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Atitudes diante das adversidades

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Academic year: 2021

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Atitudes diante das adversidades

Habacuque 3:17-19 – 17. Mesmo não florescendo a figueira e não havendo uvas nas videiras; mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos,

18 – ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação.

19 – O Senhor, o Soberano, é a minha força; ele faz os meus pés como os do cervo; faz-me andar em lugares altos.

Todos nós enfrentamos problemas durante a vida. Independentemente da idade, enfrentamos dificuldades que são, proporcionalmente a essa idade, muito difíceis de serem vencidas.

Na vida espiritual, também não é diferente. Muitos enfrentam dificuldades que os levam a questionar Deus. Poucos, entretanto, conversam francamente com o Senhor, como por exemplo, fez Jó, ou, questionam Ele sobre Suas (de Deus) próprias ações sobre os homens.

Foi exatamente isto que Habacuque fez. Aliás, ele foi além. Na época de Habacuque, os profetas tinham a tarefa de alertar as pessoas quando estas se afastavam da aliança que haviam firmado com Deus.

No entanto, Habacuque questiona Deus sobre o fato de Ele – Deus – não estar cumprindo, aparentemente, Sua parte na aliança.

Então, ele faz uma primeira pergunta: Por que a impiedade fica sem punição? Observem o

que consta no capítulo 1:2-4:

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Até quando, Senhor, clamarei por socorro, sem que tu ouças? Até quando gritarei a ti: "Violência!” sem que tragas salvação?

Por que me fazes ver a injustiça, e contemplar a maldade? A destruição e a violência estão diante de mim; há luta e conflito por todo lado.

Por isso a lei se enfraquece e a justiça nunca prevalece.

Os ímpios prejudicam os justos, e assim a justiça é pervertida.

A este questionamento, Deus responde dizendo que, no tempo certo, haverá o castigo merecido (capítulo 1:5:11). Inclusive, Ele – Deus – inicia a resposta dizendo "Olhem as nações e contemplem-nas, fiquem atônitos e pasmem; pois nos dias de vocês farei algo em que não creriam, se lhes fosse contado.”.

Habacuque, então, faz uma segunda pergunta (cujo arrazoado consta nos versículos 12 a 17) e no versículo 13 há o questionamento propriamente dito:

Teus olhos são tão puros, que não suportam ver o mal;

não podes tolerar a maldade. Por que toleras então esses perversos? Por que ficas calado enquanto os ímpios engolem os que são mais justos do que eles?

Ele, ao fazer esse questionamento, começa falando sobre o caráter de Deus, mas questiona a forma de Deus punir, pois, por causa desse caráter santo, ele – Habacuque – não entende como é que Deus traz uma punição tão excessiva para os seus, permitindo que os ímpios usem de uma maldade extrema contra os justos.

Após questionar o Senhor, o profeta afirma que esperará pela resposta, vez que confia na

fidelidade do Pai. Por isto, ele diz, no início do capítulo 2º, versículo 1º, que aguardará

para ver o que o Senhor lhe dirá e que resposta terá para a sua queixa.

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Ele sabe que Deus lhe responderá. E Deus o responde. Mas não o faz para benefício exclusivo do profeta. O faz para informação das demais pessoas. Ou seja, Deus lhe dá instruções para escrever de modo claro a visão que Ele – Deus – estava lhe dando. E por que isto? Porque a resposta de Deus não teria cumprimento imediato. Haveria de ocorrer no tempo certo. E esse tempo seria o tempo de Deus (Cap. 2:2-3):

Então o Senhor respondeu: "Escreva claramente a visão em tabuinhas, para que se leia facilmente.

Pois a visão aguarda um tempo designado; ela fala do fim, e não falhará. Ainda que se demore, espere-a;

porque ela certamente virá e não se atrasará".

O comentarista David Baker 1 diz que

“O propósito de Deus está-se revelando em sequência e em ordem, no curso dos acontecimentos históricos. A história não é cíclica, não é uma constante recorrência de acontecimentos numa repetição fútil; antes é linear.

Está-se encaminhando rumo ao alvo, que é o dia do Senhor e o estabelecimento do reino de Deus.

Acontecimentos históricos específicos ou momentos determinados como esse são especialmente significativos no progresso rumo a esse objetivo final.

Conquanto essa mensagem de Deus talvez não tenha cumprimento imediato, Habacuque está seguro de que se cumprirá no momento escolhido pelo próprio Deus”.

1

BAKER, David Weston. Obadias, Naum, Habacuque, Sofonias: introdução e comentário. São Paulo: Vida

Nova, 2001, p. 339.

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A mensagem deveria ser escrita numa tábua para ser lida facilmente. A tradução King James coloca assim: “escreve a visão com toda a clareza possível em grandes tábuas, para que até o mensageiro que passa correndo a leia”. E o comentário da citada Bíblia diz que o mensageiro “normalmente corria pelas estradas entregando as mensagens verbalmente e às vezes escritas”.

Mas, independentemente da estratégia de divulgação da mensagem, esta mostrava que a Babilônia – a que oprimia os justos – seria destruída e que o povo de Judá, assim como o profeta, deveriam ficar preparados, todos os dias. Isto veio ocorrer cerca de 66 anos depois da resposta do Senhor.

Quer isto dizer que Deus sempre responde as nossas orações. Muitas vezes a resposta ocorre imediatamente e, em outros casos, demora. Em alguns outros, ela vem de forma contrária ao que esperávamos. Mas sempre ocorrerá no tempo certo – o tempo do Senhor – e do modo Dele.

Por isto, no versículo quarto, Deus diz uma frase que, inclusive, tornou-se a base da doutrina da justificação pela fé: “Escreve, pois: Eis que o ímpio está cada vez mais arrogante; suas vontades não visam o bem; mas o justo viverá pela sua fé”.

Isto é, não olhe para o que você vê, mas para o que Eu posso fazer. É como se Deus

dissesse: “Eu sei, Habacuque, que a situação está difícil; que a Babilônia está massacrando

vocês. Mas, saiba que Eu tenho o controle da história. Você – e o seu povo – precisam

confiar em mim, pois vocês são justificados, e, o justo não se baseia pelo que vê, mas, pelo

que espera”.

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Diante dessa resposta o profeta faz a oração, em forma de cântico, que é concluída com as palavras que lemos no início:

17. Mesmo não florescendo a figueira e não havendo uvas nas videiras; mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos,

18 – ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação.

19 – O Senhor, o Soberano, é a minha força; ele faz os meus pés como os do cervo; faz-me andar em lugares altos.

Ou seja, após questionar Deus e receber as devidas respostas, inclusive que ele não deveria olhar para o momento, mas para o que Deus poderia fazer, ele tomou uma decisão que consiste em duas atitudes:

1) Alegrar-se no Senhor independentemente das circunstâncias: Haja fartura ou não;

alegria, ou não. Interessante como esse princípio é ensinado e pregado em muitos segmentos de nossas vidas, mas não o é no relacionamento com Deus. Numa cerimônia de casamento, por exemplo, os noivos fazem o voto de se amarem na fartura, na pobreza, na alegria, na tristeza, na saúde, na doença etc.

Com Deus, muitas vezes, exigimos que Ele satisfaça todas as nossas necessidades e exigências para que possamos nos alegrar Nele. Esquecemos do quanto Ele já fez por nós.

Temos muito a aprender com o profeta Habacuque. Ao invés de reclamar de Deus, com o

Espírito de superioridade, Ele reclamou para o próprio Deus, com o espírito de quem

queria se submeter ao Senhor. O resultado: Deus o respondeu, de forma contrária ao que

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ele queria ouvir, mas dizendo o que ele precisava ouvir. E isto foi suficiente para que o profeta tomasse a decisão certa: alegrar-se no Senhor, sempre!

2) Não apenas alegrar-se no Senhor, mas, confiar no Senhor: Ele afirmou que o Senhor, o soberano, era a força dele.

Muitas vezes, mesmo alegrando-se com alguém, nossos pés vacilam. A situação contrária mina as nossas forças e nos faz perder a alegria.

Por isto, o profeta decide alegrar-se e confiar. Ele chega a comparar-se com o alce que tem os pés fortes e anda altivo.

Portanto, espelhemo-nos no exemplo de Habacuque e deixemos de olhar para as dificuldades. Olhemos, pois, para Deus, que sempre cumpre as suas promessas.

Seja abençoado(a).

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