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FLEBOTOMÍNEOS (DIPTERA: PSYCHODIDAE) EM ÁREAS DE OCORRÊNCIA DE LEISHMANIOSE NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL

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UNIFRAN

FLEBOTOMÍNEOS (DIPTERA: PSYCHODIDAE) EM ÁREAS DE

OCORRÊNCIA DE LEISHMANIOSE NA REGIÃO SUDESTE DO

BRASIL

Jennifer Diniz dos Santos

Franca 2019

(2)

FLEBOTOMÍNEOS (DIPTERA: PSYCHODIDAE) EM ÁREAS DE

OCORRÊNCIA DE LEISHMANIOSE NA REGIÃO SUDESTE DO

BRASIL

Dissertação apresentada a Universidade de Franca, UNIFRAN, como exigência parcial para a obtenção do título de mestre em Ciência Animal.

Orientador: Profº Dr. Rafael Paranhos de Mendonça.

FRANCA 2019

(3)

Catalogação na fonte – Biblioteca Central da Universidade de Franca

Santos, Jennifer Diniz dos

S235f Flebotomíneos (diptera: psychodidae) em áreas de ocorrência de leishmaniose na região sudeste do Brasil / Jennifer Diniz dos Santos ; orientador: Rafael Paranhos de Mendonça. – 2019

55 f. : 30 cm.

Dissertação de Mestrado – Universidade de Franca

Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu – Mestre em Ciência Animal

1. Flebotomíneos (diptera: psychodidae). 2. Armadilhas. 3. Epidemiologia. 4. Vetores. 5. Zoonose. I. Universidade de Franca. II. Título.

(4)
(5)

JENNIFER DINIZ DOS SANTOS, nascida em 06 de novembro de 1994, brasileira, natural da cidade de São Joaquim da Barra, estado de São Paulo, filha de Edson Clayton Diniz dos Santos e Rosangela Gomieiro. Médica Veterinária, graduada pela Faculdade Doutor Francisco Maeda, FAFRAM, Ituverava, SP, em julho de 2017. Desde 2017 é discente no Programa de Pós-Graduação Mestrado em Ciência Animal pela Universidade de Franca, com ênfase em parasitologia veterinária e saúde pública. Atuando principalmente nos seguintes temas: Phlebotominae e ecologia de vetores de leishmanioses.

(6)

Dedico este trabalho a minha família, desejando que esta seja apenas mais uma conquista de muitas que virão. Sem vocês, nada disso seria possível!

(7)

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pela oportunidade da realização de um sonho.

Á minha família pelo incentivo e apoio durante esses dois anos, pelo esforço para que vencêssemos as batalhas diárias e os obstáculos encontrados pelo caminho.

Ao meu orientador Rafael Paranhos de Mendonça pela paciência, compreensão e ajuda na realização não só deste trabalho, mas sim na minha formação como pessoa, uma vez que me ensinou a não desistir dos meus objetivos, mesmo que tudo pareça estar dando errado.

À minha “irmã” de mestrado, Maria Fernanda da Silva, por me ajudar a colocar em prática este projeto, desde a coleta á identificação dos flebotomíneos.

À todos os meus amigos, pelas alegrias vividas, obrigada por terem sido o meu pilar, e terem me segurado quando precisei.

Aos colaboradores Wellington, Sandro, Michele, Rita, Camila e Cândida por se disponibilizarem a ajudar de forma tão eficiente.

À todos os professores da Universidade de Franca, que me auxiliaram, e me guiaram durante esses anos, levarei comigo cada aprendizado e ensinamento que me foi concedido.

Ao amigo Dennys, por todo apoio, aprendizado e paciência.

Às professoras Mara Cristina Pinto, Lizandra Guidi Magalhães e Eunice Aparecida Galati, pela valiosa e imprescindível ajuda.

À banca examinadora, pelo aceite do convite e contribuições.

Aos colegas e aos professores envolvidos no curso de identificação de flebotomíneos, por toda amizade, dedicação e sabedoria compartilhada.

O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001.

(8)

“O inventor da lâmpada não acertou logo de cara. Ele precisou de várias tentativas. Porém, quando questionado sobre os fracassos, ele respondeu: Eu não fracassei. Eu encontrei 10 mil soluções que não davam certo.”

(9)

LISTA DE ABREVIATURAS

CDC Center on Disease Control

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística LC Leishmaniose Cutânea Localizada

LCD Leishmaniose Cutânea Difusa LMC Leishmaniose Mucocutânea LV Leishmaniose Visceral

LVC Leishmaniose Visceral Canina LT Leishmaniose Tegumentar OMS Organização Mundial da Saúde MG Minas Gerais

SINAN Sistema de Informação de Agravos de Notificação SP São Paulo

PAHO Pan American Health Organization: PCR Reação em Cadeia de Polimerase WHO World Health Organization

(10)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Espécimes de flebotomíneos capturados nos municípios durante o período de abril à julho de 2019...33

Tabela 2 Condições climáticas dos municípios de Franca, Pedregulho, Rifaina e Delfinópolis durante o período de abril à julho de 2019... 34

Tabela 3 Espécies de flebotomíneos capturadas no município de Franca-SP durante o período de maio e junho de 2019... 34

Tabela 4 Espécies de flebotomíneos capturadas no município de Pedregulho-SP durante o período de maio à julho de 2019...35

Tabela 5 Espécies de flebotomíneos capturadas no município de Rifaina- SP durante o período de abril à junho de 2019..36

Tabela 6 Espécies de flebotomíneos capturadas no município de Delfinópolis-MG durante o período de abril e maio de 2019...37

(11)

SUMÁRIO RESUMO ... 1 ABSTRACT ... 2 CAPITULO I ... 3 1. INTRODUÇÃO ... 3 2. OBJETIVOS... 5 2.1 Gerais ... 5 2.2 Específicos ... 5 3. REVISÃO DE LITERATURA ... 6 3.1 Flebotomíneos ... 6

3.2 Aspectos Gerais da Leishmaniose ... 8

3.2.1 Leishmaniose visceral... 9

3.2.2 Leishmaniose Tegumentar ... 10

Epidemiologia da Leishmaniose no Brasil ... 12

3.2.3 Epidemiologia da Leishmaniose Visceral ... 12

3.2.4 Epidemiologia da Leishmaniose Tegumentar ... 14

REFERÊNCIAS ... 17 CAPÍTULO II ... 27 ARTIGO CIENTÍFICO ... 28 RESUMO ... 28 ABSTRACT ... 28 INTRODUÇÃO ... 29 METODOLOGIA ... 30 1. Áreas de estudo ... 30 1.1 Município de Franca (SP) ... 30 1.2 Município de Pedregulho (SP) ... 31 1.3 Município de Rifaina (SP) ... 31 1.4 Município de Delfinópolis (MG) ... 31 2. Coletas ... 32

3. Processamento e identificação dos flebotomíneos ... 32

RESULTADOS ... 33

DISCUSSÃO ... 37

(12)

RESUMO 1

2 3

SANTOS, Jennifer Diniz dos Santos. Flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) em 4

áreas de ocorrência de leishmaniose na região sudeste do brasil. Dissertação 5

(Mestrado em Ciência Animal) – Universidade de Franca, Franca – SP. 6

7 8 9

Os insetos pertencentes à ordem Díptera, família Psychodidae e subfamília 10

Phebotominae, conhecidos popularmente como mosquito palha ou birigui, são 11

considerados vetores das leishmanioses. As leishmanioses são um complexo 12

de doenças infecciosas causadas por protozoários do gênero Leishmania spp., 13

caracterizadas como zoonoses negligenciadas e de grande importância em 14

saúde pública. Neste contexto, e em decorrência do aumento do número de 15

casos de leishmaniose, objetivou-se com o presente estudo, investigar a fauna 16

flebotomínica em três municípios da região nordeste do estado de São Paulo 17

(Rifaina, Franca e Pedregulho) e em Delfinópolis-Minas Gerais. As capturas 18

entomológicas foram realizadas durante cinco noites consecutivas em cada 19

munícipio, no período de abril a julho de 2019. Como critério de seleção de 20

pontos estratégicos, foram selecionados bairros ou região com incidência de 21

casos de leishmaniose canina, notificados pela vigilância sanitária nos 22

municípios avaliados. Após a coleta, os insetos foram analisados para 23

verificação da presença de flebotomíneos, seguida da identificação morfológica 24

para diferenciação entre as espécies. Um total de 26, 233, 146, 34 25

flebotomíneos foram capturados nos municípios de Franca, Pedregulho, Rifaina 26

e Delfinópolis respectivamente. Nas quatro áreas estudadas, houve variação 27

quanto à fauna flebotomínica e foram identificados o total de 17 espécies, 28

pertencentes a subfamília Phebotominae, Subtribos Psychodopygina 29

Brumptomyiina, Sergentomyiina, Lutzomyiina. Dentre as espécies identificadas, 30

três estão relacionadas ao ciclo de transmissão da Leshimaniose tegumentar e 31

visceral, sendo elas respectivamente Nyssomyia whitmani, Migonemyia 32

(Migonemyia) migonei e Lutzomyia (Lutzomyia) longipalpis, este último relatado 33

pela primeira vez cientificamente na região. Desse modo conclui-se que, o 34

levantamento das espécies em cada região pode esclarecer pontos 35

importantes no entendimento na transmissão da doença e reforçar as políticas 36

de saúde pública em áreas específicas de presença de flebotomíneos. 37

38

Palavras-chave: Armadilhas, Epidemiologia, Vetores, Zoonose. 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51

(13)

ABSTRACT 1

2 3

SANTOS, Jennifer Diniz dos Santos. Phlebotomine (Diptera: Psychodidae) in 4

areas of leishmaniose occurrence in the southeast region of Brazil. 2019. 5

Dissertation (Master in Animal Science) - University of Franca, Franca - SP. 6

7 8 9

Insects belonging to the order Diptera, family Psychodidae and subfamily 10

Phebotominae, popularly known as mosquito straw or birigui, are considered 11

vectors of leishmaniasis. Leishmaniasis is a complex of infectious diseases 12

caused by protozoa of the genus Leishmania spp., Characterized as neglected 13

zoonoses of major public health importance. In this context, and due to the 14

increase in the number of leishmaniasis cases, the objective of this study was to 15

investigate the phlebotomine fauna in three municipalities of the northeast 16

region of São Paulo (Rifaina, Franca and Pedregulho) and in Delfinópolis-Minas 17

Gerais. The entomological captures were performed during five consecutive 18

nights in each municipality, from April to July 2019. As criterion for selection of 19

strategic points, neighborhoods or regions with incidence of canine 20

leishmaniasis cases, notified by health surveillance in the evaluated 21

municipalities, were selected. After collection, the insects were analyzed for the 22

presence of sand flies, followed by morphological identification for differentiation 23

between species. A total of 26, 233, 146, 34 sandflies were captured in the 24

municipalities of Franca, Pedregulho, Rifaina and Delfinópolis respectively. In 25

the four studied areas, there was variation in the phlebotomine fauna and were 26

identified the total of 17 species, belonging to the subfamily Phebotominae, 27

Subtribos Psychodopygina Brumptomyiina, Sergentomyiina, Lutzomyiina. 28

Among the identified species, three are related to the transmission cycle of 29

cutaneous and visceral Leshimaniasis, namely Nyssomyia whitmani, 30

Migonemyia (Migonemyia) migonei and Lutzomyia (Lutzomyia) longipalpis, the 31

latter reported for the first time scientifically in the region. Thus, it is concluded 32

that the survey of species in each region can clarify important points in 33

understanding the transmission of the disease and strengthen public health 34

policies in specific areas of presence of sandflies. 35

36 37

Key words: Traps, Epidemiology, Vectors, Zoonosis. 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49

(14)

CAPITULO I 1 2 1. INTRODUÇÃO 3 4

Os flebotomíneos são pequenos insetos classificados como dípteros 5

pertencentes à família Psychodidae e subfamília Phlebotominae (GALATI, 6

2003). Os mesmos também são considerados vetores de agentes etiológicos, 7

uma vez que são hospedeiros naturais de bactérias, protozoários e/ou vírus 8

(FORATTINI, 1973). Estes vetores possuem extensa e crescente distribuição 9

geográfica, podendo ser encontrado em todos os continentes, principalmente 10

em áreas tropicais, visto que o seu desenvolvimento é mais acentuado em 11

locais com alta umidade, temperatura elevada e considerável matéria orgânica 12

(SHARMA e SINGH, 2008). 13

As fêmeas possuem hábito hematófago, ou seja, alimentam-se de 14

sangue de vertebrados e desta maneira, quando infectadas, podem realizar a 15

transmissão de inúmeros patógenos durante o repasto sanguíneo, dentre eles, 16

os protozoários do gênero Leishmania, responsáveis pela leishmaniose 17

(ALVAR et al., 2012). 18

As leishmanioses são um complexo de doenças infecciosas 19

negligenciadas, de caráter zoonótico de relevante importância para a saúde 20

pública, devido ao aumento do número de diagnósticos confirmados ao longo 21

dos anos (WHO, 2019). São causadas por protozoários do gênero Leishmania 22

spp., transmitidos aos hospedeiros vertebrados durante o repasto sanguíneo 23

das fêmeas de flebotomíneos, classificados como vetores da doença 24

(GONTIJO e CARVALHO, 2003). Ademais, a doença pode ser classificada em 25

dois principais tipos clínicos: a leishmaniose visceral (LV) e a leishmaniose 26

tegumentar (LT), sendo o Brasil, considerado endêmico em ambas doenças 27

(WHO, 2019). 28

Segundo os dados da Secretaria Estadual de Saúde do estado de São 29

Paulo, de 2014 a 2019 foram notificados 642 novos casos de leishmaniose 30

visceral em humanos, totalizando 53 óbitos, além disso, de 2007 até o 31

momento foram notificados 1759 casos de leishmaniose tegumentar no estado 32

(BRASIL, 2017 ; BRASIL, 2019). 33

Diante do exposto e da alta incidência de relatos provenientes do 34

hospital veterinário da Universidade de Franca, onde diversos cães, 35

(15)

provenientes dos municípios de Franca, Pedregulho, Rifaina e Delfinópolis 1

foram diagnósticados com a doença, faz-se necessário o conhecimento da 2

distribuição e análise da fauna flebotomínica de cada região, pois é de 3

fundamental importância para a vigilância epidemiológica da doença, uma vez 4

que a mesma vem causando um grande impacto na saúde pública. 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35

(16)

2. OBJETIVOS 1

2

2.1 Gerais 3

Investigar a fauna flebotomínica em municípios da região nordeste do 4

estado de São Paulo (SP) e do Sudeste do estado de Minas Gerais (MG). 5

6

2.2 Específico 7

Identificar morfológica das espécies de flebotomíneos presentes na 8

região do município de Franca-SP, Pedregulho-SP, Rifaina-SP e Delfinópolis-9 MG. 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35

(17)

3. REVISÃO DE LITERATURA 1 2 3.1 Flebotomíneos 3 4

Os flebotomíneos são insetos relativamente pequenos, medindo 5

aproximadamente 2,5 mm, com o corpo densamente piloso, de cor parda ou 6

castanha e pernas longas. Sua principal característica é o voo saltitante, 7

silencioso, curtos e baixos, com a manutenção das asas em posição vertical, 8

diferentemente dos outros dípteros (ALEXANDER et al., 1992). São 9

popularmente conhecidos como mosquitos-palha, cangalhinhas, birigui e asa-10

dura, dependendo da região geográfica (LAINSON e SHAW,1978). 11

Os flebotomíneos são insetos considerados vetores de agentes 12

etiológicos, uma vez que estão envolvidos na transmissão de patógenos, como 13

os protozoários causadores da leishmaniose, sendo assim, são de extrema 14

importância no entendimento da saúde pública (FONSECA et al., 2010). 15

Esses vetores possuem hábitos crepusculares e noturnos, abrigando-16

se durante o período vespertino em locais úmidos e sombreados, como copas 17

e raízes de arvores, possíveis tocas de animais e aglomerados de folhas 18

caídas no chão (KILLICK-KENDRICK, 1999). Toda via, a formação da fauna 19

flebotomínica de um local e sua distribuição estão relacionadas com as 20

condições ecológicas e geográficas locais (RANGEL e LAINSON, 2009). 21

Taxonomicamente, os flebotomíneos são inicialmente classificados 22

como, dípteros, pertencentes à família Psychodidae e a subfamília 23

Phlebotominae (GALATI, 2003). De acordo com Galati (2019), eles são 24

classificados em duas tribos, denominadas de: Hertigiini e Phebotomini, e 25

posteriormente, são subdivididos em subtribos, sendo elas: Hertigiina e 26

Idiophlebotomina, pertencentes à primeira tribo, além das Phebotomina, 27

Australophlebotomina, Brumptomyiina, Sergentomyiina, Lutzomyiina e 28

Psychodopygina, incluídas à segunda tribo. 29

Além disso, estes insetos são considerados holometábolos, ou seja, 30

possuem quatro fases biológicas: ovo, larva, pupa e adulto, sendo que o tempo 31

necessário para cada fase é dependente das espécies, das condições 32

climáticas e alimento disponível, porém em condições observadas em 33

laboratório, este ciclo pode ocorrer em até 36 dias (RANGEL e LAINSON, 34

2003). Segundo Maroli et al. (2013) nenhum estágio imaturo necessita de água 35

(18)

parada para o seu desenvolvimento, alimentam-se de matéria orgânica 1

disponível no ambiente, favorecido com alto teor de umidade. 2

As fêmeas realizam a postura dos ovos em solo rico em matéria 3

orgânica e alto teor de umidade, sendo que os mesmos podem apresentar 4

coloração clara ou escura, podendo ser cilindrícos ou eliptícos, variando de 5

acordo com a espécie (BRAZIL e BRAZIL, 2003). As larvas, consideradas 6

estágios imaturos, desenvolvem-se em meio à matéria orgânica, resíduos dos 7

próprios ovos, apresentando-se em quatro estágios (L1, L2, L3 e L4) 8

(CHANIOTIS, 1967). Já as pupas podem permanecer aderidas a substratos 9

endurecidos até o momento da eclosão (FORATTINI, 1973). 10

Na fase adulta, apenas as fêmeas são hematófagas, uma vez que o 11

sangue é essencial para o desenvolvimento e maturação dos ovos, desta forma 12

somente estas realizam o repasto sanguíneo e a disseminação do parasito, 13

enquanto ambos possuem dieta baseada em carboidratos, alimentando-se de 14

plantas, soluções açucaradas, néctar, flores e frutos (KASZAK et al., 2015; 15

SILVA et al., 2017). 16

Além da distinção observada na alimentação, a diferenciação de 17

fêmeas e machos pode ocorrer através da análise dos últimos segmentos 18

abdominais, onde são localizadas as genitálias, pois os flebotomíneos 19

apresentam dimorfismo sexual, sendo que, o macho apresenta apêndices 20

desenvolvidos e genitália externa, e a fêmea apresenta o último segmento 21

arredondado e genitália interna (SHIMABUKURO e GALATI, 2011). Além 22

dessa, outra forma de diferenciação é a verificação das probóscides, já que 23

somente as fêmeas possuem uma probóscide adaptada para o repasto 24

sanguíneo (BRAZIL e BRAZIL, 2003). 25

De acordo com Shimabukuro et al. (2017), o Brasil possui catalogadas, 26

aproximadamente 270 espécies de flebotomíneos, de um total de 530 27

distribuídos nas Américas. Os flebotomíneos responsáveis pela transmissão 28

das leishmanioses são: Lutzomyia longipalpis, Pintomyia evansi, Lutzomyia 29

cruzi, Lutzomyia forattinii, Lutzomyia almerioi, Evandromyia cortelezzii, 30

Migonemyia migonei, Nyssomyia intermedia e Nyssomyia whitmani (PIRAJÁ e 31

LUCHEIS, 2014). 32

No estado de São Paulo, já foram identificadas e catalogadas 69 33

espécies de flebotomíneos, dos gêneros: Brumptomyia, Lutzomyia, 34

(19)

Migonemyia, Pintomyia, Evandromyia, Psathyromyia, Martinsmyia, 1

Psychodopygus e Nyssomyia (SHIMABUKURO e GALATI 2011). 2

Já no estado de Minas Gerais, a fauna flebotomínica possui espectro 3

bem rico, sendo relatadas mais de 100 espécies de flebotomíneos nessa 4

região, incluindo possivéis vetores de leishmaniose visceral e tegumentar, tais 5

como: Bichromomyia flaviscutellata, Lutzomyia longipalpis, Migonemyia 6

migonei, Nyssomyia intermedia e Nyssomyia whitmani (DE ANDRADE e 7

DANTAS-TORRES, 2010). 8

Uma das propostas de identifcação aceita é a identificação seguindo a 9

chave proposta por Galati (2003), porém é atualizada anualmente. A chave 10

consiste em um compilado de informações, contendo as características 11

morfológicas de todas as espécies de flebotomíneos catalogadas até o 12

presente momento nas Américas. É divida em dois volumes, disponível em 13

meio digital, a fim de auxiliar os pesquisadores nas identificações. As 14

características morfológicas abrangidas na chave são dividas em cabeça, tórax 15

e abdômen, como por exemplo: palpos, antenas, cibário, espermatecas, entre 16

outros. 17

Diante da expansão das leishmanioses, os estudos envolvendo a 18

captura e análise da fauna flebotomínica estão sendo realizados 19

constantemente, visto que os flebotomíneos estão envolvidos em sua 20

transmissão, sendo que o método mais utilizado para captura destes insetos, 21

são as instalações de armadilhas, assim como as armadilhas automáticas 22

luminosas [Center on Disease Control (CDC), New Jersey, Falcão] ou as 23

armadilhas manuais como a Shannon e a Disney (SHERLOCK, 2003; VILELA, 24

2003). 25

26

3.2 Aspectos Gerais da Leishmaniose 27

28

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a leishmaniose é 29

considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, pois trata-se de 30

doença reconhecida como uma das seis principais doenças tropicais 31

negligenciadas, acometendo mais de 12 milhões de pessoas no mundo (WHO, 32

2019). 33

Atualmente, a leishmaniose ocorre em 88 países, podendo ser 34

distribuída em todos os continentes, exceto na Oceania, estimando-se que uma 35

(20)

população superior a 350 milhões de pessoas esteja exposta a esta 1

enfermidade (WHO, 2019). O número de notificações da doença é crescente, 2

podendo atingir até 500.000 novos casos por ano e cerca de 90% dos casos 3

são encontrados em países em desenvolvimento, principalmente na índia, 4

Quênia, Nepal, Sudão, Etiópia, Bangladesh e no Brasil (PIGOTT et al., 2014). 5

A identificação dos agentes etiológicos da doença ocorreu em 1909, 6

sendo assim, foi evidenciado que ela é causada por protozoários do gênero 7

Leishmania spp. e transmitida através de vetores pertencentes à subfamília dos 8

Phebotominae (DO VALE e FURTADO, 2005). O gênero Leishmania (L.) 9

contém aproximadamente 30 espécies, de modo que no Brasil, foram 10

identificadas sete espécies, sendo seis do subgênero Viannia (V.) e duas do 11

subgênero Leishmania (L.). As principais espécies encontradas no país são: L. 12

(Viannia) braziliensis, L. (Viannia.) guyanensis, L. (Viannia) lainsoni, L. 13

(Viannia) naiffi, L. (Viannia) lindenberg e L. (Viannia) shawi, L. (Leishmania) 14

amazonensis e L (Leishmania) infantum (BRASIL, 2017). 15

Existem duas principais formas da doença, Leishmaniose visceral (LV) 16

e Leishmaniose Tegumentar (LT), sendo que esta última pode ainda ser 17

classificada em leishmaniose cutânea localizada (LC), leishmaniose cutânea 18

difusa (LCD) e leishmaniose mucocutânea (LMC) (WHO, 2017). 19

20

3.2.1 Leishmaniose visceral 21

22

Segundo a OMS, a LV é a forma clínica mais severa do complexo de 23

leishmanioses e possui ampla distribuição geográfica, acometendo 24

aproximadamente 70 países, com ênfase em regiões tropicais e subtropicais. 25

Além disso, é considerada uma das seis doenças tropicais mais negligenciadas 26

em diversos países, uma vez que a sua ocorrência está relacionada com 27

populações de baixa renda e possui altas taxas de letalidade quando não 28

tratada de forma adequada (WHO, 2010). 29

É uma doença sistêmica, caracterizada por evolução crônica na 30

maioria dos casos, podendo apresentar amplo espectro de sinais clínicos, 31

principalmente: picos irregulares de febre, esplenomegalia, hepatomegalia, 32

linfodenomegalia, perda de peso, além de achados laboratoriais, tais como: 33

anemia, trombocitopenia, leucopenia, entre outros (TAVORA et al., 2015). 34

(21)

O principal agente etiológico responsável pela enfermidade é a 1

Leishmania (L.) infantum (RANGEL e LAINSON, 2003). Sendo primordialmente 2

transmitido através do Lutzomyia longipalpis (LAINSON e RANGEL, 2005), 3

porém estudos recentes sugerem uma competência vetorial de outros 4

flebotomíneos como o Migonemyia (Migonemyia) migonei (SALÓMON et al., 5

2010; GUIMARÃES et al., 2016) e o Nyssomyia whitmani (MOYA et al., 2015). 6

Segundo Borges et al. (2014), dentre os animais classificados como 7

reservatórios da doença, nas áreas urbanas é o cão doméstico (Canis 8

familiaris). Já no ambiente silvestre, os principais reservatórios são os 9

marsupiais (Didelphis albiventris) e as raposas (Cerdocyon thous e Dusicyon 10

vetulus), porém os flebotomíneos também podem se alimentar de equídeos, 11

galináceos (Galliformes), entre outros (BRASIL, 2014). 12

Considerada endêmica em 12 países, foram registrados 13

aproximadamente 60 mil novos casos de LV no período entre 2001 a 2017, 14

cerca de 35220 novos casos por ano, sendo que 96% destes foram reportados 15

no Brasil (PAHO, 2019). Além disso, é notório o crescimento do número de 16

casos principalmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, 17

Mato Grosso do Sul, bem como a região nordeste do país, comprovando assim 18

a relevância do estudo dos possíveis vetores da doença (BRASIL, 2017). 19

20

3.2.2 Leishmaniose Tegumentar 21

22

A LT é a forma clínica mais comumente diagnosticada do complexo de 23

leishmanioses, caracterizada por ser uma doença multifatorial, pode estar 24

correlacionada a diversos fatores, como: elementos ambientais, perfil 25

imunológico do hospedeiro e polimorfismo do parasito, além do envolvimento 26

dos vetores (CASTELLUCCI et al., 2014). 27

No âmbito de saúde pública no Brasil, a LT ocupa uma posição 28

significativa, devido principalmente a grande quantidade de vetores e 29

protozoários do gênero Leishmania spp. envolvidos em sua transmissão, bem 30

como, seu alto potencial zoonótico, tendo como principal reservatório o cão 31

doméstico (BRASIL, 2013). 32

A doença cutânea é caracterizada primordialmente, por lesões em 33

mucosas e pele, apresentando-se em forma de úlceras cutâneas ou nódulos 34

individuais ou difusos (BAILEY et al., 2007). Porém, em alguns casos o curso 35

(22)

da doença pode acontecer sem sintomatologia específica, levando a cura 1

espontânea durante a investigação diagnóstica (FAGUNDES et al., 2010). De 2

acordo com Marzochi et al. (1992), as lesões tegumentares podem ser 3

classificadas em diferentes formas, sendo elas: LC, LCD, LMC. 4

Segundo o Ministério da Saúde (2017) os agentes etiológicos 5

envolvidos nas infecções da LT são os protozoários pertencentes ao gênero 6

Leishmania spp. e as setes principais espécies envolvidas são: Leishmania (L.) 7

amazonensis, Leishmania (V.) braziliensis, Leishmania (V.) guyanensis, 8

Leishmania (V.) lainsoni, Leishmania (V.) shawi, Leishmania (V.) naiffi e 9

Leishmania (V.) lindenbergi. 10

A lista de espécies de flebotomíneos que podem estar envolvidos na 11

transmissão da doença pode variar de acordo com o protozoário presente 12

naquele local, uma vez que nem todo flebotomíneo é capaz de possuir uma 13

competência vetorial para todos os protozoários do gênero Leishmania spp. 14

como é o caso do Nyssomyia whitmani, que pode ser considerado vetor da 15

Leishmania (V.) braziliensis nas regiões sudeste e nordeste, e para Leishmania 16

(V.) shawi na região norte do pais (RANGEL e LAINSON, 2003). 17

Foram reportados mais de 940 mil novos caos de leishmaniose 18

cutânea e mucosa, por 17 países endêmicos no período de 2001- 2017, 19

resultando uma média anual de 55.317 novos casos anualmente, sendo que 20

todos os países localizam-se nas Américas (PAHO, 2019). 21

No Brasil em 2017, foram notificados 16.212 novos casos da doença, 22

sendo 48,30% reportados pela região norte, seguido pela regiões Nordeste 23

(26,23%), Sudeste (9,5%), Sul (1,1%) e Centro- oeste (14,90%), demonstrando 24

que a LT está presente em todas as unidades de federação do país (BRASIL, 25

2018) Além disso, é notório um aumento exorbitante de mais de 90% de novos 26

casos notificados da doença no ano de 2017 quando comparado ao ano 27

anterior, demonstrando assim, a importância de novos estudos sobre os 28

possíveis vetores da doença (BRASIL, 2018). 29 30 31 32 33 34

(23)

Epidemiologia da Leishmaniose no Brasil 1

2

3.2.3 Epidemiologia da Leishmaniose Visceral 3

4

Acredita-se que o primeiro caso diagnosticado e relatado da doença no 5

Brasil, ocorreu em 1934, na região Nordeste do país, onde foram encontradas 6

formas de Leishmania, através de cortes histológicos post-mortem de 7

nordestinos emigrantes que faleceram com suspeita de febre amarela (PENNA, 8

1934). Porém, a primeira epidemia só foi constatada anos depois, após o 9

surgimento de mais 53 novos casos (COSTA et al., 1995). 10

Até a década de 1990, as áreas endêmicas da doença no Brasil 11

restringiam-se apenas as rurais da região Nordeste do país, com ênfase aos 12

estados do Maranhão e Piauí, porém, com o decorrer dos anos, houve 13

expansão geográfica para as áreas Norte, Centro-Oeste e por último a Sudeste 14

(GONTIJO et al., 2004). Fato confirmado com os registros de notificações de 15

novos casos autóctones em 22 estados distribuídos pelas cinco regiões do 16

Brasil, incluindo centros urbanos (BRASIL, 2017). 17

Inúmeros fatores contribuíram para esta expansão, tais como: a 18

evolução e adaptação dos agentes etiológicos e seus vetores biológicos, a 19

susceptibilidade dos hospedeiros, o desmatamento decorrente da urbanização, 20

além da migração intensa de hospedeiros infectados para possíveis áreas com 21

a presença de vetores (DESJEUX, 2004). 22

Sendo assim, foram registrados 52.176 novos casos humanos da 23

doença no continente Americano durante o período de 2001 a 2015, destes 24

95,8% do total de casos foram diagnosticados no Brasil, indicando uma média 25

anual de até 3.500 novas notificações ao ano, com uma taxa de letalidade 26

superior a 7,7% (PAHO, 2017). O número de óbitos registrados no Brasil 27

relacionados à LV é de aproximadamente 300 ao ano, indicando uma taxa de 28

letalidade de até 8,1% (MARTINS-MELO et al., 2014). 29

Segundo Rodrigues et al. (2017), a região Nordeste do país possui 30

uma transmissão alta para a LV, em que o município de Fortaleza-Ceará se 31

destacou apresentando 941 casos confirmados e 55 óbitos pela doença, 32

indicando uma taxa de letalidade de 5,84%. Assim, em estudo conduzido por 33

de Sousa et al. (2018), foi demonstrado o registro de um total de 161 novos 34

casos de LV no período de 2011 a 2015 no município de Sobral no estado do 35

(24)

Ceará. Quanto ao estado do Piauí, foram registrados 954 casos confirmados 1

da doença, sendo que 551 casos apenas em 2014 e 2015, demonstrando 2

percentual crescente desta enfermidade (dos SANTOS et al., 2017). No estado 3

do Maranhão foram notificados 2.755 casos de suspeita de LV, dos quais 1.577 4

foram confirmados através do exame de reação de imunofluorescência indireta 5

e 59 vieram ao óbito durante o período de 2009 á 2012 (SALES et al., 2015). 6

No estado de Alagoas, 55 dos 102 munícipios apresentaram pelo menos um 7

caso de LV, sendo relatados 231 casos entre 2007 e 2012 pelo Sistema de 8

Informação de Agravos de Notificação (SINAN) (ROCHA et al., 2018). Já no 9

sertão paraibano compreendido pelos municípios de Bernardino Batista, Bom 10

Jesus, Bonito de Santa Fé, Cachoeira dos Índios, Cajazeiras, Carrapateira, 11

Monte Horebe, Poço Dantas, Poço de José de Moura, Santa Helena, Joca 12

Claudino, São João do Rio do Peixe, São José de Piranhas, Triunfo e Uiraúna 13

no período de 2010 a 2014 foram notificados 34 novos casos de LV, dos quais 14

a maior incidência ocorreu nos anos de 2011 e 2014 (LISBOA et al., 2016). No 15

estado da Bahia, no município de Guanambi, foram registradas 111 16

notificações no período de 2008 a 2012, indicando uma taxa de letalidade 17

superior a 13% (SILVA et al., 2017). 18

Na região Centro-Oeste do país, o município de Rondonópolis, estado 19

do Mato Grosso apresentou um total de 81 casos autóctones notificados 20

durante o período de 2011 e 2016, com uma taxa média de letalidade de 8,6%, 21

atingindo o seu pico em 2016 (LUZ et al., 2018). 22

Já na região Sudeste, o estado de Minas Gerais, no município de 23

Governador Valadares no período de 2008 a 2015, apresentou 844 notificações 24

para LV, sendo 255 confirmados, dentre eles 154 eram de residentes do 25

próprio município (ALVES e FONSECA, 2018). No estado de São Paulo, a 26

expansão da LV ocorreu de forma rápida no sentido oeste-leste do estado, no 27

período de 1999 a 2013, 80 municípios foram acometidos pela enfermidade, 28

sendo notificados 2.324 casos e 200 óbitos pela doença, indicando um índice 29

de letalidade de 8,6% (CARDIM et al., 2016). Segundo o Programa de 30

Vigilância e Controle de Leishmaniose Visceral por Serviço Regional da 31

Superintendência de Controle de Endemias, Departamento Regional de Saúde 32

e Grupo de Vigilância Epidemiológica, mais de 120 municípios são 33

classificados por apresentarem a transmissão da doença. De acordo com os 34

dados estatísticos do SINAN, foram confirmados, em humanos, 642 casos de 35

(25)

LV de 2014 até o momento no estado de São Paulo, sendo que 55 vieram à 1

óbito (BRASIL, 2019). 2

Na região Sul, no estado do Rio Grande do Sul, em estudo conduzido 3

por de Sousa et al. (2014) foram relatados 34 casos confirmados de LV. 4

Seguindo as diretrizes da epidemiologia da leishmaniose visceral 5

humana, a leishmaniose visceral canina (LVC) também apresenta dados de 6

relevância, uma vez que o cão é considerado reservatório da doença (BRASIL, 7

2017). 8

Em relação aos animais, na região Nordeste, o estudo realizado no 9

município de Farias Brito, no estado do Ceará, constatou após uma análise, a 10

positividade de 431 animais, dos quais 57,14% eram positivos para LVC e 11

42,86% para LT (GOMES et al., 2008). Já no estado do Maranhão, foram 12

registrados durante o período de 2009 à 2012 um total de 2.259 cães com 13

suspeita de leishmaniose, sendo 564 (24,96%) soropositivos (SALES et al., 14

2015). Na pesquisa realizada no estado de Alagoas, foram examinados 45.112 15

cães, dos quais 4.466 foram diagnosticados através do diagnostico sorológico, 16

estabelecendo uma taxa de positividade de 9,9% (ROCHA et al., 2018). No 17

município de Patos, localizado no estado da Paraíba, a prevalência sorológica 18

para LVC é de 11,33% (SILVA et al., 2016). 19

Já na região Sudeste, no estado de São Paulo, foi realizada uma 20

pesquisa sorológica em 570 cães do município de Ibiúna, dentre eles 13 21

animais apresentaram soropositividade para a LVC (MASCOLI et al., 2016). No 22

estado de Minas Gerais, foram analisadas 6.265 amostras de animais 23

provenientes de 33 municípios pertencentes à Superintendência Regional de 24

Saúde de Diamantina, das quais 451 (7,2%) apresentaram-se positivas durante 25

o diagnóstico (URSINE et al., 2016). Quanto ao Rio de Janeiro, em um estudo 26

realizado no período de 2011 à 2014, foram coletadas amostras biológicas de 27

3.799 cães, dos quais 341 foram positivos para LVC, tanto no teste de Elisa 28

quanto no teste imunocromatográfico rápido, indicando positividade de 9,0% 29

dentre os animais avaliados (de CASTRO et al,. 2018). 30

31

3.2.4 Epidemiologia da Leishmaniose Tegumentar 32

33

O primeiro relato oficial de LT ocorreu em 1909 e foi realizado por 34

Adolpho Lindenberg, onde o mesmo identificou formas amastigotas de 35

(26)

Leishmania provenientes de lesões cutâneas e nasofaríngeas de pacientes da 1

Santa Casa de São Paulo, sendo que estas formas amastigotas 2

assemelhavam-se com o parasito responsável pela doença denominada de 3

“Botão do Oriente” ou “Botão de Allepo”, ambas sinônimas da leishmaniose 4

tegumentar, no velho mundo (LINDENBERG, 1909). Porém somente em 1916, 5

o parasito foi registrado como Leishmania braziliensis (DA MATTA, 1916). 6

O Brasil possui elevada taxa de número de casos de LT, além de 7

demonstrar expansão territorial significativa, em relação à mesma, 8

apresentando mais de 218 mil novos casos no período entre 2007 e 2017 9

(BRASIL, 2018). 10

Segundo Pezente e Benedetti (2019), o estado de Roraima, situado no 11

Norte do país, apresentou entre o período de 2007 e 2016, um total de 3890 12

novos casos da doença, sendo o município de Rorainópolis, considerado o 13

maior em número de casos, registrando 1057 casos durante o intervalo 14

analisado. Enquanto o município de Rio Branco, localizado no estado do Acre, 15

registrou 2486 casos de LT (TOJAL DA SILVA et al., 2018) 16

Quanto à região Nordeste, no estado de Pernambuco foram notificados 17

entre o período de 2007 a 2014, um total de 207 casos de LT (VASCONCELOS 18

et al., 2017). Já no estado de Alagoas, foram registrado 547 novos casos da 19

doença entre os anos de 2007 a 2013 (ROCHA et al., 2015). No município de 20

Ilhéus, situado no estado da Bahia, 442 pacientes foram diagnosticados com 21

LT no período de 2007 e 2012 (CAMPOS et al., 2017). Superando os dados 22

anteriores, o estado do Maranhão registrou entre os anos de 2012 a 2015, 23

8.625 casos da doença, apresentando incidência média de 31,68 casos/ 24

100.000 habitantes (SANTOS, 2018). 25

Já na região Centro-Oeste, no município Tangara da Serra, situado no 26

estado do Mato Grosso, entre os anos de 2007 a 2013, foram notificados 391 27

casos de LT, sendo 369 (94,37%) considerados casos novos e 21 (5,37%) 28

como recidivas (MOREIRA et al., 2016). 29

Representando a região Sudeste, o estado de Minas Gerais, registrou 30

entre os anos de 2007 e 2011, 7.303 casos da doença, sendo o ano de 2011, o 31

que apresentou o maior número de notificações (1.782 casos) (TEMPONI et al., 32

2018). Já o Estado de São Paulo, notificou-se no mesmo período, um total de 33

1.656 casos, sendo o ano de 2009, apontado com o maior número de registros 34

(392) (BRASIL, 2019). 35

(27)

Na região Sul do país foram registrado 298 diagnósticos positivos para 1

LT, em uma área endêmica, compreendendo o município de Maringá, no 2

período de 2008 e 2011 (LEATTE et al., 2014). No estado do Paraná, a área 3

de maior concentração de registros de LT, está localizada no Vale do Rio 4

Ribeira e segundo levantamento epidemiológico do número de casos, o 5

município de Sarandi, apresentou 44 notificações entre os anos de 2007 e 6

2013, com maior prevalência em 2010 e 2011 (BATISTA et al., 2015). 7

Assim como a LV, a LT possui como reservatórios animais silvestres, 8

sinantrópicos e domésticos tais como: raposas, roedores, marsupiais, 9

canídeos, equídeos, entre outros, demonstrando a relevância de dados 10

estatísticos de casos em animais (ROQUE e JANSEN, 2014). Contudo, os 11

estudos envolvendo a LT em animais, são relativamente mais escassos, 12

quando comparados com a LV, indicando a necessidade de ênfase nessa área 13 de pesquisa. 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35

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(38)

CAPÍTULO II 1

2

Trabalho elaborado segundo as normas da Revista de Saúde Pública, 3

ranqueada como A2, pelo QUALIS – CAPES de 2016 e com fator de impacto 4

JCR 2016: 1.911. 5

6

Informações para autores: 7 http://www.scielo.br/revistas/rsp/iinstruc.htm 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28

(39)

ARTIGO CIENTÍFICO 1

Flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) em áreas de ocorrência de leishmaniose na 2

região sudeste do Brasil 3

4

Phlebotomine (Diptera: Psychodidae) in areas of leishmaniose occurrence in the 5

southeast region of Brazil 6

7

RESUMO 8

9

Os insetos pertencentes à ordem Díptera, família Psychodidae e subfamília 10

Phebotominae, conhecidos popularmente como mosquito palha ou birigui, são 11

considerados vetores das leishmanioses. As leishmanioses são um complexo de doenças 12

infecciosas causadas por protozoários do gênero Leishmania spp., caracterizadas como 13

zoonoses negligenciadas e de grande importância em saúde pública. Neste contexto, e 14

em decorrência do aumento do número de casos de leishmaniose, objetivou-se com o 15

presente estudo, investigar a fauna flebotomínica em três municípios da região nordeste 16

do estado de São Paulo (Rifaina, Franca e Pedregulho) e em Delfinópolis-Minas Gerais. 17

As capturas entomológicas foram realizadas durante cinco noites consecutivas em cada 18

munícipio, no período de abril a julho de 2019. Como critério de seleção de pontos 19

estratégicos, foram selecionados bairros ou região com incidência de casos de 20

leishmaniose canina, notificados pela vigilância sanitária nos municípios avaliados. 21

Após a coleta, os insetos foram analisados para verificação da presença de 22

flebotomíneos, seguida da identificação morfológica para diferenciação entre as 23

espécies. Um total de 26, 233, 146, 34 flebotomíneos foram capturados nos municípios 24

de Franca, Pedregulho, Rifaina e Delfinópolis respectivamente. Nas quatro áreas 25

estudadas, houve variação quanto à fauna flebotomínica e foram identificados o total de 26

17 espécies, pertencentes a subfamília Phebotominae, Subtribos Psychodopygina 27

Brumptomyiina, Sergentomyiina, Lutzomyiina. Dentre as espécies identificadas, três 28

estão relacionadas ao ciclo de transmissão da Leshimaniose tegumentar e visceral, 29

sendo elas respectivamente Nyssomyia whitmani, Migonemyia (Migonemyia) migonei e 30

Lutzomyia (Lutzomyia) longipalpis, este último relatado pela primeira vez 31

cientificamente na região. Desse modo conclui-se que, o levantamento das espécies em 32

cada região pode esclarecer pontos importantes no entendimento na transmissão da 33

doença e reforçar as políticas de saúde pública em áreas específicas de presença de 34

flebotomíneos. 35

36

Palavras-chave: Armadilhas, Epidemiologia, Vetores, Zoonose. 37 38 39 ABSTRACT 40 41

The Insects belonging to the order Diptera, family Psychodidae and subfamily 42

Phebotominae, popularly known as mosquito straw or birigui, are considered vectors of 43

leishmaniasis. Leishmaniasis is a complex of infectious diseases caused by protozoa of 44

the genus Leishmania spp., Characterized as neglected zoonoses of major public health 45

importance. In this context, and due to the increase in the number of leishmaniasis 46

cases, the objective of this study was to investigate the phlebotomine fauna in three 47

municipalities of the northeast region of São Paulo (Rifaina, Franca and Pedregulho) 48

and in Delfinópolis-Minas Gerais. The entomological captures were performed during 49

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