrada e de saída quarteirão.

Quanto menor a distância maior a conectividade externa

Fonte: Song and Knaap: “Measuring Urban Form”,

Journal of the American Planning Association, Spring 2004, Vol. 70, No. 2

38

2. Densidade

Tamanho dos lotes Dimensão média dos lotes na unidade de vizinhança; quanto menor, maior a densidade

Densidade de residências unifamiliares

Nº de residências unifamiliares a dividir pela área;

quanto maior o rácio maior a densidade

% Área coberta Área coberta sobre a área total; quanto maior o

índice maior a densidade

Fonte: Song and Knaap: “Measuring Urban Form”,

Journal of the American Planning Association, Spring 2004, Vol. 70, No. 2 3. Usos mistos do solo

Uso misto actual Total de área comercial, industrial e pública ocupada a dividir pelo número de edifícios; quanto

maior o índice maior a diversidade

Uso Misto - Zonamento Total de área comercial, industrial e pública prevista (delimitada) a dividir pelo número de edifícios; quanto maior o índice maior a

diversidade

(14)

4. Acessibilidade

Distância à área comercial Distância média ao centro comercial mais próximo;

quanto menor a distância, maior a acessibilidade

Distância às paragens Distância média à paragem de autocarro mais próxima; quanto menor a distância, maior a

acessibilidade

Distância ao parque Distância média ao parque; quanto menor a

distância, maior a acessibilidade

Fonte: Song and Knaap: Measuring Urban Form, Journal of the American Planning Association, Spring 2004, Vol. 70, No. 2

5. Acessibilidade pedonal

Acessibilidade pedonal às áreas comerciais

Percentagem de residências unifamiliares a menos de ¼ de milha das áreas comerciais; quanto maior a

percentagem, melhor é a acessibilidade pedonal

Acessibilidade pedonal às Paragens Percentagem de residências unifamiliares a menos de ¼ de milha de uma paragem de autocarro; quanto

maior a percentagem, melhor é a acessibilidade pedonal

40

II. Metodologias de análise dos processos e

das formas urbanas

(Alguns exemplos da equipa de investigação MOPT-CEG)

41

2.1. Tipologia DIMET (tipologia de dinâmicas metropolitanas) 1. Critérios subjacentes ao conceito

de metropolização:

- Centralidade (lógica de rede e

acessibilidade máxima)

- Densidade (processos de

concentração e dispersão)

-Dinâmica (dimensão temporal)

2. Quatro domínios de indicadores: - Organização urbana (redes de comunicação, uso solo, alojamento, etc)

- População e emprego - Economia (empresas) - Sociedade e cultura

• Análise de clusters

i.e. agrupamento de indivíduos (concelhos) com base em características (indicadores) semelhantes

(proximidade estatística)

• Painel de 51 indicadores (275 concelhos do continente) • Variações 1991 - 2001

(15)

| 3. O SISTEMA URBANO E OS CONTEXTOS DE MUDANÇA NOS TERRITÓRIOS|

43

| 3. O SISTEMA URBANO E OS CONTEXTOS DE MUDANÇA NOS TERRITÓRIOS| Centros metropolitanos de Lisboa e Porto

Lisboa e Porto caracterizam-se por uma forte densidade de população, alojamentos e emprego; registam um decréscimo de

população; o emprego é altamente especializado, mas regista uma

quebra; os níveis de educação, I&D e comércio internacional são os mais importantes do país; as acessibilidades são máximas; as migrações pendulares são complexas com um forte crescimento das relações inter-concelhias

Áreas suburbanas consolidadas

Representam as áreas suburbanas contíguas às cidades-metrópoles de Lisboa e Porto; são caracterizadas por uma estabilização da

população; registam um aumento do emprego especializado, assim

como dos níveis de educação e I&D; o número de alojamentos

regista uma quebra; as acessibilidades são máximas e a rede urbana é densa; as migrações têm-se tornado mais complexas, com

aumento dos movimentos inter-concelhios

44

| 3. O SISTEMA URBANO E OS CONTEXTOS DE MUDANÇA NOS TERRITÓRIOS| Área suburbana em consolidação

Classe muito próxima à anterior; corresponde aos concelhos contíguos à classe 2 e também ao concelho de Braga. As principais diferentes face à classe 2 são o forte crescimento do emprego metropolitano, o aumento da pressão urbana, traduzida por um aumento da construção de alojamentos.

Área de metropolização

São as áreas limítrofes aos centros metropolitanos e metropolitanos potenciais. Dentro de cada área observam-se particularidades relativas ao seu enquadramento em cada região (Lisboa, Porto, Braga ou Faro). São caracterizadas por boas acessibilidades, por um aumento da

população urbana, por pressões urbanas traduzidas pelo aumento

de alojamentos totais; o alojamento secundário/sazonal diminui; o

emprego metropolitano regista um aumento, nomeadamente ao

nível das actividades financeiras, de transporte e logística e nos serviços em geral. A presença de capital estrangeiro é importante (especialmente no norte, onde domina a indústria e comércio por grosso e, no sul no sector do turismo)

(16)

| 3. O SISTEMA URBANO E OS CONTEXTOS DE MUDANÇA NOS TERRITÓRIOS|

Área de periurbanização

São as áreas que correspondem grosso modo ao litoral do país. São acessíveis, com uma rede urbana estruturada em torno de alguns centros. O crescimento do emprego metropolitano e dos níveis de educação tem sido moderado, pese embora registem um forte aumento da pressão urbana, nomeadamente de alojamentos de tipo unifamiliar de residência habitual e secundária fortemente consumidores de solo agrícola e florestal. São ainda caracterizadas por um aumento dos equipamentos sociais e culturais

46

2.2. Métricas espaciais de ocupação urbana dos municípios portugueses

Não existem indicadores disponíveis/sistematizados para caracterização da forma urbana/ocupação urbana em Portugal (referem-se sobretudo a densidades de população ou de pertença ao lugar – ex. TAU, 2009).

O projecto FURBS (Forma urbana sustentável) procurou o desenvolvimento de metodologias exploratórias para obter e quantificar a forma urbana a nível nacional, a partir de um conjunto de métricas* calculadas a partir de uma base de dados da ocupação/uso do solo

Índice de Densidade Índice de Densidade Índice de Ocupação Índice de Ocupação Índice de Dimensão Índice de Dimensão

Índice de distância ao vizinho mais próximo Índice de distância ao vizinho mais próximo Índice de Compactação

Índice de Compactação Índice de Expansão Índice de Expansão Índice de Dispersão Índice de diversidade de Shannon Índice de centralidade ([)

Mcgarigal, K.; Cushman, S.; Neel, M.; Ene, E. (2002) - FRAGSTATS: Spatial Pattern Analysis Program for Categorical Maps. Computer software program produced by the authors at the University of Massachusetts, Amherst.

Índice de Densidade Índice de Densidade Índice de Ocupação Índice de Ocupação Índice de Dimensão Índice de Dimensão

Índice de distância ao vizinho mais próximo Índice de distância ao vizinho mais próximo Índice de Compactação

Índice de Compactação Índice de Expansão Índice de Expansão Índice de Dispersão Índice de diversidade de Shannon Índice de centralidade ([)

Mcgarigal, K.; Cushman, S.; Neel, M.; Ene, E. (2002) - FRAGSTATS: Spatial Pattern Analysis Program for Categorical Maps. Computer software program produced by the authors at the University of Massachusetts, Amherst. *As métricas espaciais tiveram origem no domínio da ecologia da paisagem e são índices que caracterizam geometricamente as unidades de paisagem. As unidades de paisagem são classificadas com base no uso e ocupação do solo

- Tecido urbano contínuo (111) - Tecido urbano descontínuo (112)

- Indústria, comércio e equipamentos gerais (121) - Redes viárias e ferroviárias e espaços associados (122) - Zonas portuárias (123)

- Aeroportos (124) - Áreas em construção (133)

- Equipamentos desportivos e de lazer (142) (quando contíguos às classes anteriores)

Selecção das classes de uso/ocupação do solo do Corine Land Cover para obter a “Área Urbana” (AU)

1990 2000

2006

48 Informação sistematizada – escala?

(17)

Classes de uso/ocupação de solo para obtenção da área urbana (AU)

49

Loulé

A partir de uma determinada escala o CLC é pouco sensível a fenómenos de dispersão urbana (resolução e escala da análise) / erros de classificação

Que tipo de cartografia de uso/ocupação do solo para análise da forma urbana? A que escala?

Índice de densidade

Quantifica o número de áreas urbanas por unidade territorial (concelho) Relação nº AU/ área do concelho

Índice de dimensão

Quantifica a dimensão média das áreas urbanas Relação área da AU/ nº de AU

n area aurb n i i ∑ =1 _

aurb_areai= área total (ha) da soma de todas as unidades da área urbana

n = número total de áreas urbanas dentro de cada unidade territorial (concelho)

aconc naurb n i i ∑ =1

naurbi= número de áreas urbanas no concelho

aconc = área total do concelho (ha)

Área urbana Concelho

Área urbana Concelho

(18)

Índice de ocupação

Quantifica a percentagem da unidade territorial ocupada por áreas urbanas Relação área AU/ área concelho * 100

100 * _ 1 aconc area aurb n i i ∑ =

aurb_areai= área das áreas urbanas (ha)

aconc = área do concelho (ha)

Índice de distância média ao vizinho mais próximo

durb_disti= distância da área urbana até à área urbana mais próxima, com base na distância euclidiana entre os limites

n = número total de áreas urbanas em cada concelho

Indica a distância média de uma área urbana até à área urbana mais próxima

n dist durb n i i ∑ =1 _ Área urbana Concelho 52 Índice de compactação

Equivale ao perímetro de cada mancha urbana dividido pelo perímetro mínimo possível. É igual a 1 quando a mancha apresenta uma compactação máxima e aumenta sem limite à medida

que a forma da mancha se torna mais irregular.

n comp purb n i i ∑ =1 _

purb_compi = perímetro da mancha urbana dividido pelo perímetro mínimo possível para uma mancha urbana de igual área

n = número total de áreas urbanas em cada concelho COMP < COMP >

53

Índice de expansão

Permite medir a dinâmica de ocupação das áreas urbanas de crescimento contíguo face ao total das

áreas urbanas. 100 * 0690 _ _ 0690 _ ncont cont area cont area

area_cont0690 = área contígua (ha) resultante da diferença entre áreas

urbanas de 2006 e 1990

area_cont_ncont0690 = área total (ha) das áreas contíguas e

não-contíguas de 2006 e 1990.

CONTIGUIDADE < CONTIGUIDADE >

Área urbana no momento 1 Concelho Área urbana no momento 0

(19)

Índice de dimensão (2006) Variação do índice de dimensão (1990-2006)

Quantifica a dimensão das áreas urbanas 55

Índice de densidade (2006) Variação do índice de densidade

(1990-2006)

Quantifica o número de áreas urbanas por unidade territorial. 56

Índice de ocupação (2006) Variação do índice de ocupação

(1990-2006)

Quantifica a percentagem da unidade territorial ocupada por áreas urbanas 57

(20)

Índice de distância média ao vizinho mais próximo (2006)

Variação de distância média ao vizinho mais próximo (1990-2006)

Indica a distância média (metros) de uma área urbana até à área urbana mais próxima58

Índice de compactação (2006)

Variação do índice de compactação (1990-2006)

Medida de regularidade/irregularidade da mancha urbana Aproxima-se de 1 se a mancha for mais uniforme

59

Índice de expansão (1990-2006)

(21)

Concelho de Viseu Concelho de Beja

Concelho Área (ha) manchasN.º ManchasÁrea DimensãoÍndice de OcupaçãoÍndice de ProximidadeÍndice de CompactaçãoÍndice de

Beja 114652,01 13 1752,00 134,77 1,53 323,74 1,38

Concelho Área (ha) manchasN.º ManchasÁrea DimensãoÍndice de OcupaçãoÍndice de ProximidadeÍndice de CompactaçãoÍndice de

Viseu 50712,92 38 3126,00 82,26 6,16 20,07 1,97

61

http://www.ceg.ul.pt/FURBS/

http://www.arcgis.com/explorer/?open=77b 2ab7c79dd41a6a7b84108e88bc001

(22)

Ensaio de tipologia da forma urbana em Portugal As métricas para 2006 e a evolução entre 1990 e 2006 podem ser combinadas no

sentido de se propôr uma tipologia de

ocupação urbana para cada concelho 4 tipos principais Tipo Descrição 1. Expansão de polígonos existentes com emergência de novos

↑ Indice de dimensão, indice de ocupação, nº de polígonos e indice de densidade(Vermelho)

2. Emergência de novos polígonos

↑ Nº de polígonos (> 2 AU), indice de densidade, indice de ocupação e indice de expansão (< 50%)(Laranja)

3. Expansão e agregação dos polígonos existentes

↑ Índice de dimensão, índice de ocupação e índice de expansão elevado ↓ Nº de polígonos e índice de densidade

(Amarelo)

4. Expansão dos polígonos existentes

↑ Índice de dimensão, índice de ocupação e índice de expansão ↔ Nº de polígonos e índice de densidade(Verde)

↑ Aumento ↓ Diminuição ↔ S/ evolução

Síntese

• A figura anterior evidencia que a grande parte dos concelhos portugueses (48%) aumentaram a dimensão das áreas construídas mas com associação novas áreas. Esta situação é evidente nas áreas litorais e em algumas capitais de distrito (Viseu, Guarda, Castelo Branco, Évora, Beja).

• Outro tipo importante é a emergência de novas áreas construídas; 26% dos concelhos encontra-se nesta classe, que pode ser considerada de dispersão urbana (no Alentejo, esta situação pode dever-se ao aumento da residência secundária; nas áreas litorais, pode dever-se ao aumento dos movimentos pendulares para áreas mais alargada).

• Apenas 17 % dos municípios estão a expandir as suas áreas

construídas já existentes

• Nas áreas metropolitanas, o tipo mais comum é a agregação de polígonos já existentes (preenchimento dos interstícios).

65

III. Forma urbana e sustentabilidade nas

orientações de política de OT em Portugal

(23)

• Ao nível da UE, foi sobretudo com o debate em torno do ambiente que se encorajou a questão da forma urbana e sustentabilidade, nomeadamente forma urbana e consumo energético, dependência automóvel, expansão urbana dispersa e consumo de solo, etc.

• O “livro verde sobre o ambiente” foi uma das primeiras tentativas para se promover o desenvolvimento urbano sustentável europeu (1990), propondo-se orientações de política, nomeadamente zonamentos urbanos privilegiando usos heterogéneos, desenvolvimentos mais compactos, regeneração urbana, transportes públicos, etc.

• Esta questão, é incrementada mais tarde através da Carta de Aalborg (carta das cidades europeias para a sustentabilidade, 1994), que comprometeu um conjunto de municípios europeus a desenvolverem as Agendas 21 locais (1996) no sentido de maior equidade social, usos de solo e padrões de mobilidade mais sustentáveis.

3.1. Dos documentos e directrizes europeias para “combater” o urban sprawl às directrizes nacionais e regionais

67

• Em 1999, os ministros responsáveis pelo ordenamento do território e

desenvolvimento regional promovem o Esquema Comunitário de

Desenvolvimento Europeu (EDEC) assente num desenvolvimento sustentável equilibrado do território europeu. Uma das opções politicas enunciadas é um ordenamento do território mais eficiente à escala da cidade-região para combater a dispersão urbana.

• O EDEC foi mais tarde reforçado pela Agenda Territorial (2007) e pela Carta de Leipzig (2007) que introduzem uma abordagem integrada para as cidades sustentáveis, relacionando temas como as comunidades sustentáveis, os transportes e as mobilidades, a energia, a inclusão social.

• Actualmente o desenvolvimento urbano sustentável está presente nas politicas sectoriais europeias do ambiente, política regional, mobilidade e transportes, energia, agricultura e desenvolvimento rural.

Contenção de Perímetros Urbanos, regeneração urbana, densificação, policentrismo são alguns dos conceitos/objectivos que mais se desenvolvem na agenda política europeia e que têm tido repercussões na politica de ordenamento do território em Portugal

68

• PNPOT (Escala nacional)

• PROT (Escala regional)

• PMOT (Escala municipal – local)

c o n c e p tu a liz a ç ã o c o n c e p tu a liz a ç ã o o p e ra c io n a liz a ç ã o o p e ra c io n a liz a ç ã o

A Lei de Bases da Política de Ordenamento do Território e Urbanismo (1998) assume nos princípios gerais a “Sustentabilidade e solidariedade inter-geracional, assegurando a transmissão às gerações futuras de um território e de espaços edificados correctamente ordenados (art. 5)”, bem como “a adequação dos níveis de densificação urbana, impedindo a degradação da qualidade de vida, bem como o desequilíbrio da organização económica e social (art.6) e “a rentabilização das infra-estruturas, evitando a extensão

desnecessária das redes e dos perímetros urbanos e racionalizando o aproveitamento das áreas intersticiais (art.6)”.

(24)

• PNPOT (Escala nacional)

Discurso voltado para a forma urbana sustentável com base nas orientações Europeias e nas estratégias nacionais, nomeadamente no que concerne a dicotomia compacto (policentrismo, densificação) v.s. disperso, concretamente:

“Objectivo 3. Promover o desenvolvimento policêntrico dos territórios e reforçar as infra-estruturas de suporte à integração e à coesão territoriais

3.3. Promover um desenvolvimento urbano mais compacto e

policêntrico no continente, contrariar a construção dispersa,

estruturar a urbanização difusa e incentivar o reforço de centralidades intra-urbanas”

• PROT (Escala regional)

Discurso voltado para a Forma Urbana Sustentável com base no PNPOT, indo mais além com o estabelecimento de normas orientadoras e directrizes para a prossecução dos modelos territoriais regionais

70

PROT

PROT Normas orientadoras e Normas orientadoras e directrizes directrizes (em estreita

(em estreita relação relação com a com a forma urbana) forma urbana)

Delimitação e construção em solo urbano e Delimitação e construção em solo urbano e

rural rural PROT OVT Em vigor, aprovado por RCM a 6/8/2009 Normas orientadoras sectoriais e territoriais - Normas especificas de OT Polinucleação e integração territorial; Concentração do edificado; Contenção, proporcionalidade e programação das áreas urbanas, etc

Directrizes

- Padrões de ocupação, classificação do solo

(delimitação do solo urbano e do solo rural, e dentro deste da edificação dispersa, com definição de parâmetros urbanísticos a cumprir)

Qualificação do solo urbano:

Na criação de novas áreas urbanas ou expansão das existentes devem respeitar-se os seguintes requisitos:

- Disponibilidade de áreas para reconversão e reabilitação de áreas urbanas existentes com usos urbanos obsoletos ou degradadas e possibilidade de preenchimento de vazios urbanos

- Admitir a expansão da área em perímetro urbano no PDM em vigor apenas nos casos em que o somatório das áreas urbanizadas consolidadas e comprometidas atinja os 70%

Qualificação do solo rural

- Construção em solo rural: apenas em áreas delimitadas de edificação dispersa ou aglomerados rurais, salvo algumas excepções (actividade agrícola, turismo, equipamentos[) Ex. Residência própria e permanente dos agricultores: área mínima de 4 hectares (2ha em casos particulares

• PMOT (Escala municipal - local)

Discurso voltado para a Forma Urbana Sustentável?

Apesar dos PMOT terem as orientações dos documentos de nível superior, há questões e desafios que se colocam, sobretudo, se se considerar que a primeira geração de planos pautou-se por um alargamento excessivo dos perímetros urbanos, por baixas taxas de execução das áreas urbanizáveis e da reabilitação e por uma dificuldade em conter o licenciamento de construções em solo rural (edificação dispersa) (in DGOTDU, Inquérito aos

municípios, 2007)

Que articulação com os documentos de escala superior?

(25)

• Para verificarmos em que medida os PDM se articulam com as orientações de ordem superior (ex. contenção) analisa-se a dinâmica dos perímetros urbanos nos PDM revistos após a aprovação do PNPOT (FURBS/DGOTDU, 2011)

• Analisam-se também as relações com outras variáveis

representativas das dinâmicas territoriais (ocupação

urbana/uso do solo e alojamentos) para percebermos em que medida estas dinâmicas se traduzem (ou não) na expansão dos perímetros urbanos nos PDM

• Análise de cinco concelhos de Portugal Continental com PDM revistos após entrada em vigor do PNPOT: Arouca, Bragança, Peso da Régua, V. F. Xira, V. N. Gaia

3.2. A análise da forma urbana nos PDM pós-PNPOT

73

Bragança

Uso do solo

ocupação urbana

74

Vila Nova de Gaia

Uso do solo

ocupação urbana

(26)

Concelho Área (ha) N.º Polígonos Índice de Dimensão Índice de Densidade Índice de Ocupação Índice de DMVMP Índice de Compactação Índice de Expansão (1990-2006) AROUCA 2006 32820,8 5 48,46 0,00015 0,74 1408 1,71 36,15 Variação (1990-2006) - - 11,04 0,00012 0,62 -- -0,082 -BRAGANÇA 2006 117363,0 4 217,1 0,00003 0,74 8702 1,99 87,78 Variação 1990-2006 - - 79,5 0,00000 0,27 1425 0,088 -PESO DA RÉGUA 2006 9642,78 3 81,2 0,00031 2,52 1740 1,66 83,34 Variação (1990-2006) - - -78,8 0,00021 0,86 1740 -0,896 -VILA F. XIRA 2006 32349,9 9 328,0 0,00028 9,13 771 2,41 80,58 Variação 1990-2006 - - 153,22 0,00000 4,26 -57 0,29 -VILA N. GAIA 2006 16868,1 15 496,8 0,00089 44,18 264 2,53 95,36 Variação (1990-2006) - - 330,37 -0,00077 16,55 57 0,30

-Dinâmica construtiva

- Fogos concluídos em construções novas para habitação

familiar (INE)

Informação passível de ser analisada ano a ano - pode

constituir um indicador de acompanhamento do processo de

urbanização dos concelhos/freguesias (≠ uso solo: 10 em 10

anos)

77 Fogos concluídos (2002 e 2006) Fogos concluídos (2007 e 2010) Taxa de Acréscimo dos fogos concluídos 2002 a 2006 Taxa de Acréscimo dos fogos concluídos 2007 a 2010 Tx. de Variação da População (1991 e 2011) Tx. de Variação dos Alojamentos (1991 e 2001) Tx. de Variação dos Alojamentos (2001 e 2011) Arouca 937 398 9,95 4,22 -6,45 18,75 13,82 Bragança 2586 903 11,92 4,16 6,84 34,85 14,92 Peso da Régua 593 299 7,15 3,60 -20,7 3,39 11,42 Vila Franca de Xira 6284 2937 8,61 4,08 31,80 29,38 20,16 Vila Nova de Gaia 10654 5053 9,95 4,27 21,53 40,21 14,60 Continente 411669 205426 8,45 4,22 7,10 20,77 15,90 78

(27)

Dinâmica construtiva

Taxa de Acréscimo das obras concluídas entre 2002 e 2006 e 2006 e 2010

Arouca

Dinâmica construtiva

Taxa de Acréscimo das

obras concluídas entre 2002 e 2006 e 2006 e 2010

Bragança

Dinâmica construtiva

Taxa de Acréscimo das

obras concluídas entre 2002 e 2006 e 2006 e 2010

(28)

Dinâmica construtiva

Taxa de Acréscimo das

obras concluídas entre 2002 e 2006 e 2006 e 2010

Vila Franca de Xira

Dinâmica construtiva

Taxa de Acréscimo das

obras concluídas entre 2002 e 2006 e 2006 e 2010

Vila Nova de Gaia

Ocupação urbana Dinâmica construtiva

Arouca

Tendência para a expansão urbana dispersa (emergência de novos

polígonos)

Aumento da construção nas freguesias mais afastadas da sede de concelho

++ 1991 e 2001 + 2001 e 2011 (aloj)

+++ 2002 e 2006 + 2006 e 2010 (fog)

Bragança

Tendência para a expansão urbana contígua

(expansão dos polígonos existentes)

Aumento da construção nas freguesias sede de concelho e limítrofes

+++ 1991 e 2001 + 2001 e 2011

+++ 2002 e 2006 + 2006 e 2010

Peso da Régua

Tendência para a expansão urbana dispersa

(emergência de novos polígonos)

Aumento da construção nas freguesias mais afastadas da sede de concelho e limítrofes

+ 1991 e 2001 ++ 2001 e 2011

++ 2002 e 2006 + 2006 e 2010

Vila Franca de Xira

Tendência para a densificação

(expansão dos polígonos existentes)

Aumento generalizado +++ 1991 e 2001 + 2001 e 2011

+++ 2002 e 2006 + 2006 e 2010

Vila Nova de Gaia

Tendência para a densificação

(Expansão e agregação dos

Aumento generalizado +++ 1991 e 2001

(29)

Dinâmica dos perímetros urbanos dos PDM

- Extracção dos perímetros urbanos dos PDM revistos pós-PNPOT (40 PDM em 2011)

- Taxa de variação dos perímetros urbanos entre o PDM – 1º publicação e a sua revisão.

PDM ANTERIOR (A) PDM REVISTO (B) A & B

Área (ha)Percentagem do Concelho Publicação do PDMÁrea (ha) Percentagem do Concelho Publicação da Revisão em D.R. DIFERENÇA DE ÁREAS (B - A em ha) TX. DE VARIAÇÃO (A → B em %) AROUCA 1985,3 6,03 02-06-1995 2426,7 7,37 30-11-2009 441,4 22,2 BRAGANÇA 2571,7 2,19 04-04-1995 3848,4 3,28 18-06-2010 1276,7 49,6 PESO DA RÉGUA 745,5 7,86 18-01-1995 926,2 9,76 01-06-2009 180,7 24,2 VILA FRANCA DE XIRA 3852,1 12,13 17-03-1993 4555,7 14,34 18-11-2009 703,6 18,3 VILA NOVA DE GAIA 10083,7 59,88 06-05-1994 11542,7 68,55 12-08-2009 1459,0 14,5 Fonte: DGOTDU, 2011 Fonte: DGOTDU, 2011 Perímetros Urbanos do PDM anterior e revisto Arouca Fonte: DGOTDU, 2011 Perímetros Urbanos do PDM anterior e revisto Bragança

(30)

Fonte: DGOTDU, 2011 Perímetros Urbanos do PDM anterior e revisto Peso da Régua Fonte: DGOTDU, 2011 Perímetros Urbanos do PDM anterior e revisto

Vila Franca de Xira

Perímetros Urbanos do PDM anterior e revisto

Vila Nova de Gaia

(31)

Ocupação urbana Dinâmica construtiva Linhas estratégicas do PDM revisto Perímetros urbanos Arouca

-Bragança Enquadrar a ocupação urbana em espaço rural e ajustar os perímetros urbanos em função do crescimento verificado e previsto, numa óptica de contenção, procurando limitar o crescimento, à custa do

preenchimento de áreas intersticiais

Peso da Régua

-Vila Franca de Xira

Ajustar os perímetros urbanos em função do crescimento verificado/ previsto

Vila Nova de Gaia

Compactação da cidade Estruturação do Modelo de baixa densidade no litoral

Tendo em conta a dinâmica verificada ao longo do período 1991 e 2011 para uma atenuação da dinâmica construtiva, fará sentido este alargamento dos

perímetros urbanos (PDM revistos entre pós-PNPOT 2009 e 2010) ?

Principais Conclusões

→ Parece evidenciar-se que a expansão dos perímetros urbanos não reflecte as orientações de política à escala nacional e regional (5 casos de estudo), bem como as tendências territoriais. Mantém-se a tendência para o alargamento dos perímetros e a dificuldade em dar conta da edificação dispersa. → Importa aprofundar esta análise, nomeadamente a que tipo de

classes de uso corresponde este alargamento dos perímetros (urbanizável verde urbana, etc.) e o “Onde”, assim como analisar outros casos de estudo, que apresentem outras realidades.

92

1. Forma urbana compacta vs. forma urbana dispersa

2. Metodologias de análise dos processos e formas urbanas – indicadores

3. Processos e padrões de ocupação dos municípios: tendências de ordenamento do território

Tópicos de discussão

(32)

• Abrantes P, 2011, La métropolisation au Portugal: processus et politiques spatiale, CEG

(www.mopt.org.pt/uploads/1/8/5/5/1855409/patrcia_abrantes.pdf) • Dielemen F, Wegener M, 2004, Compact City and Urban Sprawl, in Built

environment, 30, 4 pp.308-323

• EEA, 2006, Urban sprawl in Europe - The ignored challenge, EEA report (http://www.eea.europa.eu/publications/eea_report_2006_10) • Jenks M, Colin , 2010, Dimensions of the sustainable city, Dordrecht, the

Netherlands : Springer

• Marques da Costa E, et al. 2011, O fenómeno da urbanização e os modelos de ocupação e gestão urbana presentes nos PDM´S: Uma leitura comparativa a partir de casos de estudo para apoio à monitorização territorial. In VIII Congresso da Geografia Portuguesa, Outubro de 2011

Bibliografia

94

Curso Ordenamento do Território

FORMA URBANA “SUSTENTÁVEL”

PROCESSOS E METODOLOGIAS

Patrícia Abrantes

Centro de Estudos Geográficos Instituto de Geografia e Ordenamento do Território Universidade de Lisboa Montijo, 30 de Abril de 2013 patricia.abrantes@campus.ul.pt

Referências

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