UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA
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Aula: MORFOLOGIA DA RAIZ
Campus Dom Pedrito – Curso de Enologia
Campus Dom
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Pedrito
Pedrito
–
–
Curso de
Curso de
Enologia
Enologia
Dr. Juan Saavedra del Aguila
Professor Adjunto Morfologia e Fisiologia Vegetal
RAIZ –MORFOLOGIA &
ANATOMIA
RAIZ: ESTRUTURA E
DESENVOLVIMENTO
• FUNÇÕES:
- primárias: fixação e absorção,
- associadas: armazenamento e
condução.
- Aveia (Avena sativa), mostrando o tamanho relativo dos sistemas radicular e caulinar (a) 31, (b) 45 e (c) 80 dias após o plantio. A planta de aveia, uma
monocotiledônea, tem um sistema radicular do tipo fasciculado. Cada unidade vertical, tracejada,
representa cerca de 30,5 cm.
a) Sistemas radiculares: pivotante e fasciculado
• Sistema radicular x caulinar
- Planta
– balanço entre área para produção de
alimento e área para absorção de íons e água.
b) Origem e Crescimento dos
tecidos primários
Meristema apical
protoderme
meristema fundamental
procâmbio
• Coifa
:
- reveste e protege o meristema apical,
- ajuda a raiz a penetrar no solo,
- produz mucilagem,
- gravitropismo.
Substância mucilaginosa que reveste a coifa da raiz de milho (Zea mays), contendo células descamadas da coifa (a) e fotografia de campo escuro (b).
b
RAIZ
• Crescimento em comprimento:
- região de divisão celular,
- região de alongamento,
- região de maturação.
c) Estrutura primária da raiz
• Epiderme, córtex e cilindro central.
• EPIDERME: absorção de água e íons inorgânicos.
- Pêlos radiculares.
(a)
Pêlos radiculares - (a) Plântula de rabanete (Raphanus sativus), (b) Raiz de plântula de capim-panasco (Agrostis
• CÓRTEX
- É formado basicamente por células parenquimáticas. Com exceção da endoderme, o córtex apresenta numerosos
espaços intercelulares. As células da endoderme, arranjadas compactadamente, formam a camada interna do córtex e
apresentam estrias de Caspary em suas paredes anticlinais. Conseqüentemente, todas as substâncias que passam do
córtex para o cilindro vascular, e vice-versa, devem atravessar o protoplasto das células endodérmicas. A raiz de muitas
angiospermas também possui uma exoderme, que limita externamente o córtex e que também consiste em uma camada compacta de células com estrias de Caspary.
Raiz de ranúnculo (Ranunculus sp.): aspecto geral de raiz madura e detalhe da periferia da raiz madura com espaços intercelulares (setas).
Raiz de milho (Zea mays): (a) aspecto geral da raiz madura, (b) detalhe da região externa de uma raiz madura, mostrando a epiderme com pêlos radiculares e parte do córtex.
Raiz de Convolvulus arvensis – a estria de Caspary está corada.
• CILINDRO CENTRAL
-
As raízes laterais originam-se do periciclo e forçam seu caminho para fora, através do córtex e da epiderme. - Nas monocotiledôneas, os feixes de xilema sãoalternados com os de floema, na periferia do cilindro central, delimitando no interior um conjunto de células parenquimatosas, que formam a medula.
- Nas dicotiledôneas, o xilema é central e possui
projeções que se alternam com os cordões de floema primário.
Raiz de ranúnculo: detalhe do cilindro vascular indiferenciado e detalhe do cilindro vascular diferenciado. Numerosos amiloplastos são evidentes nas células corticais
Raiz de milho (Zea mays): (c) detalhe do cilindro vascular imaturo, (d) detalhe do cilindro vascular maduro.
endoderme Floema
primário Periciclo Metaxilema maduro endoderme
Floema primário Periciclo Metaxilema precoce Protoxilema Protoxilema
d) Estrutura secundária da raiz
Meristema apical
- Seções transversais de raízes de salgueiro (Salix sp.), que se tornaram lenhosas. (a) Aspecto geral da raiz, perto de completar o crescimento primário. (b) Detalhe do cilindro vascular primário. (c) Aspecto geral da raiz ao final do primeiro ano de crescimento, mostrando o efeito do crescimento secundário sobre o corpo primário da planta.
e) raízes Laterais
- Três estágios na origem das raízes laterais de um salgueiro (Salix ). (a) Um primórdio de raiz está presente (abaixo) e dois outros estão iniciando o seu desenvolvimento, a partir do periciclo (setas). O cilindro vascular ainda está muito jovem. (b) Dois primórdios de raiz penetrando o córtex. (c) Uma raiz lateral já alcançou o exterior e a outra está quase completando a sua saída.
CLASSIFICAÇÃO
•
QUANTO À ORIGEM:
a) Normais
– Desenvolvem-se a partir da radícula.b) Adventícias
•
QUANTO AO HABITAT:
a) Aéreas
– Cinturas ou estranguladoras: são adventícias que abraçam outro vegetal. Ex. cipós, mata-pau.
-Grampiformes ou aderentes: são adventícias com forma de grampos, que fixam a planta trepadora a um suporte. Ex. hera.
- Respiratórias ou pneumatóforos: são raízes que fornecem oxigênio às partes submersas, como órgãos de respiração. Ex. plantas de mangues.
Haustório – erva de passarinho.
-Sugadoras ou haustórios: são adventícias que penetram no corpo do hospedeiro, absorvendo alimento. Ex. erva-de-passarinho.
Bonsai – Ficus microcarpa
Ficus glabra
http://picasaweb.google.com/lh/photo/VuN_W2JSwTTBNg_qlQeBZw
Tabulares ou sapopemas: são as que atingem grande desenvolvimento e tomam
o aspecto de tábuas perpendiculares ao solo, ampliando a base da planta. Ex. Ficus.
Raiz suporte – Zea mays (milho)
-Suportes ou Fúlcreas: são adventícias que brotam em direção ao solo, auxiliando na sustentação do vegetal. Ex. pândano e milho.
b) Aquáticas
- Desenvolvem-se na água. Ex: aguapé.
c) Subterrâneas
– Axial ou Pivotante: típica de gimnospermas e dicotiledôneas.
- Ramificada: a raiz principal logo se ramifica em secundárias e estas em terciárias, e assim
sucessivamente. Dicotiledôneas.
- Fasciculada: típica de monocotiledôneas.
- Tuberosa: raiz dilatada com acúmulo de reservas nutritivas. Pode ser axial tuberosa, como cenoura, beterraba, nabo, rabanete; ou adventícia tuberosa, como dália; ou secundária tuberosa, como a batata-doce.
Em Beta vulgaris (beterraba) formam-se faixas cambiais adicionais, dispostas concentricamente, com a produção de grandes
quantidades de parênquima de reserva entre o elementos de condução do xilema e do floema.
Raiz vermelha intensa – pigmento Betacianina, presente nas folhas, pecíolos e raízes.
MANDIOCA (Manihot esculenta)
A mandioca contém um glicosídio cianogênico chamado linamarina, que em presença de enzimas linamarases e de ácidos sofre hidrólise
originando ácido cianídrico (cianeto); sua concentração é maior no córtex da raiz, porém se encontra em todas as partes da planta. O ácido cianídrico é tóxico e volátil e no processo de fabricação da farinha, fécula ou durante a cocção é eliminado quase totalmente.
fibras
A raiz tuberosa é formada pela casca, polpa e fibras centrais. A casca é constituída pela periderme, esclerênquima, parênquima cortical e floema.
Fonte: Almacenamiento de raices frescas de yuca. Centro Internacional de Agricultura Tropical, 1983.
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CAMPUS DOM PEDRITO E ITAQUI
AGRADECIMENTOS
Profª. Elizete Beatriz Radmann Profª. Luciana Zago Ethur