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ÁGUA MINERAL: sódio, ph e saúde

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Academic year: 2021

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ÁGUA

MINERAL:

sódio, pH e saúde

(2)

O

sódio é essencial para regular os fl uidos

intra e extracelulares do corpo, atuando

para manter a pressão arterial e o volume

sanguíneo. Também é essencial para regular

o equilíbrio hídrico do organismo e para a

transmissão dos impulsos nervosos, além de

ajudar no relaxamento muscular. O consumo

excessivo pode causar aumento da pressão

arterial, por isso o Ministério da Saúde, a

Organização Mundial da Saúde (OMS), bem

como as Sociedades Brasileiras de Cardiologia,

Hipertensão e Nefrologia, recomendam que os

indivíduos saudáveis consumam menos que

2.000 mg de sódio por dia (o que representa

menos de 5 g de sal de cozinha/dia).

Por isso, é importante estarmos atentos

à quantidade de sódio ingerida na dieta.

POR QUE

FALAR

SOBRE

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Portanto, a maior parte do sódio na nossa dieta é proveniente da adição de sal durante o processamento ou preparo dos alimentos. Diversos estudos demonstram que a ingestão de sódio na dieta varia muito em função de fatores sociais e culturais, situando-se entre 1.800 a 5.000 mg/dia. O FDA nos EUA, por exemplo, encontrou evidências de que os americanos consomem em média cerca de 3.000 mg de sódio todos os dias. Esse quadro não é diferente no Brasil e, por isso, é tão importante que seja implementada uma grande campanha nacional para redução do sal de mesa e do sal de preparo, que são utilizados sem medida e sem controle.

O consumo elevado de sal de preparação é uma característica da culinária brasileira, vinda dos primórdios da nossa cozinha, com a grande utilização de alimentos muito salgados, para conservação, como a carne- seca, a carne de sol e os peixes e aves em crosta de sal. As preparações que mais contribuem com sódio na dieta são o arroz e o feijão, devido à frequência e quantidade consumidas. Além disso, o sal também é utilizado para temperar pratos prontos como saladas e batata frita.

SÓDIO

NA ALIMENTAÇÃO

DO BRASILEIRO

O sódio também está presente naturalmente na composição de diversos alimentos e na água. Na água potável, o teor de sódio pode variar entre <1 a 200 mg/L. Águas de fontes subterrâneas ou minerais tipicamente contêm maiores concentrações de minerais e sais que as águas superfi ciais. O leite humano e o leite de vaca contêm 180 mg/L e 770 mg/L, respectivamente. Frutas frescas e vegetais podem conter concentrações de sódio variando entre <10 a 1.000 mg/kg; cereais e queijo podem conter entre 10.000 a 20.000 mg/kg. Assim, pode-se afi rmar que a maior parte do sódio que grande parte das pessoas ingere é proveniente dos alimentos e não da água. A contribuição do sódio proveniente da água potável da torneira ou engarrafada de fonte mineral é usualmente muito pequena, em geral <5% do total de sódio ingerido.

Nesse contexto, a água potável da torneira ou engarrafada de fonte mineral não deve se constituir em preocupação quanto à sua contribuição para o total de sódio consumido. Na dieta brasileira habitual, as bebidas não alcoólicas, incluindo as águas minerais ou engarrafadas, contribuem com

1,5% do total de sódio ingerido.

VOCÊ SABIA?

Que o sal comum (cloreto de sódio) é a maior fonte de sódio na dieta? O sal contêm 40% de sódio e é utilizado, geralmente, durante a preparação das refeições (sal de preparação) e adicionado a alimentos prontos como saladas e batata frita (sal de mesa). Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) apontam que o consumo de sal de preparação é responsável por 71,5% do sódio ingerido no país.

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A água mineral é composta naturalmente por diversos minerais, tais como fl úor, ferro, magnésio, potássio e sódio. O perfi l e a concentração desses minerais dependem de uma série de fatores, entre os quais estão a profundidade do poço, a composição do solo e o perfi l de drenagem da região. No Brasil, as águas minerais naturais, em sua grande maioria, são de baixa mineralização. Por isso, as águas brasileiras não são fonte relevante de minerais para o organismo. As marcas que se dizem “mais saudáveis” em relação ao sódio não o fazem

adequadamente, porque todas as águas minerais brasileiras contêm baixo teor de sódio e são consideradas fontes pouco signifi cativas desse elemento.

A European Food Safety Authority (EFSA), responsável pela aprovação de alegações de saúde na União Europeia, não reconhece nenhum benefício específi co para qualquer marca de água mineral natural. Todas as águas apresentam os mesmos benefícios, entre eles, o da hidratação.

O sódio em nossas águas é de origem natural. A legislação brasileira não permite a adição ou a retirada de qualquer substância da água mineral: o produto deve ser engarrafado com as mesmas características encontradas na natureza. A variação na concentração de sódio em nossos produtos deve-se às características únicas de cada fonte, as quais estão relacionadas, por exemplo, com a composição do solo da região.

Importante ressaltar que todas as águas minerais comercializadas pela Coca-Cola Brasil apresentam teor de sódio comparável ao de alimentos classifi cados como de baixo teor de sódio pela Anvisa.

A quantidade de sódio presente em nossas águas não provoca qualquer retenção de líquido signifi cativa no organismo de pessoas saudáveis ou aumento de pressão arterial, e tampouco é capaz de aumentar a sede. Pelo contrário, elas auxiliam na hidratação. No caso das águas minerais naturais, seguindo as orientações da Anvisa e do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o teor de sódio é declarado no rótulo em miligramas por litro (mg/L). Isso

pode causar confusão no momento de comparar a concentração de sódio da água mineral com outros produtos. Por isso, apresentamos ao lado o teor de sódio em mg por 200 ml (um copo) de nossas principais fontes de água.

O teor de sódio contido nas águas minerais da Coca-Cola Brasil ou em qualquer outra água mineral brasileira representa em média um pequeno percentual do consumo diário máximo recomendado.

SÓDIO

NA ÁGUA

MINERAL

NATURAL

SÓDIO

NAS ÁGUAS

MINERAIS

NATURAIS DA

COCA-COLA

BRASIL

FONTE SÓDIO (mg/200 ml) IJUÍ CRYSTAL 20,7 JOSÉ GREGÓRIO 3,2 MINA DA LUA 0,3 MONTE SIÃO 1,1 SANTO ANTÔNIO 19,9 SÃO BENTO AL 1,3 YGUABA 7,7 TEOR DE SÓDIO NA ÁGUA MINERAL CRYSTAL

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Mesmo com ampla variação, a água mineral natural tende a apresentar valores de pH que vão de levemente ácidos a levemente básicos, muito diferentes do pH gástrico, essencialmente ácido. Ao ser ingerida, a água chega rapidamente ao estômago, sendo misturada ao suco gástrico e tornando-se ácida. Isso faz parte de nosso metabolismo normal. Não há vantagem ou desvantagem, portanto, em beber águas mais básicas ou mais ácidas. Teríamos de ingerir, de uma única vez, volumes inviáveis para que o equilíbrio acidobásico do estômago e porções iniciais do duodeno tivessem alterada sua qualidade ácida, que é essencial para a digestão normal dos alimentos.

Aqui você pode encontrar algumas dicas para ajudar na redução da ingestão de sal:

Reduzir aos poucos o sal usado nas preparações caseiras. O paladar se adapta à redução gradativa da quantidade de sal nos alimentos, sem prejudicar a percepção do sabor.

Usar ervas, pimenta, alho e suco de limão, em substituição ao sal, para temperar os alimentos. O sabor peculiar desses ingredientes substitui uma boa parte do sal utilizado na preparação.

Evitar o uso do saleiro na mesa da refeição. Ler os rótulos dos alimentos para verifi car a quantidade de sódio.

O consumo de alimentos ricos em sódio (mais de 400 mg por 100 g) deve ser moderado.

pH

NAS ÁGUAS

MINERAIS

NATURAIS

COMO AJUDAR

SEUS PACIENTES

A REDUZIR

A INGESTÃO

DE SAL?

FONTE pH IJUÍ CRYSTAL 9,58 JOSÉ GREGÓRIO 8,66 MINA DA LUA 6,35 MONTE SIÃO 6,49 SANTO ANTÔNIO 7,76 SÃO BENTO AL 5,40 YGUABA 7,28 pH NA ÁGUA MINERAL CRYSTAL: Todos os valores de pH das águas minerais da Coca-Cola Brasil são seguros.

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Fonte: TACO/UNICAMP, 4. ed. 2011;Tabela de equivalências, Medidas Caseiras e Composição Química dos Alimentos, Manuela Pacheco. Ed. Rubio, 2. ed. 2011; Spinelli M G N, Kawashima L M, EGASHIRA, E M. Análise de sódio em preparações habitualmente consumidas em restaurantes self service. Alim. Nutr. 2011; 22(1):55-6; *Informações do mercado.

Toda água mineral brasileira é considerada fonte pouco signifi cativa de sódio e outros minerais. A água mineral que possui mais de 200 mg/L de sódio deve conter o alerta de rotulagem ”CONTÊM SÓDIO”. Diferenças no teor de sódio entre as diversas marcas não são relevantes para o gerenciamento de seu consumo dentro das recomendações diárias estabelecidas pela ANVISA e OMS.

ABIA. Cenário do consumo de sódio no Brasil. Estudo

elaborado com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE). Junho, 2013. http://www.abia.org.br/sodio/Sodio2.pdf

EFSA Panel on Dietetic Products, Nutrition and Allergies (NDA). Scientifi c Opinion on the

substantiation of health claims related to water and maintenance of normal physical and cognitive function (ID 1102, 1209, 1294, 1331), maintenance of normal thermoregulation (ID 1208) and “basic requirement of all living things” (ID 1207) pursuant to Article 13(1) of Regulation (EC) No 1924/2006. EFSA Journal 2011; 9(4):2075; p. 16.

FDA. Helping Consumers Reduce Sodium Intake. 2012. Institute of Medicine. Dietary reference intakes

for water, potassium, sodium, chloride and sulfate. Washington, DC: National Academy Press, 2004.

Ministério da Saúde. Portaria nº 2.914, de 12 de

dezembro de 2011. Procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. 2011.

Ministério de Minas e Energia. Água mineral. Relatório

técnico 57, Perfi l de água mineral. 2009.

Mohan S, Campbell NR. Salt and high blood pressure.

Clin Sci (Lond). 2009; 117(1): 1-11.

NEPA – UNICAMP. Tabela brasileira de composição de

alimentos. 4 ed. 2011.

Spinelli M G N, Kawashima L M, EGASHIRA, E M.

Análise de sódio em preparações habitualmente consumidas em restaurantes self service. Alim. Nutr. 2011; 22(1):55-61.

Tabela de equivalentes, medidas caseiras e

composição química dos alimentos. Manuela Pacheco.

Ed. Rubio, 2. ed., 2011.

WHO. Sodium in drinking water. Geneva,

World Health Organization (WHO), 2003.

TEOR DE

SÓDIO

EM ALIMENTOS

E PREPARAÇÕES

MAIS COMUNS

ALIMENTO POR PORÇÃO SÓDIO (mg)

Linguiça de frango grelhada 1 unid. (100 g) 1351 Bife grelhado 1 unid. (130 g) 719 Hambúrguer bovino grelhado 1 unid. (56 g) 610 Feijão pronto 1 concha (150 g) 521 Pastel de carne frito 1 unid. peq. (50 g) 520 Pão de queijo 1 unid. (50 g) 387 Pão francês 1 unid. (50 g) 324 Arroz pronto 4 colheres de sopa (100g) 322 Empada de frango 1 unid. peq. (50 g) 263 Biscoito água e sal 6 unid. (30 g) 256 Pão de forma integral 2 fatias (50 g) 253 Batata chips 1 xícara de chá (25 g) 152 Leite desnatado , UHT 1 copo (200 ml) 102 Maionese 1 colher de sopa (12 g) 94 Margarina com sal 1 colher de sopa (10 g) 56-89 Refrigerante de baixa caloria* 1 copo (200 ml) 10–46 Refrigerante adoçado* 1 copo (200 ml) 14- 8 Água Crystal Fonte Ijuí Cristal 1 copo (200 ml) 20 Água Mineral Natural* 1 copo (200 ml) 0-20

Referências

e Recursos

Profi ssionais

Para mais informações sobre bebidas e saúde, incluindo recursos úteis tais como sites científi cos, entrevistas com especialistas, glossário de nutrientes e aplicativo sobre rotulagem, visite nosso site do Instituto de Bebidas para Saúde e Bem-Estar em:

Referências

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