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Considerações Iniciais Execução no Processo do Trabalho e suas Peculiaridades Teoria Geral da Execução Trabalhista...

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Sumário

Considerações Iniciais ... 3

Execução no Processo do Trabalho e suas Peculiaridades ... 4

1 - Teoria Geral da Execução Trabalhista ... 4

2 - Título Executivo ... 5

3 - Competência para Execução. ... 7

4 - Execução Provisória e Definitiva. ... 7

5 - Liquidação e Execução ... 10

5.1 - Penhora de bens ... 13

5.2 - Impenhorabilidade de bens ... 14

5.3 - Fase de expropriação de bens (Artigo 888 da CLT e art.13 Lei nº 5584/1970) ... 16

Peças Processuais na Execução ... 17

1 - Embargos à Execução ... 17

1.1 - Principais Teses nos Embargos à Execução: ... 18

1.2 - Estrutura da Peça Prático Profissional: ... 22

1.3 - Peça Prático Profissional: XIII Exame De Ordem ... 23

2 - Embargos de Terceiro ... 26

3 - Impugnação à Sentença de Liquidação ... 28

4 - Exceção de Pré-Executividade ... 30

5 - Agravo de Petição ... 31

Peça Prática - Autoral ... 34

Questões PDF - Sem Gabarito ... 36

Questões PDF - Gabaritadas ... 37

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TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO E PEÇAS PROCESSUAIS

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Olá, queridos alunos.

Nesta aula, iremos estudar os procedimentos da execução no processo do trabalho, analisando a execução provisória, definitiva, liquidação de sentença e todas as peças processuais cabíveis nesta fase processual.

As peças prático-profissionais da fase executória já foram cobradas pela OAB, na modalidade de embargos à execução e de terceiros.

Logo, tenham uma maior atenção a estas peças, especialmente, quanto aos temas que envolvem esta fase, já que a estruturação destas segue a de uma inicial, então, acredito que neste sentido não terão maiores problemas.

Inicialmente, quanto aos preceitos legais que regem esta fase, deveremos nos valer da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e leis esparsas e, de forma subsidiária da Lei de Execuções Fiscais, e por fim, aplicar o Código de Processo Civil, seguindo esta ordem preferencial (art. 889 da CLT e Art. 3º, XVI, IN 39/2016), caso a CLT seja omissa acerca de determinada matéria.

Nesse sentido:

Por fim, na Justiça do Trabalho prevalece o entendimento de que a execução judicial é uma fase processual.

Ultrapassado este aspecto inicial, vamos nos aprofundar na execução trabalhista, nos tópicos que seguem.

Bom estudo a todos!

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL (CPC) LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS

CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO (CLT) E LEIS ESPARSAS

(4)

EXECUÇÃO NO PROCESSO DO TRABALHO E SUAS

PECULIARIDADES 1 - Teoria Geral da Execução Trabalhista

A execução, regulamentada no artigo 876 e seguintes da CLT, tem a finalidade proporcionar a satisfação do credor determinada por título executivo judicial, devendo ser útil ao credor e não onerosa ao devedor.

Assim, não haverá execução sem título, quer seja judicial ou extrajudicial.

Desta forma, antes de qualquer estudo, devemos observar as premissas da execução, ou seja, os princípios balizares que regem a execução no processo do trabalho, quais sejam:

Princípio da Efetividade: A execução trabalhista deve ocorrer no menor tempo possível, pois estão envolvidas verbas de caráter alimentar.

Princípio da Dignidade da pessoa do devedor: A execução não pode atingir bens indispensáveis ao sustento do réu e sua família.

Ex.: Bens de família (Lei. 8.009/90 e Artigos 833 e 834 do CPC).

Neste ponto ressalto um aspecto relevante dentre a impenhorabilidade de bens: O artigo 3º, I, da Lei 8.009/90 determinava que a impenhorabilidade fosse oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, exceto em caso de ação proposta por empregado doméstico.

Assim, era possível a penhora do bem de família em caso de pagamento de dívida trabalhista de empregado doméstico.

Contudo, a Lei Complementar nº 150/2015, artigo 46, revogou este dispositivo, motivo pelo qual, atualmente, também é vedada a penhora do bem de família, mesmo para ações propostas por empregado doméstico.

Princípio da Patrimonialidade: A execução gera efeitos no patrimônio do devedor, e não no seu corpo, logo, ninguém pode ser preso por dívida. Exceção: Pensão alimentícia.

Princípio da execução menos gravosa: Quando a execução puder ser realizada de diversas formas, deverá se dar preferência àquela que gerar menos prejuízo ao devedor.

Vale ressaltar que é válido o ato judicial que determina penhora em dinheiro do executado para garantir crédito do exequendo, não sendo cabível mandado de segurança, já que obedece à gradação prevista no art.

835 do CPC.

Tome nota do artigo 805 do CPC:

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Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.

Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção dos atos executivos já determinados.

*Estudar artigos 805 (execução menos gravosa – Ex.: penhora online) e 835 do CPC (ordem de preferência da penhora), bem como a Súmula n. 417 do TST.

Princípio da Iniciativa ex officio/de ofício: O magistrado poderá em determinadas hipóteses legais promover a execução de ofício, salvo quando tratar-se de execução provisória, liquidação por artigos, a qual esta envolve provas, e execução definitiva, quando as partes estiverem representadas por advogado (artigo 878 da CLT)

Ex.: O magistrado pode desconsiderar a personalidade jurídica da empresa; colocar empresas do mesmo grupo econômico no polo passivo da demanda.

São legitimados a promover a execução:

- Qualquer interessado;

- Juiz (execução definitiva);

- MPT (nas ações de competência originária do TRT).

Neste sentido, a Reforma Trabalhista alterou o artigo 878 da CLT para determinar que: A execução será promovida a requerimento das partes, ficando limitada a execução de ofício, ou seja, o impulso oficial apenas nos casos em que as partes não estiverem representadas por advogados.

Princípio da mitigação do contraditório: Nos termos do artigo 884, §1º, CLT, na fase de execução, a defesa é limitada, pois já se encerrou a fase de conhecimento.

Princípio da limitação expropriatória: A execução abrange apenas o que for necessário para pagar a dívida, ou seja, apenas poderá atingir a quantidade de bens necessários para garantia da execução, não devendo se operar de forma excessiva e nem tampouco gravosa ao executado.

Princípio da Responsabilidade das custas pelo executado: Nos termos do art. 789 – A, CLT, no processo de execução são devidas custas, sempre de responsabilidade do executado e pagas ao final.

2 - Título Executivo

Os títulos executivos podem ser judiciais ou extrajudiciais. Desta forma, são considerados primordialmente títulos executivos no processo do trabalho, entre outros:

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O rol acima é meramente exemplificativo, cabendo outros títulos, como por exemplo:

1) Artigo 114, VII, CF - Autoriza a competência da Justiça do Trabalho, para a execução fiscal, permitindo, portanto, a execução das multas impostas pela fiscalização do trabalho inscritas na Certidão da Dívida Ativa da União.

2) Artigo 13 da IN/39 do TST – Possibilita a aplicação do artigo 784, I do CPC, de forma a autorizar a execução na Justiça do Trabalho de cheque e nota promissória, quando estes forem decorrentes da relação de emprego/trabalho.

3) Artigo 507-A, CLT – Sentença Arbitral não cumprida poderá ser executada na Justiça do Trabalho (art.

31 da Lei 9.307/1996). Neste sentido, prevê a CLT:

“Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996.”

Por fim, ressalto aspecto já mencionado anteriormente, mas que, neste momento, considero de extrema importância, acerca da possibilidade de a Justiça do Trabalho executar contribuições previdenciárias decorrentes de sentença ou acordo, conforme Súmula n. 368, I do TST:

“A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição.”

Decisões transitadas em julgado (artigo 876 da CLT);

Decisões com recurso sem efeito suspensivo e;

Acordos não cumpridos (artigo 876 da CLT).

JUDICIAIS

TAC - Termo de Ajuste de Conduta firmados perante o Ministério Público - MP (artigo 876 da CLT);

Termo De Conciliação firmado perante a Comissão de Conciliação Prévia (artigo 625-A a 625-H, CLT).

EXTRAJUDICIAIS

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3 - Competência para Execução.

Art. 877 - É competente para a execução das decisões o Juiz ou Presidente do Tribunal que tiver conciliado ou julgado originariamente o dissídio.

Art. 877-A - É competente para a execução de título executivo extrajudicial o juiz que teria competência para o processo de conhecimento relativo à matéria.

O artigo 877, da CLT regulamenta a matéria e nos deixa claro que na hipótese de título judicial, a competência para sua execução será a do juízo que proferiu a sentença ou que homologou o acordo.

Quando tratar-se de título extrajudicial o artigo 877-A, CLT prevê que a competência para execução deve observar a regra da fase de conhecimento, qual seja, a do artigo 651, da CLT.

4 - Execução Provisória e Definitiva.

EXECUÇÃO PROVISÓRIA

A execução provisória poderá se iniciar, quando houver sentença, não transitada em julgado, com recurso pendente de julgamento, sendo esse sem efeito suspensivo. Assim, tendo o recurso apenas efeito devolutivo, e sem suspensivo, possível torna-se o início da execução provisória, a qual segue até a penhora, ou seja, sem que haja, como regra, atos de expropriação de bens, apenas constrição.

Assim, em se tratando de execução da sentença que ainda não tenha transitado em julgado e que possui as seguintes peculiaridades:

Depende da iniciativa do exequente (reclamante/credor) a execução provisória, ou seja, não se admite o impulso oficial;

Nos termos do artigo 899 da CLT, a execução provisória vai somente até a penhora, logo, não há atos de expropriação de bens. Desta forma, não se aplica a previsão do artigo 520, IV do CPC:

SENTENÇA - V.T

R.O pendente - TRT

Execução Provisória

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Art. 520. O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao seguinte regime:

IV - o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou dos quais possa resultar grave dano ao executado, dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos.

Na hipótese de reforma da sentença em razão de recurso, o exequente será responsável pelo pagamento de eventuais prejuízos do executado;

A execução provisória se dá através de carta de sentença, tendo em vista que os autos principais estarão no Tribunal para julgamento de recurso;

A Súmula 417 do TST foi recentemente alterada permitindo, após a vigência do novo CPC, a penhora de dinheiro em sede de execução provisória, ainda que o executado possua outros bens. Cabe destacar, que antes da vigência do novo CPC, a penhora de dinheiro não era possível em execução provisória, quando o executado possuía outros bens. Observe o preceito legal mencionado:

I - Não fere direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que determina penhora em dinheiro do executado para garantir crédito exequendo, pois é prioritária e obedece à gradação prevista no art. 835 do CPC de 2015 (art. 655 do CPC de 1973).

II - Havendo discordância do credor, em execução definitiva, não tem o executado direito líquido e certo a que os valores penhorados em dinheiro fiquem depositados no próprio banco, ainda que atenda aos requisitos do art. 840, I, do CPC de 2015 (art. 666, I, do CPC de 1973).

EXECUÇÃO DEFINITIVA

A execução definitiva ocorre quando se estiver diante de uma sentença / acórdão já transitado em julgado, podendo iniciar-se a requerimento da parte, ou ainda, de ofício pelo juiz, quando as partes não estiverem representadas por advogados.

Ademais, a execução definitiva, diferentemente da provisória, não se limita a penhora, sendo nesta fase praticados atos de constrição e expropriação do bem, haja vista que presente o trânsito em julgado.

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Neste sentido, observe a régua processual na execução definitiva:

SENTENÇA / ACÓRDÃO

Transitado em Julgado

Execução Defintiva

SENTENÇA - V.T Não há recurso pendente Transito em julgado

Liquidação da sentença

(*Manisfestação das partes e União).

Sentença de Liquidação

MCPA - Mandado de Citação, penhora e

avaliação.

Pagamento; Garantia do Juízo; Inércia

*Executado: Embargos à execução (*Garantido do

Juízo)

*Exequente: Impugnação a sentença de liquidação.

Sentença

Agravo de Petição

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5 - Liquidação e Execução

Quando no processo se estiver diante de uma sentença ilíquida, necessário se fará a sua liquidação, a qual poderá se dar por: Cálculos, Arbitramento, ou ainda, por Artigos / Procedimento Comum.

Nesse sentido, observe:

Cálculos: É quando a liquidação se dará através de simples cálculos aritméticos, já que a sentença não exige maiores elementos para a sua apuração, conforme Súmula n. 200 e 211 do TST.

Arbitramento: É a liquidação que depende de exame pericial, ou seja, conhecimentos técnicos específicos.

Ex.: art. 460, CLT – salário equitativo – salário que não foi fixado pelo empregador e deverá ser fixado pelo juiz.

Por Artigos ou Procedimento Comum: Artigo 879 da CLT –Quando na liquidação há necessidade de se alegar e provar fatos novos, deverá se valer deste procedimento para, assim, individualizar o objeto da condenação.

Assim, quando proferida a sentença, e sendo esta ilíquida, iniciar-se-á a fase de liquidação. Nesse sentido, vale ressaltar que na fase de execução não mais será possível discutir matéria referente à causa principal do processo.

Na liquidação por cálculos, os cálculos poderão ser apresentados pelas partes, pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, ou ainda, pelo perito, segundo critério determinado pelo juiz.

Apresentados os cálculos, o magistrado deverá abrir às partes, reclamante e reclamada, prazo comum de 08 (oito) dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão – Artigo 879, § 2º da CLT.

A União também será intimada a se manifestar acerca das contribuições previdenciária no prazo de dez dias, conforme Artigo 879, § 3º da CLT.

Em sequência, o magistrado proferirá sentença de liquidação, a qual poderá ser impugnada, quando garantido o juízo, por meio de embargos à execução (executado) e impugnação à decisão (ou sentença) de liquidação (exequente).

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Uma vez proferida a sentença de liquidação pelo magistrado, em ato sequencial, se expedirá o Mandado de Citação, Penhora e Avaliação - MCPA. Neste sentido, tome nota do art. 880, da CLT:

Requerida a execução, o juiz ou presidente do tribunal mandará expedir mandado de cita ção do executado, a fim de que cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo modo e sob as cominações estabelecidas ou, quando se tratar de pagamento em dinheiro, inclusive de contribuições sociais devidas à União, para que o faça em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta a execução, sob pena de penhora.

Assim, quando citado, o executado, no prazo de 48 horas, poderá adotar um dos três procedimentos:

I. Pagar a quantia devida e apurada na execução, e colocando, assim, fim ao processo, conforme artigo 881, CLT;

II. Garantir a execução depositando o valor correspondente, nomeando bens a penhora (artigo 882 da CLT), ou ainda, através de seguro-garantia judicial. Tal procedimento não acaba com a fase processual, prosseguindo-se com as ferramentas da execução, uma vez que garantido o juízo.

III. Inércia do executado, o que em tal situação, gerará a penhora dos seus bens, nos termos do artigo 883 da CLT.

Assim, caso o executado não tenha indicado bens e nem pago a dívida, terá penhorado tantos bens, quantos sejam necessários para a garantia do juízo, observada a ordem de preferência da penhora, contida no artigo 835 do CPC. Observe:

Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:

I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira;

II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação em mercado;

III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;

Sentença Liquidação de

Sentença

Apresentação de Cálculos

Manifestação das partes em 8 dias (União - 10 dias) ou

não.

Sentença de Liquidação - Homologação dos

Cálculos.

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IV - veículos de via terrestre;

V - bens imóveis;

VI - bens móveis em geral;

VII - semoventes;

VIII - navios e aeronaves;

IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias;

X - percentual do faturamento de empresa devedora;

XI - pedras e metais preciosos;

XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária em garantia;

XIII - outros direitos.

Acerca do tema, ainda, observe o artigo 882, 883 e 883-A da CLT:

Art. 882. O executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a execução mediante depósito da quantia correspondente, atualizada e acrescida das despesas processuais, apresentação de seguro-garantia judicial ou nomeação de bens à penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no art. 835 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 - Código de Processo Civil.

Art. 883 - Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-á penhora dos bens, tantos quantos bastem ao pagamento da importância da condenação, acrescida de custas e juros de mora, sendo estes, em qualquer caso, devidos a partir da data em que for ajuizada a reclamação inicial.

Art. 883-A. A decisão judicial transitada em julgado somente poderá ser levada a protesto, gerar inscrição do nome do executado em órgãos de proteção ao crédito ou no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas (BNDT), nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo de quarenta e cinco dias a contar da citação do executado, se não houver garantia do juízo.

Há alguns bens que são tidos como impenhoráveis, ou seja, se ainda assim realizado, estaremos diante de uma ilegalidade. Nesse sentido, prevê o artigo 833 do CPC:

Art. 833. São impenhoráveis:

I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;

II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;

III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor;

(13)

IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2o;

V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado;

VI - o seguro de vida;

VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;

VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família;

IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social;

X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários- mínimos;

XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei;

XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra.

§ 1º A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida relativa ao próprio bem, inclusive àquela contraída para sua aquisição.

§ 2º O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora para pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua origem, bem como às importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-mínimos mensais, devendo a constrição observar o disposto no art. 528, § 8o, e no art. 529, § 3o.

§ 3º Incluem-se na impenhorabilidade prevista no inciso V do caput os equipamentos, os implementos e as máquinas agrícolas pertencentes a pessoa física ou a empresa individual produtora rural, exceto quando tais bens tenham sido objeto de financiamento e estejam vinculados em garantia a negócio jurídico ou quando respondam por dívida de natureza alimentar, trabalhista ou previdenciária.

5.1 - Penhora de bens

A nomeação de bens à penhora, ou ainda, a penhora de bens realizada pelo magistrado, deverá ocorrer em conformidade com a ordem contida no artigo 835 do CPC e 882 da CLT. Nesse sentido, cumpre destacar que a penhora em dinheiro possui preferência sobre outros bens.

No mais, a penhora sobre determinado percentual do faturamento da empresa nunca poderá ser total, de forma que se isso ocorrer, o executado poderá questionar sua legalidade por meio das ferramentas próprias da execução, já que tal penhora não pode comprometer o funcionamento da empresa, conforme OJ 93 SDI- II TST:

(14)

Nos termos do art. 866 do CPC de 2015, é admissível a penhora sobre a renda mensal ou faturamento de empresa, limitada a percentual, que não comprometa o desenvolvimento regular de suas atividades, desde que não haja outros bens penhoráveis ou, havendo outros bens, eles sejam de difícil alienação ou insuficientes para satisfazer o crédito executado.

5.2 - Impenhorabilidade de bens

São absolutamente impenhoráveis:

a) os bens descritos no artigo 833 do CPC;

b) o bem de família previsto na Lei nº 8.009/90; e

c) as contas do FGTS dos trabalhadores (art. 2º, §2º, da Lei nº 8.036/90).

Assim, além da ordem de preferência, a ser observada, sob os bens passíveis de penhora, deve-se também atentar-se aos bens impenhoráveis, conforme artigo 833, CPC:

Acercado tema, ...

Ademais, também deve ser observada, a impenhorabilidade do bem de família previsto na Lei 8009/90, a qual foi recentemente alterada com a revogação do inciso I, do artigo 3º, este que autorizava a penhora do bem de família quando se tratava de dívidas de empregado doméstico. Agora, com tal revogação legislativa, a impenhorabilidade do bem de família na Justiça do Trabalho trona-se absoluta, não se admitindo qualquer exceção frente à proteção do bem de família, inclusive, para pessoa solteira, divorciada ou viúva (Súmula n.

364, STJ).

Na execução definitiva, o juiz poderá realizar a penhora on-line, inclusive afastando outro bem já nomeado à penhora pelo executado, nos termos da Súmula n. 417, TST:

I - Não fere direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que determina penhora em dinheiro do executado para garantir crédito exequendo, pois é prioritária e obedece à gradação prevista no art. 835 do CPC de 2015 (art. 655 do CPC de 1973).

II - Havendo discordância do credor, em execução definitiva, não tem o executado direito líquido e certo a que os valores penhorados em dinheiro fiquem depositados no próprio banco, ainda que atenda aos requisitos do art. 840, I, do CPC de 2015 (art. 666, I, do CPC de 1973).

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No mais, o bloqueio de dinheiro e sua conversão em penhora deve observar o procedimento do artigo 854 do CPC:

Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao executado, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a indisponibilidade ao valor indicado na execução.

§ 1o No prazo de 24 (vinte e quatro) horas a contar da resposta, de ofício, o juiz determinará o cancelamento de eventual indisponibilidade excessiva, o que deverá ser cumprido pela instituição financeira em igual prazo.

§ 2o Tornados indisponíveis os ativos financeiros do executado, este será intimado na pessoa de seu advogado ou, não o tendo, pessoalmente.

§ 3o Incumbe ao executado, no prazo de 5 (cinco) dias, comprovar que:

I - as quantias tornadas indisponíveis são impenhoráveis;

II - ainda remanesce indisponibilidade excessiva de ativos financeiros.

§ 4o Acolhida qualquer das arguições dos incisos I e II do § 3o, o juiz determinará o cancelamento de eventual indisponibilidade irregular ou excessiva, a ser cumprido pela instituição financeira em 24 (vinte e quatro) horas.

§ 5o Rejeitada ou não apresentada a manifestação do executado, converter-se-á a indisponibilidade em penhora, sem necessidade de lavratura de termo, devendo o juiz da execução determinar à instituição financeira depositária que, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, transfira o montante indisponível para conta vinculada ao juízo da execução.

§ 6o Realizado o pagamento da dívida por outro meio, o juiz determinará, imediatamente, por sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, a notificação da instituição financeira para que, em até 24 (vinte e quatro) horas, cancele a indisponibilidade.

§ 7o As transmissões das ordens de indisponibilidade, de seu cancelamento e de determinação de penhora previstas neste artigo far-se-ão por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional.

§ 8o A instituição financeira será responsável pelos prejuízos causados ao executado em decorrência da indisponibilidade de ativos financeiros em valor superior ao indicado na execução ou pelo juiz, bem como na hipótese de não cancelamento da indisponibilidade no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, quando assim determinar o juiz.

§ 9o Quando se tratar de execução contra partido político, o juiz, a requerimento do exequente, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido por autoridade supervisora do sistema bancário, que tornem indisponíveis ativos financeiros somente em nome do órgão partidário que tenha contraído a dívida executada ou que tenha dado causa à violação de direito ou ao dano, ao qual cabe exclusivamente a responsabilidade pelos atos praticados, na forma da lei.

(16)

Assim, depois de garantido o juízo, com a penhora, pagamento ou indicação de bens, no prazo de 05 dias, o executado poderá apresentar embargos à execução, e o exequente impugnação a sentença de liquidação.

Diante de tais ferramentas processuais utilizadas pelas partes, o magistrado proferirá uma sentença, frente a qual será cabível recurso de Agravo de Petição, no prazo de 8 (oito) dias, para o TRT correspondente, e com fundamento no artigo 897 da CLT. O TRT se pronunciará acerca do Agravo de Petição, e frente a esta decisão será oponível Recurso de Revista ao TST, por violação Constitucional (Súmula n. 266, TST), o qual também proferirá um acórdão, e em havendo nova violação constitucional, será possível opor Embargos de Divergência ao TST (Súmula n. 433 do TST).

Em última análise, caso a decisão do TST confronte preceitos constitucionais, cabível será a propositura de Recurso Extraordinário, ao STF, em última análise jurisdicional.

Nesse sentido:

5.3 - Fase de expropriação de bens (Artigo 888 da CLT e art.13 Lei nº 5584/1970)

Depois de solucionado os embargos / impugnação, proferindo-se a sentença, se iniciará paralelamente à possibilidade de recurso, a expropriação do bem penhorado, ou seja, a sua venda, a qual poderá se concretizar através de três figuras jurídicas, quais sejam:

ADJUDICAÇÃO - O exequente fica com o bem penhorado, abatendo do seu crédito;

ARREMATAÇÃO - Um terceiro arremata o bem penhorado, adquirindo-o em hasta pública através do maior lance, o que não se admitirá a aquisição por preço vil (artigo 891, § único, CPC).

Em tal situação, nos termos do artigo 888, CLT, o arrematante deve pagar de imediato 20% do valor devido e, o saldo restante em 24 horas.

Observe que a IN n. 39 do TST, autoriza a aplicação do artigo 895, CPC, o qual prevê a possibilidade de parcelamento do lance.

REMIÇÃO – Em tal hipótese, o executado paga o valor integral da execução, evitando a alienação do seu bem já penhorado.

Sentença (Execução)

Agravo de Petição - TRT

Rec. de Revista - TST

Embargos ao

TST Rext. - STF

(17)

Não confunda RemiÇão com RemiSSão, esta que consiste no perdão da dívida, e não se aplica na Justiça do Trabalho, em razão da irrenunciabilidade dos Direitos Trabalhistas.

Por fim, ainda é possível alegar eventuais irregularidades na fase de expropriação por meio dos Embargos à Arrematação, ou seja, este meio de defesa será utilizado pelo executado para se alegar vício na alienação do bem (OJ 66 da SDI-II/TST), no prazo de cinco dias, contados a partir da adjudicação ou arrematação do bem. Ou seja, os embargos à execução é gênero do qual os embargos à penhora, à arrematação e adjudicação são espécies.

Tal peça processual é endereçada para o juízo da execução, devendo o adquirente do bem ser intimado sobre os Embargos para manifestação. Após análise, o magistrado proferirá decisão, e desta caberá Agravo de Petição.

PEÇAS PROCESSUAIS NA EXECUÇÃO

Neste tópico, vamos analisar as peças processuais cabíveis na execução, algumas já mencionadas, e a sua estrutura para fins de prova.

1 - Embargos à Execução

Fundamentação: Artigo 884 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), combinado com o artigo 319 do Código de Processo Civil (CPC), aplicado ao Processo do Trabalho por força do artigo 769 e 889 da CLT e artigo 15 do CPC.

OBS.: A fundamentação, em complemento, também poderia ser no Artigo 525 e 917 do CPC, mas para fins de prova, o embasamento principal é o artigo 884 da CLT, combinado com o artigo 319 do Código de Processo Civil (CPC), aplicado por força do artigo 769 e 889 da CLT e artigo 15 do CPC.

Conceito: Trata-se de uma ação incidental na execução, a qual o executado poderá alegar vícios ocorridos nesta fase, em especial:

- Cumprimento da Decisão;

- Cumprimento do Acordo;

- Quitação; e - Prescrição.

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É válido esclarecer que para utilização dos embargos à execução, como regra, necessário se faz a garantia prévia do juízo, esta que pode se caracterizar pelo depósito do valor, nomeação de bens à penhora, ou ainda, pela penhora de bens propriamente dita.

Logo, não há como embargar sem que o juízo esteja garantido, em regra.

A exceção a tal regramento encontra-se prevista no artigo 884, parágrafo sexto da CLT:

Art. 884 - Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exequente para impugnação.

(...)

§ 6º A exigência da garantia ou penhora não se aplica às entidades filantrópicas e/ou àqueles que compõem ou compuseram a diretoria dessas instituições.

A única hipótese de se questionar aspecto da execução sem que haja a garantia do juízo é por meio de exceção de pré-executividade, este de criação doutrinária e jurisprudencial, para a pessoa que não tem condições de garantir a execução.

A exceção de pré-executividade não tem prazo estipulado, sempre cabível quando se ferir matéria de ordem pública.

Observe que a Fazenda Pública não necessita garantir o juízo porque seus bens são impenhoráveis.

Natureza Jurídica: É o meio processual de defesa do executado, mas a doutrina majoritariamente entende como a sua natureza jurídica sendo de ação.

Competência: Juízo da execução.

Prazo: Cinco dias a partir da garantia do juízo, quando tratar-se de Fazenda Pública, o prazo será de trinta dias (art. 884 da CLT c/c Lei 9494/97).

Contraditório: Os Embargos à Execução possuem natureza de ação, por isso, o contraditório se exerce por meio de impugnação. Nesta fase, é possível a oitiva de testemunhas, desde que haja necessidade, de fato, conforme art. 884, parágrafo segundo da CLT.

Recurso frente aos Embargos: Da decisão dos embargos à execução caberá à interposição do recurso de agravo de petição (art. 897, “a” da CLT). Sendo importante ressaltar que é cabível agravo de petição em decisão que acolhe ou não embargos à execução, bem como da decisão que julga procedente ou improcedente os embargos.

1.1 - Principais Teses nos Embargos à Execução:

PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE Trata-se da prescrição que ocorre dentro do processo já em curso.

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A Súmula 327 do STF afirmava o seu cabimento já anteriormente a reforma trabalhista, o que veio a ser reforçado pelo artigo 11-A da CLT, o qual determina o cabimento da prescrição intercorrente no prazo de dois anos, diante da inercia do exequente em cumprir o ato.

A prescrição trata-se de matéria dos Embargos à Execução, nos termos do art. 884, §1º da CLT, bem como a do art. 40 da Lei de Execução Fiscal - LEF, Lei 6830/80, aplicada subsidiariamente por força do art. 889 da CLT.

INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA

A desconsideração da personalidade jurídica ocorre quando houver a responsabilização do patrimônio dos sócios.

Se o incidente se der no processo de conhecimento, dessa decisão não cabe recurso; já em sede do processo de execução, diante da decisão do incidente cabível seráo agravo de petição. Neste sentido, o incidente de desconsideração da personalidade jurídica está previsto no artigo 855-A da CLT e arts. 133 a 137 do CPC.

Neste sentido, tome nota:

Art. 855-A. Aplica-se ao processo do trabalho o incidente de desconsideração da personalidade jurídica previsto nos arts. 133 a 137 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 - Código de Processo Civil.

§ 1o Da decisão interlocutória que acolher ou rejeitar o incidente:

I - na fase de cognição, não cabe recurso de imediato, na forma do § 1o do art. 893 desta Consolidação;

II - na fase de execução, cabe agravo de petição, independentemente de garantia do juízo;

III - cabe agravo interno se proferida pelo relator em incidente instaurado originariamente no tribunal.

§ 2o A instauração do incidente suspenderá o processo, sem prejuízo de concessão da tutela de urgência de natureza cautelar de que trata o art. 301 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil)

Desta forma, desconsiderada a personalidade jurídica, em razão da insuficiência de bens da pessoa jurídica, o

(20)

sócio torna-se parte, e cabível serão os embargos à execução, como meio de impugnação.

JUROS E ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA

Art. 883, CLT - Os juros incidem a partir da propositura da Reclamação Trabalhista;

Súmula nº 381, TST – A atualização monetária é devida a partir do vencimento da obrigação (mês seguinte à prestação de serviços);

Súmula nº 439, TST – Em caso de dano moral, os juros incidem a partir da data do ajuizamento da Reclamação Trabalhista; já a correção monetária incide a partir da data da decisão que arbitrou/fixou os danos morais ou da decisão que alterou o valor dos danos morais;

Súmula nº 200, TST – Em um primeiro momento incide a atualização monetária e, posteriormente, incidirá os juros;

Súmula nº 211, TST – Os juros e correção monetária são pedidos implícitos, ou seja, não há necessidade de pedir os juros e correção para que o juiz determine / conceda.

ILEGITIMIDADE PASSIVA

Nos termos do artigo 10-A da CLT, o sócio retirante responde por dois anos de forma subsidiária pelas obrigações trabalhistas da sociedade, observada a ordem de preferência. Neste sentido:

Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência:

I - a empresa devedora;

II - os sócios atuais; e III - os sócios retirantes.

Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato.

(21)

No mesmo sentido, o Art. 1003, parágrafo único e 1032 do Código Civil, conforme preconizado pela jurisprudência do TST, estabelece que:

“Os ex-sócios respondem pelas dívidas da sociedade por até dois anos após sua retirada ou averbação da alteração contratual, nos termos dos artigos 1003 e 1032 do CC. Não se pode eternizar a responsabilidade dos ex-sócios ou de seus herdeiros, porque uma vez afastados da sociedade não possuem mecanismos de controle sobre os negócios e a saúde financeira da empresa.”

(TRT-2 - AGRAVO DE PETICAO AGVPET

1226008120045020 SP

01226008120045020202 A20 (TRT-2).)

IMPENHORABILIDADE DA REMUNERAÇÃO DO EXECUTADO – LIMITE.

O artigo 833, IV do CPC impede, como regra, a penhora de vencimento dos salários, vencimentos, remunerações etc. Mas, há exceção a este regramento, aplicável após a vigência do CPC/2015, conforme OJ 153 da SDI-II do TST e artigo 833, §2º do CPC, como se verifica:

O devedor que perceber mais de 50 salários mínimos mensais poderá ter penhorado o que exceder a este montante, de forma que também não ultrapasse 50% dos seus ganhos líquidos, conforme §2º do artigo 833 e §3º do artigo 529, todos do CPC.

IMPENHORABILDIADE DO BEM DE FAMÍLIA

Art. 1º da Lei nº 8009/90- Segundo os preceitos jurisprudenciais, verifica-se que:

"A Lei n.º 8.009 /90 dispõe que é impenhorável o bem utilizado pela família como residência, independentemente de possuir outros imóveis em seu patrimônio, caso em que havendo mais de um imóvel usado como residência, a impenhorabilidade recai naquele de menor valor"

(TJPR, AC 33215, Silvio Dias, 16/06/2009)

- Vale lembrar que a impenhorabilidade do bem de família alcança os imóveis de pessoas solteiras, viúvas e separadas, conforme Súmula n. 364 do STJ.

(22)

- Já quando se tratar de imóvel rural, a impenhorabilidade se restringe à sede de moradia, com os respectivos bens móveis.

INAPLICABILIDADE DA MULTA - ART. 523,

§1º, CPC.

A CLT possui regulamentação própria acerca do tema - artigo 880, da CLT.

1.2 - Estrutura da Peça Prático Profissional:

1. ENDEREÇAMENTO DO JUÍZO 2. NÚMERO DO PROCESSO

3. PREÂMBULO - nome da embargante (já qualificado), advogado, nome do embargado (já qualificado), opor Embargos à Execução com fulcro no artigo 884 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), combinado com o artigo 319 do Código de Processo Civil (CPC), aplicado ao Processo do Trabalho por força do artigo 769 e 889 da CLT e artigo 15 do CPC.

XXX, já qualificado, vem à presença de Vossa Excelência, por seu advogado que esta subscreve (endereço profissional completo com CEP), nos autos da ação em epígrafe, movida por ZZZ, já qualificada, vêm, perante Vossa Excelência, opor EMBARGOS À EXECUÇÃO, com fulcro no artigo 884 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), combinado com o artigo 319 do Código de Processo Civil (CPC), aplicado ao Processo do Trabalho por força do artigo 769 e 889 da CLT e artigo 15 do CPC, pelos motivos de fato e de direito a seguir explanados:

Atenção: Observe que se este for o primeiro momento processual de manifestação do executado no processo, ele deverá, então, ser qualificado, já que não o foi antes.

4. DOS FATOS

Resumo da demanda.

*Interessante revela-se abrir um tópico, posterior, aos fatos, denominado como “Requisitos Específicos”, com intuito de demonstrar que o juízo está totalmente garantido, nos termos do Artigo 880 da CLT.

5. DO DIREITO

Apontamento das teses jurídicas trazidas pelo enunciado, em sede de execução.

6. PEDIDOS E REQUERIMENTOS FINAIS:

- Procedência dos pedidos;

- Acolhimento dos embargos;

- Notificação da parte contrária para apresentar defesa;

- Mencionar o pagamento de custas ao final (art. 789-A da CLT);

(23)

- Valor da causa;

- Protesto por provas;

- Encerramento.

Diante do exposto, requer-se a procedência dos embargos à execução, de forma que sejam acolhidos todos os argumentos supracitados, em especial, no que se refere a ...

Requer, ainda, a notificação/citação do embargado, para que, querendo, apresente a sua defesa.

O Embargante informa, por fim, que nos termos do artigo 789-A, V, da CLT, no processo de execução são devidas custas processuais, as quais são de responsabilidade do executado, mas pagas tão somente ao final.

Ainda, protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos.

Atribui-se à causa o valor de R$ ... .

***Facultativa a menção ao valor da causa, nesta hipótese. Na última prova em que foi exigida tal peça prático profissional, a banca não exigiu tal critério.

Nesses termos, pede deferimento.

Local e data.

Advogado OAB Nº...

1.3 - Peça Prático Profissional: XIII Exame De Ordem

Rômulo Delgado Silva, brasileiro, viúvo, empresário, portador da identidade 113, CPF 114, residente e domiciliado na Avenida Brás Montes, casa 72 – Boa Vista – Roraima – CEP 222, em entrevista com seu advogado, declara que foi sócio da pessoa jurídica Delgado Jornais e Revistas Ltda., tendo se retirado há 2 anos e 8 meses da empresa; que foi surpreendido com a visita de um Oficial de Justiça em sua residência, que da primeira vez o citou para pagamento de uma dívida trabalhista de R$ 150.000,00, oriunda da 50ª Vara do Trabalho de Roraima, no Processo XXX e, em seguida, 48 horas depois, retornou e penhorou o imóvel em que reside, avaliando-o, pelo valor de mercado, em R$ 180.000,00; que tem apenas esse imóvel, no qual reside com sua filha, já que viúvo; que o Oficial de Justiça informou que há uma execução movida pela ex- empregada Sônia Cristina de Almeida contra a empresa que, por não ter adimplido a dívida, gerou o direcionamento da execução contra os sócios; que foi ao Fórum e fotocopiou todo o processo, agora entregue ao advogado; que nas contas homologadas, sem que a parte contrária tivesse vista, foi verificado que a correção monetária foi calculada considerando o mês da prestação dos serviços, ainda que a sentença fosse omissa a respeito; que, ao retornar para penhorar o imóvel, o oficial informou que a dívida havia aumentado em 10%, porque o juiz aplicou a multa do artigo 523, §1º, NCPC.

(24)

Diante do que foi exposto, elabore a medida judicial adequada para a defesa dos interesses do entrevistado, considerando a vigência da reforma trabalhista, e sem criar dados ou fatos não informados.

Queridos, antes de transcrever a peça com vocês, quero a sua atenção, neste ponto: Quando esta peça prática foi exigida pela OAB, na época, houve grandes discussões acerca do tema, já que alguns entendiam ser cabíveis Embargos à Execução, e outros, Embargos de Terceiro, já que o enunciado deixa claro que a pessoa executada, Rômulo, já havia se retirado da sociedade há 2 anos e oito meses, o que tecnicamente eximiria a sua responsabilidade.

No entanto, observem que o que torna uma pessoa parte no processo é a citação / notificação, conforme entendimento doutrinário e jurisprudencial. No entanto, quando você tem o seu bem penhorado sem ter sido citado, claramente estaríamos diante de um Embargos de Terceiro, já que nem parte do processo você era.

No caso apresentado, foi informado que Rômulo “foi surpreendido com a visita de um Oficial de Justiça em sua residência, que da primeira vez o citou”, logo, uma vez que citado, Rômulo se torna parte do processo, ainda que parte ilegítima, a ser alegável em Embargos à Execução, e não, Embargos de Terceiro.

Vamos, agora, estruturar a peça prático profissional:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 50ª VARA DO TRABALHO DE RORAIMA.

Processo nº XXX

Rômulo Delgado Silva, brasileiro, viúvo, empresário, filiação, data de nascimento, portador da identidade 113, CPF 114, residente e domiciliado na Avenida Brás Montes, casa 72 – Boa Vista – Roraima – CEP 222, vem, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado que esta subscreve (endereço profissional completo com CEP), nos autos da ação em epígrafe, movida por Sônica Cristina de Almeida, já qualificada, opor EMBARGOS À EXECUÇÃO, com fulcro no artigo 884 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), combinado com o artigo 319 do Código de Processo Civil (CPC), aplicado ao Processo do Trabalho por força do artigo 769 e 889 da CLT e artigo 15 do CPC, pelos motivos de fato e de direito a seguir explanados:

I – DO RESUMO DA DEMANDA

Em sede de execução movida pela ex-empregada Sônia Cristina de Almeida contra a empresa, Delgado Jornais e Revistas Ltda., e pelo seu não adimplemento, observou-se o direcionamento da execução contra os sócios, em especial, Rômulo Delgado Silva, condenando-o ao pagamento de diversos haveres trabalhistas, quando já havia se retirado da empresa há 2 anos e 8 meses.

O sócio foi citado pelo oficial de justiça, e na sequencia teve penhorou o imóvel em que reside com sua filha, além de outras consequências, como a multa do artigo 523, §1º, CPC e correção monetária.

II. DO DIREITO

II.I – DA ILEGITIMIDADE DE PARTE

(25)

Conforme observado nos autos do processo, o embargante teve direcionado contra si a execução trabalhista movida contra a empresa, Delgado Jornais e Revistas Ltda., e não adimplida.

No entanto, observa-se que o embargante não pode ter a execução direcionada contra si, pois se retirou da sociedade há mais de 2 anos, conforme artigo 1.003, parágrafo único do CCB e artigo 10-A da CLT, o que confirma a não existência de responsabilidade perpétua dos sócios.

Desta forma, requer-se a exclusão do embargante frente a presente execução.

II.II – DA IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA

O embargante, após ser incluído no polo passivo da presente demanda, em decorrência da desconsideração da personalidade jurídica da empresa reclamada, sofreu penhora sobre o seu único imóvel, no qual reside com sua filha.

Isso porque, o artigo 832 do CPC estabelece que são impenhoráveis os bens que a lei assim dispuser. Neste sentido, cabe destacar que o legislador conferiu a qualidade de impenhorabilidade ao bem de família, sendo o caso do imóvel onde o executado resida, se este for seu único bem, a teor do disposto no artigo 1º da Lei 8.009/90.

Desta forma, necessária se faz a ordem de desbloqueio do bem indevidamente penhorado, por se tratar de bem de família do embargante.

II.III – DA CORREÇÃO MONETÁRIA

Além dos argumentos acima expostos, nos autos da presente execução, observa-se que a correção monetária foi calculada considerando o mês da prestação dos serviços, sendo a sentença, ainda, omissa, quanto a estes termos.

No entanto, conforme Súmula n. 381 do TST, a correção monetária deve ser calculada pelo índice do mês seguinte ao da prestação dos serviços, e não considerando o próprio mês, como observado no presente caso.

Desta forma, requer-se uma reanalise da aplicação da correção monetária, adequando-a ao índice do mês seguinte ao da prestação dos serviços.

II.IV – DA MULTA ARTIGO ART. 523, §1º, CPC

Na presente execução, o embargante foi surpreendido com a decisão do magistrado em aumentar o seu débito em 10%, em razão da aplicação da multa do artigo Art. 523, §1º, CPC.

No entanto, a decisão do magistrado revela-se equivocada, haja vista que a multa do artigo Art. 523, §1º, CPC, é indevida no Processo do Trabalho, o qual possui regramento próprio, ou seja, não se revela omisso, ao prever prazo para pagamento de 48 horas, sob pena de penhora, conforme artigo 880, da CLT.

(26)

Nestes termos, requer-se a inaplicabilidade da multa do art. Art. 523, §1º, CPC, com a consequente análise dos presentes cálculos em sede de execução.

III – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS FINAIS

Por todo o exposto, requer o recebimento e a procedência dos presentes embargos, de forma que sejam acolhidos os argumentos supramencionados para:

a) Determinar a liberação do bem de família penhorado indevidamente;

b) Excluir o embargante da presente execução;

c) Ser alterada a forma de cálculo da correção, adequando-a ao índice do mês seguinte ao da prestação dos serviços.

d) inaplicabilidade da multa do art. 523, § 1º, do CPC, com a consequente análise dos presentes cálculos em sede de execução.

Requer-se a citação do Embargado para que, querendo, apresente defesa no prazo legal.

O Embargante informa, por fim, que nos termos do artigo 789-A, V, da CLT, no processo de execução são devidas custas, as quais são de responsabilidade do executado, mas pagas ao final.

Ainda, protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos.

Atribui-se à causa o valor de R$ ... . Nesses termos,

pede deferimento.

Local e data.

Advogado OAB Nº...

2 - Embargos de Terceiro

Fundamentação: Artigo 674 a 681, CPC (aplicação subsidiária pelo art. 769 da CLT e supletiva segundo o art.

15 do CPC) - A CLT é omissa sobre os embargos de terceiro, motivo pelo qual se aplica o CPC.

Conceito: Os embargos de terceiro é uma medida defensiva daquele que, mesmo sendo estranho à relação jurídica formada no processo de execução, sofre constrição ou ameaça de constrição, de algum modo, na sua posse ou no seu direito, por força de penhora, arresto, sequestro, venda judicial, arrecadação, partilha ou outro ato de apreensão judicial (artigo 674 do CPC).

(27)

Logo, deverá ser oposto por um terceiro que não é parte e nem executado.

Natureza Jurídica: Tem natureza de ação, sendo incidental ao processo de conhecimento ou execução, objetivando o desbloqueio de bens de terceiro.

Logo, trata-se de uma derivação dos embargos a execução, contudo necessária se faz a qualificação das partes, já que não fazem parte do processo e, antes não se manifestaram.

Competência: Juízo da execução.

Prazo: No processo de conhecimento poderá se alegar, enquanto não houver trânsito em julgado; já em sede de execução, poderá ser ajuizada em até cinco dias a contar da adjudicação / alienação / arrematação, sempre antes da assinatura da carta – Artigo 675 do CPC.

Contraditório: Os Embargos de terceiro possui natureza de ação, por isso, o contraditório se exerce por meio de contestação no prazo de 15 dias, conforme artigo 679 do CPC. Nesse sentido, querendo, o magistrado poderá instruir para, então, proferir sentença.

Recurso frente aos Embargos: Da decisão dos Embargos de Terceiro caberá a interposição do recurso de agravo de petição (art. 897, “a” da CLT).

Estrutura da Peça Prático Profissional:

1. ENDEREÇAMENTO

Endereçamento ao juízo que determinou a constrição (penhora) 2. NÚMERO DO PROCESSO

3. PREÂMBULO - Embargante - qualificação completa // Embargado - já qualificado, opor Embargos de Terceiro com fulcro nos Arts. 674 a 681 do CPC/15, por força do Art. 769, CLT e 15 CPC.

4. DOS FATOS

Resumo da demanda.

5. DO DIREITO

Apontamento das teses jurídicas trazidas pelo enunciado, em sede de execução.

6. PEDIDOS E REQUERIMENTOS FINAIS:

- Procedência dos pedidos;

- Acolhimento dos embargos;

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- Honorários sucumbenciais;

- Notificação da parte contrária para apresentar defesa;

- Informar acerca do pagamento das custas serem pagas ao final;

- Protesto por provas;

- Valor da causa;

- Encerramento.

Diante do exposto, requer-se:

a) A distribuição por dependência da presente ação e, apensamento aos autos de nº ...;

b) Deferimento liminar dos embargos, com a consequente expedição do mandado de reintegração, nos termos do artigo 678 do CPC;

c) A procedência dos embargos visando a restituição do bem, em caráter definitivo.;

d) Condenação em Honorários Advocatícios, com base no art. 791-A da CLT

No mais, requer a notificação/citação do embargado, para que, querendo, apresente a sua defesa no prazo de quinze dias, sob pena de revelia.

O Embargante informa, por fim, que nos termos do artigo 789-A, V, da CLT, no processo de execução são devidas custas processuais, as quais são de responsabilidade do executado, mas pagas tão somente ao final.

Ainda, protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos.

Dá-se à causa o valor de R$...

Nesses termos, pede deferimento.

Local e data.

Advogado OAB Nº...

3 - Impugnação à Sentença de Liquidação

Fundamentação: A impugnação à sentença de liquidação está prevista no artigo 884, caput, e § 3º, da CLT;

Conceito: Quando tornada líquida a sentença e garantido o juízo terão as partes prazo de cinco dias para opor embargos à execução (executado) e impugnação à sentença de liquidação (exequente).

Na mesma oportunidade serão julgados os embargos e a impugnação a sentença, conforme artigo 884, §4º da CLT.

Observe a seguinte ordem dos atos processuais:

Início da liquidação (art 879, CLT): As partes serão intimadas para apresentação dos cálculos, inclusive das contribuições previdenciárias;

Prazo para impugnação: Elaborada a conta e tornada líquida, o juízo deverá abrir às partes prazo comum de oito dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da

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